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História O amigo da minha melhor amiga - Totalmente sozinha!


Escrita por: JSommer

Notas do Autor


Mais um cap saindo pra vcs!!
Vms ver as consequências daquelas disfunções em ação😝🍃

Capítulo 13 - Totalmente sozinha!


Fanfic / Fanfiction O amigo da minha melhor amiga - Totalmente sozinha!

Quinta-Feira, 08 de agosto


    Luna King:


  Depois daquela tempestade de rancor que desabou sobre mim ontem, voltei para casa, tomei um banho para tentar esquecer tudo aquilo que jogaram em cima de mim, almoçei e fui para a casa da minha prima, cuidar da Anna.


  Passei a tarde tentando não chorar com aquilo, mas era inevitável. Como eles puderam fazer aquilo comigo? Eu fiz tudo por eles! Deixei os meus problemas de lado para ajudar eles, e assim que me tratam? Eles desistiram de mim. Pois, vou desistir deles também!


  Eu estava terminando de me arrumar para ir para a escola. Sozinha. Já que a garota que eu pensava ser minha melhor amiga desistiu de mim. Pois, agora ela vai sentir na pele o que perdeu. Eu sou uma ótima amiga!


  Terminei meu banho e fui até o closet enrolada em uma toalha. Peguei uma lingerie branca, um suéter de mesma cor, uma calça jeans de malha escura, um tênis branco e vesti. Penteei meus cabelos castanhos-claro e prendi-os num coque bem feito. Passei um batom vermelho e fiz um delineado.


  Peguei meu celular e fone na cômoda ao lado da cama, saindo do quarto e descendo as escadas. Vi minha mãe terminando de preparar o café da manhã e se servindo. Vendo ela ali, fez com que eu me lembrasse da nossa conversa de ontem.


  " - O que você fez dessa vez, Luna? - Perguntou minha mãe quando falei que Malina e eu havíamos parado de ser amigas.


  Eu estava no meu quarto, deitada em minha cama com a cara praticamente dentro do travesseiro. Tinha tomado banho há algum tempo, e estava chorando desde então.


  - É sempre assim, né, mãe? - Falei alterada, entre minhas lágrimas desesperadas.


  Ela veio me chamar para o almoço depois que terminei meu banho, e se deparou com sua única filha quase morrendo de tanto chorar. Veio até mim, sentou-se na cama e o que ela faz? Ajuda? Consola? Não. Julga a própria filha!


  - Sou sempre eu quem tá errada. As outras pessoas nunca erram comigo, né? - Falei revoltada e ela suspirou.


  - Tudo bem, então. Era a Malina quem estava errada, dessa vez? O que ela fez? - Disse a morena e eu tirei minha cara do travesseiro. Olhei em seus olhos verdes, que investigavam a verdade nos meus olhos azuis. Voltei a colocar meu rosto no travesseiro e continuei a chorar."


  Eu sempre estou errada, não é, mãe?


  - Bom dia, Luna! Vai tomar café? - Disse ela, como se não tivesse acabado comigo no dia anterior.


  - Dia, né? Porque de "bom" não tem nada. - Falei ríspida.


  - Acordou com mal-humor, Lu? - Ouvi meu pai perguntar, vindo até mim e beijando o topo de minha cabeça, como se também não tivesse me magoado pra caralho com suas palavras duras ontem. - Tá melhor?


  E disse que ainda tentou me ajudar!


  " - O que houve, querida? - Perguntou meu pai entrando cautelosamente em meu quarto.


  - Ela disse que a Malina e ela não são mais amigas. - Ouvi minha mãe falar como se não fosse nada.


  - O quê? - Indagou incrédulo.


  - Se vira! - Falou ela, se levantando e saindo do quarto. Pra mostrar o quanto minha mãe me ama!


  Ouvi o som da porta se fechando, e meu pai sentou-se ao meu lado na cama. Ele se importava muito mais comigo do que minha mãe. Pelo menos, era o que era visível.


