- aarhg..- suspiro. Sabia que tinha algo errado, mas não lembrava do o que seria. Não lembrava a alguns segundos, agora me vendo nessa situação, eu posso dizer que sobrevivi. Como foi? Não lembro. Também não lembro se tinha alguém comigo. A verdade é, eu não lembro nem meu nome.
Meus olhos calmamente circulam por aquele lugar, no intuito de achar algo, que também não faço ideia do o que seja. Olho para meu braço e retiro aquelas coisas que estão encravadas na minha veia, retiro o lençol delicadamente e sento na cama, dando impulso para ficar de pé. Ando até a janela e olho para baixo, vendo carros, carros estacionados e pessoas andando normalmente. Não me lembro da cidade, e se essa for uma, parece um comboio militar. Me viro para a cama novamente e toco na mesma que estava levemente úmida pelo suor do meu corpo. Estava um clima quente. Olho para minha mão e a encaro, analisando um corte entre o dedo anelar e o mindinho que descia até o dorso da mão. Circulando pelo quarto, me pergunto o que aconteceu, o que aconteceu para estar ali. Ando até a porta e a abro com dificuldade na hora de girar a maçaneta, estava com câimbra nas mãos. Não sei quanto tempo passei dormindo para ficar com câimbras. Por fim consigo abrir, me direcionando para fora da sala. O corredor estava vazio, sem uma viva alma se quer. Ando em Passos lentos até o final dele, que direciona para outro corredor no lado esquerdo, esse sim, está quase movimentado, apenas duas pessoas estão naquele lugar. Passo por elas as encarando e as mesmas nem parecem notar. Sigo mais a frente e há mais pessoas, umas 12 talvez. Um homem de roupa preta uniforme vem em minha direção, o encarei tentando não me intimidar com o seu olhar, e o mesmo me olhou de cima a baixo, erguendo uma sobrancelha.
- Anna? - franzi o cenho com olhar duvidoso - Você é a Anna, certo?
Apenas o encaro continuamente e o mesmo tenta me tocar, mas desvio de suas mãos. Ele faz uma cara de convencido e novamente tenta alcançar minha mão.
- Por quê não responde? - o encaro desnorteada. Eu mesma não sabia quem era. - Tudo bem, vamos até o namjoon. - ele consegue alcançar minhas mãos e me puxa. Por um deslize dele, o faço tropeçar em meus pés, fazendo o mesmo se desequilibrar e soltar a minha mão com dificuldade. Corro de volta para o caminho que acabei de fazer, mas sou alcançada pelo homem que me puxa pela roupa de hospital que eu estava usando. O mesmo da a volta com seus braços em minha cintura e me encosta naquela parede lisa do corredor vazio.
- se você quer brincar de pega pega, eu posso fazer isso o dia todo. - sussurra em meu ouvindo. Enquanto estou com o rosto e corpo prensado naquela parede, bato com meu cotovelo em seu rosto, o mesmo se afasta e volta tentando me segurar novamente. Desvio de suas mãos e acerto um soco em seu rosto. O mesmo sorri tocando o lugar onde o acertei, se certificando de que não está sangrando. - Você até que sabe bater. - diz sorrindo - mas não posso medir esforços com uma mulher. - o olho erguendo uma sobrancelha e faço uma posição de briga, o mesmo olha e ri. - quer mesmo fazer isso? Aqui? - olho ao redor
- Está com medo de perder para uma mulher? - o homem olha surpreso. Finalmente disse algo.
- Olha, ela fala. - ri, mas logo ergue os punhos também. - ok! Vamos lá bela adormecida. - sorri . A "disputa" começa por parte dele, que tenta me dar uma rasteira mas eu pulo, logo ele vem com chutes seguidos de socos. Ele era bom, e com certeza sabia disso. Fato é, eu sei lutar??!! Agora que já estava lá, Não podia parar. Ele cessa seus chutes e acerta um soco em meu nariz, que não tarda em sangrar. Vou para cima do mesmo, o acertando três socos seguidos, ele se encosta na parede e logo volta a sua atenção a mim. Fizemos o mesmo golpe juntos, o que fez um segurar a perna do outro. Nos olhamos por uns segundos e logo soltamos ambas as pernas. Ele gira e me dá um chute que me faz bater violentamente a cabeça na parede, por um segundo minha vista fica escura, mas logo volta. Puxo o ar entre dentes, por pura raiva, e logo corro até o mesmo, dou um tipo de "estrelinha" seguida de um chute em sua cabeça, o mesmo desnorteado cambaleia para trás, E então, Não sei como, eu o escalo, subindo até seu ombro e sentando no mesmo, fazendo força para cairmos.
- Mas o que é isso? - um homem aparece no corredor. O mesmo corre até mim, que estou fazendo um "triângulo " no mesmo (A:pra quem não sabe, triângulo é um golpe de Jiu Jitsu.) E tenta nos separar, outro homem aparece e me puxa, fazendo o homem que estava lutando bater desesperadamente em minha perna para solta-lo.
