A garotinha fora criada desde sua infância pelos melhores criados, e em seus dias de criança tinha que se comportar como uma lady. A educação era tudo para sua família, quanto mais ela brilhasse mais receberia mimos. Ou melhor, não seria castigada. Infelizmente qualquer erro que ela cometesse seus pais a castigavam. Não eram castigos cruéis, mas a menina era apenas uma criança e não entendia o porquê de ser obrigada a agir com tanta educação, ética e formalidade. Um dia seu pai trouxe para casa um loiro italiano, ele se tornou praticamente seu empregado particular. Mesmo sendo um pouco mais velho, eram três anos de diferença, ele que cuidava de proteger a menina e cuidava de sua agenda. Ele permanecia sempre ao lado da garota, tanto nos momentos difíceis e nos felizes. Porém, como empregado era permitido apenas observá-la de longe. Ela, por sua vez, passou anos estudando as ciências e as artes, piano, violino e artes plásticas. Sua infância girou tanto em torna de seu piano que se apaixonou.
Durante a adolescência foi obrigada a viajar para a França com seu pai, e seu mordomo particular. Sua mãe ficou em Londres cuidando da filha caçula que ainda era um bebezinho. Na França a garota, que era apaixonada por pianos, presenciou várias festas. Praticamente a adolescência toda ficou ao lado de pessoas estranhas, porém da alta classe pianistas famosos, burgueses, comerciantes, proprietários de terras e o pior tipo de pessoa: as mulheres desses magnatas. Todas elas viviam cercando seu pai e causando raiva na garota, pois a maioria delas amava fazer perguntas e alfinetar sobre sua mãe. No quarto ano que viviam em Versalhes, em uma festa no palácio de um burguês que incentivava os navios para a expansão marítima na Espanha, uma mulher fez questão de dizer para a garota de quatorze anos palavras cruéis.
– Hinata querida – a mulher magra vestia um vestido longo e rodado azul marinho, as luvas eram da mais pura seda de toda a Europa, e ela segurava um lenço próximo ao rosto, a garota pensou que ele servia para conter o veneno que poderia vazar de sua boca – Fiquei sabendo que seu pai realmente deixou a mulher. Ele está sempre rodeado de mulheres. Você não sente remorso, querida? Remorso de ficar com seu pai ao invés de ser uma dama de verdade, e cuidar de sua mãe? – a mulher magra puxou outra magra, com a pele mais jovem, porém com a mesma cara que a velha – Filha, você cuidaria de mim, certo? Mesmo se arranjasse um príncipe?
- Claro, mamãe. – a jovem magra, que usava um vestido cor de sangue e possuía longos cabelos loiros, fitava um homem moreno. – Mas, mamãe, vamos conversar com o conde Sasuke. Acredito que a Hinata já cansou disso.
- Senhoras, – Hinata falava polidamente ignorando os comentários – Acredito que as senhoras deveriam falar com meu pai sobre esses assuntos. Se me dão licença. Vou me retirar. – ela puxou o vestido lilás rodado e abaixou um pouco fazendo uma reverência sutil – Acredito que a noite já foi longa, licença.
A garota apenas foi avisar o pai e saiu do recinto. Sua mente vagava em pensamentos, será que ela estava realmente sendo egoísta com a mãe por ficar com o pai tanto tempo? Será que seu pai havia realmente abandonado sua mãe? Será que ela estava passando fome? O pior de tudo é que ela não podia perguntar tais coisas para o pai. Ele sempre brigava com ela, quando perguntava da mãe, e quando não brigava, ele apenas a ignorava a mandando dormir.
A garota saiu do palácio e seu mordomo a seguia com cautela. Em nenhum momento tirou os olhos dela. A função dele era cuidar e fazer de tudo o que a garota gostaria. Em sua roupa preta de mordomo, chegou próximo da garota e perguntou.
- Signorina Hinata, se me permite – ela percebeu que não estava sozinha, Naruto, seu empregado, era sempre tão silencioso que ela não sentia sua presença, porém, ela apenas o fitou e acenou que poderia prosseguir - Apenas queria perguntar, se a senhorita gostaria que a carruagem seguisse para onde?
