Daenerys
Assim que pousou no aeroporto suiço Dany ligou para Jon, eles tinham combinado de se encontrar ali mesmo para seguirem juntos à casa que tinham alugado para o feriado. Como o avião de Jon tinha chegado antes ele provavelmente já estaria esperando-a em algum lugar. Entrou nos contatos e caçou o nome J. Snow, era o apelido que ela tinha dado para ele afinal não podia salvar o contato como Stark, alguém poderia acabar vendo e desconfiando, assim ela o tinha apelidados pois ele amava a neve e sobremesas congeladas. Dany sorriu ao lembrar de como era o contato dela no celular dele, Dany Storm, pois ela era tão selvagem como uma tempestade, como ele lhe disse na ocasião. Achou o número de Jon e ele atendeu no primeiro toque.
- Oi, minha linda. Já chegou? - A voz rouca dele soou pelo outro lado do telefone.
- Acabei de desembarcar, só vou pegar a minha mala. Onde você está?
- Eu estou na praça de almentação, mas posso ir aí te ajudar com a mala.
- Não precisa, fica aí mesmo por que eu estou morrendo de fome.
- Tudo bem, vou pedir alguma coisa para você então.
- Obrigada, você é o melhor, até daqui a pouco.
- Tchau.
Ela desligou o celular e foi até a esteira pegar sua mala. Encontrar a praça de alimentação não foi difícil já que o aeroporto era bem sinalizado. Encontrou Jon facilmente entre a multidão, estava todo vestido de preto, tinha os cabelos presos em coque atrás da cabeça e era o homem mais lindo do recinto.
Ao se aproximar ele a viu e se levantou. Quando chegou perto ele lhe abraçou e tomou seus lábios em um beijo rápido. Dany se asustou, eles não faziam aquilo na frente de todo mundo, era muito perigoso, o que tinha dado nele?
- Jon, alguém pode nos reconhecer. - Ela o repreendeu preocupada enquanto olhava em todas as direções esperando ver algum paparazi escondido.
- E daí? Deixa que vejam, sou apenas um homem que sentiu saudades de sua mulher.
Não era bem assim, eles não eram somente um homem e uma mulher, eles eram Jon Stark e Daenerys Targaryen, o mundo estava de olho neles. Além do mais, a notícia do casamento de Dany tinha saído no começo da semana, se uma foto dela beijando outro homem vazasse na mídia seria escandaloso.
- Você sabe que não é assim tão simples. - A expressão dele pareceu ficar um pouco triste. Ele então beijou sua testa e sussurrou:
- Eu sei.
Eles se afastaram novamente para tomar seus lugares. A comida que Jon pediu não demorou muito a chegar, ela devorou tudo, pois estava com muita fome. Assim que saíram do aeroporto de mãos dadas um uber já os aguardava para levá-los até a locadora de carros, Jon não conseguia viver se não tivesse um carro à sua disposição. A transação na locadora foi rápida e em pouco tempo eles já estavam no carro seguindo para a casa que tinham alugado. Passariam o quatro dias lá, seus últimos dias com Jon, pelo menos passaria o natal com ele como sempre desejou.
Dany foi o caminho todo adimirando a paisagem, olhava através da janela enquanto tinha a mão entrelaçada à de Jon. Lá fora tudo estava coberto de branco, nevava muito nesta época do ano na Suiça. Apesar de a estrada já estar limpa do excesso de gelo, a neve ainda cobria cada canto ao redor. Nas casas pelas quais passaram as decorações de natal disputavam umas com as outras pela título de mais bonita. Dany nunca tinha viajado para lá neste período, era lindo.
Jon parou em frente a um supermercado, tinham de comprar mantimentos para o tempo em que ficasse na casa já que ela não estava abastecida. Dany saltou do carro assim que ele estacionou, estava muito frio lá fora mesmo com o casaco grosso de inverno que ela vestia. Jon deu a volta no carro e a abraçou, imediatamente o frio cedeu um pouco. Eles seguiram juntinhos para dentro supermercado.
- Pega tudo o que você quiser, afinal é a nossa ceia de natal. - Jon falou perto de seu ouvido antes de se afastar para pegar um carrinho de compras.
Dany imaginou todas as delícias do natal e que ela queria todas em sua ceia com Jon. Quando ele voltou a envolveu entre seus braços e o carrinho, foram então empurrando juntos. Dany apontava para qualquer coisa que quisesse e Jon ia buscar, estava adorando ele estar tão obediente.
- Espero que você saiba fazer todas essas coisas para quais está pegando os ingredientes. - Jon falou atrás dela, Dany virou para ele na hora.
- O que? Eu não sei fazer nada disso, só sei comer.
- E você acha que eu sei? - Jon perguntou rindo dela.
- Eu pensei que sim, você sempre foi melhor na cozinha do que eu. - Dany na maioria das vezes queimava as coisas, já Jon fazia uma comida excelente, apesar de sempre fazer coisas simples.
- Eu sei uma coisinha ou outra, Dany, não sei fazer aquele monte de comida que se fazem pro natal.
- Então você vai ter que aprender, porque você falou que eu poderia pegar o que eu quisesse já que era a nossa ceia natal. - Ele riu dela, mas fez que sim com a cabeça.
- Eu posso tentar, mas você vai ter que me ajudar. - Dany deu pulinhos comemorando.
- Sim, sim, vou te ajudar, serei a sua assistente sexy. - Ela deu um beijo na bochecha dele. - Agora vai pegar o cacau pois eu vou querer mousse de chocolate.
- Acho melhor eu pegar é a bebida, pois eu vou precisar. - Ele disse enquanto se afastava.
- Você não vai ter tempo de ficar bêbado, Jon Stark, eu vou tomar todo seu tempo.
- Estou ansioso. - Ele falou rindo.
Continuaram as compras por mais um tempo e depois seguiram para o caixa. Estavam na fila de espera deste abraçadinhos, esperando, quando Dany viu um pequeno mosntruário com algumas revistas. O sangue dela gelou ao se reconhecer na capa de uma, esta falava sobre o anúncio de seu casamento com o milionário Drogo Dothraki. Percebeu que Jon olhou na mesma direção que ela quando sentiu sua tensão, escondeu o rosto no peito dele, não queria ver sua cara de decepção. Sentiu ele beijar o topo de sua cabeça e a abraçar mais forte. Jon já deveria ter visto a notícia em vários lugares, mas mesmo assim ela não queria que aquilo viesse envenenar seus dias de amor com ele.
O caminho para a casa já foi menos descontraído e Dany ficava imaginando o que Jon pensava sobre aquilo e se pensava nela como uma mercenária por estar se casando por dinheiro. Apesar de adimitir que era exatamente aquilo que estava fazendo, ela se se sentia mal por imaginar Jon pensando isto dela. Ele era a pessoa mais importante do mundo para ela, não queria que a visse desse jeito.
A casa que Jon tinha alugado era linda, tinha acabamento de madeira e uma pequena varanda com um sofá e algumas cadeiras, perfeito para assistir a neve cair com uma xícara de chocolate quente. Ao entrarem Dany ficou ainda mais impressionada, havia uma lareira com um tapete felpudo na frente, perfeito para deitarem agarradinhos frente ao fogo. A cozinha era toda em madeira também, super caseira e aconchegante.
- Esse lugar é lindo, Jon. - Dany se virou para ele que vinha atrás dela. Estava extasiada com a casa, seu sonho era morar em um lugar como esse.
