Jon
2 anos atrás.
Londres, Inglaterra.
O evento de gala não poderia estar mais chato, o que mais desejava nesse sábado à noite era estar em casa e dormir cedo. Porém, nem tudo era perfeito e ele tinha de estar ali como representante da família Stark. A família era uma das mais poderosas no ramo de transporte naval e aumentar o network com os magnatas era sempre bom.
O evento era como uma comemoração adiantada de natal onde os ricos e famosos esfregavam na cara um do outro o quanto dinheiro tinha. Jon não estava interessado em nada disso, mas lhe tinha sido designado o papel de relações públicas essa noite e era obrigado a socializar com esse monte de gente fútil. Era o preço que pagava por ser um Stark e ter um cargo de alta confiança na diretoria da empresa da família.
Ele sempre amou trabalhar lá, desde criança quis seguir os passos do pai e ser o CEO do negócio da família. O irmão Robb, que era o mais velho e, consequentemente, deveria ser o homem a assumir a frente da empresa da família, não se interessava muito, ele sempre quis fazer engenharia e foi a carreira que seguiu. Jon fez economia na melhor universidade do mundo e, quando regressou, começou a trabalhar na empresa. O que gostava era estar no escritório gerindo e transformando a empresa uma referência no mercado, mas ele também tinha de fechar grandes contratos para levar a empresa para frente. Assim, ali estava ele, ouvindo uma conversa estúpida sobre secretárias gostosas de um magnata com o qual ele planejava fechar um acordo até o fim da noite.
Um garçom passou perto e ele aproveitou para pegar outra taça de champanhe, pelo menos beber ajudava para aguentar aquelas baboseiras. Viu então uma movimentação na porta de entrada, todos viravam para a mesma direção para pegar um vislumbre da recém-chegada.
Como era linda, parecia um anjo vindo a terra para nos agraciar com sua beleza. Ela tinha um comprido cabelo loiro, estes eram de um loiro tão claro que pareciam quase brancos, estavam agora em um elaborado penteado que só deixava mais evidente a beleza extraordinária daquela mulher. O longo vestido vermelho também contribuía, ele era colado ao corpo, e que corpo, cheio de curvas na medida e locais certos. Os seios, o bumbum, nenhum deles era muito grande ou pequeno, eram apenas perfeitos. O rosto dela exibia um sorriso para os convidados que a olhavam como a dona da festa, este sorriso era falso, ele sabia, mas mesmo assim iluminava seu semblante e ela ficava mais linda ainda com ele. Da distância em que estava ele não poderia ver seus olhos, mas sabia que eram de um violeta profundo, púrpuras como uma ametista e pareciam quase sobrenaturais. Daenerys Targaryen era sobrenatural, ela tinha vinda a vida com o propósito de aborrecê-lo e ainda assim despertá-lo, ela era seu melhor sonho e seu pior pesadelo.
Ao lado de Daenerys estava um homem que ninguém notava à primeira vista, não pelo menos quando estivesse ao lado dela. Daario Naharis não passava de um interesseiro, uma sanguessuga que tinha grudado em Daenerys desde a faculdade e que ela ainda não tinha conseguido se livrar. Ele gastava o dinheiro dela a torto e a direito e ainda tinha a cara de pau de traí-la, Jon o tinha flagrado uma vez em uma festa da faculdade com outra garota, quis esmagar o desgraçado naquela hora, mas aquilo não era assunto seu. Além do mais, Dany nunca acreditaria em algo que um Stark dissesse, mesmo que estes fossem reconhecidos por sua sinceridade e honra, mesmo assim ele se assegurou de que a informação chegasse a ela, mas nada aconteceu e ela continuou a namorar o babaca e estava com ele até hoje. Jon não sabia o que aquele idiota tinha feito para manipulá-la, mas o odiava por isso, odiava o que ele fazia com ela e sempre o odiaria.
Os dois caminharam então ao redor do salão sorrindo e cumprimentando as pessoas. Ela era a rainha da alta sociedade, era bela, bem comportada e gentil, todos a adoravam. O namorado dela seguia apenas como um consorte, apenas uma dama de companhia. Não entendia porque ela continuava com ele, não era como se fosse uma mulher insegura que precisava de homem para se sentir desejada. Mesmo se fosse, bastava ela estalar os dedos e uma fila de homens se poria a sua frente oferecendo tudo de si e cada centavo de sua conta bancária apenas para fazê-la feliz, Jon sabia que com certeza ele estaria nessa fila e provavelmente seria o primeiro, de forma que ela não precisa de um parasita como Daario.
Os belos olhos dela então se encontraram com os dele através do salão e, como sempre, uma onda eletromagnética pareceu conectá-los. Eles não se viam a quase quatro anos, a última vez em que estiveram no mesmo recinto foi na formatura da faculdade. Dany foi de sua turma, ela também cursou economia para um dia assumir a frente da empresa de sua família. Eles tinham sido rivais durante os quatro anos da faculdade, ela o tinha atormentado todos os dias e eles tinham discutido um milhão de vezes, Jon nunca pensou que sentiria saudade daquele tempo, mas ao fitar aqueles olhos, ele percebeu o quanto sentiu falta dela. De vez em quando ainda a via na capa de alguma revista de fofoca, mas aquilo não era o suficiente, era a força da presença dela que o deixava louco. Queria muito que ela se aproximasse, desejava ouvir mais uma vez a voz suave dela. Era incrível que mesmo quando ela gritava com ele de raiva, a voz continuasse como uma melodia agradável.