- Ah... - ela não queria ir para casa tão cedo – Leve-me para casa mesmo.
- Si, signorina. - ele viu como a garota estava triste.
Eles seguiram em silêncio até a carruagem trazida por dois cavalos fortes e brancos. A pequena viagem até a moradia foi curta. A garota só conseguia pensar em sua mãe, como sentia falta dela. E sua pequena irmã, elas nem haviam se conhecido direito, quando Hinata partira.
Quando a carruagem parou, ela desceu com uma pequena ajuda de Naruto. Andou vagarosamente, e ao invés de ir para seu quarto e se jogar na cama, ela entrou na sala e abriu seu piano. Tocou uma música muito triste. Uma música depressiva, a música entrava nos ouvidos do mordomo e o encantava. Como uma música podia ser tão triste e tão bela? Então, ele parou de fitar suas mãos e fitou a garota de cabelos longos azulados, a pele dela ficava mais pálida com a luz vibrante da lua cheia que entrava pelas gigantescas janelas abertas. Ela tocava o piano fazendo expressões de dor. Seus olhos estavam fechados e ela seguia por extinto as teclas certas. A mente dela vagava em solidão, até que a triste música acabou. Naruto viu uma lágrima escorrendo do rosto de sua mestra. Coitada, ele pensava, por que é preciso passar por tanta dor?
- Que linda música signorina. – ele não pode se conter, como sempre fazia, ela quase nunca chorava. Era uma garota forte. Ele sabia disso, porque era o que mais a observava.
- Obrigada, Naruto. – ela era polida e educada até com seus empregados – Você é sempre gentil... – ela disse olhando a lua – Às vezes acho que você é meu irmão sabia... Um irmão que eu não tenho – ela sorriu para o jovem mordomo, que parecia um pouco tímido.
- Desculpe signorina – ele disse com receio – Você não devia se achar tão próxima do seu empregado.
- Para com isso! – a única pessoa que ela se exaltava na frente era ele. Eram muito próximos, mas essa aproximação não transparecia na frente dos outros – Você sabe Naruto, que você é mais que um empregado para mim.
Ele ficou feliz, extremamente feliz com aquele pequeno comentário exasperado. Vigiar a pequena Hinata fez o garoto criar um imenso carinho por ela.
- Obrigado signorina Hinata.
Ela o chamou para sentar ao seu lado, no largo banco do piano, e ele foi um pouco receoso – isso era muito ousado. Onde já se viu um mordomo se sentar com sua lady.
- Você gosta da musica do Rachimaninov que eu toquei, Naruto?
- Então era esse o nome – ela sorriu e acenou que sim – Eu achei maravilhosa, mesmo sendo um pouco triste, signorina.
- Oh – ela se surpreendeu e começou a tocar um trecho agitado de uma rapsódia do Rachimaninov – Você prefere essa?
- Com certeza signorina – ele observava a agilidade que a pequena garota possuía nos dedos – A senhorita toca muito bem, fico muito impressionado.
- Você é muito bajulador, Naruto – a garota se liberou novamente, e sorria. Havia se esquecido dos problemas por estar conversando com seu mordomo, ou melhor. Seu amigo.
- Que isso senhorita! – ele ficou encabulado, e se levantou rapidamente – A senhorita quer um chá para se esquentar e dormir?
- Claro... – ela disse rindo – Você já não aguenta me ouvir tocando, certo? – ela ria – Vai logo, Naruto.
- Certo, la mia signorina
Cada ano que passava os laços que a garota possuía com seu mordomo aumentavam, e seu pai ficava mais distante – concentrado nos negócios de ópio com a China. A jovem Hinata começara a aprender a cavalgar com seu mordomo, as horas que passavam juntos eram as mais felizes. Ultimamente seu pai havia ficado trancado no escritório apenas resolveu aparecer sorridente quando a garota fez vinte e um anos. Ele preparou a melhor festa de todas. Hinata só não achou mais perfeita porque sua mãe não estava lá. Mas seu pai disse que havia preparado uma grande surpresa para ela. O maior palpite da garota era que sua mão a viria visitar. No meio da festa o pai a chamou para seu escritório, pelo seu mordomo, e ela fez questão dele estar presente na sala. Naruto ficou na porta. Hiashi, o pai, sentou- se numa cadeira atrás da mesa, e Hinata sentou numa grande cadeira estofada. Ela estava muito agitada.
