Acordei ouvindo vozes, não entendia o que elas falavam mas apenas sabia que duas delas eram de Sasuke e minha mãe.
- Shh... Ela está acordando...
- Mãe? – Senti um grande desconforto quando tentei me sentar, senti os braços da minha mãe me ajudando.
- Calma, filha. Você acabou de sair de um parto. – Ela selou minha testa. – Seu filho é muito lindo. – Ela sorriu sussurrando.
- Onde ele está? – Falei sonolenta.
- Já já ele vem te conhecer. - Ela sorriu.
- Amor... – Sorri assim que vi Sasuke chegando ao lado de minha mãe.
- Oi.. – Ele selou meus lábios. – Como você está?
- Feliz. – Ajeitei meu cabelo que deveria estar um bagaço e dei um sorriso. Senti ele acariciar meu rosto e selar minha testa. – Cadê... – Falei ofegante lembrando de um detalhe. – Cadê o Daesuke?
- Calma amor, ele está com o Juugo e o Suiguetsu. – Sasuke sorriu.
- Tadinho do meu bebê... – Falei risnhosa e isso acabou fazendo ele rir.
- Ahh... Ele ainda está de pijama e não para de perguntar por você. – Eu ri e Sasuke colou sua testa com a minha. – Eu te amo.
- Eu também te amo, muito. – Falei em um sussuro.
Ouvimos a porta se abrir e logo vi meu bebê correndo em minha direção.
- MAMÃE!! – Daesuke gritou e eu vi minha mãe o pegar no fazendo um sinal de silencio.
- Shh... Daesuke isso é um hospital, não podemos gritar dentro dos quartos. – Ela falou olhando em seus olhos e eu o vi acenar positivamente. – Isso. – Ela selou a testa do meu pequeno e se aproximou com ele.
Daesuke deu os bracinhos e eu o segurei e acabei sentindo uma pontada e gemi.
- Mamãe ta dodói? – Ele perguntou.
- Não, a mamãe ta bem. – Sorri abraçando-o.
- Cadê meu irmãozinho? – Ele fez um bico. Minha mãe acabou rindo.
- Eu também quero ver ele, daqui a pouco ele vem, ta? – Fiz uma cócega em sua barriga e ele se remexeu um pouco. Acabei fazendo uma careta de dor e ele me olhou de novo.
- Vem com a vovó, vamos ali ver seu irmãozinho. – Daesuke negou e me abraçou.
- Pode deixar mãe, está tudo bem. – Acariciei as costas do meu pequeno.
Daesuke ficou quietinho, e acabou sentando no meu colo. Ficamos conversando um pouco no quarto até que eu ouvi o barulho da porta abrir.
- Bom dia, acho que um certo bebê quer conhecer a mamãe. – Meus olhos marejaram e um sorriso se apossou de meus lábios. Tsunade havia entrado com meu filho nos braços e Shizune atrás. Ele estava embrulhado em uma manta branca e eu podia ver o bracinho dele se mexer e a cor azul de sua roupinha.
Tsunade se aproximou e eu ofeguei de emoção. Daesuke se levantou tentando ver o pequeno que estava nos braços da minha madrinha. Daesuke ainda estava com suas vestes de pijaminha azul com um ursinho no meio e acabou sorrindo assim que viu que Hyunsuke vestia a mesma roupinha.
Ele olhou para minha madrinha e sorriu largo, Tsunade fez um sinal de silencio e sorriu vendo a reação de Daesuke. Eu ergui meus braços e ela colocou Hyunsuke sobre eles e eu sorri vendo que Daesuke não parava de sorrir e olhar para o irmão como se ele fosse uma jóia rara.
- Neném – Ele sussurrou levando a mãozinha até o rostinho do recém nascido que dormia todos tentaram impedi-lo, mas eu disse que ele devia tocá-lo primeiro. – Shh! – Daesuke colocou o dedinho na boca pedindo silencio e Sasuke e eu rimos. Ele acariciava o cabelinho do irmãozinho com tanta calma e delicadeza que eu via as vezes quando Hyunsuke se mexia que ele retirava a mão com medo e as vezes dando um suspiro.
Com medo que Daesuke caísse, Sasuke ficou ao lado de Sasuke olhando para o primogênito interagindo com seu novo irmãozinho. Daesuke havia ficado fascinado com o irmão.
- Ei, campeão. – Sasuke pegou Daesuke por trás fazendo com que ele fizesse uma pequena birra acordando o irmãozinho. Sasuke riu ao ver a expressão preocupada que Daesuke fez e o colocou novamente na cama. Daesuke se aproximou e colocou a mãozinha na testinha do pequeno Hyunsuke o fazendo acalmar e parar de chorar. Ele abriu um pouquinho os olhinhos e os dois riram.
- Vai com o papai. – Falei. Daesuke deu meia volta dando os bracinhos para Sasuke e ainda olhando para trás.
A hora da amamentação foi tranqüila, Daesuke ficou nos braços de Sasuke com a cabeça deitada sobre o próprio bracinho enquanto observava o irmãozinho sendo alimentado. Hyunsuke era diferente de Daesuke, enquanto ele sugava com força Hyunsuke era mais tranqüilo, meus seios estavam inchados e doloridos e aquela era a pior parte.
- Estou suando, acho que estou com febre. – Falei.
- Deve ser porque seus seios estão sobrecarregados de leite. Hyunsuke é pequeno de mais ainda para conseguir esvaziar dois peitos de uma vez.. – Tsunade falou. – Bom, eu tenho que ir, mais tarde eu volto para ver como você está, ok? Shizune vai ficar aqui para te ajudar logo será horário de visitas e eu voltarei, ok? – Tsunade sorriu e eu agradeci. Ela saiu pela porta e eu pedi lenços para minha mãe me ajudar a retirar o excesso de suor do meu corpo.
Daesuke começou a bater as perninhas e chupar o dedo enquanto me olhava minha mãe riu divertida e eu vi Sasuke olhar preocupado para o pequeno. Eu sorri vendo a cara de expressão do pai e minha mãe riu.
- Que foi... Hein? – Daesuke gemeu chupando o dedo e eu sussurrei para que Sasuke o colocasse perto de mim.
Estava em seus olhos o que ele queria. Com a ajuda de Shizune, ajeitei os dois pequenos em meus braços conseguindo alimentar os dois. Em pouco tempo com a ajuda de Daesuke e Hyunsuke eu senti meus seios diminuírem e a febre abaixar. Minha mãe colocou Hyunsuke para arrotar e depois o colocou dentro do carrinho ao lado da cama. Com a ajuda de Shizune coloquei novamente minha blusa do hospital. Daesuke já estava cochilando nos braços de Sasuke.
