– Damon sai de perto de mim! Agora! – a bruxinha gritou já sem paciência.
Idiota! Leah pensou revirando os olhos. Já fazia alguns dias que essa bruxa, a tal Bonnie que Damon vivia falando, tinha chegado à cidade, junto com ela tinham vindo Stefan, irmão caçula de Damon e Caroline, uma vampira loira azeda, namorada de Stefan.
– Eu só quero saber como tudo está indo.
– Damon deixa de ser insuportável. – a vampira loira disse. – Desse jeito não dá. Bonnie precisa de espaço.
– Damon vem comigo. – Stefan foi até ele tentando levá-lo pra fora. – Vamo conversar um pouco lá fora.
– Stefan é a minha filha! Eu preciso saber onde ela está!
Damon tava quase surtando, ele não saía mais de perto da parede onde tinha sido aberto o portal.
– Irmão eu sei que é sua filha, apesar de não conhecê-la ainda, Tara é minha sobrinha e também estou preocupado com ela, mas você tem que deixar a Bonnie trabalhar sossegada, é difícil, mas tem que ser assim.
Mesmo a contragosto Damon foi com o irmão. Bonnie e Caroline suspiraram aliviadas. Dafne, Claire, Morgana e Jo Ann trabalhavam junto com a outra bruxa, segundo elas, não era uma tarefa fácil, foi coisa de profissional.
Leah foi até o irmão que estava sentado em um canto.
– Tudo bem? – ela perguntou abaixando na frente dele.
– Parece que um pedaço de mim foi arrancado.
Ela queria poder dar um jeito naquele sofrimento. Embry também estava mal, ele estava sentado no gramado olhando pra floresta.
– Essa casa ta ficando meio cheia. – Rosalie comentou debochada. Ela e o marido tinham voltado da Irlanda.
– Rose! – Esme não gostou do comentário da outra vampira loira.
Rosalie deu de ombros e foi ficar perto de Caroline, as duas tinham se dado muito bem. Esme gostava de ter a casa cheia assim, quem dera fosse por um bom motivo. Ela não teve filhos, mas gostava de cozinhar e receber muita gente.
Olhou para Seth e teve muita pena dele, um rapaz tão jovem e sofrendo tanto. Edward e Bella também não estavam diferente, Renesmee nunca mais deu noticias. Eles estavam em seu chalé sofrendo sua dor. Alice e Jasper tinham saído pelo mundo pra tentar saber algo, mas até agora também não descobriram nada. Carlisle tinha falado com seus amigos, mas eles também não sabiam de nada. Era como se as três, Tara, Violet e Renesmee tivessem sumido no ar. Colocando um sorriso amável no rosto, Esme foi levar a bandeja de lanches para seus “convidados.”
Chegando perto de Seth e Leah, ela se abaixou um pouco oferecendo os sanduíches.
– Obrigada Esme, não estou com fome. – Leah disse gentil.
– E você Seth? Não comeu nada hoje.
– Esme tem razão maninho, você precisa comer.
– Não to com fome. – Seth respondeu com voz chorosa e abraçou os joelhos escondendo o rosto.
Esme e Leah se olharam sem saber o que fazer.
– Seth eu queria ficar, mas preciso encontrar o Brian, ele ta esperando por mim.
– Vai tranquila Leah, ele vai ficar bem, qualquer coisa a gente avisa.
– Obrigada Esme, obrigada mesmo.
– De nada querida.
As duas trocaram um sorriso doce e Esme foi servir o resto do pessoal.
– Qualquer coisa me avisa Seth. – Leah disse abraçando o irmão e beijando seus cabelos. – Eu vou, mas volto.
Em seguida saiu da casa e foi pra floresta. Seus pensamentos eram um misto de raiva, dor, pena do irmão. Tirou a roupa e se transformou. No momento que fez isso os pensamentos da matilha se conectaram com os seus.
– Alguma coisa? – Jake perguntou.
– Não, estou preocupada com o Seth!
– Também estou preocupado com ele! – Jake pensou.
– Eu vou para a cidade, Brian está esperando por mim, mas qualquer coisa dê um jeito de me avisar.
