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História Na companhia do Marimo - Zosan (ABO) - Capítulo Único - Não estou com ciúmes!


Escrita por: Fallentine e Paxley

Notas do Autor


Olá meu caros leitores. Assim como prometi, aqui está mais um Zosan no universo ABO, eu farei outros, não se preocupem e obrigado pelo carinho que tiveram mandando lindos comentários :D

⚪ Capítulo betado e agradecimentos nas notas finais!

Capítulo 1 - Capítulo Único - Não estou com ciúmes!


Após um dia extremamente longo que parecia nunca ter fim, o renomado cozinheiro pôde descansar em seu quarto tranquilamente. Por mais que estivesse acostumado com o voraz apetite de seus tripulantes, ainda era cansativo preparar uma enorme panela de comida; o loiro não era de ferro e conhecia seus limites, que foram ultrapassados quando mais um tripulante veio a bordo. 

Existia uma clara diferença entre experiências vividas, pequenas experiências e o famoso ouvir falar. Sanji soube diferenciar todas elas assim que seu filho nasceu. Ele leu vários e vários livros para se preparar durante meses, conversou com senhoras e até mesmo recordou-se das memórias ao longo de sua vida. Foi a mesma coisa que nada quando seus olhos azulados bateram naquela pequena criança de cabelo esverdeado. Sim, isto mesmo. Jogue todos os aprendizados e livros idiotas no lixo, porque certamente o filho de Zoro é tão diferente quanto qualquer outra criança normal. 

Um suspiro escapou de seus lábios quando agarrou com mais força o travesseiro apoiado em seu rosto. A cama quentinha lhe chamou de braços abertos para uma bela soneca em que estaria tão imerso em seus sonhos — estes que envolviam belas damas com corpos extremamente curvilíneos e um espadachim idiota. Ah, Zoro. A sobrancelha encaracolada do chef se arqueou, aquele espadachim andava mais calado do que o seu habitual, deveria ser uma maravilha para Sanji, mas, infelizmente ele estava preocupado. 

Uma hora ou outra eles se encontrariam, Sunny poderia ser grande, mas não muito e então o loiro poderia simplesmente se aproximar e fazê-lo falar que raios o incomodava. Se ele não respondesse bem, ganharia um calo em sua testa. Então, este foi o brilhante plano de Sanji, que ele o executaria depois de sua soneca das duas da tarde que costumava fazer com seu filho. 

O pequenino era uma criança exemplar, na maior parte do tempo. Se não levasse em consideração o quão reclamão aquele pequeno marimo poderia ser, além de ter um grande apetite que vinham com exigências. Nestes sete meses de vida, Sanji acreditou que tinha apenas imprimindo uma cópia de Zoro em miniatura. Nada justo, mas não havia muito o que fazer. Ao menos, um bebê dorminhoco não o atrapalhava em seus afazeres, já que assim como Zoro, o bebê adorava tirar longos cochilos, não importando o lugar. Seja no colo de qualquer membro da tripulação ou em alguma superfície macia, lá estava o bebê de cabelos verdes, adormecido. No entanto, este parecia ter uma pequena preferência pelo colo de suas amadas senhoritas; o pirralho tinha um bom gosto, afinal, Sanji também era seu pai.

O cozinheiro virou na cama, agora olhando para o teto de seu quarto. Ele estava tão sonolento que não sabia dizer se dormiu por simples minutos ou uma hora inteira. Ao menos, ele não era o único sonolento, Torio provavelmente estaria adormecido também e… Sanji parou, sentindo falta do cercado de travesseiros improvisado — que fez para que o bebê não fugisse — quando começou a tatear a cama e não sentiu absolutamente nada. O rapaz levantou bruscamente com uma das mãos no peito a procura de seu filho. Que diabos! Por que os travesseiros estavam espalhados no chão e não havia sinais de Torio? 

Seu estômago deu uma cambalhota, acompanhado do aperto em seu peito. Imediatamente o rapaz olhou para ambos os lados. Céus, ele estava tão cansado que não percebeu nenhum movimento estranho, que pai horrível ele era. É indescritível a maneira que a culpa pesou sobre seus ombros; é claro que teria notado se fosse um ataque inimigo.

"Provavelmente alguém deve ter levado Torio para outro lugar do Sunny", ele pensava. 

