Os planos da morena de fazer uma surpresa pra seu lindo namorado estava indo tudo nos conformes até ela dar de cara com Dende, o estraga-prazeres. No momento em que ela cruzou a porta de entrada do Templo de Kami-Sama, toda linda e radiante, com seus cabelos soltos e esvoaçantes, e um olhar determinante, ele apareceu na sua frente e a impediu de seguir adiante, dizendo que o Sr. Piccolo estava na Sala do Tempo e que por isso seria melhor que ela o esperasse na sala de estar junto a ele, o Deus da Terra.
Apesar dessa informação dada por Dende parecer mentira, ela não era. Piccolo estava mesmo na Sala do Tempo, e quem confirmou isso para a morena foi o Sr. Popo, quando foi ao seu encontro, cumprimentá-la. Também foi ele quem disse à ela que Piccolo já tinha saído de lá e que estava no momento tomando um banho.
Informação essa que o jovem deus sabia perfeitamente bem, e que não queria que a morena ficasse sabendo. Dende não queria que ela se enfiasse no quarto de Piccolo, uma vez que este se encontrava pelado em seu banheiro. Dende temia que Gohan chegasse ali de surpresa e que pegasse os dois sozinhos dentro do mesmo cômodo. Dende podia ser um ser puro e sem malícia alguma, no entanto ele sabia perfeitamente bem das coisas que um casal de apaixonados eram capazes de aprontar num curto espaço de tempo.
E isso, era exatamente o que ele estava tentando evitar que acontecesse naquele horário tão inadequado.
— Senhorita Pan, é melhor esperá-lo aqui fora. Com certeza o Sr. Piccolo vai demorar — Dende respondeu firmemente a mais um pedido desesperado da morena, que exibia uma carinha de doguinho pidão. — Não sei se a senhorita sabe, mas o Sr. Piccolo não gosta de quando entramos em seu quarto sem seu consentimento. — Não era mentira. E ultimamente isso piorou. Até pra limpar dava trabalho. Quem visse, ia achar que ele estava escondendo algum tesouro lá dentro.
E estava...
— Ah, Dende… o tio Pi não vai me odiar por eu entrar no quarto dele. Eu vou ficar sentadinha bem na beirinha da cama pra não bagunçar nadinha. Não vou dar nem um pio. Prometo! — a morena insistiu, mais uma vez, enquanto ia tentando se livrar gentilmente do aperto que uma das mãos dele fazia em seu pulso. Como ele era um Deus, ela não podia tratá-lo com grosseria.
— Mas senhorita Pan… ele está no banho… e você... Você é uma mulher. Isso não vai pegar bem. Imagina se Goku chega aqui e descobre que está lá no quarto dele? Ou até mesmo Gohan?
— Eu vou ficar sentada na cama esperando ele terminar, não vou invadir o banheiro pra ver ele nu!
— Senhorita Pan!! — Dende soltou o pulso da morena na mesma hora, sentindo as bochechas arderem de vergonha pelo que acabara ouvir.
Sr. Popo, que observava de perto o desespero da morena em ir ver o amor de sua vida, resolveu intervir. Ele já sabia que o Piccolo e a Pan já tinham se unidos pelos laços do amor. Pra ele, o Templo de Kami-Sama e o quarto de Piccolo estavam de portas abertas pra ela entrar e sair quando bem quisesse, e que apenas Piccolo poderia proibi-la do que quer que fosse.
— Deixe ela ir, Dende, a senhorita sabe o que faz — Sr. Popo se pronunciou, para o desespero de Dende:
— Sr. Popo! — E passou um rabo de olho pra ele. Não podia permitir isso! Sabia com certeza absoluta que, se ela entrasse naquele quarto, eles iriam praticar o ato pecaminoso do sexo. E isso, não podia permitir. Ali era o seu lar. O lar de um deus. Era sagrado!
— Vai, Dendezinho?… — Pan insistiu, fez beicinho, olhinhos pidões e começou a afagar uma das mãos do deus. — Eu não vou incomodá-lo. É rapidinho. Eu só vou conversar uma coisinha com ele, depois vou embora — mentiu descaradamente e não tava nem aí!
— Mas senhorita, na minha opini... — foi interrompido por uns dedinhos delicados e ousados, que deslizando por sua face de modo carinhoso começou a fazê-lo relaxar. Isso o assustou! Olhou para o Sr. Popo e pediu socorro com os olhos. Ele só negou com a cabeça. Tra-i-dor! Olhou pra Pan novamente, que ainda continuava com aquela carinha de doguinho pidão enquanto o tentava, isso mesmo!, tentava!, e não soube mais o que fazer. Por mil demônios!!! Agora entendia o Piccolo! Agora entendia ele, quando dissera não resistir à ela, aos encantos da neta de Goku!
É… A Pan conseguiu, mais uma vez, com seu jeitinho carinhoso de ser, derreter o coração de outro Namekuseijin. Este só fez suspirar fundo, resignado, e sacudir a cabeça pros lados devagar.
— Tá bom. Pode ir. Mas lembre-se: você é a única responsável disso caso ele não gostar.
A morena deu pulinhos de alegria agarrada à alça da bolsa que carregava consigo.
— Valeu, Dendezinho! Garanto me responsabilizar por tudo! — Não contendo sua alegria, acabou dando um beijo estalado na bochecha dele, que se assustou por ter sido pego de surpresa, e saiu voando mais que depressa sem nem olhar pra trás.
Estava com pressa!
Assim que cruzou o pequeno corredor que dava acesso aos quartos e a um pequeno banheiro, ao fundo, parou por alguns instantes pra poder pegar um pouco de ar, e também pra ter certeza de que ainda mantinha seu ki oculto. Torceu pra que Piccolo ainda não tenha notado sua presença por ali. Como imaginara, ele não estava usando o banheiro do fim do corredor, e sim o de seu quarto. Isso era bom. Muuuito bom! Como já sabia qual era seu quarto, só fez seguir em frente. E bem devagarinho, pois não queria fazer barulhos que denunciassem sua presença por ali. Ao ficar cara a cara com a porta, abriu só uma frestinha, pra poder dar uma espiadinha. Conseguiu ouvir com clareza o som do chuveiro ligado. Ele ainda estava no banho! Que bom! Isso era super-hiper-mega maravilhoso! Finalmente iria realizar o seu sonho de ver o Namekuseijin só de toalha! Aaahh… Que delícia!
— Que cheiro gostoso… — as palavras escaparam de sua boca sorridente junto ao seu suspiro de alívio. Alívio, por ter conseguido invadir o quarto de seu Namekuseijin querido. O cheiro gostoso dele pairava pelo ar daquele quarto impecavelmente limpo e organizado, iluminado apenas pela luz do dia entrando pela janela de vidro. Tudo ali permanecia do jeitinho que se lembrava. Há tempos que não entrava ali... Nem se lembrava mais quando. — Eu sempre sonhei dormir agarradinha contigo aqui, Pi... Só que até hoje… nada — concluiu bem baixinho, sorrindo miudinho, conforme ia correndo os olhos pelo quarto, parando por último na cama, na típica roupa dele, que estava toda dobradinha sobre. Parecia até que tinha acabado de passar! Até sua capa, ao lado! Por Deus! Como o Sr. Piccolo era organizadinho, heim! Que fofo! “Ele é capaz de parar a transa só pra poder arrumar o forro da cama, certeza!”, riu internamente por imaginar a cena. Andou devagar até a cama e colocou sua bolsa sobre, pertinho da cabeceira. Não resistindo, foi até a roupa de seu amado e pegou-a com todo cuidado para não desdobrar. Trouxe-a ao nariz e cheirou-a com toda força que tinha, inebriando-se. “Não existe cheiro mais gostoso que o seu, Pi! Não existe!”, constatou, e pela milésima vez, a gostosura natural de seu amado. — Que saudades de ontem, amor... Você não sabe o quanto que eu o anseio... Eu anseio tanto por seus carinhos… por seu abraço tão quente... por seus beijos tão doces e tão refrescantes… — balbuciou com os olhos fechados, conforme ia deslizando os dedos pelo tecido roxo, sentindo sua textura macia, e desejando sentir uma pele firme e forte sob.
Após alguns segundos de puro devaneio, deu uma última cheirada naquela roupa de cor bonita e devolveu-a pro lugar de antes, ajeitando-a toda bonitinha como encontrara. Não seria justo coloca-la de qualquer jeito. Ficou de pé e, antes de fazer o que pretendia, tirou os sapatos: se Piccolo permitisse, se enfiaria debaixo do chuveiro também. Sem roupa, claro. Voou até a porta do banheiro e… Não era possível! O universo estava facilitando as coisas pra si, só pode! Como era sortuda, hein! A porta do banheiro não estava trancada, nem fechada, apenas encostadinha! Encostadinha!!!
É Namekuseijin… tomara que você não seja tímido.
“Vacilou, grandão!”, Pan gritou em pensamento, se corroendo de ansiedade, enquanto ia empurrando a porta do cômodo úmido devagarzinho, querendo fazer uma “surprise!” pra ele.
Pan não conseguiu gritar “surprise!” como pretendia. Ela perdeu a fala. A imagem do corpo nu e másculo do Namekuseijin, que de costas banhava-se tranquilamente, deixou ela embasbacada. Jamais ela imaginou contemplar tal perfeição assim na vida. Tal monumento que parecia ter sido esculpido pelas divinas mãos da deusa Vênus. Tal monumento que era só dela, da Pan.
“Que delícia, Senhoor!!! Eu vou morrer antes mesmo de conseguir chegar perto!!! Socorro, mãezinha!!”, pensou, extasiada, contemplando através do vidro transparente e embaçado do box, seu amado se banhando bem tranquilamente. O jeito de como ele deslizava o sabonete pelo corpo, ensaboado-o, era extremamente sensual. Hipnotizante. A água do chuveiro caía por sua cabeça, pescoço, ombros largos e costas, levando consigo toda a espuma do sabão, que por sua vez escorria graciosamente por seu corpo másculo, passando e entrando por entre suas nádegas firmes, descendo por fim por suas coxas grossas, panturrilhas e pés. Mas que traseiro verde mais do bonito era aquele que estava vendo?! A vontade que tinha era de dar uma mordida! Tinha até as benditas covinhas de Apollo!!! Como que nunca tinha visto isso antes?? Aquilo era o caminho da perdição!! Da sua perdição!!! “Puta que me pariu! Por que que eu não trouxe o celular!? Quando que eu vou ter outra oportunidade como essa de agora???” choramingou em pensamento, totalmente arrependida de ter deixado seu celular dentro da bolsa. Perdera uma ótima oportunidade de bater uma foto do gostosão do Sr. Piccolo distraído no banho. E PELADO! Quando foi que imaginou algo assim?
Nunca!
Nunca mesmo!
— Que monumento, Senhooor!!!… Tenha piedade de mim! Eu sou apenas uma pobre mortal!
Pan disse alto e bom som. Isso fez com que o pobre Namekuseijin, que se encontrava com seus pensamentos muito distantes dali, se assustasse e deixasse o sabonete cair no chão.
— PP-Pan?!?! Que cê tá fazendo aqui??! — soltou em meio ao susto, dando uns passos para trás, quase que caindo devido o piso escorregadio, arrancando assim uma risadinha travessa dela. Suas mãos automaticamente cobriram seu bumbum desnudo. — Como que você conseguiu entrar aqui?? Saia!!! É arriscado!!!