Jake riu.
– Vá se divertir garota.
Leah não disse mais nada e foi correndo pra Forks. Chegando a mata nos fundos da casa de Charlie, voltou à forma humana e vestiu a roupa, pegou uma chave que deixava escondida e entrou indo direto para o seu quarto.
Verificando o celular, viu que tinha uma mensagem de Brian.
Oi, ainda ta nos Cullen?
Com um sorriso bobo nos lábios, ela mandou uma resposta.
Tava lá sim, eu acabei de chegar. Pra onde vai me levar?
Enviou a mensagem e foi tomar banho. Brian tinha dito algo sobre jantar.
Leah tomou um banho rápido e quando saiu tinha uma resposta no celular.
Surpresa! Quero você bem linda e cheirosa. Daqui a meia hora, eu to passando ai. Beijos.
Sorrindo ela abriu o armário pensando no que ia vestir. Não tinha muita experiência em sair para jantar com o namorado, na verdade não tinha experiência nenhuma nisso. Passou um hidratante perfumado em sua pele e abriu a gaveta de lingerie, num impulso pegou o conjunto que Tara tinha lhe dado de presente no Natal, sentia muita falta dela e de seus conselhos.
Criando coragem Leah vestiu o conjunto rendado, ele era na cor vermelha com rendas negras, era sexy e provocante ao extremo. Se olhando no espelho, ela se perguntou se Brian gostaria do seu corpo, fazia muito tempo desde a última vez em que esteve com um homem, Sam foi o primeiro e único até hoje. Com ele era bom, mas com Brian, algo lhe dizia que seria fora do comum.
Talvez nem rolasse nada hoje, mas ela queria se sentir desejável para alguém, sexy, feminina, por isso escolheu o conjunto provocante. As coisas estavam esquentando entre os dois, os beijos, as carícias, tudo exigia mais. Parando de ficar viajando nos pensamentos e olhando a hora no celular, Leah constatou horrorizada que se passaram quase dez minutos.
Fez uma maquiagem leve e básica e optou por um conjunto de saia e blusa. A saia era na cor branca e curta, era rodada com um forro por baixo. A blusa era florida e de mangas compridas e botões na frente, por cima do look, ela pôs um cinto grosso na cor caramelo. Calçou uma sandália de salto de cor marrom e pegou sua inseparável jaqueta preta de couro. A noite estava fria, mas ela não sentia frio mesmo. Decidiu deixar o cabelo solto depois de conseguir secá-lo um pouco com o secador.
Leah nunca foi adepta de tantos itens assim do universo feminino, mas desde que tinha conhecido Tara, algumas coisas tinha mudado. Mais uma vez estava pensando na amiga e cunhada e uma tristeza lhe bateu, mas decidiu deixar isso pra lá pelo menos por essa noite, Tara iria querer que ela se divertisse.
Colocou algumas gotas de perfume e pegou sua bolsa saindo do quarto. Estava descendo a escada quando a campanhia tocou, ela já sabia quem era e foi atender com um sorriso.
– Uau! – Brian disse assim que a viu abrir a porta, ela realmente levou a sério seu pedido, bonita e muito cheirosa.
– Bobo. – Leah disse rindo e lhe dando um beijo. Ultimamente agora era assim, ela vivia sorrindo feito uma boba, principalmente quando ele estava por perto.
– Como você ta? – ele perguntou abraçando sua cintura, eles ainda não tinham se
visto hoje.
– To bem amor, mas o Seth ta de dar pena, eu não gosto de ver meu irmão assim.
– Todo mundo ta preocupado com a Tara.
– E com a Violet também. – Leah acrescentou. – Aprendemos a gostar da loba, ela faz parte da nossa grande família.
– Eu imagino. – Brian a abraçou lhe dando um beijo carinhoso na testa. – Então peluda vamos?
Leah olhou pra ele de cara feia e ele riu a beça, de uns dias pra cá Brian começou a chamá-la assim, peluda, ou minha peluda.
– Já falei pra você parar com esse apelido, é ridículo. – ela tentou ficar brava, mas com ele não conseguia e já estava rindo também.