- Estou com tanta dó desse menino. – Falei risonha.
- Porque? – Shizune perguntou depois de dar o laço na blusa.
- Olha para ele, ele ficou tão assustado quando eu entrei em trabalho de parto, sem falar que ele ainda deve estar com fralda para trocar e de pijama.
- Bobagem. – Minha mãe olhava os dois meninos dormirem. – Se for o caso eu vou até em casa e pego uma roupinha e dou um banho nele aqui mesmo no hospital. Até mesmo aqui.
- Não mesmo. – Sasuke manifestou. – Eu peço ao Juugo ou Suiguetsu que tragam algo.
- Ah, por favor Sasuke. – Minha mãe tocou o ombro do meu marido. – Tem certeza que eles conseguirão fazer isso. – Ela sussurrou e eu entendi o que ela quis dizer. Sasuke pareceu pensativo e depois olhou para ela como se entendesse o que ela queria dizer.
- Tem razão, Sra Haruno. – Ela falou decepcionado. – Acho que eles até hoje não sabem onde ficam o quarto deles... que dirá o guarda-roupa de Daesuke. – Ambos riram.
Depois de alguns minutos Shizune levou Hyunsuke para o berçário e avisou que voltaria com ele no horário de visitas. Daesuke acordou quando ouviu Saori chegar com Sasori e os dois foram para o sofá brincar de “Candy Crush”.
- No meu tempo nós brincávamos de futebol, chutar a latinha... Tecnologia vem dominando completamente os seres humanos. – Sasori disse olhando para os dois.
- Realmente, estamos caminhando para um mundo sem vida, virtual... – Minha mãe concordou.
Os meninos se comportaram bem até a hora da bateria do Tablet acabar, eles ficaram bastante inquietos e começaram a brincar de esconder dentro do quarto.
- Crianças vocês vão se machucar! – Falei, naquela hora eu estava sozinha com os dois no quarto, já se passavam das dez da manhã e Sasuke precisou ir urgente tomar um banho em casa além de levar minha mãe para pegar uma roupinha para trocar Daesuke. – Tomem cuidado! – Senti uma vontade de ir ao banheiro e tentei me levantar.
- Não, mamãe! – Daesuke e Saori tentaram me impedir de sair da cama.
- Isso mesmo Daesuke. – Ouvi Shizune entrar. – Sakura se precisava de algo devia ter me chamado. – Vi ela se aproximar.
- Eu só preciso ir ao banheiro, não tem problema. Eu sai de um parto e não de uma guerra. – Falei brincando.
- O que é parto? – Daesuke perguntou.
- Papai disse que é pro neném aparecer. – Saori disse e Shizune e eu rimos.
- Mas não é a cegonha que trás o neném? – Daesuke olhou Saori com uma cara de confuso.
- Depois nós perguntamos ao seu pai. – Shizune falou e os dois aceitaram vencidos.
- Olha, eu vou ao banheiro e quando eu voltar não quero que vocês estejam aqui. – Eles aceitaram.
Eu dei as costas e entrei no banheiro e aquele foi meu maior erro.
( POV Autor. )
Após a rosada dar as costas as crianças continuaram a brincar dentro do quarto, mas a curiosidade em explorar aquele grande hospital passava na mente de ambos, eram apenas bebês gigantes querendo explorar.
- Quer brincar lá fora? – Daesuke perguntou.
Saori o olhou com uma cara de negação.
- Anjo disse que é pra ficar aqui. – Ele respondeu.
- Quero ver meu irmãozinho ali. – Ele apontou para o fim do corredor e saiu andando para lá.
Vencido pela curiosidade também de ver o recém nascido, os dois andaram até o fim do corredor curiosos pelas coisas que viam.
- O que vocês fazem aqui? – Uma voz estranha fez com que os dois parassem no mesmo instante sentindo um friozinho na barriga. Eles se viraram juntos e olharam de baixo a cima. Um homem de vestes e jaleco branco, cabelos cinzentos longos e óculos os observavam com um olhar de desconfiança.
- Onde estão seus pais? Crianças não podem andar por esses corredores. – Ele se aproximou e abaixou olhando para eles. – Qual o nome de vocês?
- Daesuke.
- Saori.
Os dois olharam o homem com um olhar amedrontado e ele sorriu para acalma-los.
- Fiquem calmos. Eu sou o Kabuto. – Ele estendeu a mão para eles e eles deram um paço para trás. Ao ver aquilo, Kabuto sorriu. – Saori, você não é o filho do Sasori?
- Sou. – O ruivinho falou com um brilho nos olhos.
- Eu trabalho junto com seu pai.
- Nunca vi você lá. – Ele falou ousado.
- É que seu pai sempre me pede para ficar aqui, com os bebês. – Ele falou mentindo. – Você sabe que a cegonha trás os bebês pro seu papai?
Os olhos dos dos meninos se encontraram e a curiosidade falou mais alto.
- Tras? – Eles perguntaram juntos.
- Sim. A cegonha trás eles lá do céu e entram eles onde levam as mamães que sentem dor. Então, o seu pai me pede para pegar o bebê e entregar para a mamãe que ta sentindo dor para ela passar.
Os dois fizeram um “Ahh” surpresos e com os olhos cheios de inocência e curiosidade.
- Onde ta meu irmãozinho? – Daesuke perguntou. – Quero ver ele.
- Seu irmãozinho está lá no fim daquele corredor. – Kabuto apontou para o fim da sala onde se encontrava a maternidade.
Daesuke se aproximou dele e implorou com as mãozinhas como um gatinho sem dono.
- Me leva para ver meu irmãozinho? Por favorzinho! – Ele fez um bicão com a boca.
Kabuto sabia que não poderia levar as crianças para aquela área mas os olhos curiosos o venceram.
- Ok, venham comigo. – Ele se levantou. – Vou levar vocês para ver os bebês que a cegonha trás para nós. Mas é so cinco minutos, vocês não podem entrar naquela sala. – As crianças pularam felizes não temendo o que poderia acontecer.
Kabuto levou os dois meninos para a maternidade, os dois ficaram com os olhos brilhando quando viram os bebês dentro dos carrinhos de frente a vitrine para os visitantes. Kabuto levantou os dois meninos no braço e mostrou a eles.
- Aquele ali, Daesuke, é seu irmão Hyunsuke. – Daesuke sorriu e Saori riu olhando os outros bebês. Daesuke fez um Tchau quando Kabuto sussurrou para ele que estava na hora de ambos irem e então eles se despediram dos bebês.
No quarto, assim que Sakura chegou e não viu as crianças se desesperou.