— Nunca! Deu trabalho pra dobrar o Dende e chegar até aqui, sabia? — Se desmanchando de alegria, entrou mais no cômodo, vendo seu namorado exigindo que saísse com um gesto exagerado de mão, e passou a chave na porta. Passou mais outra só por precaução. Aproximou mais do Nameku pe-la-do e, através do vidro embaçado do box, conseguiu enxergar melhor os arranhões que fizera em suas costas. Ficou feliz por ele não ter dado sumiço com eles. Ficou surpresa também: não imaginou que suas unhas curtas pudessem ser tão perigosas assim. E se elas fossem maiores? Coitado! — Baixou a guarda, né, lindo? — Mordeu o lábio de baixo toda contente por ter conseguido o que queria.
— Por que ocultou seu ki? — perguntou a olhando por cima do ombro, de costas, escondendo sua nudez. Ela riu ainda mais. Talvez, de sua timidez.
— Porque queria fazer uma surpresa — respondeu tranquilamente. — Pelo jeito eu consegui, não foi? — Ele murmurou um “sim”. — Não ouviu minha voz? Não notou minha presença? Meus passos?... — Ele negou com a cabeça. — Huumm… Quer dizer que baixa a guarda quando tá aqui, é?
— Não, não. Eu só… Eu só estava distraído... — “Pensando em você! E parece que meus pensamentos te trouxeram até aqui!”, finalizou em pensamento. Destapou a nádega direita pra poder desligar a água do chuveiro e logo depois voltou a tapá-la. — O barulho da água também abafou qualquer som qu…
— Entendi — interrompeu-o de modo malicioso. Seus olhos percorriam o corpo dele todinho sem pudor algum. Como esse seu namorado era gostoso! Por Deus! — Eu posso entrar aí? — pediu.
— Entrar aqui???
— Aham. Eu até pego o sabonete pra você.
— C-como?? — Engoliu a saliva com dificuldade, só por imagina-la, nuinha, se abaixando pra pegar o sabonete, e expondo os seus lindos tesourinhos para si.
— Tá calor hoje… — Até se abanou. Realmente a temperatura subiu. E não era pela umidade do ar, não. Era tesão mesmo! — Eu posso entrar aí, peladão?
— N-não!! Nem tente! — Negou com a cabeça em desespero e, quando olhou de relance pra seu pau, viu que ele já estava bem animadinho. Isso não era legal! — Olha Pan… é melhor você sair. Pode me esperar no quarto, se quiser. Eu não demoro. Já até terminei mesmo.
— Então eu espero aqui mesmo. Nós vamos juntos.
— Não. Saia. Por favor. — Saiu até meio duro. Mas fazer o quê, né?
— Credo! Por que tá com raiva? Não gostou da visita?
— Não é isso, Pan. Eu só... só… — parou a fala sem saber ao certo o que dizer. Suspirou fundo e passou as mãos pelo rosto, secando-o. Quando um assobio agudo penetrou em seus ouvidos, soube que sua amada estava secando seu traseiro com os olhos. Isso o constrangeu um pouco. Porém, não se importou. Essa não era a primeira vez que ela o via nu. Além do mais, já tinha visto ela nua também, como de quatro, de costas, de frente, de lado, de pernas arreganhadas expondo sua intimidade… E ela não tava nem aí pra isso! Portanto, não fazia sentido algum toda essa sua timidez. Não com ela.
— Meu gatinho…
— Minha pequena — cortou logo a gracinha dela num tom sério —, por favor, me espere lá no quarto. Deixa eu terminar meu banho primeiro, certo. Não vou demorar. Prometo.
Pronto. Ela fechou a cara e desviou os olhos pro espelho ao lado, encarando-se e resmungando baixinho com um bico comprido. Igual fazia quando criança.
— Se eu soubesse, tinha ficado na beirinha da cama feito uma estátua mesmo! E muda! Aliás, devia ter ficado era com o Dende! Ele, sim, gosta de mim!…
Piccolo começou a rir, mesmo não tendo entendido o conteúdo daqueles resmungos.
— Desmancha essa cara, vai. Eu não tô com raiva de você. Eu só... Eu só não pensei que fosse invadir meu banheiro assim à luz do dia! — soltou entre risos e viu o bico dela se desfazer. — Você é muito travessa e esperta, garota. Confesso que dei bobeira. Eu sabia que devia ter trancado essa porta. Eu sabia…
— Eu já tranquei, lindo. Não se preocupe. — E voltou a ser a menina boazinha de antes.
— Menina… saia... por favor. Se alguém chegar aqui de repente e nos pegar assim… Caramba! Não vai ser nada bom! — concluiu preocupado, e ela abriu ainda mais seus lábios rosados num riso travesso e acabou com a distância que tinha entre ela e o vidro, o olhando dos pés à cabeça, comendo-o com os olhos. Estes até brilhavam. Sua garotinha parecia uma vampira sedenta por sangue! Que perigo! — Que que foi?? Nunca viu um macho nu, não?
Uma retórica que recebeu uma resposta plausível:
— Gostoso assim… não... Nunca.
— Hm... — Estreitou os olhos, não acreditando ser “gostoso” assim. E pior: não gostando de saber que ela já vira outros, no plural. Foi isso que ela deu a entender. Mas enfim, não ia discutir por isso. Era passado! Passou! Já era!
Respirou fundo. Passou as mãos pela cabeça, na intenção de acalmar seu coraçãozinho ciumento, e voltou sua atenção à diabinha, que mantinha as duas mãos espalmadas no vidro do box, ocupada demais olhando para seu corpo, não percebendo assim que sua fala sincera o incomodara.
— Pan — chamou sua atenção. — Por favor, saia. Eu não demoro.
Pan fitou o Namekuseijin nos olhos:
— Tá bom, lindo… se assim deseja… eu saio... — deu uma pequena pausa e sorriu docemente pra ele. — Mas… só se me der um beijo primeiro — finalizou com uma piscadela, e ele logo rolou os olhos. — Eu vi isso, viu!?— E ia reclamar mais, porém, quando viu ele ligar o “foda-se” e girar o corpo devagar, expondo para si toda a sua nudez e um membro meio rijo, sentiu as pernas fraquejar, o ar faltar, a ansiedade aumentar, o coração palpitar, a boca salivar, a calcinha molhar e… O mundo parar! Na hora em que ele abriu o vidro do box, sentiu a umidade do ar acariciar sua pele gentilmente e o cheiro fresco de seu sabonete invadir suas narinas. Foi impossível não suspirar com aquele cheiro gostoso. Seus olhos logo percorreram o belo corpo de seu amado com perícia. A pele molhada dele brilhava lindamente. Suas cores estavam ainda mais bonitas. Mais vivas. Seu peito subia e descia num ritmo descompassado. Sua respiração pesada fazia com que os músculos de sua barriga tanquinho se movessem de um modo bonito, sensual. Duas veias aparentes em sua virilha lisinha davam-no um charme a mais. Seu membro, agora mais rijo, brilhava gostosamente. De sua cabeça, gotas de água pingavam uma a uma contra o piso branco. Seu Namekuseijin parecia até uma pintura de tão lindo e perfeito que era! Parecia até um sonho! Realmente ele era pelado! Sem pêlo algum! Que incrível! Que homão da porra!!! Se suas amigas vissem... iam morrer de inveja!!!
— Não me olhe assim, menina — pediu quase que num sussurro. Era extremamente prazeroso saber o quanto que a sua garotinha o admirava. O admirava por ser quem e como era. Não foram poucas as vezes que acreditara que ela nunca fosse o querer por causa de suas “diferenças”. Já sonhara algumas vezes com isso, ganhando um belo “não” dela, que dizia não o querer só por ser “diferente”. Graças aos deuses que isso era só paranoia de sua cabeça. Ela o aceitava, sim. Mesmo sendo “diferente” dela. E isso o excitava pra caralho! Já podia sentir isso, pulsando forte entre suas pernas. — Pan? — chamou-a. O beicinho mole dela tava até brilhando. Era baba? — Pan? Tá me ouvindo??
Não estava não. Teria que aumentar o tom de voz.
— Pan?
— Oi??? — Pan piscou os olhos algumas vezes, assustada, e perdida, e disfarçadamente pressionou uma coxa contra a outra com força, dando-se um certo alívio. Tava molhadinha. E louquinha pra ser preenchida até a tampa, como na noite passada. Engoliu uma saliva. Tava até babando! Ela olhou pra face de seu amado e viu que este exibia um sorrisinho bem descarado. E por quê mesmo??? — O que foi??
— Já acabou? — riu. Assim como ela, também já a havia medido todinha. E desde o primeiro minuto! Adorava ver ela usando dessas calças jeans coladinhas no corpo. Elas realçavam bastante as suas belas curvas. Não gostou muito da blusa, apesar da mesma ficar justinha em seu corpo. Ela era de manga e toda fechada. Não dava pra ver nada, só seus braços e pescoço. A vontade era de rasgar ela todinha!
Enquanto Piccolo pensava numa forma de rasgar a blusa da Pan gentilmente, escutou um “amor... ele tá...” num tom de surpresa. Ele, já sabendo do que se tratava, só fez dar uma risadinha anasalada, carregada na malícia.
— Que foi? — Fingiu não saber. Os olhos dela nem piscavam de tão vidrados que estavam em seu pau. E este nem estava tão duro assim. — Ta com medo? — brincou apenas.
Pan, porém, soltou uma risadinha de nervoso e balançou a cabeça pra cima e pra baixo devagar.
— Confesso que sim... Vendo assim… com tanta clareza... Ele… Nossa… — confessou baixinho e foi com as duas mãos pra tocar nele. Queria demais sentir aquela pirocona molhada na palma da mão! Queria demais roçar ela no rosto e lábios e enchê-la todinha de carinhos, beijinhos, lambidas... Tudo! Tudo o que ela tinha direito!
Mas foi barrada por umas mãos grandes e úmidas e uma voz imponente:
— Não.
— É só um pouquinho, amô. — Não era, não! Queria mesmo era chupar aquele pau gostoso e saboroso todinho até sentir ele se derramar em sua boca! Ou garganta! Ou peitos! Ou… Ou onde ele quisesse!
— Menina, ele não é um brinquedo. Se você tocar nele, as consequências serão bem sérias — disse com um semblante sério ao mesmo tempo que alisava o dorso das mãozinhas macias dela com os polegares. — E também… você pediu um beijo. Só isso. Nada mais.
— Pi!
— Quê?
— Pára! — A morena puxou as mãos num súbito e em seguida cruzou os braços com força, fazendo com que seus seios ficassem espremidos e ainda mais apetitosos pra quem os via de perto: o Namekuseijin, que até mordeu a parte interna do lábio inferior na tentativa de suprir o desejo de saboreá-los.
— Se você não quiser mais, vou… — Quando ele segurou no puxador do box para fechá-lo, um grito agudo e feminino ecoou por todo o banheiro, quase que o deixando surdo.
— Claro que eu quero!!! — foi um grito de desespero — E sempre!!! — E foi logo se enfiando naquele pequeno espaço quente e úmido, agarrando o corpo molhando e escorregadio de seu Namekuseijin com força sem nem se importar se suas roupas iam ou não molhar. Ele logo a catou pela cintura e a encaixou em seu colo. Em menos de um segundo, já estava com o rosto enterrado em seu pescoço, cheirando-o e deixando pequenos beijinhos ardentes. — Tava morrendo de saudades de você, amorzinho. — Suspirou de amores agarrada ao seu macho.
