Pov. Marinette
Estava desenhando uns figurinos para o teatro do colégio Françoise Dupont que aconteceria no mês seguinte com a ajuda das garotas. Nós resolvemos aproveitar que era fim de semana e após todas confirmarem com os seus respectivos pais se elas poderiam passar o finde na minha casa nos despedimos. Agora no começo da noite enquanto discutíamos sobre os figurinos, Rose fala:
— A peça Romeu e Julieta é tão romântica! — Rose diz com as duas mãos nas bochechas. — O certo seria fazermos trajes de época, mas estou pensando em algo mais original. E se a Julieta tivesse um vestido rosa inspirado em unicórnio?
— Eu não irei usar uma roupa dessas de jeito nenhum. — Juleka cuja fora a escolhida para o papel fala envergonhada. — Prefiro algo mais discreto. Marinette?
— A Juleka está certa rose, não foi a toa que a escolhemos para o papel principal. Além de tentarmos quebrar a maldição da foto, o estilo dela seria perfeito para uma roupa básica e com tons neutros. — Eu a respondo. — Hum, o problema está em como faremos o vestido. Por quê tive que ter bloqueio justo hoje?
— Marinette, tive uma ideia! — Alya fala empolgada se levantando da minha cama. — E se a gente desenhar com base nos heróis e vilões de paris? O vestido da Juleka podia ser inspirado na Ladybug. — Arregalo os olhos com a ideia de minha melhor amiga.
— É isso, Alya você é um gênio. — Eu a respondo com brilho nos olhos já pegando as folhas e desenhando um vestido curto na frente com a saia um pouco abaixo dos joelhos e uma cauda grande atrás. O vestido vermelho tinha um laço preto na cintura e era todo de bolinhas pretas com alguns babadinhos nas mangas do braço e na saia. — Voilà. — Mostro o desenho para as garotas.
— Arrasou!! — Rose responde.
— Ficou bom Marinette. — Juleka comenta. — Nós também poderíamos fazer uma máscara para os figurinos.
— Sim, e o meu traje poderia ser parecido com o do Chat Noir para o papel do Romeu. — A Rose afirma. — Depois que as meninas me ajudaram com a criação das peças, o meu pai apareceu oferecendo croissant de chocolate com morango e para acompanhar de bebida, um delicioso milk shake de caramelo.
Quando terminamos de fazer os desenhos, percebi que já passava das oito horas ao olhar o relógio. Alonguei os meus braços e falei com as meninas:
— Quem topa assistir um filme de terror? — Todas se animaram e seguimos para a sala de estar. Enquanto preparava a pipoca, fiquei pensativa quanto ao traje da Rose. Sinceramente, o Romeu nos livros parece um príncipe enquanto o Chat Noir está mais para a princesa em apuros que sempre sofre por causa do vilão, visto que na maioria das vezes ele é controlado pelos akumatizados. Ri com o meu pensamento. Não entendo por quê ele insiste em ficar me cantando. E o Chat também sabe que não podemos nos revelar. Voltando a sala com a pipoca em mãos, sentei no tapete e assistimos Atividade Paranormal. A coitada da Rose estava tremendo e a cada segundo que um fenômeno acontecia, como por exemplo, um objeto cair ou quando no filme se ouviam sons assustadores e etc... Ela se encolhia abraçada a Juleka que estava sentada do seu lado a confortando. Um minuto depois, Alix que também viera resolve assustar a rosada resultando em não apenas a Rose, mas todas nós levarmos o susto e acabei por derrubar a pipoca no chão.
Depois do filme, fui pegar o Twister e começamos com a Alya:
— Pé esquerdo no vermelho. — Alya disse e o fez, depois Rose girou a roleta e parou em mão direita no azul. Após algumas rodadas, na minha vez tive que ficar por cima das duas com um pé no amarelo e depois uma mão no vermelho. Obviamente do jeito desastrada que sou não aguentei muito tempo e caí em cima delas. Depois tivemos conversas aleatórias sobre o novo álbum do Jagged Stone nossa estrela de rock favorita e como estávamos cansadas resolvemos dormir. Meia noite acordo assustada com um estrondo, as garotas também acordaram e fomos na varanda do meu quarto ver o que estava acontecendo, quando vimos o Gigantitã e eu invento uma desculpa para sair do quarto.