- Daesuke? Saori? – Ela olhou aflita para Shizune. – Cadê as crianças?? – Ela falou com lágrimas nos olhos temendo que eles fossem sair do hospital.
- Calma, calma. Eu vou procurar por eles, mas FIQUE AQUI. – Shizune colocou Sakura na cama e tocou o alarme das enfermeiras.
Na entrada do hospital, Mebuki ouviu um barulho da campainha e apreçou os passos. Sasuke vendo aquilo disse rápidas palavras para Suiguetsu e saiu para alcançar a sogra que sentia que devia chegar rápido.
Mebuki abriu a porta do quarto e viu Shizune tentando acalmar Sakura e mais varias enfermeiras perguntando varias coisas.
- O que houve? Shizune! – Ela se aproximou de Sakura que estava agora sendo medicada para ficar mais calma. – Para que isso?
- Desculpe, Mebuke-sama mas a Sakura ficou nervosa porque Daesuke e Saori saíram do quarto. – Explicou Shizune.
- O que? – A voz de Sasuke entrando dentro do quarto fez com que todas sentissem uma tensão. – Como que Daesuke saiu do quarto?
- Provavelmente deve ter saído quando eu fui ajudar Sakura no toalete. Eu não estou dando um sedativo e sim um calmante. A pressão dela já está ficando estável. – Sasuke se aproximou de Sakura.
- E o que estão esperando porque não foram procurar pelo meu filho?? – Ele falou nervoso.
- Acalme-se principalmente agora! – Shizune pediu.
- Não me peça para ficar calmo, meu filho pode estar perdido nesse hospital. – Ele alterou o tom da voz.
Do lado de fora, Kabuto ouvia a discussão dentro do quarto ele mordeu o lábio inferior e olhou para os pequenos que estavam segurando suas mãos.
- Voltem para o quarto, vocês provavelmente devem ter feito uma confusão por terem saído sem avisar. – Eles o olharam de cabeça baixa e então soltou as mãozinhas. – Agora vão. – Ele disse e os pequenos caminharam rapidamente.
- Papai!! – Daesuke correu para os braços do pai que o pegou no colo fazendo com que Sakura se levantasse rapidamente pegando o pequeno no colo enquanto Mebuki carregava o pequeno Saori.
- Como ousa! – Ela falou com os olhos preocupados. – Eu disse para ficar aqui meu filho.
- Mas eu queria ver o Hyun. – Sakura fez um “Awn” e abraçou o pequeno.
- Daesuke quando a sua mãe disser que não deve sair é porque você não pode sair. – Sasuke segurou a mãozinha do pequeno. – Vocês dois são muito pequenos para andarem sozinhos pelo Hospital.
- A onde vocês foram? – Sakura perguntou.
Daesuke e Saori e olharam e então Daesuke coçou o pescoço.
- Fui ver meu irmãozinho. – Ele disse desconcertado.
- Não está mentindo pra mamãe, esta? – Sakura perguntou.
- Não. – Os dois responderam.
- Um moço levou a gente para ver ele. – Saori falou.
- Que moço? – Ela perguntou.
- Ele trabalha com o papai. – Saori falou e todos respiraram tranqüilos.
- Ok meninos, só não façam isso de novo. – Sakura pediu com seu olhar tranqüilo e eles concordaram.
- Muito bem, então Daesuke vamos tomar um banho porque daqui a pouco tem visitas e você vai poder ver seu irmãozinho de novo. – Mebuki colocou Saori no chão e Sasuke fez o mesmo com Daesuke que estava na cama. Vamos pro chuveiro, Saori você fica aqui.
Sasuke colocou Saori sentado perto de Sakura e Daesuke segurou a mão de Mebuki que o levava para tomar seu banho, com isso Shizune e as enfermeiras saíram deixando o casal sozinho.
Fora do quarto, pelos corredores Kabuto virou-se e saiu andando pelo corredor entrando em uma sala qualquer. Ele estava nervoso, sabia que tinha falado muitas coisas para o Uchiha e que não poderia colocar mais a corda no pescoço ou sofreria nas mãos de Orochimaru e Karin. Mas por azar depois de ajeitar o óculos e respirar fundo pensando em sair, ele ouviu um riso. Suas pernas tremeram, eles estavam aqui.
- Esta nervoso, Kabuto? – A voz medonha de Orochimaru bateu em seu ouvido.
- Orochimaru...-sama.. – De ante das sombras Orochimaru apareceu fantasiado com seu tom de pele mais corado e um cabelo curto e esverdeado, irreconhecível. Seus olhos que lembravam serpentes foram trocados por olhos cor de amêndoas.
- Vejo que ainda se lembra de mim. – Ele apareceu finalmente perto da luz.
Ambos se encararam, mas de repente Kabuto sentiu alguém puxar seus cabelos e o derrubar de joelhos no chão.
- Traidor... – Aquela voz... Era dela. A lamina mortal da navalha em seu pescoço fez com que ele ficasse ofegante. – Já sei de tudo... Você nos traiu seu filho da mãe. – Karin o feriu com um corte fino na bochecha deixando espalhar um pouco de sangue. – Eu devia te matar aqui igual eu fiz com aquela vadia. – Kabuto ofegou, Karin estava totalmente fora do controle, o disfarce de enfermeira com aquela peruca preta e olhos pretos escondendo realmente sua identidade o fez sentir medo. Ela estava aqui e estava disposta a tudo.
- Por favor... Não me mate.
- Isso miserável, implore por sua vida maldita. – Ela apontou a faca para o rosto dele. – Você disse ao Sasuke os meus planos e atrapalhou tudo, seu desgraçado. – Orochimaru sorriu e sentou-se em uma cadeira como se estivesse apreciando o que via com um sorriso sarcástico no rosto. – Agora eu estou puta. Aquela rosada deu mais um filho para ele, ela fez um filho com o MEU SASUKE. – Ela chutou o rapaz que caiu no chão definitivamente sem os óculos e temendo o seu fim. – Uma criança eu posso até perdoar, mas duas... Não... Isso já é de mais. Meus planos para tirar a Sakura daquela mansão e depois me aproveitar da chance que eu tinha de poder recuperar meu lugar de direito foram por água abaixo. Depois aquele maldito descobre tudo graças a suas mensagens sublinhares e ainda consegue encontrar meu Book de fotos do corpo da Ellin. – Ela começou a brincar com a faca. – Mas eu já tive minha vingança. Eu matei aquele fazendeiro e o pião que tirou as fotos. – Ela riu. – Agora só falta você. – Ela olhou de uma forma macabra para o homem e ele ofegou temendo o pior.
- Por favor... Não faça nada comigo... Eu te imploro, por favor não me mate. – Ele implorou.
