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História Midnight Rain. (Lizago) - Suvaco Seco


Escrita por: agathadivonica

Capítulo 3 - Suvaco Seco



CAPÍTULO DOIS.

Suvaco Seco.



Os tapinhas nas costas e os “parabéns!”, a maioria muito forçados, já estavam irritando Thiago. Ele estava parado, tirando muitas fotos, mas tentando sair dali.


Tinha sentado algumas poltronas acima de Liz e Arthur, e teve que assistir de camarote os dois trocando risadas e conversando a sessão inteira. É claro, os dois são amigos de longa data, mas isso ainda sim incomodou profundamente o ator, que quis mais do que nunca que Victoria sumisse.


Ela, aliás, não estava mais ali. Tinha ido embora, pouco antes de entrarem na sala de cinema, quando Thiago lhe sussurrou que ela estava passando vergonha. Transtornada, a mulher tentou ser o mais discreta possível, e se retirou.


Mas o estrago já estava feito. Liz parecia evitá-lo mais do que nunca. Em meio a multidão, ele a olha, indo embora acompanhada do Cervero, e suspira, decidindo focar nas câmeras. Se resolveria com ela mais tarde.


Quando Thiago saiu do local, já eram quase uma da manhã. Os paparazzis estavam determinados a extrair todas as informações possíveis dele, e apesar de suas habilidades de persuasão, deixou escapar uma coisa ou outra, até que fosse liberado.


Já em seu carro, olhando para o lado de fora com tédio, ele se perguntava se Liz teria vindo falar com ele, se a loira não tivesse aparecido. Se eles teriam ficado como Liz ficou ao lado de Arthur, rindo sem preocupações. No fundo, ele sabe que não, mas afasta esses pensamentos.


Logo, ele está em seu apartamento, menos feliz do que deveria estar. Ele vai até o quarto, tirando seu terno e a gravata, e quando acende a luz, se assusta ao ver Victoria ali, deitada.


A loira estava quase despida, se não fossem pelas roupas íntimas. Thiago para, a encara e suspira, jogando a gravata dentro do guarda-roupa.


— Victoria, por favor…


— Thiago, qual é! Você tá me evitando! Eu tive que vir aqui esclarecer isso! — A mulher exclama, dramática, e engatinha até a ponta da cama. — O que foi que eu te fiz?


— Primeiro, como foi que você entrou aqui? — Fritz pergunta, deixando o terno de lado, e ela sorri.


— Você me deu a chave reserva, quando ainda gostava de mim…


Ele suspira, se arrependendo disso, e começa a tirar os sapatos.


— Eu vou dormir agora, então se puder sair… E deixa a chave, por favor — Thiago diz, e vê a mulher murchar.


— Eu te fiz alguma coisa? Não te chupei bem da última vez, foi isso?


— Não é isso, Victoria, eu só quero ficar sozinho! Quero dormir e descansar um pouco — Ele pede, e passa a tirar a calça.


A loira sorri, de modo ladino, e se levanta da cama. Assim que Thiago se livra da calça, ela avança nele, puxando seu rosto para perto e envolvendo seu pescoço. Seus lábios se grudam, e apesar de tentar afastá-la, ele falha e aceita.


Ela cheira a bebida alcoólica, e isso explica o porquê de ter vindo, e estar quase pelada em sua cama. Victoria costuma ter mais descrição, quando ficavam juntos.


— Tava morrendo de saudades… — Ela diz contra seus lábios, e passa a dar atenção ao pescoço dele.


— Victoria, ainda acho que você devia ir pra sua casa. Você tá bêbada — Ele murmura, tentando afasta-la sem machucar, mas ela nega.


— Não estou bêbada. Quero te dar, Thiago…


Ele resolve segurar os braços dela e tirá-la de perto. A mulher está totalmente avermelhada e ofegante. Thiago suspira mais uma vez e vai atrás das roupas dela, depois de se vestir.


— Vou te deixar em casa. E por favor, sem reclamar — Ele pede, pegando o vestido e a blusa com detalhes de penas, entregando para ela. — Se veste, vou esperar na sala.


Apesar dos choramingos dela, ele sai do quarto e fecha a porta, enfim sentindo que podia respirar novamente. Victoria continuava sufocante.


Ele caminha até o sofá e se joga, pegando seu celular. Estava pensando no que dizer para ela amanhã, quando estivesse sã, mas uma notificação o distrai. Era uma mensagem de Arthur.


Arthurzão: eai thiagao, tudo certo? tava pensando em dar um rolê amanhã

Arthurzão: eu, vc, o cesinha e a liz

Arthurzão: 🙈”


Thiago lê as mensagens e franze o cenho. Elizabeth iria também? Tinham conversado tanto a ponto de marcarem um rolê? O homem se mexe no sofá, levemente incomodado, mas conforme digitava, sua mente vira uma chave.