- Eu queria que você tivesse a sensação de que fosse nossa casa de verdade, como tudo poderia ser. Aqui somos só eu e você, a gente pode deixar o mundo inteiro para trás e fingir que só existe nós dois. Podemos viver outra vida, apenas um casal passando o natal juntos.
Dany correu para os braços dele. Meu Deus, como amava esse homem, pensava, não havia mais como mentir para si mesma, ela amava Jon Stark desde a primeira vez que o viu quando ainda era só uma caloura da faculdade. Desde lá ela havia soterrado seus sentimentos, mas desde a primeira vez que foram para a cama ela sabia que ele tinha ganhado seus coração. Ao longo desses dois anos a única coisa que ele fez foi formentar sua posição como primeiro e único para ela.
- Viveria mil vidas trancada aqui com você.
- Pra mim, uma seria o suficiente se eu tivesse você ao meu lado todos os dias.
Dany levantou a cabeça para tomar os lábios dele nos seus. Sabia o que ele queria dizer, enquanto ela falava de milhares de vidas fingidas, ele falava de apenas uma, a real, a que nunca poderiam viver juntos. Mais uma vez as lágrimas ameaçaram cair de seus olhos, mas ela segurou, não era hora de chorar, teria muito tempo para chorar depois, agora era hora de viver, queria aproveitar cada segundo ao lado do homem de sua vida.
Continuaram se beijando por mais alguns minutos, Dany havia desfeito seu coque e agora afundava os dedos nos macios cachos dele. O fôlego já faltava quando se separaram e ambos estavam ofegantes. Jon encostou a testa na dela.
- Eu vou buscar nossas compras. Por que você não explora um pouco mais da casa?
Jon a deixou para voltar ao carro e buscar suas coisas. Dany explorou mais um pouco da casa, se supreendendo com cada cômodo, aquela era sua casa dos sonhos. Quando terminou de ver tudo voltou para a cozinha para ajudar Jon a guardar os mantimentos, tinham comprado muita coisa para os poucos dias em que ficariam ali, teriam que dar um jeito de se livrar de tudo aquilo quando fossem embora.
Assim que terminaram de arrumar tudo, Jon fez algo para comerem, estava delicioso como tudo que ele fazia. Logo depois ele falou que tinha feito uma reserva para eles esquiarem um pouco na estação de esquí que havia lá perto.
- Tem certeza que esquiar depois de comer não dá dor de barriga? Porque eu ouvi isso em algum lugar. - Dany falou enquanto chegavam ao topo do monte a qual desceriam esquiando.
- Não dá dor de barriga, espertinha. - Jon falou enquanto abaixava para pôr seu snowbord, era mais o estilo dele do que esquí normal. - A não ser que você caía e role, talvez assim seu estômago fique um pouco agitado.
- Ah então você vai ter que me segurar, porque do jeito que eu sou desastrada com certeza eu vou cair. - Dany falou enquanto tentava encaixar os pés no esquí.
- Não vai nada, eu lembro que você vinha esquiar todo o inverno durante a faculdade. - Jon foi até ela a ajudar a pôr o esquí.
- Ah, mas você só viu minhas fotos fazendo pose, por sorte um paparazi nunca me pegou rolando montanha abaixo depois de me desequilibrar. - Jon sorriu enquanto terminava de amarrar os pés dela.
- Daenerys Targaryen, você é só fachada.
- Sou mesmo.
- Tudo bem. - Ele falou se levantando. - Eu vou te ajudar. - E depositou um beijo rápido nos lábios dela.
Apesar de Jon ter feito o máximo para ajudá-la, Dany ainda levou alguns tombos. Como a neve estava fofa ela não se machucou, apenas divertiu Jon que não aguentava mais rir da falta se jeito dela. Apesar disso, ela se divertiu também e o dia passou rápido. Parecia que o tempo sempre passava rápido quando ela estava com Jon.
Quando voltaram para casa já estava anoitecendo e uma pequena camada de neve caía do céu. Trocaram suas roupas úmidas por algo mais quente e foram fazer o jantar, Dany apenas auxilou Jon, já se preparando para seu papel de assistente sexy que faria no dia seguinte.
Assim que terminaram de comer eles foram para a varanda assistir a neve cair com um cobertor e xícaras de chocolate quente com mashmelow. Dany estava aconchegada aos braços de Jon, ele a segurava apertado não deixando o frio a alcançar. Tudo parecia certo no mundo quando eles estavam assim tão juntinhos, tudo se encaixava porque ela tinha certeza que era entre os braços dele o lugar ao qual pertencia.
- Você já está com sono? - Ele perguntou com a boca próxima aos seus cabelos.
- Não. Não quero dormir e perder qualquer minuto do meu tempo junto com você.
- Você não vai perder nada, porque eu ainda vou estar do seu lado quando acordar.
Mas aquilo não seria para sempre, seria? Dany se questionava. Ela então virou para Jon e tomou seus lábios em um beijo que deixava claro o quanto ela precisava dele essa noite.
- Me leve para a cama, Jon. - Ela sussurrou quando se afastou. Jon não demorou a obedecê-la, levantou-se imediatamente e a ergueu nos braços entrando na casa novamente.
Quando Jon a pousou na cama, Dany já ardia de desejo. Vinha pensando nele todas as noites e apenas tocar a si mesma não estava mais dando conta de aplacar a fome que ela sentia pelo toque dele. Jon se deitou sobre ela, encaixando-se entre suas coxas e passou então a atacar o pescoço dela. Dany gemia enquanto deslizava as mãos por debaixo do sueter que ele usava, puxou então a peça pela cabeça dele e Jon a ajudou a se livrar dela. Dany se levantou o suficiente para que ele também pudesse tirar a parte de cima da roupa dela para que o contato pele a pele finalmente se concretizasse. O duro do peitoral dele contra a maciez dos seios dela.
Sentiu então que Jon puxava suas calças com a calcinha e tudo, Dany levantou o quadril para que ele pudesse retirar mais facilmente. Quando as calças dela voaram pelo quarto, a única barreira que ainda restava entre eles era a calça de Jon. Enquanto ele se ocupava de torturar seus seios, ela tentou tirar a última peça de roupa dele, mas estava difícil visto que ele a distraía. Desistindo de tirar a peça Dany escorregou a mão pelo cós de sua calça e agarrou sua ereção, o gemido de Jon foi quase selvagem. Dany então empurrou Jon até que estivesse sentado e subiu em cima dele.
- Agora eu que estou no comando. - Ela falou e então se apoiou em seus ombros para beijá-lo com selvageria, o problema foi que eles já estavam na beira da cama e a mão que Jon se apoiava escorregou fazendo com que os dois fossem parar no chão.
Dany soltou um pequeno gritinho enquanto caíam e começou a rir depois. Jon pareceu preocupado por um segundo pela possibilidade de ela ter se machucado, mas logo a risada dela lhe deu a resposta. Ele a acompanhou enquanto riam de si mesmos.
- É por isso que é eu quem fica no comando. - Jon a provocou.
- Mas a culpa de nós termos caído foi sua! - Dany o repreendeu enquanto se arrastava para cima dele novamente.
- Minha? Você que veio com muita sede ao pote. Eu sei que sou gostoso, Targaryen, mas pega leve, da próxima vez você pode fazer com que eu quebre a bacia. - Dany revirou os olhos.
