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História Me ame - Kento Nanami - Único.


Escrita por: yennasz

Notas do Autor


Apenas deixando mais um hotzinho. Esse eu me dediquei 😭

A história é de época, só pra esclarecer e não ficar confuso

Tem alguns erros de digitação mas relevem, eu não consegui detectar todos na hora da revisão para corrigir

Se possível comente, amo ler comentários 💕

Tenha uma boa leitura 💕

Capítulo 1 - Único.


Ela não poderia imaginar que as coisas seriam assim, um casamento fadado ao fracasso e à infelicidade. Estava entediada, era cansativo e uma chatice, não foi isso que imaginou e tampouco não é isso que desejara viver.

Estar presa e infeliz com um homem que fora lhe prometido há alguns anos, se viram muitas vezes no começo, vários encontros e muitos presentes que lhe agradava, Kento não era um homem de muitas palavras, ele era do tipo quieto e reservado, não parecia desgostoso com a ideia de casar-se, sua companheira e prometida também flutuava em nuvens que mais tarde descobriu serem de ilusões, se imaginava casando-se com Kento e vivendo uma vida feliz de dona de casa com seus vários filhos.

Como estava enganada.

Um ano após o casamento o homem que deveria ser seu marido não passava muito tempo em casa, havia herdado os negócios de ambas as famílias, era ocupado e estava sempre em seu escritório na empresa bem administrada, e quando não estava lá se enfurnava no escritório da enorme mansão, ela poderia jurar que ele não lembrava que tinha uma esposa e se lembrava apenas preferia ignorar o fato. As noites costumavam ser frias e vazias, ele não a abraçava para dormir, na verdade, ele nem dormia em seu quarto, optava pela maioria das vezes por dormir no sofá pequeno e desconfortável do escritório ou em algum hotel próximo a empresa.

Se lembrava bem, a última vez que ele a tocou intimamente fora há quase seis meses, se sentia indesejada e feia, essa era a verdade, Kento não a elogiava, não a chamava de querida ou meu amor, o esforço que ela fazia não estava valendo a pena pois o homem era como uma parede sólida de concreto, era frio e estava sempre com a sua feição indescritível, não parecia um humano, estava mais para uma estátua de mármore.

Ela poderia jurar que ele tinha outra, uma mulher a qual ele corria quase todas as noites, isso explicava as sua ausência na casa e o fato de não reivindicá-la como sua esposa, se esqueceu de quantas vezes passou em claro o esperando voltar e de quantas vezes chorou imaginando ele se deitando com alguma mulher da vida, se sentia tão patética por estar se lastimando por um miserável que não merecia sua dor, mas era algo tão insuportável que podia sentir rasgar sua pele. E tudo isso sem mencionar as brigas constantes.

Era uma daquelas noites, ele não chegou a tempo do jantar, ela esperou por uma, duas, três horas. A comida intocada e fria, as criadas sussurravam entre si o quanto a situação da senhora da casa era lamentável, viver na miséria de um lar desprovido de amor e carinho era um fardo, não comeu, apenas se serviu com taças e mais taças de vinho até seu sangue esquentar e esquecer meramente a desgraça que vivia, afundou-se no álcool e seguiu assim por semanas, viciada clamando por misericórdia.

Apesar da situação que se encontrava não deixava de ser vaidosa, vestia roupas caras e de marca, batons e perfumes importados, ainda tinha a esperança de conseguir chamar a atenção de seu marido com isso, queria ser bonita para ele, para que ele a olhasse e a desejasse, queria ele, como queria.

Estava em frente ao espelho checando seu vestido mais uma vez, era justo mas não era curto, tinha um decote um tanto revelador, em seus ombros um cachecol chique e caro, os saltos altos e finos, perfume doce e uma maquiagem bem feita, estava tentando de todas as formas chamar atenção, desejava que fosse a do seu cônjuge mas se for a atenção de outras pessoas já bastava. Era isso, estava se tornando esse tipo de pessoa, talvez seja isso que a carência faz com as pessoas, queria ser bem falada, bem elogiada, desejada por homens e mulheres.