- Porque eu te deixaria vivo? Por sua culpa aqueles dois estão de volta, Sasuke está casado com ela e ela deu a ele mais um filho... Eu a odeio... – Ela falou batendo com todas as forças a ferramenta raspando a garganta de Kabuto. – Odeio ela mais do que odiei a Ellin. Odeio ela mais do que amo o Sasuke, ele me fez uma promessa que ia passar toda a vida comigo e eu não vou permitir que essa promessa se rompa. – ela voltou a olha-lo. – e agora eu te pergunto, Kabuto... Porque não me disse que o filho que a Ellin esperava foi feito por método de doação de material? Ahhh!! Eu já sei... – Ela se aproximou do rosto dele. – Porque você foi o responsável, já que você conhecia a Ellin como ninguém mais conhecia não é? – Ela riu. – Você seu filho da mãe... Você sabia que a Ellin não podia gerar filhos, e mesmo assim ajudou aquela vadia a fazer um bebê instantâneo naquele Hospital de merda que você tinha sem que ninguém soubesse. – Kabuto suou frio. Como ela havia descoberto aquilo? – Você deve estar se perguntando como eu soube não é mesmo? – Ela se levanto sentando-se sobre a barriga dele entre suas pernas. – Aquela vadia me confessou tudo enquanto eu a retalhava em pedacinhos. – Ele sentiu seu estomago embrulhar e uma dor insuportável em sua consciência martelou. –‘Eu não posso engravidar. ’ Ela gritou uma vez e eu cortei um dedo. ‘Kabuto me ajudou a fazer um bebê por método embrionário. ’ E eu cortei mais um dedo. ‘Eu consegui um pouco do material necessário e levei para ele. ’ E mais um dedo se foi. ‘Ele disse que só um pouco do esperma conseguiria fazer um bebê com o único óvulo doado por uma virgem que teve uma cirguria no útero’ e foram os últimos dedos. Ela gritava alto pedindo misericórdia e eu estava AMANDO ouvi-la gritar. Principalmente quando eu perguntei “De quem é o óvulo?” e ela gritou antes que eu cortasse a cabeça daquela vadia.
Orochimaru se divertia vendo a reação de Kabuto, ele chorava pedindo perdão a Ellin e pedia perdão e Deus por tudo e que só havia feito aquilo por “amor” a aquela mulher.
- Você é PATÉTICO. Você amou aquela mulherzinha que queria roubar meu Sasuke de mim, ela pode não ter roubado ele fisicamente mas roubou dinheiro por causa desse golpe. E achou que fugindo para Itália eu não iria achá-la nem que fosse ao inferno para mostrar pra ela o que eu sou. – Karin olhou Kabuto com nojo. – Isso animal... peça perdão. Ela não está mais aqui, e agora eu terei a minha vingança. Já que o Sasuke não pode ser mais meu, vou roubar dele aquilo que ele e aquela filha da puta mais amam os dois filhos deles. E quando eu estiver bem longe com aquelas porcarias, eu vou fazer a mesma coisa que eu fiz com a Ellin. – Kabuto arregalou os olhos e viu a cara de riso e macabra de Karin. – E eu vou fazer questão de mandar um book perfeitinho dos corpinhos mutilados daqueles fedelhos. – Ela riu dando uma lambida no sangue que estava na faca. – E é claro... Você vai me ajudar, porque agora, eu tenho você aqui. – Ela alisou a faca na mão direita. – aqui na minha mão, e eu posso te matar da mesma forma que eu fiz com a Ellin. E o plano já está pronto, nos esperando, iremos agir hoje minutos antes do horário de visita. Então se eu fosse você eu me virava bem rápido seu merda. – Ela fixou a faca na mão de Kabuto que mordeu a outra ao sentir as laminas atravessarem seu tecido. – E lembre-se, se você falhar... Você morre. – Ela retirou a arma branca e ele gemeu com a mão mordida.
Horas mais tarde, era o horário de almoço, uma as enfermeiras viu a inquietude dos pequenos e ofereceu para deixá-los na sala de TV enquanto almoçam, Sasuke e Sakura aprovaram e os dois amigos correram com a enfermeira para a sala de TV, ao chegar lá, as crianças se jogaram no sofá e a enfermeira ligou a TV, eles ficaram animados com o desenho do Tom e Jerry, e a enfermeira pediu para que eles permanecessem lá até ela pegar o almoço.
Ela saiu daquela sala e virou-se dando uma piscada pra um dos enfermeiros, ele atendeu ao recado e acabou misturando o liquido na jarra de suco que daria para as crianças, ela pegou a bandeja e disse para que os enfermeiros impostores ficassem atentos. Ela voltou com a comida para as crianças e entregou para cada um deles o suco contaminado pelo sonífero. Ela saiu e disse que estaria no corredor e que estava os vigiando. Depois de comerem e tomarem seus sucos, Daesuke e Saori começaram a se sentirem com sono. O barulho da TV não fazia tanto efeito como antes, os dois acabaram caindo do sofá fazendo um barulho dos talheres e copos caindo no chão.
Dois enfermeiros acabaram ouvindo o baralho e foram vistoriar se o plano havia feito efeito. Ao constatar que as duas crianças haviam caído no chão eles praguejaram, era apenas para um deles ter tomado, mas acabou dando errado. Eles apanharam os dois meninos nos braços e um de cada vez saiu pelo corredor entrando em uma sala. Quando o outro saiu e fez o sinal o enfermeiro com Daesuke saiu, mas acabou tendo uma surpresa.
- O que está fazendo com menino? – Mebuki saiu para dar uma olhada nas crianças e acabou sendo surpreendida com o enfermeiro segurando o pequeno Daesuke.
Quando estava prestes a gritar Karin a golpeou com um golpe de defesa pessoal fazendo com que a mulher caísse no chão desacordada.
- IMBECIL, OLHA O QUE VOCÊ FEZ. – Ela sussurrou raivosa.
Karin xingou mil nomes por Saori estar junto com Daesuke e ter tomado o suco que acabou tendo que leva-lo. Eles os colocaram em uma maca e colocaram uma boerta por cima como se simbolizasse um homem morto. Os enfermeiros falsos saíram em direção ao necrotério. Karin havia ido junto e acabaram passando por Sasori.
- Espere ai. – Ele falou. – O que é isso? – Ele foi até o encontro deles.
- Um corpo de um homem que será levado para o necrotério. – A ruiva falou.
- Motivo da morte? – Ele cruzou os braços.
- Mutilação. – Karin respondeu.
Ele pensou varias vezes antes de falar.
- Nenhum paciente que esteve interno até hoje e agora entrou com ferimentos de mutilação. – Ele disse sério. Deixe-me ver esse corpo.
