Izuku Midoriya
Observei meu irmão sorrir alegre enquanto vestia seu terno vermelho. Eijiro Kirishima Midoriya, meu pequeno irmão estaria fazendo dezoito anos hoje. Bem não literalmente hoje, pois isso ocorreu semana passada porém a festa seria hoje.
— Você está lindo, Eiji! — Falei sorriso dando um abraço caloroso nele que foi retribuído pelo seu típico abraço de urso.
Seu cheiro de carvalho entrou pelas minhas narinas me fazendo aconchegar em seu peito, o cheiro de família. Eijiro era um alfa e eu um omega.
Apesar de todos os apesares nossa mãe sempre ensinou ele ser um bom alfa e eu posso dizer de pé junto que Eijiro é um excelente irmão.
— Eu estou muito feliz que você pode vir — Ele falou soprado me fazendo sorrir — Muito mesmo!
Eu era dois anos mais velho que Eijiro, já fazia faculdade. Nós morávamos em uma cidade no interior de são paulo então quando entrei na faculdade tive que me mudar para conseguir fazer meu curso de graduação.
Por conta de morarmos longe eu via pouquíssimo Eijiro. Óbvio que sempre fazíamos call e conversávamos pelo whatsapp, mas olhar para aqueles olhinhos vermelhos e sentir seu abraço apertado não era substituído.
Me distanciei dele alisando seu terno arrumando sua gravata. Eijiro ao contrário de mim era alto, quase um metro e noventa e cinto, tinha ombros largos por conta da genética de alfa e um conjunto de braços e pernas fortes. Só que nesse caso era por conta da academia mesmo.
— Você também está lindo, Mido — Ele disse acariciando minhas bochechas — Vai hipnotizar todo mundo, como sempre!
Me lançou uma piscadinha me fazendo revirar os olhos. A porta em minha frente foi aberta assim me possibilitando ver minha mãe. Inko Midoriya.
A mesma estava vestindo um vestido verde que combinava com seus cabelos. Ela sorriu carinhosamente vindo até nosso encontro. Me abraçou deixando um beijo na minha bochecha e pulou pra Eijiro segurando suas mãos.
— Seu pai estaria orgulho de você, meu filho — Ela sorriu fazendo eu e Eijiro sorrir.
Nosso pai, Akiriro Kirishima faleceu quando Eijiro tinha por volta dos quinze anos e eu lá pelos dezessete anos. A causa foi câncer e naquele ano nós tivemos que segurar muito a barra.
O sonho do nosso pai era ser piloto mas com o câncer não pode realizar porém Eijiro levou esse sonho a frente e quando passou no curso de piloto de avião alegrou a casa inteira. Eu diria que foi um dos motivos para fazer uma festa.
Olhei no relógio em meu pulso vendo que era quase sete e quarenta, a festa começaria às oitos. Antes que pudesse avisa-los a organizadora da festa abriu a porta apressadamente nos olhando.
— Vamos descer? — A beta disse fazendo todos nós concordarmos. Minha mãe desceu junta a Eijiro e eu fui procurar meus tios que estavam ali.
A matriarca não economizou recursos para produzir essa festa. Diferente de mim — que escolhi uma viagem de presente de dezoito — Eijiro amava eventos, de preferência aquelas festas bem tradicionais com funk e tudo.
Hoje seria uma festa com discurso, valsa e mais todas essas bobagens de debutante que o avermelhado amava. Encontrei Aizawa — meu tio por parte de mãe — E fiquei com ele até dar oito horas.
Observava todos os convidados chegarem como sempre muito pontuais. Eri, minha priminha mais nova passou correndo entre minhas pernas me fazendo sorrir. Entre tantos rostos desconhecidos ali reconheci quando vi a cabeleira rosa de longe.
Mina Ashido, nossa vizinha e beta. A mesma tinha crescido alguns centímetros a mais desde quando eu a tinha visto pela última vez. Seus cabelos rosados estavam longos e sua pele escura como sempre brilhava. Ela parecia uma estrela.