- Hinata, como você está fazendo seus 21 anos, está na hora de você casar – toda a alegria da noite fabulosa se fora – Eu arranjei o melhor noivo para você.
Ela estava sem palavras. Sem vontade de responder, sem interesse. Normalmente os pais escolhiam os noivos, mas como o dela nunca havia comentado nada, ela pensou que poderia escolher. Ela queria escolher. Ela queria amar. Não que um homem fosse empurrado para ela.
- Pa-Papai... – ela colocou a mão na boca – Não acredito...
- Sim querida, que maravilha arrumei o melhor homem para você! – ele sorria pensando que a filha havia gostado da ideia – Sasuke Uchiha. O filho do maior negociante de produtos marítimos da Espanha! Os melhores navios são da família dele. – o pai viu a expressão sem graça da filha – Meu amor, disseram-me que ele é o jovem mais cobiçado de todo oeste Europeu! – o homem piscou para a filha – Ele me disse que se apaixonou desde a primeira vez que teve a oportunidade de dançar com você.
Bem, a única e primeira vez que Sasuke Uchiha teve a oportunidade de dançar com Hinata, foi em seu aniversário de 18 anos. Fora outra festa onde apenas magnatas participavam, mais uma festa sem sua mãe. Naquele ano Hinata trajava um vestido carmesim que apertavam bem sua cintura a deixando fina e atraente, a parte de cima possuía um decote sensual que não era vulgar, e a mais linda parte de baixo rodada completava o vestido. Ela foi a mulher mais linda na festa. Seus cabelos estavam presos em um penteado bem elaborado e apenas sua franja e duas pequenas mechas que desciam em ondas estavam soltas. Ela usava um colar fino de ouro branco com um pingente preto. Todos os convidados a admiravam. O mordomo que havia a ajudado a entrar no salão, pois sua sandália tinha um salto muito fino para andar na calçada de paralelepípedos, não deixava de apreciar sua lady tão linda. Naruto ficou longe, mas vigiando Hinata durante o baile todo – como sempre. Até que os músicos começaram a tocar valsas e o jovem magnata Sasuke Uchiha a chamara para dançar.
- Mi lady – o jovem Uchiha chamou a atenção da dama mais bela da festa – A senhorita gosta das valsas de Strauss?
- As aprecio muito, Sasuke Uchiha. – ela disse educadamente. Aquele homem era encantador, e chamava muita atenção.
- Me concederia essa dança? – ele estendeu o braço para a garota, o qual ela aceitou segurando os grandes dedos do homem.
- Claro, seria uma honra. – ela sorriu.
Então se dirigiram a pista de dança, onde vários casais já dançavam a tradicional coreografia de valsa, e começaram a dançar. Uma forte mão de Sasuke segurava a fina cintura de Hinata, e a outra estava junto com a dela. Hinata por sua vez colocara a mão no ombro do rapaz, ficando bem próximo dele. Os dois valsavam em harmonia, ele era muito bom, e ela, por sua vez, teve um grande professor mordomo.
- Senhorita Hinata, – ele comentou enquanto valsavam – A senhorita está muito bela.
- Obrigada, Sr Uchiha.
- Minha família está muito unida a sua ultimamente, mi lady – ele sussurrava para ela – Espero que continuemos assim, até melhor... Talvez possamos nos aproximar mais...
- Ora, sr Uchiha, agradeço o seu apreço por minha família – ela sorriu – Acredito que o senhor meu pai adoraria que nossas famílias continuassem unidas, aliás nossos negócios são formidáveis.
- Então a senhorita entende de negócios? – ele resolveu ignorar que ela não havia entendido a questão dele.
- Oh... Não posso dizer que entendo sr Uchiha, mas, um de meus professores me deu uma aula sobre o que minha família faz.
- Quanta modéstia, mi lady – a musica acabara e Sasuke ainda a segurava pela cintura – Aprecio muito sua postura, vai ser uma bela esposa.
- Oh! Não diga essas coisas que fico encabulada! – ela sorria com o rosto corado.
