Cumprimentei Mikoto com a cara mais sonsa do mundo, depois que o filho dela quase me deixou assada. Ela foi simpática comigo, acho que não nos ouviu transando… ou ouviu… ou minha cara tá entregando tudo, porque não dá pra manter a naturalidade numa situação dessas.
— Vocês chegaram bem na hora. — Mikoto falou satisfeita. — O bolo saiu agora do forno. Formigueiro, gosta?
Nunca mais eu nego comida por educação, então foda-se a minha calcinha. No caso, a ausência dela.
— Vou aceitar. — Falei com um sorriso meigo, nem parece que eu estava dando feito cadela no cio.
Me servi com o bolo, mas Sasuke pareceu ter dado menos importância pra isso. Talvez ele esperasse outra coisa que não fosse bolo, mas eu fiquei contente, porque amo doces.
— Senta, querida. — Mikoto faltou puxar a cadeira para eu sentar, e é claro que fiquei morta de vergonha de recusar, né? E no fundo eu fico lembrando o quanto fui tapada de ter vindo pra cá sem calcinha, afinal, Sasuke é meu "namorado" e agora eu tenho uma "sogra", então é claro que meu hábito de transar e voltar pra casa seria deixado de lado.
Agora estou aqui, comendo bolo com minha "sogra", ela toda boba comigo, e eu sem calcinha depois de ter fodido até o talo com o filho dela feat. plug anal. Mas é claro que não me arrependo, foi uma das melhores experiências sexuais que eu tive, e nesse momento me pergunto por que não comprei um brinquedinho daquele antes. Só me arrependo mesmo de ter vindo sem calcinha.
Me sentei enquanto me martirizava até o último fio de cabelo.
Por que caralhinhos voadores eu saí de casa sem calcinha, Senhor? Eu devo ser menos racional que a Nala!
— Obrigada. — Sorri amarelo, tentando focar mais no bolo do que na Mikoto, pra ela não perceber que estou sem graça.
Pelo menos não dá pra ninguém ver nada por baixo da mesa, né? Quero dizer, espero que não dê, porque a mesa é de vidro… E, pra variar, minha sogra sentou de frente para mim.
Para o mundo, que eu quero descer!
— Então, como está a faculdade? — Mikoto perguntou.
Rezando pra não reprovar em Física, usando e abusando do Sasuke por conta disso.
— Tudo bem, na medida do possível. — Respondi.
E a medida do possível anda sendo uma medida bem pequena, vale ressaltar. Mas sigo viva por esse semestre.
— Que bom… Você é do mesmo curso que o Sasuke, não é mesmo? — Perguntou simpática.
— Sim, mas não do mesmo período.
— Sou veterano dela. — Sasuke brincou, piscando um olho para mim.
— Ah, então você é mais nova que ele? — Mikoto perguntou interessada.
— Sim. — Assenti. — Mas não se preocupe, eu não sou menor de idade. — Que merda foi essa que eu falei? Puta que pariu, hein!
— Não pensei isso. — Mikoto riu e eu quis enfiar minha cabeça em algum buraco.
— Não sou nem louco. — Sasuke respondeu.
— Acho bom. — Mikoto estreitou os olhos na direção de Sasuke, mas depois riu. — Ah, já acabou? — Ela fitou meu prato vazio, então imediatamente cortou outra fatia de bolo. — Come mais.
Isso é ter uma sogra? Gostei… Acho que vou continuar com Sasuke só pela Mikoto.
Eu não iria comer mais, mas já que ela insiste. Já falei que não vou mais recusar comida por educação.
— Obrigada. — Agradeci toda feliz.
Eu estava toda agoniada por estar sem calcinha, mas no fim das contas agradeci por não ter ido embora sem passar pela cozinha. Porque além de ter comido um bolo maravilhoso, Mikoto ainda colocou duas fatias num pote pra eu levar pra casa… Eu posso com essa mulher, gente? Vou pedir pra ela me adotar e virar irmã do Sasuke, porque tá compensando.
E Sasuke, claro, acabou me acompanhando. Ele se ofereceu pra me levar de moto, mas é evidente que eu, sem calcinha, jamais iria me arreganhar todinha pra subir na moto, né? Ainda me resta um pouco de senso e de vergonha na cara. Por esse motivo, fomos andando mesmo.
— Eu acho que vou te trocar por sua mãe. — Comentei divertida enquanto Sasuke e eu caminhávamos lado a lado.
