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História O Irmão da minha Namorada - Nice To Meet You...Or Not


Escrita por: hi-aniki

Notas do Autor


Eu shippo Ban e Elaine e King e Diane sim, mas também shippo Ban e King, não me matem por isso. Se não gosta do casal, só saia, mas não venha brigar comigo depois TwT
Essa fic vai se passar no ponto de vista do Ban (apesar de não se escrita em primeira pessoa), e futuramente (quando tiver tempo), farei uma que vai se passar na visão do king (ou seja, a mesma fic só que passada do ponto de vista do King).
Não sou a favor e nem gosto de NTR (ou seja, traição), mas eu fiz uma exceção pra essa fic. Não traiam seus parceiros ou suas parceiras pessoinhas, traição não é algo bacana.
Essa fic também se passa em um universo alternativo, tipo nos dias de hoje.
Espero que gostem.

Capítulo 1 - Nice To Meet You...Or Not


 

 

Ban Fox, 23 anos, estudante de gastronomia na Universidade Liones, na cidade de Liones. O jovem adulto de 2,10 de altura, curtos e espetados cabelos prateados – ou um azul pálido, de olhos vermelhos e uma grande cicatriz no rosto e pescoço namorava á 7 meses com uma garota 10 anos mais velha, apesar de aparentar ser uma criança: Elaine King, de 33 anos, uma mulher baixa, de apenas 1,50 de altura, olhos dourados e curtos cabelos loiros lisos. A moça parecia ser uma criança, tanto pelas feições quanto pelo físico, de corpo pequeno e magro, pouco curvilíneo e voz infantil – graças á seu genes, diferente de seu namorado, de físico forte e musculoso, fora a grande diferença de altura entre ambos. Elaine era a diretora de uma divisão de uma grande empresa, a Fairy’s King Forest, uma empresa de preservamento ambiental, e Elaine era a diretora de uma divisão, que cuidava das águas de rios e lagos de florestas sob os cuidados da empresa, administrada por seu irmão mais velho.

Bem, duas pessoas complemente diferentes teriam uma probabilidade mínima de se encontrarem certo? Não no caso deles. Ban certa vez tentou roubar uns peixes que existiam em uma área cuidada por Elaine, e ela o pegou no flagra e o confrontou, entretanto, não o entregou á polícia, e apenas o “chutou” para fora. Mas o rapaz era teimoso e queria de todo jeito pegar pelo menos um peixe de lá, pois era um espécime de alta qualidade, e Ban era um homem bem ganancioso, mas Elaine viva o descobrindo e o expulsando. Até o momento em que ele passou á ir lá só para conversar com Elaine, e com o passar do tempo, eles começaram á namorar, pois haviam se apaixonado de verdade – Elaine deu um dos peixes á ele, que ficou muito feliz e o usou no curso; Ban também havia ficado surpreso que a mulher era 10 anos mais velha que si.

Os dois moravam um pouco longe um do outro, mas isso não os impedia de se verem com certa frequência, mas nunca arranjavam tempo para conhecer os familiares do outro. Até um dia em que Ban conseguiu um tempo livre da universidade e convidou Elaine para ir até sua casa conhecer seu pai e irmão adotivos, Zhivago e Selion. Zhivago tinha 65 e Selion 20, e eram ótimas pessoas. Ambos eram loiros e de olhos escuros, o pai tinha 1,81 – e ele sentia até vergonha em ter um filho bem mais alto que si – e seu filho biológico 1,75, e homens de personalidade muito amável e que foram super gentis com Elaine. A mulher ouviu do pai que ele adotou Ban quando o mesmo era um garotinho, que havia perdido os pais em um acidente, e desde então os três eram muito unidos e se amavam muito, e mesmo Ban sendo adotado, ele se sentia parte daquela família.

Elaine conhecia a família de seu namorado, mas ele não conhecia a da moça, até que surgiu a oportunidade. Ban sabia que os pais de Elaine haviam morrido á algum tempo e que agora ela tinha seu irmão mais velho como família, mas ele sabia pouco a respeito dele, apenas sabia que o mesmo era dono e diretor da empresa. Mas bem, se era irmão da Elaine, deveria ser um pouco parecido com ela, correto?

 

 

 

~*~*~*~

 

 

 

Era uma sexta feira de manhã, algo por volta das 9. Elaine estava esperando Ban na estação de trem, e enquanto ele não chegava, ela conversava com um amigo da empresa, Helbram, velho amigo seu e de seu irmão. Não demorou mais do que 10 minutos e Ban finalmente havia chegado, carregando uma mochila nas costas, já que ele iria passar o final de semana com Elaine e o irmão. No momento em que Ban saiu do vagão e os olhos dourados e vermelho se encontraram, ele foi em direção da baixa mulher, que guardou o celular e pulou em sua direção, sendo recebida com um gentil e firme abraço, sendo erguida do chão – mas ela adorava isso, se sentia alta.

- Desculpa pela demora Elaine. – Ban se desculpou com sua baixinha em um risinho, beijando sua bochecha e a colocando no chão em seguida.

- Tudo bem Ban, eu sei que não foi culpa sua. Mas enfim, vamos logo, quero que conheça meu irmão. – Ela disse sorrindo e segurando a mão do namorado e o puxava para a saída da estação. Quem visse a cena pensaria que Ban seria um pedófilo, mas nunca iriam imaginar que a loira era bem mais velha que o rapaz.

Eles fizeram uma breve caminhada juntos de 15 minutos da estação até a casa de Elaine, ou melhor, mansão, pois a loira era uma mulher bem rica de uma casa gigantesca e de um grande terreno, na qual moravam todos os que trabalhavam na empresa. O rapaz ficou de queixo caído ao ver o quase palácio onde sua namorada morava – mas a mesma era uma pessoa bem simples. Ela nunca havia lhe dito que morava em um lugar tão bonito e chique, deu até vergonha de sua casinha agora.

Eles entraram na casa – que não tinha um mordomo, diferente do que Ban pensou – e Elaine o levou para o sofá, dizendo para que ele esperasse ali pois ela ia chamar seu irmão – que aquele horário estaria dormindo. Ele concordou e se sentou no sofá esverdeado com estampa de pétalas rosas; um sofá bem macio e confortável para dizer a verdade. Deixou sua mochila no estofado e relaxou as costas, suspirando e jogando a cabeça para cima, sentado de um jeito bem relaxado e de pernas abertas. Ficou olhando para o teto branco e vez ou outra olhava em torno, notando que o interior era bem decorado e organizado, chique e bonito, limpo e cheirava naturalmente á flores. Ban nunca pensou que sua namorada morava em um lugar daqueles ou algo assim, mas apesar do lugar ser bem elegante, ele não era verdadeiramente luxuoso, apenas bem decorado com coisas simples.