Se ela sequer foi afetada com a presença dele, foi muita rápida ao esconder, pois a expressão dela continuou neutra. Jon continuou a segurar o olhar dela, era a primeira vez que se viam em anos, não seria ele a perder o primeiro embate. Dany também não desviou o olhar do dele, a guerra de vontades deles eram constantes e muitas vezes o que decidiu o vencedor era quem segurava o olhar por mais tempo. Admitia que era ela quem ganhava na maioria das vezes, mas fazer o que se ele sempre ficava a beira de fazer uma besteira quando ela o olhava fixamente?
Sem desviar o olhar ela caminhou em sua direção, a dama de companhia a seguiu. O vestido vermelho dela era leve e dançava ao seu redor quando andava, parecia que ela estava vestida de fogo e este não era capaz de queimá-la. Jon tomou um gole de sua taça, precisaria de um pouco de álcool para lidar com o furacão Daenerys.
- Stark. - Foi o cumprimento severo da moça. Eles nunca tinham se tratado pelo primeiro nome, não queriam ter o mínimo de intimidade um com o outro, pelo menos não queriam demostrar que o que mais desejavam era intimidade um com o outro.
- Targaryen. Muito tempo sem nos ver.
- Pra mim não foi o suficiente. - E ela já começa atacando, Jon sorriu. Como ainda não tinha percebido o que estava faltando em sua vida? Era ela que estava faltando, o fogo dela era a única coisa capaz de derreter o gelo dentro dele.
- Você não mudou nada, ainda é a mesma patricinha querendo ser o centro das atenções. Rainha da escola, rainha da faculdade, qual é o título que está buscando agora?
- Rainha do setor de logístico, talvez. - Ela sorriu perversamente. - A Targaryen Corp. vai esmagar a Stark Logistc, eu vou esmagá-lo Stark.
- Você é só provocações Targaryen, enquanto você anda por aí na sua vidinha de socialite eu já conquistei o título. Caso você não tenha lido a última edição da Forbes, eu já fui declarado o rei desse setor. - Teve o prazer de ver a expressão dela mudar da provocação para a raiva.
- É justo, mas tenho certeza que você vai acabar dobrando o joelho para mim e me declarar sua rainha.
- Talvez em seus sonhos.
- Não, vai ser real agora. - Daenerys segurou o braço do namorado e se afastou dele, sem olhar para trás.
O que ela queria dizer com aquelas últimas palavras? Será que Daenerys sonhava com a rendição dele a ela? Será que sonhava com ele ajoelhado aos seus pés? Fazendo o que será? A imagem dele ajoelhando frente a ela passou em sua mente e ela não tinha nada a ver com rendição. Se alguma vez ele ficasse sobre seus joelhos para ela, seria para fazer coisas mais perversas do que simplesmente declará-la sua rainha. Não, quando ele se ajoelhasse seria para que ela rendesse e ele a compensaria muito bem por isto.
Daenerys
Só pôde voltar a respirar quando se afastou de Jon Stark. Como que ele conseguia ainda ter aquele efeito sobre ela depois de todos esses anos sem o ver? Como ele conseguia segurar o coração dela em suas mãos com apenas um olhar? Como ele conseguia fazer a mente dela parar de racionalizar para se focar somente nele? Como ele conseguia fazer o resto do mundo desaparecer até que restasse somente eles dois?
Não sabia a resposta para nenhuma de suas perguntas, mas sabia que vê-lo hoje fez com que se sentisse viva novamente. O período da faculdade foi o melhor de sua vida, ela tinha morado longe do pai pela primeira vez e viveu com Jon Stark ao seu redor por quatro anos. Mesmo com todas as brigas entre eles parecia que havia algo que sempre atraía um para o outro. A eletricidade entre eles era viciante e ela nunca resistia a provocá-lo. Jon era um rapaz quieto por natureza, mas ela sempre conseguia tirá-lo do sério, com ela ele não conseguia se segurar.
Dany puxou Daario pro lugar mais longe possível de Jon Stark. "Se olhar para trás estou perdida", pensou. Se continuasse na presença dele acabaria por cometer uma loucura como abraçá-lo, afinal fazia anos que não se viam, ou beijá-lo, porque era o que mais desejava desde a primeira vez que o viu.
Ainda lembrava nitidamente da primeira vez que o viu, não fazia ideia de que era um Stark, um dos principais concorrentes da empresa de sua família além de inimigos pessoais de seu pai. Ela era uma caloura como ele e ficaram na mesma turma. Quando o garoto inglês adentrou a sala de aula todas as atenções femininas foram para ele. Mas como seria diferente se era alto, bonito e com uma voz rouca capaz de fazer as calcinhas derreterem?