  - O que aconteceu, Lu? - Perguntou calmamente o moreno.

  Minha voz mal conseguia passar pela minha garganta. As lágrimas não paravam de deslizar pelo meu gosto. Meu ar parecia não se importar se eu precisava dele ou não.


  - A... a... Ma... Malina - foi só o que consegui soltar entre meus soluços.


  - O que a Malina fez? - Todas as vezes que eu escutava o nome dela, mais lágrimas eram produzidas e jorravam de meus olhos agora avermelhados.


  - E... ela - suspirei, tentando ficar mais calma para falar -, ela não é... mais... minha amiga. - Quando finalmente consegui falar algo certo, voltei a chorar.


  - E porque ela faria isso? - Perguntou acariciando meus cabelos. Chorei ainda mais com essa pergunta, por saber que a culpa não era totalmente dela.


  Sentei-me na cama, ficando frente a frente com ele. Respirei fundo. Limpei minhas lágrimas que caiam aos montes. Vi que ele me fitava com seus olhos verdes, esperando por uma resposta. Enfim, decidi falar o que aconteceu.


  - A Malina disse que não aguentava mais.


  - O que ela não aguentava mais? Algo que fazia mal pra ela ligado a você? - Indagou ele.


  - Eu. - Revelei tentando não chorar. - Ela disse que não me aguentava mais. Disse que eu acabava com ela todas as vezes que gostava de algum garoto.


  - E acabava?


  - Não! - Neguei de imediato e ele arqueou uma sobrancelha. Conhecia sua filha. - Tá. Talvez sim. - Falei por fim. - Mas é porque eu tenho medo de perder ela. - Revelei e ele assentiu com a cabeça.


  - E ela sabe disso? Já falou isso pra ela alguma vez? - Perguntou ele.


  - Eu não. Ela não iria entender. - Comentei. - Ela tá sempre ocupada com suas coisas de boa garota, na sua vidinha perfeita. - Falei com desdém e ele me observou com um olhar meio incerto. - O quê foi, pai?


  - Tem certeza que a Malina não entenderia? Ela é uma pessoa muito compreensiva. Ainda mais com as pessoas que ama, como você. - Comentou o moreno. - Deveria conversar com ela. Fazer as pazes.


  - Qual é, Adam? Tá do lado dela agora? - Falei alterada.


  - Eu não tô do lado de ninguém, Luna. - Disse ele. - Só tô tentando te ajudar. Não gosto de ver triste.


  - Disse pra _eu_ fazer as pazes. Como se a culpa fosse toda minha. - Disse alterada, apontando para mim mesma. - Você é igual a mamãe. Pra vocês a culpa é sempre minha. Eu sempre tô errada. "Porque a Malina é uma santa." "Ela nunca faz nada de errado na sua vidinha perfeita!" "Oh, vamos culpar a Luna!" "Porque ela sempre está errada em tudo o que faz." Ah, não enche! - Cruzei os braços e voltei a me jogar na cama. Ouvi seu suspiro.


  - Olha aqui, Luna. Já parou pra pensar que a culpa pode não ser das outras pessoas todas as vezes que alguma coisa dá errado? Já passou pela sua cabeça que a pessoa que toma atitides erradas pode ser você mesma? - Falou alterado, levantando-se da cama. - Não defendemos as outras pessoas. Só tentamos mostrar que nem sempre são elas que estão erradas. Mas você nunca vê isso.


  - Pensei que tivesse vindo me ajudar a melhorar, e não a me julgar e me deixar pior! - Falei alto e quase chorando novamente enquanto ela abria a porta para sair do quarto.


  - Eu tentei. - Disse ele, parando na porta. - Eu tentei te ajudar, Luna. A Malina também tentou. Durante 12 anos. Mas você nunca escutou. Você nunca escuta. - Fez uma pausa enquanto eu o fitava com atenção e rancor. - E é isso o que acontece com quem cansa: ele desiste. E ela desistiu. E eu também. - Saiu do quarto e fechou a porta.