Deu uns 30 minutos e Ban já estava cochilando no sofá quando ele escutou a voz de sua baixinha e passos vindo da escada a sua frente, acordando no momento que deu de cara com duas figuras descendo os degraus. Uma delas era Elaine, e a outra era Elaine só que homem e de cabelo laranja. Sério, era nítido que aquele homem ao lado da loira era seu irmão, pois ele era a cara dela – ou ela seria a cara dele pois o mesmo era mais velho? Bem, não importava. O homem em questão era um pouco maior que a moça, de 1,60 de altura e curtos cabelos laranjas acastanhados, assim como seus olhos, e mesmo parecendo outra criança, ele tinha 36 anos, era praticamente um tiozão com cara de estudante do fundamental. Sério, o quão mágico eram os genes daqueles irmãos? Ambos tinham mais de 30 e pareciam crianças, com corpos pequenos, frágeis, magros e pouco trabalhados – dava para ver que o homem tinha um físico bem normal. Mas não apenas os irmãos eram assim, pois Ban sabia que os empregados da empresa também tinham cara de bebê; eles tomavam alguma poção mágica ou tinham tomado da fonte da juventude?

O irmão de Elaine olhou para si com seus olhos preguiçosos e deu uma olhada em sua postura e parecia lhe julgar por estar sentado de forma tão relaxada. O estudante de gastronomia sentiu que eles não iam se dar tão bem assim, provavelmente aquele cara tinha uma alma de velho e seria chato como um. Elaine, por outro lado, apenas puxou o irmão mais forte e quando os dois chegaram perto de Ban é que o mesmo se levantou, fazendo os irmãos olharem para cima, e nossa, a diferença de altura entre eles era muita, o irmão da loira tinha de concordar que o mais novo era muito alto.

- Ban, esse é o meu irmão, Harlequin King. Mano, esse é o meu namorado. – Ela disse apresentando um ao outro, que estenderam as mãos e se cumprimentaram, e Harlequin sentiu que sua mão sumia entre a do outro e que ele tinha um aperto forte demais.

- Ban Fox não é? Prazer em te conhecer. – Seu olhar contradizia á sua fala, claramente ele não estava honrado em conhecê-lo. – Bem, enfim, você deveria guardar suas coisas, pois em alguns minutos iremos sair. – Dito isso, Harlequin passou a guiar o outro pelos corredores da residência. – Nós temos um quarto de hóspedes preparado para você se quiser...ou pode ficar com a Elaine, vocês que decidam. – Ele falou encarando Ban, mas não tinha raiva em seus olhos em dizer que ele poderia ficar no mesmo quarto de sua irmãzinha. “ Pelo menos ele não vai ser aquele irmão chato que vai pegar no meu pé por causa da Elaine. ” – Pensou o mais alto.

- Eu irei aceitar o quarto de hóspedes, obrigado Harlequin. – Ban tinha dito á sua loirinha que achava melhor ficar em um quarto separado, pois não sabia que tipo de reação o irmão dela iria ter.

- Harlequin é para os íntimos, para você é King. – O homem falou com certa seriedade na voz naquele momento, e Ban achou-o um tanto quanto muito rude e fechou a cara para si naquele momento. “ Já não gosto desse cara. ”

Não tardou á chegarem em uma porta de madeira escura no final do corredor; King abriu girou a maçaneta e Ban e Elaine entraram no quarto de hóspedes que estava com uma cama pronta. Era incrível como tudo era bem bonito, arrumado e cheiroso. “ Todo esse lugar cheira á flores. ” – Ban pensou, mas não que aquilo o incomodasse.

- Bem, eu estarei no meu escritório resolvendo algumas coisas; quando estiverem prontos é só irem me chamar. Sinta-se em casa Ban, pode pedir qualquer coisa. – Harlequin falou ainda segurando a maçaneta e então fechou a porta. Seus passos iam se distanciando e quando Ban não mais os ouvia, jogou a mochila na cama e depois se jogou na mesma, suspirando. Elaine sentou-se á seu lado.

- Desculpa pelo jeito meio rude do meu irmão Ban, ele só deve estar meio canso, só isso. Eu te juro que ele é uma pessoa legal, ele só não deve star em um bom dia, não dormiu muito essa noite. – Elaine sorriu sem graça, se desculpando pelo jeito mal-educado que seu irmão havia tratado Ban.

- Sem ofensas fadinha, mas seu irmão foi um cuzão. – Ele falou e recebeu um tapinha no braço. – Foi mal, mas sério, ele foi bem grosso. Achei que ele seria como você, um doce de pessoa.

- E ele é, mas deve estar cansado, só isso. Mas sabe como é né? Nem todo mundo gosta de conhecer a pessoa que está namorando com o irmão mais novo. – Ela disse e se deitou junto com Ban, descansando a cabeça no peito forte do mesmo, recebendo um carinho nas mechas loiras.

- É, tem razão...Mas aquele lance de “ para você é King ” foi desnecessário. – Ele falou com uma carranca que fez Elaine rir.

- Ele pode ter parecido grosso mas nem é exatamente assim. Realmente, só quem é bem íntimo dele o chama de Harlequin, como eu e nosso amigo Helbram, ou pessoas como Gerheade ou Gloxinia e outras pessoas da empresa, mas fora isso, todos os outros o chamam de King; até a Diane, a namorada dele o chama assim, raramente ela o chama pelo nome. – A mulher explicou.

- Ohw, incrível ele ter uma namorada sendo nanico daquele jeito e parecendo uma criança birrenta de 12 anos, hahaha. – Ambos caíram na risada e Elaine se deitar ao lado do outro, apoiando a cabeça em seu peito musculoso e recebendo um carinho nas mechas loiras.

Eles ficaram assim por um instante, até que Ban se levantou e resolveu arrumar suas coisas, guardando-as no armário e decidindo tomar um banho. Elaine concordou e disse que iria para os próprios aposentos se arrumar. O rapaz de cabelos platinados escolheu uma roupa simples, pegou uma toalha e foi tomar um banho rápido. Escovou os dentes, penteou os cabelos – ou quase isso, já que sua cabeleira sempre ficava arrepiada, se trocou e estava pronto. Pegou celular e carteira e saiu do quarto, procurando onde ficaria o de Elaine, mas a casa era bem grande e os corredores compridos. Ouvindo uma baixa voz vinda de uma porta, ele se aproximou para ver quem seria pela porta entreaberta e notou que era “King”, e aquele parecia ser seu escritório. Ele estava sentado em um grande sofá que tinha ali, em cima de uma grande travesseiro verde com detalhes pretos. O mesmo falava ao telefone com alguém, e pela sua cara feliz e apaixonada, deveria ser a tal Diane, sua namorada.