— Eu também — admitiu, sentindo o peito se aquecer. Gostava por demais de ganhar esses abraços apertados e calorosos dela. Isso trazia uma paz tão grande... Gostava por demais de ouvir ela chamando-o de “amorzinho” assim desse jeitinho tão carinhoso, toda manhosinha (igualmente faz quando está se desmanchando de prazer em seus braços). Gostava de saber que era o “amorzinho” dela, e não só apenas um “tio”. Há anos que desejou isso. E hoje, finalmente, seu desejo fora realizado. Finalmente tinha essa garota em seus braços como sua. Sua mulher. — Eu tava louquinho pra ter ver, pequena... Desde quando acordei... — Roçou o nariz no dela, num ato carinhoso, e pôde sentir o delicioso cheiro adocicado de frutas que seus lábios rosados exalavam. Mordeu um deles e depois deu uma sugadinha de leve só pra poder sentir o sabor daquele brilho labial. Gostou. Era gostoso. Era doce igualmente o cheiro. Parecia chiclete de tutti-frutti.
— Era pra eu ter vindo mais cedo, lindo... Mas não deu. A 18 tava em casa. Eu não quis sair e largar ela lá com a mamãe. Eu já tinha convidado ela antes, sabe… Ficaria feio.
— Eu entendo. — Roubou um beijo daquela boquinha doce. — Eu estava pensando em ir lá.
— É sério??
— Uhum.
— Aaaa… Se eu soubesse, teria ficado lá te esperando. Aí, quando você voltasse pra cá, eu vinha também. — Ele sorriu de modo genuíno e a apertou ainda mais contra seu gostoso corpo molhado. Piccolo pegava fogo! Sentiu a calcinha molhar. E de novo! — Humm… Que abraço gostoso.
— Você que é gostosa. Dá vontade de apertar e não soltar nunca mais — confessou baixinho, entre suspiros, enquanto ia girando no eixo, pra que pudesse encostá-la na parede azulejada ao lado. Não queria correr o risco de escorregar com ela no colo e acabar machucando-a. E melhor: teria maior liberdade pra poder tocá-la. Assim que ela sentiu a parede fria se encontrar com suas costas quentes, soltou um suspiro fundo e se agarrou ao seu corpo com toda força que tinha, como se agarrasse à própria vida. Desculpou-se logo de imediato. — Como você acordou hoje? Bem? Não tá sentindo nada de esquisito, não?
— Esquisito??? — ela sorriu sem entender.
— É. — Tipo uns enjoos ou tonturas?! Será que ainda era cedo demais pra ela sentir essas coisas??
— Amorzinho… eu tô bem. Ótima, pra falar a verdade — tranquilizou-o.
Na verdade… Não estava tão ótima assim não. Seu corpo ainda estava meio dolorido. Suas cólicas, vez ou outra, faziam questão de atormenta-la. Teve até sangramento de escape à noite enquanto dormia. Provavelmente iria menstruar mais cedo este mês. Isso não era ruim, pelo contrário. Ainda não tomara pílula alguma. Não foi na farmácia como pretendia. Nem ia mais também. Se ficasse grávida de Piccolo, coisa que duvidava muito, tudo bem. Ele é o amor de sua vida. Não havia problema nisso. O problema mesmo, mesmo, mesmo, era seu pai, que ainda não sabe que estão juntos. E também sua avó. Fora eles… Estava tudo ok. Seus avôs e bisavô eram bonzinhos. Não tinha nem o que reclamar deles. Tinha certeza que eles iriam apoiar seu relacionamento, assim como sua mãe. Sua mãe que, mais cedo, já estava até com umas ideias doidas de trocar os móveis de seu quarto, de solteira, pra um de casal. Achou legal essa iniciativa dela, de mãe que não quer tirar a única cria debaixo da asa, de querer ajudar. Por esse motivo, acabou nem contando nada à ela sobre seu desejo de ir morar sozinha. Sozinha, não! Com o Piccolo! Seu futuro marido!
— E você, amorzinho? — indagou toda sorridente enquanto deslizava as mãos pelos ombros molhados dele com desejo. Sua pele molhada era uma tentação! — Acordou bem? Dormiu bem?
— Sim... Mas poderia ter sido melhor, caso “alguém” estivesse aqui comigo... — Esse “alguém” se desmanchou em risos, toda convencida, e encostou a cabeça na parede azulejada, olhando fixamente pra algo qualquer no teto, deixando seu pescocinho cheiroso e quentinho exposto. Oferecendo-o a si.
Aceitou com gosto!
Conforme sua boca, língua e dentes se ocupava com a pele macia daquele pescocinho tão tentador, sua mão direita ia escorregando por debaixo de sua blusa devagar, subindo por sua coluna, que cada vez mais se alongava sob seu tato. Sua garotinha se estremecia todinha com cada beijo ou toque seu. Ela estava completamente entregue a si. E mais uma vez! Essa menina iria fazê-lo perder o juízo!
Foi ao ouvido dela, que respirava pesado com olhos fechados, e sussurrou:
— Você é uma tentação, garota… Nós não devíamos estar tão próximos assim, sabia?… É tão perigoso... — Mordeu o lóbulo daquela orelhinha bonitinha e puxou pra trás, fazendo-a dar um suspiro fundo e sofrido. Sofreu também. Suas pernas até amoleceram. — Mas quem resiste a uma delícia de mulher assim como você? — gemeu lentamente as palavras pra ela, que sorriu molinha, molinha, vindo procurando por seus lábios atrás de um beijo.
“Delícia de mulher”… Isso a Pan gostou.
— Sorte que está de calça — soprou por entre os lábios dela.
— Deixa eu tirar… — ela soprou de volta com dificuldade e olhos bem apertadinhos.
— Não faça isso, ou então… não responderei por mim — e sentiu umas unhas curtas arranhar seus ombros com força. — Está me punindo? — O balançar de cabeça dela, confirmando, fez com que seus lábios úmidos e quentes roçassem ainda mais nos seus. Isso foi muito gostoso. Essa maldita iria enlouquecê-lo! Ah, se ia! — Se eu pudesse, Pan, me enterrava em você agora mesmo. Mas eu não posso.
— Basta você querer.
— Não é tão simples assim. Tá de dia. Alguém pode chegar na hora e… — Ela fez o tal do beicinho lindo. — Nem tente me dobrar com esse beicinho. — Dessa vez ela fez um choramingo. E choramingo vindo dessa menina… era a coisa mais linda do mundo! Era tentação do capeta! Ele percorreu o seu corpo todinho como uma corrente elétrica violenta. Seu pau reagiu na hora. Esse safado também gostava.
O que fez então? O que qualquer homem louco de paixão faria: tomou a boca à sua frente como sua (o que era!) e começou a acariciar sua língua gostosa com desejo. Sua garotinha logo fez o mesmo. Suas bocas estavam coladas uma na outra como dois ímãs, mas nem se moviam, só suas línguas. Elas dançavam dentro de suas bocas, girando e se enroscando uma na outra de uma maneira muito gostosa, numa dança sensual, erótica, proporcionando-os um prazer imenso. A sua pequena gemia, e bem baixinho, conforme se remexia em seus braços, esfregando o corpo no seu, roçando os peitos macios no seu, ao mesmo tempo que o apertava com as pernas. As mãozinhas suaves dela percorriam sua pele sensível de modo sensual. Gostoso. Elas tocavam tudo o que conseguiam. Tudo mesmo! Até suas anteninhas! Elas as enrolavam nos dedos com calma e gentileza como uma mecha de cabelo. Isso era tão gostoso. A PAN era tão gostosa. O carinho e delicadeza da qual ela tinha para consigo, fazia o sangue em suas veias ferver de desejo. A prova disso estava ereto bem no meio de suas pernas, apontando pra cima, latejando loucamente. Cada remexida que a sua pequena dava em seu colo, a sua bunda gostosa roçava bem na cabecinha dele. Isso era bom, mas ao mesmo tempo ruim: o jeans acabava machucando sua pele sensível. Se ao menos ela estivesse de saia… As coisas seriam bem diferentes...
— Não para, amorzinho, eu quero mais... — Cheia de manha e em completo êxtase, a morena choramingou quando sua boca fora abandonada. Principalmente sua língua, que perdera seu companheiro de dança. O melhor, no caso.
— É melhor pararmos, Pan… nós…
— Só mais um pouquinho… — Sem deixá-lo terminar, agarrou-o pela cabeça e trouxe-o de volta pra sua boca sedenta, pra mais um beijo gostoso, que ele nem fez menção a recusar.
Nunca que ele recusaria!
Dessa vez o beijo foi diferente. Foi “normal”. Piccolo tomou a boca da Pan com volúpia, com agressividade até, enquanto que sua mão firme, emaranhada a uns fios negros e sedosos, segurava-os com firmeza, ditando a melhor posição e intensidade dos beijos molhados. Cada vez que ele girava a cabeça, ele sugava a língua da morena com vontade, e logo depois retomava ao beijo devasso de antes, explorando cada cantinho da boca dela, marcando território, não dando chances à ela de poder respirar. E nem a ele. Naquele momento o ar pouco o importava. Ele só queria poder saciar aquele desejo louco e crescente que tinha da Pan, que já exalava um divino e delicioso cheiro de excitação.
Cheiro que o inebriava.
Cheiro que o excitava.
Cheiro que o fazia querer penetra-la profundamente até senti-la rasgar suas costas num gemido profundo de puro prazer.
O que não podia fazer.
Ainda.
Por isso, quando sentiu a sua boquinha doce e gostosa parar de corresponder aos seus beijos duros, abandonou-a novamente e deixou que a mesma pudesse dar à dona o direito de poder respirar em paz. Sua testa foi logo de encontro à da dela; também estava sem ar. Seus lábios inchados, assim como os dela, exibiam um sorrisinho molinho de satisfação.
— Minha pequena… — balbuciou sem ar — esse teu cheiro de mulher ta me deixando louco. — Os lábios dela se alongaram mais. — Não sei se ter um olfato aguçado é uma bênção ou uma maldição.
— Pra mim é uma bênção — ela respondeu num sussurro. Pan também tinha o olfato aguçado. Ela entendeu perfeitamente bem o que o Namekuseijin quisera dizer com “maldição”. — Eu amo me deliciar com o seu cheiro, Pi. Ele é muito gostoso. — Cheirou o rosto dele que fechou os olhos de imediato. — Delícia...
— Delícia é o seu. — Aproximou do ouvido dela. — Ainda consigo sentir o seu gosto, acredita?… O delicioso sabor da sua... — e finalizou a fala num sussurro. Pan soltou uma risadinha, toda tímida. Suas bochechas ficaram ainda mais coradas. Ficou surpreso com isso. Esta não se parecia em nada com a Pan de minutos atrás. Muito menos com a de hoooras atrás, no meio do mato! Acabou rindo disso. Teve vontade de provocar mais. Porém, não faria. Deixaria pra próxima. E iria fazer isso olhando no fundo de seus lindos olhos. — Minha garotinha… não tô te expulsando... mas é melhor sair. Se alguém entrar aqui no quarto... não há desculpa que nos ajude, por estarmos trancados aqui dentro.
Piccolo se referiu a alguém de fora, porém a Pan entendeu que ele se referia a alguém de casa.
— Tá bom, amor. — Beijou a pontinha do nariz dele com um sorriso doce e, relutantemente, o soltou. — Vou te esperar lá na cama, tá?