  Fiquei hipnotizada observando a porta cruel, naquele quarto apavorante. Pensando e repensando em todas as palavras cruéis e perturbantes que me foram ditas hoje. Nunca fui tão magoada pelas pessoas!"


  - Como posso ficar melhor se todos me odeiam? - Falei arrogante e houve silêncio. - Não vão falar nada? Nem ao menos tentar convencer a sua "filhinha querida" do contrário?! - Ironizei.


  - De que adianta tentar te convencer do contrário se você não muda? - Perguntou minha mãe dando uma mordida na torrada.


  - Quer saber? Eu vou pra escola. Aonde eu tenho amigos. - Falei saindo de casa.


  - Isso se eles não souberam das merdas que você fez com a Malina. - Ouvi minha mãe gritar quando saí e realmente pensei nessa possibilidade.

Será que a fofoqueira da Malina já inventou alguma mentira sobre mim pra eles? Pensei preocupada, colocando os fones e começando a caminhar para a escola, já que teria que ir totalmente sozinha de hoje em diante para aquele inferno.


    Algumas horas depois


  Eu estava indo para o refeitório encontrar meus amigos, já que não os tinha visto durante toda amanhã. Minhas aulas não tinham batido com o horário de nenhum deles, somente com Malina, que nem sequer apareceu na escola.


  - Oi pessoal! - Saldei-os quando cheguei a nossa mesa no refeitório.


  Peter e Isa estavam lá, assim como Ethan, Diana, Henry e Bethy. Estavam comendo seus lanches variados, enquanto conversavam sobre alguns professores. Quando cheguei e me sentei no banco com eles, olharam para mim e sorriram.


  - Oi, Lu! - Disseram todos. Chega a ser estranho, ri com esse pensamento, dando a primeira mordida na minha fatia de pizza.


  - Hein, Luna - chamou-me Ethan e eu o olhei.


  - Cadê a Malina? Não vimos ela hoje. - Comentou Pet.


  - Não sei. E não me interesso em saber. - Falei ríspida e todos me olharam com dúvida.


  - O que aconteceu entre vocês? - Perguntou Bethany.


  - Nada que seja da sua conta. - Falei e ela semi-cerrou os olhos.


  - Poxa, Luna. O que aconteceu com você? - Indagou Isa.


  - É. Pra quê ser grossa assim? A gente não te fez nada. - Henry defendeu-os.


  - Tem razão. Não fizeram e não fazem nada por mim. Só se preocupam com a esnobe da Malina. - Falei alterada. - Pois, já que se preocupam tanto com ela...


  - Luna, não fala isso... - sussurrou Ethan.


  - Vão se fuder com ela longe de mim. - Finalizei me levantando de súbito. Eles me olhavam surpresos e com dúvida, alguns deles com raiva.


  - Quer saber de uma coisa, Luna? - Falou Isa.


  - Já que detesta tanto assim a nossa prima - Peter continuou -, fica longe da gente também. - Finalizou e levou a irmã para longe da mesa.


  - É. Não precisamos de uma garota estúpida que prefere ferrar com a vida dos amigos do que ver eles feliz - disse Martin saindo de perto com Diana e Henry.


  - Eu avisei pra você não falar. - Comentou Hall e veio até mim, sentando-se ao meu lado. - Quer me contar o que aconteceu entre vocês? - Perguntou ele, calmamente.


  - Vai se fuder, Ethan! Você só se preocupa com a Malina, eu sei disso. Não precisa fingir que se importa comigo. - Falei ríspida e ele suspirou.


   - Tudo bem. Acho que você sabe o que quer. - Disse e se levantou, indo embora em seguida. Ótimo! Agora estou oficialmente sem amigos.


  Continuei sentada naquele banco no refeitório por um longo tempo. De cabeça baixa, apoiada sobre meus braços cruzados sobre a mesa. Pensando no quanto as coisas iam de mal a pior para mim. Algum tempo depois, escutei passos em minha direção. Não parecia ser apenas uma pessoa.