Seus olhos caramelos me encararam e logo um sorriso enorme brotou em seus lábios, apesar de estar de saltos a rosada veio correndo em meu encontro.
O abraço caloroso que a própria me deu me fez sentir uma culpa interna por não ter vindo nem se quer uma vez visitá-la.
— Meu Deus, Zuzu! — Ela disse sorrindo enquanto me chacoalhava — Você está tipo, muito gato. Oh meu Deus!
Eu sorri abraçando ela de novo. Mina apesar de mais nova sempre me fez companhia. Na escola quando “estudávamos juntos” Eijiro sempre foi mais popular e extrovertido.
Era comum que o avermelhado tivesse mais amigos que eu, e Mina — além de Eijiro claro — Foi a primeira a se aproximar de mim querendo realmente me enturmar.
— Você está maravilhosa como sempre, Pink! — Os olhos dela brilharam pelo apelido de infância a mesma sacudiu os quadris me fazendo balançar também.
— Como estão as coisas? — Ela me perguntou enquanto colocava a bolsinha de ombro na cadeira.
— Estão bem, já estou fazendo estágio no hospital — Falei orgulhoso fazendo-a sorrir — E você, conseguiu passar em publicidade, Era isso não era?
Ela sorriu alegre concordando diversas vezes com a cabeça.
— Passei, Zuzu! — Sorri orgulhoso fazendo um carinho em seu ombro, ela merecia isso — Começa já agora, em agosto.
— Que maravilha! — Soltei feliz. Eu e ela ficamos papeando até anunciarem a entrada do aniversariante.
Meu irmão como sempre entrou brilhando, seu sorriso quase não cabia dentro de seu rosto. Ele estava lindo, minha mãe ao seu lado sorria também e quando passaram por mim Eijiro se afastou de mamãe para selar minha bochecha em um beijo carinhoso.
Mandei alguns beijinhos pra eles ouvindo os aplausos dos convidados. O cerimonialista que estava em cima do palco ligou o microfone falando:
— Nosso aniversariante de hoje, Eijiro Kirishima Midoriya preparou uma entrada muito interessante para começarmos essa festa — Ele disse me fazendo suspeitar um pouco dessa entrada. Mina ao meu lado me cutucou.
— Está preparado, Zuzu? — Ela disse faceira me fazendo contrair as sobrancelhas em dúvida. Antes que pudesse perguntar o som da música entrou pelos meus ouvidos.
Malvadão do PTK, a porta de entrada se abriu revelando ali quadro homens. Todos de ternos a única diferença entre eles era a gravata borboleta. Uma de cada cor.
Reconheci três dali. Nosso primo Shinso, irmão de Eri, Tetsu um amigo de colégio do Eijiro e Sero outro amigo de colégio.
Porém o que me chamou atenção mesmo foi o loiro, que estava com uma gravata borboleta laranja. Ele era alto, quase da mesma altura que Eijiro e continha ombros bem largos.
Seu peitoral era bem marcado os botões da camisa social pareciam pedir socorro já que havia muito músculos ali, tinha pernas longas e torneadas. O terno o caiu muito bem moldando sua cintura. Seu rosto diferente dos outros estava sério e por conta das luzes que piscavam não conseguia ver a cor de seus olhos. Mas ele era bem bonito, um alfa? Talvez. Muito bonito.
Antes de chegar no refrão da música os quatro estavam posicionados bem no meio da pista, Eijiro se juntou a eles ficando os cincos em uma fila horizontal.
No “vai, vai malvadão”. Eles começaram a se movimentar em conjunto fazendo seus corpos se contraírem pra frente e para trás. Aquilo era simplesmente incrível.
Os gritos estéticos de homens e mulheres foram ouvidos. Alfas, betas e omegas aclamavam pelos cinco homens que se remexiam em movimentos extremamente sexy.
— TIRA A CAMISA! — Mina gritou do meu lado me fazendo gargalhar. A enxurrada de comentários do mesmo gênero da rosada eram ouvidos. Conforme a música continuava eles exerciam uma série de movimentos.
