O litoral de uma das ilhas que formam o arquipélago de Ionia é marcado por vastas fazendas de sal, e embora da alta colina onde se localiza a cidade de Tevasa não seja possível vê-las, a carga transportada em carroças puxadas por um par de Worax é um lembrete vivo de que elas ainda persistem, mesmo após a invasão Noxiana de doze anos atrás.
Os animais parrudos, de pelagem espessa com aparência de búfalos semelhantes a cabras, arrastam colina acima aqueles enormes fardos de sal como se fossem plumas e não pesassem nada. A cada instante, uma carroça vazia deixava a entrada da cidade e outra chegava abarrotada de ainda mais mercadoria.
Mas em que pese a orla da praia não fosse visível do topo da cidade, as águas cintilantes do mar azul enchiam os olhos daqueles que, por alguns poucos instantes do dia, deixavam seus afazeres de lado somente para contemplar a beleza mágica da flora Ioniana, da qual as fazendas de sal escondidas pelas encostas da praia apenas fazem parte.
As árvores ancestrais, com vários metros de altura e ramificadas em diversos galhos, possuíam copas frondosas repletas de folhas azuis e cor-de-rosa. As menores refletiam o verde da relva vívida, e suas plantas eram únicas, impossíveis de serem encontradas ou cultivadas em qualquer outro lugar de Runeterra senão em Ionia, conhecida por muitos como As Primeiras Terras.
Contudo, apesar do alto da colina de Tevasa não ser possível contemplar em sua plenitude tamanha beleza litorânea proporcionada pelas fazendas de sal, ainda assim é muito mais do que aqueles que habitam a parte mais baixa da cidade são capazes de apreciar.
Quem sobrevive nos subúrbios inferiores não tem qualquer vislumbre dos amontoados de sal que mais recordam a neve branquinha que cobre o Monte Targon, situado do outro lado de Runeterra à oeste do Deserto de Shurima.
Às vezes, Sett sente falta do salpicar da brisa salgada em seu rosto, eriçando os pelos de suas orelhas felinas e refrescando seu corpo. Contudo, não tarda para as lembranças de sua infância lhe arrebatarem a mente, o recordando dos tempos difíceis que suportou ante a ausência repentina e inesperada de seu pai.
Para um meio-vastayês, rejeitado pelo povo Vastaya e tão pouco aceito entre os humanos, a vida tende a ser mais difícil do que o comum, ainda mais se o humano que é seu pai for um soldado de Noxus, invasor de Ionia.
Sua infância em uma das fazendas de sal tornou-se insuportável quando o homem desapareceu inexplicavelmente, pois os punhos daquele lutador e o medo que o mesmo causava era o que protegia o pequeno Sett do desdém do povo de sua mãe, esta que também fora expulsa pelos Vastayas por unir-se ao inimigo.
Fora justamente essa vida pregressa que o introduziu à um caminho sem volta, pois quando as palavras deixaram de calar os ofensores de sua mãe, seus punhos passaram a fazê-lo. Depois disso, não demorou muito para Sett desenvolver um gosto por lutas e pela adrenalina que percorria suas veias a cada osso que sentia quebrar sob seus dedos.
Escondido de sua mãe, logo tornou-se um lutador da Arena, assim como era o seu pai, e ainda durante sua adolescência escalou degrau por degrau até chegar ao topo, deixando para trás um rastro de carcaças desfiguradas e pilhas de ossos quebrados.
Com um corpo robusto, uma força bruta inigualável e uma inexplicável capacidade de suportar incríveis níveis de dor, o garoto-fera conquistou o título de Rei da Arena, e com isso sua ambição cresceu.
Cresceu tanto ao ponto de ele decidir que não mais seria apenas a atração principal do lugar, mas sim o dono de tudo aquilo. Sett queria o lucro, todo o dinheiro que vinha da Arena para que assim pudesse proporcionar uma vida confortável para sua mãe, apagando de vez seu passado de origem humilde e também traumática.
E ele conseguiu. Só foi preciso quebrar os ossos das pessoas certas para que assim se tornasse uma figura poderosa no próspero submundo criminoso de Ionia, agora como um jovem adulto que, aos olhos da mãe, nada mais era do que um simples construtor.
