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História O Assassinato no Red Lake - Conheça-me


Escrita por: ollgmermaid

Notas do Autor


GENTE! Voltei. Apaguei tudo e resolvi postar tudo novamente devido as alterações!!! Uma das coisas moque mudou foi o fato de agora o enredo se passar nos anos 80. Dessa forma, não existe celulares ainda, nem mesmo internet no hotel... deixando tudo mais misterioso e um pouco mais de caos... então, podem imaginar os personagens com looks sensacionais dos anos 80 :p
Espero que aqueles já liam continuem lendo, quem favoritou por agora continue lendo e quem apenas favorito que vire um leitor, pois é isso que eu "desejo". Pessoas que realmente leiam minha fic e compartilhem suas criticas o que sentiram lendo comigo.


Nas notas finais deixei o link para a fic no wattpad, uma imagem da "planta" do hotel e o inicio da playlist da fic.
REALMENTE espero que vocês gostem, e prometo que não demorarei tanto para atualizar.

BOA LEITURA.

Capítulo 1 - Conheça-me


"Mostre-me um herói, e eu te escreverei uma tragédia”.
F. Scott Fitzgerald

 

MARGOT TONKIN

O clima tinha mudado drasticamente durante o percurso. No momento nevava. Nevava muito. A função do limpador de para-brisas já estava deixando a desejar. Margot Tonkin mal conseguia ver com toda aquela neve caindo, ela espremia os olhos para enxergar melhor a estrada, mas de nada adiantava. Ela bufou.  Retirou seu cachecol, sentia-se sufocada dentro do carro abafado. A jovem deixara Toronto e dirigia em direção a Little Brittan, cidade onde morava. Os flocos de neve começaram a cair com mais frequência deixando toda sua visão esbranquiçada. Ela decidiu parar no acostamento por alguns minutos esperando a neve dar uma trégua. Margot olhou para o banco do passageiro que dava apoio para um saco com algumas rosquinhas, um copo de café gelado e um envelope. Ela pegou o envelope com cautela e ficou um tempo o encarando.

— Por que?

 Ela se perguntou com a voz falha.

Margot espremeu os olhos, sentiu sua bochecha esquentar. Ela se recusava a chorar, limpou aquela gota salgada rapidamente, largou o envelope no banco do passageiro e levou suas duas mãos ao volante na posição de 10h e 2h. Ela se permitiu desabar por alguns breves minutos. Chorou olhando fixamente para a branquidão que estava lá fora e deixava a atmosfera na qual ela se encontrava mais melancólica. A garota se recompôs em um piscar de olhos como se nada tivesse acontecido, como se a vontade de desabar e jogar tudo para o alto não tivesse a atingido. Abaixou o  freio de mão e acelerou.

Precisava chegar em Port Perry o quanto antes.

CAMERON MALIK

Cameron apagou o cigarro que fumava na neve e caminhou até a antiga loja de conveniência atravessando o curto estacionamento do único posto de gasolina de Port Perry. Ele odiava aquela cidade desde sempre, era uma cidade praticamente fantasma, tudo ficava longe demais e aquele aspecto de poucas luzes deixava o local um pouco assustador. Ao entrar na loja ele escutou barulhos de sinos e imediatamente revirou os olhos. Odiava aquele lugar.

 Cam bateu os pés no tapete de cerdas e retirou seu gorro e luzes, molhando o chão com a neve que derreteu.  Na parede atrás do caixa havia um calendário grande com vários ‘x’ em vermelho nos dias anteriores. Um circulo mal feito marcava o dia atual: 29 de dezembro de 1984. Cameron sentiu um calafrio, uma entrega tinha que ser efetuada por ele em menos de dois dias, algo que seria impossível com toda aquela neve caindo lá fora.

— No que posso ajudar? — Jason, o atendente, perguntou com um largo sorriso no rosto.

 Cameron pegou alguns chicletes e um maço de cigarros.

— Onde tem um hotel aqui perto?

Jason passava as compras de Cameron Malik:

— Hotel Red Lake. Fica perto do lago. Uns 9km ou mais daqui. – Jason suspirou -10,35.

