— Essa era a última bíblia. — eu digo, colando o post-it dizendo “Jabiroca” em cima de onde dizia “Jashin” na capa da bíblia. Era hora de voltar à piscina.
— Hora de derrubarmos o Sasori. — Itachi diz sorrindo, pegando minha mão e me guiando para fora da biblioteca.
— O que faremos? — pergunto. Quero saber se Itachi terá a mesma vontade de Pain, de fingir que nada aconteceu entre nós. Isso deveria ser decidido agora.
— O seu plano. — ele diz confuso. — Eu faço o genjutsu para ele se aproximar da piscina e você o empurra.
— Não, eu digo sobre nós. — falo baixo, um pouco envergonhada.
— O que você quer fazer sobre nós? — ele pergunta, levantando nossas mãos entrelaçadas e depositando um beijo em meus dedos.
— Não sei. — admito, eu não esperava que a decisão a tomar fosse minha. Há muitas coisas para considerar. Será que ele me quis apenas porque estava bêbado? — Podemos conversar sobre isso amanhã de manhã? — quando estivermos com os pensamentos mais claros.
— Como você preferir. — ele respondeu, seus olhos negros segurando meu olhar.
Descemos as escadas escuras e retornamos à área da piscina, vejo que Sasori conversava com o nada, então supus que ele estivesse falando comigo no genjutsu do clone de Itachi. Kisame era o único na piscina.
— Sasori acha que está falando com você. — Itachi disse em meu ouvido e, ao sentir seu hálito quente em minha orelha, precisei me concentrar para não arrastá-lo de volta àquela biblioteca. — Vou manter o genjutsu, assim ele nem vai ver você indo empurrá-lo.
— Ok. — respondo, desvencilho minha mão da de Itachi para ir até o lugar onde Sasori acha que está falando comigo. Ninguém me notou, estão todos sob o genjutsu de Itachi.
Sasori caminha ainda conversando com o além, e eu me posiciono logo atrás dele, até que ele encosta o pé na borda da piscina e eu o empurro. O barulho da sua queda é alto e salta água para todos os lados, todos olham para o mesmo ponto e vejo Itachi aproveitar a distração para desfazer o genjutsu.
— Eu sabia! — Hidan gritou!
— Merda. — disse Kakuzu, entregando uma cédula a Hidan irritado por perder a aposta.
Sasori tinha suas costas na água, não havia afundado. Concentrando chakra nos pés, ele se levantou.
— Quem foi? — ele falou bravo.
Saí de perto disfarçando minha culpa e me servi mais pizza. Aproveitei para servir um pratinho para Itachi e fui levar até ele.
— Ótimo trabalho. — eu disse lhe entregando o pratinho com um pedaço de pizza de cada sabor.
— Somos uma ótima equipe. — ele sorriu, dando uma mordida na pizza de calabresa. — Obrigado.
Somos uma ótima equipe. Concordo. Existe mais de uma coisa que fazemos bem juntos.
— Ainda podemos pregar uma peça em Deidara e Kakuzu. — ele sugeriu.
— E Zetsu. — sugeri, essa seria a mais difícil, pois ele está sempre espiando todo mundo.
— Será um belo desafio. — ele concordou.
— Ei, Ko. — Sasori se aproximou me entregando meu copo de vodca. — Sobre aquilo que estávamos falando antes…
Merda, eu não sei o que ele estava falando com a Konan do genjutsu. E agora?
— Sim? — digo, buscando uma pista. Meu olhar desvia a Itachi, ele que criou o genjutsu, deve saber do que estávamos falando, não? Itachi disfarçou uma risadinha enquanto mastigava mais vezes que necessário seu pedaço de pizza.
— E então? — Sasori diz. —Você aceita?
Droga, para o que diabos ele me convidou?
— A música está muito alta. — digo alto, caminhando para mais próximo ainda das caixas de som. — Não consigo te ouvir. — eu gritava por cima do ombro. — Conversamos mais tarde.
— Cuidado por onde anda, hum! — disse Deidara, que dançava, ao se virar, eu havia esbarrado nele enquanto olhava para Sasori atrás de mim ao caminhar. — Opa, Konan! — ele sorriu. — E aí, sobre que o Sasori ficou te incomodando esse tempo todo?
— Por que a curiosidade? — pergunto para escapar da resposta que não sei dar.
