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História O Cantor das Músicas de Corno - O Meu Cantor de Sofrência


Escrita por: batatadonorte

Notas do Autor


Minha primeira one shot Taekook do site, dêem muito amor.

Eu estava escrevendo desde o ano passado, mas fiquei sem computador e a minha preguiça foi tanta que só terminei literalmente a 5 minutos atrás, enfim, boa leitura.


Desculpem qualquer erro, postar pelo celular é foda, enfim.

Quero agradecer imensamente a @thoughtsoul por ter feito essa capa linda, caras que ódio, tu é extremamente talentosa e conseguiu fazer uma capa perfeita. Agora eis a questão, o que tu não consegue fazer lindamente bem?

Capítulo 1 - O Meu Cantor de Sofrência


Correr da faculdade até o bar da esquina que se encontrava próximo a minha casa já havia virado uma tradição obrigatória. Qual o motivo? Por causa dele.


Jeon Jungkook sempre cantava as músicas de corno nas sextas-feiras, no maldito bar da esquina e eu nunca perderia nenhuma música cantada por ele. Eu tinha a impressão de que Jungkook podia cantar "atirei o pau no gato", mas ele permaneceria como o melhor cantor que eu conhecia e ainda como o mais bonito, acreditam?


Jungkook é um desgraçado, filho da puta lindo do caralho, gostoso da porra e, o melhor de tudo: Tão talentoso e de personalidade incrivelmente doce e adorável que puta merda. Desculpem o linguajar, mas ele faz isso comigo, eu só conseguia o elogiar dessa forma de tão arrasador que era falar dele.


E o pilantra ainda estuda na mesma droga de faculdade que eu. Só podia ser o destino dizendo "eis aqui o seu macho, venha conquistar" ou, na verdade, podia ser algo do demônio só para me ver pagar de trouxa por um garoto. Dava no mesmo final, ou seja, sempre com um Taehyung ferradamente apaixonado e bobocão por Jeon Jungkook.


O Jeon cursava Artes Visuais, com as melhores notas. Ele poderia ter ido para uma faculdade muito mais prestigiada, mas preferiu ficar perto da família. É o que contam os fofoqueiros.


Gente de todos os cursos suspiravam babavam e eu não duvido que até matariam para ter algum momento com ele, coitado.


E aqui estamos nós. Nesse bar superlotado, infelizmente não era só eu que considerava correr da faculdade até aqui uma tradição, coisa do demônio mesmo essa minha situação.


Rimou.


Vi quando Jungkook subiu no palco e o barulho de gritos ficou tão alto que eu quase me joguei debaixo de alguma mesa, por Deus. Me sentia como um daqueles fãs de k-idol.


— Boa noite! — O motivo da minha falta de sono nos abençoou com o som daquela voz maravilhosa e com seu sorrisinho tímido, tão fofo... Sentia vontade de bater nele por tamanha fofura.— Hoje irei cantar uma música para uma pessoa que eu gostaria de interessar, ela está aqui agora. Essa pessoa sempre vem todas as sextas-feiras e eu sou muito grato por isso. — Ele ficou vermelhinho e soltou uma risada contida, tão fofo! — Espero que ela goste! — Ele estava sem graça, ouvi um coro de "oooooooonnwt" e eu no meio acompanhando a multidão, claro.


Ele roubou meu coração sem pedir a permissão, roubou meu sono e não me pagou, Jungkook era um cantor de sofrência e um ladrão também, pilantra de meia tigela.


Fiquei triste com ele falando de alguma pessoa, um alguém que ele parecia querer conquistar. Droga, eu só queria pelo menos a chance de falar, quem sabe até beijar esse desgraçado, isso ainda vai me matar.


Uma melodia diferente do habitual começou a tocar e eu me senti tão encantado que só conseguia prestar atenção nela, não era uma triste, pelo contrário era uma melodia alegre e doce, me fez sentir quentinho e relaxado. Quando Jungkook acompanhou com sua voz eu me senti arrepiar, de repente ficando preso demais para qualquer coisa, o bar poderia estar pegando fogo, mas eu não deixaria de apreciar Jungkook.



"Você é o sol que iluminou outra vez a minha vida

Uma reencarnação dos meus sonhos de infância

Eu não sei o que é esse sentimento

Ainda estou sonhando?

Há um oásis verde no deserto

A prioridade profunda dentro de mim

Estou tão feliz que não posso respirar

Meus arredores tornam-se mais transparentes

Eu ouço o oceano distante

Através de um sonho, sobre o horizonte

Indo para aquele lugar que se torna mais claro

Pegue minhas mãos agora

Você é a causa da minha euforia"


Fechei os olhos quase automaticamente, absorvi cada nota e me peguei pensando na letra, eu estava tão perdido naquele garoto...


Jungkook fez um belo show, como sempre, ele cantou mais músicas, terminou um pouco mais tarde que o normal e isso me agradou um pouco, mas me deixou procurando por qualquer traço de cansaço nele. Ele ganhou aplausos, flores e até cartas. Como o bom príncipe que era, ele agradeceu a todos e desejou uma boa noite.


Me senti realizado em mais uma sexta-feira concluída.


XXX



— Jimin, ele cantou uma música tão fofa ontem, foi tão bonito... Eu quase chorei, me ajuda, eu vou morrer de amores! — Eu estava tendo um de meus surtos pelo celular.


Jimin é meu melhor amigo, então é óbvio que ele sabe sobre a minha velha paixão pelo cantor de sofrência.


— Amigo, você tem que falar com ele, pedir o coitadinho, chega nele e diz "vai, bora fechar?", sei lá, tem que fazer algo. Dá uma de João sem braço, não perde tempo! Tu sabe o quanto ele é cotado, se não fizer nada outras pessoas farão e tu vai ser gongado. Kim Taehyung será esquecido no churrasco. — Jimin falava em um tom engraçado, mas eu não consegui rir, fiquei pensativo.


