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História Meu tormento diário (shikatema) - Ciúmes


Escrita por: michelly-nara

Notas do Autor


Boa leitura ❤️

Capítulo 6 - Ciúmes


Como o Shikamaru havia dito, Sasuke não parava de me encarar e piscar para mim, às vezes ele fazia questão de passar perto de mim, e sempre resmungava algo como: tsc.

Para que? Que moleque doido.

A parte boa é que ninguém mais me obrigou a ser simpática, então posso ficar em silêncio e ser antipática em paz, já que a única pessoa que sempre está comigo é o Shikamaru.

Depois do que as garotas insinuaram que ele tinha algum "problema", fiquei curiosa para saber do porquê tem pessoas que o odeiam.

Eu sempre o achei chato e mimado, e não o suporto, mas fiquei curiosa para saber do porquê tem gente que pensa o mesmo do que eu.

E estranhamente, estar tão próxima assim dele, mesmo que em silêncio, é bom.

Assim que terminamos a refeição, seguimos para a biblioteca, não sabia que o cara preguiçoso gostava de ler, para mim não faz o menor sentido ele gostar de ler.

Como ele não tem preguiça? Ou será que tem?

— Você virou minha sombra?

O olhei de cima a baixo.

— Não, por quê?

Ele sorriu e me fitou.

— Você anda quase grudada em mim.

Me afastei.

— Não sabia que você era alérgica a mim também.

Ele riu, me fazendo segurar o riso.

— É só que... Não estou acostumado a ter alguém sempre do meu lado aqui no colégio.

Digamos que quando eu chego em casa, eu passo o dia inteiro em meu quarto vendo séries e filmes e ele no ele fazendo sabe lá o que.

— Você gosta de ficar sozinho? Se quiser eu posso facilmente arrumar alguma amizade.

Forçar simpatia é meu forte.

— Na verdade, eu estou gostando de passar um tempo com você, já que você não me xinga mais e nem pega peças.

Sorri envergonhada, ele não pode saber que o motivo dele parar no hospital faz três semanas foi culpa minha.

— Uma trégua, apenas isso, passa um mês se matando, tudo bem, mas vários anos não é legal.

Ele balançou a cabeça concordando enquanto olhava os livros.

— Você está perto de novo.

Parei de andar.

— É que estamos falando sussurrando, não consigo te ouvir de longe.

Evitar falar alto na biblioteca é o mínimo, eu sei que normalmente nem se deve falar algo, mas nesse momento tá uma baderna do lado de fora e só tem poucos alunos aqui.

— Inventando desculpas para ficar mais próximo de mim.

Ele se virou em minha direção, meus olhos automaticamente se encontraram com os seus, dei um passo para trás quando meu coração acelerou, calma Temari.

Ele sorriu e voltou a olhar os livros.

Depois dessa, vou ficar em silêncio e em distância de 10 metros.

.

Pedi ao professor para ir ao banheiro, não porque eu precisava usar, apenas para passear pela escola, estava com preguiça de assistir aula.

Como ainda não conheço bem o colégio, acabei indo mesmo para o banheiro, ajeitei meu uniforme, eu até gosto da saia azul e da blusa branca, agora essa gravata é horrível, me sinto uma criança brincando que é uma CEO importante.

Se bem que seria legal...

Melhor não.

Me arrepiei só de lembrar o que aconteceu com meu pai.

Lavei meu rosto e respirei fundo.

— Você está bem?

Olhei pelo reflexo do espelho a porta de uma das cabines meio aberta, mas pela voz, eu sabia de quem se tratava.

— Sim, apenas pensativa.

Ela ficou em silêncio, segurando a porta.

— Você está pálida.

Ela abriu um pouco a porta e parecia estar com medo de olhar para mim.

— Eu só estava pensando em meu pai.

Por que eu disse isso para uma desconhecida?

Ela bruscamente saiu da cabine.

— Ele é rude com você?

Fiquei surpresa pela expressão dela, e me virei em sua direção.

— Não... Na verdade, eu só estava pensando que ele não está mais aqui.

Ela respirou aliviada.

— Ele se mudou?

— Ele está morto.

Dizer isso em voz alta me soa estranho, meu pai está morto. Meu Deus... Ele está morto.

É tão estranho, parece tão irreal.

— Eu sinto muito...

Ela baixou o olhar.

Sorri para ela.

— Tudo bem.

Limpei a lágrima que escorreu do meu olho.

Ela veio até mim e me deu um abraço, aceitei com surpresa e agradeço baixinho.

.

— Você sabe me dizer como o pai da Hinata trata ela?

Shikamaru me olhou confuso, estávamos no ponto esperando a Mirna vim nós buscar.

— Por que quer saber?

Como vou dizer isso para ele?

— Eu encontrei ela no banheiro e meio que a gente teve uma breve conversa sobre pais, e nisso, ela reagiu de uma maneira meio inusitada.

Ele pareceu surpreso.

— Ela falou contigo? — Balancei a cabeça concordando — Olha, o pai dela é um empresário importante, e ele quer passar todo o seu negócio para ela, e tudo o que sei é que ele cobra demais dela.

Balancei a cabeça concordando.

— Faz sentido.

— Você gostou dela, não foi?

Pensei um pouco.

— Ela tem um jeitinho tão... Doce.

Desabafei.

— Tem mesmo!

E que isso? Elogiando outra garota na minha frente? Não gosto mais dela.

— Você gosta dela também?

Ele me olhou confuso.

— Nada contra a ela.

Sei, suspeito.

— A maneira que você fala dela é diferente.

Joguei o verde. Ele riu.

— Está com ciúmes, Temari?

Me arrepiei.

— Sim, se afaste dela, ela é minha.

Ele riu, não sabia que o Shikamaru era tão risonho assim, ele sempre foi tão calado.

— Eu me referiria a ciúmes de mim, mas seu grande problema — Ele olhou em minha direção — seria mesmo o primo dela e o Naruto, pode ter certeza que eu não seria nenhum empecilho — Os olhos do Shikamaru são tão escuros e bonitos, sua boca estava entre aberta, com um leve sorriso, — Você gosta de mulher?

Como é que é?

— Não.

Respondi rápido.

— Por que ficou vermelha?

Desviei o olhar para o chão.

— Eu não gosto de mulher e acabou.

Ele começou a rir, avistei o carro que a Mirna vinha nos buscar, agora posso calar a boca e ignorar o Shikamaru.

— Aposto que você anda se fantasiando com a Hinata.

Ele sussurrou em meu ouvido, e começou a rir em seguida.

— Eu gosto de homem, tá bom?

Sustentei o seu olhar quando ele me olhou, ele sorria, feliz da vida. Meu coração estava acelerado, e eu possivelmente estou vermelha, enquanto ele ri, e me encara.

— Não parece, você está constantemente ignorando os meninos, ou será que você está afim de alguém?

Mas que peste!

Ele continuava me encarando.

— Não é da sua conta, e os garotos daqui são uns imbecis.

Mirna chegou até nós, e eu agradeci aos céus, que conseguiram tirar aqueles olhos escuros dos meus.


Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤️
Feliz ano novo 🎊
Comentem o que estão achando, a sua opinião é muito importante.


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