A porta do quarto abriu ruidosamente e o homem loiro entrou, ele caminhou até a cama onde se sentou e afrouxou a gravata, abaixo dos seus olhos olheiras arroxeadas eram bastante visíveis, estava cansado e abatido, suspirou fundo e retirou os sapatos seguido do blazer o jogando do outro lado da cama, retirou seu relógio também e por fim deitou-se, a mulher permaneceu no mesmo lugar, não queria encará-lo pois sabia que se o fizesse desabaria ali mesmo, continuou a fingir costume enquanto colocava um de seus brincos brilhantes, arrumou os cabelos mais uma vez e estava satisfeita com o que via, estava pronta para ir.

— Onde vai vestida assim?

A voz grave e baixa ecoou por seus ouvindo causando tontura, queria ignorá-lo como ele sempre fazia com ela, sabia que não conseguiria fazer isso pois dentro de si ainda havia esperança que tudo voltasse a ser como antes, talvez ele quisesse ir consigo e passar um tempo juntos, ou estivesse enciumado por sua esposa estar saindo daquele jeito sem pedir sua permissão ou dizer para onde iria.

— Layla me fez um convite, lembre-se dela? É um baile que tem organizado há meses.

Disso por fim o olhando, ele estava deitado de barriga para cima, encarava o teto sem prestar atenção nela, ele não respondeu, não se importou. Fechou os olhos e estava quase dormindo, isso a irritou, como odiava esse seu jeito, como odiava estar nessa situação, sentiu vontade de arrancar aquele vestido e se esconder em algum cômodo vazio daquela casa exageradamente grande, seu corpo tremia como se estivesse com frio. 

— Ela o convidou também, será meio indelicado da minha parte aparecer sem meu marido, vem comigo?

Tentou mais uma vez ter a atenção do homem, até sorriu mesmo que ele não estivesse vendo, sem resposta recebeu um resmungo

— Não, faça como quiser.

Cansou. Era isso, não iria mais se submeter a esse tipo de humilhação, que patético da sua parte esperar que ele se importasse. Não precisaria nem mencionar que não foi a festa, que fez como estava querendo desde o início, saiu do quarto e marchou até um quarto de hóspedes, o mais longe que havia dentro da mansão, arrancou o vestido do corpo, desfez o penteado e lavou a maquiagem do rosto com tanta força e raiva que suas bochechas ficaram vermelhas, se enfiou embaixo do cobertor grosso apenas de lingerie, uma nova que havia encomendado para que apenas seu marido visse.

Foi então que parou de tentar, já não o esperava mais para o jantar, se recolhia para os seus aposentos mais cedo antes que ele chegasse, vestia roupas menos chamativas como costumava se vestir quando era solteira, pouca maquiagem e quase nunca falava, apenas quando se dirigiam a si. Estava deprimida e adoentada, sua governanta que estava ali para cuidar do seu bem estar físico notou a sua perda de peso e seus dias inteiros onde apenas dormia. Então é isso que um casamento infeliz causa? Talvez estivesse sendo dramática demais?

Lhe foi receitado alguns remédios e refeições obrigatórias, o Doutor Lins que cuidava de sua família há anos lhe deu uma bronca por estar sendo tão irresponsável com o seu corpo, estava negligenciando sua vida assim como seu marido negligenciava o casamento, este que estava ausente da casa há semanas e não se preocupou em responder a carta que fora enviada informado o estado de sua esposa.

Sentada em um banco no vasto jardim bem cuidado, o sol queimava sua pele e a sensação era boa, estava há tanto tempo se mantendo dentro da casa que esqueceu essa sensação, ouviu passos pesado atrás de si e pensou que fosse o jardineiro indo perguntar como estava se sentindo hoje, sorriu virando-se para trás para por fim sentir o sorriso morrer em seu rosto. Não conseguiu disfarçar a decepção em seus olhos quando notou que Kento a encarava inexpressivo como sempre.

— Você não parece muito contente em me ver.

— É apenas impressão sua.

Voltou a virar-se para a direção contrária do homem. Encolhida no banco com as pernas junto a barriga e o queixo apoiado nos joelhos, não abriu a boca para tagarelar como costumava fazer no primeiro ano do relacionamento.