Dany já estava se preparando para puxar assunto com ele, não daria espaço para que qualquer outra o fisgasse primeiro. Porém, todas suas intenções foram para o lixo quando o professor o chamou pelo sobrenome, ele era um Stark e, portanto, era proibido para ela. No primeiro instante ele até pareceu interessado nela, pelo menos até descobrir que ela era uma Targaryen. Os dois esmagaram qualquer sentimento que tenha surgido à primeira vista, o problema é que este foi convertido em outra coisa. Dany sabia que não podia tê-lo e por isto torturava a ambos com suas provocações. Ela tentava se manter longe, mas nunca conseguia e irritá-lo era a única maneira que encontrou de estar em contato com ele, afinal ele sempre a rejeitaria pelo seu sobrenome assim como ela fazia com ele.
Foram muitos anos brigando, talvez eles brigassem pelo resto da vida, mas ela sabia que no fundo o que realmente queria era estar nua com ele. Como será que seria? Ela sempre se perguntava. Será que seria como suas fantasias? Será que ele seria uma máquina de sexo, como todas as garotas comentavam na faculdade? Ela morria por descobrir.
- Por que você está tão afetada? Era só o Stark, você enfrenta ele a anos. - A voz de Daario interrompeu seus devaneios. Ele era tão idiota, nunca tinha percebido que Dany sempre chorava quando tinha uma discussão pesada com Jon Stark, mas também ela era ótima em esconder das pessoas o que não queria que elas vissem.
- Daario, por que você não vai atrás de alguma idiota para levar para a cama e me deixa em paz? - Ela falou com raiva. Não suportava mais Daario, não suportava mais essa mentira que tinha de mantes na frente dos holofotes por chantagem.
- Tudo bem sua megera. - Ele disse e se afastou, pelo menos isto. Dany pegou uma taça de champanhe de um garçom que passava, definitivamente precisaria do entorpecimento do álcool essa noite.
De longe viu Daario começar uma conversa com um grupo de mulher, todas riram de suas piadas e eram afetadas por seu charme. Dany tinha nojo dele hoje em dia, aquele cara era sujo, o rosto bonito escondia uma alma podre. Ele era ganancioso e não media esforços para ter aquilo que queria, ele jogava e chantageava.
Quando ela o conheceu não tinha ideia de como ele era. Parecia uma cara tão legal, cursava administração e tinha sido super gentil com ela quando se conheceram em uma palestra muito chata. Eles sempre se viam então começaram a ser amigos, seu pior erro pois Daario sabia exatamente quem ela era e tinha se aproximado justamente pelas vantagens que conseguiria através dela. Certa vez, em uma festa na fraternidade dele, ela tinha estado muito mal, brigou pesado com Jon pela manhã e ainda o tinha visto aos beijos com uma garota que ela odiava, Ygritte. Então bebeu, bebeu para esquecer dele, para esquecer daquela ruiva sardenta, para esquecer da droga de sua família e de tudo que eles esperavam dela. Daario tinha estado lá, ela queria esquecer de Jon e então o beijou, estava claro que ela não racionalizava direto depois de ingerir tanta vodka, mas mesmo assim ele a levou para cama aquela noite. No dia seguinte Dany se lembrava de nada, mas não pensou que as consequências seriam tão ruins dado que foi um amigo com quem passou a noite. Depois disso, Daario disse que tinha se apaixonado e pediu uma chance dela, ela nunca poderia ficar com quem realmente queria, fora que ainda teria de vê-lo com outra, assim ela preferiu aceitar a proposta. No começo tinha sido um relacionamento normal, sem muita paixão é claro, mais companheirismo mesmo. Notou que Jon não tinha gostado nada, pois o olhar de ódio que ele dava a Daario era inconfundível e isto a deixou mais propensa a provocá-lo.
Dany sabia que seu relacionamento com Daario não tinha nada a ver com desejo ou amor, ele era apenas um estepe para ela, enquanto esta era só um troféu para ele. Pelo menos as coisas iam bem, até que uma amiga dela Missandei a mostrou uma foto de Daario se pegando com outra garota em uma festa qualquer, a amiga disse que a foto tinha sido enviado pro seu celular, mas não sabia quem tinha sido. Neste dia ela e Daario brigaram feio, Dany não estava propensa a ser uma corna conformada e então terminou com ele, ou pelo menos tentou. Daario era esperto, sabia que não conseguiria segurar Dany para sempre e por isso gravou a primeira vez deles. Ele ameaçou vender o vídeo para o maior canal de fofocas e deixar o nome dela e de sua família na lama. Ela não soube o que fazer na hora, se cedia a chantagem ou enfrentava o que o mundo teria a dizer do sextape da princesinha Targaryen. Ela então contou tudo para seu pai e ele a obrigou a fazer tudo o que Daario dissesse, aquele vídeo nunca poderia ser divulgado, o nome da família deveria permanecer intacto.
E foi assim, até hoje ela tinha de fazer tudo o que Daario pedisse. Pelo menos ele nunca mais a tinha procurado para sexo, afinal ele nunca tinha gostado dela mesmo só queria o que o status e dinheiro que ela poderia lhe oferecer. E ela não poderia estar mais feliz com isso, pois sentia nojo só de olhar para ele. Sabia que hoje ele acabaria na cama de outra enquanto ela dormiria sozinha e teria seus sonhos assombrados pelo seu maior inimigo e desejo mais sóbrio.