– É engraçado amor. Vamos.
– Pra onde vai me levar? – ela perguntou trancando a porta quando eles saíram.
– Surpresa. – Brian lhe mais um beijo e eles foram para o carro dele.
O Impala preto 1967 estava parado em frente à casa de Charlie. Brian abriu a porta pra ela e depois entrou, Leah amava aquele carro, segundo Brian ele conseguiu aquela raridade em um leilão há alguns anos. Ele dirigiu por alguns minutos até o centro de Forks, o que não era longe, já que a cidade era minúscula. No caminho eles conversaram sobre bobagens e ouviam musicas de rock, os dois combinavam nisso.
Brian parou em frente a um pequeno restaurante italiano. Leah sorriu adorando o lugar, ela adorava comida italiana. Mais uma vez ele abriu a porta pra ela e eles entraram no restaurante. Escolheram uma mesa mais ao fundo e já começaram bebendo vinho.
– Gostou? – Brian perguntou bebendo um pouco do vinho.
– Adorei, é pequeno, aconchegante. Ótima escolha.
– Que bom que gostou.
Ele lhe deu um olhar demorado e sua mão acariciou a perna nua dela por baixo da mesa. Ok, aquilo era uma provocação e tanta. Leah fingiu que não percebeu e bebeu um pouco do vinho desviando o olhar, mas seu corpo arrepiou inteiro.
Os dois escolheram uma lasanha quatro queijos e de acompanhamento, arroz e salada verde. Comeram com gosto, tinham isso em comum também. De sobremesa pediram sorvete de flocos com calda de chocolate.
– Gostou da nossa noite? – Brian perguntou pegando na mão dela em cima da mesa.
– Gostei muito.
– Que seja a primeira de muitas. – Brian disse a olhando intensamente e ergueu a taça propondo um brinde.
Leah o encarou de volta e aceitou o brinde.
Depois de terminar, Brian pagou o jantar e eles foram para o carro.
– Pra onde agora? – ele encostou-se ao carro e puxo-a pela cintura.
– Pra casa? – Leah sugeriu sorrindo e ele fez bico.
– Sério? Depois de uma noite perfeita como essa com o seu namorado você quer ir pra casa?
– To preocupada com o Seth.
– Eu sei disso. – ele acariciou as costas dela por baixo da jaqueta. O tecido fino da blusa não escondia em nada a temperatura alta dela e ele definitivamente gostava daquilo. – Mas é a sua vida Leah, você já deixou de vivê-la por causa de muita coisa, Seth quer ver você feliz e eu tenho certeza que a Tara também.
Music on
Pensativa Leah olhou pra aquele rosto perfeito, aqueles olhos verdes sedutores.
– Vem comigo Leah. – ele sussurrou beijando seus lábios de leve. – Fica comigo essa noite?
Em um estado de euforia, que ia da ansiedade a alegria, Leah não sabia o que dizer. Queria muito ir com ele, passar aquela noite com ele, mas tinha medo de ele não gostar dela, de ela não saber como se faz, afinal já fazia muito tempo desde que tinha transado com alguém.
– Eu preciso de você! – Brian sussurrou mordendo sua orelha de leve, lhe causando arrepios. A mão atrevida apertou a cintura dela e foi subindo até chegar aos seios, onde apertou um de leve. Foi impossível pra ela não gemer, já excitada.
Brian não estava diferente. Fazia muito tempo desde que esteve com uma mulher, levava uma vida de celibatário e até que ia tudo bem em sua vida, conseguia se controlar, mas foi só Leah aparecer para despertar nele um fogo, um desejo difícil de ser aplacado. Sabia que ela estava preocupada com o irmão e com a cunhada desaparecida, mas precisava dela e precisava agora! Tinha certeza que ela também precisava dele!
Olhou em seus olhos negros enquanto acariciava seu seio de leve. Por sorte a rua estava vazia e eles podiam aproveitar.
Leah sentia pequenos tremores, borboletas no estômago. Sentia o quanto ele estava excitado e aquilo lhe deixava ainda mais perturbada. Ao olhar naquele mar cor de esmeralda não pode mais resistir, viu promessas ardentes ansiadas para serem cumpridas.