Elizabeth sairia com eles. Ela, agora uma mulher adulta, estaria lá. E teria que conversar com ele, sem evitá-lo. O homem apaga as palavras escritas e passa a digitar novas, agora mais feliz.


Você: opaaa arthur eai mano

Você: bora sim, quando? e onde?”


Como Arthur tinha mandado a mensagem a alguns minutos, Thiago presumiu que ele já estava dormindo, então resolveu ir ver como Victoria estava. Iria resolver essa situação logo, e então concentraria seus pensamentos no rolê.



( … )



Elizabeth encarava as duas camisetas estendidas na cama, analisando qual das duas era a melhor opção. Não eram muito diferentes, mas por algum motivo, isso estava alugando um espaço em sua cabeça.


Arthur lhe mandou uma mensagem, de manhã, passando o endereço e o horário. Às sete horas. Ela respondeu com um simples “estarei lá”, como se não se importasse, mas estava nervosa.


Evitar Thiago estava dando certo até agora, mas sair em quarteto era quase uma confirmação de que teriam que se falar. Se não, Arthur iria ficar chateado, e César diria algo constrangedor. Ela suspira alto, pega a camiseta da esquerda e a veste.


Já tinha tomado banho, beliscado alguma coisa e vestido a calça jeans. Ela procura por um sapato, penteia os cabelos e enfim se olha no espelho. Está satisfeita com o look, então pega sua bolsa e se retira do quarto.


Ela resolve ir com seu próprio carro, e desce até a garagem do prédio. Enquanto caminha, se sente com dezessete anos de novo. Estava tão nervosa quanto uma adolescente! E se sente idiota por isso.


Era apenas um encontro entre amigos. Nada mais que isso. Conversariam um pouco, e cada um seguiria seu caminho. Tudo certo.


Enquanto dirigia, ela pensa em Arthur. Ela admira a coragem dele em reunir os quatro, apesar de saber que os três já se encontravam regularmente. Mas incluí-la era corajoso, de qualquer forma. Ela esperava que não deixasse seus sentimentos falarem mais alto…


Já próxima do bar, ela estaciona o carro e respira fundo, checando sua aparência no espelho. Estava muito nervosa em reencontrar César e Thiago. Não os via a tanto tempo!


Enfim fora do veículo, ela olha para a faixada do lugar. Suvaco Seco, escrito com letras genéricas. A entrada não chamava muita atenção, se não fosse pelos bêbados na entrada. Mas olhando mais atentamente, ela percebe duas figuras paradas lado a lado.


Uma delas é Arthur, parado e olhando em volta. A outra é um pouco mais alta, de cabelos lisos e longos, com uma barba curta e roupas pretas, como de costume. Ele encara Arthur com um sorriso fraco, mas cheio de expectativa. A mulher decide caminhar até eles.


— Liz, você veio! Chegou pontual, como sempre! — O Cervero a avista e se aproxima, envolvendo a mulher em um abraço. Ela sorri e retribui o aperto.


— É, e vocês tão adiantados, né — Eles se separam, e Elizabeth olha para a outra figura. Não tinha mudado nada. — César. 


— Oi, Liz — Ele sorriu fraco, acenando com a mão. Nunca gostou muito de contato físico.


— Vamo entrando! O Thiago chega daqui a pouco! — Arthur exclama, segurando os dois amigos e os levando para dentro.


O interior tinha mudado bem mais que o exterior. O balcão e o bar continuavam os mesmos, com uma mulher de cabelos grisalhos atrás dele, com uma expressão bem humorada. A decoração só tinha sido atualizada, mas ela ainda reconhecia alguns quadros.


As mesas continuavam as mesmas, vermelhas e da Conti-Cola. Haviam algumas pessoas espalhadas, mas Liz sabe que o horário de pico é em algumas horas. A gangue de Arthur não está ali no momento.


Eles entram, e enquanto César vai pegar uma mesa para eles, Arthur vai mostrar sua tia para Liz.


— Nossa, hoje chove! — Ivete exclama, assim que avista a moça. — Guria, você por aqui!


— Eu mesma, dona Ivete — Liz a cumprimenta, recebendo um beijo no rosto. — Você continua ótima!


— Ah, já a idade chega pra mim. Mas que bom que você tá por aqui de novo, fiquei com saudades do seu rostinho bonito — A mulher dá risada. — Fica à vontade, guria!


Elizabeth agradece, e eles vão até a mesa onde César está. Arthur trouxe consigo duas latas de cerveja.


— Não vai beber? — Liz pergunta, olhando para o cabeludo, que nega.


— Amanhã tenho um compromisso, de tarde, e não quero ressaca — Ele explica, parecendo relaxado até demais. — Aproveitem por mim.