Pegando outra taça de champagne, Dany bebeu. Devia estar fechando acordos com os magnatas alí presentes, mas não tinha cabeça para socializar hoje. Terminou a champagne rapidamente e pegou outra. Cara, essa noite iria ser longa.
Jon
Tentava ao máximo se distrair com qualquer outra coisa, mas sempre sua atenção se voltava a ela. Daenerys estava no bar e bebia uma taça de champagne atrás da outra, algo estava errado, pois enquanto isso o namorado dela estava dançando e se divertindo com outras mulheres. Daario era uma verdadeiro canalha, como poderia estar flertando com outras enquanto Dany estava alí? Jon ficou com vontade de ir até ele e quebrar sua cara, era o que ele merecia, mas se controlou. Se dirigiu até o bar e se pôs ao lado de Daenerys.
- Enchendo a cara Targaryen? - Dany o olhou de canto de olho e depois voltou a encarar sua taça que já estava quase vazia.
- Você não tem nada a ver com isso, Stark.
- Eu sei que não é da minha conta, mas mesmo assim... - Jon ofereceu sua mão para ela e esta o olhou interrogativamente. - Seu namorado já dançou com uma dezena de mulheres essa noite, achei que você merecia uma dança também.
Daenerys continuou a encará-lo desconfiada, sabia que ela se perguntava por que ele fazia isto, ele se perguntava isto também. Se perguntava também por que desejava com todo o seu ser que ela aceitasse e por que estava tão ansioso para tocá-la. A única coisa que ele sabia no momento era que não queria mais vê-la triste, seu rosto de anjo não foi feito para a tristeza, não quando um sorriso dela era capaz de iluminar uma noite escura como esta.
Hesitante ela pôs a mão sobre a dele e uma corrente elétrica passou por ele. A mão dela era tão quente que parecia que o corpo inteiro dele tinha sido esquentado a partir daquela conexão. Os olhos dela encararam os seus e parecia que ela poderia ver sua alma e tudo que ele sentia por ela e que reprimiu durante anos.
- Tudo bem então, Stark. Me leve para dançar.
Ela sorriu sedutora e um pouco mais do controle de Jon ruiu. Ela nunca tinha dirigido esse olhar para ele e acreditava que, se ela alguma vez tivesse feito isto antes, eles já teriam ido para a cama a muito tempo. As pessoas abriam espaço enquanto ele a guiava para o meio do salão. Quando a nova música começou a tocar, ele pôs as mãos na cintura dela e ela pôs os braços sobre o ombro dele. A melodia era lenta e sensual, assim ele a segurou mais perto colando seus corpos. Dany não quebrava a conexão olho a olho deles, o olhar dela emanava calor, assim como seu corpo.
- Por que você ainda está com ele? - Jon perguntou, precisava saber por que uma mulher como Daenerys precisava de um traste como Daario.
- Não é da sua conta. - Ela desviou o olhar.
- Eu sei que não, mas me diz mesmo assim. - Dany demorou um pouco antes de voltar a encará-lo.
- São negócios.
- Então você não o ama? - Jon sentiu uma felicidade que não sabia explicar se instalando dentro dele.
- Não, eu não o amo e nem nunca o amei. - Ele não teve como segurar o sorriso que se formou em seus lábios.
- Bom saber. - Jon pegou a mão dela e a girou, no momento em que ela ficou de frente para ele novamente pôs a mão sobre a boca e saiu correndo. Que merda, não deveria tê-la girado, ela tinha bebido muito e estava na cara que não era forte para a bebida.
Jon então seguiu Dany e viu ela entrar correndo em um dos banheiros. Entrou atrás dela e viu o vermelho de seu vestido espalhado pelo chão enquanto ela estava ajoelhada na frente de um vaso sanitário colocando as tripas para fora. Se aproximou até estar atrás dela. Dany parou um pouco de vomitar e encostou a testa na porcelana.
- Tudo bem aí, Targaryen? - Viu que a moça se assustou um pouco, com certeza não esperava que ele a seguisse. Ela virou para ele, estava pálida.
- O que faz aqui, Stark? Esse é o banheiro feminino.
- Na verdade não, o feminino fica do outro lado do corredor. - Dany baixou a cabeça novamente resmungando consigo mesma, quis rir da situação por um instante.
- Então, o que veio fazer aqui? Pisotear um pouco em mim enquanto minha dignidade desce com a descarga? - Ela apertou o botão de descarga para ilustrar sua fala.
- Claro que não, vim para te ajudar. Quer que eu chame seu namorado para te levar pro hotel? - Nem tinha terminado de falar e ela já balançava a cabeça em negação.
- Não preciso do Daario, posso chegar no hotel sozinha. - Conforme falava ela foi se levantando, precisava segurar um pouco na parede para se equilibrar, mas pelo menos estava de pé. Jon saiu da frente para que ela saísse do box e fosse até a pia lavar sua boca.