– Eu vou com você. – ela sussurrou beijando seus lábios e ele sorriu aprofundando o beijo.
Separaram-se ofegantes e entraram no carro. Em questão de minutos estavam em frente ao hotel onde ele estava hospedado. Trocaram mais um beijo quente e alguns amassos no carro antes de entrar. Subiram a escada quase correndo e de mãos dadas, e quando finalmente entraram no quarto, um olhou para o outro antecipando em mente os momentos maravilhosos que viriam.
– Leah... – Brian gemeu e a abraçou lhe dando um beijo calmo e romântico.
Devagar foi conduzindo-a para a cama, onde a colocou sentada. Tirou a jaqueta e depois com extremo carinho tirou as sandálias.
– Você não imagina o quanto eu a quero...
Entre gemidos e frases sussurradas ao pé do ouvido, eles tiravam a roupa um do outro e em questão de segundos já estavam na cama somente de roupa intima.
Brian ficou maravilhado a vê-la naquele lingerie sexy e começou a abrir o fecho do sutiã. Olhou em seus olhos enquanto tirava a peça. Beijava o pescoço dela dando pequenas mordidas e foi descendo pelo colo, até parar em um dos seios. Leah gemeu e arqueou o corpo.
– Brian... – a sensação era intensa demais.
Algo despertou dentro dela enquanto Brian acariciava seus seios. Era quase como se quisesse se transformar na loba enorme, era o mesmo fogo.
Fora de si, Leah o empurrou virando na cama e ficando por cima dele. Começou a beijá-lo descendo por seu peito, barriga, até a cintura elástica boxer da cueca. Brian não sabia de onde tinha saído essa Leah atrevida e ousada, mas estava adorando e fechou os olhos suspirando quando ela começou a tirar sua cueca.
– Leah... – gemeu quando sentiu os lábios quentes provarem seu membro.
Ela não tinha controle nenhum sobre suas ações, só sabia que precisava, necessitava na verdade, provar daquele homem inteiro.
Brian se contorcia gemendo, estava ficando louco de tanto prazer, nunca tinha estado com alguém desse jeito, estava se apaixonando por ela ainda mais, se é que isso era possível.
– Leah... Por favor... – choramingou tentando pará-la, não conseguiria se controlar.
Leah o olhou com um olhar de puro desejo, desejo selvagem. Devagar foi tirando sua calcinha e enquanto mantinha seu olhar conectado ao dele, foi sentando sobre seu membro. Ele preenchia cada espacinho que tivesse vazio.
– Minha Leah... – Brian gemeu sentando e chupou os seios dela enquanto ela começava a se mover devagar.
Os dois não conseguiram se controlar por muito tempo e ambos explodiram ao mesmo tempo em um êxtase nunca antes sentido. Saciada e feliz, Leah se deixou ficar entre os braços carinhosos e protetores de seu amado. Seu sexto sentido tinha razão, com Brian, foi algo fora do comum.
Music off
Pov narradora
Em Volterra, Renesmee andava pelos corredores da enorme fortaleza dos Volturi. Estava com Tara lhe fazendo companhia, mas já estava tarde e precisava dormir. Não saía de sua cabeça a condição estúpida que Alec lhe deu para ficar com o bebê de Jake e Violet, mas ela sabia que ele não estava brincando, os Volturi nunca brincam em serviço.
Aro sabia disso, mas não estava se importando, o que chegava a ser estranho considerando a idade que o garoto tinha quando foi transformado, entre os doze ou treze anos, ele não deveria nem pensar nesse assunto. Mas ela própria sabia que vampiros tinham um apetite sexual imenso, como já tinha escutado várias vezes com sua própria família, e como Alec foi transformado durante a puberdade, nada mais natural que fosse viciado em sexo.
Renesmee sabia que ele vivia saindo com várias mulheres e isso ainda lhe dava mais nojo dele. Isso sem contar que ela não sentia desejo nenhum por ele era apaixonada por Jacob e seria eternamente assim.
Antes de ir para seus aposentos foi até a cozinha onde tomou um chá de camomila para acalmar os nervos, ser metade humana também tinha suas desvantagens.
