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História Mon chaton - Ladynoir - As estações mudaram


Escrita por: Kyo_ammy

Notas do Autor


Um capítulo no primeiro dia do ano~♡
Feliz Ano Novo para todos vocês, desejo que todos tenham um ano abençoado e cheio de felicidade ❤️✨

Ultimamente eu ando meio insegura com os capítulos, sempre parece que poderia ter ficado melhor, isso brinca um pouco com a minha criatividade...

Espero que vocês gostem do capítulo de hoje. ❤️

Bonne Lecture ~ 🌟

Capítulo 7 - As estações mudaram


Fanfic / Fanfiction Mon chaton - Ladynoir - As estações mudaram

_ Chat Noir, - ele abriu seus olhos e me olhou – E-eu sinto sua falta. – meu corpo tensionou com seu olhar atento sobre mim, eu não fazia a menor ideia do que se passava em sua cabeça, sua feição era neutra e nada me demonstrava, mas já estava dito e eu não podia voltar atrás.

_ Minha falta? – Ele franziu o cenho, seus olhos felinos me analisavam tentando me interpretar – Não estou bem aqui ao seu lado? – ironizou.

_ Não... – mordi os lábios, procurando as palavras certas – Você está ao meu lado, mas é tão distante... É como se não estivesse.

_ Pode ser mais especifica? – fechou os olhos, e deixou um suspiro escapar entre seus lábios.

_ Você não é como era antes. – estufei o peito, criando coragem para por meus sentimentos, saudades, para fora – Está distante de tudo, é quase intocável... – coloquei para fora, controlando minha voz que parecia querer vacilar – E-eu sinto falta de quem você era, de como você era. Da suas piadas, seu senso de humor. Você sempre foi caloroso e agora eu te sinto tão frio. – Abracei meu próprio corpo, olhando para meus pés que balançavam na quina do telhado impacientes, eu havia direcionado todo meu nervosismo para eles, séria uma forma te tentar manter a calma. Um silêncio cortante se fez presente e eu desejava que ele dissesse qualquer coisa, que colocasse tudo pra fora, fizesse uma piada da situação, qualquer coisa era melhor do que àquele silêncio, mas ele permaneceu calado, sem dizer uma única palavra, não aguentei e olhei para seu rosto, esperava encontrar alguma coisa em seus olhos que me guiasse naquele silêncio.

Nada...

Ele estava distante, pensativo, olhava para as poucas nuvens permanecentes enquanto o céu perdia seus tons alaranjados dando lugar para os tons escuros da noite. Cada palavra minha em sua mente parecia lhe dar voltas, ele franzia o cenho como se estivesse em um julgamento interno e sem muito tempo para procurar uma defesa. Ele suspirou e se levantou do telhado onde estava deitado, sentando-se ao meu lado. O olhei curiosa, travando meus olhos nos seus quando ele se virou 'pra mim e me encarou.

Eu via o mundo em seus olhos...

_ Desculpe. – Ele sussurrou , olhando dentro de meus olhos. Abri minha boca sem reação, sem quebrar o contato visual com ele. – Desculpe, se me afastei demais de você, se acabei me tornando frio ou distante, se apaguei alguma parte de mim que você sente falta, guardei algumas coisas somente para mim... – voltou a ficar em silêncio, seus olhos desviaram dos meus, ele parecia pensar no que me diria – Mudei porquê eu precisava, não estava feliz. Eu não podia mais ser o Chat Noir que você sente falta, porquê àquilo estava me matando. – suspirou. Notei que ele se perdeu brevemente em suas memórias. Ele respirou fundo e continuou – Em algum momento as pessoas tem que mudar.... E eu tô muito bem com quem eu sou agora, acredite em mim... – voltou a me olhar nos olhos me transmitindo sinceridade em suas palavras – sou exatamente quem eu quero ser, me sinto bem melhor comigo mesmo. – notei o mínimo e breve sorriso que ele deu – Mas é um pouco egoísta da sua parte querer que eu volte a ser alguém que eu não quero e não sou mais.