Sasuke riu e revirou os olhos.
— Só porque ela colocou bolo num pote pra você? Você se vende muito fácil. — Brincou.
— Quantos bolos no pote você já me deu? — Confrontei, o que fez Sasuke rir.
— Nossa, é assim? Você se vende por comida?
— Depende da comida. — Falei divertida.
— Você é mesmo uma figura. — Sasuke riu, balançando a cabeça em negativo.
Finalmente chegamos em minha casa. Antes que eu pudesse abrir o portão e ser carinhosamente recebida pelo Marlon, me virei para Sasuke e perguntei:
— Quer entrar?
Ele negou com a cabeça.
— Tenho coisa pra fazer… O final do semestre tá bem aí, e agora os alunos se lembram que existe um monitor. — Revirou os olhos. — É cansativo pra cacete.
— Nossa, imagino… Ainda bem que eu te achei antes, então.
— É, ainda bem. — Riu. — Então, tchau.
— Tchau.
Antes que eu me desse conta, Sasuke chegou ainda mais perto de mim e me beijou nos lábios. Me senti quase flutuando, aquela sensação idiota que se faz presente única e exclusivamente porque eu estou apaixonada… me sinto num filme clichê, mas é isso. Paguei minha língua.
E como se já não bastasse o beijão que esse desgraçado me deu, ele ainda se despediu com um selinho super delicado… sim, porque tudo na vida é questão de equilíbrio, mas pelo visto a única que não está equilibrada sou eu, porque sinto que tô perdendo a cabeça.
"Nunca vou me apaixonar", eu dizia… Ah, boca maldita!
Assim que Sasuke foi embora, abri o portão e fui recebida pelo Marlon. Claro, isso não é novidade pra ninguém. Quando entrei e fechei o portão, dei uma atençãozinha pro meu bebê, porque ele merece.
— Quem é a coisa mais linda de mamãe, quem é? — Perguntei com a voz infantil e o bebezão se deitou de barriga pra cima, todo feliz e abanando o rabo, aguardando um carinho.
É muito fofo, gente! Como há quem chame essa criatura mais linda de monstro? O problema nunca foi a raça, o problema é o tutor… O monstro de verdade é o ser humano.
Depois de brincar um pouco com meu filho de quatro patas, segui para a cozinha e coloquei o pote sobre a bancada, e por incrível que pareça meu irmão meio que brotou do nada, como se tivesse sentido que eu trouxe algo pra comer.
Ah, Sasori que nem sonhe em colocar as mãos nesse bolo.
— O que é isso? — Lá vem o curioso, mas dei um tapa na mão dele quando ele fez menção de abrir o pote.
— É meu, tira a mão. — Briguei.
— Porra, maninha, que egoísmo. — Dramatizou.
Mereço?
— Meia fatia. — Falei pausadamente. — Te dou o privilégio de saborear meia fatia. Nada além disso, e eu tô de olho.
— É bolo, é? — Ele abriu o pote, quase babando. — Putz, bolo formigueiro, eu amo!
— Que milagre você gostar de alguma coisa, porque é todo fresco! — Bufei. — Mas não é pra comer muito.
— Quem te deu esse bolo? — O intrometido já foi logo pegar uma faca para cortar o pedaço de sua fatia.
— Minha sogra. — Provoquei. — Arruma uma pra você, pra te dar comida. Ah, esqueci que você não come.
— Nossa, você é tão desagradável. — Sasori resmungou e posicionou a faca na fatia de bolo para cortá-la, mas é claro que isso não passou despercebido por mim.
— Opa, calma lá! — Alertei. — Eu falei que te daria o privilégio de comer meia fatia, você tá pegando mais da metade.
— Tá no meio. — Insistiu. — É metade.
— É um terço. — Teimei. — Se cortar aí, você vai pegar o pedaço menor.
— É pecado negar comida, sabia?
— Você não sabe o que eu passei por esse bolo.
— Não interessa, ué. É pecado negar comida, ainda mais pro seu irmão.
— É pra cortar no meio, Sasori, nem um milímetro a mais. — Falei pausadamente e em tom ameaçador. — E se reclamar, eu pego uma régua pra medir o bolo!
— Sakura, eu sou seu irmão… — Lá vem o drama.