Estranhou não ter visto Alec agora à noite, ele sempre estava atrás dela nesses momentos e sempre a acompanhava até a porta de seu quarto, onde tentava lhe roubar alguns beijos.
Deve estar com alguma vadia por ai. Nessie pensou enquanto abria a porta do quarto, não que se importasse com isso. Fechou a porta e quando acendeu a luz tomou um enorme susto. Alec estava deitado em sua cama, sem camisa.
– O que... O que significa... Isso... – gaguejou ao ver a enorme quantidade de pétalas de rosas vermelhas espalhadas pelo quarto.
Music on
Alec levantou calmamente da cama e caminhou até ela. Renesmee sentiu medo daquele jeito de andar felino dele.
– Não vejo mais porque nós perdemos tempo. – ele disse abraçando sua cintura e cheirando seus cabelos.
– Você disse... Você disse que eu podia pensar... – Nessie estava nervosa enquanto pensava numa forma de se livrar do que estava para acontecer.
– Não existe o que pensar, você quer o bebê, a qualquer momento a loba vai dar a luz e nós vamos nos casar mesmo no mês que vem. Que diferença faz se acontecer agora ou daqui a uns dias.
Alec não lhe deu tempo de reagir e tentou beijá-la.
– Alec... Espere... Por favor! – a hibrida se debatia tentando se libertar, mas ele era muito mais forte que ela.
– Qual o problema Nessie? – ele perguntou sorrindo cinico. – Não gosta de mim?
– Você sabe que gosto. – ele afrouxou o abraço e ela conseguiu se soltar indo pra longe dele. – Mas não gosto de ser pressionada e você sabe disso.
Nessie engoliu em seco ao vê-lo trancar a porta e guardar a chave no bolso da calça. Não tinha como fugir, Alec era bem mais forte que ela e a julgar pela expressão em seus olhos não a deixaria escapar. Ela estava indefesa e fraca, não se alimentava de sangue já tinha alguns dias.
Amedrontada, ela virou de costas ao vê-lo se aproximar e fechou os olhos tentando conter as lágrimas. Faria esse sacrifício pelo filho de Jacob, o filho que ela nunca poderia dar a ele.
– Me deixe amá-la Nessie, do jeito que aquele lobo jamais poderia fazer. – Alec sussurrou afastando seus cabelos e começando a desabotoar seu longo vestido negro.
O choro estava entalado em sua garganta enquanto sentia aquelas mãos geladas passarem por seu corpo virgem, sentia falta do calor de Jacob e hoje se arrependia amargamente por nunca ter cedido a ele, por ter sido tola e imatura quando tinha um homem maravilhoso a seus pés.
Depois de despi-la, Alec a levou pra cama e começou a tirar as suas próprias roupas. Dominada por um verdadeiro terror, ela quase gritou ao senti-lo nu sobre si e se conteve para não empurrá-lo. Sentiu os dedos dele estimulando sua intimidade e fechou os olhos com força soltando um gemido frustrado.
Alec sabia que ela não estava gostando, mas não ia parar. Com o tempo ela se acostumaria a se entregar a ele, não precisava que ela sentisse prazer, era só se entregar de boa vontade, prazer ele encontraria em qualquer lugar, só queria que todos soubessem que Renesmee Cullen, seria Renesmee Volturi e pertenceria somente a ele.
Renesmee tentava em vão imaginar que aquele corpo rígido e gelado sobre o seu, era o corpo quente de Jacob. De olhos fechados, relembrava os momentos junto dele, às vezes em que quase transaram. Ele era paciente, carinhoso, muito diferente de Alec que tocava seu corpo sem nenhuma paciência, sua pele era clara e provavelmente amanhã ela teria algumas marcas pelo corpo, se fosse humana sentiria muita dor.
Não estava preparada quando sentiu o membro duro e frio como aço entrar em seu corpo e gritou agoniada. Aquela foi sem dúvida uma das piores dores que ela sentiu. Alec gostava de vê-la gritar e chorar e foi mais fundo enquanto apertava seus seios, sentiu cheiro de sangue e aquilo só o excitou ainda mais.