Karin foi rápida e com a aproximação de Sasori o atacou de lado enterrando uma das facas no abdomem do médico.
- CORRA SEU IMBECIL. – Ela gritou.
Com a carreira do enfermeiro acabou sendo descoberto um pouco do lençol, Sasori pode ver e arregalar os olhos antes de cair no chão e ouvir uma das enfermeiras gritarem o cabelo vermelho de Saori. – “Saori...” – E assim apagar completamente no chão. Com Daesuke e Saori dentro do carro, Karin conseguiu invadir a maternidade e roubar Hyunsuke com a ajuda de Kabuto.
- Você é tão lindinho... Uma pena que vai morrer tão rapidinho... – Ela disse saindo com o bebe no colo.
Ela saiu andando na maior calma e entrou dentro do carro de fulga que acabou cantando pneu junto com os outros dois que estavam de cobertura.
Rapidamente o escândalo começou no hospital. Um tumulto começava a se formar, Mebuki havia sido golpeada e estava melhor, Sasori havia sido ferido mas o corte não afetou nenhum órgão de acordo com Tsunade. Sasuke havia sido chamado discretamente no quarto de Sakura e a deixou com Mikoto e Itachi.
Sakura estranhou a demora para a chegada de Hyunsuke e Daesuke e descidiu ir com Mikoto até o berçário, mas acabou vendo aquele tumulto.
- O que está havendo? – Ela chegou. A multidão foi se dissipando. Sasuke suou frio, Mebuki havia enfaixado o braço por causa da queda e fez com que Sakura ficasse aflita, ela se assustou ao ver a faca sendo retirada do corpo de Sasori e os olhou nervosa Tsunade temeu pelo pior. Sakura voltou a atenção a Sasuke e sua mãe que a olhavam preocupados. Seus olhos já marejavam. – Sasuke... Onde está... ONDE ESTÁ O DAESUKE? – Ela sentiu as lagrimas descerem. – O que ta acontecendo?
- TIREM ELA DAQUI. – Ordenou Tsunade.
- NÃO!!! – Ela gritou dando um eco na sala. – Tsunade... Eu quero saber onde está o meu filho... – Tsunade não respondeu. – ONDE ESTÃO OS MEUS FILHOS???
- ELES SUMIRAM. – Ela disse e Sakura sentiu as pernas bambas. Mikoto tentava controlar a nora nada parecia funcionar. – Karin sumiu com Daesuke, Saori e Hyunsuke. – Tsunade disse por fim.
Sakura caiu de joelhos, e Sasuke foi até seu encontro.
- Não... Não pode ser... – Mikoto tentava acalma-la dando alguns abraços e passando a força para ela.
- Meu amor, eu vou trazê-los de volta. – Sasuke disse segurando a face da esposa e olhando em seus olhos. – Eu vou trazê-los salvos! – Ele falou. Sakura acabou desmaiando em seus braços e Tsunade ordenou para que a dopassem por algumas horas.
A situação era grave, Sasuke acionou o FBI e eles passaram a procurar por pistas, horas se passaram e nenhuma noticia. Ele estava tenso. Haviam conseguido um dos comparsas do crime mas ele se negava a falar qualquer coisa.
- Desgraçado. – Sasuke com um soco de direita acabou deixando o enfermeiro impostor desmaiado. Ele praguejou alto por não terem conseguido arrancar nada do homem.
- Sasuke. – Sasuke virou-se e pode ver Sasori com uma muleta e uma enfermeira ao seu lado. – Acho que sei como podemos encontrá-los.
Do outro lado da cidade, Karin planejava sua vulga. Eles se esconderam em uma cabana afastada do aeroporto enquanto Orochimaru conseguia um jatinho particular. Ele estava demorando e a impaciência de Karin falava mais alto, principalmente com os 3 meninos chorando.
- CALADOS, SEUS BASTARDOS!! – Ela jogou a faca no meio dos dois mais velhos que os fizeram chorar ainda mais. – Se não se calarem a próxima irá perfurar cada pedacinho de vocês. – Ela arrancou a peruca mostrando seu cabelo ruivo e anelado.
- BRUXA!!!! – Daesuke gritou. – VAI EMBORA!!!!
- CALADO SEU MULEQUE. – Ela o puxou pelos cabelos enquanto Saori agarrava ao pequeno Hyunsuke faminto. – CALADO ANTES QUE EU TE MATE AQUI E AGORA. – Ela puxou forte o cabelo do menino e colocou a arma branca embaixo de seu queixo. Fazendo ele parar de chorar e o outro temer pela vida de ambos. – Bem melhor...
Kabuto apareceu e tomou um susto ao ver as crianças daquela forma.
- Não faça isso vai mata-lo!! – Ele disse com medo e ela apontou a arma para ele.
- Fique quieto seu infeliz. – Ela puxava com força o cabelo do pequeno Daesuke.
- ME LARGAAAAAAAA!! – Daesuke gritou e ela o arremessou longe o fazendo rolar até o amigo ruivo. Daesuke abraçou ao amiguinho com Hyunsuke dormindo depois de tanta fadiga pedindo por alimento.
- Presta atenção seus vermezinhos de merda. – Ela apontou a faca par aos dois que se abraçaram forte. – Principalmente você, seu filho daquela cadela desgraçada. Vou te dar um fim assim como eu fiz com a sua mãe, a Ellin.
- MINHA MÃE É SE CHAMA SAKURA!!!! – Ele berrou.
- EU SEI SEU INFELIZ. – Ela segurou forte no cabelo dos dois que choravam sem ter mais lágrimas. – Mas eu prefiro matar vocês e dar de presente para ela. – Saori tremeu e acabou fazendo xixi com todo o medo que tinha.
- Karin. – A ruiva largou o cabelo dos dois e virou-se indo em direção a Orochimaru.
- PORQUE DEMOROU INFELIZ!
- Não se consegue um jato igual esse que você disse assim da noite para o dia, e eu tenho que preparar a minha fulga também. – Ele riu. – Vocês saem em 1 hora. – Orochimaru entregou as passagens para ela. – O nome do piloto é Hidan e do copiloto é Kakuzo. Eles vão levar você para onde você quiser.
Ela pegou as passagens e conferiu.
- Otimo. Kabuto. – Ela chamou pelo homem que se apressou. – Ela pegou um vidrinho pequeno com uma seringa de insulina. – Quero que você dope cada uma dessas desgraças ali dez minutos antes de sairmos, e coloque os corpos deles dentro do jato, eu vou colocar fogo na cabana. Você vai com eles até o aeroporto, dopea-as quando eu chegar quero todos eles dentro do avião para partirmos. Vamos, leve-os! São cinquanta minutos até lá! RAPIDO SEU MERDA!!!! VÃO!!!! – Kabuto se apressou pegando Hyunsuke nos braços e puxando os outros meninos que corriam apavorados com ele.