- Eu sei Diane, desculpe-me mesmo por não poder te levar em um encontro hoje, mas o namorado da Elaine veio passar o fim de semana com a gente e nós vamos sair para nos conhecer melhor ou algo do tipo. – [...] – Ele é enorme Diane. Tipo, ele é meio metro maior que eu, sem brincadeira. Fora que ele é todo malhado e tem maior cara de galã, mas também é meio mau-encarado, parece um delinquente; mas se ele faz a Elaine feliz, então eu não tenho do que reclamar. – [...] – Ele não parece ser verdadeiramente ruim mas é o maior folgado. No momento em que eu o vi, ele estava todo largado no sofá. – [...] – Tudo bem, eu sei que você e Dolores tem que treinar bastante para impressionar a Matrona. – [...] – Uhum, eu também te amo Diane. Tchau.

King desligou o celular e se espreguiçou no sofá e um latido foi ouvido da varada. Ele se levantou e abriu a porta de vidro, e Ban pode ver um pequeno cachorrinho negro com o pescoço branco e com o pelo mais cheio naquela área, de rabo curto, dentes afiados e pequenos olhos castanhos, mas ele parecia ser muito fofo, já que abanava a curta cauda para King, que o pegou no colo e voltou para o sofá, fazendo carinho em sua barriguinha macia. O cão tinha uma coleira no pescoço, com um nome escrito, mas de onde estava, Ban não conseguia ver direito, mas sabia que o ser se chamava Oslo, já que Elaine costumava falar dele.Aparentemente, pelo o que a loira disse, aquele cachorro tinha sido um presente de uma tal de Gerheade. Quando Ban notou que o cachorro estava sentindo seu cheiro, ele foi embora em silêncio, não queria que King soubesse que ele o estava espionando. Até que o tiozão disse umas coisas boas sobre si, então ele estava mais para um tsundere.

Ban procurava pela escadaria, e por sorte encontrou com sua loirinha. Ela vestia um vestido simples e bonitinho, tão delicado quanto a mesma. Parecia que sempre que a via, se apaixonava mais e mais por ela. Não durou mais do que alguns segundos até Harlequin sair do escritório também, limpando os pelos de Oslo de sua roupa casual. Ban perto daqueles irmãos parecia ser bem mais velho, como se fosse uma babá tomando conta de duas crianças, e não que era quase o contrário. Bem, deixando isso de lado...

O dia deles iria se resumir em ir á diversos lugares, para que King e Ban pudessem se conhecer. Iriam ao shopping, á um parque de diversões, comer em um restaurante, á um museu – que era um castelo, dentre outras coisas. Iriam passar o dia inteiro fora praticamente, voltando para casa só durante e noite para o jantar – que seria preparado por Ban – e depois dormirem.

E assim foi. Elaine que havia decidido os locais que eles visitariam, tudo de acordo com seus gostos – ela poderia ser uma mulher de 33 anos, mas ainda era uma criança em seu coração. A primeira passagem foi no shopping para fazerem compras – ainda bem que Ban veio dirigindo um dos carros dos irmãos. Elaine ficava provando vestidos e seu irmão e namorado opinavam sobre eles; Ban dava uma olhada em muitas coisas que pareciam ser muito caras e King apenas os observava – mas ia olhar as vitrines de lojas de brinquedos e olhar as pelúcias; pois é, ele também era meio criança. Após isso foram ao parque de diversões se divertir um pouco. Nesse meio tempo King e Ban começaram a “se entender melhor” aparentemente. Foram em todo tipo de brinquedo radical e não tão radical assim também. Ban notou que os irmãos adoravam altura e não tinham medo dela, tanto que ambos foram mais de uma vez nesse tipo de brinquedo e o platinado ficava enjoado só de vê-los lá em cima, temendo que o brinquedo estragasse e eles caíssem. A roda gigante foi o último brinquedo da vez, e foi um tempinho para que eles relaxassem depois de andarem tanto pelo parque, cheios de brindes das barracas e tals.

Já era por volta das 15:00 quando eles foram á um restaurante para almoçarem. Ban comia bastante e se segurou para não pedir cervejas, pois sabia que não era tão forte assim para bebida – e sabia que Elaine também não era, e imaginou que King também não fosse. O platinado notou que os irmãos comiam pouco e adoravam coisas doces. Os pratos dos irmãos eram a medida infantil e tomaram apenas suco, já Ban teve dois pratos cheios pelo menos, e a sobremesa foi algo extremamente açucarado que o mais novo ainda não soube explicar o que era mas era muito gostoso e Elaine e King comeram quase tudo sozinhos. As pessoas que olhavam a cena achavam muito fofo, pensando que Ban estava cuidando de duas crianças como uma babá e outros achavam que ele parecia mais um pedófilo – nem imaginavam a idade das “crianças”.

Depois de comeram, foram ao castelo museu. Uma magnífica construção, com certeza. Ban nunca esteve lá antes, já os irmãos...mas não deixava de ser fascinante. O castelo era grande e cheio de salas, então eles levaram bons minutos para dar uma olhada em tudo – e aproveitaram para tirar uma foto sentados no trono, já que era liberado para tal fim. Eles olharam armas, armaduras, jóias, louçaria, até o calabouço onde estavam as prisões e as armas de tortura – bem sinistro para dizer a verdade. Enfim, depois disso eles ainda tinham um tempo, então foram fazer outras coisas, como ir á outros tipos de museus – como das cervejas, foram ver uma apresentação de circo moderno na rua, foram ver um filme qualquer, foram á um fliperama...Fizeram diversas coisas e quando era por volta de 20:30, estavam no carro, voltando para casa, completamente exaustos e quase sem dinheiro nenhum.

Por incrível que pareça, quando Ban estacionou o carro, notou que tanto King quanto Elaine pareciam estar mortos de cansaço. Sobrou para si levá-los para dentro, os carregando nos braços fortes – obrigado academia. Os colocou no sofá – diga-se praticamente largou o irmão, que nem reclamou, e do jeito que caiu no sofá ficou, de barriga para cima. Elaine estava deitada á seu lado e com a mesma cara de morta que o irmão, mirando Ban e piscando lentamente. O platinado então falou que iria fazer a janta e recebeu um “joinha” com o dedo dos irmãos. Ele também estava cansado, mas não tanto quanto “as fadinhas”, que nitidamente não estavam acostumadas á andar tanto – ele diria que se eles pudesse voar, seus pés nunca iriam tocar o chão. Deixou de enrolar e foi para a bela, arrumada e ampla cozinha da residência, limpa e organizada, só do bom e do melhor. Foi atrás de um avental escrito “Kiss The Cook” e o colocou, indo atrás de panelas e abrindo a geladeira e armários, recolhendo tudo o que precisaria para o jantar. Bem, ele não faria um grande banquete de verdade – não ainda – mas iria fazer algo para que eles enchessem a barriga por enquanto – e para agradar King também, iria conquistar sua confiança através de sua barriga. Ele decidiu fazer bolinhos de carne fritos e uma torta de morango.

