História O bom pedreiro (Crackfic Suho) - THE oneshot

O sistema de castas... Ele foi totalmente adotado em todos os países do mundo a partir de 2020, todos no comando político resolveram entrar em um acordo para adotarem esse sistema mundial, disseram que essa similaridade entre cada país de certo modo também iria trazer um pouco de unificação.

Para mim, não passa de uma bela mentira. As castas separam a populações por hierarquia, são contados as condições dos grupos de 1 a 10 como se fossem níveis, 1 seria as famílias mais ricas, e com cargos sociais mais altos que uma sociedade poderia ter, enquanto de 7 para frente seriam as piores condições e piores empregos. Entre castas de grande diferenças é como se tivessem barreiras entre si para não terem nenhum tipo de relação, pessoas de casta 3 jamais se casaram com um 7 pelo fato de arruinar a reputação familiar e própria. 

Então, mas qual o motivo de eu odiar tanto castas? Além de ser um método extremamente preconceituoso, o meu real motivo tem pernas, braços, cabeça e um nome que começa com Jun e termina com myeon, esse mesmo motivo vai me cantar em 1, 2, 3.

- Nossa! Bem que hoje você poderia ir lá em casa para eu cantar Lu pra você né? - Escuto seu assovio vindo a minha direita e sigo reto me controlando para não olhar - Se você me der uma chance eu posso ser só Seul - Inspiro lentamente por sentir estar perdendo o fôlego, meu coração se coloca em uma corrida contra meu cérebro, e o que ainda resta de neurônios em mim me faz aumentar o passo sabendo que sou o motivo da animação de Junmyeon e que estou sendo observada por ele. Mas não posso me levar por isso.

Viro finalmente a esquina e me encontro na calçada de uma cafeteria, sento no degrau a frente a porta do estabelecimento e coloco meu rosto entre as mãos querendo chorar. Por que é tão difícil?

Conheço Junmyeon a 2 anos, sempre quando vou a aula passo a frente a um prédio em construção ao lado da universidade um pouco depois de ter almoçado, todo dia na ida e volta me deparo com ele, que trabalha lá como pedreiro, me lançando cantadas e fazendo meu coração flutuar, nunca dei bola e não posso dar, já que sou uma 4 seria inadmissível para minha família eu me envolver com um homem aparentemente 7. Mas... quando passo em frente a aquele prédio sinto ser amada, como em aquele conto, Romeu e Julieta. Eu sinto que Junmyeon realmente me demonstra amor através de sua persistência duradoura de anos, sinto que encontrei o amor de minha vida. 

Não sei ao certo como explicar esse sentimento sendo que nunca tive a oportunidade de ao menos conhecê-lo, só sei que quando o vejo de longe nem se seja somente de relance, eu perco o compasso de minha respiração e fico paralisada somente com olhos para ele. Nunca senti isso por ninguém, na verdade nunca me apaixonei por nenhum cara além dele, cogitei até a possibilidade de ser lésbica, mas quando vejo Junmyeon tirando seu colete de obra mostrando sua camisa molhada pelo suor e passando as mãos em seu cabelo com a boca semi-aberta, sim a cena fica exatamente gravada em minha cabeça repetindo várias vezes ao dia, tiro a conclusão que no final de tudo sou Junmyeonsexual.

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Entro na minha sala de aula e sento ao lado da janela conseguindo ter a visão perfeita de Junmyeon na construção ao lado. Consigo o ver de longe colocando os tijolos junto ao concreto repetidamente com suas mangas arregaçadas, suspiro fundo e não consigo tirar meu olhar penetrante do mesmo. 

P.O.V. SUHO

Olho a mesma menina passar reto mais uma vez em dois anos, me viro e suspiro pesadamente pegando a barra da blusa a levantando para passar em minha testa soada por conta do calor, vejo o horário no relógio para checar se ainda tenho tempo do intervalo de almoço para descansar depois de ter ficado esperando a garota passar novamnete.

Entro na obra logo me deparando com Chanyeol.

- Se eu fosse você já teria desistido dela a meses - Se refere a garota que eu tanto sou apaixonado - no portão C daqui da construção passa um monte de secretárias gostosas na frente, não tá cansado de levar toco?

Se não estou cansado de sempre ser rejeitado pela mesma garota duas vezes todo dia no ano? É claro que estou, mas ainda assim eu não sei o que me faz querer continuar, sempre quando a vejo me ignorar meu coração simplesmente quebra, usufruo de cantadas de alta qualidade para ela mas é como se já estivesse acostumada com meu afeto e somente o ignora. 