— Comparado com as palavras daquela carta, você parece saudável agora.

— Hm... Tive pessoas cuidando de mim.

— Entendo, elas estão sendo pagas para isso.

— Fizeram isso pois são pessoas que minimamente se preocupam comigo. — Foi áspera e direta, não queria prolongar aquele assunto e conseguia sentir os olhos dele queimando sua pele mais que o sol.

— Acha que eu não me preocupo?

— Alguma vez já me fez pensar que sim? 

— Está enganada.

Riu anasalado, seu dedo indicador desenhava formas aleatórias na madeira envelhecida do banco, seus olhos ardiam e sua respiração ficava cada vez mais pesada, não queria chorar, se recusava, como aquele homem poderia trazer a parte mais sensível de si a tona dessa forma? Como ele poderia deixá-la tão sensibilizada dessa maneira?

— Por favor, poupe esforços, eu não quero a sua falsa preocupação.

Se levantou por fim ainda sem encará-lo, a camisola de seda branca escorreu por seu corpo que mesmo após perder peso ainda tinha curvas bem desenhadas, os olhos de Kento detalhou a sua silhueta por trás.

— Você me odeia?

— Acho que eu deveria perguntar isso, Kento.

— Eu não te odeio, você é minha esposa afinal. Mas em contrapartida, para você eu sou um péssimo marido.

— Depois de tanto tempo só conseguiu fazer essa observação agora?

Sem obter uma resposta dele caminhou apressadamente para dentro de casa, suas narinas estavam dilatadas e não conseguiu segurar as lágrimas, que patética, que burra!

Ele a seguiu até o quarto, viu ela abrir a porta e fechá-la com brutalidade quase batendo em seu rosto, ele estava surpreso pois pela primeira vez a viu ser tão agressiva, por fim entrou no cômodo apenas para vê-la se despindo agressivamente quase rasgando a seda delicada e cara que vestia, seu rosto vermelho e brilhoso pelas lágrimas. A mulher entrou no banheiro e se enfiou embaixo da água fria, sentiu seu corpo febril esfriar em instantes.

— Converse comigo, esposa.

— Agora você quer conversar? Eu não tenho nada para tratar com você, senhor meu marido.

Respondeu irônica de costas abraçando seu próprio corpo, os cabelos compridos e escorridos por conta da água se enrolavam em sua cintura, Kento se apoiou no batente da porta prendeu a respiração, cruzou os braços na altura do peito enquanto a olhava dos pés a cabeça.

— Eu não entendo, definitivamente não entendo. — Suspirou — O que eu fiz? 

— Você pode, por favor, sair? Eu não me sinto confortável com você aqui, eu estou tentando tomar um banho.

— Como seu esposo, eu tenho o total direito de vê-la como eu quiser.

Talvez isso tenha sido a última gota d'água para esses turbilhões de sentimentos e pensamentos transbordar, aquele homem definitivamente estava se divertindo às suas custas, ele achava engraçado seu sofrimento? Sua angústia e dor? Se encolheu embaixo do chuveiro acanhada com os olhares dele, a humilhação de ser tão vulnerável e ter que passar por isso.

Fungou alto, já não conseguia esconder que estava chorando, não esperava que ele sentisse pena, apenas não adiantava mais segurar, por outro lado ele apenas observava tudo em silêncio, então se virou e saiu do banheiro fechando silenciosamente a porta. Caminhou até a cama e sentou-se passando a mão nos cabelos bem alinhados e afrouxando a gravata, uma mania que nunca perdia quando estava tenso, realmente não entendia tudo isso e estava confuso, pensou o que havia feito de errado já que nesses últimos tempos tem se mantido afastado como sua esposa desejava.

Há sete anos quando se conheceram, Kento não poderia negar que estava feliz, ela era uma moça linda, inteligente e gentil, ele realmente gostava dela, não estava apaixonado mas poderia tentar, dois anos mais tarde casaram-se e ele estava de fato encantando, desde então se passaram quatro anos, não era bom em mostrar seus sentimentos então a enchia de presentes e mais presentes, achou que estava fazendo certo, afinal, ela sempre os recebia com um enorme sorriso no rosto.

