Essa é a continuação logo depois de Viperion concertar o aquecedor do quarto da Ladybug e fazer ela deixar de dormir no quarto do gatuno.
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-Cat Noir/Adrien-
*No outro dia, cedo*
Eu acordei e a primeira coisa que fiz foi esticar meu braço para o lado vazio da minha cama, na esperança de encontra-lo preenchido pela minha Lady, mas, como eu já esperava, não havia ninguém.
Tentei levantar da cama, sentia meu corpo pesado de sono. Eu precisava tomar um banho e aproveitar para alimentar o Plagg. Não tínhamos nos destransformado muitas vezes desde que saímos de Paris. Eu, por exemplo, só me destransformava na hora que eu ia tomar banho. Era para não ter risco de nos revelarmos acidentalmente.
Fui ao final do corredor, em direção ao banheiro, levando uma toalha, uma cueca e um monte de camembert para Plagg. Quando cheguei, a porta estava trancada e logo ouvi Viperion dizendo que estava ocupado.
O outro banheiro fazia parte de uma suíte. Mais especificamente, o quarto que Ladybug havia escolhido.
Fui até seu quarto. Bati na porta e ninguém respondeu. Abri a porta e encontrei a minha Lady dormindo. Me aproximei dela, sentando na beirada da sua cama. Ela estava toda coberta, apenas com a cabeça de fora. Ela parecia um verdadeiro anjo dormindo. Levei minha mão até seu rosto e o toquei, acariciando de leve. Ela se espreguiçou, emitindo um grunhido baixo pelo incômodo do couro frio encostando na sua pele quente e aveludada. Eu sorri pela cena fofa. Ela abriu devagar seus olhos, demorando alguns segundos para realmente se tocar que eu estava lá.
- Chat? O que está fazendo aqui? – Ela tentou se ajeitar, desmanchando sua cara fofa de sono e se arrumando na cama.
- Eu precisava de um banheiro e apenas o seu está disponível. Se importa de eu usá-lo? Será rápido.
- Não me importo, pode usar! – Ela falou bocejando e coçando um dos olhos com as costas da mão.
- Não quer entrar comigo?! – Falei provocando ela.
- Não, obrigada. – Disse rindo de uma forma divertida. Eu sorri e fui ao banheiro.
Assim que tranquei a porta, me destransformei.
- Finalmente você apareceu com meu camembert! Eu estou morrendo de fome! – Um kwami todo irritado apareceu para me azucrinar.
- Eu nem cheguei a usar o cataclismo! Isso aí é gula!
- Que seja, só me dê essa delícia! – Ele agarrou e engoliu uma fatia inteira de uma só vez.
Depois de eu ter tomado um banho e feito minhas outras higienes, me sequei, coloquei a cueca limpa e me transformei, guardando a cueca suja no bolso com zíper.
Sai do banheiro todo cheirosinho. Quem sabe meu cheirinho de sabonete de cacau com o aroma de hortelã da pasta de dente não fascina minha joaninha?!
Encontrei ela sentada na ponta da própria cama, segurando duas toalhas.
- Agora minha vez! – Falou animada. Certamente seu sono já se esvaíra. Passou por mim e se trancou no banheiro. Eu ri.
Olhei para cima da sua cama e percebi que havia esquecido de levar sua combinação de roupa íntima. Ambas eram azuis escuro com detalhes de renda. Peguei a fina calcinha na mão e a estiquei, pelas suas extremidades, com meus dois dedos indicadores.
Eu sabia que, com sua roupa aqui, ela sairia do banheiro, no final do banho, para busca-las. Obviamente estaria transformada por eu ou o Viperion poder entrar no quarto sem aviso. E sabe como eu sou, eu esperaria só para ver a cena e comentar.
Esperei alguns minutos até que escutei ela desligar o chuveiro. Escutei a porta abrir e, assim que ela saiu, ambos nos assustamos. Ela estava de toalha, porém sua máscara ainda cobria sua identidade e uma toalha estra cobria seu cabelo. Confesso que corei um pouco, mas ela havia ficado vermelha igual ao seu traje. Eu não fazia ideia de que sairia pelada de lá.
- O que você ainda está fazendo aqui?! – Esbravejou enquanto puxava a toalha da cabeça e soltava seu cabelo molhado sobre os ombros.