Abaixei minha cabeça, evitando seus olhos. Ele estava certo, eu não podia querer que ele voltasse a ser alguém que não existe mais, não podia querer que ele trouxesse de volta algo que o machucasse. Ele mudou, e eu sentia muitas saudades do garoto que eu conheci, o garoto que cresceu e não está mais aqui. Talvez em algum lugar ainda tenha um pedacinho dele, algo que sobrou...

Se ele está feliz com quem é agora, é o que realmente importa.

_ Me desculpe, Chaton. – levantei a cabeça olhando em seus olhos. Ele juntou as sobrancelhas, entreabrindo a boca, formando uma careta de curiosidade – você tem razão... – suspirei – não posso pedir isso á você, os anos passaram e nós dois mudamos, você mais que eu... – sorri minimamente. Chat Noir suavizou sua feição, me olhando atento – Por mais que eu sinta falta de como você era não posso te pedir que simplesmente mude novamente. Se você está realmente feliz, pra mim é o que importa... – minha voz diminuía a medida que eu falava, se tornando quase um sussurro, mas como Chat Noir tinha uma excelente audição, isso não séria um problema – Quero ver você feliz... – Não consegui continuar mantendo contato visual com ele, seus olhos se abriram revelando um brilho que eu não via a muito tempo. Desviei o olhar, torcendo para que ele não percebesse o quanto eu estava nervosa, ou o rubor que certamente havia se formado em minhas bochechas. Sentia seus olhos me analisando, ele teria notado o vacilo em minha voz? Ou o quanto aquilo significava para mim, bem mais do que uma simples convivência em equipe.

O silêncio estava me matando, ele não havia dito uma única palavra, e eu ainda sentia seus olhos queimando como o sol sobre mim. Transferir todo o meu nervosismo para meus pés que balançavam ansiosos na quina do telhado, fiz um bico em meus lábios, pensando em mil e uma maneiras de quebrar o silêncio, mas era muito difícil pensar com ele me olhando, eu não conseguia me concentrar em nada, ele me deixava sem jeito, eu não conseguia olhá-lo, não fazia ideia da expressão que ele carregava em seu rosto. Meu corpo estava em um duelo entre olhar para ele e topar com seus olhos esmeralda me encarando, o que provavelmente me causaria dois tomates em minhas bochechas, ou continuar evitando o olhar a todo custo até que algo quebrasse o silêncio. Cogitei a possibilidade de um “ Tchau, nós vemos por ai!” acompanhado de um sorriso sem graça, mas não tive coragem de me mexer, de sair de perto dele, porquê por mais que o calor de seus olhares me abalassem, eu não queria sentir meu corpo frio novamente.

Respirei fundo, eu deveria olhá-lo! Não poderia passar a patrulha inteira entregue ao nervosismo, e se ele não fosse falar nada, eu precisava olhá-lo. Controlei minha timidez, ergui minha cabeça e encarei seus olhos antes que a coragem fosse embora, meu coração errou duas batidas, disso eu tenho certeza. Ele estava sorrindo para mim, um sorriso que aumentou quando eu finalmente criei coragem para encarar seus olhos.

“ Não adianta se esconder! “

Uma voz incrivelmente fina chegou aos meus ouvidos, fina e irritante, muito irritante. As orelhas de Chat Noir se guiaram ao som, nunca me cansarei de ver suas orelhas se mexendo como se ele fosse realmente um gatinho, era muito fofo.

_ Escutou isso? – suas orelhas se mexiam, ele espreitou seus olhos que ganharam o brilho de um caçador.

_ Sim, é uma voz muito irritante. – comentei baixo, fazendo uma careta, só de lembrar da voz meus ouvidos gritavam agoniados.

_ Vêm comigo. – ele apontou com a cabeça em direção ao barulho, se levantando e caminhando até o final do telhado. Me levantei o acompanhando. Chegamos na beirada do telhado e a visão era um tanto curiosa; uma menina perseguia um casal de jovens, ela usava uma coroa em sua cabeça – enfeitada de jóias em cores azuis e vermelhas – sua bochechas tinham Às de espadas pintados, ela usava um vestido médio cinza, com Às de espadas desenhados por todo seu comprimento, em sua mão ela carregava um cetro.