— Ai, amigo... — O meu suspiro foi tão sofrido que eu fiquei com dó de mim mesmo. — Eu quero fazer alguma coisa, mas não faço idéia de como começar. Me ajuda? — Acabei me jogando na cama, ficar girando pelo quarto quase me deixou tonto e esse assunto me deixava com dor de cabeça.


Jimin ficou um pouco quieto, antes de soltar um som que eu julguei ser uma risada abafada.


— Você sabe que eu nunca te deixaria nessa sozinho, ajudo sim. Posso até pedir algum conselho do Hobi também. — Meu sorriso foi tão largo que eu achei que meu rosto podia rasgar a qualquer momento, literalmente pulei da cama de tanta felicidade.


Eu era sortudo por ter alguém como Jimin na vida.


— Obrigada, Jiminie. — Ele soltou um risinho baixo.


— De nadinha, TaeTae. Agora me ajuda a escolher um lugar pra levar o meu Hobi. — Eu ri do tom manhoso dele, ele deveria estar com saudade do namorado.


Isso me fez ficar um pouco pior, queria ser feliz como Jimin era com Hoseok, ficava tão feliz com tudo dando certo pro meu amigo e agora só queria que tudo desse certo pra mim também.


— Ajudo, Chim.


XXX


Já era quinta-feira e eu ainda não tinha nada pronto, minha angústia só aumentou, eu queria ter alguma ideia brilhante pra começar a conquistar Jungkook, mas o que eu poderia fazer? Chamar ele pra conversar e virar amigo? Eu não sabia direito.


Me sentei na mesa do refeitório que Jimin estava sentado e deitei minha cabeça na mesa, meu resmungo foi choroso e alto, logo senti um carinho sendo feito em meus cabelos, sabia que o meu melhor amigo só queria me ver melhor.


— Adorei o seu cabelo, rosa cai muito bem em você, Tae. Mas qual o motivo desses resmungos logo agora de manhã? — Continuei de cabeça baixa e só resmunguei algumas palavras que nem eu entendi, mas o nome de Jungkook passou pelo.s meus lábios com a pronúncia perfeita, acho que foi a única coisa que Jimin entendeu e ligou os pontos.


Eu estava tão frustrado ultimamente que em um impulso de tristeza pintei o meu cabelo em um rosa clarinho, acho que pensei tanto na voz, nos músculos, no sorriso e no cabelo sedoso daquele cantor de bar que acabei por escolher um tom parecido com o dele.


— Por que só se declara logo? Seja você mesmo, sei que consegue. — Levantei a cabeça tão rápido que quase fiquei com a visão escura, Jimin me olhou um pouco assustado, mas logo se esticou e voltou com os carinhos, quase derreti.


— Me declarar? Não sei se consigo. Isso me deixa muito nervoso. — Pensei novamente no sorriso do meu crush e isso me deixou mais triste ainda. — Eu quero chorar! — Provavelmente tinha um bico enorme, a vontade de chorar realmente veio, não queria me sentir assim.


Me levantei rápido, dei a volta na mesa e me joguei ao lado de Jimin, logo o abraçando e escondendo o rosto em seu pescoço. Eu me sentia imensamente protegido ali com ele, eu amava mais que tudo meu amigo.


— Vai ficar tudo bem, você consegue sim, qualquer coisa eu vou estar aqui com você, Tae. — Ele me abraçou de volta e me senti imensamente melhor.


Me separei dele e dei o melhor sorriso que consegui, não queria preocupa—lo.


Droga, Taehyung! Você está parecendo um garoto de ensino médio, por Deus!


— Mas me diga, como está as coisas com o Hobi? — Vi meu amigo com os olhos brilhantes e sorriso largo, tão feliz como nunca.


— Estão tão perfeitas... — Ele suspirou apaixonadamente, me fez ter vontade de rir. — Ele é um doce, Tae. Você tem que ver como ele é fofo comigo. — Eu sorri junto com ele, imaginei o jeito fofo de Hoseok, deve ser um amor.


— Você fica fazendo essa cara de pamonha pra ele? — Eu soltei uma gargalhada alta enquanto Jimin me encarava indignado.


— Yah! Taehyung, me deixa!


Eu ri mais ainda.


XXX


Decidi que não queria nada tão espalhafatoso, na verdade, seria apenas eu e eu. Se ele me aceitasse, então teria Kim Taehyung de presente. Já se não aceitasse, pelo menos não teria gastado dinheiro em flores e chocolate.


Eu pensei bastante, percebi que, mesmo sendo apaixonado, eu não sabia tanto sobre ele, conhecer ele melhor seria um bom passo, se ele me aceitasse eu pediria calma.


Observei o meu reflexo no espelho, eu sou bonito. Meu sorriso me deixou mais satisfeito, senti um sentimento de poder, como se pudesse ter quem eu quisesse.


Eu me considerava alguém divertido de estar por perto, talvez Jungkook me desse uma chance. Quem sabe a gente poderia ser feliz? Ter cinco filhos e um cachorro? Nunca saberia se não fizesse nada.


— Vamos lá, Taehyung. Você consegue! — Falei sorrindo para o rei que sorria pra mim no espelho. — Fighting!


XXX


O bar não era lá tão mal arrumado, era aconchegante, com as paredes cor-de-palha, chão de madeira e rodapé de uma cerâmica que imitava a madeira do chão, mesas, bancos altos e, é claro, um balcão enorme com todas as bebidas que você poderia imaginar, mas o melhor era o cantor. Jeon Jungkook.


É, o bar era arrumadinho.


Logo procurei uma boa mesa, bem de frente para o pequeno palco. Estava aliviado por ter chegado um pouco mais cedo que o normal, escolher o melhor lugar era o essencial.


As pessoas foram chegando, principalmente as pessoas que crushavam o meu crush. Trágico.