Não sei em qual momento exato começou acontecer mas meus olhos não conseguiam sair do loiro. Seu corpo grande e musculoso me fazia ficar inquieto.
Me deixava quente ver as vezes que ele agachava fingindo estar metendo no ar, ou as vezes que ele ameaçava a tirar a blusa social que agora tinha dois botões abertos.
Umedeci meus lábios tentando não focar meus olhos em si, quando a luz que piscava bateu contra minha retina novamente vi suas íris vermelhas me encararem.
O olhar presunçoso junto a um sorriso de lado surgiu fazendo minhas bochechas esquentarem, ele realmente era um alfa. Eu tinha certeza. Sua presença era marcante apenas com um olhar.
E ficou nisso até a dança acabar, a troca intensa de olhares me deixou ansioso porém tirei o cavalinho da chuva quando raciocinei o que estava fazendo.
Primeiramente ele era amigo do meu irmão consequentemente era um garoto. Sim um garoto. Não que eu tivesse complexo de superioridade, loge de mim. Porém era apenas um garoto de dezoito anos sabe. Então não.
[…]
Eijiro vinha ao meu encontro ele décima vez segurando mais um copo. Meu irmão mais novo tinha essa mania de ficar tentando me embebedar, não o levem a mal, ele não fazia isso para me ver rastejando nem nada mas sim por que sabia que quando eu ficava deveras bebado eu literalmente soltava a franga.
Eu sentia minha cabeça pesada mas meu corpo estava leve, sabia que já encontrava-se seriamente bebado.
— Eiji, chega! — Falei recusando seu copo enquanto debruçava na mesa — Você nunca muda.
— Levante daí agora! — Ele falou já me pegando pelos braços, nem fiz o favor de me incomodar já que Kirishima era três vezes mais forte que eu — Você não vai ficar sentado, não na minha festa.
Ele disse alegre me fazendo bufar, observei todos no local. Visualizei Mina, a mesma dançava alegremente junto a alguns amigos de Eijiro que eu não conhecia. A classe dele havia mudado bastante.
Era incrível como adolescente de quinze e dezesseis anos mudavam tanto quando completavam a maioridade.
— Vá aproveitar sua festa, meu amor — Falei carinhoso acariciando seus cabelos, o mesmo balançou a cabeça negativamente me fazendo bufar.
— Izu! Por favor! — Ele falou fazendo sua voz afinar no “Izu”, respirei fundo querendo pisar no seu pé. Era impossível negar algo a Kirishima ainda mais quando ele insistia naquilo.
— Certo, certo! — Falei levantando as mãos em rendição — Eu vou pro bar, e você vai se divertir. Entendeu?
O mesmo balançou a cabeça freneticamente me fazendo soltar um risinho nasal, observei o avermelhado ir alegre até a pista com os amigos dele.
Olhei no relógio vendo que era por volta das meia noite, a festa iria até cinco da manhã. Minha mãe e meus familiares já tinham ido em bora, já que segundo a matriarca: A madrugada são dos adolescentes.
Adolescentes que agora já eram maiores de idade, digo isso por que a maioria dos amigos de Eijiro já tinham entre dezoito e dezenove anos. Me direcionei até o bar sentando em um banquinho ao lado do balcão. O barman me olhou sorrateiro esperando que eu falasse algo.
— Uma caipirinha de morando, por favor — Disse sorrindo vendo o mesmo concordar. Enquanto olhava o mesmo preparar minha bebida saquei meu celular do bolso abrindo o aplicativo verde. Vi que havia algumas mensagens de Ura, minha melhor amiga.
[Ura]
Eai bebê, como tá a festa?
Algum alfa gostoso por aí? Se sim manda foto!
Dei risada, eu conheci Ura na faculdade de enfermagem e foi incrível o quanto eu e a omega nos identificamos.
[Eu]
Oi amor, está bem. Vou tomar uma caipirinha agora.
Tem um monte, mas juro Ura…tem um alfa loiro muito bonito aqui. Só que agora ele sumiu :(((
— Aqui está gatinho! — O barman falou me fazendo sorrir. Desliguei o celular aproveitando o gosto do álcool em minha boca.