O amor sempre vai encontrar vocês! “

Ela girou animada, mirando seu cetro em um caminhão fazendo com que ele explodisse. Pude escutar um “ Wow “ de Chat Noir. O casal de jovens que havia se escondido gritou revelando seu esconderijo, a garota apontou seu cetro para eles e se pronunciou: Suas últimas palavras antes de encontrarem o amor?

_Eu odeio ele! – A cívil gritou ou melhor cuspiu suas palavras – Não pode me obrigar a ficar com ele!

_ Como se eu gostasse da sua cara! – O rapaz ao lado dela revidou. Eu e Chat Noir nos entreolhamos. – Você é patética, a maior patricinha nojenta que eu já tive o desgosto de conhecer!

_ Calminha casal. – Deu uma risadinha irritante – Já ouviram falar que os melhores clichês são àqueles em que o casal se odeia? – sorriu meiga.

_ Não somos a porra de um casal! – o rapaz abriu os braços completamente indignado, se ela continuasse os chamando de casal, eu e Chat Noir não seríamos necessários, o próprio garoto iria acabar com ela.

_ Agora vocês são! – Os atingiu com um raio que saiu de seu cetro.

_ Porra! – Chat Noir abriu a boca olhando a situação com preocupação.

Olhamos com atenção a luz que aos poucos ia se dissipando, e para nossa surpresa, o casal que se odiava estava abraçado, meu queixo foi ao chão quando eles se beijaram. Então era isso que ela era, uma cupido.

_ Ah fala sério! – Chat Noir resmungou – Uma criança?! O Hawk Moth não tem o que fazer?!

_ Talvez ele esteja entediado. – avaliei a situação, ela não seria muito difícil de derrotar.

_ Vamos acabar logo com isto. – tirou o bastão de sua cintura o girando entre os dedos, pulou telhado abaixo pousando no chão e chamando a atenção da vilã – Vai ser um ótimo alongamento. – zombou, tombando sua cabeça para o lado. Saltei do telhado pousando ao seu lado, retirei o ioiô de minha cintura o girando.

_ Ladybug e Chat Noir! – ela gritou histérica – Estava esperando por vocês, não vejo a hora de os torna um casal!

_ O quê? – Chat Noir arqueio uma sobrancelha cético.

_ Ah é tão romântico! – girou animada, dando pulinhos de empolgação – uma dupla de super heróis que se amam e lutam juntos protegendo um ao outro, o amor de vocês é tão contagiante!

_ Não pode ser sério... – Ele resmungou, logo aumentando seu tom de voz – Primeiro ele nós manda uma garota que odeia o amor e agora ele nos manda uma criança apaixonada por clichês?! – revirou os olhos – àquele velho está amenos tentando pegar nossos Miraculous?

_ O que fazer, gatinho... – pisquei, dando de ombros – estamos na França a capital do amor. – brinquei com meu ioiô, sorrindo de sua cara de tédio.

_ Que merda, heim... – balançou a cabeça negativamente, e correu até a vilã á atacando sem nenhum pouco de paciência. Observei os movimentos rápidos que ele lhe direcionava, ele estava determinado a acabar logo com àquilo, cruzeis os braços, talvez ele conseguisse terminar isso rápido.

_ Quer ajuda? – o olhei de lado.

_ Não precisa! – gritou antes de pegar seu bastão e usar para derrubar a vilã no chão. Achei que estava acabado mas ela segurou em seu bastão o usando como ponto fixo e rebatendo contra Chat Noir, que desviou, voltando para meu lado.

_ Vai com calma, gatinho. – a garota limpou a sujeira de seu vestido, coçou a garganta e continuou – Eu ainda nem me apresentei a vocês. – caminhou suavemente até seu cetro, que havia sido arremessado para longe e o pegou – Podem me chamar de As de pique, a vossa guardiã do amor. Meu maior objetivo é espalhar amor por Paris e depois pelo mundo, á começar com vocês dois! – Rápida como o raio que veio na nossa direção, ela mirou seu cetro em mim e Chat Noir, fazendo com que cada um pulasse para um lado – Se rendam, vocês tem que ficar juntos!