Cameron encarou o jovem franzindo as sobrancelhas.

— É o valor da sua compra. R$ 10,35.

— Eu só peguei chicletes e um maço de cigarros!

— Precisamos nos manter, o movimento é fraco.

 Zayn deixou R$15,00 no balcão e o abandonou resmungando.

— Odeio esse lugar.

 

LUKE VAN DER WAALS & GEORGINA PETROVA

— Mais devagar!

Tarde demais.

A Mercedes na qual estavam derrapou na neve já espessa da rodovia. Luke van der Waals não tirou as mãos do volante e sabia que não podia frear, as coisas ficariam piores se ele fizesse isso, então, ele apenas esperou a velocidade do carro diminuir por conta pronta, quanto decidiu que já era seguro freou com cautela até o carro estar completamente parado.

Os dois suspiraram aliviados.

— Nunca mais faça isso, Luke. Chega de gracinhas.

 A garota suava frio.

— Calma, meu amor. — Luke sorriu despreocupado.

— Calma? Nós podíamos ter morrido! Eu não posso morrer agora. Não...

— Agora que sua carreira de atriz decolou. — Luke debochando da garota, mas Georgina não percebeu.

— Exatamente! Seria uma notícia trágica.

— Ninguém ligaria. Ninguém nem nos acharia neste fim de mundo.

— “Vamos viajar de carro. Vamos curtir a natureza. ” Onde você estava com a cabeça?

Luke se espreguiçou, ignorando completamente o comentário da namorada. Eles estavam a caminho de Golden Lake, onde ficava a casa de veraneio da família van der Waals. O desconforto do quase acidente começou a incomodá-lo ele estralou as mãos com dificuldade devido as luvas, em seguida seu pescoço. Passou a mão pelos longos cabelos castanhos da namorada e sorriu para ela que retribuiu o sorriso. Logo seus rostos estavam mais próximos e eles puderam esquentar seus corpos com um beijo apaixonado, Luke entrelaçou seu braço no corpo de Georgina, que puxou a cabeça de seu namorado para mais perto. A medida que eles se afastavam davam vários beijos rápidos até eles estarem novamente um de frente para o outro com sorrisos no rosto e deixando de lado o fato de quase terem morrido.

O casal estava junto há pelo menos dois anos e Georgina sentia-se sortuda por ter encontrado alguém como Luke, um sem noção com o maior coração de todos. Ela nunca tivera muita sorte em seus relacionamentos, na maioria das vezes abusivos, achar alguém como ele tinha sido sorte. Ela acreditava nessas coisas. Acreditava em sorte, em destino e em carma. A vida ficava mais emocionante; saber que algo está acontecendo em razão de outra, não por um acaso, não por uma simples coincidência, mas por uma razão.

— Afinal, onde estamos? - Ela olhava para ele apaixonadamente.

 Luke acendeu o farol alto, procurando por alguma placa com informações. Lá estava uma. Bem grande e verde:

— Port Perry.

— Vamos procurar um hotel e ficar por aqui mesmo. É mais seguro.

— Temos que chegar em Golden Lake, Gina.

— Com essa nevasca não vamos chegar a lugar algum.

Luke deu de ombros. Ligou o carro rapidamente, torcendo para que o motor não estivesse frio. Acelerou o máximo que pode antes de tirar o pé da embreagem o que fez Georgina contorcer seu rosto em uma careta.

— Sem brincadeiras dessa vez. - Ela disse séria.

Em poucos segundos eles estavam na rodovia novamente, ultrapassando o limite máximo permitido.

 

JUSTIN HUDSON

Justin Hudson estava encostado no capô de sua Picape olhando para a neve que não parava de cair. Em vários momentos ele se abraçou tentando espantar o frio que sentia. O que ele estava esperando ali fora? O hotel estava bem a sua frente, ele podia entrar pedir uma enorme xícara de chocolate quente e matar seu frio. Por qual razão ele não conseguia se mover?  Ele olhou para seu relógio. Já passavam das oito horas. Ele precisava se mover. Todavia era praticamente impossível. Sua mente rebobinava a discussão que tivera na noite passada com sua melhor amiga, Pamela. Ele não devia ter gritado com ela por ela estar namorando outra pessoa, afinal, ele nunca havia dito que gostava dela para ela. Fato que era extremamente importante.