Com a convivência quase diária, ambas as família logo se tornaram íntimas e amigáveis, Kento também desenvolveu uma enorme afeição pela irmã mais nova da mulher e a considerava uma irmã, ele estava sempre pedindo conselhos a ela de como agradar sua prometida e esta em questão ajudava com prontidão. As coisas começaram a mudar quando a mais nova citada correu até o homem com uma expressão apreensiva, contou-lhe como sua irmã estava desgostosa com o casamento e que não o queria, ficou surpreso, em casa sua esposa era amável.

Desde então a irmã mais nova contava-lhe coisas que sua irmã mais velha supostamente a confidenciava, como o fato de odiar receber muitos presentes e até mesmo a presença dele em casa, de como ele não a satisfazia na cama e o fato de odiar que ele a chamasse por nomes carinhosos, gradualmente esses gestos foram sumindo, Nanami não passava mais tanto tempo em casa como antes, ocupava sua mente com trabalho para evitar pensar em como tornou a vida de sua mulher infeliz, não dava presentes e não dormia mais consigo, se fechou, foi envenenado por mentiras, completamente engano.

Ele não sabia, foi um homem tolo, mas se tivesse conversando com sua esposa antes tudo poderia ser diferente agora, por isso que vê-la tão vulnerável daquela forma o cobrando para ser um bom marido havia feito uma chave girar em sua cabeça.

Foi tarde demais quando percebeu o que a irmã mais nova havia feito e no fim das contas ele foi um cúmplice pois colaborou para que tudo decaisse e chegasse ao ponto que está agora, desconfiou disso há poucos meses mas preferiu ignorar, desde então tem se ocupado com trabalhos para tirar alguns meses de folga e deixar a empresa nas mãos dos seus sócios por um tempo.

Ele sabia que a irmã da sua esposa o desejava como homem e ele já havia a negado antes, era casado e não trairia mesmo que o casamento estivesse em colapso, nunca havia se imaginado com outra mulher e não sentia a necessidade de buscar suprir suas necessidades masculinas com outras, tampouco a outra ser a pessoa quem considerava uma irmã. Talvez fosse inveja da mais nova ou estava puramente se divertindo as custas do sofrimento dos outros, Kento amava sua esposa, isso era um fato, mas só para si, afinal, não teve tempo de demonstrar o que sentia por ter sido um completo idiota.

Queria resolver tudo mas sabia que não poderia curar com algumas horas de conversa um estigma de anos, ainda aguardava sentado na cama a mulher sair do banheiro, queria encará-la um pouco mais, pedir desculpas tardias e implorar por uma segunda chance.

A porta finalmente se abriu revelando sua esposa com o rosto inchado e ainda chorosa envolta de um roupão, estava envergonhada, ela não o olhou mas ele não conseguia desviar os olhos de modo algum, sentiu algo fisgar dentro de si.

— Poderíamos conversar, por favor?

Pediu mais uma vez, agora mais calma ela assentiu com a cabeça e se sentou do outro lado da cama de costas para ele, a postura acanhada como sempre.

— Eu não tenho nada para dizer, Kento.

— Mas eu tenho muitas coisas para dizer para você, me ouça.

Com aquelas palavras a mulher imaginou inúmeras coisas e uma delas foi o divórcio, talvez ele estivesse querendo isso há tempos e só agora teve coragem, seu coração errou uma batida, nessa época que se vive uma mulher divorciada é mal falada em todos os quatro ventos do mundo.

— Você quer um divórcio? — Kento se virou assustado, o colchão tremulou abaixo ambos

— Não, eu não quero um divórcio. — Ela finalmente o olhou, o semblante confuso em seus rosto — Eu finalmente entendi, pode ser tarde demais, mas espero que você me perdoe.

E então uma longa conversa se estendeu por metade do dia, Kento contou tudo o que a irmã tem lhe dito nos últimos anos e despejou sua desconfiança sobre o fato dela querer acabar o casamento dos dois, era arriscado acusar daquela forma mas se encontrava desesperado para ter sua esposa de volta, a reação que ela teve foi o que ele esperava, chorou tanto que por fim dormiu, no outro dia pediu um tempo e disse que queria pensar, também queria falar com sua irmã e entender seus motivos. 