- Cala boca, Stark, senão eu faço greve e aí você não terá mais que se precupar com a sua bacia. - Jon agarrou a cintura dela, a segurando firmimente contra ele.
- Por favor não faça isso, quebraria vinte bacias por você, Daenerys Targaryen.
Dany apenas riu dele e voltou a beijá-lo, nem a queda e nem o chão frio foram capazes de reduzir a urgência que ela tinha de tê-lo dentro de si. Teminaram por fazer amor ali mesmo no chão, ocupados demais em saborear um ao outro do que com conforto. Mesmo quando Jon a pôs de costas no chão Dany não sentiu frio nenhum, o corpo na verdade fervia, assim como o de Jon que a cobria. No chão, na cama, na areia, no banheiro, onde quer que fosse, se ela estivesse com Jon Stark sabia que seria perfeito. Pois não importava o lugar, contando que estivesse com a pessoa que amasse e ela amava Jon mais que tudo em sua vida.
Jon
Acordou com o peso quente de Dany sobre si, estavam agora na cama cobertos por um grosso edredom. Apesar de calefação estar ligada, durante a madrugada o chão tinha ficado muito frio, assim eles subiram para cama e aconchegaram-se um ao outro. Dormiram agarradinhos a noite inteira, a melhor maneira do mundo de dormir, concluiu Jon.
Dany ainda dormia tranquila, devia estar muito cansada, tanto da viagem quanto dos tombos que levou no dia anterior. Um sorriso se formou em seu rosto ao lembrar do dia anterior, ela era péssima esquiando, não sabia como ela tinha sido capaz de enganar alguém no passado. Antigamente, fotos da herdeira dos Targaryen passando o inverno em alguma estação de esquí eram comuns, Jon pensava que ela fosse uma profissional agora, em vez disso ela era um desastre ambulante e tinha caído diversas vezes na neve fofa. Jon quase não tinha se aguentado de tanto rir, Dany tinha ficado irritada e até o empurrou de seu snowbord, ele só tinha rido mais ainda.
Enfim, melhor ele ir logo fazendo o café da manhã pois teriam um dia cheio hoje, ele teria de aprender a fazer uma ceia de natal horas antes do natal. Tomou cuidado enquanto saía debaixo de Dany para não acordá-la. Ela nem se mexeu enquanto ele a cobria com o edredom novamente e depositava um beijo em sua testa.
Jon vestiu um sueter vermelho com uma rena na frente e calça jeans, desceu então para fazer o café. Preparou tudo e foi mexer um pouco em seu celular, salvando receitas para os pratos que prepararia mais tarde. Dany não demorou muito a descer, vinha enrolada no edredom, arrastanto tudo pelo chão, somente os pés dela em meias brancas eram visíveis por baixo.
- Para quê tudo isso? - Jon perguntou sorrindo.
- Eu estou com frio. - Ela veio até ele e o abraçou pela parte de trás da cadeira na qual estava sentado, Jon acabou por ser envolvido no edredom também. - Além do mais você me deixou sozinha naquela cama fria.
- Você estava dormindo tão bem que eu não quis te acordar. Além do mais, eu tinha salvar algumas receitas senão nós não teremos uma ceia hoje a noite.
- Você já está procurando! - Dany ficou toda animada e abandonou o edredom para sentar no colo dele. Estava usando apenas um moletom azul escuro dele, que chegava só até o meio de suas das coxas, e as meias. Dany tomou o celular de suas mãos e começou a digitar. - Olha, eu vou querer isso aqui. - Jon pegou o celular dela para ver a receita.
- Pelos deuses, Dany, isso tem muitos processos. Sabe o que vai ter no nosso natal? Ovo frito.
- Vai nada, confio em você. Não existe homem melhor nesse mundo. - Ela lhe deu um beijo rápido nos lábios.
- Quando você fala assim eu sinto que posso fazer quaquer coisa.
- E é exatamente por isso que você vai fazer tudo que eu quero hoje. - Ela deu um beijinho na ponta de seu nariz.
- Não, meu amor, é você que vai fazer tudo que eu quero hoje. Já esqueceu que vai ser minha assistente sexy? Quero você em uma roupa bem curta e provocante. - Falou com a voz rouca.
- Pode deixar, meu senhor, não vou te decepcionar.
Eles tomaram café da manhã rápido e depois de arrumarem tudo trocaram de roupa para ir lá fora fazer sua única decoração de natal, um boneco de neve. Dany pegou algumas peças da mala dele para completar o figurino do boneco. Quando terminaram ela ficou encarando o boneco.
- Acho que ele devia se chamar Jon Snow, afinal ele se parece com você, todo paradão.
- Já disse que meu rosto não é paradão, eu só não sou muito expressivo. - Jon respondeu fingindo estar irritado, Dany correu para ele e se jogou em seus braços.
- Não fica com raivinha, meu rei, você sabe que eu gosto de você assim. - Ela falou enquanto colocava os braços ao redor de seu pescoço e o puxava para sua boca.
- Gosta é? - Perguntou quando se afastou, Dany fez que sim com a cabeça enquanto mordia os lábios. Jon a levantou e ela o envolveu com suas pernas, caminhou de volta para a casa.
- Tudo bem, chega de brincar do lado de fora por hoje.
Depois de comerem algo rápido no almoço, Jon enviou Dany para trocar de roupa, hora de brincar de cozinha. Quando ela desceu as escadas estava espetacular, desse jeito ele não conseguiria se concentrar em nada além dela. Dany parou em frente a ele e deu uma voltinha, usava um top preto e short jeans minúsculo.
- Não acredito que você trouxe essa roupa para cá mesmo sabendo que aqui estava nevando.
- Não está nevando aqui dentro. - Bom ponto, pensou. - Além disso, uma mulher nunca sabe quando pode precisar de um shortinho. - Não poderia argumentar contra a lógica feminina.
Como esperava, foi bem difícil se concentrar em cozinhar enquanto Dany desfilava pela cozinha empinando o bumbum. Ela era uma assistente muito eficiente e o deixava louco com sua sexy submissão. Ocasionalmente Jon tinha de fazer uma pausa para assediar um pouco sua ajudante, ela avidamente aceitava seus avanços, mas em uma dessas pausas ele quase queimou o arroz.
Ficaram horas na cozinha preparando tudo, agora só faltava o bolo. Jon tinha acabado de lavar algumas louças na pia e virou para ver Dany organizando alguns igredientes sobre a bancada, foi até ela a agarrando por trás. Já estava bastante excitado, mas quando Dany deu uma reboladinha contra sua ereção, ele ficou mais duro ainda.
- Vai trabalhar, Stark. - Ela falou rindo enquanto ele deslizava a mão para dentro de seu top agarrando o seio macio.
- Não consigo, você fica me desconcentrando. - Falou no ouvido dela enquanto acariciava o bico do seio com o polegar e começava a fazer movimentos sexuais contra seu bumbum, ela soltou um pequeno gemido. Jon deu então uma pequena mordida na orelha dela e Dany se assustou derrubando várias coisa da bancada. A garrafa de leite caiu e começou a molhar tudo, a tigela que estava com trigo também virou sujando tudo e alguns ovos quebraram quando rolaram para o chão. Dany soltou um gritinho surpreso, Jon virou a garrafa de leite o mais rápido que conseguiu, mas o estrago já estava feito. - Mais que assistente desastrada essa que eu tenho. Talvez eu tenha que te despedir depois disso, gatinha. - Dany virou para ele indignada.