- Nos dispedimos aqui, Karin. – Ele estendeu a mão e Karin pegou um pacote pesado.
- Como combinamos. – Ela disse – 350 mil. Agora me ajude a apagar as pistas.
As suspeitas de Sasuke estavam certas, como Sasori havia lhe dito – “Saori tem um chip dentro da camisa dele, um ship que eu posso localiza-lo pelo meu GPS onde quer que ele esteja, se ele estiver se movimentando, e eu posso te mostrar aqui – ele apontou para um ponto que piscava. – Ele no momento está quieto nesse lugar...
- Fica perto do Aeroporto de Suna. – Sasuke deduziu.
- Eles estão por ali, você vai precisar disso – Ele entregou seu celular. – A senha é o que está nesse papel caso precise.
- Amigo, isso foi de grande ajuda. – Eles se abraçaram como companheiros e Sasuke bolou uma emboscada.”
Enquanto dirigia, Sasuke rezava para que tudo desse certo ele observava o aplicativo e via que o chip se movimentava constantemente, voltavam exatamente quinze minutos para que eles chegassem. Sakura chorava ao lado do marido pedindo a todos os santos que não machucassem seus filhos. Depois de bater o pé dentro do hospital quando Sasuke disse a ela sobre uma pista de onde estariam os filhos deles ela insistiu até que Tsunade liberou com a condição de Shizune a acompanhar.
Quando estavam mais perto do aeoroporto, viu que havia alguém na pista dando sinal para que o avião ligasse para decolar. Sasuke apressou a velocidade e Sakura desesperou ao ver que o avião ganhava velocidade pronto para voar. O radio cambio tocou e Sasuke atendeu.
- As crianças estão dentro do avião. – Isso fez com que ele acelerasse ainda mais.
Os portões se abriram e vários carros da policia, da família Uchiha e do FBI invadiram o aeroporto, o avião decolou, e assim que ele levantou vôo. Um berro saiu deixando todos com os olhos arregalados e desesperados.
- NÃÃÃÃÃÃOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Sakura gritou.
Ela correu alguns passos e caiu no chão assim como Sasuke e todos os outros policiais e familiares que gritavam atordoados com aquela cena terrível.
O Avião, explodiu.
...
Sakura estava desnorteada, Sasuke em um desespero sem fim... Ambos os dois ajoelhados no chão vendo os ´pedaços em chamas do avião cair foram como um tiro em suas almas. Mebuki abraçava a filha que estava com os braços abraçados em seu ventre e gritava desesperada. Fugaku sentiu raiva de tudo aquilo e Mikoto chorou ao lado do filho que praguejava todos os nomes sujos.
- DESGRAÇADAA!!! VOCÊ MATOU MEUS FILHOS!!!!!! – Sasuke berrou alto sentindo o coração acabado, sua felicidade havia sido retirada de seus braços...
Era o fim...
( / POV. Autor )
Foi horrível... Meu mundo acabou quando desci do carro e ouvi a explosão... Eu gritei bem alto dizendo para mim mesmo que aquilo era mentira... Corri e senti uma dor muito forte e cai de joelhos no chão gritando o nome dos meus filhos, Sasuke caiu no chão e eu vi que ele estava tão morto com eu. Minha mãe me abraçou com meu pai, e ela me dizia para ser forte. Mas de onde eu tiraria forças? Meu mundo havia acabado.
Ao menos... Eu achava...
- MAMÃEEEEE!!!!!!!! – Pensei ter ouvido uma miragem, mas não. Era real. Sasuke e eu viramos e eu me levantei com os olhos arregalados. – MAMÃEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!
- DAESUKE. – Sasuke e eu gritamos. Não consegui me mover devido a dor intensa que eu senti na barriga. Mas vi Sasuke se levantar e correr como um louco até nosso filho que erguia as mãos enquanto corria desesperadamente com os olhos inchados.
Sasuke abraçou nosso filho com força assim como ele, com a ajuda de meu pai eu me levantei e coloquei as mãos na boca não acreditando no milagre que eu estava vendo. Os policiais estavam trazendo Saori carregado e Hyunsuke. Sasuke se aproximava com ambos e eu chorava. Hyunsuke chorava forte e Daesuke e Saori também. Ouvi um carro chegar, e vi que se tratava de Naruto e Sasori. Saori correu para o encontro do pai que o abraçou desesperado.
Abracei meus filhos com todo amor agradecendo a Deus por aquele milagre.
Ouvimos risadas e quando olhamos, vi Orochimaru rindo alto do acidente do avião, e gritando.
- VINGANÇA!!! VINGANÇA!!!! EU TIVE A MINHA VINGANÇA!!!! – E rindo muito alto. – Ele estava amarrado a uma camisa de força e ria do que acontecia.
Virei a cara não querendo ouvir mais nada e segurei Hyunsuke nos braços. Daesuke foi para os braços de Mikoto e Sasuke foi urgentemente chamado.
- Eu já volto meu amor. – Ele selou minha testa e meus pais me levaram para o carro.
Amamentei Hyunsuke e acolhei Daesuke no colo que estava tremendo de medo, assim como Saori. Selei a testa do meu anjinho e disse a ele que tudo estava bem e que ele estava seguro. Ele sorriu e fechou os olhos para dormir novamente. Sasuke chegou e então entramos todos em seus carros e ele deu partida.
- Eu tenho que voltar, vou deixar vocês no hospital e voltarei. Depois eu te conto tudo. – Ele disse me olhando pelo retrovisor e eu sorri.
- Tudo bem meu amor. – Falei. O importante era que meus dois filhos e Saori estavam VIVOS! Só isso importava.
Chegando no hospital fui levada as pressas para o quarto e Hyunsuke para o berçário onde Tsunade faria os exames necessários. Fugaku pediu um pediatra particular com o nome de Deidara para que ele pudesse ajudar Tsunade ele já nos aguardava. Carismático e brincalhão com a crianças que estavam um tanto muito assustadas ele pediu para que examinasse Hyunsuke primeiro antes dos dois maiores. Com a ajuda de Shizune ele examinou calmamente o meu bebê na minha presença e concluiu que ele estava muito bem.
- Ele só está com um pouco de sono, sua barriga está cheia então eu acho que daqui alguns minutos podem coloca-lo no carinho. – Ele concluiu depois de ouvir os batimentos cardíacos do pequeno.
Entreguei meu filho a minha Sogra, Mikoto, e Daesuke ainda suspirava e ofegava nos braços do pai. Sasuke me entregou o pequeno e eu o aninhei em meus braços. Ele olhou para Deidara e o loiro sorriu.