- Você toma banho transformada?
- Foi apenas dessa vez. Eu apenas tirei a parte debaixo do traje pois já havia alimentado e conversado com Tikki ontem, antes de ir dormir e hoje, antes de você aparecer. – Ficamos alguns segundos em silêncio, até que comecei a sobreolhá-la. Aquela toalha fina delineava todo seu corpo. Seus ombros e suas pernas à mostra eram quase tão brancas quanto a própria toalha. Seu busto, um pouco decotado, exibia dois picos embaixo da toalha felpuda. Assim que ela percebeu que eu a estava fitando, levou seus braços à frente de certas regiões, como se fossem ajudar a escondê-la. Eu olhei novamente em seus olhos, que exibiam uma certa raiva misturada com espanto, e exibi um sorriso ladino, estreitando meu olhar, a fazendo arregalar os olhos. Olhei para a cama novamente e peguei a calcinha azulada. Comecei a esticar e a brincar com aquele tecido fino.
- É isso o que você quer? – Cortei o silencio, transmitindo uma voz macia, porém divertida. – Vem pegar! – Sorri ainda mais, deixando uma joaninha envergonhada e zangada.
- Me dá isso, Chat! – Ela se aproximou, mas hesitou chegar tão perto.
- O que foi? Tem medo que um gatinho puxa sua toalha?
- Você não ousaria! – Esbravejou, mas arregalou ainda mais os olhos assim que me viu levantar exibindo um sorriso presunçoso. Depois de não ver eu me mover mais, ela veio até mim e esticou as mãos para tomar sua lingerie de mim, mas eu levantei a mão no alto. Ser mais alto tinha suas vantagens. Ela começou a pular, tentando alcançar a calcinha pendurada em uma das minhas garras. O movimento repentino dela fez com que a toalha começasse a descer. Instintivamente meus olhos foram de encontro ao tecido que começara a cair, mas ela agarrou onde as duas pontas se amarravam, impedindo que desatassem e caíssem.
Levantei ainda mais a calcinha, deixando sobre minha cabeça, fazendo a joaninha ter que se encostar no meu corpo para poder alcançar. Seus peitos macios, guardados apenas pela toalha fina, agora se roçavam contra meu tórax. Em um último salto seu, ela acabou pisando em cima do meu pé, fazendo-a se desequilibrar para trás. Levei meu braço livre à suas costas, abraçando sua cintura e a chocando contra meu corpo, evitando uma queda iminente. Ela se assustou pelo toque repentino, fazendo-a olhar assustada nos meus olhos. Eu fiquei sério. Eu podia sentir seus peitos subirem e descerem pela sua respiração. Olhei em seus lábios, sedento em poder beijá-los. Assim que percebeu, empurrou de leve meu peito, com a mão que não segurava a tolha, e tentou se afastar.
- Por que ainda nega meus beijos? – Falei suavemente, a apertando ainda mais contra mim. Comecei a me aproximar do seu rosto lentamente. Fechei meus olhos e fui de encontro ao toque. Senti sua respiração ficar mais curta e escutei seu coração acelerar. Assim que nossos lábios se tocaram, pensei que ela fosse me empurrar ou tentar se livrar de mim, mas, para minha surpresa, ela correspondeu. Em alguns segundos já estávamos em sincronia. Nossas línguas começaram a se encontrar. Abaixei a mão que segurava a calcinha, derrubando-a no chão, e guiei a mão até sua nuca, agarrando seus cabelos, evoluindo o nosso contato para um beijo selvagem. Precisei separar nossos lábios pela busca de ar. A olhei, ofegante, vendo-a suspirar, exibindo o que parecia um olhar tímido, mas sedento pelo seu desejo. Ela desviou o olhar para meu peito e levou sua mão livre à tocá-lo, deslizando e apertando de leve toda a extensão. Aquele toque me revelara ainda mais seus desejos secretos por mim. Então por que ela insistia em mantê-los guardados?
Sorri de forma terna e inclinei meu rosto para unir nossos lábios novamente. Antes que eu pudesse, ela desviou o rosto e escapou dos meus braços. Andou até o fundo do quarto, dando uma certa distância de mim.
- Olha... você é meu parceiro de equipe e... – Ela abaixou o olhar e tentou se explicar.
- E...? – Indaguei.
