↯ O Michê ↯ — Capítulo 1
KyungSoo era um excelente advogado.
Sua vida era estável, tanto a social como a financeira. Tudo que ele queria, podia ter.
Contudo, só havia um probleminha: Kyungsoo era virgem.
E não aguentava mais ser o único da roda de amigos a não poder comentar sobre suas noitadas de pegação e sexo.
O jovem de vinte e cinco anos já estava farto de todo aquele clichê de tentar achar o cara certo, na hora certa, pra fazer o errado.
Ele queria dar logo e ser feliz.
É por isso que ele pesquisou na internet um bom lugar para se ligar e obter o garoto errado pra fazer a coisa certa.
E agora ele estava ali, as mãos tremendo e o coração pulando, prestes a desistir de tudo.
— Garotolândia, bom dia?
Era tarde demais. A recepcionista já havia atendido e KyungSoo não seria mal educado de desligar na cara dela.
— Bom dia?
— Ahm, bom dia! — Ele falou desesperado. — Ahm, eu… Eu gostaria de um garoto… é… bem, bonito, alto… e… e…
— E? — A telefonista sorriu de leve. — Gostoso?
— Isso. — Kyungsoo falou nervoso enquanto concordava. A telefonista anotou o endereço dele. — Não, tem que ser amanhã à noite. Isso. Sexta à noite.
— Tudo bem. Às 20 horas o garoto estará em sua porta. Tenha um bom dia e uma ótima diversão, senhor.
E então a ligação foi encerrada.
KyungSoo continuava tremendo e por isso deixou o celular escorregar da mão até o chão, assustando-o com o barulho.
Eram dez horas da manhã e ele ali, procurando um garoto de programa para, finalmente, tirar sua virgindade.
KyungSoo não queria que fosse daquele jeito, apressado e com qualquer um, mas havia se passado anos e o garoto não aguentava mais, tinha que experimentar aquela sensação conhecida por todos, exceto ele.
O rapaz se situou e percebeu que precisava voltar ao trabalho. Tinha ido para casa apenas para pegar uns papéis do caso em que estava trabalhando e olha só no que deu: Um encontro com um garoto de programa.
O rapaz se acomodou no carro e seguiu para o escritório, mas aquelas perguntas não saíram de sua cabeça: O cara seria mesmo bonito? Estiloso? Gostoso? Gentil?
Gentil com certeza ele não seria. Não era porque KyungSoo transaria pela primeira vez que o tal garoto pegaria leve com ele.
Ou iria?
Não importava, naquele momento KyungSoo tinha que focar no trabalho.
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Sexta-feira, 20:03: Era essa a hora que marcava no relógio de KyungSoo e o garoto de programa não havia chegado ainda.
Ele nem tinha comido direito como de costume, apenas engoliu os bagos de arroz e tentou se convencer de que estava satisfeito.
Mas não estava.
Agora, KyungSoo tentava contar até dez e se acalmar, sentado no sofá com os cotovelos apoiados nos joelhos, coçando a testa.
DingDong.
Foi o estopim para o coração de KyungSoo parar de vez. A campainha.
No desespero, ele se levantou e parou no meio do caminho para a porta.
Não dá pra voltar atrás, pensou.
Já era.
O garoto não havia saído de onde quer que ele estava, à toa, não é? Portanto, ele secou o suor das mãos na calça jeans e tocou a maçaneta.
Abriu.
Seus olhos quase pularam das orbes quando avistou um garoto todo de preto, os cabelos castanhos, olhos contornados levemente com a tinta de um lápis preto e uma bela altura.
O recém chegado levantou os olhos para KyungSoo e sorriu.
Aquele sorriso era lindo; os dentes eram branquíssimo, o corpo era esbelto e KyungSoo ficou ansioso para vê-lo nu.
— Me desculpe o atraso, senhor. — O garoto falou com uma expressão safada. — É que o trânsito até aqui estava muito ruim.
KyungSoo ficou boquiaberto por um momento e só depois reparou que estava sendo tolo demais. Nem havia convidado o rapaz para entrar!
— Ahm, tudo bem, entre! — Finalmente falou e deu graças por não ter gaguejado.
O desconhecido adentrou a casa e então KyungSoo reparou que ele tinha uma mochila nas costas.
O que diabos ele carregava ali dentro?!
Um pensamento horroroso passou pela cabeça de KyungSoo, mas este apenas o ignorou e fechou a porta. Ele continuava tremendo, mas fez de tudo para que o outro não notasse.