— Uhum — concordou com a cabeça e ficou vendo ela ir se afastando devagarzinho, toda rebolante e titubeante, enquanto ia arrumando a roupa e cabelos. Tão gostosa! Sua vontade era de puxar ela de volta pra seus braços e retomar o que pararam. Porém, como não podia, apenas deixou-a ir. Quando ela sumiu de suas vistas, ligou o chuveiro no frio, espalmou as duas mãos na parede à frente, e deixou que a água fria caísse por seu corpo tenso por uns longos minutos. Precisava baixar a temperatura de seu corpo e fazer com que seu sangue retornasse pra seus devidos lugares. Assim que viu seu membro reduzir de tamanho, pegou o sabonete do chão e voltou a ensaboar-se todinho no intuito de tirar todo o suor do corpo.
Era sempre assim: bastava a Pan encostar que o seu coração acelerava os batimentos cardíacos, a temperatura de seu corpo ia lá pras alturas, uma ereção surgia, o desejo de acomodar-se dentro dela tomava seus pensamentos, sua boca queria colar na dela... Enfim, isso sempre acontecia, querendo ou não.
Quando acabou seu segundo banho que secou seu corpo todinho, enrolou a toalha na cintura e seguiu pro quarto pra se vestir. Apesar de querer se perder loucamente nos braços da Pan, não iria fazer. E, não. Dende não tinha nada a ver com isso. Apesar de ele não concordar consigo em relação a continuar mantendo relações íntimas com a Pan, ou melhor, “praticando coisas de casados”, como o próprio enfatizou na mesa no café da manhã, ele prometeu não se intrometer em nada. Ele apenas pediu que redobrasse a atenção quando estivesse a sós com ela pra que não fossem pegos no flagra. Nisso tinha que concordar: seja lá onde estivessem, por um descuido seus, poderiam ser descobertos por meio de seus kis. E isso, era algo que nenhum dos dois gostaria que acontecesse. Foi por esse motivo, e outros, que decidiu, na Sala do Tempo, que só iriam namorar à noite. E duas vezes na semana, já que essa era a melhor maneira de não levantar suspeitas. Infelizmente teria que ser assim. Pelo menos, até o dia em que criasse coragem pra enfrentar seu sogro.
— Meu sogro… — balbuciou num revirar de olhos, rindo das ironias do destino, enquanto ia seguindo pro quarto tranquilamente. — Pan, nós precisamos conversar um pouco so-so-sobre… — gaguejou com os olhos arregalados, bem da porta do banheiro, quase que tendo um taquicardia, quando viu a Pan, deitadinha de ladinho em sua cama, de costas pra si, só de blusa e calcinha, mexendo no celular bem tranquilamente. — Que que é isso, Pan?!! Tá louca?!! Se alguém entra aqui e te vê assim?!! — Seus olhos foram atraídos praqueles dois montes redondos de fora com uma bela calcinha branca, que jurava não ter nem a largura de um dedo!, enfiada no meio deles. Precisava disso?! Precisava pirraçar desse jeito?!! Seu pau, que dormia como um bebê, acordou aos berros. Desesperado! Argh!!! A Pan e essas suas calcinhas minúsculas tiravam seu juízo!! Cada uma mais bonita que a outra! Cada uma mais tentadora que a outra! Como é que ela conseguia usar essas roupas tão cavadas assim? Será que não machucava seus tesourinhos lindos, não? — Pan!! — gritou, e ela nem olhou! Nem moveu um centímetro! — Não se faça de surda, garota!!!! Por quê tá nua assim!??
— Relaxa, Pi… eu tranquei a porta... — Pan agiu tranquilamente. Era como se estivesse em seu próprio quarto. — E eu não sou surda não, tá? Nem louca. Nem tô nua. O que que você ia me dizendo mesmo?
— Não mude de assunto! Por que tá assim? Por acaso se esqueceu de onde tá? Perdeu o juízo? — Apertou o tecido felpudo da toalha por entre os dedos com força pra acalmar a tremedeira das mãos e pernas, e se aproximou mais, bem devagarzinho, e muito ressabiado. Conseguiu enxergar umas marcas na bunda dela. Era obra sua! No momento em que a fodia de quatro, acabou apertando demais suas carnes fartas. Tinha a do beliscão também! — Olha pra mim, Pan! E vista-se logo, antes que te vejam assim! Já pensou se …
O Namekuseijin estava palpavelmente nervoso. E a morena… bem, ela estava tranquilíssima. Ela simplesmente deu uma risadinha maliciosa em resposta a ele e depois rolou na cama.
Pan rolou naquela cama de lençóis claros de modo sensual, ficando de bruços, sobre uma roupa impecável, com seus pezinhos sacudindo no ar, olhando fixamente pro Namekuseijin só de toalha como uma predadora. Contemplando a bela visão que, até então, só tinha em sua imaginação fértil. Na cabeça dela, a ideia de bater uma foto de toda aquela gostosura verde só de toalha parecia maravilhosa. Ela só não ia inventar de fazer isso, porque sabia que o grandalhão gostosão iria fazer seus olhinhos brilhar, queimando por fim seu aparelho celular. Ele já havia feito isso uma vez, quando a flagrou batendo uma foto dele sem autorização.
— Por favor, Pan… me responda… — choramingou ele, já rendido, e passando as mãos pela cabeça suada — Por que me provoca desse jeito?
— Porque eu queria que visse minha calcinha nova!
— C-como? — engasgou-se com a saliva.
— É! — Jogou o celular pro lado e rolou novamente naquela cama macia, sob uns olhares curiosos, ficando de barriga pra cima. Flexionou uma das pernas e começou a brincar com a alça da calcinha. — Você gostou, amô?
— Eu-eu… — “Claro que gostei!! E adoraria arrancar ela com os dentes!!!”, pensou, inerte. Ah, desgraça! Seu plano de SÓ CONVERSAR com a Pan foi por água abaixo! Não ia conseguir isso! Não ia! Não ia! Como fora ingênuo de achar que poderia ter uma conversa séria e civilizada com ela em SEU QUARTO! É CLARO que ela não ia cooperar! É claro! — Qu-que cê tá fazend… — balbuciou ao ver a maldita diabinha fazendo movimentos graciosos com o corpo em sua cama conforme brincava com a alça da calcinha. Ela estava murmurando uma música qualquer e… dançando sobre seus lençóis!!! Os movimentos que seus quadris largos faziam eram… surreais. Sua barriguinha exposta… seu umbiguinho minúsculo... suas coxas torneadas... Ahhh… já tava até vendo ela de topezinho, véu, saia longa com corte na lateral e um cinto cheio de penduricalhos, dançando a belíssima Dança do Ventre para si, sob a luz das estrelas e de uma fogueira crepitante, com uma música de fundo bem típica. Isso seria um sonho realizado.
O Namekuseijin tava babando pela “maldita diabinha”. E não era só pela boca não.
A “maldita diabinha” vendo o estado de choque em que o Namekuseijin se encontrava, deu uma risada alta e gostosa, achando-o um fofo. Ela não imaginou que ele fosse cair em sua brincadeirinha. Sim, brincadeirinha. Os motivos que a levaram a se despir assim foram outros...
— Relaxa, amô. Tô brincando. Eu só tô assim porque minha calça molhou quando nos abraçamos. Olha pra minha blusa… dá até pra ver meu sutiã. — Ergueu um pouco o corpo e se arrastou pra trás até encontrar a cabeceira da cama. Ajeitou o travesseiro nela e logo recostou-se. Encarou seu amado, que parecia ainda estar processando tudo aquilo, e murmurou: — Também... não foi só por isso que tirei a calça, não...
— Foi por quê? — ele perguntou de súbito.
— Porque tava machucando meus joelhos. Eles tão dodóis.
Piccolo rapidamente desviou seus olhos da carinha de inocente da Pan e os fixou em seus joelhos. Nessa hora ele viu que os joelhos dela estavam mesmo ralados.
— Foi de… ontem? — deduziu que sim. Os seus também estavam um pouco. Foi até ela a passos apressados pra poder analisar logo esse machucado. Se ela estava machucada, precisava acudi-la. E rápido! Ao sentar-se na beira da cama, ouviu uma risadinha dela. Ligou logo os alertas: essa garota não dava ponto sem nó! Levou a mão até o local ralado e, quando tocou de leve, ela deu uma vaciladinha. — Dói muito?
— Um pouquinho. Passei um remedinho até, mas…
— Deixa eu cuidar disso. Sou mais eficaz.
— Não é só aí que ta dodói, não.
Pan falou com um beicinho e uma expressão de moça pura, inocente. Coisa que Piccolo sabia que ela não era! Visto que ele vira, embasbacado, ela engolindo seu membro pela boca com perfeição. E pela boceta, então? Vish! Nem se fala!… Cada estocada funda que ele dava, ela gemia alto e pedia mais! Piccolo até que tentou segurar o riso, apertando os lábios com força e tudo mais. Porém não conseguiu.
— Onde é? — Já sabia onde era! Seus olhos só fizeram seguir com atenção o movimento calmo e suave da mão dela, que ia deslizando por seu corpo, indo em direção ao meio de suas coxas. “Aqui”, ela disse o olhando no fundo dos olhos e em seguida mordeu o lábio de baixo com força.
“Aqui” onde??? Dentro da boceta??? Ou fora??? Precisava descobrir! E ver!!! Até gritou em pensamento pra que Kami-Sama e Neil fechassem seus olhos.
— Deixa eu ver, que eu faço sarar logo, logo. — “Primeiro meus joelhos”, ela pediu. — Uhum. Primeiro os joelhos... — Dessa maneira, concentrou sua energia neles.
Poderia direcionar sua energia pro corpo dela todinho e assim sará-la de uma vez só? Poderia, claro. Mas iria fazer? Nãaao. Por quê? Porque não iria jogar fora a oportunidade de ver e tocar a sua “pequena Panzinha”. Como não iria poder comê-la, queria, pelo menos, vê-la. E tocá-la também. Nem que fosse só um tiquinho, pra, depois, deliciar-se com seu aroma inebriante e sabor deliciosamente viciante.
— Pronto. Já terminei aqui. — Com a cabeça ainda abaixada, levantou o olhar pra ela, que o olhava intensamente com uma cara de arteira. Voltou o olhar pra baixo, e viu um pedacinho de sua linda marquinha corada adornando a coxa dela. Que coisa linda. Desviou os olhos dela e fitou o que estava bem guardadinho sob o tecido branco de algodão. Acabou engolindo seco: o tecido estava tão coladinho em sua pele que permitia visualizar perfeitamente o formato de sua vulva. Ela era tão bonitinha. Parecia até um coraçãozinho de ponta cabeça. “Um coraçãozinho guloso”, pensou maliciosamente. Foi com a mão até ele e, antes de tocar, achou melhor “avisar”. — Posso?
— Pode, amor — respondeu baixinho. Quando sentiu a mão quente dele pousar em seu púbis, por cima da calcinha, sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo por inteiro. Isso se refletiu lá no meio de suas coxas. E lá já estava tão encharcado... Quando notou que ele ia puxar a calcinha pra baixo… — Ei?? Não pode ver. — Piccolo olhou pra seu rosto com cara de espanto, depois olhou pra sua calcinha, e por último pra seu rosto. — Não pode — enfatizou com um balançar de cabeça.
Ele ficou indignado.
— Por quê??? — Por que não, se ela mesma dissera que “ela” era toda sua? Ia chorar!