Sentindo muita dor, Renesmee o empurrou tentando se libertar, mas ele apenas a segurou mais forte e só parou quando gozou.
– Isso é pra você saber a quem você pertence de agora em diante. – Alec disse saindo de cima dela e foi para o banheiro.
Humilhada, Renesmee se sentia suja e imunda por ter se sujeitado a isso. Nada na vida tinha lhe preparado para aquilo, nunca imaginou que sua primeira vez seria assim.
Music off
Pov Tara
Ainda não vi Renesmee hoje e tenho quase certeza que tem algo errado nisso. Minha intuição não falha e hoje acordei inquieta e com o coração apertado.
Voltei ao começo da página tentando me concentrar no livro que estava lendo, mas era bem difícil com esses pensamentos e com Demetri me encarando daquele jeito. Ele agora deu pra ficar me observando, ele sabia que eu não gostava disso.
– Você não tem mais nada de interessante pra fazer? – perguntei ainda sem tirar o olhar do livro.
– Você sabe que não. – foi à resposta que tive.
Desisti de tentar ler e larguei o livro sobre a mesinha levantando. Fiz um coque bagunçado em meus cabelos e fui até a parede onde estava o enorme mapa-múndi. Coloquei o dedo no lugar onde o Brasil estava no mapa e fui traçando uma linha até chegar ao estado de Washington nos Estados unidos, até quase na fronteira com o Canadá. O lugar mais frio da região, mas era esse mesmo lugar que mais aquecia meu coração.
– Esqueça. – a voz de Demetri soou atrás de mim. Eu não tinha percebido ele se aproximar.
Sua mão cobriu a minha e arrastou meu dedo até a Itália, exatamente onde ficava Volterra. Puxei a mão com raiva e olhei pra ele que estava com o corpo quase colado ao meu. Empinei o queixo com raiva e ele se aproximou mais olhando pra minha boca.
– Não me tente. – disse com voz rouca e baixa e se afastou.
Suspirei aliviada, por um segundo achei que ele fosse tentar me beijar.
– Você poderia ser uma aliada e tanto para nós, se aceitasse minha proposta. – disse colocando as mãos nos bolsos da calça social. Ultimamente eu não o via mais usando aquela capa horrorosa, era sempre com um estilo mais social com peças escuras, e tenho que admitir, ele fica um gato vestido assim.
Balancei a cabeça afastando esses pensamentos idiotas e coloquei as mãos nos bolsos da saia longa que eu usava.
– Eu nunca me juntaria a um grupo de vampiros sanguinários. Eu respeito à vida humana, ao contrário de vocês.
– Mas eu também respeito à vida humana, do contrário como poderia me alimentar.
Virei de costas ao ouvir o riso cinico.
– Eu poderia lhe dar o mundo Tara. – sua voz soou perto novamente e percebi que ele estava atrás de mim. – É só você querer.
Suas mãos geladas acariciaram meus ombros, descendo pelos braços. Afastei-me dele e me virei para olhá-lo.
– Eu já lhe disse Demetri, eu amo outro homem e vou me casar com ele.
Seus olhos vermelhos passearam pela minha boca e indo para o meu decote.
– Você vai mudar de ideia, eu posso fazê-la mudar de ideia, tenho todo o tempo do mundo.
Ele se aproximou novamente fazendo carinho no meu rosto, estremeci com seu toque frio. Sua outra mão abraçando minha cintura, eu espalmei as mãos no peito dele querendo empurrá-lo.
– Não resista. – disse antes de abaixar a cabeça e vir de encontro a mim.
Antes de encostar os lábios aos meus, a porta foi aberta e ele suspirou irritado me soltando. Fiquei sem entender o que estava acontecendo comigo por deixá-lo se aproximar tanto assim. Renesmee estava parada na porta olhando pra nós.
– Interrompi algo? – perguntou olhando de um para o outro.
Demetri olhou furioso para ela e saiu. Nessie fechou a porta e veio até mim.
– Obrigada. – sussurrei inspirando fundo.
– De nada. Difícil resistir ao charme de um vampiro? – perguntou divertida e olhei pra ela sem achar graça nenhuma.
