Entrada número ???
Sejam bem-vindes ao evento X. Essa é uma história de fantasia, drama, ação, comédia, tragédia e de tudo um pouco. Apenas para entreter vocês (os leitores) que estão participando desse meu pequeno experimento.
Essa história realmente te agradará? Só o tempo pode dizer. De qualquer forma, se você clicou aqui, é por que está interessade nesse meu projeto. Que bom que resolveu ficar para testemunhar a criação de algo excelente, realmente excelente.
Esta será uma experiência muito…
Muito… Interessante.
��︎☜︎ ��︎✋︎✞︎✋︎☼︎❄︎✌︎ (Se divirta) – Ass: ????????? (Usuário não encontrado).
[...]
Cross se encontrava em um cômodo escuro na casa de Core Frisk na Omega Timeline. Como era um quarto de hóspedes simples, não havia tanta coisa que pudesse se destacar naquele ambiente. Não era realmente algo que alguém fosse bater o olho e instantaneamente iria falar: "Ah, esse é o quarto do Cross". Era apenas um lugar da casa que não tinha muita personalidade.
As cortinas estavam fechadas, a luz da lua refletia um pouco entre as pequenas frestas, sendo a única fonte de iluminação no quarto todo.
O Ex-Sentinela da guarda real se revirara várias vezes na cama, sentindo dificuldades para encontrar a posição perfeita para dormir. Milhares de pensamentos surgiam em sua mente, impedindo-o de cair completamente no sono.
— Merda… — Cross murmura irritado, o mesmo enterra seu rosto no travesseiro para abafar seu grunhido de frustração. Por quanto tempo já estava tentando dormir, umas duas ou três horas? Já havia perdido a conta.
Mesmo que se pudesse dormir, ele ainda hesitaria um pouco em fazê-lo. Afinal, ele tinha quase ou melhor– Plena certeza de que um certo polvo-de-petróleo idiota ou aquele sonhador bobinho tentariam invadir seus sonhos. E Provavelmente, ambos os irmãos discutiriam como se não houvesse manhã. Não estava com saco para tentar separar uma possível briga, na verdade, ele só queria evitar confusão por enquanto. Já não bastavam os problemas que ele tinha arranjado graças à Chara.
Ao pensar no pequeno humano de pele pálida, ele levou sua mão institivamente até a boca e mordeu a superfície em um ato de ansiedade. Chara havia traído ele e tomado controle de seu corpo por um breve período. Agora, ele estava com X-Gaster, sendo controlado junto dos outros. Aquilo o assustava, será que a criança estava bem? É claro, os dois tiveram suas desavenças no passado e quando o encontrasse, não hesitaria em chutar sua bunda por ter feito tudo aquilo em Underswap por suas costas, mas ele ainda se preocupava pelo mesmo. Durante seu tempo juntos, eles desenvolveram um vínculo de irmandade profundo. Chara era o único que esteve lá pra ele quando o mesmo estava sem esperanças de ter seu universo alternativo restaurado. Pela sua natureza como um Sans, ele provavelmente teria desistido e se rendido à depressão se não tivesse aquele apoio, naquele momento.
É claro, ele teria Ink muito depois, mas Cross duvidava que sequer estaria vivo até o pintor chegar.
Cross deixa um longo suspiro cansado sair de seus pulmões. Seria bom se o único problema atual fosse apenas Chara. Ele ainda tinha um outro problema pendente: Nightmare e Killer.
O Último encontro com os dois esqueletos foi péssimo. Nightmare não estava muito contente com os resultados de UnderSwap, já que o plano de Chara não havia acabado muito bem. Isso fez com que a responsabilidade caísse toda no colo de Cross. Assim que ele despertou de sua prisão mental, o rei queria levá-lo consigo e obviamente, Dream, quem estava por perto, não havia permitido que isso acontecesse e isso acabou em uma luta que não terminou de forma agradável para seu ex-patrão.
Mesmo assim, uma hora ele viria atrás dele e ele sabia disso. Era apenas questão de tempo. Nightmare já teria deixado claro que, com aquele contrato, Cross passaria a ser seu peão ou seja, um dos membros oficiais do grupo Bad Guys. Era um contrato que seria bem difícil de escapar com tanta facilidade. Killer, Dust, Horror, Red ou até mesmo o próprio Nightmare viriam atrás dele. A Possibilidade já o deixava cansado mentalmente. Como foi se envolver nessa confusão? Ele só queria reconstruir seu universo.
Bem, ele não diria que tudo foi em vão. Seus amigos estavam de volta, mas todos estavam sobre o controle de Gaster, servindo e obedecendo apenas à ele. Se o contrariassem, o cientista não pensaria em utilizar o botão de reescrever duas vezes. Aquela coisa poderia resetar qualquer um em um passe de mágica. Afinal, ele era o criador daquele universo e ele mesmo ditava as regras. Um verdadeiro ditador maligno.
