Seus passos ressoavam apressados na calçada úmida que espirrava gotículas de acúmulo de chuva em seus jeans novos. Tobio não sabia ao certo o que o levava a querer apertar o passo, mas não importava o quanto progredisse quase correndo em direção ao seu apartamento, o desconforto e a sensação de insegurança não abrandavam.
Os sons irritantes de um grilo empolgado em sua canção, e que parecia o seguir a mais de uma quadra, irritavam-no de tal modo a desejar encontrar e matar o dito inseto, mas o tempo que isso lhe custaria, ainda mais naquela rua deserta, emanando hostilidade, faziam-no descartar a ideia.
De modo geral, os ouvidos de Kageyama tiveram que se adaptar ao som de suas passadas e do incômodo inseto, fazendo com que o repentino grito esganiçado que soou próximo àquela rua, sobressaltasse-o.
Paralisado de surpresa e um leve medo, o alfa caminhou lento, cheio de cautela até o beco de onde o primeiro, e agora, mais gritos saiam.
A cena que espreitou revirou seu estômago, um garoto com um fortíssimo odor característico de ômegas, provavelmente, pouca coisa mais novo que ele, estava acuado contra uma parede encarando dois homens grandes, ambos alfas exalando hostilidade, mal encarados e, aparentemente, munidos de más intenções.
Seu instinto insano de proteger o ômega, falou mais alto que sua sanidade, que era egoísta o bastante para sair dali fingindo não ter visto nada.
Entrementes, era natural, da maioria dos alfas, proteger qualquer ômega ameaçado, um instinto antigo que visava a sobrevivência e proteção dos principais geradores de novas vidas, que falava mais alto até que a racionalidade e o instinto de sobrevivência.
Quando se deu conta, Kageyama estava alguns passos atrás da cena macabra e seus dedos, compridos e esguios, já contornavam o canivete suíço no bolso do casaco negro que trajava.
— Saiam de perto do garoto. — Tobio, ouviu sua própria voz reverberar pelo beco silencioso, sem que pudesse se impedir.
Tobio Kageyama era um idiota completo, chegava agora a essa conclusão, vendo os dois sujeitos virarem de chofre para encarar sua expressão carregada de determinação misturada a uma falsa coragem.
— E o que pretende fazer se não obedecermos, moleque? — Questionou um deles, vestindo camisa social com as mangas cuidadosamente dobradas até os cotovelos. Era ainda maior do que o moreno e sua presença como alfa fazia Tobio se assemelhar a uma criança.
Antes que Kageyama formulasse qualquer tipo de resposta, os dois homens, deram passos ágeis em sua direção e por puro instinto Tobio projetou a lâmina prateada do canivete ante eles. Não que fosse fazer qualquer diferença, ele percebia ao comparar a minúscula arma em suas mãos, aos corpanzis pesados e imponentes dos inimigos.
O riso seco do homem que havia falado pouco antes, reverberou e ambos continuaram andando até o moreno que mantinha, corajosamente, o canivete em punho.
— Não me parece uma luta justa. — Comentou a mais irritante das das vozes conhecidas por Kageyama, vinda detrás de si. — Mesmo que o baixinho ajudasse, dois valentões como vocês acabariam com dois garotos magrelos.
— Suponho que vai ajudar seu amigo. — Perguntou o homem à frente de Tobio, analisando o garoto atrás dele que parecia disposto a sair em sua defesa.
— Eu? Claro que não. Só estou dizendo… — Respondeu o beta, parecendo achar graça da situação toda, mas não movendo nenhum músculo para fugir dali ou defender o ômega cercado.
— O que quer aqui, Tsukishima? — O moreno perguntou já se enfurecendo com o tom de sarcasmo na voz do colega de trabalho.
— Estavamos indo para casa, eu e Yamaguchi, deve lembrar que moramos na mesma direção, e descobri que mais uma vez você se meteu em encrenca, Kageyama-kun.
Os olhos azuis se reviraram nas cavidades tentando conter a raiva pela criatura arrogante e sarcástica que trabalhava consigo. A atenção de Tobio voltou aos caras que aparentemente eram um problema só seu no momento. Eles encararam o estranho grupo de jovens por um segundo e depois de trocar um olhar cúmplice, voltaram-se para a rua atrás e saíram, não antes de lançar ao pequeno e trêmulo sujeito, ainda apoiado na parede, uma última intimidação muda.