– Onde você se meteu o dia inteiro? Se estivesse comigo teria evitado isso.
– Tava resolvendo uns problemas. – foi sua resposta evasiva, mas pude ver uma sombra passar em seu olhar. – E você como está? E os enjôos?
– To bem, os enjôos são mais frequentes pela manhã e a noite antes de dormir, Nessie você está bem?
– Porque não estaria! – ela tentou sorrir, mas eu percebi que ela não estava bem.
Seus olhos me diziam outra coisa e fui até ela que sentou em uma poltrona.
– O que houve?
Ela olhou pra mim de um jeito tão triste, tão atormentado que eu percebi que algo grave aconteceu.
Já ia lhe perguntar novamente, mas a porta foi aberta e Demetri entrou olhando pra nós duas, ele parecia... Nervoso?!
Olhei pra Renesmee que secava as lágrimas com a manga longa do vestido.
– O que houve Demetri? – ela perguntou engolindo o choro.
Eu não sabia se eu ficava preocupada com ela, ou com o que tinha acontecido para Demetri estar daquele jeito.
– A loba... – ele começou a dizer e levantamos as duas ao mesmo tempo. – O bebê ta nascendo.
Um choque passou pelo meu corpo enquanto absorvia a notícia.
– Eu vou vê-la! – Renesmee correu para a porta e corri atrás dela.
– Me leve com você Nessie! Me leve com você, por favor! – pedi, na verdade, implorei com lágrimas nos olhos. – Por favor!
Ela e Demetri se entreolharam e olhei de um pro outro.
– Por favor, Demetri! Por favor! – pedi segurando em sua camisa e ele segurou minhas mãos de forma carinhosa.
– Podemos levá-la Demetri, Caius e Kendran não estão na fortaleza.
Ele olhou pra mim e acariciou minha bochecha, limpando minhas lágrimas.
– Por favor! – sussurrei enquanto ele me olhava, na certa pensando se me levava ou não.
– Segure-se! – disse por fim me pegando no colo.
Passei os braços ao redor do seu pescoço e fechei os olhos ao sentir os enjôos voltarem enquanto ele corria comigo no colo pela fortaleza, agora não era hora pra isso.
Abri os olhos novamente e estávamos em uma parte escura da fortaleza, podia ver porta de celas abertas e seus interiores estavam vazios. Escutei um grito agoniado e Renesmee correu, segurei a barra da saia longa e fui atrás dela.
Não estava preparada para a cena que vi. Violet estava deitada no chão em cima de um colchão velho, uma mulher estava entre as pernas dela lhe pedindo que fizesse força, ela estava perdendo muito sangue e pela sua expressão parecia sofrer muito.
Uma ânsia enorme me tomou e inspirei fundo pra não desmaiar. Não agora, por favor! Pensei tentando me manter lúcida.
Mais um grito de Violet me fez acordar um pouco e corri até ela.
– Violet! – falei pegando em sua mão. Renesmee estava sentada atrás dela, apoiando suas costas e lhe reconfortando.
– Tara! – ela olhou pra mim surpresa, seu rosto era uma máscara de dor. – Você... Como você...
– Eu estou bem minha amiga! – tentei me fazer confiante. – Eu estou bem, vai ficar tudo bem!
– Faça força! – a mulher gritou de novo empurrando sua barriga e Violet gritou chorando.
– Meu bebê Tara... Meu bebê... – ela chorava e comecei a chorar também.
– Vai ficar tudo bem. – falei apertando sua mão enquanto a via sofrer.
Eu nunca tinha assistido um parto em minha vida e fiquei apavorada.
O que aconteceu a seguir foi um dos piores momentos da minha vida.
Ouvimos um chorinho de bebê e olhei para o menino perfeito que nascia. Ele era exatamente igual ao pai, uma cópia fiel.
– Meu bebê... Dá-me meu bebê... – Violet pediu com voz fraca e chorosa e a mulher lhe deu o bebê que ainda chorava.
– Meu menino... Meu lindo menino... Meu Yuri... – ela consolava o menino que foi se acalmando.