— O carioca dele vem pra cá amanhã, Liz — Arthur diz, sorrindo para o amigo. — Ele e um colega. Vamos receber eles no aeroporto.


— Carioca?


— É um cara que eu tô ficando. Nada demais — O homem murmurou, envergonhado por ser o assunto da conversa. — Se quiser ir, o Arthur passa pra te pegar…


— Vou a um congresso amanhã. Às duas horas.


— Eles chegam às oito da noite! Dá tempo, Liz — Arthur diz, contente, e ela concorda. Talvez seja bom sair de casa um pouco.


— Beleza, eu vou sim — Diz, e abre a latinha de cerveja, começando a beber, até que avista uma figura entrar no bar.


Era Thiago mais uma vez. Ele estava com roupas mais casuais, mas ainda sim estava arrumado. Ele olha em volta, procurando por eles, e Liz cutuca Arthur.


— Ah, ele chegou! — O Cervero exclama e levanta o braço. — Aqui, Thiago!


Elizabeth bebe de sua latinha, evitando contato visual com o homem, mas é inevitável. Ele se senta ao lado de César, do outro lado da mesa, e a primeira pessoa que seus olhos pousam, é nela. A mulher se sente quente, envergonhada.


— Boa noite, rapaziada. E Elizabeth — Ele parece tão nervoso quanto ela, apesar de não demonstrar. Ele olha para os amigos, que parecem tensos com alguma coisa, mas ele sorri. — O que foi, por que estão sérios assim? Tô sujo?


— Não, Thiagão, fica tranquilo — César diz, sorrindo fraco para ele.


— É, você tá gatão! Todo arrumado — Arthur exclama, animado, e se vira para o balcão. — Tia, trás mais uma!


Enquanto os amigos estão distraídos, Thiago olha para a mulher novamente, e sente seu estômago se revirar. Olhar para ela, depois de tantos anos e de tão perto, era satisfatório em um nível que o preocupou.


Liz estava belíssima. Seus traços, já muito bonitos e harmoniosos, estavam mais velhos, mas sem abandonarem sua beleza. Os cabelos, que antes não passavam dos ombros, agora estavam mais longos e uma parte estava presa em um coque. Os olhos continuavam tão afiados quanto ele se lembrava. E a boca… Thiago tentou não focar nela.


— Oi, Thiago — Ela murmura, também o analisando, e ele assente com a cabeça. — Como andam as coisas?


— Acho que sou eu quem deveria te perguntar isso. Não vejo mais nada sobre você, desde… Desde a formatura — O homem responde, sentindo os dois amigos os olhando. — Mas sei que você se tornou uma cientista das grandes.


— Isso é porque você não foi no Congresso da USP em agosto, Thiagão. Ela se apresentou lá — César diz, o que atrai a atenção da morena.


— Você foi?


— Fui. Achei o evento interessante, e me inscrevi — Ele responde, como se não fosse nada de mais, mas Elizabeth sorri.


— Eu não sabia que você se interessava por ciência, Cesinha! Amanhã vou me apresentar em outro congresso! — Ela exclama, e o sorriso que direciona ao Cohen, incomoda Thiago por algum motivo.


Mesmo sabendo que nunca haveria um clima entre eles, ou que César já estava meio comprometido, e que sequer gostava de mulheres.


Mas no fundo, ele sabe que quer a atenção dela. Mesmo que só um pouco.


— Podemos ir, aí depois, vamos buscar o Samuel no aeroporto — César diz, e Arthur concorda.


— Samuel? É o nome do carinha? — Thiago pergunta, curioso, e vê o amigo assentir, envergonhado. — Que horas vocês vão buscar ele? E que horas é seu congresso, Elizabeth?


— Me chama de Liz, Thiago. Meu congresso é as duas horas, e vamos buscar ele às oito — Ela murmura, bebendo mais, e ele concorda.


— O evento é aberto? — Arthur pergunta, e ela assente.


— É, mas não foi muito divulgado. Por isso, não vai encher muito — Ela esclarece.


— Então fica combinado, vou te buscar pra gente ir junto no congresso, Cesinha. Mais tarde, nós vamos pro aeroporto. Né?


— Você tem compromisso amanhã, Thiago? Por que não vai? — César pergunta, e o amigo nega com a cabeça.


— Tô livre o dia inteiro! Eu posso ir também.


— Então com isso esclarecido, vamos mudar de assunto! Quero saber mais do que você anda fazendo, Liz — Arthur pergunta, mesmo que tenha dito a mesma coisa no dia anterior, e ela dá de ombros.


— Ah, não muita coisa. Alguns projetos e pesquisas, mas nada que se destaque. E você, Arthur?