Ban era um homem de mão cheia quando o assunto era cozinhar. Para sua sorte, tinha tudo o que ele precisava na cozinha e dispensa da casa, e como todos os utensílios eram de alta qualidade, ele sabia que não iria demorar muito. Primeiramente pegou laranjas e usou uma máquina de fazer suco com elas, e depois foi fazer os bolinhos de carne e a torta, ao mesmo tempo, já que ele tinha essa habilidade. Elaine dizia para ele se inscrever no Master-Chef, mas Ban falava que ia passar o rodo nos concorrentes muito facilmente e que não teria graça nenhuma.

Um tempo passou e uma delicioso aroma de comida quase pronta rondava a cozinha e foi para a sala, que despertou os irmãos que quase dormiam no sofá. Seus olhos claros se arregalaram, as bocas salivaram e os estômagos roncaram. Harlequin se levantou antes de Elaine e se aproximou da parede que separava a sala da cozinha e espiava Ban trabalhar na comida. Estava surpreso com os talentos do rapaz, e não era a toa que o mesmo fazia gastronomia. Elaine espiava o namorado também, os irmãos em completo silêncio, não querendo atrapalhar o cozinheiro que havia notado eles ali. Pareciam até mesmo João e Maria secando a casa de doces da bruxa – olha só, iria tentar convencer eles a se vestirem assim no Halloween desse ano.

Quando os bolinhos estavam prontos e postos na vasilha com papel toalha e colocado na mesa, o forno apitou e Ban tirou a torta lá de dentro, e o cheiro que subiu foi o suficiente para fazer com que King e Elaine já se sentassem á mesa, não podendo mais esperar para comer. O platinado colocou a torta na mesa, sob um apoio de madeira para não queimar a toalha de mesa e foi buscar pratos, talheres e copos para os três. Entregou para os irmãos e se sentou.

- Podem se servir. – Ele disse, mirando king, como se o desafiasse á provar sua comida.

Agradeceram pela comida e se serviram, colocando um pedaço de torta no prato e alguns bolinhos junto, enchendo os copos do suco de laranja com açúcar. Elaine fitava o irmão, esperando ele provar da comida de seu namorado para ver o que ele achava. King notou o olhar da irmã sobre si e resmungou baixinho, levando uma garfada da torta aos lábios e comendo por fim. Não seria exagero dizer que seus olhos brilharam com o gosto delicioso da comida do rapaz mais novo. Ele apenas fez um joinha e passou a devorar o resto da torta, e Elaine sorriu, comendo também. Ban pensou que havia marcado um ponto com o tiozão ali, já que ele claramente havia amado sua comida. “ Strike Bitch ” – Foi o que ele pensou enquanto comia também.

Depois da janta, eles foram ver algum jogo na enorme televisão da sala e quando era por volta das 23:00 eles decidiram ir dormir, já que Elaine e King bocejavam. “ Parece que eles estão presos aos 10 anos de idade, só pode. ” – Ele pensava rindo contido. Os três então se dirigiram á seus quartos, desejando uma boa noite para os outros e indo dormir. Bem, no meio da noite Ban se esgueirou pelas paredes e foi dormir com Elaine, mas nada demais, a cama dela era enorme de qualquer jeito mesmo.

De manhã eles acordaram num horário razoável, umas 9 e pouco. Bom, Elaine e Ban pelo menos, já que King foi acordar quase 13. A loirinha dizia que seu irmão era realmente um preguiçoso que dormia demais, e não era mentira. A própria garota teve de ir acordá-lo ou ele iria ficar dormindo até de tarde. Se arrumaram e saíram; tudo o que não haviam feito no dia anterior seria feito nesse. E de pouco em pouco Ban e King iam se dando bem.

 

 

 

~*~*~*~*~

 

 

 

Uns bons meses haviam se passado desde que Ban e King se conheceram, e sempre que os dois tinham um tempo, Ban ia ficar um tempo na casa dos irmãos – e uma dessas vezes os irmãos foram ficar em sua casa e conheceram seu pai e irmão quando os mesmos foram lhe visitar em seu apartamento. Eles haviam passado por várias coisas engraçadas nesse período também, como na festa de Halloween, na qual o platinado conseguiu convencer os irmãos á irem de João e Maria, e ele acabou indo de urso de pelúcia – como uma vingança das fadinhas talvez. Nessa festa, que foi na residência dos King, eles levaram amigos e conheceram várias pessoas. Ban chegou a conhecer Diane Giant, a namorada do King, que era maior que ele – 5 centímetros só, mas ainda era mais alta, e muuuito mais forte também, diga-se de passagem. Uma garota bonita de cabelos castanhos escuros presos em marias-chiquinhas e olhos violetas, de 27 anos, mesmo que parecesse mais nova. Na festa teve a presença de pessoas como: Meliodas, um amigo em comum tanto de Ban quanto de King – uma grande surpresa também. Meliodas era um outro tiozão de 46 anos com cara de 12, loirinho dos olhos verdes, de 1,52 de altura que namorava uma menina de 16 anos que era simplesmente a filha do dono da faculdade em que Ban estudava e da escola que ela frequentava. Tal garota era a senhorita Elizabeth Liones, de 16 anos, 1,62 de altura, cabelos prateados e um olho azul e o outro laranja, que era coberta pela franja que a mesma usava. O incrível de como Meliodas estava namorando uma garota daquelas era porque ele era muito amigo de Bartra Liones, o pai de Elizabeth, tanto que ele foi o tutor dela quando a mesma era mais nova. E uma coisa meiga sobre a menina era que ela tinha um porco de estimação chamado Hawk.

Na festa também estavam: Merlin, uma cientista com fama de louca que era amiga de King; Gowther, seu assistente; Escanor, amigo de Meliodas; Helbram, amigo dos irmãos; Jericho, amiga de Elizabeth – que teve um amor á primeira vista com Ban; as irmãs de Elizabeth, Margaret e Veronica; os namorados delas – e um amigo deles, Howzer, Gilthunder – namorado de Margaret – e Griamore – namorado de Veronica; Guila, uma amiga de Elizabeth – e namorada de Gowther; Arthur Pendragon, o protegido de Merlin e herdeiro da faculdade Camelot – outro amigo de Meliodas também; dentre outros convidados não muito relevantes. Ou seja, a casa estava uma verdadeira bagunça.