Rodei o canudo virando meu corpo pra pista, a música inglês e agitada fazia eu mexer minha cabeça involuntariamente ao som da batida. Senti uma presença ao meu lado junto a um cheiro de nitroglicerina. Doce e familiar.
Olhei pro lado vendo o loiro de mais cedo, ele me encarou sério. Agora de perto olhei seu rosto, seus olhos junto às suas íris vermelhas, o nariz fino dando ângulo ao seu maxilar marcado. E seus lábios rasos carregavam um sorriso de lado.
Serrei os olhos, não sei o por que mas esse homem me lembrava alguém, seu cheiro era familiar demais. Meu corpo reagia ao seu cheiro.
— Eai, Deku.
Mordi meus lábios duvidando ter ouvido certo, já que a música estava alta. Deku? Como um gatilho um flashback rápido do rosto do melhor amigo de meu irmão passou pela minha cabeça. Não era possível.
Meus olhos arregaram e eu depositei meu copo em um baque mudo no balcão. Realmente não era possível.
— Kacchan? — O apelido de infância saltou dos meus lábios sem minha permissão. O sorriso dele se estendeu e foi aí que eu raciocinei:
O melhor amigo do meu irmão: Katsuki Bakugou, aquele moleque insuportável, magro e de cabelo loiros e longos havia mudado. Mudado muito.
Me lembrava muito bem dele, o motivo dos meus surtos de raiva. Katsuki por um bom período me encheu o saco no ensino fundamental. Aquilo era um assunto encerrado óbvio, só estava frustrado comigo mesmo por ter esquecido de seu rosto.
— Como você mudou, Kacchan! — Disse sorrindo, o mesmo sentou ao meu lado ainda me olhando — Como você está?
— Estou bem — Novamente tive que morder meu lábio inferior, sua voz estava grossa. Estava boa — E você?
— Bem também — Disse — Me desculpe não tinha te reconhecido, você está…maior?
Ele sorriu soltando um risinho o barman entregou sua bebida me fazendo olhar para sua mão. Os dedos longos rodaram o copo.
— Você está diferente também — Ele disse me fazendo duvidar.
— Estou? — O mesmo concordou, beberiquei mais um gole da minha bebida. Olhei pra ele novamente vendo que seus olhos não saíam de mim. Aquilo me deixava, nervoso.
— Está, e muito — Ele disse baixo, e eu deixei quieto — Você sumiu.
— Hm…! — Soltei surpreso, dei risada de sua expressão carrancuda — Agora sim, Kacchan!
Ele sem entender me olhou em dúvida esperando eu explicar, soltei o canudo chegando perto dele sem sair do banco. Levei meus dedos até o meio de sua sobrancelhas tocando com o indicador na ruga que ele tinha desde sempre. Desde pivete.
— Essa expressão eu lembro.
Sorri pra ele, Kacchan nunca demonstrava muitas coisas principalmente reações mas daquela vez ele gargalhou. Alto e claro, conseguia ver seus caninos. Ele estava diferente, muito diferente.
Muito bonito.
— Caralho — Ele disse soprado depois de dar uma boa esfregada nos olhos — Você realmente mudou.
— Mudei como? — Perguntei realmente curioso, vi que estávamos bem próximos um do outro, quer dizer, nossas cadeiras se encontravam.
— O Deku do passado não faria isso — Ele disse repetindo meu movimento só que no meio das minhas sobrancelhas. Eu sorri — O Deku do passado também não estaria falando comigo, não desse jeito.
— Isso é por que o Kacchan do passado parecia um homem das cavernas, querido — Eu disse rindo observando o mesmo ficar carrancudo de novo. Era uma graça.
Ficamos nos encarando em silêncio, apenas a música tocava e por um momento me concentrei em suas íris novamente. Katsuki se aproximou de meu rosto ficando bem perto de mim.