- Mas a culpa foi sua, Stark! - Ela pegou um punhado de farinha de trigo e jogou sobre o ombro direto na cara dele.
- Garota malvada. Por que fez isso? - A olhou incrédulo, esta só fez rir. - Você me paga. - Pegou então toda a tigela do trigo e virou sobre sua cabeça.
- Meu cabelo! - Dany gritou agora que o tinha mais branco ainda pelo pó. - Agora eu vou ter que lavar. Você vai ver só!
Foi então que a guerra de comida começou, eles riam e tentavam se defender enquanto mais e mais dos ingredientes eram arremeçados. Quando terminaram de brincar a cozinha estava uma zona, toda suja assim como eles. Dany olhou ao redor.
- Eu não vou limpar isso não.
- Vai sim, você é a assistente, esse é seu trabalho, além disso, foi você quem começou. - Jon revidou.
- Não, meu trabalho é te provocar enquanto você trabalha e dar uma colher quando você precisa. E eu só te sujei porque você estava me zoando, a culpa é sua também então. - Ele não teve como não rir. Dany foi carrancuda buscar os materiais de limpeza.
- Devo dizer que você executou seu trabalho lindamente, mas culpa ainda é mais sua.
- Tudo bem, eu aceito a culpa, mas você ainda vai ter que me ajudar. - Dany falou lhe oferecendo uma vassoura, ele a pegou.
- Escuta, por que você não sobe e vai logo lavar seu cabelo? Deixa que eu cuido de tudo aqui.
- Você faria isso por mim? - Ela perguntou com os olhos brilhando por se safar da limpeza.
- Tem alguma coisa que eu não faria por você? - Ele olhou fixamente nos olhos dela ao fazer a pergunta, queria se certificar que ela sabia que ele faria tudo por ela.
- Tudo bem, quando você subir eu já vou estar linda e cheirosa te esperando. - Dany falou desviando do assunto. Ela lhe deu um beijo na bochecha e subiu a escada que levava ao quarto. Ele sabia que ela não queria pensar muito na conecção que existia entre os dois, mas Jon tinha ido ali com um objetivo e não desistiria facilmente. Não entregaria de mão beijada para outro homem a mulher pela qual era apaixonado.
Limpou tudo o mais rápido que conseguiu, quando terminou tudo estava limpo menos ele. Subiu para o quarto, mas Dany não estava lá, quando entrou no banheiro a viu deitada na banheira, estava toda rosada e relaxada. Ela tinha os olhos fechados, mas ouviu quando ele entrou e o encarou com aqueles lindos olhos violeta.
- Ei bonitão, por que não se junta a mim?
- Eu vou, só preciso de um banho antes.
- Eu te espero.
Dany ficou o observando enquanto tirava a roupa e entrava no box do chuveiro. Lavou seu cabelos rapimente com pressa de voltar para Dany e sua banheira perfumada. Quando saiu do box ela ainda o observava, tinha um olhar pervertido. Entrou do lado posto a ela, Dany ainda o fitou por alguns segundos antes de se aproximar e montar em seu colo.
- Você é o melhor, sabia?
- Eu tento. - Dany o beijou na boca por alguns minutos antes de se afastar novamente.
- Você até merece uma recompensa.
- Eu também acho. O que você vai me dar?
- Algo que eu só te dou de vez em quando e você adora. - Ela sussurrou em seu ouvido. Não era o que estava pensando, era? - Algo no qual você foi meu primeiro e será sempre o único. - Isso sim que era presente de natal, pensou.
- Então eu aproveitarei bastante a minha recompensa... - Disse enquanto deslizava a mão por seu bumbum em baixo da água. - Só que mais tarde, nesse momento eu só quero relaxar um pouco com você nos meus braços.
- Como quiser. - Ela falou e lhe deu um beijo rápido antes de deitar novamente, só que agora com as costas contra seu peito.
Ficaram na banheira até os dedos estarem engilhados e a água ficar fria. Saíram e se vestiram, Jon pôs apenas uma cueca boxer e um roupão preto, Dany vestiu uma bonita camisola de renda preta e robe de cetim, essa mulher gostava de provocar.
Desceram para comer alguma coisa e depois foram para a frente da lareira com bombons de chololate e duas taças de champanhe. Estavam deitados agarradinhos no tapete macio próximo ao fogo, conversavam sobre a nova aquisição de Dany, três gatinhos que tinha nomeado como Dracon, Viserion e Rhaegal.
- Você tem que ver, o Dracon vive sumindo, adora ficar explorando por aí. O Viserion é super fresco, se você pegar nele já fica miando e querendo te arranhar, só vem pra perto quando quer carinho ou comida. Já o Rhaegal, acho que você iria amar, ele é muito dócil e ama brincar.
- Você sabe que eu sou uma pessoa de cachorros, além do mais, você já conheceu o Ghost, ele não gostaria muito do seus gatos.
- Tenho certeza que ele amaria meus gatos, assim como você.
- Teria de conhecê-los primeiro. - Falou fazendo-a ver de que ainda tenham muitas coisas para fazer junto, aquele não poderia ser o último encontro deles.
- Sim. - Dany falou triste desviando o olhar. - Já está ficando tarde, acho melhor a gente preparar a mesa. - E ela mudava de assunto de novo, deixaria ela fugir agora, poderiam deixar aquele assunto para depois.
- Também acho que sim.
Decidiram por arrumar as coisas sobre a mesa de centro que ficava ao lado do tapete da lareira e não na mesa de jantar, já que ficariam por lá mesmo. Dany foi buscar alguma coisa no andar de cima e Jon aproveitou para pendurar um galinho de visco de forma que estivesse sobre eles e tivessem de se beijar para cumprir a tradição. Quando Dany voltou tinha alguns embrulhos em suas mãos, ela também trouxe presentes.
- Isso é para mim? - Ele perguntou quando ela deixou os pacotes sobre o sofá.
- Sim, mas você só vai poder abrir depois da meia-noite.
- Humm, eu também trouxe presentes para você, um vou te dar agora e outro só amanhã a noite.
- Por que você me falou isso? Agora vou ficar curiosa. - Ele riu da impaciência dela. - Cadê meu presente de agora?
- Eu vou pegar, mas você só vai poder abrir também depois da meia-noite.
- Você é um chato, Stark.
- E você é uma espertalhona. - Ele se aproximou dela e tomou seus lábios em um beijo suave. - Eu já volto.
Jon subiu as escadas em direção ao quarto, os presentes de Dany estavam ainda em sua mala. Abriu a grande mala preta e pegou as duas caixas de jóias que estavam entre suas roupas, ambas da mesma marca. Abriu a maior, que seria a que daria para Dany agora, dentro repousava um colar e um par de brincos de ametista, combinariam com os olhos dela. Queria dar estas peças antes para que ela estivesse usando quando lhe entregasse a outra que estava na caixinha menor. Esperava que Dany aceitasse pois não estaria só lhe dando apenas frias pedras preciosas, estaria também lhe entregando seu coração.
Assim que desceu as escadas Dany estava sentada sobre o tapete felpudo com uma taça de champanhe nas mãos, ela logo viu seu presente que não estava embrulhado nem nada, a caixa de veludo preto já deixava bem claro o que era.