_ Por que? – Chat Noir se levantou, caminhando sorrateiramente até ela. O olhei curiosa e ele me lançou um sorriso de lado, perfeito, ele estava distraindo ela. – Você não pode obrigar as pessoas a ficarem juntas, aqueles casais que você juntou. – apontou com os olhos para os vários casais que haviam no local, todos exclusivamente formados por ela. – Eles não queriam, aliás alguns ali se odiavam! – ele sorriu em puro deboche. Eu observava atentamente a As de pique, em busca do objeto akumatizado, as únicas coisas que ela carregavam eram o cetro e sua coroa, estava em um dos dois. – você devia respeitar a vontade das pessoas. – cruzou os braços olhando para a garota, que tinha uma tremenda cara de birra.

_ Ele tem razão. – caminhei despretensiosamente até Chat Noir, parando ao seu lado – Não pode juntar pessoas, o mundo não é um conto de fadas.

_ Claro que posso! – revirou os olhos – Eu tenho poderes para isso!

_ Isso é tão irritante... – Respirou fundo, fechando os olhos felinos. Por sua voz era claramente perceptível o quanto ele estava impaciente com a situação, eu também queria resolver aquilo o mais rápido possível, Hawk Moth certamente nos mandou está vilã apenas para brincar com nosso tempo, era óbvio que ela não tinha a menor chance, o máximo que conseguiria é nós acertar com um de seus raios apaixonantes, obviamente não seria ruim começar a ser mimada pelo meu companheiro Le Chat Noir, mas ai quem defenderia Paris? Preciso acabar logo com isto – Por favor, - Chat Noir continuou – Me diga que já sabe onde está o akuma?! – Choramingou impaciente.

_ Vamos acabar com isso. – pisquei para ele, o mesmo se animou retirando seu bastão da cintura e o girando - Luck charm! – joguei meu ioiô para cima recebendo uma coberta. – uma coberta? – examinei o objeto em minhas mãos.

_ Isso vai ser moleza, apenas jogue para cima para concertar a bagunça que a As de pique fez.

_ Nunca é tão simples assim, Chaton.

_ Isso é perda de tempo. – me garantiu, revirando os olhos impaciente. Por sua impaciência, eu poderia deduzir que ele tinha algum compromisso, ou apenas não queria perder muito tempo – Onde acha que está o akuma?

_ Na coroa dela. – sussurrei ao seu ouvido.

_ Vamos resolver isso logo. – correu até a vilã, que numa tentativa de defesa lançou raios contra Chat Noir, que se esquivou de todos com facilidade, a velocidade do felino estava a deixando confusa, fazendo com que atirasse raios descontroladamente tentando acertá-lo. Retirei o ioiô de minha cintura, amarrei o cobertor nele e o lancei contra a vilã, aproveitando o momento de distração. A prendi com meu ioiô e para minha surpresa o cobertor havia ficado preso em sua boca. – Acho que até o talismã queria que ela calasse a boca. – Ele se aproximou de mim sorrindo.

_ Fácil, fácil, fácil. – cantarolei, retirando a coroa de sua cabeça, enquanto ela se remexia na tentativa de se soltar, e voltar a tagarela, àquele seria o meu talismã favorito. – Sua vez, gatinho.

_ Eu esperei muito por esse momento! – Sorri de sua impaciência - Cataclysm! – correu a luva preta com garras pela coroa banhada a ouro, diminuindo tudo a pô. A borboleta negra foi pega por meu ioiô antes que pudesse voar acima de minha cabeça.

_ Tchau, Tchau, borboletinha.

_ Melhor você concertar a bagunça antes que alguém fique grávida.

_ C-como? -  Ele apontou para os casais, que já haviam acabado com os momentos carinhosos entre si, e que agora alimentavam um carinho mais intenso. Um pouco mais de tempo e àquela rua não seria um lugar puro. – Uh.. entendi... – assenti com a cabeça, um pouco constrangida com o ambiente, desamarei a pequena coberta, libertando a boca da vilã que não tardou em continuar seu falatório.