— Nada não, hum. — ele disse, desconfiado.
— Por que não entrou na piscina? — perguntei.
— É desconfortável. — ele deu de ombros. — Tenho que ficar com as mãos para cima ou manter as bocas fechadas.
— Você pode entrar e ficar com os braços cruzados na borda. — eu sugiro. — E você pode fazer alguma explosão embaixo d’água para molhar os outros.
— Você é genial! — ele sorriu até mesmo com a boca do peito, que é costurada, então só se moveu nos cantos. — Quer entrar comigo?
— Claro. — se eu ficasse sozinha, Sasori poderia vir até mim para saber minha resposta da pergunta que eu não sei qual é.
Dou um salto na piscina, entrando primeiramente com os braços e o restante do corpo mergulhando no mesmo ponto onde minhas mãos estiveram, esse salto faz esparramar menos água.
Emerjo na água, notando que meu coque se desfez. Ponho o elástico novamente no pulso. Eu não planejava molhar o cabelo hoje, mas depois que suei tanto, ele já parecia molhado.
Deidara não foi tão cuidadoso ao se jogar, deu um salto bomba (tudo nele tem a ver com bombas).
— Ei, vai estragar o Sasori! — Hidan reclamou.
— Eu não sou um robô! — Sasori gritou.
— Mas pareceu. — Hidan disse malicioso, sorrindo, estava claro que já estava embriagado.
Deidara ficou escorado, com os braços cruzados acima da borda da piscina, seus pés se balançando embaixo d’água. Me encostei na borda, imitando sua posição.
— Ei, vai participar do karaokê amanhã? — ele pergunta.
— É toda sexta-feira? — pergunto, não sabia que faziam toda semana.
— Todas em que nenhum de nós está em missão. — ele fala, tirando a franja molhada da frente do rosto.
— Vou sim. — respondo, ficando animada. Talvez amanhã eu ganhe.
— Quer fazer um dueto? — Deidara pergunta. Deidara canta músicas animadas, o mesmo estilo que gosto.
— Pode ser. — aceito.
Depois que Deidara e eu entramos na piscina, ou outros não demoraram a vir. Sasori ficou sentado na borda, conversava com Hidan. Kakuzu e Kisame apostavam corridas de uma ponta à outra, mas Kakuzu sempre perdia, obviamente. Se ele tivesse 5 pulmões, ao invés de 5 corações, talvez tivesse fôlego para derrotar Kisame.
Itachi conversava com Deidara, conversavam algo sobre como não deixar o cloro estragar o cabelo.
— Ei, os papéis que a Konan colocou nos copos não se desmancham na água! — Kakuzu percebeu, quase todos tínhamos nossos copos conosco dentro da piscina.
— Eu cresci na Vila da Chuva. — dou de ombros. — Meu jutsu seria inútil se ele fosse danificado com água. — lembro do dia em que surpreendi Nagato e Yahiko ao treinar com eles e meus shurikens de papel oleado não se desmancharem na chuva como os anteriores. Eles estavam bastante orgulhosos de mim.
— Um brinde à Konan! — disse Hidan, erguendo seu copo e caminhando ao centro da piscina. Os outros se reuniram no centro, com seus copos erguidos. Nagato não parecia entusiasmado, mas cedeu e se juntou aos garotos.
— Viva à Azulada! — Kisame gritou, bebendo após o brinde.
— Vocês me deixam sem graça. — admiti, sorrindo envergonhada. Eles riram e voltaram às posições anteriores. Os observei voltarem às suas posições e voltarem às suas conversas paralelas enquanto penso no quão sortuda sou por ter tantos amigos que me querem bem. Eles são peculiares, cada um à sua maneira, mas são companhias maravilhosas para se ter.
Eu já me sentia um tanto tonta pela bebida, então preferi sair da piscina.
— Boa noite, garotos! — me despedi, enquanto me enrolava em uma toalha e com outra enxugava o cabelo para não pingar por todo esconderijo.
— Boa noite, Ko! — Sasori gritou.
— Dorme bem, Post-it! — Kisame gritou também. As vozes dos outros garotos se misturaram umas às outras.
— Durma bem. — a voz de Itachi teve destaque entre as outras para meus ouvidos, sorri para ele.