E lá veio ele, com aquele mesmo sorriso fofo, filho da p- Boa noite a todos! — Ele acenou pra algumas pessoas e quase achei estar doido quando ainda com o sorriso na cara ele me olhou, acenou e desviou o olhar. — A música que eu vou cantar hoje é a preferida de muita gente aqui, espero que gostem!


Ele começou a tocar aquele violão e começou a decretar a minha morte junto.


"Ela está indo embora

E eu não posso fazer nada

O amor está indo desaparecendo

Como um tolo, eu estou aqui de pé sem reação


Eu estou aqui vendo ela se afastar cada vez mais

E desaparecer no horizonte

Será que isto vai desaparecer depois que o tempo passar

Eu me lembro dos velhos tempos, eu me lembro de você


Se você

Se você

Se ainda não for tarde demais

Não podemos voltar a ficar juntos?

Se você, se você

Se você se sente como eu me sinto

Não podemos tornar as coisas um pouco mais fáceis?

Eu devia ter te tratado melhor quando eu tinha você"



Jungkook cantava como se já tivesse passado por uma situação assim, como se quisesse passar a sua história pra todo mundo daquele bar. Quando ele começava a cantar, ele deixava de ser Jeon Jungkook e passava a ser a pessoa sofrendo por outra, sofrendo por saudade. Isso de longe era o que mais me encantava em sua voz, era o que me fascinava e me fazia chorar por sentir a sua dor.


Jungkook tinha uma voz tão linda...


                        XXX


O Show já tinha acabado, era tarde, mas eu sabia que ele ainda estava arrumando o camarim. Assim que vi um cabelo cor rosa-cereja saindo de uma porta dos fundos do bar eu corri ao encontro de quem quer que seja.


—ESPERA! — A pessoa se virou para mim em um pulo, como se tivesse pegado um susto. Eu logo pude ver o rosto, era Jungkook como pensei. Ele esperou até que que eu chegasse mais perto. — E-Então... N-Não sei se você me conhece... — Ele alargou o sorriso e me estendeu a mão, aceitei de bom grado, ele é um príncipe mesmo.


— Conheço sim! É o garoto bonito do curso de Artes Cênicas, Kim Taehyung, não é? — Ele logo ficou sem jeito quando percebeu o que falou, não deixei de gargalhar.


— Garoto bonito? Obrigada, você também é bonito. — O coitado ficou mais sem jeito ainda. — E sim, sou Kim Taehyung.


— Então, Taehyung, em que eu posso ajudar?


— Er... Bom, é que eu... E-Eu... — O nervosismo voltou de uma vez só. Respirei fundo, procurando me acalmar. — Já faz um tempo que eu venho te observando de longe, até mesmo frequento esse bar todas as sextas-feiras porque é o dia que você vem cantar e, é o seguinte... Eu me apaixonei por você. É isso. Me apaixonei por cada detalhe seu, desde a forma fofa que você mastiga, o jeito que você cruza as pernas quando senta, o jeito que arruma o cabelo quando ele cai nos seus olhos, eu me apaixonei por tudo isso e eu sei que parece ser loucura eu me apaixonar por alguém que eu nunca troquei nem um "a", sei que parece mais loucura ainda eu saber tudo isso sobre você, me desculpe se eu pareço um psicótico obsessivo,  mas foi inevitável e inesperado, eu não espero uma resposta agora. — Jungkook estava vermelho e tímido. Ele me olhava com uma expressão de surpresa e parecia receoso. — Eu só queria que você soubesse disso...


Eu só conseguia encarar os meus tênis, como se fosse a coisa mais interessante do mundo, mas não era nenhum pouco interessante.


De repente eu caí em mim.


O que eu faria se alguém aleatório me dissesse todas essas coisas? Com que cara eu iria ficar? Como eu responderia?


Senti meu rosto muito quente, sinal de que eu estava vermelho, uma piada. Não queria encarar a rejeição, quem aceitaria um louco que do nada se declarou pra você?


Pra vocês verem como a vida é estranha e pode te deixar melancólico de uma hora para a outra, de tarde eu estava me achando o máximo, cogitei até ser apaixonante o suficiente para conseguir quem eu quisesse e principalmente Jungkook, mas agora que estou nervoso, meio triste, com medo e vergonha.


Eu já não me achava assim mais tão fascinante.


Isso é péssimo, Taehyung.


Jungkook não fazia nada e eu ainda não consegui a coragem pra encarar ele, só conseguia escutar a sua respiração alta e acelerada.


Estaria ele com raiva de mim? Com nojo? Eu quero sair correndo, gritando, pulando até chegar em casa e me jogar debaixo da cama.


Só voltei a pensar um pouco melhor quando senti o meu queixo sendo levantado com delicadeza por uma mão macia, lá estava ele, com aquele maldito sorriso lindo, com os olhos meio marejados, com uma mão ainda em meu queixo.


sem falar nada ele simplesmente se aproximou mais de mim, um pouco mais e um pouco mais.


Até que não sobrou mais espaço.


Ele não me beijou, se é isso o que você está pensando. Jungkook deixou um beijinho no canto dos meus lábios e me puxou para perto dele. Senti os braços fortes dele ao meu redor, senti o cheiro doce de um perfume, que eu nunca conseguiria colocar em palavras, misturado com o cheiro de um amaciante que eu conhecia bem, Downy.


Me senti tão protegido, seguro e sereno. Como alguém musculoso como Jungkook pode ter um abraço tão doce e delicado como esse? Me senti tão bem que meus olhos lacrimejaram, de repente eu estava tonto e eufórico demais pra fazer alguma coisa se não me agarrar à ele. Deixei que ele colocasse seu rosto na curvatura do meu pescoço e passei meus braços pelo dele.


Ficamos assim por minutos em um abraço quentinho, acolhedor, protetor e aliviante.  