- Você não sabe nem disfarçar, Stark.
- Não sou muito bom com surpresas. - Ele falou enquanto deixava a caixa ao lado dos embrulhos de Dany sobre o sofá.
- Não, você não é. - Ela deixou a taça sobre a mesinha e o chamou com o dedo indicador. - Vem aqui. - Jon se ajoelhou a sua frente e ela começou a beijá-lo.
- Desse jeito você que vai ser minha ceia de natal. - Ele falou fechando os olhos e se deixando levar pelas sensações, Dany riu.
- Eu não passei a tarde inteira na cozinha para servir a mim mesma no jantar, Stark.
- Então para de me provocar, sua feiticeira.
- Gosto de te provocar.
Jon segurou seu impeto sexual, afinal a meia-noite já estava chegando, e apenas ficou beijando-a castamente. Apesar de Dany não ter nada de casta é claro, ela ficava constantemente se esfregando nele tentando quebrar seu autocontrole. Quando deu meia-noite Jon apontou para o visco, Dany riu de sua tentativa, mas o beijou mesmo assim. Comeram o máximo que puderam da comida, até que estava gostosa, mas ainda sobrou muito. Após comerem eles foram abrir os presentes, apesar de já saber o que era Dany ainda estava curiosa para ver a jóia. Quando ela abriu ficou maravilhada.
- É lindo, Jon. - Ela subiu em seu colo e lhe beijou os lábios. - Sempre que olhar para elas vou lembrar de você. - Jon não queria que ela aceitasse o presente como uma lembrança dele, pretendia ficar por muito tempo na vida dela, portanto não precisaria de jóias para isso.
- Quero que você as use amanhã quando eu te levar para ver as luzes de natal em uma praça aqui perto. - Falou olhando em seus belos olhos, Dany assentiu.
- Vou usá-las para você. - Ela lhe deu mais um beijo rápido antes de pegar os presentes que tinha trazido e oferecer a ele. - Agora abre os meus.
Jon pegou um dos pacotes e abriu, dentro havia abotuaduras com um lobo, o do brasão de sua família, era lindo. No segundo pacote havia um porta retrato com uma foto dele totalmente descontraído, ele sorria e nem havia percebido que lhe fotografavam. Não era muito comum fotos dele sorrindo, ainda mais tão natural assim, aquilo só acontecia quando ele estava com Dany. Se lembrou extamente do dia em que aquela foto foi tirada, eles tinham viajado para Fernando de Noronha para passar o verão, tudo tinha sido maravilhoso, o sol, o mar, Dany...
- Eu sempre amei essa foto, você estava tão lindo esse dia, olhava para o mar com o sorriso mais lindo que já vi na vida. - Dany disse, ela ainda estava sentada em seu colo e o ajudava a rasgar os pacotes.
- Eu lembro também desse dia, acho que eu tinha acabado de perceber que os melhores momentos da minha vida eram ao seu lado e eu estava ao seu lado naquele momento, portanto eu estava feliz. - Jon tinha os olhos fixos nos dela.
- Os melhores momentos da minha vida são ao seu lado também. - Ficaram se encarando por alguns segundos, todos os sentimentos que tinham um pelo outro escapavam pelo olhar. De repende Dany desviou os olhos, ela tinha passado esses dias fugindo dele. - Agora abre o outro, é um presente para nós dois.
Jon pegou o último pacote, era bem pequeno, e abriu, dentro havia uma espécie de dado. Olhou para Dany franzindo o cenho, ela sorriu animada. Tirou os dados de dentro e viu que em cada face havia um lugar do corpo, olhou o outro e viu que indicava uma ação. Sério que ela havia comprado um dado sexual? pensou.
- Sério isso? - Perguntou levantando a sobrancelha.
- Claro. - Ela tomou os dados da mão dele. - É pra gente brincar. - Ela desceu do colo dele e se sentou à sua frente. - Eu primeiro. Vamos ver o que os dados vão mandar você fazer.
- Não acredito que você gastou dinheiro com isso, posso fazer tudo o que os dados dizem sem precisar jogá-los para cima. Além do mais, se você jogar os dados não é em mim que tem fazer o que ele manda.
- Eu sei que você faz isso e muito mais, mas é uma brincadeira, seu mal-humorado. E eu não sei como funciona, talvez eu que faça em você. Vamos lá dados. - Dany beijou os dados e jogou sobre o tapete, em uma das faces de um dos dados estava escrito "lamber" e no outro estava um peito feminino. - Humm.
- Você poderia ter comprado coisas mais interessantes em um sexy shop, eu apreciaria uma algema agora.
- Você sabe que eu não sou tão ousada assim, ficaria com vergonha de pedir uma algema da atendente. - Ele sorriu, como ela poderia ser tão desinibida na cama, mas ter vergonha de ir ao sexy shop?
- Sabe aquela vez que eu trouxe o chicote, eu entrei no sexy shop e me senti como o Christian Grey.
- O que?! Você disse que não tinha assistido o filme. - Lembrou então que tinha dito para ela que não assistira o filme pois era coisa de garota. Apesar de reamente ser de garota, ele tinha gostado e várias ideias tinham sugido a partir daquele filme.
- É um prazer culpado. Além disso, não teria tanta graça se você ficasse me comparando.
- Eu nunca ficaria te comparando, você sabe que é muito mais gostoso que ele. - Jon riu, aquilo não era verdade, provavelmente lhe dizia isso para que não se sentisse tão mal ao ser comparado.
- Sei. - Falou rindo e então abriu a parte de cima do seu roupão. - Acho melhor você fazer o que o dado ordena.
- Com prazer.
Dany não mediu esforços para levá-lo ao limite, toda vez que jogava os dados ela o fazia perder mais do seu autocontrole. Jon também não ficou muito atrás e a deixava pedindo mais toda a vez que cumpria o que o dado mandava. Quando sua vez chegou novamente ele decidiu não mais parar, chega de dados, faria o que quisesse.
- Hora de usar meu presente de natal. - Ele falou no ouvido de Dany.
- Mas a gente já usou seu presente de natal.
- Meu outro presente de natal. - Ele falou enquanto a rolava de forma a ficar de bruços com o bumbum empinado em sua direção.
Jon havia apresentado Dany ao grande prazer do sexo anal e havia sido seu primeiro. Ocasionalmente ela lhe dava permisão para estar em sua área mais apertada e quando deixava ele aproveitava, adorava estar lá tanto quanto adorava seu núcleo.
Jon estimulou Dany até que esta estivesse bem relaxada e molhada, precisava dela bem lubrificada antes de introduzir-se. Ele pegou então uma camisinha que tinha estado em sua carteira a meses e a vestiu, só então lentamente ele entrou em Dany, ela gemeu já muito exitada. Ela era tão apertada, o deixava à beira do orgasmos só de estar dentro dela. Começou a se mexer lentamente e Dany gemia enquanto ele a estimulava com os dedos em seu clítores. Jon só conseguiu se segurar até Dany atingir seu prazer, ele então se deixou levar tendo orgasmo de outro mundo. Jon se livrou da camisinha e ficou deitado com Dany em seus braços. Poderia haver natal melhor?
Pareceu que demoraram uma eternidade para recuperar o fôlego, quando Jon olhou no relógio do celular que estava próximo viu que já passava das três da magrugada. Dany tinha a cabeça sobre seu peito e parecia prestes a dormir.
- Ei dorminhoca. - Chamou.