— Casa bonita. — O garoto afirmou enquanto observava a escada que seguia para o segundo andar. — Deve ter custado uma fortuna.
— Nem tanto. — KyungSoo sorriu desconcertado.
O desconhecido o encarou e o deixou de olhos arregalados e pele avermelhada.
— Se vamos fazer isso… Preciso pelo menos saber seu nome. O meu é Kim Jongin, mas pode me chamar de Kai. — Ele estendeu a mão e KyungSoo, depois de alguns segundos processando, a pegou.
— Kyung-kyungsoo. — Gaguejou e o tal do Kai deixou que aquele sorriso adornasse seus lábios novamente. — Ahm…
— É tua primeira vez nisso? — Kai percebeu o nervosismo do outro. — É, parece que sim. Não se preocupe, não é nada demais. Não sou um assassino.
— E-Eu sei! — Tentou se acalmar, mas KyungSoo estava muito nervoso. — Eu não pensei isso, claro que não. — Mentiu. Tinha pensado nisso segundos atrás, quando atendeu a porta.
Kai assentiu e tirou sua mochila das costas, segurando-a pela alça.
— Então, onde vai ser?
— Meu Deus, que embaraçoso… — KyungSoo sussurrou para si mesmo, recebendo um olhar confuso do JongIn. Ele tinha que falar que era sua primeira vez, certo? JongIn deveria saber. — No quarto, claro.
O dono da casa apontou a escada que até então Kai observava e subiram lado a lado.
Jongin queria rir das atitudes de KyungSoo, dava pra sentir o cheiro de medo emanando dele como batata frita queimando.
E Kai conhecia aquele medo.
Era medo de virgem.
Assim que KyungSoo virou na primeira direita, Kai o seguiu e encontrou um quarto bem arrumado, com colchas brancas e um travesseiro preto na cama. Alguns livros estavam na pequena estante do quarto, e pelos títulos, o cara era um advogado.
Tudo que ele queria ser e não pôde.
Kai se acomodou numa cadeira estampada do quarto e ficou esperando KyungSoo dizer alguma coisa.
Dizer aquilo que ele precisava saber.
E KyungSoo tentava se encorajar para dizê-lo. Ele se encontrava de olhos fechados, contando até dez e respirando fundo.
— Acontece que… — Começou a dizer e Kai cruzou as pernas em um perfeito triângulo. — Que… Ai, droga. Acontece que eu sou virgem, tá legal?!
Então KyungSoo levantou o olhar e esperou Kai rir de si mesmo, porém, sua atitude foi completamente contrária.
O rapaz se levantou e começou a se aproximar dele, causando uma quentura excessiva em KyungSoo.
Tudo piorou quando seus dedos gélidos acariciaram a pele de seu braço, em movimentos circulares.
— É, eu percebi. — Kai riu baixo e rouco enquanto beijava o pescoço do outro. — Eu disse pra não se preocupar, não disse?
KyungSoo estava impossibilitado de dizer qualquer coisa, portanto, apenas consentiu com a cabeça e se rendeu aos gestos do garoto.
— Eu vou ser bonzinho. Bonzinho como… — Ele mordeu o lóbulo de KyungSoo. — O lobo mau.
As pernas do advogado tremeram e, se não fosse pelos braços grandes de JongIn enlaçarem seu corpo, ele já estaria no chão de joelhos.
Kai o levantou e o guiou para a cama, mantendo o contato visual a todo segundo.
KyungSoo agora estava de pernas abertas e o michê se encaixava entre elas.
Ambos ainda vestidos, infelizmente.
Kai distribuía beijinhos no rosto de KyungSoo, que se dava ao trabalho de respirar e arfar ao mesmo tempo - isso era bem difícil pra ele.
— Relaxe, amor… — JongIn sussurrou. — Vai ser bem prazeroso, você vai ver.
KyungSoo achou tudo aquilo estranho demais. Tudo bem que era sua primeira vez, mas daí Kai lhe chamar de amor?
Era demasiada ilusão, certo?
Mas ele não reclamou, não mesmo. Isso tudo o deixou relaxado e finalmente ele pôde respirar direito. Seu pulmão estava prejudicado desde o minuto que a campainha soou.
Suas pequenas mãos acariciavam as costas cobertas de Kai, tentando sentir a essência daquele rapaz que cheirava a um perfume amadeirado.
Era delicioso.