- E que devemos nos focar em proteger a cidade e não nos distrairmos com esses desejos adolescente indecentes. – Então esse seria seu motivo?
- E é por isso que tanto se nega a mim? Mas nós podemos nos relacionar sem interferir na nossa obrigação! – Ela voltou a olhar para mim e suspirou.
- Eu só acho melhor pararmos por aqui antes que algo de ruim aconteça com uma pessoa inocente por nossa distração. – Ela poderia até ter razão, mas eu faria questão de me esforçar em dobro em nossas missões só para ter a chance de conseguir seu amor. Mas antes, eu precisaria fazer ela provar do meu. Sorri e ri de leve, deixando uma joaninha confusa.
- Não se preocupe. Eu sou multifunções. Posso salvar paris e te “dar atenção” ao mesmo tempo! – Comecei a andar em sua direção exibindo um sorriso presunçoso, fazendo-a se espantar. Ela tentou dar alguns passos para trás, mas a parede a barrou. Cheguei tão próximo ao ponto dos nossos rostos sentirem o calor um do outro. Olhava ora seus olhos, ora seus lábios que se encontravam entreabertos. Minhas mãos foram ao encontro de sua cintura, apertando-a de leve.
- O q-qu... – A fiz calar, roubando-lhe um beijo.
-Ladybug/Marinette-
Como ele podia ser tão... tão impulsivo e atrevido?! Ao mesmo tempo que eu queria gritar com ele, bater nele, eu queria beijá-lo e queria poder dizê-lo o que eu realmente queria, que o que eu queria era ele! Por que ele tinha que tornar essa situação tão difícil? Por que ele tinha que insistir em me deixar tão louca por ele?
Sentir sua respiração quente umedecer meus lábios, seus lábios tocando os meus, suas mãos a vagarem pelas minhas curvas... Eu não queria que nossa relação se tornasse uma distração nas missões e por isso eu o evitava. O problema era que ele me provocava, me torturava com seus toques, com seu cheiro doce de chocolate com hortelã, com esse jeito de gato ousado que eu gostava tanto!
Eu tentei protestar contra sua audácia de se aproximar tanto, mas ele me interrompeu, da melhor forma possível. O beijo não prosseguira, mas o gatinho faria questão de continuar de outra forma.
Senti uma de suas mãos deslizar da minha cintura até o exterior da minha coxa desnuda. Soltei um suspiro involuntário pelo toque repentino agora do lado interior da coxa, começando a subir. Minhas pernas começaram a tremer levemente ao saber onde aquele contato chegaria. Sua mão subiu, levantando a ponta inferior da toalha, até chegar ao seu destino. Eu estremeci pelo toque repentino. Minha pele se arrepiou por completo. Gemi baixo e derrubei um pouco do peso do meu corpo sobre sua mão, fazendo-me suspirar pelo prazer de sentir sua mão quente sobre minha intimidade e guiei minha mão livre ao seu tórax, apertando com força o couro do seu traje. Ele começou a massagear a região delicadamente até que eu me manifestei pelo toque contínuo em meu ponto, garantindo-o que encontrara meu clitóris. Seus movimentos foram mais à fundo até levar seu dedo anelar a me penetrar delicadamente de forma que sua garra não me machucasse, enquanto que ainda massageava meu ponto principal com a região tenar da palma da mão. Minha expressão de prazer e satisfação era inevitável diante de tal usufruto. Suas estocadas estavam me enlouquecendo. Instintivamente eu o puxei ainda mais para mim, tentando sentir mais daquele toque. Um delírio repentino esquentou todo meu corpo, me fazendo soltar a toalha e o abraçar com força, arranhando suas costas. Minhas pernas estremeceram e se contraíram, pressionando sua mão na minha intimidade. Me desmanchei em prazer ao mesmo tempo em que a toalha terminou de cair. Ele levou a mão à sua boca e a lambeu como um gatinho, enquanto contemplava meu corpo.
- Olha o café da manhã!!!!! – Escutamos Viperion gritar da cozinha.
- Não se preocupe! – Falava sem desmanchar seu sorriso ladino e seu olhar hipnotizador. – Terminaremos o que começamos à noite... – E assim ele se retirou do quarto, me deixando para trás, nua, com as pernas ainda bambas e com meu corpo pegando fogo, a desejar por mais.
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