Eu pisquei lento por conta da bebida porém não me distanciei, eu gostava daquele calor. O calor de Kacchan. Nosso ombros se trombaram fazendo meu corpo receber bem o choque de nossas peles.
— Você ainda me vê como um garoto? — Ele disse sério, seus dedos encostaram na lateral da minha bochecha retirando uma mecha de cabelo que tinha ali — Ou me vê como um homem?
Eu pela segunda vez arregalei os olhos, então Katsuki sabia a maneira como eu o enxergava, quer dizer. Agora ele não era mais um garoto, não era mais aquele Katsuki do passado muito menos aquele Kacchan no qual eu conhecia.
Ele estava diferente e não digo só pela sua aparecia e sim comportamento. Ele havia mudado pra melhor e se eu dissesse que ainda o via como um garoto estaria mentindo.
— Kacchan…
Katsuki Bakugou
Quando Eijiro disse que ele viria eu senti meu coração dar uma guinada tão forte que pensei que estava tendo um ataque cardíaco.
Estaria mentindo se dissesse que não estava ansioso e o cabelo de merda percebeu. Óbvio que ele perceberia, bom não poderia nem contar o quanto era apaixonada pelo irmão de Eijiro.
Desde pivete, o omega era uma pessoa apaixonante. Quando ele foi embora o filho de uma boa mãe nem ao menos teve a audácia de se despedir. Bom falando assim parece que somos próximos mas na realidade eu amava Izuku no particular. Ou seja, só eu sabia.
Eu e Eijiro. O avermelhado fazia o favor de me mostrar o quão bonito Deku ficava, o quanto ele tinha melhorado e mudado durante aqueles dois anos. Eu só pensava nele.
Não que eu fosse um obcecado, eu tentei…juro que tentei me envolver com outras pessoas. Omega, beta e alfa. Mulher ou homem, porém meu coração só batia por Izuku.
No meu primeiro hurt com quinze anos eu só queria ele. Meu corpo chama ele mas eu sabia que se eu tentasse algo com Deku naquele tempo ele negaria. Ele só me via como um garoto.
— Kacchan… — O mesmo sussurrou o apelido de infância que eu tanto gostava. Sua respiração lenta bateu contra meu rosto me fazendo olhar para seus lábios.
Umedeci os meus voltando o olhar ao seus olhos. As íris verdes não me encaravam, lambi meu lábio inferior tendo uma resposta imediatamente de Izuku mordendo seu lábio de baixo. Sorri.
— Me responda, Deku — Pedi um pouco mais auditório, ele cruzou as pernas voltando a me encarar, seu rosto tinha uma coloração rosada que apesar das luzes piscantes eu conseguia enxergar. Era lindo.
— Homem.
Podia ter sido um sussurro porém ouvi de alto e bom tom. Sorri inclinando minha cabeça, levei minha destra até sua bochecha fazendo um carinho ali. Izuku se aproximou mais uma vez apoiando a palma da mão na minha coxa, o toque quente me faz arrepiar.
— No que você está pensando, meu bem? — O esverdeado me perguntou. Eu estava fascinado, o jeito que ele me prendia era impossível de negar.
— Eu quero muito te beijar — Disse sem um pingo de vergonha, Izuku por sua vez sorriu lindamente antes de sussurrar mais uma vez contra minha boca, seu hálito cheirava álcool.
— Então beija.
Seu pedido era uma ordem, rodei minha mão até sua nuca acabando com o espaço que tinha entre nós.
Seus lábios eram macios, do mesmo jeito que eu imaginava. Seu cheiro entrou pela minha narina me fazendo afagar, Izuku cheirava mamão, era sútil, era delicioso.
Sua cabeça inclinou e eu pude chupar seu lábio inferior, aquele lábio que eu observava todo vez que ele mordi. Para minha surpresa Izuku foi o primeiro a colocar sua língua no meio da minha rima bucal.
Sorri, ele era tão ousado. Dando passagem me senti o cara mais sortudo por estar dentro de sua boca. Nossas línguas brigavam por espaço e quando eu chupei seu músculo o mesmo gemeu. Baixo porém soou como música pra mim.
