Há mais de um relato egípcio sobre a Criação, pois, ao que parece, cada uma das diferentes regiões que compunham a civilização tentou sobrepor suas divindades locais e lendas etiológicas às antigas histórias, e por esse motivo os nomes e detalhes variam segundo a versão. (Mais tarde, os egípcios reconciliaram essa tendência com o vago reconhecimento de que a invenção de todo o universo deve ter exigido o trabalho de diversas divindades, todas elas, por coincidência, tendo decidido executar a tarefa no mesmo dia.)
No começo (de uma história, pelo menos), nada existia, a não ser um caos nebuloso e vazio, personificado pelo deus Nun. Do vazio emergiu um monte de piramidal conhecido como Ben-Ben, sobre o qual o criador Atum saiu de uma flor de lótus, trazendo consigo a luz. (É por essa razão que Atum também é intimamente associado ao deus sol Rá). Atum produziu a primeira geração de deuses ao masturbar-se no vazio e procriar Shu, deus do ar, e Tefnut, deusa da chuva e da umidade. Esses dois deuses, por sua vez, deram origem a Geb, deus da terra, e Nut, deusa do céu, tendo o pai Shu levantado a filha para que ela pudesse se estender sobre o irmão Geb como um dossel de estrelas.
Em seguida à criação da terra, do céu e do ar entre eles, Atum governou o universo egípcio como o primeiro faraó. Tendo tomado conhecimento da profecia de que a deusa do céu, Nut, daria à luz uma criança que o destronaria, Atum a proibiu de fazê-lo. Infelizmente, Nut desobedeceu à ordem e deu à luz a quatro filhos. Osíris, Isis, Set e Néftis --- dos quais o primeiro cumpriu a profecia ao crescer. (Os gregos tinham um mito muito semelhante: A Luta de Cronos Pelo Poder.
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