_ Se você não jogar essa coberta ‘pra cima, eu jogo! – Não pude conter a risada ao imaginar Chat Noir irritado lançando o talismã para o alto e gritando “ Miraculous Chat Noir! “ séria uma cena curiosa.

Miraculous Ladybug!

Joguei a coberta para cima e Chat Noir sorriu aliviado. As joaninhas milagrosas passavam entre os casais semeando a discórdia, entre gritos de nojo e xingamentos, todos ali se odiavam e haviam sido juntados contra sua vontade, não deve ser uma sensação muito boa você abrir os olhos e de repente está aos amassos com alguém que à uma hora atrás você gostaria de empurrar escada a baixo.

_ O que aconteceu? – a garotinha sentada no chão tinha seus olhos confusos.

_ Você resolveu brincar de cupido. – Chat Noir se agachou ficando a altura da criança, ele tinha um sorriso simpático nos lábios. A menina olhou ao redor e observou os vários casais que brigavam entre si, ela abaixou seu rosto envergonhada.

_ Eu causei tudo isso? – perguntou baixo. Sua voz estava doce e tranquila, completamente diferente de quando estava akumatizada, meus ouvidos agradecem por esse livramento.

_ Sim. – estendi minha mão à ajudando a se levantar. Ela tinha uma feição envergonhada, coloquei minha mão em seu ombro e lhe sorrir docemente – Não fique envergonhada, a culpa não é sua, Hawk Moth akumatizou você.

_ É e veja eles. – Chat Noir entrou na conversa, apontando para os casais que ainda se xingavam. Era de se admira o tamanho do dicionário de palavreados que elas possuíam. – Estão se xingando ao invés de ir embora, talvez você tenha razão sobre “ Amor e ódio “  - A garotinha sorriu e correu para abraçar a mim e Chat Noir, dizendo abafados “ obrigadas! “ pediu gentilmente que tirássemos uma foto com ela e depois correu alegre para casa. – Até que ela não é tão irritante, não é mesmo, Ladybug? – Cruzou os braços, com um sorriso divertido nos lábios.

_ Não, é apenas uma criança. – Sorri, encarando a garotinha que já havia se afastado de nós.

_ Falei que isto ia ser fácil. Gostaria de poder ouvir o grito de ódio que Hawk Moth deu ao perder.

_ Ele não pode ter realmente achado que ia ganhar com uma criança.

_ Ladybug... – Ele me olhou tedioso – Ele já mandou um bebê ‘pra brigar conosco.

_ Tem razão. – arrumei a fita vermelha em meu cabelo, ela tinha saído um pouco do lugar durante a batalha.

_ Zero? -  estendeu seu punho.

_ Zero. – Bati meu punho contra o seu.

Estávamos novamente no mesmo telhado, o mesmo durante anos. Gastamos o restante de tarde que havia sobrado, lutando contra a As de pique, agora a noite dominava Paris com suas várias luzes. Me virei em direção a Chat Noir; ele estava parado em pé, de braços cruzados, olhando para o horizonte, em silêncio. Estranhamente um vazio retornou ao meu peito, queria conversar com ele, quem sabe recuperar a sensação boa que sentia quando ele me encarava, queria sentir aquele calor novamente. Não sabia como começar uma conversa com ele, parecia que tudo já havia sido resolvido, eu não tinha mais nada a dizer...

_ É... – murmurei, cruzando meus braços e o olhando. Observei suas orelhas se voltarem ao som de minha voz e logo em seguida ele me encarava, eu jamais me cansaria daquilo. – Acho que não tem mais o que fazer, não é... – abracei meu corpo. – Eu já vou indo embora, acho que Paris vai ficar bem o restante da noite. – Eu não queria ir, mas não tinha uma desculpa plausível para permanecer, eu não estava sabendo lidar com o silêncio hoje – Caso algum vilão apareça, é aquela coisa de sempre. – sorri, abaixando meu olhar. – Tchau, Chaton. – Acenei antes de lhe dar as costas. Agora que ele não conseguia ver meu rosto, eu não precisava esconder minha expressão cansada.