- Não, não quero dormir ainda, esse é o melhor dia da minha vida, não quero que acabe. - Ela falou com a voz sonolenta.
- Pode dormir, eu ainda vou estar aqui quando você acordar e prometo fazer com que todos os seus dias sejam um melhor que o outro.
- Promete?
- Prometo.
Dany não demorou muito a pegar no sono de vez, ela dormia tranquila com a cabeça em seu peito. Jon ficou acariciando em seu cabelo enquanto esperava o sono chegar. Fizera uma promessa a ela e pretendia cumprir, faria com que Dany ficasse com ele para fazer com que cada dia da vida dela fosse melhor do que o outro. Só precisava que ela o escolhesse e o deixasse ajudá-la, pois ele moveria céu e inferno para fazê-la feliz e garantir que ela tivesse tudo aquilo que sempre desejou. Agora era guerra e ele só saíria quando estivesse com a dama, pois Daenerys era a mulher que amava e não deixaria nada nem ninguém tirá-la dele.
Daenerys
Era tão bom acordar com quem se ama em um dia tão especial como uma manhã de natal. Dany abriu os olhos e viu que ainda estava no tapete, a lareira já tinha se apagado a bastante tempo, mas ela ainda estava quente devido ao corpo de Jon que estava colado ao seu. Ele dormia tranquilamente, ficava tão relaxado e lindo assim que ela adorava velar seu sono. Pegou o celular de Jon que estava próximo e viu as horas, dez horas, desse jeito perderiam toda a manhã.
- Meu amor, acorda. - Ela chamou, Jon apenas se mexeu ainda desacordado. - Jon, desse jeito a gente vai perder a manhã toda. - Ela o sacudiu.
- Humm... que foi, meu amor? - Sempre quando ele a chamava assim ela sentia um calor no coração, adorava esse apelido carinhoso.
- Acorda. É manhã de natal.
- Manhã de natal significa ressaca, Dany. - Ele respondeu com a voz sonolenta e com os olhos ainda fechados.
- Não esse ano, temos que aproveitar e não ficar o dia todo dormindo, afinal é nosso primeiro natal juntos. - E último, completou em sua mente, mas não falaria aquilo em voz alta para azedar o clima.
- Tudo bem. - Jon abriu os olhos, mas permaneceu deitado. - O que você quer fazer?
- Não sei, mas só assistir um filme clichê de natal na TV com você já é melhor do que ficar dormindo.
- Tenho que discordar, porque dormir é maravilhoso, mas tudo bem, vou fazer o que você pedir. - Jon falou enquanto se sentava.
- Quando é que você não faz tudo o que eu mando, Stark? - O provocou.
- Mais que convencida.
- Convencida não, você sabe que é verdade. - Jon a encurralou contra o chão, o corpo pesado e musculoso dele sobre o seu.
- Peça o que quiser então, majestade. - Ele falou com a voz rouca.
- Por enquanto eu quero só que você reacenda a lareira e me prepare um café bem forte e gostoso.
- Tinha esperança que fosse me pedir outra coisa, mas tudo bem, o que a minha rainha desejar.
- Bom garoto.
Jon acendeu a lareira rapidamente e Dany pôde então continuar aquecida enquanto ele a deixava para preparar um café rápido. Eles tomaram o café com bolo de chocolate e então se sentaram no sofá abraçadinhos para assistir TV. Acabaram por assistir Esqueceram de Mim, um clássico, e riram mesmo assim. Ficaram a tarde inteira no sofá e quando já eram cinco horas Jon disse que deviam se arrumar, Dany já tinha esquecido do passeio que dariam, só ficar agarradinha com ele já era o suficiente para tornar seu natal especial.
Tomaram um banho juntos, era para ser um banho rápido, mas quando estavam ambos nús e molhados não tinha como dar em outra coisa. Quase deixara o cabelo molhar na confusão no banheiro, mas ainda conseguiu mantê-lo intacto, fez um penteado cheio de tranças, os achava lindos. Jon se arrumou rapidamente e desceu para esperá-la, Dany ainda passou maquiagem, colocou os brincos e o colar que ele lhe deu de presente, e então ficou escolhendo a roupa que usaria, portanto demorou um pouco. Ela então decidiu usar qualquer coisa já que a única coisa que os outros veriam seria seu sobretudo vermelho sangue. Quando desceu viu um Jon todo vestido de preto andando de um lado para o outro, talvez ela tivesse demorado demais já que ele parecia um pouco nervoso.
- Desculpa a demora. - Ela falou um pouco constangida.
- O que? Não, não foi nada. Eu só estou um pouco ansioso.
- Por quê? - Não estava entendendo a ansiesade dele, só iriam dar um passeio.
- Por que hoje é importante. - Ele fitou seus olhos fixamente. - Ficaram lindos em você, combinam com seus olhos.
- O que? - Perguntou confusa.
- As jóias. - Ele respondeu apontado para seu pescoço.
- Sim, elas ficaram lindas, eu amei, obrigada.
- De nada. Vamos então?
- Claro.
Eles andaram por alguns minutos no carro, agora que era noite ela podia ver todas as decoração das casas ligadas, todas eram lindas. Jon estacionou perto da entrada de uma praça que já dava de ver que estava cheia de gente e toda iluminada, ficou ansiosa por ver mais. Quando entraram ela ficou estupefada, tinha luzes em todos os lugares, era mágico. Segurou a mão de Jon e saiu correndo querendo ver tudo. Havia um enorme árvore de natal no centro e um pequeno palco onde um coral cantava músicas natalinas, várias pessoas se reuniam ao redor para assistir. Ficaram horas lá vendo as apresentações e comendo as delícias que vendiam nas barraquinhas. Em um certo momento Jon a puxou para debaixo de um visco, um visco de verdade agora, não um galho, e ela teve de lhe dar um merecido beijo de natal. Quando um pouquinho de neve começou a cair lentamente, Jon lhe comprou uma sombrinha tranparente com pequenas luzes nas pontas, era perfeita. Tiraram diversas fotos e depois ficaram abraçadinhos sob a sombrinha vendo o final da apresentação do nascimento de Jesus.
- Já está tarde, vamos voltar? - Jon perguntou próximo ao seu ouvido.
- Aqui é tão mágico, não queria que acabasse nunca, mas vamos logo pois eu ainda tenho o resto da noite para aproveitar com você. - Sua última noite juntos, ela tinha estado temendo essa noite desde chegara. No dia seguinte eles iriam embora e ela nunca mais teria Jon Stark, ficava triste só de lembrar.
Apesar de tudo, tentou se animar, afinal não queria passar sua última noite com Jon triste. No caminho para casa ela ficou falando o quanto adorou tudo, Jon sorria enquanto dirigia. Quando chegaram ela foi entrando na frente e tirando o sobretudo, Jon vinha logo atrás dela e estava fechando a porta quando se virou para ele.
- Foi tudo tão lindo, eu estou super feliz.
- Eu disse que tornaria cada dia da sua vida um mais feliz que o outro. - Ele falou enquanto se aproximava e grudava sua testa a dela.
- Você cumpri suas promessas. - Falou sorrindo.
- Ainda não, só se você me deixar. - Jon então se abaixou ficando de joelhos a sua frente e puxou uma caixinha do bolso, quando abriu ela viu o anel solitário ametista. - Daenerys Targaryen, eu te amo com tudo de mim, casa comigo?