- Pera ai.. Isso aqui é uma fomiga? – Ele colocou o dedo na barriga de Daesuke e ao olhar ele deslizou este até a testa do pequeno fazendo-o rir ainda um pouco assustado. – Agora você pode ficar tranqüilo. Você está aqui com seus pais e não precisa ter mais medo. Ok? – Ele tentou acalmar o pequeno que balançou a cabeça em um sinal positivo em silencio. – Me conta, qual o seu super herói favorito? – Ele perguntou.
- Homem de ferro. – Ele falou animado.
- Sério? O meu também, mas eu gosto mais do Capitão America.
- Homem de ferro é bem mais forte. – Ele fez uma cara de bravo e todos riram.
Deidara conversava com Daesuke enquanto o examinava, e logo o pequeno pareceu esquecer o que havia vivido nas ultimas horas. Sasuke saiu pois ele deveria voltar para continuar com as investigações no aeroporto. Daesuke e Saori foram examinados e ambos estavam bem apenas com alguns arranhões, agradeci a Deus por eles estarem bem, sem nada grave.
Com a minha negligencia meus pontos haviam rompido e Tsunade eve que fazer outro, Fugaku deixou vários seguranças tanto no berçário quanto na porta do quarto como um modo de prevenir quais quer outros incidentes. Saori e Daesuke ficaram sobre os cuidados de Safari a enfermeira que Sasori estava namorando, os dois dormiram na cama ao lado da minha e eu pude respirar aliviada por alguns instantes durante a noite.
Sasuke havia chegado depois das onze da noite. Ele estava cansado e abatido devido ao susto mas sorriu quando viu os pequenos dormindo na cama ao lado. Minha mãe cochilava na poltrona e cochilava. Eu ainda estava acordada e vi Sasuke se aproximar me dando um beijo.
- Como eles estão? – Perguntou.
- Graças a Deus bem... Só com alguns arranhões, mas isso não é nada... – Falei aliviada.
- Karin está morta. – Sasuke falou depois um tempo. O olhei e ele parecia abatido. – Quando eu cheguei o incêndio estava sobre controle depois de caminhões do corpo de bombeiros apagando o fogo. Karin estava com mais da metade corpo completamente incinerado. – Meus olhos apertaram. – Eu vi ela se acabar enquanto gemia horrores para Orochimaru chamando-o de traidor. Encontramos uma maca com dois bonecos de boracha usando perucas, uma preta e outra vermelha, eles estavam queimados mas foi suficiente para tiramos alguns flashes. Os pilotos morreram na hora.
- Que horror. – Falei e Sasuke me abraçou. – Eu fiquei tão desesperada quando vi o estouro forte do avião. – Ofeguei. – Eu achava que aquela mulher...
- Shh... Ei... – Ele deu vários selinhos em meus lábios. – Nossos filhos estão aqui, fique tranqüila. – Ele disse.
- Você ainda parece abatido. – Falei.
- Estou sim... Mas por causa do que aconteceu... Acho que pela primeira vez entendi o que você queria me dizer sobre ser um pai. Quando eu soube que as crianças estariam dentro do avião eu fiquei desesperado. Eu já estava com um mau pressentimento. Quando a explosão aconteceu eu me senti um inútil. – Ele deixou as lágrimas caírem. - Eu achei que tivesse chegado tarde de mais. – Ele respirou fundo e eu limpei suas lágrimas dando um abraço forte.
- Eu também senti... Mas nossos meninos estão bem. Eles estão vivos, é isso que importa. – Senti Sasuke me beijar intensamente e o abracei novamente podendo sentir os batimentos acelerados. – Seja quem foi que salvou nossos filhos temos que ser muito gratos.
- Foi o Kabuto. – Eu o fitei por alguns instantes. – Ele está nas ultimas. Karin viu a tentativa de engana-la com os bonecos eacabou dando vários golpes mortais com a navalha dela no corpo dele. E mesmo assim, ele conseguiu entrar no avião assim que ela colocou os meninos dentro do compartilhamento. Ele aproveitou uma pequena brecha que ela deu enquanto ela havia ido a cabine do piloto para decidir a rota e ele e mais um dos meus homens conseguiram retirar as crianças de lá. Ele acabou ficando dentro do avião enquanto Aoba e Ibiki fugiram com os dois menores e o recém nascido. Quando Karin percebeu o que estava acontecendo antes do vôo ela foi pra cabine mas apenas viu os corpos de borracha e achou que o remédio havia deito efeito. Kabuto conseguiu sair minutos antes da decolagem, mas ele não vai conseguir sobreviver. – Sasuke falou e eu levei minhas mãos até meu rosto.
- Deus... – Tentei me concentrar e pensar em algo mas nada valia. Ouvi a porta abrir e minha mãe despertou. Por sorte os meninos dormiam tão intensamente que nem perceberam o barulho da porta.
- Sakura. – Minha madrinha vinha em minha direção. – Desculpe te acordar, mas preciso que você venha comigo imediatamente.
- Aconteceu alguma coisa, Tsunade. – Minha mãe se aproximou aflita.
- Sim... Kabuto está morrendo e tem uma coisa muito importante que precisa dizer para Sakura e para o Sasuke. Não temos muito tempo. – Tsunade me ajudou a levantar e me sentaram em uma cadeira de rodas para que eu não arrebentasse os pontos novamente.
Tsunade me levou até o mesmo corredor onde Daesuke ficou internado, coloquei uma roupa especial e com a ajuda de Sasuke caminhamos até a cama onde Kabuto se encontrava.
- Kabuto? – Sussurrei e ele abriu os olhos dando um gemido de dor.
- Sakura... Sasuke... – Ele respirou com dificuldade. – Que bom.. que vieram...
- Não se esforce tanto. – Pedi. – Você pode se machucar
- Machucado eu já estou a mais de 2 anos... – Ele suspirou. – Sasuke você sabe que a Karin foi responsável pela morte da Ellin. – Ele falou e arfou puxando ar. Sasuke balançou a cabeça positivamente. – Mas... Existe algo a mais... – Ele ofegou. – Karin descobriu um segredo meu e da Ellin... Ahh – Os batimentos começavam a diminuir.
- Por favor não fale tanto, você tem que descansar! – Shizune pediu tentando controlar o oxigênio.
- Eu preciso dizer isso... Vai ser importante. – O delegado ouvia tudo pelo microfone que haviam colocado em Kabuto e gravava tudo ouvindo com Fugaku, Itachi e Mikoto do lado de fora. – Karin, descobriu que Daesuke não é filho da Ellin. – Sasuke e eu nos assustamos.