— Tsukki, isso foi perigoso. — Um assustado Yamaguchi surgiu detrás do corpo comprido e alto do quatro-olhos.
Dando de ombros o loiro aproximou-se do garoto olhando de Kageyama para ele e sorrindo de lado sem qualquer motivo aparente.
— Conhecido seu? — A cabeça do moreno sacudiu em negação enquanto, enfim, parava para analisar o ômega salvo. — De nada, a propósito. — Completou o loiro para Tobio que ainda olhava o menor.
— E pelo que eu deveria agradecer? — A voz áspera e pouco amigável do moreno, destilava hostilidade, mas o loiro riu disso.
— Por salvar vocês dois. Tenho certeza que matar dois não faria tanta diferença para quem pretendia matar um, agora quatro... — Referia-se a si e Tadashi — é outra história.
— Não pedi ajuda de vocês.
— Que seja. Ele é problema seu agora. — Tsukishima saiu indiferente do beco, sendo posteriormente seguido por Yamaguchi que parecia dividido entre conferir o estado do outro ômega e sair dali.
Agora a sós, os pés de Tobio, fixos onde estavam, hesitaram. Poderia sair dali, não era da sua conta afinal, já havia feito mais do que sua obrigação desafiando os sujeitos em defesa deste pequeno ômega estranho, entrementes o mesmo instinto insano que lhe fez erguer a voz e sacar o canivete, levou-o a caminhar até os pés dele.
— Está bem? — Orbes castanhos vivos se ergueram sendo iluminados pela lua crescente, pousaram nos azuis por um momento e o alfa sentiu seu estômago contrair sem razão. No segundo seguinte o ômega fechou os olhos e caiu sobre tênis do maior.
…
Assim que as portas do elevador se abriram, Tobio saiu apressado carregando consigo, apoiado nos ombros, o corpo inerte do estranho recém salvo. Ele era surpreendentemente leve, o que facilitou na quadra e meia que teve que percorrer até o prédio em que morava.
Abriu com dificuldade a porta da sala, entrando no, tão familiar, espaço escurecido. Kageyama largou o peso do desconhecido onde sabia que estaria o sofá. Seus braços retesaram de alívio assim que se perceberam livres. Ele acendeu as luzes e encarou o baixinho caído de cara na almofada.
O capuz e a escuridão da rua o impediam de olhar diretamente para o estranho, mas agora percebia que mechas ruivas arrepiadas escapavam da vestimenta, que escondia boa parte da cabeça do outro. As roupas estavam rasgadas em vários pontos e tão sujas que não deveriam ser trocadas há dias.
Havia se dado conta então, que carregara um mendigo para dentro do seu apartamento, ironicamente, Tobio tinha uma leve mania de limpeza e aversão a estranhos.
Já seguindo para a cozinha a fim de beber um copo d'água, ele pensava em o que faria com o ruivo caso ele não acordasse essa noite. Não queria deixá-lo ali, mas não tinha outros quartos além do próprio, e o pensamento repentino que lhe surgiu, de o colocar no corredor poderia não ser bem visto pelos vizinhos.
Voltou a sala e o ruivo persistia apagado na exata mesma posição sobre o sofá escuro. Tobio cogitou a possibilidade do garoto ter morrido, mas não tinha como confirmar. Por um único segundo de insanidade, arrependeu-se de não ter seguido o conselho das mães e cursado medicina tal qual sua irmã.
Com o tempo, o alfa chegou a conclusão que o indigente respirava e tremia os cílios eventualmente, logo, ainda estava vivo.
Poderiam ter passado minutos ou horas inteiras enquanto Tobio permaneceu sentado na poltrona observando o ruivo dormir, babando em seu sofá. Era estranho, por mais mal tratado que o ômega pudesse parecer, a atenção do moreno não conseguia se desviar dele.
A pele clara, aparentemente suja, ativava seu imaginário, não de um jeito assustador ou pervertido, apenas gostaria de saber como ele seria limpo e com roupas apropriadas. Mas o maior problema era o delicioso cheiro, muito provavelmente, sem a interferência de supressores, que o ruivo exalava. Era difícil espantar as ideias controversas e nada ortodoxas que reverberavam por seu crânio.