— Corta logo esse bolo, Sasori, e some da minha frente. — Virei as costas, porque não quero nem ver o que ele vai fazer nesse bolo. Dependendo do tamanho do pedaço que meu irmão cortar, eu digo que sou capaz de uma atrocidade.
Sasori pegou o bolo e saiu correndo feito um foguete, de tão rápido. Quando eu me virei novamente e vi que ele não cortou o bolo exatamente ao meio, e que ainda por cima teve a audácia de pegar o pedaço maior, eu senti meu sangue ferver.
Ah, ele me paga… Com certeza me paga. Nem perde por esperar, essa praga!
Irmão é um bicho bem engraçado, né? Tipo, eu daria meu sangue pro Sasori, mas não divido uma fatia de bolo.
Pois é, vai entender…
[...]
O bolo que minha sogra fez foi meu café da manhã, antes de eu ir pra aula. Pelo menos Sasori não o encontrou depois, e nem tocamos mais nesse assunto… mas meu irmão me paga, é isso que importa.
Eu falo essas coisas, e quem vê até pensa que eu guardo rancor.
Não encontrei com Sasuke ou com Naruto quando cheguei na faculdade, fui direto pra sala de aula e sentei ao lado de Ino. Minha amiga tá com uma cara de ressaca…
— Conta, Ino. — Sentei em minha carteira já colocando minha amiga contra a parede.
— Nossa, Sakura, bom dia pra você também. — Reclamou, revirando os olhos em seguida.
Soltei um riso anasalado.
— E essas olheiras aí?
— Ah, não posso arrancar… E não estava a fim de passar maquiagem pra vir à faculdade, eu tenho mais o que fazer.
"Mais o que fazer", sinônimo de: Ter dez minutos a mais de sono. Entendo, sei como é, inclusive não julgo.
— Das duas, uma… — Analisei. — Ou você virou a noite estudando, ou estava dando. E eu, como sua amiga, uma pessoa que te conhece bem, posso dizer que você estava dando.
— Que isso, Sakura? — Ino começou a rir de uma forma suspeita, então estreitei os olhos.
— Tava dando, né, safada? — Respondi orgulhosa. — Deu ontem!
— Dá pra falar baixo?
Eu não estou falando alto, ela que é dramática demais.
— Ninguém tá prestando atenção na nossa conversa, amiga, relaxa.
— Tá, mas não precisa falar que eu estava dando ontem. — Bufou.
— Foda-se, eu também tava. — Dei de ombros. — A diferença é que eu dormi durante a noite. — Ri. — Amiga, durante a semana, faz essas coisas à luz do dia.
— Você é tão engraçada. — Revirou os olhos. — Era o horário que eu tinha disponível, o que eu posso fazer? Eu sou a pessoa trouxa o suficiente pra sair da minha casa de madrugada, pegar um Uber e ir pra puta que pariu, só pra transar.
— Faz parte, né? — Falei rindo. — Pelo menos o meu mora perto da minha casa, e às vezes ainda me dá carona. — Me gabei, o que fez a Ino rir.
— Tá fazendo propaganda do gato, é?
— Ah, não sou ciumenta. — Falei divertida. — Quem sabe a gente não abra o relacionamento?
— Tá falando sério? — Ino me encarou com uma expressão de tédio. — Já vi relacionamento que começou aberto e terminou sério, mas nunca o contrário.
Bem, como ela está falando de relacionamentos reais, não vem ao caso.
— Tanto faz… — Olhei na direção da porta da sala de aula quando a ouvi ser aberta, podendo ver o professor entrando. — Bem… Vamos prestar atenção na aula agora, morreu o assunto.
A aula passou voando, pra minha sorte. O semestre está no final, eu já passei em algumas disciplinas por nota, então acaba que fica meio chato ficar vendo aula, principalmente porque as últimas costumam ser aulas de revisão para as provas que estão chegando.
Sentei junto com Naruto e Ino perto da cantina quando saímos na hora do intervalo. Olhei ao redor sutilmente para ver se encontrava o Sasuke, mas não. Pode ser que o intervalo da turma dele tenha sido mais cedo, ou será mais tarde.
— Parece que tá todo mundo morto hoje… — Ino comentou rindo após alguns minutos de silêncio entre nós três, até porque o Naruto é outro que parece estar cansado.
— Fale por você, porque eu dormi feito um bebê… — Respondi, forçando uma voz doce e meiga. — Vamos ver se a gente chega à mesma conclusão… Migo, você andou trepando ontem, né?