Sett escondia dela a origem do dinheiro que lhe entregava toda semana, pois sua mãe sempre reprovara a ideia do rapaz seguir os mesmos passos do pai. No entanto, não era como se carregasse qualquer peso em sua consciência por omitir a verdade. Ele apenas queria que sua mãe desfrutasse o restante de sua vida no conforto e sem preocupações.
Depois de criá-lo praticamente sozinha, sob o julgamento de todos que a condenaram pelo simples fato de ter se apaixonado, Sett acreditava que ela merecia esse descanso.
Por outro lado, algo que Sett não conseguiu esconder de sua mãe de modo algum, foi seu olhar enamorado sempre que cruzava com os olhos inexpressivos de um certo forasteiro Targoniano, que mais tarde descobriu ser um Lunari chamado Aphelios.
Sett nunca foi muito adepto a qualquer tipo de religião, em que pese os Ionianos tenham uma forte conexão espiritual com sua terra. Porém, ele se dedicou a aprender sobre os Lunari, somente para que assim pudesse se aproximar daquele rapaz.
Não tardou para descobrir que Aphelios, assim como seu povo, era considerado um herege pela religião predominante no Monte Targon, os Solari, e justamente por conta dessa perseguição injustificada, é que Aphelios se viu obrigado a deixar sua terra natal, refugiando-se no reino de Ionia.
Foi no Lago dos Lírios Iluminados, em uma noite clara durante o Equinócio de Primavera, que eles tiveram o seu primeiro encontro, onde Sett se viu baixar a guarda pela primeira vez em muitos anos, totalmente fascinado pelo belo reflexo do rosto de Aphelios na superfície cristalina da água.
Imagine sua surpresa quando, no instante seguinte, se viu na mira de uma lâmina mística forjada com pedra da lua, esta empunhada pelo Targoniano que agora tinha toda sua atenção em Sett, em que pese ainda mantivesse aquele mesmo semblante inexpressivo.
Naquela ocasião, o meio-vastayês ergueu as mãos em total sinal de rendição, e ficou esperando que ele fizesse ou dissesse qualquer coisa, mas nenhuma palavra saiu dos lábios de Aphelios.
Mais tarde, com os dias que sucederam aquele encontro, Sett descobriu que Aphelios nada poderia falar porque o veneno de Flores de Noctum que ele ingeriu anos atrás lhe privou desta capacidade.
Isso, e muitas outras coisas, ele foi desvendando aos poucos após aprender a linguagem de sinais somente para que assim pudesse se comunicar com Aphelios, e a primeira coisa que este lhe disse, em uma tarde de verão, foi o quão grande e estúpido Sett era, tal qual um Ibik.
Quando Aphelios explicou para Sett o que um Ibik era, o meio-vastayês se desatou a gargalhar ao ser comparado de tal forma com uma criatura do Monte Targon, e para a surpresa do próprio Aphelios, este sorriu para ele.
Foi o primeiro sorriso do Targoniano desde que havia chegado à Ionia, e na medida em que as semanas passavam, os sorrisos na companhia de Sett tornaram-se cada vez mais frequentes, até que o outono chegou. As folhas começaram a cair, e o tempo a esfriar.
Por mais que Aphelios dissesse que o frio de Ionia não se comparava ao clima das montanhas rochosas e nevadas de Targon, Sett não parou de gesticular seus argumentos até que o rapaz aceitasse deixar a cabana precária da floresta para passar o inverno próximo na casa de Sett, onde era mais aconchegante e quente também.
Poucas semanas depois, o primeiro ar gelado vindo do norte anunciou a chegada do inverno. Sett olhou na direção do horizonte, onde a floresta se estendia para além do que os olhos eram capazes de observar, e preocupou-se pela demora de Aphelios.
Aquela seria uma noite de Lua Cheia, uma boa oportunidade para que o Lunari produzisse mais do veneno das Flores de Noctum, necessário de ser ingerindo de tempos em tempos para manter a conexão de almas que Aphelios tem com sua irmã gêmea, Alune, esta que agora habita o Reino Espiritual e de lá enxerga o mundo através dos olhos de seu irmão.