A respiração de Sanji retornou ao seu usual ritmo, talvez nem tudo estivesse perdido, afinal, Nami e Robin devem tê-lo pego. Não há porque se preocupar. Depois de se acalmar de seu pequeno momento de pânico, ele levantou e guardou os travesseiros jogados pelo chão. Ao guardar o último, sua sobrancelha enrolada se arqueou, Sanji conhecia perfeitamente suas damas para saber que elas jamais fariam algo tão bruto. Suas adoráveis princesas não fariam tamanha bagunça. O que diabos estava acontecendo? 

Sua busca começou pela cozinha, onde encontrou as duas jovens sentadas na mesa. Não é preciso dizer que os olhos do loiro viraram dois corações ao vê-las. Como um furacão descontrolado — e cheio de amor — Sanji foi em direção à elas. 

— Boa tarde, minhas amadas Nami e Robin! As senhoritas estão mais belas do que nunca! É incrível como a beleza de vocês se renova a cada dia — elogiou o ômega. Suas mãos inclinadas para trás em uma pose exagerada, mas "digna". 

— Boa tarde, Sanji — respondeu a navegadora, removendo os lábios do copo. 

— Parece que alguém está renovado depois de um cochilo com Torio — disse a morena, com seu típico sorriso. O coração de Sanji estava pronto para arder em chamas, mas algo parecia errado. Suas lindas senhoritas não estavam com a pequena cópia de Zoro, Torio; isso o preocupou, e como. 

Quando o cozinheiro se calou e um olhar de preocupação tomou conta de seu rosto, a menina de cabelos alaranjados foi a primeira a estranhar. Sanji era um rapaz muito fácil de ler, por mais que existisse contratempos irritantes, como seus flertes cafonas. Como Zoro aguentava isso?

— Está tudo bem, Sanji? — questionou, chacoalhando o copo com gelo em suas mãos. A gata ladra semicerrou os olhos, duas avelãs focadas atentamente em seu amigo. 

— Uh, eu… — Ele fez uma pausa, estalando os dedos como se estivesse buscando por alguma coisa. A dizer por seus instintos, Nami diria que o loiro gostaria de esconder algo, mas não poderia por ser extremo. Com um suspiro, ela fez uma careta, esperando pela resposta impacientemente. Já Robin, que estava ao seu lado, parecia não se importar, era como se no rosto da arqueóloga estivesse escrito abertamente: "leve o tempo que precisar". — Vocês viram Torio? Ele estava dormindo comigo, mas quando acordei... Não tinha ninguém. — O ômega finalmente entregou, fazendo a garota ficar mais aliviada. Bem, era só isso. 

— O senhor espadachim acabou de passar com ele agora. Torio estava com uma linda cara de sono. Acho que foi ele quem sequestrou seu bebê. — Uma carranca surgiu na face do cozinheiro devido a dois motivos: o primeiro era sobre o maldito espadachim. Sanji estava certo em dizer que nenhuma de suas damas faria aquilo, só podia ser obra de um ogro como Zoro para fazer tanta bagunça ao pegar um simples bebê. E em segundo, a forma que sua amada Robin usou para descrever isso. Sequestro? Que horror! Aquela mulher era bela, mas seu pessimismo às vezes lhe dava calafrios. 

— Aaaah! O que seria de mim sem minhas amadas mellorines?! — choramingou. Com a resposta para seus problemas, o loiro poderia ficar mais aliviado, mas não muito, já que ele tinha que ensinar uma lição a um certo espadachim.

Ainda na cozinha, este aproveitou para preparar um pouco de comida seu pequeno. A considerar o horário em que acordou, ele estaria o alimentando se não fosse por Zoro e seu jeito de agir. Sinceramente, o que aquele cara tinha na cabeça? Ele morreria se avisasse que pegaria seu filho por um tempo? Claro que não! O espadachim era apenas um idiota com "I" maiúsculo. Marimo de merda! Sanji gostaria que as coisas fossem um pouco mais fáceis, às vezes comunicação seria bom. O cozinheiro revirou os olhos, ele estava falando de Zoro, no final das contas. Um alfa bruto, que age sem pensar na maioria das vezes e se baseia no puro instinto. 

Apoiando uma das mamadeiras em seu rosto após abri-las e por um pouco em seu pulso para ver a temperatura, Sanji estava mais que pronto para conversar com o espadachim. Não foi difícil encontrá-lo, afinal, como disse antes: Sunny é grande, mas nem tanto. Tudo o que precisou foi sair da cozinha e encontrar aqueles dois musgos próximos ao balanço. Os braços do alfa seguravam firmemente o bebê, que tinha uma de suas mãos gorduchas levada até a boca, balbuciando coisas que em breve tornariam-se palavras com um pouco de prática. 

