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História Moonchild (BTS) - Signos Opostos


Escrita por: TigresaHipster

Notas do Autor


Desculpa a demora! Fim de semana passado acabei me rendendo aos bloquinhos de carnaval e fiquei sem tempo. Mas hoje tem capítulo novo.

ATENÇÃO:
— A estória/história tem saltos no tempo, então a data será sempre informada no início do capítulo!
— As traduções das expressões em coreano e link da música citada, estão nas notas finais.

Boa leitura, chingu! <3

Capítulo 17 - Signos Opostos


Fanfic / Fanfiction Moonchild (BTS) - Signos Opostos

Abril 2018

“A noite - enorme

tudo dorme

menos teu nome.”

— Paulo Leminski

 

Sabe o que dizem sobre a combinação amorosa entre Áries e Capricórnio?

— Problemas.

Eu sou o fogo que queima e arde sem se ver, você é a terra que semeia e colhe com amor. Temos personalidades completamente opostas. Mas quem liga? Meu espírito ariano, confuso e impulsivo, de uma forma louca, combina muito com o seu espírito caprica, racional e equilibrado. Quero ao seu lado admirar novas paisagens, ouvir músicas doces e saborear os fins de tarde.

 

 

VOLTANDO PARA SEUL...

KIMBERLY [ON]

Depois de um fim de semana repleto de comemoração e loucuras em família, cá estamos, eu e Tae, dentro do ônibus voltando para a agitada Seul.

— E aí, gostou da Ilha de Jeju? — pergunto na esperança de ter uma resposta positiva.

— Eu já conhecia a ilha, mas o que fez o meu fim de semana ser diferente foi a afetuosidade da sua família. Você tem muita sorte em tê-los, Kim. — Tae responde, em meio a alguns bocejos de sono.

A carinha encantadora de cansaço dele me faz sorrir. Não tenho dúvidas de que minha mãe deu o máximo para deixá-lo confortável. Alheio aos meus devaneios, ele pega a mochila, retira um pequeno pote de plástico e diz:

— Sua avó me entregou essas tangerinas e disse para dividirmos na volta.

— Ah, que gracinha! Tinha que ser coisa da harmeoni. — bato palminhas, feliz com o gesto de carinho fraternal.

— Eu imaginava que todos os seus parentes fossem diferentes.

— Por quê? — questiono.

— Por toda a história de vida deles. — ele abre um meio sorriso e suspira. — Seus avôs foram para o Brasil, lá sua mãe e seus tios constituíram novas famílias. Sua avó do nada decidiu voltar para a Coréia com o seu avô. Largaram tudo que construíram por décadas e agora cultivam canola na Ilha de Jeju, como se nunca tivessem saído de lá. Sem falar em você e seu irmão, que não possuem nenhum traço físico do seu pai que é do ocidente.

— Bem-vindo ao meu mundo! — brinco. — Durante muitos anos meus avôs guardaram dinheiro para alcançarem o sonho da “tranquila aposentadoria”. Infelizmente, no Brasil, um idoso passa por inúmeras dificuldades, então, essa decisão de voltar para a ilha foi bem analisada. Acredito que foi a melhor escolha deles.

— Ainda bem! Minha barriga cheia de tangerinas agradece. — ele esfrega a barriga com as mãos.

Nós dois rimos. E eu acrescento:

— E quanto ao fato de não parecer “ocidental”, isso me perseguiu a vida inteira. Sempre fui a “japa estranha” da sala. Quando criança eu odiava meus olhos puxados, e sonhava em ter os olhos verdes do meu pai. Hoje eu entendo que aquilo que meus colegas faziam era bullying, e ser diferente não é ruim, é algo esplêndido. Possuo duas culturas significativas correndo em minhas veias. 

— NOSSA! Que profundo! Você é demais, Moonchild! — Tae exclama e me abraça. — Seu pai tinha razão. Às vezes damos importância a coisas pequenas e deixamos a nossa felicidade de lado. Saiba que você é linda exatamente do jeito que é.

Sorrio como uma tola apaixonada e beijo o bobo do Kim Taehyung, que deita a cabeça no meu ombro.