  - Hey, Luna. - Conheço essa voz, pensei levantando a cabeça e me deparando com Alex e Chris. Sim. Eles são amigos.


  - Por que tá sozinha? - Perguntou Chris sentando-se ao meu lado, enquanto Alex ficou em pé do meu outro lado.


  - Não é da sua conta. - Falei de forma arrogante e ele gargalhou.


  - É a Mal, não é? Vocês brigaram feio dessa vez. - Zuou ele e o olhei com raiva. Ele levantou as mãos em sinal de rendição.


  - Eu conversei com ela ontem. - Comentou Jones e eu o olhei, tentando esconder a ansiedade de saber o que ela disse para ele sobre mim.


  - E o que ela disse? - Perguntei curiosa, mas tentando deixar esse sentimento em off.


  - Ela tá muito magoada com você, King. - Disse ele e eu segurei minha decepção. - Sei que esse lance de garotos nunca deu certo pra ela. Sem ofensas, Chris. - Olhou para o moreno atrás de mim.


  - Não ofendeu, Jones. - revirou os olhos.


  - Mas enfim, dessa vez foi diferente. - Prosseguiu ele. - Ela gostava mesmo dele. E você estragou isso, de novo. - Finalizou tristonho. Ele ama mesmo ela. Até isso ela tira de mim.


  - Eu? Eu estraguei tudo? A culpa é minha agora se o Josh não gosta dela? - Perguntei alterada.


  - O Josh é meu amigo. Meu amigo de verdade. Diferente de você - falou ele, se alterando. - Eu já falei com ele hoje, e ele me disse que a culpa foi toda sua sim. - Me levantei de súbito e Christian fez o mesmo, se afastando de mim.


  - Se sou tão culpada assim, porque veio falar comigo? - Perguntei grossa.


  - Vão com calma vocês dois. - Pediu Vogan, mas foi ignorado.


  - Tô te dando a chance de se redimir com a minha irmã, garota estúpida. - Falou Jones, ríspido.


  - Eu não preciso me redimir com ninguém. - Rebati. - Você não manda em mim e eu faço o que eu quiser com a minha vida. - Alex fechou as mãos. Ele não vai me bater, né? Não pode fazer isso. pensei com medo.


  - Tudo bem. Tem razão, uma vez na vida. Eu não mando em você. - Concordou ele. - Então vou te recomendar uma coisa, pro bem de todos: fica longe da minha irmã. - Me olhou totalmente sério e de uma forma tão fria, que fiquei pior ainda. Começou a se afastar. - Ah - voltou-se para mim. - Ela não vai vim pra escola por um tempo. Não que você precise saber disso, mas é só pra você ficar ciente de que vai ficar sozinha apartir de agora. - Tentei esconder meu sentimento de dor com isso.


  - Eu avisei que a sua hora ia chegar, Luna. - Comentou Chris. - E ela chegou. - Sorriu. Como ele pode ficar feliz em me ver assim? Eu nunca fiz nada pra ele.


  - Vai se fuder, Chris! - Falei arrogante e ele riu, indo embora com Alex.


  - Você disse que a Mal não vai vim pra escola por um tempo - ouvi ele comentar com Jones -, que tá magoada...


  - Onde quer chegar, Vogan? - Indagou Alex. Podia jurar que tinha um sorriso em seu rosto só pelo som da sua voz.


  - Eu posso consolar ela, Jones. - Disse Christian e o moreno riu.


  - Fica longe da minha irmã, Chris.


  - Agora que a Luna não tá no meu caminho, nada pode me deter. - Comentou Christian.


  - Só a minha surra, Vogan. - Falou Alex e ambos riram.


  Ouvi o sino soar e revirei os olhos. Peguei minha mochila no chão e saí de perto da mesa, indo para a minha sala. É. Pelo visto vou ter aue continuar sozinha nesse inferno!


Notas Finais


E para os meus leitores de 'A maldição de Sabrina': tlvz amanhã tenha cap novo, meus amores 😆🍃💕


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