_ Ladybug... – Me virei e ele andava em minha direção, ficando a uma distância pouca de mim – Você tem algum compromisso agora?

_ Hm, não. – Sorri animada.

_ Se você quiser podemos ficar um pouco mais aqui. – Ele tinha um sorriso calmo nos lábios, e seus olhos concentrados em mim. Amava quando ele me olhava fixamente, sentia uma energia estranha se apoderar de mim.

_ Claro. – aceitei seu convite, o respondendo calmamente, mas por dentro eu estava a milhão, a muito tempo ele não me convidava a ficar mais tempo com ele, aquele atitude me dava a esperança de conseguir me reaproximar dele novamente, de fazer com que ele se abra novamente. Nós sentamos juntos no telhado, fiquei o mais próximo que podia dele e a sensação de que o silêncio era algo indiferente retornou a mim, não importava que palavras fossem ditas, aquilo já era reconfortante, mas ele falou, sua voz era baixa e rouca, me deliciava escuta-la.

_ Desculpe por me distanciar, eu queria meu próprio tempo para lidar com tudo... Eu não imaginei que você sentiria minha falta. – Pronunciava tudo calmante, sua voz se misturava ao silêncio do ambiente, me trazendo uma sensação de paz. Eu entendia bem o motivo de seu distanciamento, eu tinha uma parcela de culpa nisso, não deve ter sido fácil se afastar como ele fez, ele me amava... E agora eu entendo como ele se sentia.

_ Eu entendo. – Minha voz estava baixa, eu me sentia calma. Ele me olhou e eu sorrir, tentando lhe passar toda minha tranquilidade, queria que ele se sentisse como eu me sinto perto dele. Estava feliz por ele ter se aberto um pouco comigo hoje, continuaria me aproximando dele com calma, talvez eu conseguisse trazer seus sentimentos por mim de volta e lhe contar os meus por ele. Ele havia mudado muito com o passar dos anos, estava diferente de como eu havia o conhecido, mas eu o amaria de qualquer maneira.

Arrisquei me aproximar um pouco mais dele, observei sua feição, ele não parecia incomodado com minha aproximação, criei coragem para deitar minha cabeça em seu ombro, senti milhares de borboletas voarem alegres por sua reação ter sido boa; ele apenas deu um sorriso mínimo e tornou a olhar a vista a sua frente. Me aconcheguei em seu ombro, meus dedos tocavam a ponta dos seus cobertos pela luva de couro, meu corpo se esquentou de uma forma gostosa, seu perfume estava próximo ao meu nariz, aproveitei para inalar o cheiro gostoso que ele tinha, olhei brevemente para seu rosto, observando cada detalhe dele; Seus olhos refletiam a paisagem ao nosso redor, seus cabelos se remexiam com o vento, ele parecia ter seus pensamentos distantes, sua respiração estava suave e lenta. Minhas pálpebras pesaram, mas eu evitei dormir, apenas aproveitei sua companhia e o conforto que ela me passava, me aproximei um pouco mais dele, não importava que ele percebesse a saudades que eu sentia te ter qualquer contato com ele, eu apenas queria ficar o mais perto possível, coloquei minhas mãos sobre minha perna que se encostou na sua, mais próximo que aquilo só se eu sentasse em seu colo – não que não me desse vontade – bocejei, deixando meu corpo relaxar o olhei uma última vez, desta, ele estava me olhando. Nossos olhares se encontram e sua respiração batia contra a minha, eu sorri, senti que minhas pupilas iriam explodir em milhares de estrelas, ele retribui o sorriso e torna a olhar para a Torre Eiffel a nossa frente. Fecho meus olhos e me deixo apreciar o máximo que podia àquele momento.


Notas Finais


Preciso planejar umas coisas pra essa fic aqui... Tenho que ter um roteiro pronto pra ela, coisa que eu não tenho ainda.

Amem a si mesmos, sinta-se bem com quem você é. É o que importa no final de tudo. ❤️

Minha paciência tá só o Chat Noir e ainda é o primeiro dia do ano. 👻☕

Um Feliz Ano Novo a todos e espero que tenham se agradado do capítulo ❤️


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