Meu único receio é por não saber sua casta, no fundo sei que se formos muito diferentes um do outro isso nunca dará certo. Mas não adianta eu ficar fazendo rodeios para realmente falar com ela, o que eu faço, nunca conversamos diretamente, sempre sou eu quem fico jogando minhas cantadas para ela que recebe como se fossem nada.

Meu alarme no relógio do pulso dispara avisando que meu intervalo havia acabado, e como um bom trabalhador, na maior parte de tempo, coloco meu capacete e vou para os fundos da obra trabalhar na minha área. 

Chegando no meu lugar pego o primeiro tijolo e passo cimento, logo colocando-o no muro, faço isso uma, duas, três vezes até simplesmente jogar o próximo tijolo da minha mão no chão e sentar no muro bufando. Hoje estou decidido a falar com ela quando a ver passar novamente.

Após um tempinho pensando finalmente voltei a trabalhar, agora escutando música nos fones para relaxar meu nervosismo de aborda-la daqui algumas horas.

A few hours later... (meme supimpa do esponja bob)

Praticamente corro para o já tão familiar portão e fico encostado no fino tapume de madeira que cerca o local inteiro, tenho certas dúvidas se esse tapume aguenta o meu peso de encosto, alguns minutos se passaram do horário que a menina geralmente aparece eu começo a ficar sem esperanças, desencosto do apoio indo entrar novamente na obra, até escutar um som familiar de leve passos pela calçada coberta por pequenas pedrinhas.

Meu coração acelera e eu coloco minha cabeça na rua para confirmar se realmente era ela, antes de atacar somente a observo, seu modo calmo de andar, suas pernas expostas pelo shorts e os ombros pela regata, ainda assim vestindo uma jaqueta caída dos ombros sendo sustentada pelos braços. Por que tão linda? 

Tomo coragem e saio na calçada ficando frente a frente a minha amada, segurando em seus ombros.

- Você pode não ser exo... - Dou uma pausa somente para observar sua feição surpresa, tão linda - Mas a partir do momento que te vi, me perdi no labirinto que são seus olhos - Observo seus olhos arregalados juntarem um brilho repentino.

Ela começou a chorar, falei algo errado?

- I-I-isso e-era tudo o que eu poderia querer ouvir - Ela gagueja e rapidamente envolve seus braços em um abraço na minha barriga por conta da diferença de altura. Sinto somente meu coração disparar, eu devo estar todo fedido por conta do suor, merda Junmyeon! - Desculpe-me por nunca te responder Junmyeon - Como ela sabe meu nome? Se afasta e olha para o chão 

- Ei princesa tudo bem - Coloco o cabelo para trás de sua orelha - Como sabe meu nome?

- E-Eu meio que escutei alguém mencionar... então te procurei nas redes sociais. Sobre isso... - Ela olha para mim mas logo desvia quando fixo o olhar em seu rosto - Sempre fui apaixonada por você Kim Junmyeon 

A aproximo calmamente para beija-la então lembro estar no meio da rua, a pego delicadamente pelo pulso e a levo atrás de um tapume a colocando contra ele, por favor tapume, não caia. Estávamos tão perto que sua respiração era sentida no meu peito, o que me arrepiava.

- Gata, deixa eu te mostrar o tipo D.Omen que eu sou - Corto o espaço entre nós colando nossas bocas. Seu gosto de morango de alguma forma esquentava o beijo, minhas mãos dançavam entre suas costas e coxas, enquanto as suas eram passadas no meus fios e em alguns momentos por dentro de minha camiseta nas costas arranhando o lugar. 

Nunca imaginei ao menos conseguir a falar com ela, e agora estou aqui, é como um sonho, e se for o caso, obrigada mas não quero mais acordar.

Suas pernas envolvem minha cintura e eu a direciono para uma mesa de madeira que tinha vários materiais por cima, passo a mão os jogando no chão e a coloco sentada, intensificando mais o beijo até darmos uma pausa respirando ofegantes. Ela encosta sua mão em meu rosto fazendo um carinho em minha bochecha com o polegar.

- Eu tinha medo - Ela fala baixo - Não sabia qual era sua casta, e dependendo dela nos nunca mais iriamos nos ver. 

- Eu sou um seis - Abaixo a cabeça envergonhado mas a garota a minha frente a pega pelo queixo e levanta calmamente.

- Não importa qual sua casta, pois hoje você Suho amor em meu coração - Ela sorri docemente.

- Qual seu nome menina misteriosa? - Pergunto a olhando profundamente.

- S/N.

- S/N, vamos fugir juntos.