JongIn era o garoto dos sonhos de KyungSoo: Lindo, gostoso e delicado.
Pena que não podia se apaixonar por ele.
Quando deu por si, KyungSoo estava já tirando a camisa do rapaz, que gostou de sua atitude e demonstrou com um sorrisinho safado. Ele ficou sentado em cima do corpo de KyungSoo, dedilhando o peitoral que aos poucos era descoberto por suas mãos. Kai mordeu os lábios e arranhou de leve a pele branca.
KyungSoo suspirou no momento que o rapaz começou a beijar abaixo de seu umbigo. A língua dele era deliciosa, macia e quente, causava vários arrepios nos cabelinhos pequenos. Por mais que não quisesse, deixou um pequeno gemido escapar quando uma das mãos de Kai apertou de leve o seu membro por cima da calça, que já tinha o zíper aberto.
JongIn insistia em olhar diretamente para KyungSoo, o que apenas piorava a situação. Era muita pressão, portanto, tratou logo de fechar os olhos e segurar nos ombros do maior. KyungSoo engoliu em seco quando a língua quente adentrou seu umbigo e logo depois deixou um chupão ao lado dele.
A respiração do michê era tão compassada que passava uma certa segurança para KyungSoo, acompanhado de outros gestos como uma das mãos entrelaçadas, beijos carinhosos e mordidinhas leves.
O que veio depois foi uma das coisas mais lindas que KyungSoo já vira: Kai escorou o queixo em sua barriga e o encarou. Seu sorriso delicado foi adornando os lábios, que logo ficaram entre os dentes.
— Alguém já lhe disse que você é muito bonito, KyungSoo?
Kai perguntou sussurrando, depositando um selinho na barriga do outro, que sorriu confuso.
O michê subiu até os lábios de KyungSoo e o beijou intensamente, sentindo a língua nervosa e endurecida nos primeiros segundos. Logo depois o menor foi cedendo, se acostumando com as mãos bobas de Kai ultrapassando as linhas do limite.
Mas quem queria limite naquele momento?
Ninguém.
Quando viu, KyungSoo já estava nu, as mãos de Kai acariciando o membro já ereto enquanto o beijava incansavelmente. Ele também explorava os cantos macios e finos da pele de Kim, que o concedeu total liberdade para fazer o que quisesse.
Kyung agora recebia algumas mordidinhas no pescoço, seguidos de chupões quase invisíveis. Ele arfava enquanto sentia os lábios hábeis de Kai o maltratar e lhe proporcionar prazeres imensos e inexplicáveis.
KyungSoo estava adorando. Aquela seria a melhor de suas noites, na certa. Finalmente ele poderia contar alguma experiência na mesa do bar com seus amigos.
Sua respiração e fala foram sufocadas quando a língua de JongIn lambeu sua extensão, deixando uns beijos no caminho.
O rapaz sorriu ao ver a expressão de surpresa na face do seu senhor e a respiração compassada tocou a pele sensível do menor.
Isso o levou a loucura.
Nenhum filme para maiores poderia dá-lo aquela sensação, nenhuma punheta ou algo parecido
Era completamente diferente do “só ver” e não sentir. Então JongIn abocanhou o pênis ereto e a boca quente dele fez KyungSoo estremecer por dentro e por fora. Ele soltou um droga bem grande enquanto tapava os olhos em êxtase.
Não demorou muito para suas mãos pararem nos cabelos lisos de Kai e acariciá-los, ditando também os movimentos seguintes.
JongIn era um homem experiente e KyungSoo agradeceu por finalmente ter feito aquela ligação. Agradeceu também à telefonista que havia anotado seu pedido.
Entre gemidos e respirações sôfregas, KyungSoo teve o membro masturbado por longos minutos, incluindo a virilha, saco e o períneo.
Até chegar à sua entrada.
Kai chupou aquele orifício como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. E bem, pra ele era. Sua língua entrou no ânus virgem e causou uma tremenda excitação em KyungSoo.
JongIn fez tudo que tinha direito: chupou, cuspiu, e finalmente adentrou um dedo. Devagar. Com cuidado.
Ele não sentiu a necessidade nata de pegar o lubrificante, a não ser que KyungSoo pedisse.
— Ah! — KyungSoo gritou de dor quando finalmente o dedo de Kai estava dentro de si. — Droga!!
De repente KyungSoo sentiu seu corpo começar a tremer.