— Porque não é necessário. — Retirou a mãozorra dele de seu púbis e impulsionou o corpo pra frente, sentando-se, logo ficando de joelhos. Foi até ele engatinhando de modo sensual, como uma felina. O que era! Quando montou em seu colo, sentiu as mãos dele agarrar sua bunda com força e arrastar-la pra mais perto, encaixando-a no lugar que mais o agradava. Ele ainda fez questão de pressionar sua ereção dura contra sua intimidade. Filho do pai!…
— Você me enganou. — Foi uma triste constatação.
— Você acha? — Envolveu os braços em volta do pescoço dele, que afirmou com a cabeça à sua pergunta, e ficou alisando a parte de trás de seu pescoço suado, achando uma gracinha seu beicinho. Parecia que ia chorar. Oh… — Tadinho do Sr. Piccolo... — Colou os lábios nos dele e ficou dando vários beijinhos estalados, até aquele beicinho sumir. Depois, foi ao ouvido dele e sussurrou: — Estamos quites.
— Você… — e parou. Agora entendeu! Como não deixou ela tocar em seu pau, ela não deixou ver sua xoxota! — Sua…
— Sobre a “dor” é verdade! — interrompeu-o antes de ser xingada. — Mas não é com poder que ela vai sarar, não.
Pan piscou um olho pra Piccolo, que até fechou os olhos por alguns segundos, visualizando esse outro jeito de “curá-la”, que consistia com estocadas fundas e ritmadas até fazê-la transbordar de prazer. Ele até riu disso, achando uma ótima ideia.
— Que você vai fazer agora, lindo? Tem algum plano? Conversar, não, por favor. — Pan fez até uma carinha de pidona. Não tava a fim de conversar naquele momento. Poderiam fazer isso mais tarde… quando ambos já estivessem saciados de tanto fazer amor.
Piccolo tombou a cabeça prum lado e ficou encarando a parede por alguns segundos. Depois, sorriu de modo malvado e respondeu à pergunta.
— Tenho, sim.
— Tem? — Pan até se remexeu naquele colo, querendo um encaixe mais que perfeito naquela gostosura dura sob a toalha, pra que pudesse aliviar sua “dor”. Seu amorzinho até ofegou. — E… por acaso… eu faço parte dele?
— Depende. — Deu uma espiadinha no lindo bumbum desnudo em seu colo. Encantou-se: ele era ainda mais apetitoso na claridade. Agarrou-o sem hesitar e ficou deslizando as mãos sobre, louquinho pra enchê-lo de beijos molhados e mordidinhas.
— Depende de quê, lindo? — Pan o tirou de sua contemplação.
— Hmm... — Também queria provocá-la. Sabia que tinha pensamentos impuros naquela cabecinha. Sua carinha maliciosa era a prova viva disso!
— Fala, amorzinho lindo.
Pan insistiu. Piccolo não respondeu, só riu de modo zombeteiro, enquanto acariciava umas certas nádegas que tinha em seu colo. Essa falta de resposta deixou a morena desesperada. Ela só estava esperando que ele dissesse que o plano era comê-la, para que assim pudesse arrancar logo a roupa e consumar o ato.
— Fala, Pi!!! Não enrola, poxa!!! — Irritada, ela deu umas reboladas violentas naquele colo, fazendo ele gemer alto:
— Não faz uma coisa dessas, garota!!! — grunhiu com dificuldade e apertou aquela bunda com força, pra que parasse com aqueles malditos rebolados provocantes.
— Depende de quê?!?!
— Se você vai querer! — soltou uma risada descarada por ver os olhos dela brilhar. Essa garota era uma safada mesmo! E como gostava disso!!!
— Se eu vou querer???… Huumm… — maliciou — Quanto mistério, amor… Adoooro... — Sentiu um arrepio gostoso subindo pela coluna. Sua intimidade até latejou em expectativa. Os apertos de cobiça que estava ganhando na bunda parecia até algum tipo de sinal de que iria ter de ficar de quatro naquela cama. Não se importaria nem um pouco de ficar de bunda pra cima naquela claridade toda com dois olhos curiosos secando suas intimidades! Ficaria com muito prazer! Não levando no cu, tava tudo okay! Tocou o lábio inferior de seu amado com o polegar e ficou deslizando suavemente, espalhando a umidade que havia nele, louquinha pra dar uma mordia. Morder era algo que amava fazer. Aproximou do ouvido de seu amor e sussurrou a pergunta: — O que vai fazer, lindo?
— Comeerr — ele falou de um modo arrastado, e isso atiçou ainda mais o fogo da morena.
— Comer o quê???
Piccolo foi até o ouvido da Pan e soprou:
— Co…mi…da... Não almocei ainda.
— Ahn???… Comida???… — A cara de frustração que a Pan fez foi a coisa mais fofa que Piccolo achou. — Cê tá sem almoçar?? — Ele confirmou. — Sério?… Poxa… Não sabia… — Inclinou a cabeça pro lado, toda murchinha, e fixou os olhos no pescoço dele, na marca do chupão que dera enquanto transavam. — Pensei que fosse outra coisa. — Foi até aquela marquinha e beijou-a carinhosamente.
— Pensou que fosse o quê?
— Eu. — Curta e direta.
— Você? — Ela sacudiu a cabeça que sim. — Humm… Mil vezes melhor que comida, sabia? — Até mordeu o lábio de vontade. Por Deus! Como queria isso! E estava tão fácil: era só puxar aquela calcinha pro lado e expor sua ereção. Mas não podia. Ainda. Tinha que conversar umas coisas com ela ainda. O momento também não era adequado. Se fosse à noite, faria, sim. — Eu te quero tanto quanto você, minha pequena. Mas não podemos. — Ela logo resmungou com um beicinho enquanto brincava deslizando as pontas dos dedos sobre a linha avermelhada em seu ombro. — Agora não podemos, Pan.
— Podemos, sim.
— No mome… — Ela aproximou de seu ouvido e disse bem baixinho, como num segredo:
— É por causa do chato do Dende? Amor, não se preocupe, ele nem vai saber que a gente tá namorando: a gente não vai fazer barulho.
Essas palavras sussurradas mexeram com os sentidos do Namekuseijin.
— O Dende não tem nada a ver com minha decisão — falou sorrindo como um bobão apaixonado e tentando manter os olhos abertos. Uma tarefa im-pos-sí-vel!
— Então podemos. — Sorrindo, foi até os lábios dele, que insistia no não, e ficou roçando os lábios entreabertos neles. Suas mãos já acariciavam a pele de seu amado com amor, descendo por seu peito liso e duro como uma rocha bem devagar, arranhando-o às vezes, mas bem suavemente, pois não queira machucá-lo, só provocá-lo. E ele… ele se deixou levar por seus carinhos. Vez ou outra, apertava suas coxas; afundava as unhas em sua pele; mordia seu lábio inferior com carinho; escorregava uma mão sob a alça de sua calcinha e agarrava sua bunda com desejo; atrevia a encaixar o dedo médio entre suas nádegas como se quisesse descer à sua boceta, ou… outro buraco, não sabia exatamente, porém não iria reclamar. Depois, voltava pra suas coxas e pros apertos de antes... O fato era que, quanto mais o acariciava, mais ele se entregava. No momento que chegou em sua barriga, escutou sua respiração falhar e seu abdômen se contrair sob seu toque. Ele sentia cócegas! Aaah… — Meu amorzinho sente cócegas na barriga? Own, que fofo… Não sabia… — falou num tom carinhoso, e seu amor riu baixinho, todo tímido. Que bonitinho, né? Deixou um beijo carinhoso em sua bochecha e, mais que depressa, continuou com sua exploração, determinada a fazer uma massagem bem gostosa nele. Quer dizer, naquele pau, que latejava em ansiedade sob sua bunda. Seu amorzinho estava excitado por demais. Precisava ajudá-lo. Nem que fosse na marra.
Mesmo na melhor das intenções, a morena foi barrada. Quando ela chegou onde a toalha se encontrava bem presa que foi puxar pra descobrir o colo do Namekuseijin, ele a agarrou pelos pulsos com firmeza e a impediu de prosseguir.
— Me deixa, amorzinho...
— Não faça isso, Pan.
— Deixa? — insistiu, tentando livrar os pulsos. — Olha como você tá.
— Não. Por f…
— Shhiii, gatinho — interrompeu-o.
— Shhiii, você, gatinha.
— Miaauuuuuuu.
Esse miado logo e dengoso arrancou uma boa risada do Namekuseijin, que já ajeitava os braços da morena em volta de seu pescoço, que por sua vez tentava se soltar a todo custo.
— Que gatinha teimosa. Não adianta insistir. — Firmou os braços dela no lugar, ficando sério logo em seguida.
— Nossa, como você tá chato hoje. Nem parece aquele Namekuseijin malvado e devasso que tinha no meu quarto ontem… — mesmo resmungando, deitou a cabeça em seu peito nu.
Piccolo abraçou o corpinho de sua garotinha e ficou afagando suas costas. Logo ela relaxou em seu colo.
— Amorzinho — chamou baixinho, se derretendo toda com a carícia que recebia —, janta lá em casa? E dormir também... Se quiser.
Um pedido tão gentil que fez o Namekuseijin hesitar. Ele queria ir, mas temia.
— Obrigado pelo convite, Pan, mas não posso.
— Por quê? — Se afastou pra poder entender melhor o porquê da recusa, visto que ele não estava ocupado com nada.
— Eu não vou conseguir ficar tanto tempo perto de ti sem te tocar, sem te beijar, sem sentir o calor do seu corpo. O seu cheiro gostoso.
— Mas nós podemos, quando todos dormirem.
— Aí que tá o perigo! Nós vamos passar dos limites e acabar dormindo juntos. Imagina se formos pegos?
— Não iríamos mais precisar esconder o nosso amor!
— Minha pequena, as coisas não são tão simples assim como pensa. Se isso acontecer, piorará ainda mais a nossa situação. Principalmente a minha. Gohan vai me odiar pro resto da vida. Ele nem vai querer ouvir as minhas explicações, os meus planos. Eu...
— Planos?? — ela interrompeu curiosa.
— Sim.
— Então era isso que tava fazendo na Sala do Tempo??? Planejando “coisas” pra nós dois???
— Sim — afirmou com a cabeça, pensando na possibilidade de haver uma segunda pessoinha híbrida em seu colo. — Mas ainda estão em fase de desenvolvimento, portanto não me pergunte nada, pois não irei dizer. — O gemido de frustração de sua amada arrancou mais uma risada sua. Se continuasse assim, iria ficar com a barriga doendo!
— Poxa, amô, conta aí.
— Não. — Enfatizou num balançar de cabeça e, quando viu que ela ia abrir a boca pra indagar de novo, retirou-a de seu colo e devolveu-a pra cama. Não queria contar nada à ela ainda: seus planos envolviam muitas coisas, inclusive um bebê! Por isso, preferia esperar pelo momento certo. Era mil vezes melhor. — Eu vou me vestir agora e… E ir almoçar. Conversamos depois, tá bom? É até melhor... podemos ficar lá fora… tomar um ar fresco... — Ajeitou a toalha na cintura pra que a mesma não caísse e ficou de pé. Foi até seu guarda-roupa a passos calmos e pegou uma roupa de baixo. Após vesti-la, voltou à cama, onde sua pequena se encontrava de cara fechada, para vestir o resto, que estava debaixo dela. — Você já almoçou?
— Já. — Feito uma condenada!
— Quer almoçar de novo? Comigo? — Como num passe de mágica, a expressão carrancuda dela se suavizou. Ela tombou a cabeça prum lado e ficou olhando pro teto, com um biquinho torcido, como se pensasse na resposta. Achou isso muito bonitinho. Deu vontade de morder aquele biquinho. — Não pense. Vamos. Se você quiser, claro. — É claro que ela queria. Era uma híbrida Saiyajin, neta de Goku!