Ele afrouxou o aperto e eu entendi que infelizmente era a hora de soltá-lo. — Você... —  Ele não se afastou muito, nossas respirações se chocavam e isso estava me deixando mais nervoso do que as palavras que ele soltava sem pressa alguma.— Você não sabe o quanto eu estava ansioso para tentar falar com você, o quanto eu estava ensaiando para que tudo desse certo nas apresentações aqui no bar, porque eu sabia que você sempre viria para me assistir, eu também queria me declarar, mas você se declarou primeiro! — Ele riu, me fazendo rir em meio a emoção, eu queria abraçar ele até a morte. — Estou tão feliz... — Não aguentei mais, me joguei em cima dele, com tudo e ele me segurou com força em um abraço mais  apertado que o anterior.


Sentimos a timidez ir embora, sentindo o carinho e o calor um do outro, desejando que o tempo parasse.


Meu crush também me crushava, eu poderia estar melhor?


Ele se afastou o suficiente para me olhar nos olhos, me deixou um pouco sem graça, ele me encarava com intensidade, ainda sorrindo.


— Você quer tentar, Taehyung? Acho que podemos ir com calma, se conhecer mais do que apenas de vista da faculdade ou desse bar, o que acha? — Segurou o meu rosto com tanto cuidado que me deixou abestalhado, eu estou muito louco por esse desgraçado, completamente hipnotizado pelo seu jeitinho fofo.


Ele queria ir com calma. Ele queria que desse certo. Ele também é apaixonado por mim.


Eu simplesmente desabei em lágrimas, lágrimas de felicidade, de alívio e de mais felicidade ainda. Eu estava a ponto de ter um colapso emocional e perceber e confirmar essas informações foram demais para mim.


Jungkook é perfeito.


— T-Taehyung? Eu falei algo errado? Desculpe se eu falei alguma coisa ruim, pelo amor de Deus, não chore. — Ele ainda segurava o meu rosto me impedindo de olhar para o chão, ele me olhava com carinho e preocupação. Ele me puxou para o terceiro abraço da noite e me deixou chorar tudo o que precisava e o que não precisava em sua camisa que ficou ensopada pelas minhas lágrimas. — Taehyung? — Ele me chamou enquanto se afastava para ver o meu rosto. Me senti constrangido demais e acabei por desviar o olhar. — Está mais calmo? — Respirei fundo e fiquei para me recuperar e para tentar respondê-lo sem voltar a chorar.


— Desculpe por isso, é que eu estou tão feliz e aliviado, eu estava tão nervoso e com medo de você me achar um louco estranho que acabei por desabar na sua frente.  


Jungkook sorriu e deixou mais um beijinho no meu rosto.


— Você é mais fofo do que eu pensei. — Ele abriu um sorriso lindo, como sempre. — Agora está mais calmo? — Ele começou a afagar as minhas bochechas e limpar os rastros que as antigas lágrimas haviam deixado.


— Estou, obrigado. — Me afastei completamente dele, acho que poderia agarrá-lo ali mesmo se continuasse a observar o sorriso dele tão de perto. — Eu só fiquei feliz demais, estou bem.—Jungkook fazia isso comigo. — Eu também esperei muito por isso, quero muito fazer dar certo. Não sou o tipo de pessoa que se apaixona pelo primeiro cantor de sofrência em um bar, parece contraditório, mas é verdade, juro. Jungkook, eu quero te conhecer. Conhecer de verdade, eu quero ter a certeza de onde estou me metendo e onde irei parar. — Ele apenas sorriu e assentiu tímido.


Ficamos em um silêncio de alguns segundos antes dele olhar para baixo, bater as mãos na calça como se estivesse expulsando poeira, ele pigarreou e me olhou, percebi que estava mais vermelho que antes.


Por que tão fofo? Poxa vida.


— Quer tomar um sorvete comigo? — Ele estendeu a mão pela segunda vez na noite e eu, assim com ainda a pouco, a segurei, ele logo entrelaçou nossos mindinhos e foi me puxando rumo a sorveteria que tinha no final da rua, eu sabia disso porque sempre ia pra lá com Jimin quando ele me acompanha nas sextas-feiras.


Olhar para os nossos mindinhos juntinhos deixou o meu coração quentinho, achei que teria um troço de tanta felicidade, fiquei todo bobo. Era como se estivéssemos selando uma promessa.


A promessa de fazer isso dar certo.


                           XXX


Chegamos em frente a sorveteria, ele desfez o contato de nossas mãos e me olhou divertido. Fiquei confuso.


— Então senhor, Kim. Vem sempre por aqui? — Não me contive e comecei a rir, junto com ele, sabe quando alguém conta uma piada e você ri, não da piada, mas da pessoa que  contou de uma forma engraçada e também porque você está tão feliz que qualquer coisa é motivo de riso? Então.


Ouvir ele me chamar de "senhor Kim" foi tão nada a ver que ficou cômico.


— Geralmente, senhor Jeon. — Entrei na brincadeira dele, voltamos a rir, agora do "senhor Jeon".


Estávamos bêbados de felicidade.


— Oh! Permita-me acompanha-lo, Senhor Kim. — Ele estufou o peito, fez uma expressão séria, levantou o nariz  e estendeu o braço esquerdo para

entrelaçar com o meu direito, como os cavalheiros faziam antigamente com as damas.


Entrelacei o meu braço no dele e também levantei o nariz, entramos assim na sorveteria, rindo para as paredes, encenado e agindo como dois patetas.


Escolhemos uma mesa mais ao canto da sorveteria, me trazia boas lembranças, Jimin sempre me fazia rir bastante quando sentávamos aqui nessa sorveteira 24 horas. Ela tinha as paredes em um rosa clarinho e o chão era no porcelanato bege, bem confortável aos olhos.


— Espere um pouco. — Ele deu a volta na mesa e puxou a cadeira para eu sentar, bem cavalheiro mesmo.


— Bobão!


— Bobão? É seu melhor xingamento, Senhor Kim? Terei que me preocupar com expressões como "macacos me mordam" também?


— Raios que te partam, Senhor Jeon! Terá que me aguentar do jeito que eu sou! — Jungkook sentou na outra cadeira, de frente pra mim.