Quando ele explicou para Sett a conexão profunda que existia entre ambos e a necessidade de ingerir aquele veneno, o meio-vastayês custou a aceitar que Aphelios tinha que se submeter à tamanha dor e a sacrificar sua voz somente para poder ser um canal do poder da Lua, e assim, juntamente com a magia espiritual de sua irmã, proteger o povo Lunari da perseguição dos Solari.
Nas palavras de Sett, “eu te protegerei com meu corpo e alma de hoje em diante até a minha morte, então não beba mais do que o necessário, meu bolinho da lua, não quero te ver sofrer”.
Foi a primeira vez que Aphelios precisou desviar o olhar para o lado, em uma tentativa falha de esconder o rubor de suas bochechas, e logo depois disso ele deixou a casa de Sett para ir até a floresta, sob a qual o brilho do luar recaía.
Por mais que Sett soubesse o quão capaz Aphelios era de se proteger, assim como de proteger aos outros, uma sensação ruim lhe obrigou a apanhar seu casaco de penas e lã, e seguir rumo à floresta atrás dele.
Na medida em que se aproximava do bosque, o barulho formado pelo choque de lâminas e o som profundo de um canhão espectral sendo disparado logo foram capturados por sua audição aguçada. Sett parou no meio do caminho e moveu suas orelhas felinas até identificar a direção de onde vinham. Encontrando-a, pôs-se a correr por entre as árvores e arbustos, e na medida em que se aproximava de uma clareira, pôde nitidamente ver o corpo de Aphelios ser arremessado ao alto e cair no chão logo em seguida.
Ao redor dele, um grupo de três guerreiros empunhando armas douradas e com o símbolo Solari gravado em suas braçadeiras apontavam suas lanças na direção do Lunari, prontos para abatê-lo.
Com sua visão turva e os ouvidos zumbindo pelo impacto, a única coisa que Aphelios conseguiu identificar depois disso foi um rugido grave que irrompeu pela garganta de Sett, quem saltou dentre as árvores correndo na direção daqueles homens.
Um brilho dourado emanava dos punhos do garoto-fera, e com apenas um soco um dos guerreiros Solari foi ao chão. Outro deles, Sett agarrou entre os braços e ergueu o homem ao alto como se não pesasse nada, o arremessando em cima daquele que lhe encarava em espanto.
Não esperou que o trio se recuperasse da surpresa, e logo desferiu contra eles uma série de socos e murros que faziam o chão sob seus pés tremer a cada impacto. Sett só parou quando uma grande poça de líquido carmesim se formou ao redor dos três corpos agora inertes, os elmos de ferro afundados contra seus crânios desfigurados.
Sentado no chão, Aphelios encarava os ombros de Sett subir e descer por conta de sua respiração pesada, e sua atenção logo migrou para seus punhos cerrados, dos quais gotas de sangue pingavam sobre a grama manchada.
Ele se levantou, e em passos lentos aproximou-se do maior, tocando a testa em suas costas. Deslizou os dedos gelados por suas mãos, aplicando um leve aperto ao fechar os olhos e respirar de forma profunda. Ao abri-los novamente, ergueu o rosto para o alto, encarando Sett, e esboçou um sorriso mínimo, como uma forma de dizer que estava bem sem precisar usar palavras.
Sett, por sua vez, intercalou o olhar entre Aphelios e os corpos sem vida, deixando que o brilho dourado que ainda emanava de seus punhos se dissipasse aos poucos. Ele umedeceu os lábios, soltando a respiração, e virou-se de frente para o menor, levando a destra em direção ao seu rosto. O segurou delicadamente pelo maxilar, acariciando sua bochecha com o polegar, e inclinou-se para depositar um beijo casto em sua testa.
Aphelios fechou os olhos ao receber aquele gesto carinhoso, e segurou a mão de Sett que estava em seu rosto, acariciando-a também. Quando ele se afastou, entrelaçou seus dedos aos dele e em silêncio os dois seguiram de volta para a casa.
A lareira acesa aquecia os cômodos cuja estrutura era formada por galhos grossos de uma árvore central, aos pés da qual havia uma cama grande, forrada com peles de animais e travesseiros de pluma de ganso. Sett se aproximou dela e sentou-se na beirada, tirando o casaco para o deixar no chão ao lado.