- Você claramente precisa de alguém, Targaryen, ou não vai chegar em lugar nenhum que não seja o chão desse banheiro. Deixa que eu te leve pelo menos?
Os olhos deles se encontraram através do espelho. Ela não estava bem, precisava ir para casa, mas ele ainda não estava preparado para deixá-la ir. Dany ficou o encarando por um tempo antes de aceitar a carona com uma aceno de cabeça. Jon puxou o celular e ligou para o chofer que tinha contratado essa noite para vim lhe buscar.
- Ok. Vamos? - Dany encarava a torneira da pia agora, a expressão triste tinha voltado ao seu rosto.
- Eu não quero ir para o hotel. - Como? Para onde ela queria ir então? - O Daario vai bêbado daqui para lá, isto se não levar uma mulher para o nosso quarto. - Aquele canalha tinha coragem de fazer aquilo com ela? Desejou mais ainda quebrar a cara do desgraçado. Dany então virou para ele, o encarando com olhos tristes. - Por favor, me leve para qualquer outro lugar.
Jon acenou afirmativamente e ela relaxou um pouco. Ele se aproximou dela e a segurou pela cintura para ajudá-la a manter o equilíbrio enquanto deixavam o banheiro. Uma porta lateral foi a salvação para que não tivessem que atravessar o salão com ela naquele estado. O motorista já estava os esperando com a porta da limusine aberta. Jon ajudou Dany a entrar e deu as instruções para o chofer antes de entrar e se sentar ao lado dela.
- Uma limusine, Stark? E depois eu que sou a patricinha. - Daenerys comentou sorrindo enquanto abria o minibar e tirava uma garrafa de champanhe.
- Eu sou um representante da Stark, foi a empresa que alugou para mim. Além disso, eu sabia que ia beber então aceitei. - Dany serviu champanhe em duas taças e ofereceu uma a ele.
- Claro que sim, por que não aproveitar? - Jon pegou a taça da mão dela a encarando interrogativamente.
- Você não estava vomitando sua alma a dez minutos atrás?
- Estava e por isso eu fiquei um pouco mais sóbria, agora eu preciso de uma desculpa para estar sozinha com Jon Stark o deixando me levar aonde quer que ele queira.
- Isso estranhamente fez sentido. - Jon levantou sua taça e bebeu todo o conteúdo, precisava de uma desculpa também para estar confraternizando com a inimiga. Dany voltou a encher as taças e eles continuaram bebendo.
Não lembrava de nenhuma vez em que eles estiveram assim tão próximos. Toda vez em que estavam no mesmo recinto eles brigavam, era inevitável. Talvez fosse essa tensão sexual que sempre existiu entre eles e que tinha de ser reprimida. Apesar disso, ele teve saudades daquelas brigas pois eram o únicos momentos que tinha com ela. Era os momentos que ela deixava a máscara de princesinha perfeita para ser garota esquentadinha e apaixonada que era no fundo.
- Nunca pensei que sentiria saudades das nossas brigas até vê-la de novo essa noite. - Jon declarou e ela o olhou intensamente.
- Eu também não. Quer dizer, eu senti saudades de irritar o Sr. Certinho até ele perder o controle. - Ela riu.
Diferentemente do que ela pensava, ele nunca tinha perdido o controle, se tivesse ele já a teria beijado no calor da discussão diversas vezes como sempre desejou fazer. Sempre antes de dormir ele se imaginava beijando-a, era um prazer culpado que teve ao longo de toda a faculdade e alguns meses depois da última vez que a viu. - Eu proponho um brinde a nossa brigas. - Dany falou levantando a taça, Jon fez a mesma com a sua taça, tocando com a dela enquanto ria.
Só se deu conta de que tinham chegado ao seu destino quando o chofer abriu a porta. Jon deixou a taça e deslizou para fora, não tinha nem visto o tempo passar enquanto a olhava, um homem poderia perder a vida inteira olhando para ela e não perceberia até ser tarde demais. Ele estendeu a mão para Dany e ela a pegou, a descarga elétrica aconteceu mais uma vez.
Danerys teve grande dificuldade de manter-se em pé, assim, ele a segurou enquanto se dirigia a porta de entrada de sua casa. Tirou a chave do bolso e abriu a porta, assim que Dany deu seu primeiro passo para dentro tropeçou no tapete e quase se caía se Jon não a segurasse antes.
- Acho que hoje já deu para você. - Ele declarou enquanto passava o braço por trás dos joelhos dela e a ergueu contra o peito. Ao contrário do que pensava, ela não protestou, apenas pousou o braço ao redor pescoço dele e escondeu seu rosto alí. Jon subiu então as escadas e se dirigiu para seu quarto, queria que ela dormisse alí e que seu cheiro marcasse os travesseiros dele. Sentiu que Dany respirava fundo em seu pescoço, talvez ela estivesse enjoada novamente, só esperava que ela não vomitasse em cima dele.
Entrando na grande suíte que era seu quarto, Jon a pousou em cima da cama e tirou os sapatos dela antes de se sentar ao lado dela na beirada. Os olhos violetas estavam fixos nele, não conseguiria escapar dalí antes de fazer alguma besteira.