Ele soltou uma gargalhada alta que chamou atenção de algumas pessoas na sorveteria e isso me levou a rir junto.


— Mesmo com essas expressões, eu vou te aguentar, Senhor Kim. — Ele sorriu pra mim e ficou um pouco vermelho de novo.


Me estiquei na mesa e apertei uma das bochechas rosinhas dele, como resistir?


Você está virando um boboca, Taehyung.


                 XXX


— Mas os seus pais não foram contra? — Perguntei, estava muito interessado.


Estávamos conversando já faziam horas, mas não estávamos cansados, mesmo já estando de madrugada. Estávamos caminhamos devagarinho rumo às nossas casas, distraídos, realizados e acima de tudo: felizes.


 Eles foram, minha escolha de cursar Artes Visuais causou o caos dentro da minha casa, meu irmão mais velho sempre me apoiou e eu me senti incentivado a fazer aquilo o que eu queria, meus pais surtaram comigo. Depois de muitas brigas eles finalmente entenderam que eu queria isso porque é o que eu amo. — Ele parecia nostálgico, e falava de Artes com tanta paixão que eu me encantei pela milionésima vez por Jeon Jungkook. — E os seus? Obrigaram você a cursar alguma coisa antes de fazer Artes Cênicas?


Olhei para ele antes de responder, procurei a resposta no fundo da mente. — Na verdade, não. Eu cresci com a certeza de que seria um fazendeiro de morangos e apenas isso. Passei a minha infância em uma fazenda, cresci nela e achei que passaria a vida nela. Foi por um acaso que eu acabei parando na cidade grande pra cursar Artes Cênicas, ainda lembro do casaco caríssimo que a minha mãe se esforçou para comprar pra mim, ela me deu para que eu não me sentisse intimidado com os "garotos ricos" da cidade.


Jungkook prestou bastante atenção no que eu dizia, percebi que era um bom ouvinte.


— Sua mãe é muito fofa, a minha provavelmente faria o mesmo. — Ele sorriu por algum motivo, talvez por pensar em sua mãe.


— Sim, ela é mesmo. — Sorri lembrando de minha mãe. — Preciso visitá-la um dia desses. — Falei mais comigo mesmo do que com Jungkook nessa última parte. — Que horas são, Kook? Oh! Desculpe, posso te chamar assim?


Ele estava surpreso, mas logo me deu um sorriso lindo com direito a covinha na bochecha.


— Claro que pode, Taehyung.


— Para com isso, pode me chamar de Tae.


— Então chamarei.


Conversamos bastante e naquela noite eu percebi o quanto Jungkook era ligado com sua família e o quanto ele era determinado por seus sonhos e objetivos. O cantor era uma pessoa que sempre queria o bem de todos a sua volta, principalmente de seus hyungs já que ele falou bastante sobre Seokjin, Namjoon, Hoseok e Yoongi.


Fiz uma nota mental de matar Jimin por não ter me contado sobre o forte laço de amizade entre o Jung e o Jeon.


Entre conversas e conversas, o de cabelos cor de cereja acabou olhando no relógio e a nossa cara de susto foi tamanha que rimos um do outro.


— Eu não tinha percebido as horas passarem tão rápido, acho que a culpa é sua. — Ele apontou para o meu peito como se eu realmente fosse algum culpado.


— Yah! Eu não fiz nada! Não tenho culpa se conversar comigo é tão agradável que você perdeu a noção do tempo. — Ele riu e balançou a cabeça em negação.


— Convencido? Nem um pouco, não é? — Dessa vez eu balancei a cabeça em negação e ele riu de novo.


Era tão bom poder dizer que a felicidade era tanta que eu queria sair correndo e gritando, eu estava tão apaixonado por aquele garoto...


— Você é muito fofo, sabia? — Foi perfeito assistir o momento exato em que o rosto lindo dele ganhou uma nova tonalidade rosa, realmente lindo.


— Você fala demais! — Ele ficou sem jeito algum, mas tinha um sorriso tímido nos lábios, o meu próprio sorriso não diminuía por nada. — Vamos, eu te acompanho até a sua casa.


Ele simplesmente deixou o dinheiro na mesa e me arrastou até fora da sorveteria, e entrelaçou os nossos mindinhos uma vez mais e isso me deixou mais feliz do que já estava se é que era possível.


Enquanto andávamos, eu lembrei que estava tarde e ele precisava descansar, amanhã ainda tínhamos compromissos. Vai que ele tinha algo importante pra fazer e eu não queria atrapalhar, pensando nisso eu parei de andar o fazendo parar também e me olhar confuso.


— Não é necessário, eu posso ir sozinho e você pode ir pra sua casa mais cedo também. — Eu queria passar mais tempo com ele, mas não queria que ele me acompanhasse e acordasse depois cansado.


Ele fez uma carinha triste adorável que quase me fez apertá-lo todo.


— Mas eu queria passar mais alguns minutos com você. — Ele olhou para os próprios sapatos. Me deixou com dó de deixá-lo agora, mas eu não queria que ele ficasse mais cansado.


— A sua casa é para aquela direção. — Apontei pra esquerda. — A minha é para aquela. — Apontei pra direita.


Não fazia sentido me acompanhar, ele iria perder muito tempo, se pelo menos a casa dele fosse na mesma direção que a minha. Suspiramos quase que ao mesmo tempo, acho que ele leu a minha mente.


— Tudo bem, eu vou para casa e você vai pra sua. — Me senti um pouco mais aliviado por ele concordar. — Com uma condição. — Ele me olhou envergonhado.


— Qual?


— Aceita sair comigo amanhã? — Ele olhou para os sapatos de novo, fiquei tão surpreso pelo convite que minha boca estava aberta.


A felicidade pareceu triplicar dentro de mim, sorri meu melhor sorriso e me joguei em cima dele, de novo, em um abraço apertado. O Jeon riu enquanto tentava nos equilibrar. Não aguentei mais esperar e fiz algo que senti vontade desde que a noite começou.