- Como assim? – Sasuke perguntou.
- Ellin, não podia ter filhos. – Ele respondeu.
Sasuke ficou descontrolado e eu segurei firme sua mão e segurei seu rosto tentando acalma-lo.
- Ellin... Não podia engravidar? – Ele perguntou com a voz rouca de raiva.
- Ela não tinha óvulos suficientes para liberar durante o período fértil. – Kabuto gemeu e vomitou um tanto de sangue.
Shizune e as enfermeiras e o colocaram sentado enquanto limpavam-o.
- Ele não vai agüentar muito tempo. – Shizune falou e ele concordou.
- Eu sei... Mas eu precisava dizer isso. – Kabuto falou ofegante.
- Kabuto. – Sasuke falou sério e o moribundo o olhou. – Daesuke.. não é meu filho? – Os olhos de Sasuke pareciam desesperados.
- Sim... Ele é seu filho... Ah.. – O medidor do coração começou a diminutir.
- O Coração está parando. – Shizune pediu ajuda aos paramédicos mas Kabuto a fez abaixar a mão.
- NÃO. Eu não quero ajuda... – Ele falou suando frio. – Respeite a minha decisão.
Ela aceitou e dispensou os paramédicos. Do lado de Fora Mikoto abraçava forte Itachi enquanto chorava. Fugaku e o delegado e olharam e eu senti o clima ficar mais tenso.
- Sakura... – Eu voltei meus olhos para Kabuto. – Daesuke... é SEU FILHO.
Os olhos arregalaram.
- O que?? – Falei ofegante.
- Daesuke é o resultado da fecundação do seu óvulo doado com um dos espermatozóides do Sasuke. – Ele gemeu alto e vomitou novamente. Sasuke ofegou assim como eu e bagunçou o cabelo. – Eu usei seu óvulo e um dos espermas e os fecundei, assim que a fecundação foi bem sucedida o medico que acompanhava o tratamento da Ellin o implantou dentro dela. Foi difícil a gestação, mas Daesuke nasceu saudável.
- Porque? Por que você fez isso? – Sasuke voou sobre a gola de Kabuto e foram necessários quatro médicos para solta-lo.
- Porque eu amava a Ellin, sempre a amei, muito antes dela te conhecer. Mas ela não amava ninguém. – Os batimentos foram parando lentamente. – Somente... Somente ela mesma...
Aquelas foram suas ultimas palavras...
Depois daquela revelação eu estava bastante nervosa assim como Sasuke. Saímos daquela sala e Tsunade me acompanhou até o meu quarto.
- Daesuke é meu filho... – Sussurrei para ela com os olhos marejados e ela cariciou meus cabelos.
- Eu já sabia disso... A verdade é que eu sempre soube disso. – Foi um choque ouvir tais palavras.
- Como assim... VOCÊ SABIA DISSO??? – Falei em um tom mais alto e felizmente ainda não havíamos entrado no quarto, Tsunade me sentou em uma das cadeiras e eu vi que Sasuke, meus sogros e meus pais se aproximavam. – COMO VOCÊ PODE ME ESCONDER ISSO.
- Em primeiro lugar, ABAIXA ESSE TOM DE VOZ COMIGO MOCINHA. – Ela exigiu e eu apenas fechei a cara. – E NÃO ME FAÇA ESSA CARA. Você está de ante de uma médica profissional e não perto da sua mãe. – Ela falou rude.
- É eu estou vendo. – Falei em um tom sarcástico.
- Meça suas ironias. – Ela me olhou séria. Respirou fundo e deixou que nós nos acalmássemos para que ela dessa continuação. – Nunca percebeu que Daesuke se comportava EXATAMENTE como você era quando criança? – Ela perguntou. – Até mesmo sua mãe quando o viu pela primeira vez viu claramente que aquela criança com todas as duvidas poderia se parecer com o pai mas seu comportamento era idêntico a mãe. – Meus olhos brilharam.. Aquilo de fato era verdade, Daesuke tinha o mesmo comportamento que eu tinha quando era pequena, o modo como ele fazia bico e cruzava os braços quando estava com raiva. Levei uma das mãos no meu rosto e senti as lágrimas descerem. – Eu sempre tive suspeitas de Daesuke desde quando era bebê, até mesmo vendo alguns exames seus e de Daesuke eu percebi que haviam semelhanças nos genes mas eu achava que isso era loucura minha até que eu resolvi fazer um teste de DNA com um pouco do sangue seu e de Daesuke que ainda tinham aqui. Eu mandei fazer por minha conta mas não consegui abrir o resultado. – Ela retirou um envelope do seu jaleco. – Mas depois... – Ela olhou seriamente para Sasuke e para mim e eu segurei forte sua mão. – Depois que você saiu da sala onde fizemos o parto da Ino, eu vi que Kabuto a seguiu e que eu vi que ele queria te dizer algo mas não conseguia, quando ele disse que “você havia doado óvulos” eu tive uma esperança pequena, mas achava aquilo impossível.
- E o que você fez? – Sasuke perguntou.
- Depois que tudo se ajeitou eu coloquei Kabuto contra a parede e ele acabou soltando algumas coisas que eu acabei juntando as peças. Eu voltei para minha sala e abri o exame de DNA. Foi então que eu vi que minhas suspeitas estavam certas. – Ela me entrgou o papel e eu o abri. Sasuke se abaixou ao meu lado e me olhou com os olhos marejados. – O exame havia dado positivo.
- Porque não nos contou antes? – Sasuke perguntou ofegante.
- Porque ele me pediu para guardar segredo, e que apenas ele podia revelar esse segredo. Ele queria contar tudo desde o começo assim como ele me contou depois. Eu não queria deixar mas deixei. Agora vocês dois já sabem a verdade. – Ela se levantou. – Daesuke é filho de vocês dois, em todos os sentidos. Ellin foi a apenas uma barriga de aluguel. O importante é que vocês são pais de uma criança maravilhosa. Que uniu vocês por um laço tão forte que nem mesmo Karin pode romper. – Ela soltou minha mão e saiu andando.
- Tsunade. – Chamei-a. – Me perdoa... Acho que eu sei o que você quis dizer sobre manter em segredo. Você também é uma médica, e eu sei que existem horas que devemos colocar nosso profissional acima do emocional. – Falei. Tsunade sorriu e me olhou orgulhosa.
- Você será uma médica incrível. Eu tenho certeza absoluta disso. – Eu sorri. Tsunade saiu andando pelo corredor indo até sua sala. – Shizune. – Ela chamou a assistente. – Venha, eu ainda tenho que trabalhar hoje ainda. – Ela virou o corredor Shizune saiu em disparada atrás dela.
(...)
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.