June correu para o medbay, chegando alguns minutos depois devido ao seu tamanho minúsculo comparado aos corredores do Nemesis. As crianças humanas estavam acompanhando seus passos de perto. Quando conseguiram encontrar a sala correta, entraram pela porta aberta e viram poucos Autobots e Decepticons reunidos para dar boas vindas aos novos cybertrorianos.
"Onde eles estão?" June perguntou, um pouco decepcionada por perder o milagre no nascimento, por mais brega que fosse essa frase. Ela queria muito ver um transformador masculino dando à luz. Bumblebee, que estava sentado em uma cadeira, a respondeu.
"Nas incubadoras por enquanto. Ratchet que garantir que nenhum deles tenha problema" Bumblebee mostrou um sorriso calmo.
"Oh Deus, não acredito que perdi o nascimento" A mulher lamentou, se encostando na parede e sentindo as pernas moles de tanto caminhar apressadamente. Uma corrida perdida. As crianças começaram a explorar o lugar e estavam curiosas.
"Tudo bem, aposto que Megatron não iria deixar você ver mesmo se tivesse chegando a tempo" Breakdown comentou, dando uma leve risadinha abafada. Megatron priorizava sua privacidade mais que tudo.
June riu forçadamente, juntando as pernas e sentando no chão metálico da enfermaria. Perder o nascimento abalou seu lado curioso, mas respeitava a privacidade dos pacientes, mesmo que não fossem seus. Se servia de consolação, Optimus nunca escondeu nenhum segredo sobre interface e explicou detalhadamente como funcionava, mesmo sobre os gritos constantes de Ratchet sobre como isso era um ato pervertido. June só esperava que eles tivessem gravado o momento do parto, assim ela teria uma chance. Se Megs deixasse, é claro.
"Onde estão os bebês? Eram seis, não eram?" Miko perguntou, agora sentada no servo de Bulkhead.
O demolidor a corrigiu gentilmente. "Espumantes, Miko. E sim, são seis. Pelo que sabemos, dois pertencem ao Optimus e outro a Magnus"
Os olhos da humana de cabelos bicolores brilharam de animação, imaginando como deveria ser um bebê transformador e se eles seriam gordinhos ou exosesqueletos metálicos desajeitados. Raf, vendo seu sorriso assustadoramente energético, perguntou.
"E quanto a Megatron? Ouvir Ratchet comentar que alguns transportadores morrem durante o parto. Ele não está morto, não é mesmo?"
"Primus, nem pense nisso. Megatron só está dormindo agora, vivo" Breakdown engasgou, fazendo uma careta ao imaginar como seria caótico se Megatron morresse durante o nascimento de espumantes, e ainda mais Autobots. Haveria uma séria investigação para garantir que não fosse de propósito ou um plano dos inimigos. Jack parecia um pouco duvidoso sobre Megatron estar tendo os espumantes de boa vontade, nada garantiria de que ele não estivesse planejando usar os pedacinhos como armas ou moeda de troca durante a guerra, mas decidiu não dizer nada por enquanto.
Miko abriu a boca para perguntar algo, no entanto, foi interrompida quando a segunda porta do medbay abriu e Magnus entrou. O comandante tinha um sorriso leve e carregava alguma coisa na curvatura do braço direito. Miko quase gritou, pulando do servo de Bulkhead e saltando entre as pernas de Magnus.
"Me deixa ver! Me deixa ver! Eu preciso ver esse bebê!"
"Miko, acalme-se" June implorou, colocando as mãos nos ombros da menina e a afastando. Magnus congelou no lugar para não esmagar nenhuma das humanas e afastou-se devagar quando elas ficaram menos próximas. "Magnus, esse é..."
"Meu filho. Ratchet acabou de examiná-lo. Gostariam de ver?" Magnus parecia estar bastante orgulhoso de seu pedacinho, o segurando e sentindo o peso leve.
Logo, Autobots e Decepticons se reuniram em volta do comandante, tentando ter uma boa noção do espumante. O pequeno mechling estava virado de barriga para cima, os punhos gorduchos encostados no peito e olhando curiosamente para todos. A maior parte de sua armadura era azul e detalhada com leves tons de cinza. As lentes escarlates e o rostinho parecido com o de Magnus, assim como o elmo.
"Será que ele morde?" Wheeljack perguntou, um pouco temeroso sobre aqueles olhos vermelhos do espumante. Magnus franziu o cenho e respondeu, duramente.
"Ele é muito pequeno, idiota" Uma resposta um tanto mentirosa, pensou Magnus. O pedacinho havia tentando mordiscar seus dedos quando foi retirado da incubadora.
"Qual o nome dele?" Bumblebee assobiou, coçando a barriguinha do espumante. O pequenino soltou alguns guinchos adoráveis e as suas garrinhas tentaram arranhar o servo atacante.