Suas mãos pequenas estavam na lateral de meu pescoço e desceram para meu peito me pressionando para trás. Ele quebrou o contato respirando forte e rápido.
Ele estava vermelho e os lábios entreabertos o deixava mais lindo do que já era. Seus olhos se abriram me encarando. Havia desejo, havia luxúria.
— O que você acha de sairmos daqui? — Sussurrei contra seu ouvido aproveitando para encostar meus lábios em sua orelha.
— Acho uma ótima ideia — Ele disse aprovando me dando um selinho rápido antes de levantar do banco me puxando pelo pulso indo em direção ao banheiro.
[…]
Izuku me empurrou para a primeira cabine disponível que viu. Eu e ele estávamos dentro daquele pequeno cubículo, seu corpo se encostou no meu me fazendo sorrir.
Com os calcanhares erguidos Deku capturou minha boca novamente, o beijo era desejoso e rápido, suas mãos subiram até meu pescoço e minhas mãos desceram até sua cintura.
Apertei fazendo-o soltar um suspiro sôfrego, sai de sua boca beijando seu pescoço. Seu cheiro ali era mais intenso, eu estava me segurando para ir devagar. Queria aproveitar tudo isso.
Dei uma mordiscada mais forte no local de sua glândula sudorípara ouvindo ele gemer alto por mais.
— Você geme igual uma puta, Deku — Sussurrei contra seu ouvindo sentindo o próprio se inclinar para frente buscando mais contato. Oh, ele gostava de ouvir putaria então — Então você gosta de ouvir essas porras sujas, Deku?
O mesmo gemeu mais uma vez se distanciando de mim, ele desceu sua mão direita pelo meu abdômen chegando na minha área privada. Eu suspirei ansioso.
— Por que você não cala a boca, Kacchan? — Avancei pra cima dele o prendendo contra a outra parede da cabine.
Minhas mãos desceram para sua bunda o puxando pra cima, Izuku entendeu o recado enrolando suas pernas envolta da minha cintura.
Simulei uma estocada o vendo contrair as sobrancelhas de olhos fechados. Era lindo. Busquei sua boca novamente o beijando com vontade. Suas mãos ágeis começar a desabotoar meu terno e quando terminaram foram fazer o mesmo trabalho na camisa social.
Izuku chupava meu pescoço com vontade e eu tinha certeza que ele rebolava no meu membro só para me provocar.
— Sente no vaso — Ele mandou e eu obedeci, meu falo já estava duro e eu queria muito arrancar sua roupa. Como se o esverdeado tivesse ouvido meus pensamentos ele começou a se despir na minha frente.
Minha perna involuntariamente começou a subir e descer ansiosamente. O seu terno caiu no chão e devagar ele foi desabotoando a camisa social. Sabia que estava me provocando. Estiquei meu braço para tocado mas o mesmo negou com a cabeça.
— Apenas me olhe — Bufei irritado e ansioso, aquilo era sacanagem. Ele virou de costas me olhando por cima dos ombros e abaixou a calça devagar me dando o privilégio de ver aquela bunda farta que tinha.
A dor no meio das minhas pernas de fez presente, passei minha mão sobre minha própria boca. Ele era cruel.
Quando a calça caiu sobre seus pés ele virou de frente novamente, usava uma cueca rendada preta, era simples mas tudo nele ficava três vezes mais sensual.
— Se eu soubesse que isso fosse acontecer — Ele disse vindo até mim, meus olhos nem sabiam para onde olhar. Eu queria guardar aquela memória em alta resolução — Teria colocado algo mais chamativo.
Eu sorri o puxando, meu nariz se encontrou com sua barriga lisa e senti um carinho gosto em meus cabelos. Lambi seu umbigo junto a área perto dele chegando no meio de seus peitos.
Olhei pra cima vendo seu pescoço exposto já que Izuku estava com a cabeça pra trás suspirando.
— Você é uma delícia, Izuku — Abocanhei seu mamilo direito com força, rodando minha ligua em volta dele. Deku por sua vez puxou meus cabelos da nuca gemendo alto.