Na semana seguinte se encontrou com seus pais e a dita cuja, despejou palavras cruéis em direção a ela que não negou e assumiu que havia feito tudo aquilo para que o casamento fosse arruinado pois amava Nanami e odiava que ela tivesse se casado com ele, em troca recebeu um tapa forte e bem dado da irmã mais velha, seus pais estavam chocados com o que a filha mais nova havia feito e não faziam ideia de como sua filha mais velha havia sofrido daquela forma por puro capricho da irmã mimada. Na volta para casa dentro do carro se permitiu rir daquele clichê, riu tanto que sua barriga doeu, foi uma reação inversa do que se esperava, talvez estivesse finalmente ficando louca, o motorista olhava pelo espelho retrovisor um tanto assustado com o momento de histeria da patroa.

Quando chegou em casa já era noite, fora recebida por algumas empregadas que já estavam saindo e voltando para suas famílias, foi para o quarto imaginando que estaria sozinha novamente, se sentia acabada e destruída então só esperava chegar e dormir. Abriu a porta e para sua surpresa ele estava lá, sentado em uma poltrona com uma xícara de chá ao lado, um livro nas pernas separando as páginas para que não se perdesse na leitura, trajado com uma calça azul escura de cetim e um robe aberto da mesma cor, estava sem camisa por baixo. A mulher suspirou e entrou no quarto, seu rosto rubro por ser pega no flagra admirando o abdômen absurdamente bem esculpido.

— Eu vou tomar banho.

Kento se absteve de comentários, apesar de curioso sobre como tinha sido a conversa com a sua família se manteve quieto e apenas concordou com a cabeça, a viu entrar no banheiro para por fim ouvir a água do chuveiro cair. Removeu seus óculos e guardou o livro, levantou-se da poltrona e caminhou até a janela observando a noite lá fora, não sabia o que fazer ou como agir, esperou que ela saísse do banheiro para que fossem se deitar e dormir.

— O que tanto olha aí fora? — Não notou quando ela surgiu atrás de si, estava envolto de tantos pensamentos que ao menos ouviu quando o chuveiro foi desligado e porta aberta novamente

— Não é nada, estava apenas pensando.

— Entendi...

A olhou por cima dos ombros, aquela camisola de seda que usara da outra vez estava lá novamente, não conseguiu se conter e arrastou seu olhar pelo corpo da mulher novamente, a desejava e não queria mais esconder isso, as suas intenções com ela eram nitidamente visíveis já que agora as cartas foram postas na mesa. Se aproximou como um predador e tocou-lhe o queixo, ela tremeu mas ainda evitava olhá-lo.

— Por favor, olhe para mim... — Disse num sussurro. Os olhos cintilantes e quase inocentes foram de encontro aos seus, o quarto escuro tinha apenas a luz da lua adentrando pela janela, luz esta que refletia quase prateada na pele de sua esposa — Sei que ainda temos muitos assuntos pendentes e as coisas demorarão para darem certo, mas me diga, o que você quer fazer agora?

Ela estava hesitante, sentiu seu rosto formigar quando a mão dele tocou-lhe a bochecha e o polegar acariciou a maçã do seu rosto, inclinou a cabeça em direção ao toque, estava tão carente que o ato foi impulsivo, levou as próprias mãos e gentilmente retirou a mão do homem de si, segurou a por um tempo e por fim soltou. Confuso ele imaginou que ela estaria o negando e então aceitou o fardo, iria se afastar para deitar-se e tentar dormir quando foi pego de surpresa com a mão direita dela deslizando a ponta dos dedos por seu abdômen desnudo.

— Eu quero isso, por favor, me ame. 

Implorou o olhando por baixo, a mão ainda em movimento subindo até o peitoral do marido, passando pelo pescoço e por fim se posicionando na nuca, o puxou com violência para baixo e depois de tanto meses sentiu os lábios dele tocando os seus, de início foi um beijo rígido, nenhum dos dois se moveu, mas então ele levou as mãos até a cintura dela e a puxou com força contra si, ambos arfaram. Sentiram saudades daquilo embora tivessem negado por um tempo, poderiam jurar que não sabiam mais como era fazer sexo.