- Essa é sua casa. - Não foi uma pergunta, mas mesmo assim ele respondeu.
- Sim.
- Por quê?
- Você disse que não queria voltar para o seu hotel. Para onde mais eu te levaria?
Dany não respondeu, ela apenas alcançou a mão dele e entrelaçou com a sua. O toque quente dela deixou a mão dele formigando.
- Você vai dormir ao meu lado? - Ela perguntou olhando para as mãos unidas deles.
- Acho melhor eu dormir em um dos quartos de hóspedes. Não quero que você acorde e tente me matar enquanto durmo por pensar que foi para cama comigo. - Os dois riram.
- Por que no quarto de hóspedes? Por que não dorme no seu quarto? Afinal, estamos na sua casa.
- Esse é o meu quarto. - Os olhos de Dany voltaram para o dele rapidamente, tinha perplexidade estampada em seu rosto. - Acho melhor eu deixar você dormir, deve estar com a cabeça girando depois de beber tanto. - Quando se levantou Dany falou:
- Espera. - Jon voltou a sentar ao lado dela, Dany sentou-se e eles ficaram muito próximos, os rostos a apenas poucos centímetros de distância. O autocontrole dele, que já não funcionara bem hoje à noite, ruiu mais um pouco. A mulher a sua frente ainda era o próprio diabo, pois umedeceu os lábios quando viu que ele os encarava. Ela então se inclinou para sussurrar com a voz rouca no ouvido dele
- Obrigada por hoje. - Ela tirou a mão da dele para pousar esta sobre seu rosto, acariciando sua barba enquanto se afastava do ouvido dele e encarava sua boca. Ela estava pedindo e não poderia evitar, não quando aquele era seu maior sonho.
Jon mandou a racionalidade para longe e tomou aqueles lábios rosados no seu. O sabor da boca dela era tão doce e tinha um toque do gosto do champanhe que ela tinha bebido. Era tão bom que ele achava que poderia se viciar, um beijo nunca seria o suficiente, ele queria mais.
Daenerys não perdeu tempo em tomar o controle do beijo, ela o puxava para mais perto pressionando o corpo no dele. Aquilo era tortura, a mais doce tortura. Quando Dany moveu as mão para tirar a camisa dele, Jon segurou seus pulsos. Continuou beijando-a por mais alguns segundos antes de se afastar. O rosto dela estava corado e os olhos pareciam fogo violeta.
- Acho melhor nós pararmos por aqui.
- Por quê? - Com essa voz desejosa e suplicante ela apenas tornava tudo mais difícil para Jon.
- Porque você está bêbada, não tem nem consciência do que está pedindo. Eu também bebi demais, estou fazendo o contrário de tudo que minha parte racional ordena. Além disso, não queremos fazer algo que com certeza vamos nos arrepender quando a manhã chegar. - Viu um pouco da racionalidade voltar aos olhos dela.
- Eu tenha plena consciência do que estou pedindo, eu quero você.
- Caso você tenha esquecido, eu sou seu maior inimigo. Você me odeia, se lembra?
- Eu não preciso te amar para desejar seu corpo. - Realmente não precisava, mas ele queria que ela o fizesse.
- Talvez, se você ainda desejar meu corpo amanhã, eu possa deixar você fazer o que quiser com ele. - "Por favor, ainda deseje meu corpo pela amanhã.", Jon implorava em sua mente.
- Eu vou cobrar. - Dany encostou os lábios suaves nos dele mais uma vez, quando ela se afastou os lábios dele formigavam.
Dany voltou a se deitar na cama e fechou os olhos. Jon ainda queria ficar alí assistindo-a dormir, mas sabia que não seria certo, melhor ele ir dormir também. Levantando-se ele se dirigiu a porta e saiu de seu quarto. Suspirando, Jon foi até um dos quartos de hóspedes, era totalmente impessoal, toda a decoração era em cinza e branco. No momento ele desejava seu próprio quarto e sua cama que estavam coberta das cores vivas dela, do vermelho ao violeta.
Tirou seu smoking até estar apenas com a calça e a camisa. Chutou os sapatos e se jogou sobre a cama. Quando fechou os olhos as imagens dela começaram a correr por sua mente. Em seus lábios sentia o toque fantasma dos dela, tinha sido tão bom, o melhor beijo da vida dele.
Desejava com todo seu ser que ela cobrasse a promessa dele no dia seguinte, daria tudo para tê-la nem que fosse apenas uma vez. Acreditava que estaria condenado se ela dissesse "não", pois ele teria de dormir naquela cama novamente com o fantasma dela a lhe assombrar.
O efeito da bebida não demorou muito a empurrá-lo para inconsciência, onde teve sonhos agitados e pitados de violeta.
A vibração do celular que estava no bolso acordou Jon. Pegando o aparelho viu que eram mensagens de seu pai perguntando como tinha sido o evento. Não estava com a mínima disposição para atender agora, portanto, apenas jogou o celular de lado, mas não antes de verificar a hora.
Será que Daenerys já tinha levantado? Será que ainda estava na casa? Será que lembrava de alguma coisa da noite passada? Será que lembrava que o havia beijado? Será que ainda queria fazer de novo? As perguntas enchiam a cabeça dele, não tinha resposta para a maioria delas, mas desejava muito que fosse "sim".