Beijei Jungkook com todo carinho do mundo, era um beijo molhado e lento, apenas para acalmar a euforia em que estávamos e lembrar mais uma vez o que estávamos combinando fazer. Ele beijava tão bem, sua língua quente se enroscava na minha em um contato tão bom que um arrepio subiu por minha nuca, ele suspirou entre o beijo e logo eu parti o contato, é claro que eu queria continuar beijando ele, mas a gente precisava ir pra casa e eu já havia pulado muitos níveis que não eram para serem pulados daquela forma.


Ele resmungou um pouco e tentou me beijar de novo, o que me fez rir e o deixou mais envergonhado.


— Já chega, Jeon. Vamos, temos que ir. — Me afastei dele lentamente.


— Eu posso te buscar amanhã na sua casa as 18:00? — Ele estava vermelho tanto pelo beijo quanto ainda pelo convite, tão tímido e fofo.


— Claro, boa noite. Até amanhã, Kook. — Nos abraçamos mais uma vez em um abraço apertado e cheio de carinho.


— Até amanhã, Tae.



XXX


1 ANO DEPOIS



De repente braços quentes estavam ao meu redor e senti algo em meu ombro, sabia que era Jungkook porque somente ele tinha aquele abraço quentinho, carinhoso e protetor que me fazia suspirar sempre. Sentia um pouco de frio já que estávamos na varanda, olhando a paisagem da cidade, era uma linda vista. Minha reação foi retribuir colocando minhas mãos em cima das dele, me sentia imensamente feliz.


Minha vida melhorou consideravelmente desde que meu sonho de ter uma chance do Jeon se realizou, depois do primeiro encontro veio o segundo e em seguida o terceiro, quatro meses foi tempo suficiente pra conhecer praticamente todas as faces de Jungkook. Foi perfeito conhecer o Jungkook feliz, o Jungkook manhoso, o Jungkook doce e até o irritante, mas foi de partir o coração quando conheci o Jungkook triste ou bravo.


No nosso quinto mês de amizade (na época eu ainda não podia chamá-lo de namorado e isso não era legal) eu me vi surpreso e imensamente emocionado, o meu cantor de sofrência simplesmente me pediu em namoro e foi tão fofo, ele estava tão envergonhado e receoso como se eu não fosse aceitar, foi perfeito chorar de felicidade naquele abraço que trocamos.


Olhei para as mãos do meu namorado, um sorriso foi impossível de segurar, era tão bom pensar nele dessa maneira.


A minha temperatura corporal subiu um pouco quando me peguei pensando sobre a nossa primeira vez.


E que primeira vez...


Um arrepio subiu pela minha costa, acho que Jungkook percebeu porque ele me olhou um pouco confuso, apenas me virei de frente para ele e passei meus braços ao redor de seu pescoço. Eu amava tanto aquela posição confortável. Ele sorriu e me roubou um selinho.


O olhar que trocamos a seguir foi tão intenso que me vi arrepiado outra vez, foi olhando naqueles olhos doces e profundo que me lembrei novamente daquela noite.



FlashBack On


De repente, eu não entendi mais nada. Parece que alguém tinha acelerado o vídeo e eu perdi alguma parte, o mundo ficou confuso.


O Jeon me puxou para dentro do quarto dele e logo me empurrou contra a porta, não soube como reagir.


Ele prensou meu corpo contra a porta, veio chegando cada vez mais perto e quando eu achei que ele iria me beijar, ele desviou e deu uma fungada no meu pescoço seguida de uma mordida fraca e um aperto na cintura que me deixou tonto.


Um suspiro passou ruidoso por meus lábios úmidos.


— J-Jungkook... — Tentei falar alguma coisa, mas o máximo que consegui foi um murmúrio tremido e baixinho de seu nome.


Ele deixou um beijinho na base do meu pescoço e arrastou o nariz de baixo para cima até deixar a sua boca colada na minha orelha.


A sua respiração estava me deixando louco, os apertos que ele dava em minha cintura estavam me deixando ansiosos por mais.


Ficamos ali, com os corpos colados, sentindo a respiração um do outro e os arrepios causados por ela.


— Você não sabe o quanto eu estou feliz. — Aquela voz grave, tão sedutor... Quase desfaleci quando ele mordeu o lóbulo da minha orelha e foi puxando com os dentes, bem devagar. — Eu estava com saudade.


Ele se afastou bem pouquinho, olhou nos meus olhos e sorriu o sorriso mais doce do mundo, como se ele não estivesse me atacando à alguns minutos


Hoje completava cinco meses desde aquele dia na sorveteria, Jungkook e eu avançamos bastante na nossa relação, chegamos a várias vezes a quase ultrapassar os limites, mas quando estávamos praticamente perdendo as roupas, nós parávamos, fingíamos que não estávamos excitados, tirávamos alguns minutos para acalmar o coração e depois íamos fazer alguma coisa pra esquecer o momento quente.


Era isso o que me deixava frustrado às vezes, eu sei que ele queria e, era claríssimo que eu também queria.


E como queria.


Eu não sabia se ele se sentia pronto ou não e era isso o que me fazia ter controle já que nunca faria nada que o assustasse ou o deixasse desconfortável, por isso eu sempre fingia não estar excitado junto com ele. Mas sempre que parávamos, ele me olhava claramente tentando se conter e se mantia afastado por um tempo. Esse era o grande problema, por que ele estava se contendo tanto?



Quando senti que ele estava afrouxando ainda mais o aperto na minha cintura, um impulso louco me fez o puxar para mim, sem delicadeza, sem nenhuma vergonha, sequer pensei o estar assustando, eu não queria fingir de novo, eu queria Jeon Jungkook para mim, queria livrar o meu corpo do desejo enorme que ele me fazia ter.