Quando o beijo finalmente se intensificou Nanami se sentiu derreter, empurrou a mulher em direção a parede a prendendo com seu corpo, as mãos dela puxavam os cabelos loiros do homem com força, estavam quase rosnando como animais, era da natureza de Kento não ser bruto e hostil, mas quando puxava em sua memória as poucas vezes que tiveram relações ele lembra-se bem de como ela gostava de ser tratada naquela hora, completamente submissa a ele.

Kento rompeu o beijo e desceu seus lábios pelo pescoço da esposa, aquela maldita camisola era tão fina que ele conseguia sentir os seios eriçados dela roçando em seu tronco, sentiu seu pau inchar dentro de calça, se esfregou contra ela como um pervertido querendo mostrá-la o estado que ela conseguia deixá-lo apenas com alguns beijos. Finalizou os beijos e a forçou para baixo pelos ombros, ela caiu sentada em seus joelhos, olhava para cima inocentemente com colo dos seios avermelhados como o seu rosto, Nanami estalou a língua vendo o quão próxima do seu pau ela estava.

Sem pressa ele acariciou seus cabelos, passou a mão por seu rosto novamente e a fechou em seu maxilar forçando a mulher a encará-lo melhor, a respiração dela vacilava e indicava quão eufórica e ansiosa estava para aquilo. Kento levou a mão em direção ao seu pau e o acariciou por cima da calça, não estava usando cueca sendo assim a marca do volume era mais nítida, puxou a para baixo e seu falo semi duro, grosso e pesado pulou para fora quase batendo no rosto de sua esposa, ofegou novamente, só por ter aquela visão quase gozou.

Apoiou a mão esquerda na parede e com a direita forçou dois dedos dentro da boca dela, os enfiou fundo vendo a sufocar, puxou para fora novamente e enfiou de novo, a mulher os chupava com afinco como se sua vida dependesse daquilo.

— Você vai chupar meu pau desse jeito, certo?

Ela concordou com a cabeça e ele retirou os dedos, ainda com a mão molhada de saliva Kento segurou seu pênis agora completamente duro e pulsante, levou até os lábios da mulher e o esfregou como um batom, ela colocou a língua para fora e ele deslizou o pau para dentro da cavidade bucal sem delicadeza, Nanami grunhiu e ela agarrou a calça do marido descontando a surpresa de tê-lo em sua boca, sentiu os poucos pelos que ele tinha roçando em seu rosto quando ele empurrou tão fundo contra a sua garganta para tirá-lo logo em seguida, com lágrimas brotando em seus olhos foi impossível para ela não tossir quando sua boca ficou livre.

— Você está bem? — Ele perguntou de cima, a voz um pouco trêmula assim como seu corpo, meses em abstinência causava essa reação.

— Sim, eu estou bem.

— Quer que eu pare?

Destinada ir até o fim ela segurou o pau de Kento com ambas as mãos e o masturbou lentamente, o semblante de prazer do marido entregava o quão bom estava aquilo, o lambeu como se fosse um pirulito e logo após o enfiou na boca sugando com força, Nanami ainda com a mão esquerda apoiada na parede apenas deixou que ela fizesse o que queria, repousou a mão livre na cabeça dela e ditou alguns movimentos vez ou outra, sentiu suas pernas fraquejarem, estava próximo, não se importava em sujá-la com sua porra naquele momento mas não queria gozar agora.

Puxou as mãos de sua esposa e a afastou de seu membro a puxando de volta para cima, a atacou com um beijo deixando a sem fôlego, a mulher sentia seu corpo febril e as mãos de Kento a apalpando eram mais quentes ainda, suspirou deleitosa quando ele desceu as mãos por suas coxas e agarrou embaixo dos joelhos a forçando a subir e agarrar-se a ele, entrelaçou as pernas no quadril de Nanami e se segurou em sua nuca, tudo isso sem interromper o beijo.