As lágrimas começaram a cair instantaneamente, ele a amava.Como assim? Aquilo não fazia parte do trato, foi a primeira coisa que veio a sua mente. Bem, parecia que o contrato estava mais de rasgado agora, ele a amava e ela o amava também, aquilo era fato, mas o que era fato também é que não poderiam ficar juntos. Seria tudo mais fácil se Jon apenas a deixasse ir, mas não, ele lutava e agora a deixava na pior situação de sua vida, pois teria de rejeitar o homem que amava.
- Jon... - Começou triste, a voz afetada pelo choro. - Eu não posso aceitar, você sabe.
- Pode sim, esquece o contrato com os Dothraki, quando você for minha esposa a Stark liberará o recurso para investir na Targaryn. Dany, eu sei que eu te amo e que você me ama, a gente ainda pode dar um jeito.
- Jon, você não entende. - Ele se levantou e tomou seu rosto entre as mãos, olhando fixamente em seus olhos, ele ameaçava quebrar todas suas barreiras.
- Eu entendo que é a nossa chance de ficar juntos, você não precisará casar com um homem que nem conhece e ficar a mercê daquele grupo de tubarões que são os Dothraki. Por favor, Dany, me deixa te fazer feliz.
Cada fibra do ser de Dany dizia sim, casar com Jon era algo que secretamente desejara por anos, assim como ouví-lo dizer que a amava. Mas ele não estava pensando nas consequências que uma união entre eles faria, ela até podiria ficar com ele, mas perderia todo o resto. Se Dany casasse com ele não haveria chance de ela presidir a Targaryen, seu pai nunca deixaria, ele provavelmente a deserdaria também só para que ela não ficasse com nada quando ele morresse. Além do mais Jon também poderia se complicar, não queria que ele perdesse toda a credibilidade por gastar exorbitante soma de dinheiro em um empreendimento falido.
Meu Deus, por que a história deles era tão trágica?, se perguntava triste. Por que o amor não vencia no final? Por que eles se amavam, mas não poderiam ficar juntos?
- Não, Jon. - Teria de ser dura agora, cortar tudo aquilo antes que cedesse e acabasse por condenar os dois. - Meu casamento já está marcado, os contratos já estão assinados, eu não posso desistir agora. - Jon se afastou dela, mas continuou a encarando.
- Não pode ou não quer?
- Ambos. - Falou na voz mais forte que conseguiu, mas quase desmoronou quando viu a luz deixar os olhos de Jon. Ela tinha acabado de quebrá-lo, ele lhe tinha lhe oferecido seu coração e ela o rejeitara.
- Tudo bem então. - Viu Jon aguardar a pequena caixinha no bolsa da calça novamente. - Espero que você seja feliz com seu novo marido.
Ela não teve tempo de responder, nem sabia se tinha a capacidade de responder na verdade, Jon saiu pela porta batendo-a com força ao fechar. Ele foi embora e somente o frio que tinha passado pela porta ficou para lhe fazer companhia. Dany tinha a visão embaçada, as lágrimas caíam em torrentes e os soluços ameaçavam quebrá-la.
Nem soube quanto tempo ficou ali parada olhando para a porta fechada a qual Jon tinha saído, só se deu conta quando não conseguiu mais chorar por se sentir seca. Dany tomou um pouco de água na cozinha e subiu para o quarto, trocou de roupa, tirou e guardou as jóias que Jon havia lhe dado com o coração pesado, escovou os dentes e foi para a cama. Ficou então rolando na cama sem conseguir dormir, lembranças de seus dias com Jon correram sua mente. Todos aqueles dias felizes terminavam agora de maneira azeda, Jon tinha raiva dela agora e não poderia culpá-lo, ele tinha razão. Dany não sabia se era melhor desse jeito, pelo menos ele não ficaria tão ferido, mas em troca ela ficaria quebrada pelo resto de sua vida sabendo que o homem que amava a odiava.
Talvez tivesse se passado minutos, horas ou dias, não sabia, mas finalmente a porta do quarto se abriu e Jon entrou. Ele não ligou a luz nem nada, ela apenas ouviu o sussurrar de sua roupa ao ser tirada e sentiu a cama afundar quando ele deitou ao seu lado. Dany ficou tensa, não sabia se deveria dizer alguma coisa ou se era melhor fingir que estava dormindo. Sentiu então a quente palma da mão de Jon sobre suas costas e toda seus pensamentos foram por água abaixo. Dany se virou para ele e Jon não perdeu tempo em tomar seus lábios, ele estava com raiva sentiu no beijo punitivo que lhe dava. Ela sabia que estava tudo errado, não era para ser assim, ele só estava usando o sexo como um alívio ou como uma forma de puní-la, sabia que deveria se recusar, mas como a idiota que era ela nunca faria isso. Quando ele pôs a mão dentro de sua camisola e puxou sua calcinha a rasgando, ela gemeu. Não teve mais preliminares, Dany já estava preparada, Jon apenas afundou dentro dela. Tinha os dedos emaranhados em seus cachos enquanto ele atacava seu pescoço, provavelmente ficaria uma marca pela manhã, mas talvez fosse exatamente aquilo que ele quisesse, marcá-la pois mesmo ela não adimitindo, saberia que pertencia a ele. Dany chegou ao orgasmo rapidamente, mas Jon ainda demorou um pouco, o esforço já estava o deixando suado. Quando ele finalmente se derramou dentro dela, Dany teve um mini orgasmo ao se sentir completa.
Jon tinha a cabeça enterrada em seu pescoço e quando ela se mexeu para acariciar seu cabelo ele se afastou, saíu de cima dela e foi para seu lado da cama ficando de costas para ela. Dany sentiu as lágrimas voltando, a semente dele ainda estava entre suas coxas, mas ele a ignorava completamente, se sentiu suja. Se virou de costas para ele e tentou ao máximo controlar o choro, não queria que ele lhe ouvisse. Nunca tinha sido assim com Jon, sempre houve amor e carinho em algum nível, mas agora parecia que não havia nada, nunca tinha sido sua intenção matar o amor que tinham um pelo outro. Abraçou a si mesma, ainda estava com a camisola, tinha feito amor toda vestida, pois ele se livrara apenas da parte que importava. Não soube quanto tempo passou tentando não fazer barulho enquanto chorava, mas finalmente seu corpo cansado deu um tempo a si mesmo e ela caíu no sono.
Dany acordou no susto quando ouviu um som alto vindo de fora do quarto. Olhou ao redor e viu que estava sozinha na cama, mas a porta que dava para o corredor estava aberta. Se levantou lentamente e foi ao banheiro, tomou um banho rápido, escovou os dentes e voltou para o quarto. Ela jogou a camisola dentro de seu saco de roupas sujas e procurou a calcinha que Jon tinha arrancado, hoje era dia de irem embora e não poderia deixar uma lembrancinha daquelas no quarto. Procurou e procurou, mas não encontrou, talvez Jon já tivesse se livrado dela envergonhado demais por sua falta de controle. Dany vestiu calça jeans, sueter vinho, pantufas e desceu as escadas.
Jon já devia ter acordado a horas ela percebeu quando encontrou tudo limpo por onde passou, até as cinzas da lareira ele já havia tirado. Chegou a cozinha e o viu guardando o liquidificador.
- Então o barulho era do liquidificador. - Ela constatou chamando a atenção dele.