ESSE GAROTO QUER ME MATAR COM ESSA EXPLOSÃO DE FOFURA! SÓ PODE!

 

(...)

 

Com o pretexto de “chegar rápido” no apartamento, Taehyung pediu um táxi no terminal rodoviário, onde nos encontrávamos naquele momento. Quase tive um mini infarto ao conferir o valor do taxímetro a cada quilômetro rodado durante a viagem. Até que percebi a verdadeira intenção do sonso do Tae.

— Senhor, acho que houve uma falha de comunicação! — digo ao taxista. — O endereço no mapa do seu navegador está errado, eu moro na rua...

— Não, está correto! Pode continuar seu percurso, senhor. — Tae interrompe.

— Aconteceu alguma coisa? — olho confusa para ele, em busca de alguma explicação.

— Claro que não! Estamos indo para o meu apartamento. Já liguei para sua amiga Sook, avisei que só chegaremos amanhã. 

— E o seu carro? Ele está estacionado na garagem do meu prédio.

— Meu carro é o menor dos problemas, agora. — afirma com um sorrisinho atrevido no rosto.

— NÃO ACREDITO, GAROTO! Planejou tudo sorrateiramente para me levar no seu covil de lobos?

— Você já esqueceu que tem uma dívida comigo? Chegou a hora de pagar! — murmura em meu ouvido, atraindo-me contra o seu corpo no banco do táxi para que notasse quão excitado estava.

Diante do comentário dele, todo o restante do trajeto resumiu-se em mãos bobas, risos indiscretos, um motorista puto da vida com nossa sem-vergonhice e meu nervosismo por saber que sairei da seca, depois de dois longos anos sem sexo.

 

(...)

 

      Assim que entramos no elevador, Tae se aproxima e me joga contra a parede. O toque dele me faz estremecer por completo. Fico na ponta dos pés, e entrelaço minhas mãos atrás do seu pescoço para atraí-lo. Ele me beija com vontade e distribui pequenas mordidas adestradoras em meu pescoço.

— Será que conseguiremos chegar ao seu apartamento? — desafio.

— Não me provoque, Kimberly!

— Adoro essa sua voz rouca e sexy, sabia? — mordisco sua orelha.

— Espero que goste de outra coisa... — ele puxa minha mão e coloca em cima da sua ereção.

Iniciamos uma disputa entre línguas, dentes, mãos, pernas, dentro daquele pequeno espaço, preenchido com euforia e paixão. Beijos afiados, palavras sucintas, toques de navalhas, sensação da carne em chamas. Tato, audição, visão, olfato e paladar misturados numa busca contínua dentro de um mar de prazer.

De repente, o elevador se abre. Chegamos ao andar do apartamento dele. Mal fechamos a porta, Tae me agarra pela cintura de um jeito possessivo e diz:

— Estou ficando louco só de pensar em foder você.

— Então, tenta me pegar! 

Viro-me com rapidez e saio correndo pela sala. Por uns minutos o deixo perturbado, porém, algum tempo depois, ouço o forte som da porta batendo e sua voz em tom de ameaça:

— Alguém aqui vai levar uns belos tapas na bunda por ser malcriada.

Quando ele consegue me deter em seus braços, desperto um senso de desejo e ousadia ao mesmo tempo. Tae senta na cama, me coloca de bruços em seu colo e puxa a minha calça. Sem avisar, sinto o primeiro tapa na minha bunda. Em seguida, faz uma carícia onde está ardendo e exige:

— Se me pedir direitinho para lhe foder, eu paro.

Solto uma gargalhada de deboche. Então sinto o segundo, o terceiro e o quarto tapa arderem. Mordendo os lábios com ceticismo, pergunto:

— Por que isso?

— Por que você é uma garota muito malcriada.

Adorando a sensação que ele me provoca, entro na onda da brincadeira.

— Por favor, me fode. — as palavras saem baixinho e ganho outro tapão na bunda.

— Fala mais alto para seu oppa ouvir! — ordena.

— POR FAVOR, POR FAVOR, POR FAVOR, OPPA! — imploro manhosa.

— Vai se comportar? — pergunta, fazendo uma cara super séria que me impressiona de tão convincente.

— Eu juro!