Dessa vez, subi as escadas sem a mão de Itachi na minha, devo admitir que senti falta de seus dedos entrelaçados aos meus, mas dependendo do que decidíssemos amanhã, eu não poderia me acostumar a isso. Espero que ele também esteja, pois eu estou disposta a darmos uma chance ao que quer que isso possa ser. Poderíamos continuar e ver no que dá.
— Ei, Konan. — era a voz grossa de Nagato atrás de mim quando cheguei ao corredor. Ele estava bastante sério.
— Sim? — perguntei, parando com a mão na maçaneta de meu quarto.
— Eu sei que você sumiu por um momento dali. — ele disse. — Eu senti uma vibração nos meus piercings, eu sei o que você estava fazendo.
— Então finja que nada aconteceu! — larguei a maçaneta irritada e me virei para encará-lo de frente. — Você faz isso muito bem, não é?
— Acho que você bebeu demais. — ele disse, agora parecendo mais irritado.
— Não me diga o quanto eu deveria beber. — ergui o punho.
— Konan! —ele segurou meu punho antes de seguir falando, agora mais baixo: — Veja o que você fez! Você bebeu tanto que acabou transando com um colega de equipe!
— Eu já fiz isso sóbria. — lhe lembrei. — E foi uma ideia bem pior.
Ele largou meu pulso e deu um passo para trás, como se minhas palavras o tivessem dado um golpe. Ele abriu a boca para dizer algo, mas voltou a fechá-la sem dizer nada. Cruzei os braços, esperando para ouvir o que ele diria. Nagato levou um tempo, talvez esperava que eu dissesse algo, até que desistiu.
— Boa noite, Konan. — ele disse, agora mais baixo. — E me desculpe.
Não o respondi. Entrei em meu quarto para tomar um banho e dormir. Talvez por estar cansada, talvez pela bebida, mas meu sono foi muito tranquilo, sequer tive sonhos.
(Por Itachi Uchiha)
Depois que Konan anunciou sua saída da festa, Pain não tardou a sair também. Zetsu não se despediu, apenas saiu pelo chão.
— Venham aqui, eu decidi meu pedido. — anunciei. Meus colegas nadaram até mim, com exceção de Sasori, que se levantou e fez a volta até ficar mais próximo de mim.
— Já era hora. — Hidan disse. — O karaokê já é amanhã.
— Desembucha, parceiro! — disse Kisame.
— Eu não quero que vocês deem em cima da Konan. — proferi.
— Ei, por que isso? — Deidara perguntou irritado. — Ela aceitou fazer dupla comigo no karaokê, era minha chance!
— Ela vai me responder sobre sair para jantar comigo! — reclamou Sasori.
— E eu tenho que fazer meu ritual para ela! — disse Hidan. — Ela não vai resistir.
— Hidan, eu já lhe disse: o ritual vai fazer com que ela tenha nojo de você! — disse Kakuzu.
— Nunca fez você ter nojo. — o grisalho disse, colocando a língua.
— Faz sim. Todas as vezes! — o mais velho gritou.
— Boa parceiro! — Kisame foi o único que disse algo em aprovação. — Usando o pedido para ter sucesso na aposta, muito inteligente.
Argh, essa maldita aposta. Eu nunca iria expor Konan desta maneira, ela nunca foi uma mera aposta para mim, eu nunca quis entrar na aposta, Kisame me colocou nela. Preciso acabar com essa aposta de alguma maneira, não quero ganhar essa aposta, quero ganhar Konan.
— Você não pode fazer um pedido definitivo. Os pedidos são sempre “lave minha roupa”, “faça minha comida”, sempre coisas que podem ser cumpridas logo, hum! — Deidara vociferou irritado.
— Verdade. — disse Kakuzu. — Você não pode pedir algo assim.
— Ok. — eu respondi, tentarei negociar. — Por uma semana então. O desafio do karaokê ocorre a cada semana, nada mais justo que um pedido poder durar uma semana.
— Hum, mas se ela se apaixonar por mim enquanto ensaiamos nossa música, eu não tenho culpa. — disse Deidara.
— Fica decidido: se a Konan tentar beijar qualquer um de nós esta semana, seu pedido já era. — disse Sasori.
— Justo. — respondo, espero que isso não aconteça.