O beijei como se minha vida dependesse disso, ele apertou a minha cintura com um pouco mais de força, não aguentei segurar um gemido vergonhoso. Ele não perdeu tempo e logo aprofundou o beijo mais ainda, desbravou cada cantinho da minha boca, me fez competir pelo domínio, eu já não conseguia pensar em mais nada.


O meu desejo gritava para me entregar para ele ali mesmo na porta do quarto. O lugar também não ajudava, estar sozinho com ele em um quarto era pedir pra perder o controle e isso era ainda pior se era o quarto dele.


O cheiro dele estava em tudo e isso me deixava embriagado, tonto, querendo cada vez mais.


— Não se contenha hoje, amor. — Minha voz saiu rouca de tesão, baixa e um pouco tremida. — Eu quero sentir a sua pele na minha, eu quero que você me faça gritar, então me faça seu hoje, Jungkook.


Seus olhos vieram certeiros nos meus, tentei transmitir todo o desejo que eu sentia e via naquelas íris escuras. Senti o seu hálito quente bater no meu rosto, tão perto que eu quase podia sentir o gosto daquela boca perfeita. Ele esfregou o corpo no meu, lambeu o meu lábio inferior, chupou a minha língua e deixou mais marcas no meu pescoço. Meu gemido veio agudo, do fundo de mim, eu estava desesperado por ele, precisava de alívio que só ele poderia me dar.


Minhas mãos apertaram tão forte aquela bunda redonda e durinha que ele gemeu sôfrego enquanto deixava uma mordida mais forte no meu pescoço, me fazendo assim gemer junto com ele.


Essa foi a gota que me fez perder o resto da razão que ainda me restava.


O beijei urgentemente e ele me retribuiu no mesmo desespero, a intensidade das minhas emoções estavam fazendo minha cabeça girar, fui empurrando o corpo dele com o meu até que caímos deitados na cama, o impacto fez com que o beijo fosse interrompido e um som molhado ecoasse pelo quarto.


Sentei em cima do quadril dele e rebolei bem naquela área sensível lentamente para provocar, tive o prazer de vê-lo prender o lábio inferior entre os dentes enquanto fechava os olhos com força. Invadi a camisa dele e arranhei aquele abdômen perfeito, não consegui conter e tirei aquela peça que estava me atrapalhando de ter a melhor visão de todas.


Minha respiração ficou audível como se eu tivesse corrido uma maratona, a visão de Jungkook sem camisa em cima na cama, com os cabelos bagunçados, os lábios vermelhos por prender entre os dentes, a respiração acelerada, me senti quente.


Quente como o inferno.


Ele abriu os olhos, me encarando sério. Tão sério que senti um arrepio passar por todo o meu corpo, o sorriso que ele me deu em seguida foi o que mais me deixou paralisado. O sorriso mais malicioso que eu já pude presenciar, um sorriso que eu não imaginaria que sairia daquele garoto supostamente tímido.


Sexy era eufemismo para o pecado que Jungkook estava agora.


Ele segurou minhas coxas e apertou com força me fazendo arfar, me puxou para um beijo lento, molhado, delicioso.


Sentia a ereção dele e isso estava me deixando louco, rebolava em um ritmo que eu já não conseguia controlar.


O meu cantor de sofrência estava uma bagunça de gemidos, ele ora cravava as unhas na minha cintura ora agarrava o lençol e deixava a cama mais bagunçada do que já estava. Sua boca veio diretamente na minha, com sede dos meus lábios, tão desesperado quanto eu. Ele se aproveitou de minha distração e trocou as nossas posições, me deixando por baixo agora. Eu não podia me importar menos.


O Jeon literalmente rasgou a minha camisa e jogou no chão do quarto, desabotoou a minha calça com pressa e tirou ela do meu corpo juntamente da minha cueca. Era injusto que eu fosse o único nu, já que ele continuava de calças, então deixei ele completamente nu o mais rápido que pude. Ele me encarava com tanta intensidade que eu poderia ficar envergonhado se fosse qualquer outro momento, mas não agora que eu também o comia com os olhos.


— Você disse que quer gritar e eu vou te fazer gritar o meu nome hoje, Kim. Você já me provocou demais.


Jungkook chupou o meu pescoço com toda vontade, eu automaticamente me encolhi e segurei um gemido teimoso que cismava em deixar a minha boca. O meu cantor se ajeitou para ficar entre as minhas pernas e passou a se mover lentamente, esfregando o membro dele contra o meu, estávamos molhados pelo pré-gozo, estava tão bom, tão delirante.


Passei a arranhar a costa bem definida dele, sem pensar se arranhava com força, podia escutar os gemidos dele se misturando aos meus próprios.


— Não se contenha hoje, amor. — Jungkook recitou a mesma frase que eu disse minutos antes, ele tinha um sorriso debochado no rosto, me fez ter vontade de beijar e bater nele.


Fiz os dois, puxei ele para um beijo enquanto dei um tapa forte na coxa branquinha e definida dele, senti nossas bocas vibrando conforme nossos gemidos eram soltos durante o ósculo.


De repente, ele parou com o movimento de vai e vem. Me fez olhar pra ele com uma provável cara de raiva porque ele riu e me deu um selinho molhado antes de fazer uma trilha de beijos, mordidas e chupões até o meu mamilo.


Senti aquela língua quente e delirante fazendo um ótimo trabalho, ele segurou meu mamilo com os dentes e arrastou até que ele saísse de sua boca, meu gemido foi alto. O meu cantor fez o mesmo com o outro e logo voltou a fazer a mesma trilha, deixando um chupão forte na minha barriga, sorrindo a cada gemido involuntário que me escapava, safado.


Jungkook encarou o meu membro com um olhar cheio de desejo, me apoiei nos cotovelos para vê-lo trabalhar em mim. Ele começou a me masturbar lentamente, minha cabeça pendeu para trás e fiz como ele pediu, não conti os gemidos.