Pan sorriu toda tímida: quando estava em sua casa, comia mesmo igual à uma condenada e não tinha vergonha nenhuma. Porém, na casa dos outros, era diferente.
— É só um pouquinho — e mostrou com os dedos o tantinho que queria —, senão vou ficar igual ao Boo.
— Impossível! — Nem se estivesse grávida de gêmeos!
— Vai pensando vai… De ontem pra hoje, acho que já ganhei uns dez quilos! — E escutou a risada alta e dele, incrédulo, que ajeitava seu pau meia-bomba dentro da box. Ficou observando esse ato, hipnotizada, e começou a sentir a boca salivar de desejo. Não só a boca. Sua intimidade também. Sua calcinha estava tão úmida que, além de incomodar, a deixava ainda mais com tesão. As lembranças de “tuuudo aquilo” preenchendo-a por completo só piorava a situação. “Ai, Pi! Me come logo!!! Não me deixe passar vontade, não!! Eu tô aqui em chamas!!”, gritou internamente, desejando que fosse ouvida. — Meu Deus… tenha piedade de mim… não vou resistir… Isso é castigo, só pode… — soltou baixinho, quase que num murmúrio. No mesmo instante, escutou um pigarrear do “sr. ouvidos apurados”. Quando levantou o olhar pro rosto dele… pra seus olhos… seus malditos olhos maliciosos que mais pareciam duas ônix pretas... viu o mundo à sua volta parar. Um arrepio gostoso percorreu-lhe o corpo por inteiro, contraindo-lhe por último o baixo ventre. Quase que gozou! Filho da puta gostoso! Isso era golpe baixo! E pra quê sorrir assim de cantinho desse jeito tão descarado, expondo só a pontinha do canino??? Se ele soubesse o quanto que ficava sexy sorrindo assim… Não sorriria pra mais ninguém! Nem pra macho! Nem pra fêmea!
— Menina, menina... — ele murmurou rindo.
— Desculpa, amô... Só pensei alto demais — deu uma risadinha amarela no final.
— Quer tomar um banho? Frio? Eu pego uma toalha limpa pra você…
— Não. Não é necessário — cortou-o desviando os olhos para seu aparelho celular, ao lado, que vibrava e apitava com a chegada de uma nova mensagem. Resolveu ver. Quem sabe não conseguia tirar aqueles pensamentos de sexo da cabeça? Pelo visto, seu amorzinho não tava a fim de afogar o ganso hoje. E que pena! Tava doidinha pra quicar naquele colo. Desde cedo que tava devaneando com essas cavalgadas... Até sutiã com fecho frontal colocou, pra não ter perigo de perdê-lo e depois ficar com as tetas de fora...
Suspirou fundo, frustrada, mas, quando viu que as mensagens eram da Bra, logo se animou. Quem sabe não era alguma bobagem pra fazê-la rir, como mais cedo, como quando ligou pra perguntar se já estava pronta pra ir visitar o “Sr. Pirocudo”?
Não era.
— Amorzinho… — chamou toda manhosa, meio receosa pelo que iria dizer. — Eu… Eu vou dormir na Bra... tá?
Piccolo franziu o cenho, desconfiado.
— Por quê?
— Aaaa… Tem um tempinho que a gente não se vê e não se fala direito… Ela me convidou ó... — Mostrou a mensagem a ele, mas bem rapidinho, pra não ter perigo de ele ler as outras, relacionadas à noite que tiveram. — Quando eu vou lá, fazemos brigadeiro de panela… pipoca... tomamos refri… e… Assistimos filmes… pintamos as unhas… conversamos...
— Conversam sobre o quê? Posso saber? — o Namekuseijin interrompeu cruzando os braços, um tantinho curioso.
— Sobre coisas de mulher! O que mais poderia ser? — Fez um gesto tão exagerado com as mãos que quase acertou um de seus olhos no processo.
— Coisas-de-mulher... Sei… — repetiu num tom de escárnio enquanto ia se sentando na beirada da cama pra poder vestir sua típica calça roxa que, magicamente pousou em seu colo, toda amassadinha.
Sabia muito bem sobre o quê elas iriam conversar. Ou melhor, fofocar. Se bem conhecia essas duas doidas, sabia que elas não iam conversar sobre assuntos relacionados a moda, cabelo ou trabalho. Elas iam passar a madrugada todinha conversando sobre assuntos proibidos para menores, enquanto iam se entupindo de porcarias doces.
Como sabia disso? Bem, em todos esses anos, já aconteceu de ir dormir lá na casa de Gohan justamente na “noite do pijama” da Pan. Aí, era a noite toda escutando, e sem querer, os cochichinhos da Pan, Bra e Marron, no quarto, enquanto se entupiam de porcarias. Às vezes, elas levavam essa festinha pra sala. E quando isso acontecia… Senhor... Não podia nem passar perto, que era grito de menina cobrindo o corpo pela falta de pano (Bra), outra o chamando de tarado e curioso (Marron), e outra sorrindo mansinho e vindo em sua direção com um baby doll curto que não tapava nem a volta da bunda direito, convidando-o a juntar-se à elas (Pan, claro!). Das três, ela era a única que não se incomodava com sua presença. Ela sempre vinha até si com um sorriso largo estampado no rosto, trazendo um chocolate ou marshmallow, pra si, e o obrigava a sentar num dos sofás junto à ela. Às vezes, ela se sentava no chão, por entre suas pernas, sobre uma almofada, e pedia que trançasse seus cabelos (a boxeadora, no caso, que aprendeu a fazer por insistência dela!). Segundo ela, suas amigas não sabiam fazer e acabavam por encher seus cabelos finos de nós. Verdade ou não, não sabia. Só sabia que adorava trançar os cabelos cheirosos da Pan. Dava trabalho fazer essa bendita trança em seus cabelos curtos, mas fazia com gosto. E também porque, ela, propositalmente ou não, sentava sobre suas próprias pernas e encaixava as mãos por entre as coxas. Esses movimentos sempre faziam com que uma das alças finas de sua roupinha de dormir escorregasse por seu ombro e desse uma visão privilegiada de seu seio farto alvinho. Suas mãos chegavam a tremer nessas horas, de vontade de escorregar pra dentro daquele decote e acolher aquela linda esfera de carne com carinho, pra poder sentir sua maciez, e poder brincar com seu lindo biquinho que quase sempre se mostrava eriçado sob o tecido. Quando terminava a trança, ela se virava de frente pra si com a maior cara de diabinha e o agradecia com um beijo carinhoso na bochecha. Depois, se juntava às outras em frente à televisão, deixando-o assim sozinho no sofá, impossibilitado de levantar devido a uma ereção dolorida. Tempos bons eram aqueles. Tinha saudades. Até dos cochichos e risadinhas de sua pequena nas madrugadas tinha saudades.
A palavra cochicho fez com que o Namekuseijin ligasse os alertas: se ele conseguia ouvir as meninas conversando e zoando na casa de Gohan, na casa da Bulma alguém também poderia. E se alguém escutasse a conversa delas e depois contasse pro Gohan? Não ia ser nada bom! Iria estragar todos os seus planos. Iria ser jurado de morte.
Sim, iria mesmo! Iria tudo, mas não iria proibir a saída de sua pequena, que permanecia sentadinha sobre seus pezinhos, o olhando, esperando por seu consentimento pra poder ir dormir na casa da amiga. Ela nem se mexia. Parecia uma boneca.
Encarou seu rostinho lindo por alguns segundos. Isso fez com ela desviasse os olhos, envergonhada. Engraçado isso.
— Pode ir tranquila pra lá, Pan, eu não a proíbo. Você é livre para fazer o que quiser. Ir onde quiser. Contudo, cuidado com o que vão conversar, alguém pode ouvir. — Ela arregalou os olhos e até se remexeu no lugar. — Eu já sei que contou à Bra sobre nós dois.
— Como???
— Não importa como eu descobri. Só não conte mais a ninguém, certo?
— Quem foi que te contou?
— Não importa. — Ela fechou os punhos com raiva e socou a sua cama antes de soltar:
— Foi ela, não foi? Ah, Bra!… Vou cortar a sua língua!
— Já disse: não importa... E… não corte a língua da Bra, não foi ela — pediu calmamente. — Ah... Por favor… não use daqueles pijaminhas curtos, tá? — Ela logo o olhou esquisito. Só faltou botar as mãos na cintura e obriga-lo a abrir o bico!
— Por quê???
— Porque sim! — Porque não queria que o Trunks ficasse a olhando e muito menos a cobiçando. Porque não queria que ele ficasse babando por sua beleza estonteante. Porque não queria que ele a visualizasse de pijaminha curto enquanto estivesse trancado em seu quarto num momento íntimo de puro prazer! (coisa que já fizera algumas vezes em momentos de puro desespero e insanidade!).
A morena nem perguntou mais nada. Aliás, ela deduziu que fosse ciúme. Ela notou o quão desconfortável Piccolo ficou, quando o encarou por alguns segundos, esperando por uma explicação.
Ciúme. Disso a Pan gostou de saber. Isso aumentou o seu ego. Fez ela se sentir a mulher mais amada do mundo. Em vista disso, ela jogou o celular prum lado e deu um pulo da cama pra cima do Namekuseijin toda contente, dizendo o quanto que o amava e distribuindo um monte de beijinhos pela face dele, que adorou receber toda aquela atenção e carinho.
Depois de deixar ele de pau duro, o que aconteceu de verdade, ela levantou do colo dele e foi em direção de sua calça na qual havia deixado pendurada numa cadeira, aos pés da cama, próximo à janela, para que a mesma pudesse pegar um pouquinho de luz e, quem sabe, secar um pouco. Após pegá-la, ela girou nos calcanhares e seguiu rumo ao lugar que estava antes. Dessa maneira, quando passou na frente do Namekuseijin, que a todo tempo a observava, só sentiu ele agarrar sua cintura e estalar uma palmada não muito fraca em sua bunda. Isso a assustou. E a irritou.
Quem não?!
— Porra, Pi!!! Isso dói, caralho!!! — O fuzilou por cima do ombro, sem nada entender, se corroendo de raiva. Olhou pra sua bunda, e lá estava a bela marca vermelha que sempre sonhou em ganhar. Porém, não dessa maneira!
— Da próxima vez que passar rebolando assim na minha frente, vai levar outra mais forte. — Piccolo falou pausadamente, com um semblante sério.
— Eu não tava rebolando! — soltou nervosa, já esfregando o local ardido.
— Tava sim. Passou bem aqui, na minha frente, pertinho de mim, toda exibida, rebolando a bunda pra mim, me provocando. — Empurrou aquela mãozinha pra longe e, com a mesma mão que a marcara, começou a acariciar a pele macia da sua amada, completamente apaixonado. Apaixonando pela marquinha corada que fizera. Jamais imaginou ser tão satisfatório e tão excitante contemplar uma marca de palmada assim. E tão de perto. Como queria fazer mais disso.
— Amor, você tá vendo coisas!!