Merlin era uma linda cientista e brilhante no auge de seus 30 anos, de corpo pouco curvilíneo, alto, magro e esguio, de 1,77 de altura, de negros cabelos até os ombros, olhos dourados e uma sexy pinta abaixo de seu olho direito. Gowther, seu assistente, era um rapaz de 19 anos que estava na faculdade e fazia estágio onde Merlin trabalhava, de personalidade meio confusa, 1,75 de altura, de cabelos até a base do pescoço na cor rosa escuro, olhos âmbares e que usava óculos de armação fina. Escanor Castellio, um amigo de Meliodas e líder das empresas Castellio, um homem de 40 anos de idade, 2,25 de altura e corpo de porte físico malhado e saúde que ficava frágil durante a noite, de curtos cabelos loiros escuros e olhos azuis, um belo bigode, completamente apaixonado por Merlin, que nem lhe dava muita bola. Helbram, um dos empregados da empresa dos irmãos e amigo de infância dos mesmos, de 36 anos, 1,65 de altura, de cabelos verdes claros e olhos de cor mais escura. Jericho, uma garota de 18 anos que estava no último ano do colégio Liones, amiga de Elizabeth, de 1,60 de altura, curtos cabelos lavanda e olhos âmbar, que teve uma rápida paixão por Ban assim que o viu. Margaret, irmã mais velha de Elizabeth, 22 anos de idade, 1,65 de altura, longos cabelos cor índigo e olhos cor avelã. Veronica, irmã mais velha de Elizabeth e mais nova de Margaret, 18 anos, 1, 63 de altura, curtos cabelos violetas e olhos cor de avelã ( Elizabeth era adotada, por isso não se parecia com suas irmãs ou o pai). Howzer, amigo de infância das irmãs Liones, 21 anos, 1,82 de altura, físico forte, cabelos loiro escuro e olhos roxos. Gilthunder, namorado de Margaret, 21 anos, 1,85 de altura, físico malhado, cabelo cor salmão e olhos azuis. Griamore, namorado de Veronica, 21 anos, 2,13 de altura, porte físico trabalhado, cabelos cinza escuro até os ombros e olhos amarelados. Guila, amiga de Elizabeth – assim como colega de classe – e namorada de Gowter, 16 anos, 1,65 de altura e com longos cabelos negros. Arthur Pendragon, protegido de Merlin, estudante da escola Camelot e herdeiro da mesma e de sua faculdade, 16 anos, 1,70 de altura, cabelos ruivos arrepiados e olhos violetas.

King olhava para a festa e já pensava que seria sorte se a polícia não aparecesse por lá. Elaine lhe consolava, dizendo que fazia tempo desde que a casa não ficava cheia durante uma festa grande e legal daquelas, então tudo bem. Todos estavam fantasiados e bebiam – até mesmo quem não deveria. As pessoas já estavam ficando bem alteradas, a música estava quase estourada nas caixas de som, algumas coisas de vidro já haviam se quebrado, e Harlequin só torcia para que seu lustre continuasse ali até de manhã. Mas enfim, no final deu tudo certo; ninguém entrou em coma alcoólico e a polícia não bateu na porta durante a madrugada.

 

 

 

~*~*~*~*~*~ 

 

 

Já era novembro, faltando pouco mais de duas semanas para chegar dezembro. Ban estava de férias da faculdade por algum tempo e decidiu ficar uns dias com Elaine em sua casa – porque lá era um verdadeiro paraíso, tinha até jacuzzi por lá; como que Ban não iria visitá-los sempre que possível? Claramente que King não gostava muito, pois achava que Ban estava sendo inconveniente e era bem folgado, além de que ele acabava fazendo piadinhas a respeito dele quando Diane estava por perto – incrivelmente, Ban e Diane se deram bem, e ela era mais forte do que ele. Mas bem, nesse dia em questão, Diane não estava na casa, nem mesmo Elaine, apenas Ban e King.

Eram 21:30 da noite e os dois rapazes estavam na sala assistindo á algum programa antigo de guerra medieval. Elaine não estava pois havia ido dormir na casa de Elizabeth, em um tipo de festa do pijama, e junto á elas estavam suas amigas, como Diane, Guila, Jericho, e a irmã da garota, Veronica – Margaret não estava presente pois estava com Gil. Bem, poderia soar meio estranho ela ter deixado os rapazes sozinhos na casa enquanto ia dormir na casa da amiga, pois Ban havia ido até a residência para ficar com ela enquanto podia. Mas vejam pelo lado de Elaine, que tinha poucas amigas jovens e que a tratassem como se fosse da mesma faixa etária delas, assim como Diane; fora que essa era uma oportunidade única, já que as meninas não tinham muito tempo para se encontrarem. Fora que Ban iria passar mais uns dias com eles, e ela ficaria só duas noites com as meninas, não faria nenhum mal. Além disso, era uma chance de que Harlequin e Ban ficassem mais amigos, já que eles viviam se alfinetando.

Até agora os dois tinham trocado poucas palavras entre ambos, e apesar de parecerem estar se ignorando, estavam sentados juntos no sofá, do tipo que King estava bem a vontade e com as pernas por cima do colo de Ban, que não reclamava, já que usava as pernas do outro como apoio para sua bacia de pipoca – King estava com outra, enquanto usava seu travesseiro para usar como apoio no braço do sofá, estando deitado. O filme não estava chato, de verdade, mas a cara de tédio nos rostos dos rapazes era nítida enquanto eles comiam a pipoca amanteigada. A residência estava vazia, literalmente, nem mesmo Oslo estava na casa – pois estava ficando uns dias com Gerheade e seu namorado Rou – que inacreditavelmente, era a cara cuspida e escarrada de Ban, só que mais velho. Ou seja, os rapazes estavam entediados, pois ninguém estaria disposto á sair para beber naquele dia e aquele horário. Eles até poderiam chamar Meliodas, mas ele provavelmente estava ocupado com seus casos familiares, entre ele, o pai e os irmãos mais novos, Estarossa e Zeldris – na qual Ban o chamava de “ Meliodas de cabelo preto ” de tão iguais que eram; até poderiam se passar por gêmeos. Bem, os homens não tinham muito o que fazer naquela noite, então Ban pensou que pelo menos eles poderiam beber até cair. Deu uns tapinhas na perna de King, pedindo uma licença rapidinha, chamando o outro para irem até a cozinha pegarem todas as garrafas de cerveja que tinham guardadas na geladeira. King concordou, já que não tinha nada melhor pra fazer.

Dois homens beberem de noite não teria problema nenhum, entretanto, eles não eram do tipo que sabiam beber direito. Ambos eram fracos para bebida, em especial King. Ban, mesmo que tivesse ótimos genes para se curar de ferimentos mais rápido que os outros ou recuperar fôlego e outras coisas, era fraco para bebida, e ficava muito largado quando bêbado, bem mais do que era naturalmente; ficava rindo sozinho, perdia qualquer tipo de escrúpulos e pode-se dizer que ficava doidinho. King era mais fraco para bebida do que Ban, e perdia toda a compostura que tentava impor para os outros, parecendo uma criança, com o rosto todo corado, um jeito meiguinho e molenga. No fundo, eles torciam para que ninguém se afogasse no próprio vômito ou que entrassem em coma alcoólico, não queriam parecer muito irresponsáveis caso alguém os visse. Enfim.