Os gemidos desconexos de uma voz nunca ouvida antes. A epiderme macia e quente raspando na do alfa, ambas nuas, embebidas de suor, em uma dança frenética, insana e viva como nenhuma anterior havia sido. Kageyama poderia morrer de prazer no êxtase dessa sequência de movimentos, que eram repetidos sem pudor.
Os olhos azuis do moreno se abriram de imediato com a sensação assustadora de falta de apoio e provável queda que seu corpo experimentou. Estivera em uma visão erótica. Um sonho peculiar com o ômega estranho resgatado nessa noite.
Estava mesmo coberto de suor, provido do mais primitivo dos calores, nascido no seu interior e bombeado pelo seu sangue para suas extremidades. Uma em particular. Ereta, implorando por atenção, estava uma elevação, perpendicular à poltrona, bem na junção das coxas grossas.
Logo depois ele percebeu que não era o único com a atenção roubada pelo pênis desejoso de alívio. Um par de olhos castanhos fixava o membro, sem pudor e com ousadia e luxúria na expressão, lambia os lábios, no outro sofá, onde ainda estava deitado.
Então Tobio se deu conta do que causara seu sonho, sua ereção e toda aquela torrente de pensamentos eróticos. Ele, o pequeno ômega com vestimentas de mendigo, estava no cio.
Antes que pudesse conjecturar a gravidade dessa realidade, o pequeno ruivo migrou em um salto, muito ágil, para a poltrona em que o alfa estava. Com as canelas apoiadas no assento e as coxas macias descansando nas do moreno, ele levou as pequenas e delicadas mãos ao pênis excitado que parecia saber o que viria e ansiar pelo toque.
Seus olhos se arregalaram, por um instante Kageyama não teve reação. Ele masturbou-o ainda por cima da calça e cueca e suas mãozinhas afeminadas pareciam ter sido projetadas apenas para Isso.
Olhos castanhos, anuviados de luxúria, encaravam a boca do outro, em uma clara indicação de que queria avançar, teria-o feito se um gemido seco e semi-humano não tivesse escapado dos lábios do moreno, despertando sua própria atenção para o que aquele pequeno estranho estava fazendo consigo.
Kageyama apoiou as mãos nos ombros do ruivo, afastando-o de si, mas o pequeno manteve o ato de estimular a ereção do maior.
— Ei… calma. — A voz do moreno estava irreconhecível devido a excitação. — Você não tá pensando direito…
— Por favor… — Ele choramingou e Tobio conheceu a voz com a qual fantasiara os gemidos em seu sono.
As minúsculas lágrimas, que ameaçavam escorrer dos cílios alaranjados, demonstravam o quão mal poderia fazer um cio à um ômega sem alfa. Entrementes, isso não era desculpa. Kageyama não poderia usar de um argumento tão baixo para explorar a fragilidade do outro.
Seria errado. Contra tudo o que fora ensinado, mas o instinto e a inexplicável regra que mantinha o mundo nos eixos, desde alfas, betas a ômegas, não era tão simples de submeter. A ordem natural que era vigente desde sempre não poderia ser domada por duas décadas de boa educação e princípios bem estabelecidos por mães responsáveis.
Para vergonha de Tobio, ele se deixou ceder, devorando sem demora os fartos lábios róseos e arrastando para perto de si o pequeno corpo necessitado de se saciar.
O membro, também duro, do ruivo, deslizou paralelo ao do outro enquanto suas mãos já agarravam, sem zelo, ambas as nádegas alheias. Suas línguas envolviam-se uma na outra com tal velocidade e ferocidade que seria impossível discernir a carne de um da de outro.
As palmas afoitas do moreno migraram para a lateral das coxas, arrastando-se por seu comprimento até adentrar a grande camisa surrada que ele usava como vestido. Nada cobria a intimidade dele, a pele quente estava coberta com a subsistência transparente que lubrificava-o naturalmente, tamanho era sua excitação.
As mãos menores tinham trabalho em desabotoar seu jeans, seus movimentos lentos eram ainda mais prejudicados pelos incessantes beijos e carícias aferidos nele por Tobio.
Quando o pênis, para seu alívio, livrou-se do aperto das roupas, sem o menor sinal de hesitação, o ruivo projetou o corpo para frente.
