–vejo que esta tudo bem- disse Dumbledore- nem sequer um aranhão no piso!
Forcei um sorriso, me sentia desconfortável perto do professor.
–tem algo errado?- indagou com olhos preocupados.
–sim, - pensei melhor, -não.
– sim ou não?
–Na verdade ou pouco dos dois, - cheguei mais perto- gostaria de contar para você, mas não posso.
–segredos são bons, porem dividi-los com quem se confia é um privilegio. - fez uma pausa- conte oque te adormenta para os seus amigos.
–ai é que esta o problema, não devo. É algo que não me pertence.
–e quem sabe o jovem Tom Riddle?
– o segredo é sobre ele.
Paramos perto do arco de ouro. A neve caia em espirais, enchendo o telhado de branco. Dumbledore esticou a mão e agarrou um floco de neve, depois a estendeu para que pudesse olhar mais de perto.
– a neve veio mais cedo esse ano. - falou enquanto comtemplava o floco de neve.
– pois é, mas já estamos nas vésperas do inverno.
–acho que ela não é a única não pertencente a essa época. - eu queria dizer algo, mas ele continuou- vai passar as férias aonde?
–ainda não sei.
– me diga senhorita Isabel, oque acha do Brasil?
Pensei por alguns segundos uma boa resposta e disse.
–seria ótimo!
***
O dia avia passado rápido demais, e a neve pouco a pouco encobria o chão.
O frio era cortante, e muitos se refugiavam nos salões comunais. Mas, apesar disso eu ainda estava na torre do relógio. Avia subido ali para pensar no que Dumbledore me disse.
Além de precisar escrever com urgência a resposta para Snaper. Por isso um pequeno monte de papeis amaçados se encontravam perto do meu pé. Como a escreveria?
–que bom que te achei!- exclamou Abaxaquis. - preciso de um favor.
–o que quer? –perguntei, enquanto guardava a pena e o papel na minha bolsa.
– tenho uma prova mostro para estudar, - explicou- é poções, e se eu não tirar uma nota ótima, não vou poder jogar na próxima partida.
– continue.
– você poderia me cobrir na ronda dessa noite? - pediu- se fizer isso te devo uma.
Terminei de arrumar minha bagunça e disse.
– eu te ajudo, mas vou cobrar esse favor.
–feito!
Quando ele estava saindo perguntei.
–por que pediu para mim? Porque não Tom, ele não é da sua casa?
–eu pedi, mas Riddle já tinha planos para a noite.
Pensei em perguntar qual seriam os planos, mas me contive, o mini- Voldy poderia fazer oque quisesse.
Era esse motivo, pelo qual em plena meia noite, ainda estava acordada. Quando as luzes estão apagadas e todos dormem que percebemos quanto Hogwarts é grande.
Perto do segundo andar ouvi uma serie de risadas, e barulhos de beijos. Na hora entendi do que se tratava.
–muito bonito!- exclamei assim que a luz revelou dois.
Heloisa e Draco pularam. Eles estavam deitados em uma manta em um dos armários de vassouras.
–abaixe a luz!- meu primo mandou.
–acordados ate essas horas?- perguntei sem desviar a luz dos seus olhos.
– essa luz esta nos cegando, caramba apaga!- exclamou Heloisa.
Diminui a intensidade do feitiço, os dois me olhavam com receio.
–já deve ser a decima vez, que encontro vocês namorando. - digo olhando perversamente para eles. – vão ter cinco minutos para correr, e contando.
Quando estava no dois, já aviam sumido pelo corredor mal iluminado.
Continue a minha ronda ate me certificar que todos estavam dormindo. Fora um ou dois casais, três grifinorios do primeiro ano, não houve ninguém fora do dormitório.
Era uma da manha, e a minha ronda estava encerrada.
Pov. narradora.
Já era passada da meia noite, porem na mansão Malfoy a madrugada ocorria como se fosse dia claro. Todos os candelabros e lareiras estavam acesas, oque deixava os corredores muito mais iluminados.
Na antecâmara, Voldemort ainda rolava pelos lençóis. O sono não chegava, e as horas iam.
Narcisa e Lúcios jogavam xadrez bruxo, mas nem um dos dois estavam prestando atenção nos movimentos. Ate Bellatrix parecia perturbada com a ausência de Heloisa, Draco e Isabel.
Principalmente a ultima, por mais que não admitisse, temia pela vida de sua filha.
Snaper estava preparando poção de energia, quando picadas ritmadas no vidro da janela o tirou do “transe”. A águia negra que mandara a mais de uma semana avia voltado. Ele abriu a janela e viu o envelope preso a pata. Avia três cartas, a primeira era endereçada a ele.
Recebi suas noticias com alegria, - nunca pensei que diria isso, - mas estou louca para voltar para casa.
Muitas coisas ocorreram ate agora, tanto boas quando ruins. A cada dia que passa me pergunto se oque estou fazendo terá resultado; às vezes acho que Dumbledore me mandou para algo incerto. Ate as provas de ultimo ano, parecem menos assustadoras se comparadas ao meu objetivo final.
Sei que ainda é cedo para dizer, mas ouve alguma mudança aparente em você- sabe-quem?
Ate mais ver.
Isabel Black.
P.S obrigada por mandar as minhas coisas do futuro, meu mp4 fazia uma imensa falta.
Assim que terminou de ler a carta, o professor de poções caçou pena e papel, e começou a escrever uma resposta.
Cara senhorita Black.
Não deve nem por um momento duvidar das ordens de Dumbledore, ele sabe de coisas que nem um de nos jamais pensou. Deve acima de tudo confiar em si mesma e na sua capacidade.
Sei que esta longe de casa, mas lembre-se, que tem o enxerido do seu primo e a insuportável senhorita Heloisa ao seu lado.
Respondendo a sua pergunta, todos estão preocupados com a ausência de vocês três.
Junto a minha carta, e as dos pais dos seus amigos, vem a do seu pai.
Severus Snaper.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.