Tentaram avisá-lo sobre as más ações de Gaster naquele dia, o dia em que todos tentaram matá-lo naquele corredor do Castelo de Asgore, mas ele fora ignorante naquela época e o tentou proteger cegamente. Afinal, X-Gaster ainda era seu pai. Seu único pai. Tamanho fora seu choque quando até mesmo Papyrus tinha se voltado contra sua própria família.
Ele cometeu um erro e acabou com a vida de todos eles, só porque achava que poderia trazer tudo de volta quando absorvesse a alma do humano. Cross achava que poderia ter os mesmos poderes de Frisk e que ele poderia ser o novo comandante daquele universo.
Como ele estava enganado.
Frisk não tinha poder algum, X-Gaster é quem controlava tudo. Até mesmo ele tinha que abaixar a cabeça e ceder à sua vontade. Infelizmente, Cross só viu o monstro que seu pai era, quando foi tarde demais. Quando ele perdeu tudo e todos. Ele arruinou a única chance de seus amigos e seu irmão se libertarem das garras daquele vilão. Asriel, Toriel, Muffet, Asgore, Frisk, Papyrus, Undyne, Mettaton, Alphys e agora Chara... Todos eles, estavam presos novamente e tudo era sua culpa.
Não pôde evitar se sentir assim. Se ele não existisse, nada disso teria acontecido. Papyrus não merecia um irmão tão fraco quanto ele. Cross tentou engolir o choro, afinal, ele não queria atrair atenção indesejada de um certo rei dos sentimentos negativos. Ele funga, puxando a gola de sua camisa e deixando aquele sorriso característico de um Sans estampar sua face. Ele espremeu seus olhos em uma tentativa fracassada de tentar fazer aquelas lágrimas voltarem pra trás.
Se tinha uma coisa que ele e o clássico tinham em comum era a ação de tentar reprimir os sentimentos mais profundos.
Se ele fingisse que não se importa, ele não teria que lidar com isso, certo?
Seu toque fora até a região de seu rosto, ele começou a massagear o relevo de seu nariz como uma forma de tentar se acalmar. Não é hora de entrar em depressão Sans- Cross. Há muito pelo o que lutar, era o que seu amigo Core Frisk tentava dizer para animá-lo. Já fazia um tempo que estava morando de favor em sua casa na Ômega Timeline. Ele ficou encarando o teto.
— O que eu deveria fazer? — Questionara em voz alta, como se uma certa criança monocromática fosse responder com alguma piadinha ou outra. Sentia saudades dele, ele nunca admitira isso em voz alta. Chara poderia fazer piadinhas idiotas, comentários desnecessários e até mesmo ser um moleque encrenqueiro na maior parte do tempo... Mas ele era um bom amigo. Agora se sentia profundamente solitário sem sua companhia.
Ele começa a sentir um peso em sua alma, tudo era tão confuso e estressante. Já nem se conhecia mais, desde que assumiu essa identidade "Cross". Sabia que não era mais aquele mesmo esqueleto sorridente que fazia piadas em momentos inapropriados para aborrecer seu irmão mais novo. Não, ele havia mudado e sabia disso.
Será que Papyrus também havia mudado? Será que ele poderia perdoá-lo por tudo que fez?
Conforme o tempo foi passando, ele sentiu um pesar em seus olhos. Finalmente, ele se dera por vencido ao cansaço e então fora agraciado pelo abraço confortável do mundo dos sonhos.
[…]
O Esqueleto desperta novamente, mas ele não parecia estar no mesmo quarto ou na mesma cama.
Só de olhar um pouco ao redor, ele pôde perceber diferenças que estavam bem evidentes. O Papel de parede estava colorido em um tom de roxo escuro, diferente do característico tom de cinza do quarto de hóspedes da casa de Core. Aquele quarto estranhamente não possuía janelas, nem outros móveis. Só aquela cama e a porta.
Estando preso em seus próprios pensamentos, Cross nem havia notado a presença de uma outra figura que o encarava nas sombras. O som de alguma coisa pingando chamou instantaneamente a atenção do mais novo, fazendo com que ele virasse a cabeça em direção da coisa que o observava silenciosamente.
A Entidade se "desfez" no ar, uma poça de gosma preta tomou conta do assoalho, rastejando até o guardião quem ficou alarmado. Sem dúvidas, era Nightmare. O Esgrimista já se preparou para tentar puxar sua espada que ficava ao lado da cama, mas acabou percebendo que, como aquele era um sonho, ela não estaria ali ele não poderia utilizar sua magia para lutar. Estava sem saída.
Nightmare saiu da poça, retomando à sua forma original. Ele apontou seus tentáculos rapidamente em direção à Cross, fazendo este colocar as mãos à frente de seu corpo para tentar se defender do possível ataque. No entanto, tamanha fora sua surpresa quando o rei os envolveu de forma delicada ao redor de suas mãos. Aos poucos, o ex-guarda deixou de se colocar na defensiva, para encará-lo com uma expressão confusa em seu rosto.
O Esqueleto de aparência intimidadora fora o primeiro a falar, com seu tom de voz suave e rouco:
— Olá, subordinado. Já faz um tempo, não é mesmo? — Esboçou um sorriso, claramente estava se divertindo com a reação exagerada do rapaz monocromático.