— Tão duro, Tae. — Ele olhou para mim ainda mexendo a mão para cima e para baixo. — Será ótimo ter você dentro de mim depois.


Essa última frase me fez quase ter um ataque cardíaco, eu me sentia em brasa, gotas de suor descendo pelo meu pescoço, meu membro dolorido e aquela sensação indescritível aflorando dentro de mim.


— Jungkook... Por favor... — Eu queria que ele entendesse, eu não iria aguentar por mais tanto tempo, eu precisava dele ali e agora.


Ele pareceu entender o recado, pois tratou de descer mais ainda com beijos pelo meu membro, me fez delirar, mas ele não o abocanhou.


O meu cantor desceu ainda mais e passou a lamber a minha entrada, deixando babado. Ainda não satisfeito, ele meteu a língua dentro de mim, depois tirou e eu senti um dedo entrando devagar dentro de mim.


Meus olhos reviraram, minha costa arqueou e minhas mãos procuraram por algo para agarrar, o que acabou sendo o lançou já amarrotado.


Ele parou e subiu até estar com a cabeça na mesma altura que a minha novamente, me deu um beijinho na bochecha e depois um beijo de verdade, ardente, urgente.


Senti o membro dele na minha entrada, eu entendi o que ele iria fazer, me senti ansioso. Ele foi me penetrando lentamente, pouco a pouco me preenchendo como eu queria por todo aquele tempo. Meu corpo estremeceu, me agarrei a ele com toda a minha força, eu queria gritar pelo prazer e pela dor que aquilo estava me causando, minha reação foi deixar uma mordida forte no ombro do meu cantor. Ouvi ele gemer de dor, larguei o ombro dele quando já estava mais acostumado e rebolei em sinal que estava tudo bem.


Jungkook começou a se mexer, um vai e vem lento, delicioso, frenético e ritmado.


Meus gemidos estavam altos, temia ter acordado os vizinhos, meus olhos já não conseguiam ficar abertos e os gemidos dele me fazia ter espasmos, eu me senti mole quando ele aumentou a velocidade e a força, estava tão bom que eu só conseguia pensar que morreria quando finalmente aquela bomba dentro de mim explodisse.


O corpo dele ardia sobre o meu, o rosto que eu tanto queria ver estava escondido no meu pescoço, ouvia os gemidos no pé do meu ouvido, ora roucos ora mais agudos que os meus, estávamos uma bagunça.


O quarto cheirava a sexo, sentia o suor entre os nossos corpos, ouvia o barulho do corpo dele batendo no meu e sentia o impacto, sentia sua extensão saindo e entrando em mim, forte, rápido, a cama batia na parede e o cabelo dele grudava no meu pescoço. Eu podia sentir também pouco sangue saindo dos arranhões agora vermelhos vivos em sua costa.


Quando estava prestes a explodir, Jungkook tirou o rosto do meu pescoço e me encarou com aqueles olhos escuros e profundos, ainda fazendo os mesmos movimentos, aumentou a velocidade ainda mais, sentia o meu corpo indo e voltando com o impacto daquilo tudo. Ele apertou forte a minha cintura e gemeu mais alto, estávamos tão perto...


Um espasmo louco fez com que eu tremesse violentamente, minha costa se arqueou novamente naquela noite, minha visão ficou turva, prendi minha respiração e praticamente gritei quando cheguei ao clímax, jorrando gozo entre os nossos corpos e sujando nossos abdomens. Jungkook arfou alto, ele ainda se movimentava dentro de mim, até que ele também atingiu o ápice, tremeu forte em cima de mim, eu o segurei porque ele parecia que cairia. Ele gemeu baixinho antes de se deixar cair por cima de mim.


Ficamos ali, quase desmaiados, com a respiração acelerada como nunca esteve, a boca seca e os corpos sujos de gozo e suor, as marcas vermelhas e roxas visíveis nos dois corpos, os cabelos bagunçados e grudados na testa. Um completo look pós-sexo.


Ele me encarou e respirou fundo antes de dizer algo baixinho, mas eu consegui ouvir.


— Você é lindo toda hora, mas é mais lindo ainda quando está gozando.


Me senti envergonhado, o que era idiota se comparando que acabei de ter a transa mais intensa e significativa da minha vida. Mesmo assim, foi impossível não desviar o olhar e sorrir.


— Ei, Taehyung.


— Hum?


— Eu te amo.


Fiquei sem palavras, meus olhos estavam arregalados e minha boca aberta, enquanto ele tinha o sorriso mais lindo de todos naquele rostinho fofo de quem não parecia ter me acabado daquela forma.


Meus olhos lacrimejaram e me vi chorando como um bobocão, por que ele tinha que ser tão perfeito?


— Eu também te amo, Jungkook.


O puxei para um abraço e depois o beijei, calmamente e com todo o amor que eu sabia que sentia por ele, era um beijo inocente, carinhoso e apaixonado, sentia o amor que ele também queria transmitir e isso me fez chorar durante, deixando o beijo salgado.


Ele sorriu, se afastou um pouco e me deu um selinho molhado antes de me puxar para o mais perto possível, me abraçando protetoramente.


Eu nunca dormi tão bem quando naquela noite.



FLASHBACK OF


— Taehyung?


Meu corpo estava quente, droga, eu tinha que lembrar de cada detalhe disso justo agora?


Olhei para o meu namorado e percebi que ele me olhava confuso, talvez seja porque eu estava arranhando a nuca dele.


— Sobre o que está pensando, amo?


Pensei sobre o que responderia, achei a melhor resposta.


— Que eu te quero muito.


Ele me olhou surpreso e mordeu o lábio inferior, era um sinal de que ele também me queria ali e agora.


— Agora?


— Agora.


Não esperei mais nada, o agarrei ali mesmo e o senti me guiando até o meu quarto, a noite tinha acabado de começar.


Notas Finais


Eu sei que a formatação não tá legal, é que o meu celular deu um leve tilti, né. Foda.


O que acharam?


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