Ele desconfiava que estava quase chegando ao seu ápice devido às masturbações lentas de Kai, mas então, as mãos hábeis que ele tanto amava o destruíram daquela vez: O dedo indicador de Kai tapou a fenda por onde seu líquido sairia dali há alguns segundos.
Aquilo foi horrível.
KyungSoo abriu os olhos e encarou Kai mortalmente, tentando entender porque diabos ele fez aquilo.
— Ainda não, babe… — E então Kai depositou um selo na cabecinha do membro de KyungSoo. Um de seus dedos continuava na entrada dele, mexendo pra frente e pra trás, fundo. — Acha que necessita de lubrificante?
KyungSoo tentou raciocinar. Ele sabia que iria doer, mas não desconfiava que seria tanto. Contudo, ele não queria aquela coisa, portanto, apenas negou com um gesto e mandou que Kai continuasse.
O rapaz ousou adentrar outro dedo e Kyung urrou com a dor, então pegou o travesseiro para abafar os seus gritos, fazendo JongIn rir.
Não demorou muito para o michê aumentar a velocidade das estocadas, fazendo KyungSoo tremer de excitação e dor.
Por fim, ele pegou uma camisinha em sua mochila, abriu o pacote e cobriu o membro totalmente ereto.
KyungSoo queria dar. Kai queria comer.
Então não necessitava de mais nada. Só do membro de JongIn, que entrou com tudo. Sem nem interromper. Ele foi direto e fundo, sem hesitação. KyungSoo abafou o grito ainda com o travesseiro na cara, abrindo mais as pernas.
Ele precisaria contar aquilo pro Sehun depois. E para o Baek. E para o Kris. E para o Lay. E para os amigos do grupo todo.
Mas ele omitiria, com toda certeza, aquela dor infernal.
Então Kai começou a se movimentar quando KyungSoo sinalizou que ele podia continuar. Uma de suas mãos continuava entrelaçada à do maior, que sorria enquanto empurrava seu corpo junto ao de Kyung. Um olhar carinhoso foi lançado para ele, que correspondeu com um sim, está tudo bem.
— Caramba… Isso era pra ser gostoso, não? — KyungSoo perguntou encarando JongIn.
— Relaxa. Ou não vai mesmo ser prazeroso. — Kai respondeu dando selares no maxilar de KyungSoo. — Confie em mim e me deixe fazer o serviço. Me deixe te lambuzar de gozo e mais gozo.
Todos os pêlos de KyungSoo se eriçaram depois de ouvir aquilo. A voz grossa passou pelos tímpanos como uma música.
Enquanto isso, Kai tratava de aumentar a velocidade das estocadas, alternando entre fortes e fracas, leves e fundas. Ambos gemiam e olhavam nos olhos um do outro.
Na verdade, pareciam dois apaixonados.
Dois amantes.
E não um garoto de programa e um cliente.
Kai mordeu os lábios quando começou a masturbar KyungSoo, que percebeu que dentro de minutos ele gozaria no peitoral dele.
As mãos de JongIn eram milagrosas.
Mãos de Deus. Ou de qualquer outra coisa que possa descrever a sensação que lhe presenciava no momento.
Era divino. Delicioso.
— Ah, Kai, eu vou…
E foi. O líquido totalmente branco de KyungSoo jorrou e sujou o peitoral de JongIn, que sorriu em êxtase. Aquela cena foi linda para ele. Um garoto daqueles, lindo, gemendo por seu nome e gozando por ele.
Contudo, não foi o suficiente para ele chegar ao ápice.
Kai meteu por mais alguns minutos na entrada de KyungSoo e, quando finalmente teve aquela sensação de estar no paraíso, ele retirou o membro e se masturbou no corpo do menor.
Agora foi a vez dele de sujar a barriga de KyungSoo com o líquido transparente e quente.
— Oh, caralho!
Essas foram as palavras que se seguiram após o derrame de gozo. Ambos estavam cansados, ofegantes e muito afim de dormir.
Kai pediu para que KyungSoo se ajeitasse em seus braços e ele o fez, sentindo o perfume amadeirado mais de perto e se deliciando. Os lábios dele depositaram um beijo quente na testa de KyungSoo e uma risadinha foi dada também.
— Espero que tenha gostado. — Finalmente disse. — Sei que às vezes a primeira vez não é como a gente imagina, mas… — Kai o encarou. — Tentei ser o mais romântico possível.
— É, admito que doeu sim. Mas… Como você mesmo disse, você amenizou muito as coisas. Alguém já te disse que você é fodidamente gostoso?