Com as mãos firmando em ambos os lados da cintura, Kageyama ajudou o menor a se posicionar sobre sua ereção. Os olhos azuis encontraram os castanhos, ambos opacos de prazer, então em um movimento brusco, o moreno desceu o corpo esguio, fazendo dois gemidos longos escaparem de ambos os lábios.
Sem tempo para preparar-se, ambos iniciaram um movimento desritimado, frenético e profundo.
O ruivo berrava alto, entre os gritos desconexos, o que dava para compreender era que implorava por mais.
Os músculos tensos apertavam a entrada e o canal do ômega que era projetado para baixo, deixando-se levar pelas mãos dominadoras, mas forçando ainda mais o corpo a fim de aprofundar o contato.
Inicialmente, Kageyama tentava estocá-lo na próstata, mas perdera todo o controle, investindo, por fim, apenas em penetrá-lo o mais rápido, fundo e forte que conseguia.
Não demorou mais que alguns minutos para o menor gozar, escandalosamente, sujando a frente de suas vestes. Com isso a pressão em seu canal aumentou consideravelmente espremendo o pênis ali que ejaculou sem demora.
Enquanto Tobio arfava descompassado, tentando recuperar o fôlego, o outro reiniciou os movimentos, fincando as unhas no pescoço do maior e gemendo de nova excitação. O moreno não pode resistir, não quando seu falo voltava tão rápido a pedir por mais.
Brusco, ergueu-se com o outro preso a si, carregando o corpinho até o sofá maior onde deitou sobre ele passando a subir e descer, ávido, enquanto erguia e separava as coxas dele a ponto deste parecer dobrado ao meio.
O pênis, agora visível, do ruivo era estimulado com o raspar das peles entre seus corpos. E o menor choramingava em adoração à carnalidade daquele ato maravilhoso tanto em seu falo quanto em sua entrada.
O membro, ereto, do maior deslizava para dentro e para fora, facilitado pelo lubrificante natural dos ômegas, sendo sugado e expelido gostosamente, sob uma pressão insana, que levava ambos às lágrimas e à, quase incompreensível, melodia de gemidos e exclamações implorando por mais.
As colisões produziam sons pecaminosos que se mesclavam às exclamações de prazer e arfares de ambos. O cheiro de sexo dominava o ambiente e a temperatura elevada estava infernalmente perfeita para uma foda.
Tobio fincou as duas mãos no quadril magro, elevando-o de modo que pode explorar com liberdade o interior apertado. Golpeou com força e tentou, com dois terços de êxito nas repetições, agredir a proposta do outro. Gozaram em simultâneo, deixando os corpos caídos em tremores, um sobre o outro, arfando de alívio.
Antes que as pálpebras cansadas pudessem cobrir os olhos azuis. O ruivo, ainda preso sob o grande corpo, fincou os calcanhares nas nádegas do moreno, movendo o corpo no espaço limitado e tentando reiniciar o coito.
Kageyama tentou parar, mas, outra vez, deixou-se levar pelos instintos e voltou a meter sua mais nova ereção.
...
O sol já projetava sua luz fria pela janela vidrada quando o rosto corado do ruivo golpeou o tapete, anteriormente branco, o corpo esguio não aguentava mais o próprio peso.
Ali, jogado sem muito ânimo, tendo o corpo projetado para frente e para trás pelas investidas do falo do maior, ele gozou com um grunhido, rouco, feio e fraco, quase inaudível sentindo, ao mesmo tempo, sua cavidade ser inundada, mais uma vez, pelo jorro de esperma.
Kageyama deitou sobre o ruivo, enfiando o nariz no meio das madeixas recessivas, inalando o maravilhoso odor de suor, esperma, lubrificante e feromonas. Cheiro de sexo.
Sentia, mais uma vez, as pálpebras pesarem, exaustas, implorando por um pouco de descanso. Haviam virado a noite nisso. Quantas vezes fizeram? Mais do que poderia se lembrar. A quarta... talvez sexta, fora particularmente gostosa. O outro estando de joelhos e com os antebraços apoiados no sofá enquanto Tobio ajoelhado atrás, entre suas canelas penetrava-o sem piedade. Gozaram juntos, pelo que pareceu um longuíssimo e maravilhoso tempo.