— Nossa, que direta. — Naruto riu. — Por um milagre, né? Acredita que eu esqueci de tirar o Morpheus do quarto?
— Naruto, aquele galo fica no seu quarto? — Perguntei um tanto indignada, e meu amigo pareceu mais indignado ainda.
— Claro que fica, é meu filho. — Ok, ele meio que se ofendeu. — Mas imagina você estar começando o serviço e um galo pular nas suas costas.
— Geralmente se coloca o pet pra fora do quarto antes de começar com as preliminares. — Ino riu.
Colocar o pet pra fora do quarto faz parte das preliminares, ora! É a preliminar da preliminar.
— Exceto se esse pet for uma Corn Snake chamada Janis Joplin. — Lamentei. — Enfim, pelo menos ela não atrapalha.
— Você foi dar ontem, foi? — A falta sutileza do Naruto às vezes surpreende, isso porque ele dificilmente consegue falar baixo.
— Ah, com certeza, a melhor tarde da minha vida. — Mandei um beijinho no ar pra ele. — Por isso que eu fui dormir feliz, e agora tô descansada e sem olheiras.
— Olha aqui, nem todo mundo transa na hora que quer. — Ino protestou. — Isso é muita falta de empatia, sabia?
— Ah, agora eu tenho que ter empatia pela hora que você transa? — Retruquei. — Eu mandei você sair de casa de madrugada pra dar?
— Um assunto bem saudável pra se debater às dez da manhã… — Naruto observou.
Senti meu celular vibrar, peguei o aparelho no bolso e vi uma mensagem de Sasuke no WhatsApp.
"Me encontra na sala de monitoria quando sua aula acabar".
Vou confessar que minha espinha gelou com essa mensagem. E não gelou pouco, não.
— Que cara de espanto é essa? — Ino perguntou para mim.
— Sasuke quer me encontrar na sala de monitoria. — Respondi um tanto confusa.
Mandei um "ok" para Sasuke e bloqueei a tela do celular.
— Olha que legal, é o universo te dando a oportunidade de dar uma rapidinha em cima da mesa da monitoria. — O Naruto vem com cada ideia… bem, não seria má ideia.
— Deve ter câmera lá. — Respondi.
— Sério que você considerou? — Ino pareceu um tanto chocada.
— Ah, é um fetiche que muita gente tem. — Dei de ombros. — Transar num lugar inusitado, por vezes correndo o risco de um flagra.
Não sei até que ponto seria excitante ou o completo oposto disso.
— Na mesa deve ser bem desconfortável. — Observou a loira.
Será que pode ser mais desconfortável do que o chão daquela bendita sacada? Nunca vou me esquecer disso, até porque o chão me fodeu mais do que o Sasuke.
— É não. — Lá veio o Naruto com a resposta. — Só se certifica de que a mesa não é de vidro. Conheço um casal de azarados que deixou o clima esquentar justo em cima de uma mesa de vidro, e o resultado vocês já sabem.
— A mesa quebrou com eles em cima? — Perguntei assustada.
Ao menos essas mesas são feitas com vidro temperado, então creio que não tenha acontecido nada de mais grave, apenas umas escoriações ou coisa parecida. E eu realmente não sei dizer se isso foi muito azar ou muita burrice.
— Pois é. — Naruto assentiu, rindo. — Imagina alguém ter que explicar num hospital o motivo de estar fazendo curativos, e os machucados causados por uma mesa quebrada.
— Não quero imaginar. — Comecei a rir, mas com empatia, afinal, poderia ser eu numa situação dessas… mesmo eu tendo certeza de que jamais seria desatenta a ponto de tentar transar numa mesa de vidro.
— Enfim, não é da minha conta, mas eu quero saber… — Lá vem o Naruto. — O que o Sasuke quer?
— Ele não falou. — Suspirei. — Tô tão curiosa quanto você.
— Ah, pois depois você fala. — Disse Ino. — Odeio fofoca pela metade.
— Eu também. — Naruto completou.
Dois fofoqueiros, mas eu posso julgar eles? Não.
A mensagem do Sasuke me deixou intrigada pelo resto das aulas. Eu odeio quando alguém diz que precisa conversar comigo, mas não diz a pauta da conversa, e aí eu fico imaginando um milhão de coisas possíveis e meu nervosismo aflora.
Sasuke não poderia ter me dito isso mais tarde? Argh, que ódio!