— É, já faz um tempo. Nightmare. — Ele tenta se soltar do agarre do outro com delicadeza, este rapidamente o deixou livre ao perceber seu claro desconforto com o toque inesperado.
— Tenta não ficar muito "alegre" em me ver. Sabe, eu não quero que aquele insuportável do meu irmão apareça por aqui e se meta na nossa conversa. — Nightmare revira os olhos ao mencionar aquele idiota, claramente não se davam bem. Ele se senta na beirada da cama
— Não esquenta, eu não 'tô' tão feliz em te ver, na verdade. — O Rapaz relaxa um pouco na cama, fechando seus olhos para descansar um pouco. Sabia que viria muita conversa pela frente, principalmente depois de tudo o que aconteceu da última vez. Enquanto estava deitado, ele não pôde deixar de perceber que estava com um cobertor. Aquele cara se preocupou em deixá-lo confortável no mundo dos sonhos? Ele deixaria esse detalhe passar despercebido, não estava afim de arranjar uma possível briga com o mais velho por algo tão banal, mas não pôde evitar ficar surpreso com o gesto.
— Assim você machuca os meus sentimentos. — Disse em um tom de voz irônico e fez uma careta de desgosto. Ele coloca uma perna acima da outra e encarou o outro. O olhar fixo daquele ser obscuro poderia ser um pouco assustador, mas nada com que Cross já não estivesse acostumado. O Ex-Guardião continua a falar com descontentamento: — Você sabe por quê estou aqui, não sabe? Digamos que a última vez que nos encontramos não foi tão boa. Levar aquelas flechadas do Dream não foi exatamente o que eu esperava receber. Afinal, ele quis me impedir de tentar falar com o MEU empregado. Não me diga que você está do lado dele agora porque, se tu' estiver...
— Nah, eu não tô do lado de ninguém. — Moveu sua mão para cima e pra baixo de forma suave. Como se quisesse dizer para Nightmare não se preocupar com aquela possibilidade. — Aliás, o Killer tentou literalmente me matar ao seu comando, seu irmão estava apenas me defendendo, sabe? Eu ia morrer lá. — Sans abriu um de seus olhos e apontou de forma acusatória pra ele. Isso fez com que o outro fizesse uma cara de descontentamento:
— Não ouse apontar dedos pra mim como se eu estivesse errado, subordinado. Aquele moleque estúpido estragou todo o plano e colocou tudo à perder. Está certo que tomei decisões não muito boas, mas foi apenas o calor do momento e eu sabia que você não iria morrer. Afinal, eu não deixaria um peão tão importante simplesmente morrer dessa forma. — Ele desvia o olhar, se sentindo um tanto constrangido com aquela confissão estúpida. Não sabia o porquê de precisar de justificar para o esgrimista, ele nem precisava disso! No entanto, ele não pôde evitar querer fazê-lo. Acabou desviando o olhar e enfiando as mãos nos bolsos de sua jaqueta preta.
— Quanta consideração... — Apesar de dizer aquilo de forma irônica, ele não pôde evitar corar levemente. Por algum motivo, pensar na ideia de Nightmare não querer deixá-lo morrer mexia um pouco com seu coração. Não queria se sentir assim por ele, mas era inevitável.
O Rei pigarreia, tentando desviar seu foco daquele sentimento estranho de seu peito e começou a recobrar sua postura serena e calma: — Bem, o que importa é que eu não quero te matar. Isso te alivia, certo? Mas eu não vim aqui só pra discutir sobre nossa pequena desavença. Eu gostaria de saber um pouco mais sobre o quê caralhos é esse evento X que eu não tô' entendendo porra nenhuma. Sei que Ink tá metido nessa bagunça, então é melhor ir desembuchando...
O esqueleto com cicatriz suspirou, colocando a mão atrás da cabeça e abaixando o olhar. Não tinha mais como correr dessa conversa. É claro, ele poderia apenas escolher não contar nada, mas por algum motivo, ele sentiu necessidade de contar isso à alguém. Suas opções eram limitadas no momento. Não era exatamente próximo de Core, nem dos outros sobreviventes que habitavam na Ômega Timeline. Ele não se sentia exatamente confiante para desabafar com Dream, também. Só restava aquele que tinha o puxado pra encrenca desde o começo, Nightmare: — Se eu te contar, você para de encher o meu saco?
— Eu não vou prometer isso e você sabe. Afinal, eu adoro sua companhia, meu camarada. — Estava sendo sincero sobre isso, mas Cross pensou ser piada.
— Adora sim, eu também adoro a sua, "senpai". — Disse em um tom brincalhão, sabia que o outro detestava aquele apelido. Seu pensamento se provou real quando este fechou a cara:
— Não começa.
— Você quer ouvir a história ou não?
— É claro que sim, daqui você não sai sem me contar tudo, Crossy. — O Apelido fez com que as bochechas de Cross ficassem extremamente roxas.
— Ora, seu... Ugh, deixa eu só começar essa história logo antes que eu surte!
Continua...
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