Agora, ambos estavam exaustos, mas sabiam que não demoraria o ômega sentir novos sinais do desejo latente, característico dessa época. Tão rápido quanto, os instintos de alfa do maior diriam-lhe para satisfazer o pequeno e dar-lhe tudo o que quisesse.
Mas antes que o ciclo insano de frenesi de prazer reiniciasse, o som irritante, agudo e repetitivo que intuía alertar da chamada no celular, invadiu a sala.
Sem ânimo, o moreno arrastou-se até o monte embolado às avessas que poderia, ou não, ser suas calças jeans, e retirou do bolso de trás o aparelho irritante.
— Que merda, até que enfim, Kageyama! Caralhos, cadê você? — A voz de um dos seus colegas de trabalho mais próximos, gritou pelo celular.
— Ah… — Tobio afastou a tela da orelha e estreitou os olhos para encontrar as horas. 10h27mim. Deveria ter ido trabalhar mais de três horas antes. — É.. eu não estou muito bem hoje. Nem consegui sair da cama.
— Por não avisou antes? — Perguntou Tanaka mudando seu tom para preparação.
— Não tive forças nem para isso. — Mentiu olhando em volta, observando sua sala imunda, resultado da noite de sexo descontrolado.
— Se está tão mal, por que não foi a um hospital?
— Eu… eu vou. Só estou esperando um táxi. Meu carro ainda não chegou do conserto.
— Precisa de algo? Eu tenho uma folga daqui…
— Não! Não precisa… estou melhor e como estarei no hospital, vou ficar bem.
— Certo. Melhoras.
— Obrigado, Tanaka-san.
Assim que a chamada findou, ele decidiu apagar em sua cama, ignorando até mesmo um banho, do qual estava mais que necessitado. Entrementes, viu o pequeno ruivo, em um transe, meio adormecido, meio acordado, esfregando o próprio falo, sem precisão, em uma tentativa, pouco útil, de se aliviar. Embora quisesse ignorar e seguir para seu quarto, sabia que não conseguiria, teria que fode-lo até que o ruivo estivesse aliviado antes de fazer qualquer outra coisa.
...
Os intervalos entre a prática dos atos sexuais repetitivos, estavam maiores a medida em que o dia ia passando. Agora, depois das 15hs, já conseguiam repousar mais de trinta minutos até o ruivo dar sinais de precisar de outra vez.
Quando Tobio percebeu que o outro estava exausto demais para outra transa, levantou-se do tapete, atualmente nojento, da sala e seguiu para o corredor que levaria ao seu quarto, estava mesmo necessitado de uma ducha.
Sem um motivo aparente, parou e se virou para encarar o ser ruivo, estirado no pelo fofo do carpete. Nenhuma roupa escondia sua nudez e a pele alva estava repleta de vergões vermelhos e marcas roxas de chupões da noite passada e recentes, o suor brilhava escorrendo sobre a epiderme e os cabelos alaranjados grudavam na testa e nuca.
Carregado de pensamentos controversos, Kageyama voltou até o menor e ergueu com menos facilidade do que na noite anterior, devido ao próprio cansaço. O ômega nem mesmo deu sinais de que despertaria, o que era bom, se ele acordasse, quere-lo-ia transar e Tobio não o negaria.
Entrou no banheiro tentando firmar o outro em pé, mas este estava exausto demais para tal. Então abraçou a cintura dele deixando a água morna cair sobre ambos e sentindo a ardência nos diversos arranhões em seu corpo.
Os olhos castanhos se abriram de susto, provavelmente a mesma ardência o acometera. Então, o mais baixo, tentou olhar em volta, mas seus pés vacilaram e o moreno voltou a sustentar seu peso. Logo a cabeça pequena e ruiva, apoiou no peito largo do outro se deixando banhar.
Tobio sentiu-se enjoado de si mesmo, percebeu que uma mistura de esperma e sangue descia pelas coxas internas do menor e uma espécie de culpa acometeu-o.
Não demorou para que a ducha findasse, nenhum estava forte o bastante para tomar um banho completo, então, sem se dar ao trabalho de vestir-se ou secar-se apropriadamente, Tobio carregou o outro para seu quarto e envolveu-se junto a ele sob os cobertores.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.