Kento caminhou até a cama e a jogou sem delicadeza nenhuma, de cima ele observou a bagunça que a mulher estava, seus cabelos ainda molhados do pós banho grudavam na pele suada, ele lentamente subiu aquela camisola e por fim a tirou, finalmente pode observar os seios roliços e fartos, intimidada com o olhar do marido ela os cobriu desviando o olhar para qualquer lugar do quarto.

— Me deixe vê-los... — Pediu se aproximando do rosto dela apenas para depositar um beijo em seu queixo

— É um pouco embaraçoso. — Sussurrou de volta

— Não é como se eu já não tivesse visto antes.

— Ainda assim...

— Vamos, me mostre...

Nanami segurou as mãos dela e as beijou delicadamente ainda sem olhar para os seios, ele prendeu ambas as mãos acima da cabeça de sua esposa e a olhou com ternura, segurou o ar em seus pulmões e não voltou a soltá-lo, devagar se aproximou do pescoço, desceu seus lábios para o vão entre os seios depositando selares por ali, deu atenção ao seio esquerdo onde passou a ponta da língua no bico para por fim colocar em sua boca, repetiu o processo com o outro e sem que ela percebesse ele já havia soltado suas mãos que ainda continuaram acima de sua cabeça, Kento traçou linhas com os dedos nas laterais do corpo de sua esposa, o contato dos dígitos com a pele fizeram ela se arrepiar.

Descendo cada vez mais e sem pressa Nanami chegou na barra da calcinha branca rendada, ela podia ver a mancha molhada de excitação naquela região, sem enrolação puxou a peça passando pelas pernas e a jogou longe para um lado qualquer, não deu atenção aquela área, não sem antes olhar para a mulher buscando em seus olhos a confirmação de que poderia prosseguir. Ela concordou com a cabeça, estava tão necessitada, e como ele já havia dito antes, não havia nada nela que ele já não tivesse visto.

Se contorceu na cama quando ele esfregou seu clitóris com o polegar, gemeu alto com a surpresa, agradeceu aos céus por todos na casa já terem ido embora pois assim evitava que ouvissem a devassidão que banhava aquele quarto. Ele aproximou o rosto dando beijos por toda aquela região, a tensão da espera a deixava mais ansiosa para o que estava por vir.

— Por favor... — Implorou

— O que? — Fingiu que não havia ouvido, ela estava hesitante em pedir — O que você quer? Preciso que me diga, querida...

A última palavra a pegou de surpresa, em um impulso empurrou a cabeça do homem em direção ao seu íntimo, queria tanto ser tocada ali, mas ele se manteve firme e quase não moveu um músculo pois estava se divertindo com o desespero da sua esposa para ser tocada.

— Me chupa... Por favor...

Essa palavras foram o suficiente para que Nanami começasse seu trabalho, primeiro ele passou a língua lentamente no ponto sensível da esposa, era tão quente e úmido, e então a sua boca se fechou ao redor para sugar clitóris inchado, sentiu mãos pequenas segurar seu cabelo e puxar com certa força, ela estava descontando todo o prazer nele, nada mais justo. Ficou assim por um tempo até que os gemidos se intensificaram, não parou, apenas chupou mais forte, sentiu as coxas dela fazendo pressão ao redor da sua cabeça quando o primeiro orgasmo chegou, o tremelique nas pernas foi intenso, se afundou entre os lençóis da cama, foi tão arrasador que sentiu as forças do seu corpo se esvaindo.

Kento a olhava fascinado, seu pau estava tão duro que doía, o segurou com uma das mãos e se masturbou enquanto a olhava, desceu seus dedos os lambuzando entre a fenda molhada da mulher, segurou o pequeno nervo entre os dedos e o masturbou, ela que já se encontrava sem fôlego revirou os olhos e tentou fechar as pernas mas foi impedida pelas mãos grandes de Nanami.

— Não toque assim, estou sensível! — Exclamou arfando 

— Assim como? — Repetiu o gesto anterior com os dedos.