— Meu álbum novo sai essa semana! Ah, e eu tô morando sozinho. Demorei pra sair da casa do meu pai, porque eu não queria deixar ele sozinho, mas o Henrique tá lá. E eu preciso de privacidade, né! — Ele exclama, contente.


— Privacidade? Pra que, Arthur? — César sorri para o amigo, que se avermelha.


— Verdade, você não tá de rolo com ninguém? — Thiago se junta.


— Parem com isso! Eu não tenho nenhum rolo!


— Vai esconder isso da gente, Tutu? — Elizabeth pergunta, se apoiando na própria mão, e o homem a encara surpreso.


— Você nunca me chamou de Tutu!


— Fala logo, Arthur! — César exclama, curioso assim como os amigos, e eles vêem o homem suspirar.


— Tá, meio que eu gosto de um cara aí. Ele é do mesmo estúdio que eu, e… Ah, ele é muito famoso, eu não tenho chances! Por isso eu não ia dizer nada — Arthur choraminga, escondendo o rosto nas mãos, e Liz apoia a mão em seu ombro.


— Ei, ele não deve ser tão inalcançável assim…


— É o Marcos Front. Vocalista dos Dragões Metálicos.


Os três tentam dizer algo, para rebater suas lamentações, mas Arthur estava certo. A banda é famosa até mesmo fora do Brasil, chegando a produzir músicas em inglês para alcançar um público maior. E Marcos, apesar de seu carinho com os fãs, era mesmo alguém difícil de se conversar.


Eles se entreolham, e esperam até que Arthur diga algo.


— Eu já falei com ele algumas vezes, mas não sei se daria em algo.


— Por que você não tenta? Quem sabe, ele goste da fruta — Thiago diz, bem humorado, recebendo um tapa fraco de César.


— Será?


— Você só vai saber se tentar — Liz o incentiva, sorrindo para ele, e o homem assente.


— Vou tentar, e se der em algo, vocês serão meus padrinhos… E madrinha.


O resto da noite passou rápido, mas foi divertida. Arthur encheu muito a cara, alegando que tinham que comemorar o congresso de Liz e a vinda de Samuel. Elizabeth não bebeu muito, porque não lidava bem com ressaca, e Thiago queria estar bem para vê-la se apresentar, então moderou.


Ao final, Liz se sentia mais à vontade na presença do ex. Ele continuava tão bem humorado quanto antigamente, e o fato de terem terminado, não parecia mais ser tão relevante. Ela se divertiu como não fazia a muitos anos.


Por isso, quando Arthur passou mal e César teve que socorrê-lo, ela soube que a noite estava acabando. E enquanto assistia o amigo levar o outro para fora do bar, ela sentiu o olhar de Thiago.


— Você já vai? — Ele pergunta de repente, parecendo tenso, e ela assente.


— Tenho que dormir bem essa noite… Você quer carona? — Liz pergunta, se levantando, e o homem faz o mesmo.


— Se não for te incomodar… Posso pagar pela gasolina — Thiago responde, e os dois seguem até a entrada, depois de se despedirem de Ivete.


Elizabeth se sente estranha ficando sozinha com ele. Mesmo que agora seja uma adulta, ela se sente como uma adolescente.


Eles caminham até seu carro, o qual ela destranca e entra, e vê o moreno entrar e se sentar ao seu lado. Ela agradece mentalmente por ele não ter sentado no banco de trás, pela bagunça que estava, e dá partida.


Fica um clima estranho e silencioso no carro. Elizabeth sente vontade de conversar, mas não sabe como. E Thiago quer muito saber mais da vida dela, mas não verbaliza.


Algum tempo depois, quando o Fritz estava quase tomando coragem para falar — observando que eles já estavam chegando em seu prédio —, seu celular vibra. Liz olha, por impulso, e murcha ao ver o nome de Victoria Opspor.


Só então, ela se lembra que eles estão juntos. E que os viu ontem, juntos. Ela respira fundo, e enfim estaciona em frente ao prédio.


— Bom, aqui estamos. Até amanhã Thiagão, e felicidades pra vocês. Espero que sejam felizes juntos — Ela diz, tentando ao máximo disfarçar sua chateação, e o homem a olha surpreso.


— Felicidades? Pra quem?


— Pra você e a Victoria, ué. Vi vocês juntos ontem, na pré-estreia, e acho que vocês fazem um ótimo casal — Murmura, vendo o outro sair do carro, e não vê a cara de confusão dele.


— O que? Mas, Liz, nós… — Ele tenta dizer algo, mas quando se vira, a porta se fecha agressivamente.


E quando o carro parte, Thiago não tem coragem de ir atrás para desmentir. Parte porque ele não deixou de perceber a raiva em seu tom de voz. Liz estava raivosa por ele estar namorando.




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