— Oh Kacchan.
— Eu quero te chupar — Confessei ainda contra seu mamilo que agora estava rosado, Izuku sorriu faceiro se virando. Sua bunda na mesma altura da meu rosto.
Seu olhar perfurante me alcançou, eu tremi de ansiedade. O cheiro dele se misturava com o meu fazendo meu membro pulsar dentro da calça. Ele retirou a cueca na minha frente e logo suas mãos seguraram cada uma de suas bandas me mostrando seu ponto rosa.
— Chupe.
Enfiei minha cara dentro dele o chupando. Chupava ele como se minha vida dependesse daquilo. E dependia. Izuku gemeu alto me fazendo sorrir contra seu ponto, era molhado, era cheiroso, era meu.
Minha mão procurou pelo seu mamilo e quando encontrou começou a estimulado. Os gemidos começaram a ficar em sequência e logo Izuku gozou.
Suas pernas tremeram e eu o agarrei pela cintura o puxando para meu colo. Ainda de costas maltratei sua nuca deixando várias mordidas ali.
— Kacchan…— Ele suspirou rebolando contra meu membro, ele era perverso. Deku virou o corpo passando suas pernas uma de cada lado.
Suas mãos foram direto para meu cinto o tirando, desabotoando a calça. Eu ergui meu quadril ajudando ele a tirar a minha peça de roupa.
Seu membro encostou no meu falo já fora da cueca me fazendo gemer com a rebolada que o esverdeado deu.
— Kacchan…— Ele chamou mais uma vez contra meus lábios, apertei suas nádegas. Ele lambeu meus lábios e me olhos nos olhos — Me fode.
Rosnei, como ele era promíscuo. Levantei do vaso o botando de quatro pra mim, mesmo sem ver seu rosto sabia que ele estava sorrindo.
— Sua puta — Espalmei minha destra pela suas costas subindo até sua nuca, agarrei o local me encaixando na sua traseira.
Foi de primeira, entrei sem esperar muito. Suas costas contraíram o fazendo afagar. Era quente, a sensação tanto sonhada por mim me fez revirar os olhos, Izuku ameaçou a levantar mas eu dei uma guinada pra frente o fazendo gemer.
— Pediu agora aguenta, sua vadia — Ele apoiou as duas palmas das mãos na porta da cabine em procura de apoio.
A visão dele na minha frente de quatro servia de estímulo para me enterrar cada vez mais dentro dele. Suas pernas tremeram e ele deve a audácia de empinar aquele rado.
Rodei meus dedos envolta de sua cintura socando contra uma bunda, ele gemeu e pela segunda vez gozou. Seu interior me apertou e eu não consegui segurar e acabei gozando também.
O cheiro de sexo rodava aquele cabine do banheiro, sai de dentro dele vendo minha porra escorrer por meio de suas pernas. Ele se virou me olhando nos olhos.
— Sente-se, eu vou te chupar — Ele disse auditório fazendo meus pelo se arrepiaram. Eu gostava do Izuku do passado mas tinha certeza que amava o Izuku do presente.
Izuku Midoriya
Se eu soubesse a situação que me encontraria com certeza não acreditaria. Não por que era estranha e sim por que era impossível.
Aquele homem em minha frente me olhava com tanta luxúria que eu ficava até lisongeado. Ele era bruto, minhas pernas tremiam e eu gostava daquilo.
Ele me fazia ter orgasmos que me subiam pro céu e desciam pro inferno. Seu corpo, seu cheiro era tudo muito bom.
Katsuki conseguia fazer um contraste entre seus dois lados, apesar de suas palmadas e estocadas bem dadas seus beijos por mais de serem quentes eram carinhoso. Ele me beijava como se tivesse um sentimento escondido ali e aquilo fazia meu coração balançar.
Me agachei entre suas pernas chegando meu rosto perto de seu membro que estava ereto novamente.