— Ei, espadachim de merda. — Se aproximou dos dois, com desespero de  minutos atrás se transformando-se em raiva.

— Oh. Você está aqui, cozinheiro. — Virou-se, ajustando o pequeno musgo em seus braços. O neném ficou bastante emocionado ao ver seu outro papai, suas pequenas mãos chacoalharam e seus olhos brilharam. Para um bebê, longos minutos tornaram uma eternidade. — O que você tem aí? — O cozinheiro olhou para seus dedos, observando duas mamadeiras consideravelmente cheias, seguradas de forma desajeitada. Sem dizer nada, Sanji estendeu as mãos, para que pudesse pegar seu filhote.  

Zoro limpou a garganta em resposta, ajustando ainda mais o garoto em seus braços. Torio lançou um olhar de confusão, como se estivesse dizendo: "O que você está fazendo?". De primeira, o loiro não foi capaz de entender que aquela cópia do espadachim não o queria em seus braços. O que foi isso? Ele estava feliz em vê-lo, não estava?

— Deixa que eu faço isso, não se preocupe. — Pegou de suas mãos uma das mamadeiras, fazendo algumas cambalhotas no processo. Zoro conseguiria fazer isso, a vida o preparou para esse momento. Cuidar de Torio não era nada em comparação àqueles três bebês de Water Seven. Além do mais, ele é seu filho, de alguma forma também carrega seu jeito independente. Tudo o que precisava fazer era tomar cuidado para que o pirralho não derrubasse o leite. 

As sobrancelhas do espadachim se ergueram, um pequeno sorriso surgiu em seus lábios ao ver aquele pequeno bebê aproveitando sua refeição. Isso era ótimo, só mostrava o quanto Torio se tornaria um rapaz forte e independente como ele. Enchia seu coração de orgulho vê-lo distraído desta maneira com seu alimento. Antes que pudesse abrir sua boca para falar com o Sanji, este acabou usando seus pés para golpeá-lo e então, nasceu um calo entre seus cabelos esverdeados. 

— ESTAVA COM O QUÊ NA CABEÇA PARA PEGÁ-LO SEM ME AVISAR, MARIMO? — berrou furioso, puxando um cigarro e olhando-o seriamente. Sanji estava bravo com ele… Por pegar seu filho? Que sentido havia nisso? Torio também era seu! Aquele cozinheiro de merda... 

Os dentes do espadachim cerraram, uma carranca formando em seu rosto. 

— HÃ? — Devolveu no mesmo tom de voz. Por que ele deveria dar explicações para isso? Ele pegou Torio porque quis! O pirralho estava bem em seus braços o suficiente para não querer retornar para os braços de Sanji. Um provocante sorriso formou-se em seus lábios. — Controle seu ciúmes, cozinheiro tarado. — Por um momento, o esverdeado descobriu o tamanho do poder que palavras carregavam ao ver Sanji explodir em chamas com sua provocação. Foi como acender um pavio. 

O som de vazio que emitiu à mamadeira chamou a atenção dos pais, principalmente do ômega. Zoro imaginou que o simples barulho de Torio terminado sua refeição foi suficiente para impedir inúmeros xingamentos. Com a cabeça encostada no peitoral do alfa, ele continuou a puxar a mamadeira como se ainda não tivesse acabado. Quando o espadachim voltou a olhar para Sanji, este parecia estar mais calmo e com um de seus cigarros aceso. Ele entregou a segunda mamadeira em suas mãos, deixando-o sozinho e retornando para seu habitual caminho, a cozinha onde estavam aquelas duas mulheres. Zoro revirou a mamadeira em seus braços, isso era para mais tarde? Bem, fazia o tipo de Sanji se prevenir.

Olhando na direção da cozinha do Sunny, o espadachim fez uma careta. Era bom que o cozinheiro estivesse ocupado paparicando aquelas mulheres, assim teria mais tempo com seu menino. Há tempos que o alfa se sentia incomodado com a diversidade de olhares que seu filho recebia; a cada piscada que dava, Torio estava em um colo diferente e isso de certa forma era incômodo. Claro, eram seus amigos com seu filho, mas ele também gostaria de ter seu tempo. Só de pensar, até uma bruxa como Nami estava passando mais tempo com Torio do que ele, o fazia se sentir um grande idiota. Zoro olhou para a figura em seus braços e o ajustou em seus braços, dando um beijo em sua testa. 

(...)