De cima de uma mesa entalhada em madeira, Aphelios apanhou uma bacia de água e um pano de linho, e aproximou-se do outro. Se ajoelhou à sua frente, e sem dizer nada começou a limpar o sangue que manchava suas mãos e também o seu peitoral desnudo.
A única coisa que se ouvia, era a respiração de ambos e as chamas crepitando na lareira, mas em que pese não trocassem nenhuma palavra, eles sabiam qual era o sentimento que estavam compartilhando naquele momento.
Quando já mais nenhuma gota manchava a pele morena de Sett, Aphelios deixou a bacia e o pano de lado e ergueu seu olhar para ele novamente. Seus semblantes refletiam nas orbes um do outro, e era como se nenhum deles quisesse desviar o olhar.
Aphelios sentia-se como um astro à deriva do campo gravitacional de Sett, e este não estava diferente. Aos olhos do meio-vastayês, o Lunari parecia tão intenso e vulnerável naquele instante, que ele não mais resistiu à vontade cultivada por longos meses.
Ele então esticou a mão na direção de seu rosto e o segurou pelo queixo, trazendo-o para cada vez mais perto. Aphelios não resistiu, e na medida em que a distância se encurtava, ele fechou os olhos e deixou que seus lábios enfim se tocassem.
Ao primeiro contato, um selar sutil e demorado, que logo mais evoluiu para um beijo calmo e paciente. Sett pediu passagem com sua língua, e Aphelios a concedeu quase que no mesmo instante. Quando elas se encontraram, um ósculo se instalou entre eles, e Sett o puxou para seu colo. Aphelios abraçou seus ombros, afundando os dedos esguios nos fios de sua nuca e entregou-se completamente ao desejo ardente que sentia.
Não demorou para aquele beijo ficar cada vez mais intenso e o calor subir por seus corpos. Sett intercalava sua atenção entre os lábios rosados de Aphelios e seu pescoço esguio, distribuindo carícias em suas coxas e cintura. O menor, por sua vez, deslizava as mãos pelas curvas do abdômen alheio, arrastando as unhas curtas por sua pele quente.
Em um movimento preciso, Sett passou o braço por trás de Aphelios e girou o corpo, o deitando na cama. Por cima dele, começou a despi-lo de suas peças de roupa, admirando cada novo pedaço de pele que deixava exposta. Sua derme macia e opaca lembrava tanto a Lua quanto um quadro em branco, o qual sentia uma inexplicável vontade de marcar com seus beijos.
Aphelios escondeu o rosto entre as mãos quando Sett tirou sua última peça de roupa, o deixando completamente exposto aos olhos do meio-vastayês. Seu gesto tímido arrancou um sorriso soprado do maior, quem segurou suas mãos e as afastou de seu rosto para deixar um beijo em cada uma.
Então, aos pés de seu ouvido ele sussurrou: — Assim como a beleza da Lua merece ser apreciada, deixe-me apreciar a sua. — E com isso outro selar foi deixado em seus lábios antes de Sett se afastar para ficar em pé.
Encarando-o de cima, foi sua vez de se desfazer das peças de roupa, e quando a última deixou seu corpo, o membro corpulento e semi-ereto bateu contra sua pélvis, arrancando uma expressão surpresa de Aphelios e um sorriso presunçoso de Sett.
Nisso, ele voltou para a cama e levou uma das mãos de encontro à própria boca, chupando dois de seus dedos sem desviar o contato visual. Aphelios o encarava ansioso, e assim que sentiu o toque dos dígitos molhados em sua intimidade apertada, seus músculos contraíram em reflexo.
Sett não estava com pressa, ele queria saborear aquele momento, então deslizou o indicador e o médio em movimentos circulares ao redor de suas pregas, antes de lentamente inserir apenas um deles. Um gemido mudo partiu dos lábios de Aphelios naquele instante, e ele apertou os olhos, puxando o lábio inferior entre os dentes.
Logo o segundo dedo foi inserido, e Sett começou a movê-los de forma paciente, vez ou outra os abrindo dentro dele para prepará-lo para o que estava por vir. Ao mesmo tempo, desceu sua atenção para os mamilos intumescidos de Aphelios, tomando um deles entre os lábios ao chupar e deslizar a língua ao redor do biquinho.