Levantando-se, Jon saiu do quarto e foi até o seu próprio. A mulher de vermelho ainda dormia tranquila sobre os lençóis brancos. Entrando sem fazer barulho, Jon se sentou sobre uma cadeira próxima a cama onde ele costumava jogar suas roupas. Daenerys conseguia parecer mais linda ainda quando estava relaxada em seu sono, deveria ser crime ela fazer isso. Os cabelos platinados estavam espalhados sobre o travesseiro e os dedos de Jon imploravam por passar entre aqueles fios, apostava que deveria ser tão macio como seda. Ela pareceu sentir que era analisada por ele, pois pouco depois abriu os extraordinários olhos que se fixaram nele. E por mais incrível que pareça, ela sorriu.
- Gosta do que vê, Stark? - Perguntou brincalhona enquanto se sentava sobre a cama. Ficou surpreso por alguns segundos, tinha quase certeza que ela daria um chilique quando acordasse e não um sorriso capaz de iluminar o mundo.
- Gosto muito. - Jon respondeu entrando na onda. Dany olhou para si mesma e riu.
- Mas eu não, meu Deus, meu vestido está todo amassado. Por que não me fez tirar o vestido antes de dormir?
- Acredite, se eu tivesse tirado seu vestido, nós dois teríamos acordado sem roupa nenhuma.
- E isto seria algo ruim?
- Seria ontem à noite.
- Mas você me fez uma promessa. - Dany levantou-se e começou a descer o zíper lateral de seu vestido. - E agora estou cobrando. - O tecido vermelho deslizou para o chão, deixando à mostra o corpo sensual dela.
O corpo de Jon ficou tenso e sentiu as calças se apertarem enquanto seu volume aumentava. Daenerys usava apenas uma calcinha vermelha minúscula enquanto vinha em sua direção. Os seios dela erguiam-se orgulhosos e os mamilos já pareciam tão duros que pareciam implorar por seu toque e beijos.
Dany então subiu no colo dele com as pernas os seu redor e pôs a boca a centímetros da dele. Era demais para Jon aguentar, colocou as mãos sobre a bunda dela a atraindo para si e tomou sua boca em um beijo tão quente que poderia queimar a casa toda.
Daenerys
Estava enfeitiçada. Daenerys estava presa em um feitiço sensual, essa era a única explicação para ela estar praticamente nua sobre o colo de Jon Stark. Apesar de o efeito do álcool já ter passado ela ainda estava agindo irracionalmente, estava fazendo aquilo que, nunca admitia nem para si mesma, sempre desejou.
A boca de Jon devorava a dela, tão preso ao feitiço quanto ela. Dany tirou a boca da dele a procura de um pouco de ar, gemeu quando Jon passou a beijar seu pescoço e brincar com seus mamilos entumecidos. Ela inclinou o corpo para trás dando a ele o acesso para abocanhar seus seios. "Isto é tão bom.", ele pensava conforme os dentes raspavam a pele sensível.
Já estava a muito perdida no prazer quando sentiu-se sendo levantada. Jon a carregava com as mãos debaixo de suas coxas para a cama. Assim que a depositou sobre os lençois macios ele se afastou. Dany quis implorar para que ele não a deixasse agora, estaria perdida se a racionalidade tivesse voltado para ele agora. Mas então Jon começou a se livrar de suas roupas com os olhos fixos nela e esta assistiu ficando mais excitada com o que revelado.
O homem tinha um corpo perfeito, era tão lindo que devia ser proibido. O músculos bem definidos saltavam sobre a pele branca, as coxas eram grossas e bem malhadas e o membro sexual era espetacular. Sempre sonhara como seria ficar nua com ele, finalmente estava se realizando, iria tirar a prova se ele era realmente a máquina de sexo que as garotas comentavam durante a faculdade.
- Não me faça esperar Stark. - Dany falou como um comando, mas pareceu quase uma súplica.
- Não vou. - Ele respondeu com a voz rouca e se pôs sobre ela novamente, acomodando-se entre suas coxas e começou a beijá-la de novo.
Os toques e a boca dele já estavam a ponto de enlouquecê-la. Não aguentava mais esperar, tinha de tê-lo dentro dela.
- Jon, por favor... - Implorou com a voz rouca. Não deixou de perceber o sorriso malvado do homem antes de sentir sua calcinha ser rasgada e ele a penetrar. Deslizou tranquilamente visto que ela estava encharcada.
Dany sentiu o prazer correr por suas veias tão forte que sabia estar a um passo do clímax. O gemido que escapou dos lábios de Jon também refletia o quanto aquilo era bom. Quando as estocadas começaram lentamente Dany já não tinha consciência de mais nada, apenas do prazer exponencial que sentia com cada movimento dele.
Não demorou muito para que ela se rendesse e nunca tinha sido tão bom. Gritou alto o nome de Jon quando explodiu em mil pedacinhos. Demorou um pouco para retornasse ao seu corpo e quando abriu os olhos viu que ele a encarava sorrindo.