Mesmo ocupado com a enorme louça, Sanji ainda podia espiar pela janela aquele espadachim com seu bebê. Ele tinha conhecimento suficiente para saber que havia algo errado e com o alvoroço que ocorreu mais cedo, nem sequer teve tempo de chegar para o idiota e perguntar o que estava acontecendo. Bem, o loiro teria que fazer isto mais tarde, até porque Sanji não gostaria de conversar sobre isso próximo dos outros tripulantes. Suas lindas damas não precisavam saber sobre seus assuntos pessoais, então teve que se conter com pequenas piadas e leituras de boca e expressões que via pela janela, tentando decifrar o alfa.

Zoro conversava com Nami, Torio estava em seus braços, tão distraído com os pássaros passando pelo Sunny; era adorável ver sua enorme curiosidade. Sanji ainda não conseguia acreditar que aquele pequeno musgo estava com saudades, mas não o suficiente para vir com ele. Para onde foi toda a rotina que eles tinham juntos? Que cruel! O ômega choramingou, olhando melancolicamente pela janela. Ele tentou por um certo tempo ver a navegadora conversar com aquele estúpido marimo, o que era uma novidade e tanto, ela geralmente só estava disposta a falar com Zoro quando o assunto envolvia sugigá-lo. Então sua adorável Nami estendeu suas mãos para pegar o bebê, este que deu um grande sorriso — assim como os de Sanji — pronto para ir para os braços da mulher, sendo impedido momentos depois por seu maldito papai musgo. Qual era a droga do problema de Zoro? Sanji bufou irritado. O que aquele espadachim de merda estava aprontando com sua amada? 

O marimo surgiu depois de meia hora na cozinha, Sanji estava preparando o jantar e viu a figura de Zoro junto de seu filhote adormecido. Ele ainda tinha em mãos a mamadeira cheia. Que idiota! As coisas teriam sido bem diferentes se o alfa tivesse ao menos um pouco de noção para lhe dar um simples aviso, isso era ridículo. No entanto, pensar não era exatamente o forte de Zoro, de vez em quando este dizia algo chocante, mas realmente nunca foi o foco do espadachim, de qualquer maneira. 

Através de passos lentos, o esverdeado se aproximou, observando em silêncio Sanji escolher alguns temperos, provando alguns e despejando na carne. O cozinheiro ergueu os olhos, observando o alfa ao seu lado, com aquele olhar poderia ser assustador para alguns, mas tudo o que o loiro via era um musgo idiota segurando seu bebe marimo gordinho. Com o dedo indicador ainda na boca, ele suspirou e fechou o potinho. 

— Algo me diz que é você que está com ciúmes, estúpido marimo. — Usou seu tom usual, contudo, ainda era possível ver que estava irritado, mas não a ponto de acertá-lo novamente com um chute. Afinal, Torio estava dormindo tão bem nos braços daquele espadachim de merda, seria péssimo acordá-lo. — Se tivesse me dito antes, eu teria te emprestado o canguru que uso para ficar com ele quando estou cozinhando. Você está com esse garoto no colo há horas, meu Deus. — Revirou os olhos, pegando seu cigarro e o colocando na boca. O orgulho de Zoro era extremamente incômodo às vezes, assim como o seu. Sanji questiona se Torio também se tornará um rapaz assim.

— Silêncio, cozinheiro... Eu não estou com ciúmes! Eu poderia segurar vocês dois com apenas um braço! — retrucou. Sanji sentiu sua pálpebra tremer, o quão idiota isso foi? A miniatura de Zoro deu uma risadinha alegre com a resposta de seu pai, mesmo sonolento. O que foi isso? Uma declaração de que estava do lado de Zoro? O cozinheiro cruzou os braços. É difícil acreditar que ele teve que passar longos nove meses para no fim Torio trocá-lo por aquele dorminhoco. Aquilo claramente foi uma traição. 

(...)

Quando o azul escuro cobriu todo o céu e a lua estava no topo com suas estrelas e o clima se tornou frio, tudo o que Sanji conseguiu ouvir além das ondas, foi um pequeno marimo resmungando. Não era tão alto para acordar toda a tripulação, mas para Sanji que era um pai coruja, conseguiu logo perceber que se tratava de Torio. Um sorriso escapou de seus lábios, agora seria a hora perfeita para se ter uma conversa com aquele espadachim de cérebro pequeno. 