Ban abriu duas garrafas e eles brindaram por motivo nenhum e começaram a beber enquanto continuavam a ver o programa medieval e comer pipoca. Dizem que quando se bebe de estômago vazio é passível a ficar bêbado mais rápido, exatamente como eles. E se você pergunta sobre a pipoca; meu bem, é pipoca, não conta. Ou seja, na terceira garrafa eles já estavam ficando levemente bêbados, e como ambos eram teimosos, continuavam bebendo enquanto o outro também o fazia, como uma disputa. Resumo da história? Garrafas de cerveja já rolavam vazias no chão e eles riam sozinhos e praticamente abraçados, com Ban já quase despido da blusa que usava.

Quando a cerveja acabou, King foi até o compartimento em que eles guardavam outras bebidas mais fortes, e bem, tchau garrafas de bebida. O lugar parecia ter esquentado e Ban já estava quase tirando as calças e King apenas estava deitado no sofá como um bebê, bebendo sua garrafa de vodka aos poucos. O rosto de ambos estava vermelho e o platinado zombava de King, dizendo que ele cheirava á flores, recebendo chutinhos fracos na barriga. Eles se olhavam por um momento e riam da cara do outro em seguida. Dois bêbados descontrolados, isso sim.

- Ei Baaan...a mia garrava agabo...me dá a xua... – O nível de álcool no sangue de King era tanto que ele mal conseguia falar direito, mas Ban entendeu tudo. Bêbados entendem a linguagem de outro.

- Se voxe qué tanto – hic – puquê num vem pegá? – Outro que mal conseguia falar, mas mesmo estando tão relaxado, ele não podia não incitar King, que inflou as bochechas e pulou em cima de si, derrubando ambos no sofá enquanto tentava pegar a garrafa.

Obviamente que o mais novo era mais forte, mesmo que seu corpo estivesse mais relaxado, ele ainda conseguia afastar a garrafa em sua mão das de King, apenas esticando o braço; o que a grande diferença de altura não faz. Bem, mesmo que King quisesse a bebida, ele era verdadeiramente preguiçoso quando, na terceira tentativa frustrada, desistiu e apenas começou a resmungar coisas sem nexo e batendo sem força no peitoral de Ban que ria. O platinado então abraçou o menor em seu colo com um braço e se sentou com ele no sofá, bebendo um longo gole da garrafa de uma bebida que ele já nem conseguia ler o nome, e depois ofereceu ao mais velho, que lhe olhou por alguns segundos e agradeceu, pegando a garrafa e bebendo no gargalo sem pestanejar.

- Olha xó, o bebê se acalmô, hahaha. – Ban riu baixinho de King enquanto puxava sua bochecha e o outro lhe dava cotoveladas na costela.

O programa, aquela altura do campeonato, já havia sido esquecido, assim como as bacias de pipoca, que estavam no chão e quase eram derrubadas para espalhar o conteúdo no chão – que daria um belo trabalho para limpar depois. Mas no momento, os dois homens estavam se dando bem e rindo de histórias passadas que contavam ao outro. Entretanto, em certo momento, Ban parou de prestar muita atenção ao que King contava e olhava fixamente para seu rosto, pensando o quão parecido com Elaine o outro se parecia. Talvez fosse culpa da bebida, mas ele via o rosto de sua loirinha ao invés de King; e num momento sem pensar, segurou o queixo fino com seus dedos e o beijou.

Por longos segundos de beijo, nenhum dos dois falou ou pensou direito, e apesar de estarem se olhando, Ban enxergava Elaine e não King, e Harlequin via borrado á sua frente pelo nível de álcool em seu sangue. Mas quando a ficha caiu, os olhos castanhos alaranjados de King se arregalaram e ele empurrou Ban para longe e perdeu o equilíbrio, caindo no chão. Foi só naquele momento em que ouviu o baque do corpo do menor caindo no chão que Ban se deu conta do que havia feito: Havia acabado de beijar o irmão mais velho de sua namorada achando que era ela. E o pior de tudo para ambos era que eles não haviam desgostado. Culpem a bebida, mas só aquele beijinho foi o suficiente para “animar os ânimos” dos dois. Mas cara, aquilo era muito errado. Ambos possuíam namoradas que amavam muito e King era irmão de Elaine, pior ainda. Mas...ah, que se foda. Que culpassem a bebida no final e esperavam esquecer tudo de manhã. King voltou para o sofá e tomou metade da garrafa em sua mão e a outra metade foi tomada por Ban, roubando a bebida de sua mão e quando a mesma já estava vazia, se beijaram novamente.

“ Porque ele parece tanto com a Elaine? ” – Foi o que Ban pensou naquele momento.

Aquela era a desculpa que Ban usava para si mesmo; com o argumento que King era muito parecido com Elaine e que, por estar muito bêbado, ele estava confuso. Mas bem, para alguém que se dizia confuso, ele parecia estar gostando bastante daquilo. Beijava King com tanto afinco e selvageria que praticamente roubava o fôlego do outro (ele nunca havia beijado Elaine dessa forma, selvagem e esfomeado,diga-se de passagem). Os corpos estavam ficando muito quentes e apesar deles estarem se agarrando com vontade, o sofá não era um lugar muito confortável no momento, pois era pequeno demais para o que pretendiam fazer, fora que King estava sentado no colo de Ban e, por causa da diferença de altura, o platinado já estava ficando com dor nas costas e pescoço – coisa que costumava acontecer muito quando era com Elaine.

Sendo assim, Ban segurou King pelas coxas e se levantou do sofá, quase caindo no processo, mas sem cortar o beijo ardente. Os dois iriam para algum quarto, mas a pior parte seria agora: Subir as escadas. Ban estava muito bêbado, levando King consigo e, mesmo o outro sendo leve, era um peso em seus braços, e subir as escadas com os olhos quase fechados e com a mente em outro lugar, eles teriam sorte se Ban não tropeçasse nos próprios pés enquanto tentasse chegar nos degraus. Com certa dificuldade, entre tropeços e passos em falso e quase caídas, Ban carregou King escadas a cima e seguiu para o quarto do menor, que no momento, era o mais perto e o único que o maior se lembrava onde ficava. A porta foi aberta com um delicado e gentil chute, que só não voltou neles porque Ban entrou antes. O quarto estava escuro e por sorte não tinha nada que atrapalhasse a passagem até a cama – Ban não precisaria de nada mais além sua falta de equilíbrio.

Ao chegar perto da cama, quase batendo as canelas na armação de madeira da mesma, Ban jogou King no colchão sem muita delicadeza, mas naquele momento, nenhum deles ligava para gentileza. Tirando os sapatos com os próprios pés, o platinado subiu na cama engatinhando, vendo o mais velho tirar o calçado com as mãos com certo esforço e tentando tirar a camiseta depois disso, quase ficando preso. Ban riu baixinho e ao estar próximo do outro, lhe ajudou com a blusa e a jogou longe, ouvindo a mesma bater na parede. O beijo quente voltou e Ban derrubou King na cama, agarrando os pulsos finos em suas grandes mãos, sentindo o quão pequeno e magro o outro era, exatamente como Elaine. O platinado não sabia o que sentir naquele momento. Estava se atracando com o irmão de sua namorada enquanto pensava nela; ele deveria ser a pior pessoa do mundo, mas é como ele diria de manhã: Foi culpa da bebida.