O menor soltou um grunhido baixo, como um gemido, e apertou os dedos da destra nos fios de Sett, sentindo o corpo ser arrebatado pelas mais diversas sensações, inéditas para si. Por mais que não pudesse dizer nada, naquele momento seu corpo falava por si, assim como suas reações, totalmente suscetível aos estímulos provocados por Sett.
Quando o rapaz começou a rebolar sutilmente contra seus dedos, o maior passou a estocá-los um pouco mais rápido, subindo a boca por seu peitoral até alcançar a clavícula, sobre a qual deixou uma marca ao sugar sua pele entre os lábios.
O membro de Sett à esta altura já estava completamente duro, contraindo-se contra sua pélvis e expelindo lubrificante pela fenda. Foi neste instante que ele se colocou entre as pernas de Aphelios e encaixou a glande em sua entrada. Segurando seu rosto com uma mão, ele apoiou-se com a outra na cama e vagarosamente investiu o quadril para frente, penetrando-o aos poucos.
Aphelios sentiu suas paredes internas queimaram na medida em que Sett abria caminho com seu membro teso, levando-o a arquear as costas e morder o próprio punho. Ciente do desconforto que ele passava, o maior aproximou a boca de seu rosto e passou a depositar selares por sua bochecha e no canto de seus lábios, até tomar estes em um beijo molhado, distraindo-o do desconforto inicial da penetração.
Assim que Aphelios mostrou estar mais receptivo, Sett passou a mover o quadril de forma contínua. Primeiro, em movimentos sutis e ondulares, e depois em um vai e vem lento que fazia o pré-gozo se misturar com a saliva e molhar cada vez mais o canal apertado do menor.
Seus olhos se encaravam, e os lábios entreabertos deixavam com que a respiração de ambos se chocasse uma contra a outra. Com uma mão, Aphelios segurou o rosto de Sett também e o puxou para outro beijo, este mais afoito que os anteriores.
Logo os movimentos lentos deram espaço aos mais sedentos, e Sett passou a mover seu corpo grande sobre o do outro com precisão, buscando seu pontinho doce na medida em que o próprio prazer crescia gradativamente.
As pernas de Aphelios foram de encontro à cintura do maior, circulando-a para prendê-lo ali, dentro de si, e ele o abraçou pelos ombros, o puxando para mais perto. A respiração quente de Sett se chocava contra o pescoço do menor, e o ambiente se preencheu com os sons que emanavam deles. Desde a fricção molhada, aos murmúrios e gemidos.
O calor de seus corpos se misturava, assim como a saliva de suas bocas a cada novo beijo que trocavam, em um desespero compartilhado para alcançar o ápice do prazer. A mão pesada de Sett marcava a cintura de Aphelios, e na medida em que seu orgasmo se aproximava, as investidas tornaram-se mais brutas e vorazes.
Em um determinado momento, Sett apoiou os antebraços na cama e o segurou por baixo dos ombros, colando sua bochecha à dele. Aphelios agarrou-se aos braços do maior e afrouxou o aperto de suas pernas ao redor da cintura alheia, deixando-o que se movesse melhor.
Depois disso, bastou mais algumas estocadas para Sett desfazer-se no interior apertado de Aphelios, preenchendo-o com sua essência forte e espessa, o que levou o outro a gozar também, lambuzando o abdômen de ambos em meio à um gemido mudo e arrastado.
Os dois ficaram abraçados um ao outro por mais um tempo, até que Sett retirou-se do seu interior e se jogou ao seu lado na cama, pousando a mão em seu quadril ao encará-lo com um sorriso.
Sorriso este que fora compartilhado por Aphelios, quem se virou na direção dele e levou a mão até seu rosto, acariciando antes de encurtar a distância para depositar um último selar em seus lábios, logo mais se aconchegando em seu peito, completamente exausto.
Sett o envolveu em seus braços fortes, puxando um cobertor para cima deles, e beijou sua têmpora antes de deitar a cabeça no travesseiro, encarando-o com aquele mesmo olhar enamorado da primeira vez que o vira. — Boa noite, bolinho.
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