Conseguiu encontrá-lo na cozinha, andando com um bebê chorão nos braços. Sanji não conseguiu fazer nada além de observar tamanha idiotice que é segurar uma criança durante o dia inteiro, Zoro mal largou esse pirralho por alguns minutos quando foi trocá-lo ou lhe dar um banho; isso era surreal. Ao notar a presença do ômega, a boca do esverdeado se abriu um pouco mais, sendo possível ver seus dentes de baixo, tão assustado como se tivesse visto um fantasma. Seu filho por outro lado, parou de chorar e sacudiu suas pernas em felicidade ao ver Sanji. Como aquele pirralho tinha inteligência suficiente para saber que Sanji poderia resolver seu problema? Sua sobrancelha se arqueou, essas crianças de hoje em dia. 

— Chega de brincadeiras, marimo. Eu vou resolver isso, só se certifique de acalmá-lo enquanto isso — disse, caminhando até a geladeira. Zoro seguiu com o olhar, a boca levemente aberta em surpresa como se tudo o que loiro estivesse fazendo fosse a mais pura mágica, quando na verdade ele estava fazendo o que costumava fazer todos os dias: preparar duas mamadeiras. — Sente-se direito, idiota. 

— Eu já alimentei ele.  

— Sente-se! Minha cozinha não é bagunça. — Sanji falou com irritação, fazendo o alfa revirar os olhos e finalmente sentar-se nos bancos contra a mesa, colocando Torio apoiado em uma de suas coxas. Curioso, mas ao mesmo tempo desinteressado, Zoro pegou a mamadeira nas mãos do ômega e teve o trabalho de alimentá-lo pela terceira vez no dia; o bebê parecia extremamente faminto, apesar de não ter muito tempo desde sua última refeição. 

Torio tentava segurar a mamadeira, quase impedindo que o espadachim fizesse isto por ele. Com suas pequenas sobrancelhas arqueadas, ele lançava um olhar de desconfiança para o mais velho, puxando com força o conteúdo na mamadeira. Quando apenas o som da mamadeira vazia invadiu a cozinha, Sanji cutucou o espadachim com outra dela, mas esta continha menos da metade. Por segundos seu olhar ficou surpreso, depois passou para entendimento e por fim aceitação. Era isso que aquele pirralho estava almejando: mais um pouco de comida. Isso de certa forma o lembrou de seu exagero com bebidas. 

— Eu já sabia disso — disse, quebrando o silêncio. O loiro deu uma tragada em seu cigarro antes de responder:

— SE SOUBESSE ELE NÃO ESTARIA CHORANDO, CABEÇA DE MATO. 

— EU ESTAVA COM TUDO SOB CONTROLE, COZINHEIRO TARADO! — exclamou o espadachim no mesmo tom de voz. Mesmo com seus pais brigando, a criança permaneceu relaxada já que estava bem alimentado, coçando os olhos com suas pequenas mãos e se espreguiçando com um bocejo longo e cansativo. Foi um dia cheio, assim como os que passava com Sanji. Com o pequeno marimo adormecido, o loiro se calou, lançando apenas um olhar indicando que a conversa havia acabado. 

— Bem, eu acho que foi um grande dia para ele. — Finalmente pegou o bebê, até chegou a pensar que seria mais difícil devido ao humor do espadachim; agindo como uma coruja na maior parte do tempo. Com o pequeno em seus braços, Sanji passeou as mãos por seus cabelos curtos, o bebê descansava com o rosto em seu ombro, provavelmente dormiria a noite inteira. — Amanhã terá mais, se o marimo concordar em usar o canguru para que você possa dormir melhor, pequeno musgo. — Sentou-se no colo do espadachim, recebendo um olhar de curiosidade por conta do que disse. 

— Use você! — retrucou.

— Se quiser passar mais tempo com Torio, você terá que usá-lo! — Exigiu. Isso também significava o conforto do bebê. Como a insistência de Zoro era irritante. O alfa revirou os olhos, uma de suas mãos passando por sua cintura e puxando para mais perto. 

— Está bem... — Um sussurro escapou de seus lábios quando encostou sua cabeça no corpo do cozinheiro, fechando os olhos. Aquela coisa era desconfortável e irritante, não havia motivos para fazer isto quando apenas seu aquecedor de barriga já daria conta. Como sempre, aquele cozinheiro pervertido estava sendo cauteloso demais, mas não importava, ele usaria, afinal, seus braços estavam doloridos como o inferno. 


Notas Finais


Olá! Só queria dizer que EU ARRANJEI/GANHEI UMA BETA LINDA E MARAVILHOSA... Então meus ABO agora estarão lindos e cheirosos graças a razão do meu viver @kenylan

A capa desta fanfic foi feita com todo carinho do mundo pela @Sayo-Sama está INCRIVEL! Muito obrigada vocês duas 🥵💗💗


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