- Desculpe- me, mi lady. – eles se separaram e se cumprimentaram como dizia a tradição, e ele complementou – Mas, tenho certeza, que o homem que casar com você, mi lady, será um sortudo.
E foi esse o encontro dos dois. E aí, que o mordomo deixou de ser apenas mordomo.
Naruto estava angustiado. Ver a sua dama ali, dançando com o homem mais requerido pelas mulheres lhe dava um grande desgosto. Por que não poderia ser ele? Por que sua Hinata não poderia ser dele de verdade? Por que ele teve que se apaixonar, ao longo dos anos, pela jovem donzela de olhos perolados? Por que, seu coração partia, ao vê-la chorando? Ele cuidava tão bem dela. Eles eram tão próximos, houve duas vezes que ela dormiu em seus braços aos prantos, e ele resistia em tocá-la. Seu amor aumentara desde o dia que se conheceram, crianças de 3 e 6 anos, e ele continuava a aumentar.
Quando voltou com sua lady para a grande casa dela, e a viu triste. Não se conteve e perguntou.
- O que tanto a frustra, mi lady.
- Naruto... – ela disse triste, enquanto abria a porta do quarto - Toda vez que faço aniversário lembro-me de minha mama. – ela quase sussurrava.
- Não fique assim. – ele queria tocar nos cabelos da garota, mas não devia.
- Oh, Naruto! O que será que minha mama, fez para o papa? – ela se derretia em lágrimas, lágrimas que escorriam uma vez por ano. Sempre na data de seu aniversário. Sempre na frente de Naruto.
- Ela está bem! Trabalhadores sempre trazem notícias de que seu pai manda alimentos e dinheiro para Londres ainda. – ele tentava a confortar do mesmo jeito. Todo ano.
- E se for mentira? E se ela morreu? – ela não aguentou o pesa do próprio corpo e caiu no chão sentada com as mãos no rosto – Não quero que ela sofra! Eu devia ter me negado a sair de lá!
Naruto não aguentou e foi ao encontro da sua pequena dama. Sentou-se ao lado dela e a abraçou. Não se arrependeu por um minuto de burlar as regras. Ela precisava dele.
- Mi lady... Não, Hinata! – ele queria que ela o visse como Naruto, não como o fiel mordomo – Não se culpe por coisas que não são sua culpa. – ele puxou o rosto da jovem para mais próximo ao dele – Eu estou aqui com você, e estou disposto a sofrer por você! – ele sorriu, e a penumbra da vela fazia sua expressão confortante, ele estava mais radiante que o resto do ambiente escuro – Então, deixe-me sentir sua dor, não... Melhor, me dê toda a sua dor! Que eu a transformarei em amor! – ele aproximou sua testa a dele – Quero que você seja feliz! Odeio ver essa sua expressão triste, seu rosto é muito mais belo quando está sorrindo.
- Na-Naruto – ela gaguejava, nunca pensou que ele poderia a amar. Não dessa forma – Eu... Eu...
Naruto a silenciou com um dedo em sua boca.
- Não é preciso dizer nada. – ele sorria, mas por dentro estava destroçado – Eu sei, que como empregado da família, você não me aceitaria para dividir sua dor...
- Não Naruto. – ela que segurava o rosto do loiro agora – Eu o aprecio muito.
Ele não aguentou. A declaração dela, mesmo que não fosse de amor verdadeiro, que não fosse um pedido para serem amantes, o abalou. O que ele mais queria era aquela mulher em seus braços. Então a beijou. Um beijo terno. Um beijo carinhoso. Um beijo que era errado, mas que mesmo assim os faziam vibrar. A eletricidade corriam seus corpos. Suas bocas entraram em harmonia, e mesmo sendo o primeiro beijo da garota, ela sabia o que fazer. Eles estavam em sintonia. Suas línguas se tocavam com tamanho carinho, que ambos deixaram de se preocupar. Estavam perdidos com o sabor um do outro. Até, que ela parou.
- Naruto... Eu acho... Eu acho que não podemos fazer isso. – ela quase chorava. Seu amor por ele era como um irmão. Não esse outro tipo de amor. Ela não podia.
- Desculpa, mi lady – ele a ajudou a levantar e saiu do quarto.