— Tô sim. E ele é lindo... Gostoso... — Inclinou o corpo mais pra frente e só parou quando se viu cara a cara com aquele bumbum. Cheirou-o com intensidade e depois começou a roçar os lábios entreabertos nele, em sua carne macia. O volume que tinha na virilha se enrijeceu ainda mais. Ele também queria roçar naquela bunda. Roçar, não! Esfregar. Esfregar com força e espalhar sua “baba” nela todinha. Encaixar por entre aqueles montes e brincar um pouquinho de vai e vem. Escorregar sob a calcinha e afundar no buraquinho mais encharcado e mais delirante que teve o prazer de conhecer na vida. Depois de sua boquinha doce, claro. — Aahh minha pequena... você me excita de todas as formas… — saiu quase como um sibilo. — Por favor… veste logo essa roupa e me espera lá fora. Prometo não demorar muito.
— Por quê? — Pan fingiu não entender. Ela queria que ele dissesse o porquê. Ela queria ouvir.
— Por favor, Pan... chega de tantos porquês por hoje.
— Você me quer, não quer? — Ele confirmou com a cabeça devagar e deu uma lambia generosa em sua pele, saboreando-a, excitando-a ainda mais. — Amorzinho... pra quê se martirizar tanto? Vamos aproveitar esse momento, essa oportunidade que temos. — Pressionou a bunda contra os lábios gostosos dele e empurrou a mão que estava sobre sua barriga pra baixo, para que tocasse em seu sexo. — Vamos fazer amor agora?
— Nós não podemos fazer isso agora, Pan. É perigoso. Corremos o risco de sermos pegos.
— O perigoso é mais gostoso, Pi.
— Eu sei. Mas precisamos tomar mil cuidados com isso. Loucuras podem trazer sérios problemas.
— Fodam-se os problemas! As consequências. Por mim, o mundo pode acabar agora mesmo!
— Não diga isso.
— É sério, Pi! Nada mais me importa nesse mundo louco e doentio além de você. Você é a pessoa mais importante na minha vida. Você é o meu tudo. Minha razão de viver. Eu quero estar contigo pra sempre. Fazer mais loucuras. Como as de ontem, por exemplo.
A morena começou a rir, e o Namekuseijin logo a acompanhou.
— Aquilo de ontem foi... Foi uma loucura mesmo. Foi maravilhoso — confessou. — Eu custei a dormir ontem, só lembrando de você. De como você me deixou louco. Satisfeito. — Sua mão direita subia e descia pela coxa de sua amada devagar, sentindo cada pedacinho dela, cada arrepio que a tomava. — Eu até sonhei contigo. Quando eu acordei hoje, a primeira coisa que eu vi foi a sua roupinha de boneca. O primeiro cheiro que senti foi o seu. A primeira coisa que eu desejei hoje foi você, Pan. Eu me arrependi de não ter trazido você pra cá.
— Você queria ter passado a noite comigo mesmo? de verdade? — aumentou o sorriso.
— Claro que queria.
— Eu também, amor. — Fechou os olhos e tombou a cabeça pra trás em devaneios, quase que na pontinha dos pés, sentindo a gostosa pressão que os dedos dele faziam involuntariamente em seu clitóris. — Eu iria amar dormir abraçada a você, Pi. Acordar do seu lado. Sentir seu corpo quente junto ao meu. Sentir o cheiro da sua pele. Me sentir dentro do seu abraço. Ouvir sua voz pertinho do meu ouvido. Sentir sua boca quente percorrendo a minha pele. Sentir você dentro de mim, me fazendo sentir as melhores sensações do mundo. Me levando ao paraíso.
— Shhhiii... não me fale essas coisas, não...
— Por quê? Você quer fazer isso agora? — Mordeu o lábio satisfeita. Jogou sua calça no chão e agarrou seus seios por cima da blusa, acariciando-os e apertando-os com força, dando-se um certo alívio. Seus mamilos até doíam de tão excitada que estava. E a boca quente do Namekuseijin era o alívio que necessitava pra essa dor. — Você quer me comer gostoso aqui dentro do seu quarto, amô? Na sua cama?
— Shi! Fecha essa boca! — ele rosnou.
— Não posso, meu amor… — Roçou ainda mais o bumbum na cara de seu amado e deu uma espiadinha nele por cima do ombro. — Eu amo te provocar. Amo ver você assim tão… tão meu. Amo ver esses seus olhinhos miudinhos. — Ao dizer isso, os olhos dele se direcionaram pra si. Ficou com dó. Os olhos dele estavam tão apertadinhos que quase que não se mantinham abertos. — Olha que lindinho eles são. Parecem duas ônix pretas. — Tocou-o na face e fez um carinho gentil. O que fez ele fechar os olhos de vez.
— Você parece até uma súcubo... Fica me seduzindo… E eu… não consigo evitar. Eu sou um fraco — constatou num sorriso molinho e abriu os olhos novamente, para que pudesse continuar com sua contemplação. Estava de quarto por essa Saiyajin. E não sabia se isso era bom ou ruim.
— Eu tô te seduzindo, Pi? — indagou num tom malicioso e, sem hesitar, puxou a barra da blusa pra cima até na altura dos seios, expondo suas costas pra ele.
O Namekuseijin chorou, literalmente.
— Por Deus, Pan… você tá me enlouquecendo. Não judia de mim assim… Eu… — sua voz falhou, e sua boca aproveitou o momento pra saboreá-la novamente. Sua mão automaticamente fora atraída pras costas nuas da sua garotinha amada, subindo e descendo por sua coluna, apertando com desejo suas carnes macias na qual modelada seu corpo bonito. — Minha menina… eu te quero tanto, mas tanto… — gemeu entre beijos — Acho que… Não... Não posso... Vão nos ouvir.
— Ninguém vai nos ouvir.
Piccolo deu um sorrisinho de canto de boca em meio às lágrimas.
— Vão sim, vão sim, e sabe por quê?… Porque eu quero fazer você gemer alto. Gritar alto enquanto me sentir profundo, violando esse seu lindo corpo... — Escorregou os dedos sobre aquela calcinha macia e só parou quando achou a entrada úmida de seu paraíso — Violando essa sua linda bocetinha tão gostosinha e apertadinha. Eu quero ver você se contorcer sob os meus toques e beijos, garota. Eu quero extrair tudo de você. Tudo! — encerrou a fala sentindo as batidas fortes dentro do peito, visualizando perfeitamente tudo o que acabara de falar.
— Que gostoso, amô — Pan gemeu em êxtase, com a cabeça tombada pra trás e respirando pesado. — Eu quero. Faz agora?
— À noite.
— Naum.
— Sim.
— Não!!! — recusou num balançar de cabeça — Eu quero agora!! Apague esse fogo que queima dentro de mim, amor. Esse desejo que tenho por ti. Esse vazio que sinto por dentro. Eu tô já tô prontinha pra te receber.
— Agora não dá, Pan!
— Por favor, Senhor Piccolo? — gemeu de beicinho e tudo.
— Não!! — Ouvi-la gemer seu nome fez com que sua mente nublasse a um certo ponto que, nem viu o momento exato que abriu a boca e tomou a carne macia da bunda dela com os dentes, mordendo-a com força, numa tentativa desesperada de aliviar aquele desejo, aquele fogo do inferno que queimava dentro de seus corpos. Pan deu um grito alto, numa mistura de prazer e dor, que penetrou em seus ouvidos e se espalhou por todo seu corpo como se fosse uma descarga elétrica. Nessa hora teve que se segurar pra não jogar ela na cama de bruços e “empalar” sua boceta com força. Todas as células do seu corpo gritavam por isso. Por ela. Pela Pan, que ria baixinho de modo devasso e pedia mais!
Mais??? Sim!!! Essa garota ia acabar com o pingo de sanidade que ainda o restava! Precisava dar logo um fim nessa tortura. E rápido!
— Já chega, Pan!!! — Girou ela pela cintura, com a maior facilidade, e em seguida a puxou pra que montasse em seu colo dolorido. Assim que ela se encaixou em si, toda bonitinha e disposta, abraçando seu pescoço pra iniciar o beijo, segurou seu rosto com as duas mãos e fitou seus olhos desejosos com pesar: — Por favor, Pan, agora, não dá. Não insista. Por favor. — Foi firme nas palavras e, em menos de um minuto viu aquele lindo sorriso se transformar num beicinho de choro e seus olhinhos miúdos se desmanchar em lágrimas.
Sua pequena chorou. E em silêncio. Odiou-se por isso! Por ter sido o causador desse choro tão puro. Se soubesse, não teria a agarrado e nem nada. Um nó logo se formou em sua garganta. Teve que se esforçar pra conseguir engoli-lo.
— Desculpe por isso, minha pequena. Não chore, por favor. — Secou aquelas lagrimazinhas quentes com os polegares e em seguida depositou um beijo carinhoso em sua testa. Ao afastar-se, encarou o fundo de seus olhos com amor, e uma voz doce: — Olha, eu prometo que logo, logo irei resolver esses empecilhos, pra que assim possamos aproveitar os nossos momentos juntos despreocupados, tá bom? Acredite em mim... E não chore mais, minha pequena, você é tão linda. Tão importante pra mim. — Ela nada respondeu, só baixou os olhos e engoliu uma saliva dura.
Ela estava bastante chateada consigo. Era palpável. Era dolorido.
Respirou fundo, arrependido, e encostou a testa na dela, que ofegava em seu colo, agora com os olhos fechados. Passou os braços em volta de seu corpo e começou a afagar suas costas nuas, junto aos seus fios de cabelos. Era o mínimo que podia fazer...
Uns longos minutos foram necessários para que ambos conseguissem se recompor. Piccolo só se atreveu a abrir os olhos, quando sentiu um dedinho magro e quente deslizar por sua bochecha, num ato carinhoso de secar sua lágrima. Ele, que imaginava encontrar uma Pan emburrada, encontrou uma Pan com um semblante calmo e olhar doce. Isso foi novidade pra ele. Ele conhecia essa híbrida muito bem. Ele sabia que, pra ela incendiar tudo à sua volta, bastava apenas uma faísca. Ele mesmo já experimentara isso. Ele não entendia o motivo dessa mudança. Devido à isso, ele só fez fixar seus olhos curiosos nos dela, que se afastou um pouco, ajeitando os cabelos atrás das orelhas, se preparando para iniciar a fala.
— Desculpa, Piccolo — ela começou meio sem jeito devido a vergonha. — Eu tô sendo egoísta. Aqui é um lugar sagrado.
— Não precisa se desculpar por nada, Pan — disse com calma e sensatez. — A questão não é o lugar, e sim o horário. Por enquanto, precisamos controlar os nossos desejos. Eu tô aqui louco por você, acredite, mas eu preciso me conter. Se formos fazer agora, terá que ser rápido, e assim… confesso que não quero.
— Por quê?
Ele sorriu pelo “por quê”.
— Porque, mocinha… eu não quero fazer as coisas às presas e mau feito. Eu gosto de fazer as coisas direito. Gosto de saborear cada pedacinho de você com calma. Cheirar a sua pele macia. Beijar você todinha. Ver cada reação sua. Ouvir cada som que escapa da sua garganta. Cada sorriso sincero que me dá. Cada jura de amor que me faz. — Viu o sorriso dela se abrir. Não resistiu a não tocar nele, e com os lábios. — Você não sabe como que é gratificante te apreciar, Pan. Te ver tão minha. Te sentir tão minha. Eu adoro guardar cada reaçãozinha sua na minha mente e no meu coração. Elas são minha companhia quando me vejo só. Quando me deito pra dormir. Quando acordo. Em tudo.
Pan ficou embasbacada com todas essas palavras ditas por Piccolo. Pra ela, foi poesia pura. Esse Namekuseijin era um poeta, e ela só descobrira isso agora????
— Nossa, Pi… que bonito... Que romântico — murmurou emocionada.