"Maximum Magnus, ou apenas Maximum. Megatron foi quem escolheu"
Maximum soltou um bosejo sonolento, encostando o rostinho no peito de sire e fechando os olhos, entregando-se ao sono. Realmente, nascer foi tão cansativo para eles quanto foi para Megatron. Miko quase gritou pela fofura infinita do espumante.
Os espumantes foram apresentados conforme Ratchet os liberava da incubação. Nenhum deles parecia ter problemas ou deformações, nem mesmo alterações mentais ou físicas. Foi um bom começo para a nova geração de transformadores. E Starscream parecia ser o mais orgulhoso de todos os sires ao exibir sua filha.
E foi quando Arcee o desmoralizou na frente de todos, dizendo que a pequena femme era quase toda parecida com Megatron, exceto as asas, o detalhe no elmo e as garras escuras. Starscream recolheu a pequenina e começou a insultar todas as gerações de autobots existentes. A femme foi chamada de RoyalStar.
Optimus mostrou seus espumantes quando a noite chegou e todos estavam mais calmos. Uma femme e um mechling, cada um com seu próprio par de remates azuis. O mechling era quase inteiramente preto e detalhado em vermelho berrante, agora que suas cores estavam amadurecendo. Ele também tinha olhos azuis profundos enquanto a femme possuía as mesmas cores escarlates de seu transportador. Ela era azul e vermelha, quase toda como Optimus.
Orion e Mercy.
E por fim, os últimos apresentados, os filhos de Soundwave. Gêmeos, e uma lembrança dos falecidos Rumble e Frenzy, o que foi um golpe duro para Soundwave. Ele precisou de um tempo refletindo sobre a possibilidade de seus filhos terem retornado como novos centelhas, mas afastou o pensamento depois de uma séria reflexão.
No fim, Revenge e Mission foram os nomes escolhidos por ele e Megatron durante uma conversa particular antes dele cair em recarga.
A madrugada foi calma.
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Megatron acordou com um leve desconforto em seus protocolos e peitorais, percebendo que estava sozinho na sala da enfermeira. Ele bosejou, estalando os ombros e sentando-se. Seu estômago voltou ao normal e parecia estar tudo certo, sem marcas ou amassados permanentes. Sentar normalmente foi glorioso, sem aquele inchaço ridículo para atrapalhar.
Megatron olhou em volta e percebeu que alguém havia deixado os espumantes recarregando em berços hospitalares ao lado da cama. Era comum que os transportadores dormissem perto de seus filhos quando acabassem de nascer, para fortalecer o vínculo. Mas ele não pôde deixar de pensar o quão os sires eram incompetentes ao deixar que ele se virasse sozinho.
Mercy fez um barulhinho semelhante ao começo de um choro, e Megatron suspirou. Ele usou o servo direito para pegá-la de forma desajeitada e a trouxe para perto, a observando. Os pequenos remates dela estavam agitados e ela parecia estar impaciente. A expressão de Megatron empalideceu.
Oh sim, ele esqueceu desse detalhe em sua nova atualização constrangedora. Bem, ele estava sozinho e disposto a tentar.
Seu controle sobre Mercy foi bastante desajeitado, mostrou que o mech não estava acostumado a segurar qualquer coisa que não fosse um arma, e um espumante era estranho em seus servos. No entanto, o controle ainda era bom o suficiente para não deixar que caísse. Mercy agora estava choramingando ansiosamente em cima de seu peitoral fechado.
O senhor da guerra engoliu em seco, e fez seu melhor para deitar Mercy na curvatura de seu braço. Ela não era muito pesada e nem muito leve, mas agitada e aparentemente super delicada. Megatron de conter a coisinha ansiosa e destravou seu peitoral, deixando que as bolsas de combustíveis ficassem livres. Elas estavam cheias e a malha esticada dolorosamente pela quantidade de energon armazenado.
Era estranho, muito. Os humanos chamavam aquilo de... seios? Ele lembrou de June mencionar alguma coisa,mas não estava lembrado. Primus, por que ele não prestava mais atenção ao seu redor?
No entanto, Mercy bipou de emoção, inclinando-se para Megatron e cantando alegremente. Seu pequeno sensor olfativo reconhecendo sua fonte de comida pelos primeiros meses de vida e tentando agarrar algo para se firmar instintivamente.
Finalmente, depois de um pouco de apoio de seu carrier, ela conseguiu abocanhar um dos bicos e mamar.
Megatron estremeceu, um arrepio percorrendo seu corpo ao sentir a filha beber rapidamente e sem descanso, faminta. A pequena parecia disposta a beber o máximo possível antes que seus irmãos acordassem a começassem a discutir por sua vez.
E foi quando Maximum choramingou, seguido por RoyalStar. Megatron sentiu sua centelha murchar. Oh Doce Primus, ele espera que seu corpo consiga produzir o suficiente para esses seis espumantes famintos ou não vai conseguir dormir essa noite.
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