Fiquei contando os segundos para a aula acabar, e comemorei internamente quando acabou. Não disfarcei o quanto estava agoniada para sair logo, acho que os outros alunos até se espantaram, mas eu realmente não dou importância ao que eles pensam.
Segui a passos apressados para a sala de monitoria, onde mal bati na porta e já fui entrando. Dei de cara com Sasuke totalmente concentrado, mexendo em seu notebook.
Me aproximei devagar… Ele parece tão sério, mas na verdade acho que está só concentrado mesmo. Deve ter muita coisa pra fazer.
Me sentei na cadeira que fica de frente para a mesa dele, tentei suspirar sem fazer barulho e esperei que ele me dissesse primeiro o que quer, sem que eu tenha que perguntar.
Ele digitou alguma coisa, ergueu os olhos para mim e depois voltou sua concentração novamente para a tela do notebook.
Relaxei os ombros.
Ok, basicamente Sasuke quis dizer que sabe que estou aqui e já vai falar comigo.
Ele não demorou mais que dois minutos, então finalmente me encarou e sorriu simpático.
— Desculpa pela demora. — Ele falou um tanto sem jeito, mas eu tentei mostrar tranquilidade ao invés de euforia e ansiedade.
— Tudo bem, eu sei que você tem seus afazeres.
Agora poderia me falar logo o que quer, né? Eu não gosto de ficar esperando.
— Tudo bem, vou direto ao assunto. E a notícia é boa.
Tudo bem, me animei aqui. Até coloquei um sorriso largo no rosto.
— Ai, sério? — Perguntei empolgada.
— Ah, antes disso, tenho algo pra você. — Sasuke sorriu de canto e tirou de sua mochila um bolo de pote com uma colher descartável, o que me pegou de surpresa. — Não vou te perder pra minha mãe por causa de um bolo. — Brincou. — Vou alimentar você também.
Amo pessoas que me alimentam, tenho vontade de guardar num potinho e proteger para sempre de todos os males do mundo; mas nesse momento o pote que me interessa é o que tem bolo.
— Ah, você sabe bem como me ganhar. — Falei empolgada. — Ai, Ninho com Nutella, eu simplesmente amo!
— Ah, acertei em cheio! — Sasuke pareceu orgulhoso de si mesmo por esse feito.
Se ele continuar me alimentando assim, acho difícil eu querer largá-lo… mas convenhamos que não seria só pelo bolo, mas sim porque estou apaixonada. O fato de ele me alimentar só contribui pra eu ficar ainda mais boiolinha.
Como agora ou deixo pra mais tarde? Ah, acho que vou guardar e comer após o almoço.
— Tá, agora diz o que você tem pra dizer, porque eu tô agoniada desde a hora do intervalo.
Sasuke riu discretamente enquanto tirava o óculos de grau do rosto, colocando-o sobre a mesa, ao lado de seu notebook.
Poxa, eu babo nele de óculos, é triste quando o tira.
Sakura, para com isso, o rapaz só quer enxergar, óculos de grau não é acessório de moda!
Sasuke suspirou pesadamente e ficou mais sério, o que me preocupou. Não entendi essa seriedade, uma vez que Sasuke há pouco afirmou que o que ele tem para me dizer é bom.
— Eu poderia me aproveitar até o último dia, mas não sou assim… — Ai, socorro, do que ele tá falando? — Sakura, você tá indo muito bem na disciplina, eu estava olhando isso. Todos os testes, as listas de exercícios, os pontos extras… Você já está praticamente passada em Física.
Sabe quando você sente um peso ser tirado de seus ombros? Essa sou eu nesse exato momento.
— Ai, que alívio! — Levei uma mão ao peito e sorri feliz. — Mas, defina "praticamente".
— Você precisa de pouco. Tipo, dois pontos… Então, Sakura, já pode considerar que você passou. Com certeza vai tirar bem mais que dois pontos na prova final e passar com folga.
Eu choraria de emoção, sério, porque só eu sei o perrengue que passei com essa maldita disciplina… Bem, eu diria que o Sasuke também sabe.
— Isso é bom demais pra ser verdade! — Comemorei. — Nem parece que eu tô ouvindo isso. Muito obrigada, eu estou muito feliz.
— Então… É isso. — Sasuke sorriu desconcertado, notei que algo o está incomodando.
— O que foi, Sasuke? — Perguntei preocupada.
— Como é que a gente fica agora?
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