— Que nada…
— É, sim. Eu nuca escutei algo tão bonito assim antes. — Ganhou um beijo carinhoso na boca. — Tô me sentindo uma demônia sexual agora. — Baixou a cabeça bastante envergonhada.
— Não diga isso. — Ergueu seu rosto com os dedos. — Você me entendeu errado. Quando eu falei aquilo, eu não quis dizer que parecia um “demônio ruim”. Eu me referi a sua beleza e aos seus encantos. — Sorriu. — Pan, você conseguiu me levar apenas com palavras. Com esse seu jeitinho de ser. Com seus carinhos. Com esse seu lindo corpo e… com esse seu lindo bumbum — murmurou no final, totalmente constrangido. Sua pequena deu uma risada alta e gostosa. Deu uma espiadinha nele, no lugar da mordida que tinha a marca perfeita de seus dentes e marejava sangue, e se arrependeu. Seus caninos perfuraram a pele de seda da sua garotinha. Tadinha dela, devia estar doendo. — Perdão por fazer isso. Eu perdi a cabeça. Desculpa. Nunca mais farei isso. Eu juro. — Cobriu a mordida com a mão e concentrou seu poder de regeneração nela, na intenção de sará-la. — Eu odeio esses meus caninos longos.
— Pois eu os adoro! São charme. E não precisa se desculpar, não. Não foi sua culpa, foi minha. E pode parar com isso aí… eu sei o que pretende. — Segurou a mão dele, pra que parasse. Porém, foi tarde demais. Não sobrou nem uma marquinha pra contar história. — Poxa, amô... Sacanagem!… E agora?… Você vai ter que fazer de novo! E já! Caramba, será que toda vez que me machucar, vai ter que me curar também? Eu não sou nenhum bebezinho, não. Eu aguento! Quantas vezes apanhei feio do vovô nos treinos? Até de você! …
A morena disparou a brigar, e Piccolo não pôde deixar de notar as semelhanças entre ela e Chichi. Brigando, elas eram praticamente a mesma pessoa. Piccolo até pensou chamá-la pelo nome de Chichi, só pra ver qual seria sua reação. Porém ele teve medo. Ele sabia que as chances de ele levar uma na cara eram grandes. E mais, ela era capaz deixá-lo na seca por um mês, ou mais até, só por tê-la chamado por outro nome. E pior, era capaz de ela dizer que essa tal de Chichi era alguma namoradinha antiga dele, gerando assim brigas e desconfianças desnecessárias. E isso era algo que ele não queria. Ele já estava exausto.
— De nada, Pan — ele disse com a voz séria e um ar de zombeteiro, calando por fim a morena. — Prometo que, da próxima vez, irei deixá-la sangrando até cair no chão feito um pedaço de carne.
— Assim também não, seu… Seu besta!
— O besta que você gosta! — retrucou. Puxou-a pra si de modo brusco, o que fez ela soltar um gritinho pelo susto, e grudou a boca em seu ouvido, fazendo-a se derreter todinha. — O besta, que tá de quatro por você. — E beijou-a apaixonadamente, pois tava louquinho pra fazer isso.
Mas que logo teve que parar, pois uma certa parte de seu corpo começou a dar sinal de vida. A culpa não foi só do beijo devasso, foi da Pan todinha. A maldita exalava um aroma de excitação muito gostoso. Divino, pra falar a verdade! Pra piorar, sua mente safadinha começou a atormentá-lo com imagens da Pan nuinha em sua cama, olhando-o com desejo, e chamando-o com o dedinho.
— Eu vou me vestir e te esperar lá fora com os outros, tá amor?
— Não precisa. Nós vamos juntos. — Deu uma pausa pra rir. — Eles já estão pensando besteira sobre nós dois mesmo...
Pan logo corou.
— Por isso que o Dende não queria me deixar entrar — concluiu numa risadinha amarela. — Ele já sabe, né?
— Uhum. E também Sr. Popo.
— Bem que eu desconfiei... Ele que me ajudou a chegar aqui.
Piccolo deu um estalo na língua e fez uma cara maliciosa antes de comentar:
— Eles sabem que você é danada. Parece uma pimenta…
— Pi!! — Pan pulou do colo de Piccolo como se o mesmo estivesse ardendo em brasas. — Que quer dizer com isso?? Por acaso você contou pra eles sobre…
— Jamais farei isso! É nossa intimidade!
— Mas você acabou de dizer que eu sou uma pimenta!
— E daquelas bem picantes! E a prova disso tá bem aqui nas minhas costas!
O Namekuseijin soltou num tom zombeteiro, e a Pan baixou a cabeça, sem graça, se desculpando. Ela não fizera isso de propósito. E ele sabia disso.
Vendo que sua brincadeira surtiu efeito contrário, Piccolo foi até onde a Pan estava e parou bem em sua frente.
— Ei? Eu gostei, viu? E quero até que faça mais. — Devagar, ela ergueu a cabeça. O nó entre suas sobrancelhas era a prova de seu não entendimento. — Vocês não gostam de marcar a pele com tatuagens ou piercings? Então, eu também quero marcar a minha. Contudo, só você poderá fazer isso. — Catou logo a sua “peninha” do chão e deu um cheiro em seu pescoço, fazendo-a rir. — Você pode me marcar onde quiser, minha pequena. Eu vou gostar. Sempre.
— Tá doendo muito, amor? — Ele meneou a cabeça dizendo “mais ou menos”. — Deixa eu passar um remedinho pra sarar?
— Remedinho? — Ele fez uma careta, confuso. Nunca precisou de coisas deste tipo.
— É. Eu tenho um na bolsa. Foi o mesmo que usei.
— Vai doer? — ele brincou.
— Não, bebê. Mas… se por acaso doer, eu sopro. Prometo.
Com uma promessa dessas, Piccolo rapidamente depositou a Pan no meio da cama e depois se sentou na beirada da mesma, de costas pra ela, que já ia se engatinhando até a cabeceira da cama atrás do remédio que tinha em sua bolsa. Pan se encontrava numa posição muito sugestiva, e isso Piccolo não pôde deixar de notar. Quase que ele teve um troço por ver aquele maravilhoso bumbum empinado quase que pra direção em que ele se encontrava.
— Puts! Você quer me ajudar ou me matar?! — soltou por entre os dentes, se segurando pra não pular em cima dela. Ou melhor, daquele gostoso bumbum, que parecia estar esperando pra ser possuído. Seus olhos cravaram naquele fiozinho branco mesmo que sem querer. Seu pau gritou de novo. Sua mão chegou a tremer com vontade de dar outra palmada. E essa seria bem merecida!
— Seu safado... E eu aqui querendo te ajudar... — Pan disse num falso tom de reprovação, o olhando por cima do ombro. Ela não resistiu a não dar uma mexidinha no bumbum pra ele.
— Kami amado!… É melhor deixar isso pra lá, Pan, eu vou terminar de…
— Não mesmo! — Voou até ele que já ia se levantando, e agarrou o elástico de sua calça com força, o fazendo se sentar de modo brusco. — Deixa eu cuidar de você primeiro, amor. Você cuidou de mim tantas vezes. Eu quero retribuir. Deixa? Por favor? — pediu toda mansinha e na melhor das intenções.
Com seu jeitinho amoroso de ser, a morena conseguiu fazer com que o Namekuseijin relaxasse o corpo novamente e aceitasse seus cuidados. Na primeira aplicação da pomada que fizera nas costas dele, já escutou seu gemido de dor. Ela riu disso, não acreditando muito nessa história. Pra ela o Namekuseijin estava era fazendo manha pra poder ser paparicado um pouquinho. Toda vez que ela espalhava o remedinho nele, escutava um “aaai” bem baixinho.
Se Piccolo estava mesmo fazendo manha a Pan não sabia exatamente, mas que ela estava amando paparicar ele ela estava. E mais, se fosse preciso ela embalar ele nos braços e cantar uma canção de ninar, ela o faria também. E com o maior prazer. Dessa maneira, toda vez que ela escutava um “aaai” do Namekuseijin manhoso, ela soprava o machucadinho dele bem de fraquinho e fazia um carinho gostoso em seu ombro largo. Ele até suspirava com os olhos fechados e sorrisinho molinho.
Esse Namekuseijin gostava de um carinho heim... Ainda mais sendo do amor da vida dele.
— Já acabei, lindo — a morena avisou enquanto ia enroscando a tampinha do tubo da pomada, notando o quanto que seu amado estava quieto. — Ficou com soninho, foi?
— Sim... — ele respondeu baixinho e calminho após bocejar. — Essas suas mãozinhas… dedinhos... — Girou a cabeça de encontro à dela — São tão suaves... Muito bom.
— Você tá com sono, amorzinho — constatou com os próprios olhos o que acabara de ouvir. — Quer que eu faça uma massagem bem gostosa pra você relaxar e dormir um pouquinho? — Não foi putaria, não! No entanto… se ele quisesse um “final feliz”… não iria recusar!
Piccolo girou o corpo pro lado pra poder encará-la melhor.
— Outro dia. — Acariciou o rosto angelical de sua diabinha com as costas dos dedos e depois foi até ela para deixar um beijo de agradecimento. — Outro dia você vem aqui e me faz essa massagem bem gostosa, tá bom? — Ela assentiu com a cabeça animada. — Agora vamos nos vestir. Eu tô com fome — encerrou sua fala e tratou logo de se vestir. Sua garotinha vestiu-se rapidamente só pra poder ter o gostinho de vir ajuda-lo com o resto. Não ia mentir não: adorou isso! Principalmente, quando ela dissera “marido meu não vai andar por aí desarrumado, não!” enquanto alinhava sua roupa e capa. Que mulher prendada! Benza Deus!
Já prontos, entrelaçou seus dedos aos dela e, juntos, saíram do quarto. Ela era sua companheira e portanto não precisava mais esconder dos que ali viviam. Eles não iam dar com a língua nos dentes, pois sabiam que era um namoro “proibido”. No momento que eles lhes avistaram juntos, e de mãos dadas, reagiram da mesma maneira. Primeiro, arregalaram os olhos e olharam um pra cara do outro pasmos. Depois, suspiraram fundo, sorriram, e se aproximaram, parabenizando-os pelo namoro e dizendo à “srta. Pan” que ficasse à vontade. Ela ficou toda contente com toda aquela atenção calorosa que estava recebendo. Também ficou: ver seus amigos de loga data tratando a SUA MULHER como tal, fez com que seu peito se enchesse de orgulho e felicidade. Contemplar a alegria genuína e sorriso iluminado dela fez com que sua chama interior crescesse absurdamente. Chama esta que, aliás, parecia ser feita de fogo mesmo! E a Pan era o ar que a alimentava!
Lógico!
E essa bendita chama se transformou num fogaréu perigoso quando a Pan, toda carentinha, o atacou na cozinha, chamando-o de “amorzinho lindo”, conforme ia se enroscando por entre seus braços como uma gatinha manhosa — quase que derrubando a panela de comida de cima do fogão com seu bundão desastrado — atrás de um beijo apaixonado.
Beijo apaixonado que teve o prazer em dar.
Beijo apaixonado que o fez querer desistir de tudo e voltar voando pro quarto.
Beijo apaixonado que acabou sendo interrompido pelo Namekuseijin mais novo, quando invadiu o ambiente pra pegar apenas um copo d’água.
Coisa que duvidou muito!
Tomara que seu irmãozinho adulto não vá pegar o hábito de empatar os seus beijos apaixonados!
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.