Não presto atenção em mais nada, só nele, que me joga na cama e começa a retirar o resto da minha roupa, me deixando completamente nua. Tae me analisa da cabeça aos pés e parece gostar da visão que tem, pois, seus olhos transparecem pura atração.

Com todo cuidado e malícia, beija minhas costelas e passeia a boca pelos meus seios, me fazendo estremecer involuntariamente. A impaciência nos domina e procuro desnudá-lo de uma vez por todas. Detenho suas mãos e o empurro, tentando ficar por cima dele. Não costumo ser tão ousada, mas de uma maneira estranha com Tae me sinto confiante e excitada. Muito excitada. Aproveito para arrancar sua cueca boxer e saboreá-lo à vontade.

— Porra, Kim, estou quase lá. — revela, se agarrando aos lençóis.

Quando paro de chupá-lo, permito que assuma o controle outra vez. Instantaneamente, seus olhos escurecem e mudamos de posição. Sem desviar o olhar, toca minha boca e eu lambo seu dedo, girando a língua ao redor do seu polegar. Com esse mesmo dedo, ele faz um caminho descendo pela minha barriga... descendo... descendo... até que o sinto dentro de mim. Depois seus lábios fazem o mesmo percurso perigoso. Meu corpo estreme e me contorço por completo.

— Isso, continua... — jogo a cabeça para trás.

— Calma, garotinha! Eu nem comecei a brincadeira ainda. — diz rouco, entre minhas pernas.

Com a mão livre, Tae abre e coloca um dos preservativos que estavam na mesinha de cabeceira, me põe de quatro e me penetra com força, segurando meus cabelos com um puxão por trás. Nossos quadris fazem movimentos longos e intensos. Onde nesse ritmo, entre gemidos e orgasmos, perdemos totalmente a noção do tempo.

Já sem fôlego, separamos nossos corpos suados e desabamos sem energia sobre a cama. Ele abre os dois braços e me envolve neles. Beijo seus lábios com ternura e me aconchego em seu peito ainda quente. Dá para ouvir seu coração batendo acelerado e fora de ritmo.

 — Acho que você sugou todas as minhas energias. — lança um enorme sorriso quadrado, capaz de iluminar todo o quarto.

— Dívida paga com sucesso, amor! 

 

(...)

 

Quando acordo na manhã seguinte, estou sozinha na cama. Aliás, estou com um cachorro deitado ao meu lado. CREDO! Essa situação não é nenhuma novidade para mim. Olho para o relógio e noto que o tempo voou, os ponteiros marcam nove horas. Pulo da cama assustada. MERDA! Por que o Taehyung não me acordou?

Ao chegar na cozinha, encontro uma xícara de café na mesa acompanhada por uma carta escrita à mão. Sento numa cadeira e começo a ler palavra por palavra.

 

Moonchild,

 

Acordei cedo e me lembrei do carro. Pensei em lhe acordar para ir comigo, mas seu rostinho tranquilo enquanto dormia me fez repensar mil vezes. Então decidi lhe deixar no mundo dos sonhos por mais algumas horinhas. Tem café na mesa e tem torradas no armário. Se alimente. Volto já! Saiba que você me inspirou bastante e acabei escrevendo um trecho de uma nova música...

 

"Ela parece uma arara azul. Você voaria para mim? Eu quero ter um dia bom, dia bom, dia bom...

Parece como um urso de inverno. Você dorme tão feliz. Eu te desejo uma boa noite, boa noite, boa noite...

Imagino o seu rosto. Diga oi para mim. E aí, todos os dias ruins não significam nada para mim

Com você..."

 

Com amor, Taehyung

 

Volto a sorrir de orelha a orelha. Ele é muito fofo quando quer, esse babaca.

E no fim, tudo foi deportado para uma manhã de abril. Fria, longa, cinzenta e serena. Mas com a satisfação estampada por todas as paredes, teto e chão daquele apartamento.


Notas Finais


Tradução de expressões usadas:
Oppa = forma carinhosa de uma garota chamar um garoto mais velho.
Harmeoni = avó.

PLAYLIST:
- Música da carta: Winter Bear (BTS/V)
https://youtu.be/pk7ESz6vtyA


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