Konan queria saber o que faríamos em relação a nós dois, e eu disse que a decisão era dela. Eu sabia que ela tinha assuntos não resolvidos com Pain. Ela pediu para conversarmos amanhã, e fiquei muito contente de ela não ter me rejeitado instantaneamente após o que aconteceu hoje. Talvez eu tenha uma chance.
Pain saiu logo após Konan, tenho certeza que ele foi atrás dela. Eu planejava acompanhá-la até seu quarto, já que as escadas são escuras e ela reclamou disso mais cedo, mas como ele a seguiu e eles precisam conversar, optei por ficar. É imprescindível que eles esclareçam o que aconteceu entre eles para que Konan e eu possamos ter um futuro. Eles conversando agora à noite, amanhã ela pode estar completamente livre para mim. Ou não. E se eles se acertarem? Pouco provável, eles têm agido de maneira bastante hostil um com o outro recentemente. Mas e se os dois, movidos pelo álcool decidam relembrar o que quer que tenha acontecido entre eles? Ainda vamos conversar amanhã, posso deixar claro que a quero todos os dias assim como a quis hoje naquela bendita biblioteca.
Só preciso de uma chance, Konan. Eu não lhe trarei decepções. Serei seu parceiro para o que precisar, seja para missões, conversar, pregar peças em nossos colegas ou para a vida. Sou seu, basta você querer.
(Por Konan)
— Aquele biquíni secando no seu banheiro é bem pequeno, não acha? — me assustei ao ver o ninja mascarado ao pé da minha cama.
— Madara, o que está fazendo aqui??? — perguntei, me cobrindo com o lençol, eu havia pego no sono logo após o banho, não havia posto pijama. Não esperava que ninguém entrasse em meu quarto.
— Shhh, não grite meu nome. Se for gritar, me chame de Tobi. — ele diz, calmo demais. — Toma. — ele me jogou a parte de cima de meu pijama e se virou de costas. — Vista-se para podermos conversar. Ou não, você que sabe.
Vesti a camiseta branca de meu pijama.
— Pode me entregar a parte de baixo também? — peço. Estava no mesmo lugar que a parte de cima que ele pegou, em cima de minha cômoda.
— Você pode ficar sentada aí com as cobertas tapando, não ligo. — ele deu de ombros ainda de costas. — Ou sem cobrir, também não ligo.
— Eu prefiro estar vestida. — digo firme. Madara vai até a cômoda e pega o short amarelo xadrez de meu pijama e me joga por cima do ombro. O visto por baixo das cobertas, mesmo sem calcinha. — Pronto.
— Estava melhor antes, você tem piercings bem interessantes. — ele disse irônico.
— O que está fazendo aqui? — perguntei.
— Vim saber da fonte mais confiável. — ele disse, se sentando na beira da minha cama. — Pegou alguém ontem?
Zetsu contou algo para ele? Não vou dizer nada, Itachi e eu ainda vamos conversar esta manhã, dependendo do resultado de nossa conversa, ninguém saberá. Particularmente, eu espero muito que possamos levar isso como dois adultos, já nos entendemos muito bem, temos diversos gostos em comum e nos divertimos juntos. Eu não me importaria em ter algo mais sério com Itachi, um homem tão observador, tão encantador… Sorrio apenas de me lembrar de ele ter sido tão gentil a ponto de perguntar meu sushi favorito e tê-lo feito só para mim, ter comprado dangos apenas nos sabores que gosto e de ter se disposto a me escutar só para que eu me sentisse melhor aquela noite na Vila da Chuva. Talvez eu esteja nutrindo sentimentos pelo Uchiha, mas eu conseguia me imaginar com ele e todo seu lado atencioso…
— Do que você está falando? — perguntei.
— Era para o Zetsu ficar de olho para mim, mas ele descobriu pizza ontem e esqueceu do que eu tinha pedido. — ele disse. Zetsu nunca tinha comido pizza até ontem? — Enfim, nenhum dos garotos beijou você? Deu uns amassos? Sei lá, algo do tipo?
— Desculpa, você me acordou para saber se beijei alguém? — perguntei incrédula.
— Ok, vou lhe contar o que está havendo. Por que se vestindo aquele micro biquíni, você não pegou ninguém, duvido que vá. Os garotos fizeram uma aposta para ver qual deles pegaria você: Hidan, Sasori, Deidara e Itachi. — ele está falando sério? — Será que você poderia pegar o Deidara? O Tobi bem que poderia ganhar a aposta, eu posso até dividir com você o dinheiro. E faria bem para você dar umazinha, né.