KyungSoo viu a risada mais gostosa de todo o mundo quando Kai abriu aquela boca. Ele não sabia de onde tinha saído a coragem para falar tal coisa, mas depois de ter feito sexo com um estranho, podia fazer outras coisas também.
— Olha… Devo dizer que sim. Não vou mentir pra você. — Kai o encarou por uns segundos e percebeu o que aquele olhar de KyungSoo queria dizer. — Não se preocupe, não vou embora agora. Faço questão de ficar aqui com você.
O menor concordou e, depois de encarar Kai por alguns segundos a mais, fechou os olhos e dormiu naqueles lindos braços.
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Um barulho estranho vinha do quarto. KyungSoo acordou lentamente, coçando os olhos e tentando focar as vistas.
Quando conseguiu, viu Kai amarrar os cadarços de um dos tênis. Lamentou por isso. Queria ficar mais um pouco agarrado naquele garoto.
Droga, estaria se deixando levar pelos sentimentos? Espera, que sentimentos?
— Não ia se despedir? — Perguntou ainda sonolento enquanto apoiava o rosto nos joelhos.
— Bom dia, Soo. — Kai sorriu. KyungSoo adorou aquele apelido. — Eu ia te acordar assim que eu acabasse aqui. Claro que iria me despedir.
O rapaz se levantou da cadeira e sentou ao lado de KyungSoo. Sua boca chegou lentamente aos lábios dele e beijou. Um pequeno papel foi depositado em suas mãos.
041-41-67855652
— Esse é o meu número pessoal. — Kai respondeu a pergunta silenciosa de KyungSoo. — Você sabe… Se quiser conversar. — Então ele riu safado. — Espero que fique bem. — Um beijo na testa. — Tenha um ótimo fim de semana.
Kai pegou seus pertences e saiu do quarto. KyungSoo estava tão cansado que não o acompanhou até a porta. Sim, foi falta de educação, mas tudo que ele queria era deitar e dormir de novo.
E foi o que fez.
Deitou e dormiu como um anjinho.
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Grupo EXOPLANET
SeHun: Galera do meu E.X.O, vou adicionar um garoto que conheci na festa semana passada… Eu me esqueci de falar sobre ele aqui, mas queria dizer que é um gostoso da poha (desculpa LuHan) e é pra vocês socializarem com ele.
SeHun adicionou 041-41-67855652
LuFlautinha: Seja bem-vindo, desconhecido. Eu me chamo LuHan.
Kris Wu: Eu sou Kris, gracinha. SeHun falou bem de você.
Lay: Eu sou o Lay, prazer.
SuHo: Eu sou o SuHo. Conte-nos sobre o seu encontro com SeHun.
Zitao: Oh o outro querendo fofoca. Eu sou o Tao. Seja bem-vindo. Bem vindo é com hífen ou sem hífen?
Kris Wu: É com hífen, seu analfabeto.
Zitao: Amor, pega leve. Você deveria me perdoar, sabia? KyungSoo, cadê você???
Kris Wu: O que eu deveria fazer com você não deve nem ser pronunciado aqui, em respeito ao garoto novato.
Era isso que KyungSoo lia enquanto terminava de tomar o refrigerante e comer a pipoca. Estava assistindo um filme na tv quando foi bombardeado com aquele tanto de mensagem.
Seu corpo todo tremia e seu coração faltava sair pela boca. Como assim Kai tinha sido adicionado no seu grupo? Ele queria acabar com sua vida? Que droga estava acontecendo?
Xiumin: Vai ver o Kyung conhece esse garoto e não quer falar sobre.
Yixing: Todos sabemos que KyungSoo é tímido, dê o tempo dele. E cadê esse menino novo que até agora não falou nada?
SeHun: Seus caralhudos, o nome dele é JongIn, mas todos o chamam de Kai.
Chanyeol: Com todo respeito, Kai em cima de mim. Obrigado.
BaekHyun: Que errado, Chanyeol… KYUNGSOO, APARECE, PRECISO FALAR COM VOCÊ!!
KyungSoo teria que responder cedo ou tarde, mas resolveu fazer isso bem tarde.
Tentou voltar sua atenção para o filme, mas foi quase impossível. Estava abismado demais com aquele tal de destino.
KyungSoo: Eu tô aqui. Seja bem-vindo, JongIn.
Zitao: Chamou de JongIn é porque não gostou. Eca KyungSoo.