As mãos afoitas de ambos não paravam quietas, e quando Ban largou os pulsos já vermelhos de Harlequin, o mesmo direciono-as ás costas largas e fortes do mais alto, lhe arranhando enquanto o mesmo distribuía beijos, mordidas e chupões em seu pescoço. King tentava reprimir os gemidos, mordendo o lábio inferior ao ponto de sentir que poderia tirar sangue, assim como suas unhas faziam com a pele das costas pálidas e suadas de Ban. Os volumes nas calças eram nítidas e incômodas e eles já não se aguentavam mais com aquelas roupas. A temperatura do quarto estava aumentando, e só não estava insuportável porque a janela estava aberta e o frescor da brisa noturna entrava por ela, o que causava um choque térmico delicioso do vento ameno nas peles quentes. As roupas foram tiradas ás pressas por ambos e jogadas de qualquer jeito pelo quarto – o que resultou em um abajur derrubado pela calça de Ban e uma cueca de King pendendo no canto de um quadro ás suas costas.

Eles sabiam que a partir daquele ponto não haveria volta; e que se um dos dois quisesse desistir, teria de ser agora, pois já estavam ambos nus e altamente excitados, suados e com a visão nublada em prazer unicamente carnal e o álcool no sangue. O beijo tinha gosto de bebida e as peles já ardiam devido ás marcas de unhas e dentes que tiravam pequenos e finos fios de sangue. Mas bem, eles não dariam para trás agora. Voltaram a se beijar e Ban flexionou seus quadris para se unir aos de King, fazendo os pênis se friccionarem de forma deliciosa e dessa vez os gemidos não puderam ser contidos por ambas as partes. Ban zombava de King internamente quando ambos olharam para seus membros se encostando e a diferença entre os mesmos era clara. O mais velho estava altamente envergonhado e com o rosto virado, querendo meter a mão na cara de Ban com aquele olhar superior dele. Podia ser um homem de 36 anos, mas seu corpo se assemelhava mais ao de uma criança do que de um adulto, já Ban era o contrário. Mas o platinado apenas achava aquilo ainda mais fofo.

Segurando King pela cintura, os aproximou ainda bem, fazendo com que o menor encostasse a cabeça em seu peito quente e pudesse ouvir seus batimentos cardíacos acelerados, sentindo os dele também. Okay, já estavam um pouco mais calmos, hora de continuar.

Com a delicadeza que apenas o mais novo tinha, ele se afastou de King e o virou de bruços, o que causou uma breve tontura no mais baixo, mas ele nem teve tempo de reclamar, pois Ban segurou seu quadril e o levantou, o colocando de joelhos – a famosa posição “de 4”, com os braços apoiados no colchão. Oh sim, que bonitinho que King era ali, praticamente desprovido de pelo e tão rosinha...Nossa, um cara de 36 anos que parecia ter 12 não deveria parecer tão sexy, mas era o que Ban pensava nisso, chegava que seu membro pulsava com força ao agarrar as nádegas macias e gordas de King e as separava, deixando o outro encabulado e muito vermelho. Okay, talvez ele estivesse achando o outro sexy por causa da bebida, mas a vontade de foder o mais velho até as pregas era demais.

King olhou para Ban por cima do ombro e ambos se encaram por um momento e o menor desviou o olhar. No momento o platinado não entendeu, mas quando a ficha caiu, ele sorriu e segurou uma risada. “ Que bonitinho, ele faz o serviço completo quando o assunto é se lavar. Maravilha. ” – Ban pensou nisso enquanto passava o dedo ao redor da entrada do outro, que se arrepiou e pressionou os lábios contra o travesseiro. Ban nunca pensaria que King fazia a chuca, mas aquilo só melhorava a situação. Sem aviso, o mais novo aproximou o rosto daquela parte e com a ponta da língua lambeu suavemente o anel, ouvindo um gemido baixo de Harlequin; oh sim, aquele baixo gemido fora o suficiente para sentir uma fisgada em seu pênis. Ban já tinha certa prática com o “beijo grego”, e enquanto lambia, beijava e chupava o ânus de King, arranhava e apertava uma das nádegas enquanto massageava o membro do outro com a ponta dos dedos, o levando á loucura. Quando invadiu o corpo do outro com o músculo bucal que ouviu um gemido arrastado mais alto e sentiu o outro vibrar e gozar em sua mão, quase que King caía, mas Ban não permitiu, o mantendo no lugar. Sem querer se gabar, mas Ban era muito bom naquilo, ainda mais porque sua língua era comprida e ele sabia como fazer bem seu trabalho. Ele não apenas penetrava o canal apertado e íntimo de King com a língua, fazia isso com os dedos indicadores das mãos, o abrindo e o alargando, e enquanto isso, Harlequin só conseguia gemer e tentar manter a sanidade, sentindo o suor em sua pele e o quão quente ele estava; que ambos estavam.

Quando julgou ser o suficiente, Ban retirou seus dedos e línguas do interior do mais velho, que praticamente desabou na cama, mal mantendo as pernas como estavam. Já sabendo que viria em seguida, King se esticou o quanto podia e abriu a última gaveta da cômoda perto de si, retirando um tubo de lubrificante e jogando perto de onde Ban estava sentado. Ele até ofereceria os preservativos, mas sabia que...bem...não eram do tamanho do outro. King se deitou de costas na cama e ajeitou o travesseiro para que sua cabeça e o começo da coluna ficasse mais alto, enquanto Ban passava o lubrificante em seu membro duro e latejante – e o próprio King passou um pouco do líquido gelado e transparente em sua entrada. Certo, tudo pronto.

Ban se aproximou de King e segurou suas pernas pelas coxas, apertando a carne com certa força; não seria mentira dizer que ele estava um pouco nervoso. Mas bem, ele era o Ban, aquilo não o pararia. Por alguns instantes, o platinado apenas esfregou a cabeça de seu membro na entrada de King, vendo se ele realmente não queria desistir, mas o outro praticamente fincava suas curtas unhas em suas mãos, como se o apressasse. Ban riu pelo nariz e forçou a ponta de pênis na entrada do menor, que mordeu o lábio e olhava para a cena, tentando relaxar, mas o outro era enorme e ia com calma, para não machucar demais o mais velho, mas, caralho, como King era apertado e quente; Ban ia a loucura com seu interior e se controlava para não se enfiar até o fundo de uma vez, ou gozar logo de cara, já que toda a preliminar já o estava deixando no limite. Pode-se dizer que levou um certo tempo até que Ban conseguisse se enfiar no outro por completo, e quando isso aconteceu, King soltou o ar preso em seus pulmões e reclamava baixinho pela dor, mas ele não chorava, então deveria estar se aguentando. “ Ele é mais forte e menos mimado do que eu achava. ” – Ban passou a mão pelos cabelos suados, os jogando para trás e fechando os olhos, sentindo as paredes internas do outro fazerem uma pressão deliciosa em seu membro. “ Oh porra, se ele me apertar mais do que isso eu morro. ” – O platinado respirou fundo e colocou as mãos na cintura de King e moveu seu quadril um pouco, para se ajeitar melhor naquela posição, já tirando um ofego baixo do outro.