Então era apenas uma aposta? Itachi ficou comigo apenas para ganhar uma aposta? Sou muito burra mesmo. É claro, nesses anos todos nunca vi Itachi criar vínculos com ninguém nessa organização, por que ele criaria logo comigo?
Itachi sempre planeja tudo perfeitamente, é claro que os dangos e o sushi foram apenas passos a cumprir para ganhar a aposta. Droga, droga, droga! Por que diabos eu achei que havia feito uma boa decisão?
— Konan, tá me escutando? — Madara disse. — Eu realmente não sei como você não pegou ninguém vestindo aquilo. — ele apontou com o polegar para o meu banheiro. — Tô achando que você deu um fora em todos.
— Que aposta é essa? — perguntei.
— Ah, não é novidade nenhuma que os garotos aqui desejam você, né? Mas só Pain teve coragem de fazer algo. Mas, como você mesma disse, ele estava sendo idiota. Então o Itachi até mesmo dormiu com você na Vila da Chuva e vocês não fizeram nada, que decepção. Então apareci aqui para ver se ele não tinha dormido novamente com você, mas você estava sozinha na cama e a outra metade nem estava quente. — ele levantou minhas cobertas??? — Achei que os garotos daqui tinham mais atitude. — ele fez uma pausa. — Ou você não quis eles assim como não me quis aquela noite? Poxa, eu vim até aqui, te trouxe água geladinha e você ficou parada feito uma pedra. Eu não gosto muito de pedras, sabia?
— Fale sobre a aposta. — pedi.
— Ah sim, então eles achavam que da festa da piscina não passaria. Eu apostei no Deidara, é claro. O garoto deve ser bom no que faz, porque as mulheres se jogam nele quando ele vai ao bar. Enfim, o Kisame apostou no Itachi, aquele cara confia até demais no parceiro dele, e você viu o que dá confiar demais no próprio parceiro, não é? Não deu certo para você. — então Itachi fez tudo isso para dividir o dinheiro com o Kisame? Me sinto enjoada ao saber disso. — E o Kakuzu apostou no Hidan, mas esse não foi por confiar, e sim por saber como o Hidan é na cama mesmo. Ah, e o Zetsu achou que você teria uma sessão de lembranças com o Pain, mas ele não quis apostar. Ninguém apostou no Sasori, mas ele estava confiante que seria ele quem pegaria você. Eu achei que não, você não tem cara de quem curte um boneco cheio de apetrechos....
Seria possível que Madara estivesse inventando tudo isso? Eu queria acreditar que sim, mas tinha detalhes demais para ser uma mentira. “É arriscado fazer duas apostas no mesmo dia” Kakuzu havia dito, além de ter dito algo sobre Hidan estragar suas chances.
— Enfim, eu estava torcendo por você, acho que você realmente deveria pegar alguém, qualquer um deles. — ele veio ao meu lado, se encostando na cabeceira da cama, mas sentado por cima das cobertas. — Ficar na seca não faz bem para a pele, sabia? Bom, já que não você quis nenhum deles, eu tô disponível, e nem estou na aposta! Mas se quiser pegar o Deidara, tá tudo bem também, pois daí a gente ganha uns ryōs e podemos sair para fazer umas comprinhas, o que acha?
— Madara, sai da minha cama. — pedi.
— Ihh, tá vendo o mau humor que as pessoas ficam quando não transam? — ele disse, se levantando da minha cama.
— Obrigada por me contar sobre a aposta. — eu disse. Eu realmente era grata a ele por isso. Grata por ele ter me contado sobre isso antes que eu expusesse meus sentimentos ao Itachi.
— Não seja educada assim que eu me apaixono. — ele debochou e me encarou por um momento. — Poxa, eu achei que você iria se sentir feliz com a aposta, se sentir desejada, mas parece que eu te deixei ainda mais triste! — notei que eu transparecia a tristeza que sentia, eu estava sentada abraçando minhas pernas. — Vem, vamos comprar um sorvete para melhorar seu dia! — ele me estendeu a mão e eu a peguei, tudo que eu queria neste momento era ir para bem longe desse esconderijo.
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