Um choque tomou todo o seu corpo e ela voltou a tentativa de fechar as pernas, ele não a impediu desta vez, apenas a viu se afastar minimamente tremendo, Kento aproveitou essa brecha para remover a calça que ainda usava junto ao robe, ainda com a mão no pau continuou a se masturbar, gemeu rouco pois não estava aguentando mais. Puxou a pelos tornozelos e a colocou sentada em cima de si, beijou seus lábios novamente, cada vez mais agressivo e necessitado.

— Você prefere que eu fique por cima, meu bem?

As bochechas da mulher ficaram mais vermelhas do que já estavam, não conseguia se acostumar com ele a chamando dessa forma, principalmente na hora do sexo. Ele tinha as mãos em volta dela a segurando com tanta firmeza, se sentiu tão fraca com aquele homem a sua frente, o jeito como ele a estava olhando como se ela fosse a joia mais preciosa do mundo. Escondeu o rosto no pescoço de Kento e o abraçou forte, sentia falta de seu marido e mesmo que aquele não fosse o momento também se sentia emocionada, queria ter esse momento com ele para sempre.

— Está bem, eu posso fazer isso. — Decidiu destemida

Ele a beijou mais uma vez, dessa vez na pálpebra esquerda por ela estar com os olhos fechados, posicionou seu pênis na entrada da boceta molhada e esperou que ela descesse lentamente, ela gemeu no processo por não estar acostumada a recebê-lo, o agarrou pela nuca e desceu de vez, Kento se assustou com ato e gemeu sôfrego apertando o quadril da esposa com força, arfou quando a sentiu por completo, preenchê-la dessa forma até a borda provavelmente seria adicionado à sua lista pessoal de coisas preferidas. Então ambos esperaram com as respirações descompensadas, Nanami sentiu quando ela se moveu minimamente e então a sequência a seguir foi intensa.

Sem que notasse ela já estava pulando e rebolando contra ele, ambos gemendo procurando por libertação, Kento já não segurava mais o quadril e sim os lençóis da cama descontando toda a sua tesão acumulada de meses, ele a olhava maravilhado todas as vezes que ela subia e descia em seu pau, os seios balançavam quase batendo em seus rosto.

— Você é incrível, amor... Tão linda...

Amor. Ao ouvir isso a mulher se contraiu mais forte, suas forças acabaram e por fim o seu segundo orgasmo da noite veio, por outro lado Kento ainda não estava satisfeito, não havia gozado ainda, em um ato rápido ele a virou, o rosto dela contra o travesseiro e as mãos para trás, a bunda empinada para ele que conseguia ver tudo, a penetrou novamente indo o mais fundo que conseguia. Ele fodeu aquela mulher com tanto desejo que no processo ela acabou gozando mais uma vez e se quer notou, Nanami não tirou o pênis quando chegou ao seu limite, apenas se desmanchou dentro dela a enchendo de porra. Saiu de dentro apenas para ver o líquido esbranquiçado escorrendo, estava tão trêmulo e sensível quanto ela.

Caiu para o lado tentando recuperar o fôlego, esticou um braço e a puxou para perto de si abraçando a por trás, sussurrou algumas palavras apenas para que ela ouvisse e lhe desejou um boa noite mesmo que soubesse que nenhum dos dois dormiria até o sol nascer.

Na manhã seguinte o quarto estava uma zona, Kento acordou e ainda sonolento tateou a cama em busca de sua amada mas foi sem sucesso, não havia dormido de fato, a noite fora deveras longa, ele não se lembrava do momento que apagou. Ao fundo ouviu o som do chuveiro ligado, se levantou sentindo os músculos de suas pernas o cobrando pelos seus atos anteriores, ignorando caminhou até o banheiro que tinha a porta aberta e adentrou, viu sua esposa de costas e logo tratou de abraçá-la ignorando o fato da água estar extremamente gelada.

— Bom dia, meu bem.

Dessa vez era um novo começo e eles lutariam para aprender a amar um ao outro novamente. 


Notas Finais


Eu sei que essa fic escalou rápido de 0 a 100 mas fazer o que né, são os hormônios 🫡 👀

Enfim, é isso, não tá tão bom mas da pro gasto, espero que tenha gostado ksksksksksks


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