Segurei sua glande ouvindo o mesmo suspirar pesado, o cafuné no meu coro cabeludo começou me fazendo abocanhá-lo sem do. Eu chupava, lambia e raspava meus dentes de leve só pra ouvido gemer.
— Ah, Deku…— Ele empurrou o quadril contra minha boca me fazendo dilatar mais meu maxilar, não demorou muito para eu sentir o líquido viscoso sobre minha língua.
Engoli tudo me separando de seu falo com uma última chupada, me levantei retornando para seu colo e beijando sua boca.
O beijo lento despertou o desejo em nossos corpos novamente, eu já estava suado e Kacchan também. Ele segurou meu quadril me levantando se posicionando embaixo de mim.
Comecei a quicar em seu falo sem ao menos me preocupar com os gemidos que saiam sem minha permissão pela garganta.
Bakugou me apertou e depois desferiu um tapa na minha bunda mordendo forte meu pescoço. Senti seu membro pulsar dentro de mim e pela sei lá qual vez ele gozou.
— Eu te amo — O mesmo sussurrou contra meu ouvido me fazendo gemer depois de socar pela última vez contra meu interior.
— Eu também — Falei sem ao menos pensar, foi tão natural que nem ao menos me repreendi. Eu não conhecia Katsuki, não aquele Katsuki.
Mas sabia que o amava, talvez não dá mesma forma e intensidade que ele mas se me possibilitasse a ter essa experiência não me arrependeria.
— Esquecemos da camisinha — Ele disse manhoso sussurrando contra meu ouvido.
— Não se preocupe, eu uso anticoncepcional.
Fiz um carinho em seu rosto afastando seu cabelo loiro que agora estava grudado em sua face por conta do suor. Suas mãos em minha cintura me confortou em um rodar gostoso na minha lateral.
Beijei ele calmamente sentindo o gosto de sua boca mais uma vez, eu acho que estava ficando viciado. Ouvimos a porta do banheiro se abrir fazendo tando eu quando Katsuki assustar.
Pude reconhecer a voz do meu irmão junto a outro colega dele.
— Izuku? — Eijiro me chamou e eu olhei com os olhos arregalados para Kacchan. O mesmo sorriu sacana empurrando seu quadril pra frente. Droga, ele ainda estava dentro de mim.
— Ah…— Soltei sem querer fuzilando Katsuki com os olhos, me movimentei para sair de cima dele mas o mesmo não deixou.
— Fique — Ele disse me olhando dos olhos, sua cabeça chegou perto do meu pescoço, meu hálito era quente, era delicioso.
— Izuku é você? — A voz de Eijiro se fez presente me fazendo bufar. Segurei o rosto de Kacchan fazendo com que o mesmo me olhasse, se ele ficasse fazendo isso não iria aguentar.
— Pare — Pedi e ele sorriu negando. Ele beijou minha boca e desceu para meu maxilar, eu tentava ao máximo não mexer meu quadril pois sabia que iria gemer caso isso acontecesse — Oi Eijiro…ah droga.
— Zuku está tudo bem? — O seu tom de voz era preocupado. Oh, estava tudo bem Eijiro, muito bem. Olhei pra baixo vendo Katsuki me chupar como um bezerro chupava o leite da vaca — Você sumiu!
— E-eu…— Engoli em seco dando um tapinha fraco no ombro de Kacchan, mas que homem teimoso — Estou bem, meu bem. Acho que bebi muito.
— Você que que eu te aju…-
— NÃO! — Gritei sem querer depois da mordida forte que Katsuki deu no meu ombro, aquilo ficaria marca — Quero dizer, fique tranquilo jaja eu saio daqui.
— Certo — Ouvi sua voz mais distante — Qualquer coisa me chama.
— Pode deixar, meu bem — Disse suspirando, a porta fez barulho anunciando que meu querido irmão havia ido embora. Olhei pra Katsuki em baixo de mim serrando os olhos bravo — Você é impossível.
Ele sorriu me beijando mais uma vez tocando minhas bochechas com carinho.
— E você e irresistível.
Bom, o aniversário era de Eijiro mas parece que fui eu que ganhei um presente.
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