 - Por que você não me disse antes? - Ela gritou depois de um monólogo interminável sobre como devemos expor nossos sentimentos antes que seja tarde demais.

- Bobagem. - Justin sussurrou.

 Ele olhou mais uma vez para o céu procurando alguma estrela, não notou nenhuma. A única coisa visível era a neve que não parava de cair. Justin estendeu a língua esperando algum floco de neve cair nela, quando o fez, ele estremeceu de frio. Esfregou as mãos uma na outra uma, duas vezes... até algo em sua consciência apitar e ele resolver entrar no hotel. Hotel Red Lake.

 Justin pegou sua bagagem e dirigiu-se até a entrada principal do estabelecimento se arrastando com má vontade e sussurrando para si mesmo:

- Será apenas uma noite.

FRANCESCA COLLINS

Francesca Collins desceu do carro um pouco ofegante. O frio fazia ela sentir falta de ar. Ela retirou seu cachecol e o ajeitou novamente, deixando-o mais enrolado em seu pescoço, assim o frio que sentia nessa região diminuiria. A garota pegou sua mala e andou com dificuldade pela neve até a recepção. A parte externa do hotel Red Lake era difícil de se enxergar, afinal, estava escuro e flocos de neve caiam continuamente embaçando sua visão. Todavia, o interior do hotel era extremamente aconchegante. Na recepção tinha um enorme balcão de madeira com mármore. Sofás brancos eram dispostos de forma aleatória pelo grande salão com piso de madeira escura. Uma enorme, realmente, enorme, lareira estava centralizada e ela imediatamente sentiu-se mais aquecida. O pé direito era duplo e a iluminação muito boa para um hotel aparentemente tão simples.

Frank aproximou-se do recepcionista, que usava um uniforme vermelho e estava provavelmente na casa dos cinquentas. Ele abriu um enorme sorriso quando viu a garota.

 Francesca retirou o cachecol e as luvas, o aquecedor certamente estava ligado.

— A noite está movimentada hoje. - Edgar, o recepcionista, comentou.

 Frank forçou um sorriso. Estava cansada e não queria papo furado. Ela entregou seus documentos e Edgar começou a anotar rapidamente as informações.

— A nevasca é sempre algo bom para nós. - Frank forçou outro sorriso — De onde você está vindo?

—Little Brittan. - Frank respondeu.

— Ótimo lugar. Está indo para Toronto?

— Sim. Como sabe?

— Jovens como você geralmente saem de Little Brittan e vão para Toronto. Minha filha faz faculdade lá. - Ele devolveu os documentos da garota.

— Eu consegui um emprego por lá. Não gosto muito de cidades grandes, mas é lá que a ação ocorre.

— Você vai virar modelo?

Francesca riu. Dessa vez verdadeiramente.

— Com a minha altura nunca poderia ser modelo. Consegui um emprego como detetive.

— Isso parece ser bem legal. Gosto de filmes com detetives. - Edgar sorriu — Sei que irá soar rude, mas, com todo o respeito, você não parece uma detetive. Você parece ser bem nova.

— Bem, aparências enganam. Certo?

— Você está certíssima.

Edgard riu. Ele virou-se e estendeu o braço para pegar as chaves do quarto no qual Francesca permaneceria durante a noite.

— Quanto tempo você pretende ficar?

— Por enquanto apenas uma noite, assim que a nevasca melhorar eu vou voltar para estrada.

—Vou te dar o quarto 14. É um ótimo quarto. O café da manhã começa às 7h e creio que a senhorita irá gostar muito. Como o hotel está com mais hospedes do que o costume, o chef irá fazer um belo café da manhã.

— Com toda a certeza irei gostar.

—Que sua hospedagem no Red Lake seja maravilhosa, srta. Collins.

Frank pegou as chaves de seu quarto. Sorriu educadamente, mas não conteve o suspiro. Ela queria estar em Little Brittan, não a caminho de Toronto e muito menos em hotel numa cidade abandonada.


Notas Finais




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