- Desculpa pelo barulho, foi o gelo. - Ele falou a encarando enquanto ela se sentava na bancada onde o café estava sevido. - Eu fiz uma vitamina para você, sei que gosta de tomar antes de fazer uma viagem muito longa de avião.
- Obrigada. - Ela falou pegando o grande copo de vitamina que estava na bancada. Como ele poderia odiá-la e ainda assim ser tão atensioso?
- Escuta, sobrou muita comida e mantimentos, eu soube que tem uma instituição de caridade aqui perto que pode aproveitar tudo isso. Eu vou dar um pulo lá e já volto.
- Eu poderia ir com você.
- Eu não vou demorar muito, acho melhor você ficar e arrumar logo a sua mala, nós iremos para o aeroporto assim que eu voltar. - Mas já? Ainda era muito cedo, antes quando a hora de ir embora chegava eles enrolavam bastante não querendo ir e passavam cada segundo que podiam junto e não cada um de um lado.
- Tudo bem.
Jon pegou as sacolas que ela percebeu que já estavam arrumadas perto da porta e saíu. Ela ouviu o barulho do carro quando ele o ligou e depois se afastou. Era a primeira vez que ele se afastava assim dela, nem quando milhares de quilometros e um oceano os separava eles tinham ficado tão distantes. Discretas lágrimas escaparam de seus olhos pois sabia que a culpa era sua, eles deviam estar comemorando um futuro inteiro pela frente, pois ele lhe havia oferecido tudo, só que ela jogara tudo de volta em sua cara. Apesar da dor, ela tinha que arcar com as consequências de suas escolhas, escolhera a empresa em vez de Jon e teria de viver com isto pelo resto de sua vida.
Dany arrumou e limpou tudo depois de terminar seu café. Subiu para o quarto, sua mala estava uma zona, ela sempre deixava tudo jogado. Sentando-se no chão ela começou a arrumar tudo, separando as roupas sujas, seus sapatos e o que ainda estava limpo. Entre as roupas ela pegou a caixa da joalheria e abriu, tinha deixado perfeitamente organizado o colar e o par de brincos que ganhara. Dany passou a mão sobre o conjunto com o coração apertado, os guardaria para sempre, seria sua melhor lembrança de Jon. Terminou de fazer sua mala e olhou no relógio, Jon estava demorando. Dany olhou para a mala preta dele não muito longe da sua, não estava uma zona como a sua tinha estado, mas não estava organizada também. Decidiu adiantar um pouco as coisa e ir arrumando a mala dele também.
Dany abriu a grande mala preta e começou a dobrar as roupas bagunçadas. Levava as roupas ao nariz para sentir o cheiro dele nas peças e acabou por roubar uma camisa dele para si, dormiria com ela todos os dias. Dany foi separar a roupa suja dele e quando dobrava uma calça jean viu algo caindo bolso, era a caixinha do anel. Estendeu a mão e pegou a pequena caixa de veludo preta, abriu e viu aquele lindo anel novamente, o anel que deveria estar em seu dedo agora. O solitário era de amestista também, combinava com o conjunto que ele havia lhe dado por isso pediu que ela o usasse na noite anterior. Uma lágrima deslizou por seu rosto, teria gostado de usar aquele conjunto no dia de seu casamento com Jon, um dia que nunca aconteceria é claro. Dany fechou a caixinha e guardou no mesmo compartimento onde ele havia deixado as abotuaduras que ela lhe dera de presente, esperava que ele se livrasse desse anel, porque morreria se ele pedisse outra mulher em casamento com aquela mesma jóia.
Dany terminou de arrumar as malas e então arrumou também a cama, já que ainda estava do mesmo jeito que ela deixara quando acordou. Desceu as escadas e nada de Jon, será que ele não suportava mais encará-la e por isso estava postergando? Dany pôs o casaco e decidiu ficar na varanda olhando a neve e esperando que ele voltasse.
Dany estava perdida em seus próprios pensamento quando um SUV preto parou em frente a casa e Jon saiu de dentro, finalmente ele chegara. Ele caminhou em sua direção e parou a sua frente.
- Desculpa a demora, mas pediram minha ajuda para carregar algumas das doações.
- Tudo bem. - Dany respondeu apática.
- Eu vou fazer a minha mala e a gente já vai poder ir. - Ele já ia entrando na casa quando ela falou:
- Não se preocupa, eu já fiz sua mala.
- Obrigado. - Ele desviou os olhos para o chão por alguns segundo antes de voltar a encará-la. - Então, se você já estiver pronta, acho que já podemos ir. - Dany apenas acenou com a cabeça, não sabia se seria capaz de falar sem chorar novamente. - Eu vou buscar as malas então.
Jon entrou e Dany ficou ali mesmo, não conseguiria entrar e encarar a sua casa dos sonhos novamente, lembrar da felicidade que sentiu em cada cômodo e agora deixava para trás. Jon demorou um pouquinho para descer com as malas, talvez estivesse se despedindo da casa também. Quando ele saíu e trancou a porta ela o seguiu em direção ao carro, Jon pôs suas coisas no porta-malas e se sentou na cadeira do motorista. Enquanto o carro seguia Dany ficava olhando pela janela, se despedindo de todas aquelas maravilhas.
O caminho todo eles permaneceram em silêncio, não tinham nada para dizer ao outro, as escolhas haviam sido feitas e agora só restava seguir com suas vidas. Jon parou na locadora de carro onde devolveu as chaves do carro e da casa, eles passaram então para um taxí que os levou direto ao aeroporto.
Jon vinha trazendo as malas dos dois enquanto Dany tentava achar o portão no qual embaracaria, quando finalmente chegaram ela desejou se perder de novo. Não queria ir embora, não queria voltar para a vida que sabia que seria mediocre agora que perdera o amor de sua vida. Jon ficou de frente para ela e lhe entregou sua mala.
- Acho que agora é um adeus. - Quando ele falou o coração dela apertou, tinha certeza que ele lhe enfiava uma faca no frágil orgão. - Tenha uma boa vida, Dany, espero que você seja feliz no seu casamento.
- Tenha uma boa vida também, Jon. - Dizer aquilo doía muito, pois não podia suportar o pensamento dele casado e com filhos de outra. - Adeus.
Jon pôs a mão em seu rosto e acariciou sua bochecha, os olhos dele estavam fixos no seu e ela pôde ver que ainda existia amor ali. Percebeu a intenção dele em seus olhos e sabia que se ele a beijasse ali ela quebraria, desistiria de tudo para ficar com ele. Ele continuou fitando-a intensamente até que piscou e pareceu recolher-se dentro de si mesmo. Ele lhe deu somente um beijo casto na testa e se afastou.
Dany ficou observando enquanto ele ia embora, tentado segurar as lágrimas. Era melhor assim, eles não eram destinados a ficar juntos, estavam de lados opostos do tabuleiro, a rainha branca não fazia par com o rei negro. Tudo o que eles viveram ficaria sempre em suas lembranças, procuraria visitá-las sempre que ficasse difícil demais de aguentar e ela se sentisse sozinha, pois, apesar de tudo que os mantinha separados, a rainha branca amou o rei negro e ele a amou de volta, e mesmo que para terminar o jogo eles tivessem que se manter afastados, aquele amor continuaria. Ela sabia no fundo de seu coração que nunca deixaria de amar Jon Stak, nunca deixaria de amar o rei negro.
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