— Meninas, só irei lá em baixo pegar um copo da água e já volto, enquanto isso podem dormir. — Falo. — Tenho certeza que os heróis vão aparecer como sempre então não precisamos nos preocupar, boa noite.
— Boa noite Marinette. — Elas respondem sonolentas e voltam a dormir.
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Após capturar o akuma volto para casa e subindo na varanda falo:
— Tikky desligar. — A kwami aparece e entrego um cookie para Tikky.
— Puxa Marinette, senti pena do Chat Noir. — Tikky diz. — Ele realmente gosta da Ladybug, mas, você não tem medo que depois de tantas rejeições ele não possa ser akumatizado? Sabe, se isso acontecer a identidade dele corre perigo de ser descoberta. E tem o fato de ele partir para outra, lembra que esses dias atrás você disse estar apaixonada por ele?
— Não! O que foi que eu fiz? — Eu grito. — Desde que meu pai foi akumatizado o Chat realmente está diferente. Se ele desistir da Ladybug e começar a gostar de mim, Tikky e se ele descobrir nosso segredo? Me ajuda!!! — Eu surto desesperada.
Tikky suspira e me responde:
— Acho que não terei tempo para te ajudar, o Chat Noir está vindo para cá. — Ela diz apontado para a frente. Me desespero com a notícia de Tikky e ela voa se escondendo na gaveta da penteadeira. O Chat Noir se apoia na grade da varanda e sorri.
— Olá Marinette, não sabia que estava acordada a essas horas, sabe é perigoso, vai que um vilão te captura?
— Engraçadinho, sei muito bem me defender. — Respondo. — O que faz o herói de Paris aqui em minha humilde casa? Cadê a Ladybug? — Pergunto disfarçando.
— Estava lutando junto a ela contra um vilão e depois resolvi andar por aí para esfriar a cabeça um pouco. — Chat Noir me reponde. — Foi quando te vi acordada, tudo bem eu ficar um pouco aqui? Preciso desabafar com alguém.
Penso quanto ao pedido do Chat Noir e respondo:
— Tudo bem, as minhas amigas estão dormindo no meu quarto, então será que podemos conversar em outro lugar?
— Claro princesa. — Chat Noir pisca com um sorriso sedutor e reviro os olhos, ele me estende a mão e quando a estico Chat Noir me puxa pegando-me no colo o que me deixa surpresa e sobe para o telhado soltando-me no mesmo. Observo as estrelas do céu e me viro para ele.
— Então? — Pergunto.
— Você já se sentiu apaixonada por alguém e tentou fazer de tudo para ela te notar, mas os seus sentimentos não são levados a sério? — Direto, pensei.
— Tem um garoto que eu gosto. — Eu confesso ao herói. — Mas também estou me cansando de não ser notada por ele, o mesmo só me vê como amiga. Sei bem como é ser rejeitada por alguém que você gosta. — Falo com consciência pesada ao lembrar do fora que dei no Cat.
— Parece que somos dois azarados quando o assunto é o amor. — Chat Noir fala triste.
— Pois é. — Respondo, mas logo me recupero não querendo pensar negativamente. — Sabe Chat Noir, sempre que precisar de um ombro amigo pode contar comigo. — Sorrio para o herói. — Bem, eu queria poder conversar mais, porém as meninas podem acordar a qualquer momento e estranhar se não me verem lá no quarto. Será que poderia me levar de volta para a varanda?
— Claro princesa. — Ele me responde e suspiro balançando a cabeça por causa do apelido.
— E pode parar de me chamar de princesa que a gente mal se conhece gatinho. — O respondo, obvio que ele ignora meu comentário.
— Princesa, não seja assim. — Cat sorri ladino e eu bufo, parece que ele gosta de provocar. — Te vejo outro dia? — Sorrio e assento.
— Até outro dia Chat Noir. — Falo vendo o mesmo saltar pelos telhados até sumir de vista. Entro no quarto trancando a porta e deito-me pensando em tudo que ocorrera hoje. — Tikky sai da gaveta e voa em minha direção. Quem diria que os sentimentos do Cat pela Ladybug fossem verdadeiros, entendo que ele está triste mas talvez eu possa anima-lo como amiga para compensar. Foi com esses pensamentos finais que acabo pegando no sono e me entregando ao mundo dos sonhos com um certo gatinho invadindo os meus pensamentos.
Continua...
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