- Anna! Solte-o! - o homem que estava me puxando altera a voz e eu o obedeço. - obrigada. O que aconteceu aqui? Por quê ela estava quase te matando? Changkyun?! - o mesmo respirava rapidamente pedindo tempo. Sorri com aquilo eo homem ao meu lado segura levemente em meus braços. Me livro de suas mãos bruscamente - ow ow ow. Calma, eu não vou te machucar.
- Quem são vocês? Por quê eu to aqui? - me encosto na parede enquanto os três me cercam -
- Anna, sou eu, jun! Seu amigo. - o mesmo põe as mãos no peitoral - Você tá sangrando. O que fez com ela, idiota! - da um tapa no homem que acabei de lutar -
- Eu é que estava quase morrendo, e você se preocupa com ela? - o homem que se diz meu amigo, faz cara de Bravo.
- Anna, vem comigo, vamos, eu te ajudo com esse sangramento. - estende a mão e eu nego. Dentro de mim, estava confiante em dar a minha mão. Mas acabei de conhecê -lo. - Anna, por favor. Eu prometo que nao vai te acontecer nada. - olho receosa para os outros dois homens.
- Tudo bem. Mas se..tentar alguma coisa, vai acabar igual ele. - aponto par o homem que ainda toca em seu pescoço. Seguro em suas mãos e ele sorri.
- Eu nunca faria nada com você, Anna. - diz e seguimos caminho no corredor
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- tome, beba água, deve estar desidratada. - me alcança uma garrafinha de água - como você foi parar numa briga com o Changkyun? - o mesmo me pergunta logo trazendo um lenço para limpar o sangue em meu rosto. Ele ri e logo eu o questiono.
- o quê? É engraçado pra você? - pergunto fria
- Sim. E ainda quero saber os motivos. - ele toca em uma parte delicada no machucado, e eu gemi em reprovação - desculpa! - concordei - mas me diga.
- Não teve motivos. Ele simplesmente disse que não iria medir forças com uma mulher, e daí, começamos. - ponho as mãos na coxa enquanto ele terminava de limpar, tocando em meu nariz de leve. Estranhei seu ato.
- Você quase o matou por isso? - dei de ombros - desde quando você sabe lutar Anna?
-...- suspiro. Já não aguentava ser chamada de Anna sem ter certeza de que me chamo assim. - Não sei. Eu não lembro. Eu não lembro de nada, nem meu nome. - ele me encara sentando na poltrona em frente a que eu estou .
- Você também provavelmente não se lembra de mim, não é? - cruza as mãos em seu queixo - Nem da rara, S/N e a jess? - o olho curiosa
- Quem são essas?
- suas amigas. Vocês até moram juntas. - puxa seu celular e procura algo, logo virando a tela e mostrando uma imagem onde eu estou no meio. Eram quatro garotas, na praia, entre elas, eu sorrindo. Parecia estar feliz. Mas não lembro. O homem a minha frente sorri fraco olhando a foto e logo depois guardando o celular. - nesse dia da foto, era seu aniversário de 20 anos. A sugestao de ir a praia foi minha. - ele olha cabisbaixo -
- Me desculpe. Eu realmente não lembro. - toco em seus ombros - mas irei me esforçar. - sorri. "Por quê fiz isso?" - penso -
- Vem! - se levanta e estende a mão - temos que falar com a rara. Mas antes, vamos botar uma roupa apresentável. - concordo -
O homem me acompanha até uma sala, nao muito distante da qual estávamos. Ele bate pedindo licença E logo me puxa.
- Jisoo, preciso de sua ajuda. - a garota de cabelos vermelhos escuro estava com uma espécie de macacão Preto de tecido bem resistente, em sua mão esquerda segurava um bastão enorme. -
- Com o quê? - me olha e sorri.
- Anna, finalmente acordou..- aponta para mim -
- Oh! Você é a Anna? - estende a mão para mim - prazer em te conhecer. - apenas concordo
- Pode ajudá -la com uma roupa sua. Qualquer. Ela só precisa tirar essa por enquanto.
- Claro. - pega em minha mão - Vem!
[....]
- O que achou? - pergunta me olhando através do espelho.
- Eu gosto. Faz o meu tipo. - respondo sem muita emoção. A garota me emprestou uma calça preta, uma camiseta também preta, tudo em tamanho justo que deu perfeitamente em mim. Meu cabelo em rabo de cavalo me fez parecer mais "bonita".- obrigada, Jisoo?
- Sim! - sorri - de nada.
Voltamos para onde jun estava, e o mesmo sorri quando nós vê.
- Você está bem melhor com essa roupa. - toca meu queixo - bem, agora vamos. Obrigada jisoo!
- Vocês estão indo pra onde? - A mesma questiona saindo juntamente a nós dois
- vamos ao encontro da rara. Sabe se ela está na casa dela? - paramos em meio ao espaço onde muitas pessoas passavam. Parando pra pensar, nao me toquei no o que exatamente é isso aqui.
- Se não me engano, está no consultório do Dr. Kim seokjin. Se não, é provável que donghun saiba.
- ok Jisoo! Mais uma vez, obrigada. E bom treino. - Ela sorri simpática e sai. "Treino?"
- Ei! - digo e o mesmo me olha - o que é exatamente tudo isso aqui?
- estava esperando você perguntar. - ergo uma sobrancelha -
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