KyungSoo: Vai dormir com o Kris, idiota. Ah, é, vocês não estão mais juntos.
Chanyeol: O Deus da discórdia apareceu.
Zitao: Freeza.
KyungSoo: O que foi, BaekHyun? Cale os dedos, Tao.
Kai: Oi pessoal. Sou o JongIn, mas podem me chamar de Kai. Prazer.
SuHo: Prazer só na cama , amor.
KyungSoo: Nossa SuHo, vaza daqui.
BaekHyun: KyungSoo, eu me meti numa roubada e preciso da sua ajuda.
KyungSoo: Tá preso?
BaekHyun: Não, mas vou ser.
KyungSoo: Então me liga quando estiver.
BaekHyun: KYUNGSOOOOOOOO
KyungSoo: Privado, Baek, privado.
Kris Wu: E lá se foi o BaekHyun. Quantos anos você tem, Kai?
Kai: Eu tenho vinte e sete. Vocês fazem o quê da vida? Olá, Soo.
KyungSoo estremeceu. Kai o chamou pelo apelido que ninguém ali conhecia. E não demorou para todo mundo perceber.
Zitao: Chamou de Soo é porque gostou. Já shippei. Como que ficaria o ship de JongIn com KyungSoo? Vamos fazer uma votação.
Kris Wu: Nossa, Zitao, você é tão desnecessário. Você nem sabe se esse garoto é gay, tomara que KyungSoo puxe seu pé hoje.
KyungSoo: Vocês dois são desnecessários. Parem de brigar aqui e respondam a pergunta do garoto. Eu sou advogado.
Lay: Acho que o ship seria KAISOO. Já shippei também. E Eu sou cantor.
KyungSoo: Ou tenta ser.
Kai: Ou tenta ser, kkkkk eu ri, desculpa. KaiSoo seria muito bonitinho, apoio.
Os olhos de KyungSoo se arregalaram quando leu aquilo. E deu um sorriso também. Então quer dizer que Kai havia gostado dele, hun? Quem sabe não rolaria algo entre eles?
Claro que não, o garoto trabalhava com sexo e KyungSoo era demasiado ciumento. Não daria certo.
LuHan: ACONTECEU ALGUMA COISA E A GENTE NÃO TÁ SABENDO, GALERA. Ah, eu trabalho no administrativo de uma empresa, mas também canto nas horas vagas. E você, Kai? Faz o que da vida?
Ele faz vida, pensou KyungSoo rindo.
SeHun: Será que KyungSoo finalmente deixou de ser virgem e deu pra um cara bonito da poha? Eis a questão. Eu sou o chefe da poha toda, Kai.
Chen: Apoio essa teoria. Sou estudante de nutrição. Me chamo Chen
KyungSoo: Apoio um soco na tua cara. Não aconteceu nada disso.
Kai: É, não aconteceu nada.
SuHo: Suspeitíssimo.
Kris Wu: Concordo. Sou rapper.
KyungSoo: É, o Wu faz repe.
Kris Wu: Há. Há. Há. Muito engraçado, KyungSoo.
De repente, uma mensagem diferente chegou ao celular de KyungSoo.
Era o Kai.
Kai: Eu não conto se você não contar.
KyungSoo: Tá com medo de quê?
Kai: De ter uma lista de espera por sexo em meu celular. Tenho outros clientes me esperando, sabe.
KyungSoo: É, você tem razão, se eu fizer propaganda de você todo mundo vai querer. Fechado. Eu não conto e nem você conta.
Kai: Certinho. Por falar nisso, como foi seu sábado, hun?
KyungSoo: Foi estranho. Mas passei bem. Se senti dor? Senti, mas ninguém precisava saber, então fui assistir filme.
Kai: Mas já passou, não é? Já está pronto pra outra. ~moonface.
KyungSoo: Mais que pronto, Kai.
Kai: Entendi o recado. É só você marcar o dia.
KyungSoo riu enquanto mudava a janela de mensagens.
O grupo estava fervendo de teorias absurdas de como ele conhecia o Kai, ou melhor, do porquê Kai o chamou de Soo.
Ele resolveu ignorar tudo aquilo e viu o JongIn responder que era apenas um atendente em um restaurante.
Kai e comida combinavam, certo?
O rapaz sorriu e voltou sua atenção ao filme que estava quase no fim.
Foi conversando com Kai enquanto pensava no melhor dia para o encontrar.
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