Os movimentos começaram lentos e suaves, para ambos se acostumarem ao corpo do outro. No começo, eram apenas ofegos baixos e movimentos lentos, até que se transformaram em gemidos extasiados, altos e quase gritos, enquanto os movimentos eram selvagens, rápidos e fortes. Ban não deixava espaço de tempo entre uma estocada e outra, sempre buscando pelo ponto do menor, que não era acertava em poucas vezes, o que fazia King delirar e revirar os olhos nas órbitas e Ban lamber os lábios secos e morder a pele imaculada do pescoço, ombro e peito do outro, o marcando com seus dentes pontudos, enquanto era arranhado pelas unhas do mais velho e vez ou outra era mordido no pomo de Adão. As mãos de Ban apertavam a carne com força, deixando marcas vermelhas de seus dedos, principalmente na cintura, coxas e nádegas de Harlequin. O som das peles se atritando e do sexo em si era impuro e sensual demais, enlouquecia os dois, que trocavam beijos afoitos e carícias nada inocentes. Sempre que um deles gozava, a posição era trocada. Papai e mamãe, de 4, cowboy...todo tipo de posição que eles pudessem usar era usada de fato; os corpos estavam sujos de suor e sêmen, assim como os lençóis. O ambiente estava muito quente e cheirava á sexo, e nossa, parecia que aquela essência só os atiçava mais, porque eles ainda tinham forças para continuar.

Os nomes eram ditos entre gemidos, ofegos e gritos roucos; eles estavam perto do ápice.  Seus membros tremiam, já não se aguentando mais em fazer esforço. King estava deitado de lado e tinha a perna direita sobre o ombro de Ban, que lhe penetrava com força, com os joelhos apoiados entre a perna esquerda do menor, lhe agarrando a perna e mordendo a carne grossa e macia, a ponto de arrancar um pouco de sangue. Os dedos de Ban estavam marcados pelos dentes de King; os dois haviam marcado um ao outro diversas vezes.

- B-Ban...e-eu vou...hmph – Antes que pudesse continuar a frase ou se segurar, King gozou pela vez que seria a última da noite, já quase desabando, mas Ban ainda não havia terminado.

- Eu também....

Tirou a perna do mais velho de si e o virou de costas na cama novamente e puxou suas coxas e empurrou o outro para frente, tirando seu quadril e lombar da cama, em uma posição deveras embaraçosa e flexível, lhe estocando o mais fundo que poderia. Quando ia gozar finalmente, retirou seu pênis de dentro do outro e os jatos do líquido branco espesso voaram no rosto do mais novo, que estava em uma posição que favorecia a gravidade para que isso acontecesse. O sêmen que havia dentro de King escorria de sua entrava e descia por suas costas e quando teve as pernas largadas, voltando com elas para o colchão, o líquido escorria para os lençóis. O rosto de Harlquin estava viscoso e aquela visão era muito sexy, mas Ban estava cansado demais para fodê-lo novamente. Sendo assim, apenas desabou do seu lado, de bruços, exausto, assim como o mais velho. Nem é preciso dizer que, como o álcool ainda estava em seus corpos, e a exaustão do ato, eles simplesmente apagaram momentos depois. King estava tão cansado que nem reparou no ronco de Ban; os dois dormiram como pedra até o dia seguinte, quase perto de meio-dia.

 

 

 

~*~*~*~*~*~ 

 

 

 

Quando Ban acordou, King não estava do seu lado, mas ele não parecia ter acordado á muito mais tempo do que si, pois ouviu um barulho de água de dentro do banheiro. Ele deveria estar tomando banho ou algo do tipo. Olhou ao redor, vendo a zona que estava o quarto. Ele estava com uma puta ressaca e se levantou com calma para não ficar tonto ou vomitar, pegando suas coisas e saiu do quarto do outro, nu mesmo, já que não teria ninguém em casa provavelmente, ele não precisaria ter vergonha. Ele jogou as roupas de ontem na cama e pegou roupas limpas e uma toalha, indo se banhar. Não se demorou muito na ducha, apesar de que a água morna relaxava seus músculos, mas ficar ali, á deriva da água em seu corpo, fazia ele começar a se lembrar da noite passada, o que, no momento, ele não queria. Banho tomado e roupa trocada, Ban decidiu ir descer e ir para a cozinha comer algo – mas para isso, teria de passar pela sala, coisa que não queria. Mas bem, querer não é poder, então ele foi do mesmo jeito.

Chegando no final da escadaria, ele viu King recolhendo as garrafas vazias de bebida da noite passada, e Ban, querendo não ser muito folgado e mal-educado, ajudou á limpar a área em torno do sofá, que estava suja de bebida e pipoca. Feita a limpeza, os dois homens foram para a cozinha, na qual Ban decidiu fazer panquecas para ambos. E então eles ficaram uns momentos em silêncio; só os dois ali, e as memórias claras da noite anterior vieram á tona. “ Como eu queria dizer que não lembro mas, porra, eu lembro de tudo. ” – Ban pensou de cabeça baixa. Ao olhar por cima do ombro, viu Harlequin com as bochechas vermelhas e escondeu o rosto entre os braços quando deitou a cabeça na mesa. “ Ele também se lembra. ” – Bem, os dois lembravam do que fizeram, nada poderia ser feito. Mas, lá no fundo, passando pela culpa da traição e de talvez algum arrependimento, eles não poderiam negar que foi ruim. “ Até porque foi bom para um caralho. ” – Ah se foi bom.

 

 

 

~*~*~*~*~

 

 

 

Dois dias depois do ocorrido, Elaine voltou para casa, e Ban e King tiveram que agir como se absolutamente nada tivesse acontecido entre eles. Além disso, eles agiam de forma apaixonada com suas namoradas, mas nunca conseguiriam esquecer a cena deles juntos. Aquele seria um segredo que nenhum dos dois poderia revelar para ninguém, nem para seus melhores amigos – No caso Meliodas para Ban e Helbram para King. Bem, o que aconteceu no quarto de King ficou no quarto de King, não é como se fosse acontecer novamente....não é? 

 


Notas Finais


Eu deveria estar escrevendo para minha long-fic de Voltron, mas tenho uma coisa e tive que primeiro terminar essa aqui :p
Espero que tenham gostado pessoinhas. Brevemente eu trarei a versão do King dessa fic aqui.
Kissus '3'


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