Em seguida puxou Renesmee e lhe entregou o bebê puxando o ar com força. Eu não estava vendo aquilo acontecer!
– Ele... Agora é seu... Você... Prometeu...
Violet entregou o bebê para Renesmee e olhou para mim pegando em minha mão.
– Diga ao Jake... Diga a ele... Que eu sempre o amei... E sempre... – ela começou a tossir.
Olhei para a parteira que balançou a cabeça tristonha, não aguentei e comecei a chorar.
– Seja... Forte... Tara... – ela disse ainda tossindo muito e tentando respirar.
– Violet! – falei desesperada. – Violet! – tentava ajudá-la em vão.
Violet morreu em minha frente depois de dar a luz ao seu filho.
Uma dor enorme me consumiu enquanto abraçava seu corpo sem vida, chorei por não poder ajudá-la. Eu sabia o que ia acontecer, tinha visto em meus sonhos, mas não fui capaz de ajudá-la.
– Tara! – Renesmee me chamou e relutei em levantar a cabeça. – Tara, por favor! Fique calma, olhe pra mim!
Mesmo relutante levantei a cabeça e vi que ela ninava o bebê, tinha rasgado sua saia e usado o tecido para enrolá-lo. Vi marcas roxas em suas pernas e olhei pra cara dela que levantou com o bebê no colo.
– Você precisa avisá-las!
Eu não entendi nada que Renesmee falava, só sentia uma dor imensa.
– Por favor, Tara! Não temos tempo logo Caius e Kendran estarão aqui!
– O que... Nessie... – falei ainda chorando.
– Levante e tente avisar as outras! Avise ao seu clã!
Olhei pra ela.
– Como assim? – tentei limpar as lágrimas.
– Kendran sabe o quanto você é poderosa! Eu a ouvi falando com Aro que você podia se comunicar com as outras bruxas, por isso ela colocou o feitiço em você!
Comunicar-me com as outras?! Mas como assim?
O bebê começou a chorar novamente e Renesmee tentava acalmá-lo.
– Rápido, nós não temos tempo Tara!
– Eu não sei... Eu não... – a náusea voltou e senti tudo girar.
– Tara! – ouvi a voz de Renesmee como se estivesse muito longe e lembrei-me do que ela me falou.
Comunicar-me com as outras, mas como?
Tentei focar meu pensamento em Forks, em Dafne... Claire... Minha mãe...
Ajudem-me... Volterra... Renesmee... Ajudem-me... Venham até mim...
Pensei sentindo meu poder fluir e meu estômago se acalmar, mas não era eu fazendo aquilo. Minha filha! Levei as mãos à barriga amando mais ainda meu bebê.
Vi vampiros da guarda vindo pelo corredor e sorri olhando pra eles. Levantei as mãos pra cima invocando meu poder.
– Brisingr! – gritei e senti o fogo vir até mim.
Já estava na hora de mostrar quem é Tara La Fay.
Queimei todos os vampiros que apareciam em minha frente. Ouvi o choro do pequeno bebê de Violet e senti mais raiva ainda.
– Finalmente!
Aquela voz conhecida me deixou em alerta. Kendran apareceu em meu campo de visão.
– Fiquei-me perguntando quanto demoraria pra você quebrar o feitiço que eu coloquei em você.
– Não fui eu. – falei com o olhar fixo nela.
– Ah não me diga! – seu olhar foi em minha barriga e pude sentir o desprezo nele.
Ela olhou atrás de mim e sorriu ao observar o cadáver de Violet.
– A loba morreu é? Caius vai adorar isso.
Gritei com raiva e tentei queimá-la, mas ela se esquivou.
– A bruxinha ta com raiva? Eu vou lhe dar mais um motivo para deixá-la revoltada.
Ela olhou para o corredor que ligava a masmorra ao resto da fortaleza e vi que alguém vinha andando no corredor escuro.
– Bem vindo querido. – disse sorridente e quase cai para trás quando vi quem era.
Eu achei que nunca mais fosse ver aquele rosto novamente. Comecei a tremer e quando vi seus olhos vermelhos senti meus joelhos fraquejarem.
– Pai!
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