- Gosto de você gritando meu nome. - Droga, agora ele ia ficar se exibindo. Quando se mexeu um pouco Jon fechou os olhos e gemeu, ela sentiu que ele ainda estava duro dentro dela.
- Você que vai gritar o meu agora, Stark. - Ela já ia começar a se mexer de novo quando ele xingou.
- Merda! Eu esqueci a camisinha. - Ele já ia saindo de dentro dela, mas o prendeu com as pernas.
- Não precisa se preocupar, eu tomo anticoncepcional. - Jon a olhou aliviado, mas no fundo de seus olhos ainda havia uma pergunta. - Eu estou limpa, fiz exame de sangue semana passada.
- Eu também estou limpo e não tenho relações sexuais a algum tempo.
- Está na seca Stark? - Não resistiu a provocá-lo.
- Não mais, Targaryen. - Ele sorriu, mas tinha uma preocupação em seu semblante ainda. - Devo colocar uma camisinha ainda?
- Não ouse sair dessa cama. Pode gozar dentro. - Não sabia por que, mas precisava sentir Jon sem nenhuma barreira, precisava sentir a semente dele dentro dela.
- Você sabe exatamente o que dizer para um homem. - Jon tornou a se mover e ela foi sendo capturada pelo prazer novamente.
Dany não acreditava que era possível, mas já estava a beira do clímax novamente. Jon estava ofegante sobre ela, tão perto do abismo quanto a mesma. Assim que ele baixou a cabeça para chupar seu seio de novo, ela explodiu em uma onda de prazer tão forte quanto a primeira. A semente de Jon a inundou quando ele também chegou ao clímax e o prazer pareceu crescer mais ainda.
Jon desabou sobre ela, mas só ficou por alguns segundos antes de rolar para o lado dela na cama. Imediatamente sentiu falta do peso quente dele. Os dois tentavam recuperar a respiração, aquilo tinha sido muito forte, nunca sentira tanto prazer na vida e nunca tinha gozado duas vezes somente com penetração. Na verdade, nunca tinha gozado com um homem, sentiu um pouco de prazer, mas nunca tinha um orgasmo, esses ela só tinha sozinha. Agora não mais, tinha tido não só um, mas dois orgasmos com Jon, seria difícil abrir mão dele agora.
- Isso foi um erro. - Jon declarou, ainda estava um pouco ofegante.
- Definitivamente foi um erro. - Dany rolou para cima dele e sentou sobre sua barriga com um joelho em cada lado de seu corpo. - Mas vamos cometê-lo de novo, pois eu ainda não terminei com você.
Se abaixou e tomou os lábios dele no seu, agora que tinha experimentado um pouco de Jon Stark já se sentia viciada. Dany sabia que eles nunca poderiam ficar juntos, mas isto não impedia que ela tivesse mais algumas horas de diversão com ele. Esse seria seu segredo sujo, não faria mal se ninguém soubesse, não é?
- Pra quando é seu voo?
A voz rouca de Jon interrompeu o silêncio tranquilo do quarto. Estavam deitados com os membro entrelaçados fazendo carinho um no outro por algum tempo. Tinha sido tão bom estar alí deitada sem se preocupar com nada, apenas sentindo as carícias desse homem que mantinha seu coração sob ameaça. Viveram isolados neste ninho de amor por horas, mas agora a realidade vinha bater em sua porta.
Dany levantou um pouco a cabeça para olhar para o relógio do criado-mudo. Deitou a cabeça no peito dele novamente.
- Pra daqui a três horas.
- Mas já?
- Eu só vim para aquele evento idiota, tenho que estar amanhã de manhã no escritório.
- Acho melhor a gente ir se arrumando então. - Jon falou já indo se levantar. - Eu te levo, não quero que perca seu voo.
- Você não vai a lugar nenhum. Ninguém pode sonhar que eu passei a noite aqui com você. - Jon deitou novamente suspirando.
- Eu esqueci que sou Jon Stark e você é Daenerys Targaryen, meu objetivo é te destruir e o seu é fazer o mesmo comigo. Foi mal, é que eu não estou acostumado a casos de uma noite.
- Tudo bem. - Dany se sentou e começou a levantar. Eles precisavam esquecer essa noite, mas Dany não tinha certeza se conseguiria. Não conseguia odiá-lo mais, tinha vivido o melhor dia de sua vida com ele.
Dany vestiu somente o vestido, visto que a calcinha estava arruinada no chão. Jon a assistia, não parecia muito feliz.
- Eu já vou indo, Stark. Se qualquer dia desses você passar em Nova York, me avisa. Não te ofereço um passeio pela cidade, mas pode dar uma volta no corpo de uma certa nova iorquina gostosa.
Jon sorriu e se levantou, estava pelado, mas não pareceu ter vergonha nenhuma. Quando chegou até ela pôs uma mão em cada lado de seu rosto e a beijou. Sentiria saudade daquele beijo, sabia que precisava ter ele novamente. Jon se afastou e a encarava com olhos intensos.
- Sinto que em breve terei uma reunião de negócios em Nova York.
Ele sorriu e ela sorriu de volta. Parece que agora que tinham se rendido a paixão seria difícil voltar atrás.
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