Depois daquilo, demorou alguns meses para tocá-la de novo. Mesmo que fosse para ajudar sua saída da carruagem.
Essa foi a festa de 18 anos. Foi uma grande experiência para a garota, e aquele continuara sendo seu único beijo. Ela só não entendia porque esse beijo havia aparecido em sua mente quando seu pai saiu da sala a deixando sozinha com o mordomo.
- Mi lady – Naruto disse sem vontade – Espero que seja feliz.
O que ele estava dizendo? Ou melhor, pensando. Hinata estava furiosa, e ao mesmo tempo se reprimira por ter pensado aquilo. Ela não tinha nada com ele, mesmo eles tendo se beijado, eles não falaram mais daquilo. Pior do que isso, ela tinha dito não para ele. E depois de três anos Naruto devia ter arrumado outra mulher.
- Não acredito que você disse isso – os olhos dela marejaram, mas ela se recompôs – Esqueça! Não quero ver sua cara! Não venha ao meu encontro! – ela falava com raiva e tristeza – Não acredito que você cocorda com o idiota do meu pai!
Naruto ficou confuso com o ataque dela. Nunca imaginaria que ela poderia ficar assim, mesmo só na frente dele sendo espontânea, ela nuca mostrou esse lado.
- Mi lady, me desculpe... Mas o senhor Uchiha é um bom homem! Tenho certeza que ele está apaixonado pela senhora, desde sua dança no seu aniversário de 18.
Ela queria gritar: e nosso beijo? Não valeu nada? Mas se conteve, entrando no salão e vendo toda a multidão poderosa a admirando. Sua beleza era muito maior quando seus olhos brilhavam, mesmo que de angustia.
Então ela foi de encontro ao seu noivo. Quanto será que seu pai pagou por esse casamento? Não importava, ela queria ver se ele poderia fazê-la feliz.
- Sasuke, – Hinata sorriu para ele – Podemos caminhar, um pouco, pelo jardim?
- Claro, Hinata. – eles tratavam-se como se fossem íntimos dessa vez.
Ele segurou nos braços dela e saíram do salão. A tarde chegava, e a luz laranja do sol iluminava o jardim. Depois de caminharem um pouco e conversarem sobre coisas banais, os dois se sentaram num banco e ficaram olhando uma fonte.
- Sasuke?
- Sim, Hinata.
- Você me ama? – ela perguntou sem nem ao menos pensar.
- Sim - ele segurou o rosto dela com uma mão cuidadosamente – Amo. Eu sempre a observei. Fomos a tantas festas juntos e nunca nos falamos, isso me dava uma tristeza. Até que resolvi te tirar para dançar. Naquele momento tive certeza que estava apaixonado.
Os olhos dela brilharam. Ele a convencera de seu amor. E como viu aquele olhar questionador dela Sasuke a beijou. Passando seus braços para a costa dela. Diferente do beijo confortante do Naruto, Sasuke a fazia se sentir desejada. O toque dele em sua nuca nua, a fazia formigar. E suas línguas entravam em sincronia. Ela sedia a todos os toques dele, como se fosse seu brinquedo. Suas bocas dançavam conforme o ritmo de seus corações, em badaladas consecutivas. Hinata estava perdendo o fôlego, quando Sasuke parou o beijo.
- Creio que a senhorita... Não, deixe-me reformular – ele sorriu sem jeito – Você será minha noiva, Hinata?
- Sim. – ela sorria, mas seu coração estava perdido.
Depois do grande baile de aniversário, que terminara muito tarde, Hinata estava confusa e perdida. Enquanto se preparava para dormir pensava em Naruto. Ela trajava o pijama lilás favorito. Ele era soltinho e agradável para dormir. Ela acabara de pentear os cabelos e prendeu-os. Escutou algumas batidas na porta e foi ver quem era. Ao abri-la, se deparou, com seu mordomo – ainda vestido como. Ele estava corado, e possuía uma expressão pouco sóbria. Antes que ela pudesse fechar a porta e trancar-se no quarto, ele entrou. Trancou a porta.
Hinata estava com medo, mas uma parte dela estava excitada. O cabelo do Naruto estava desgrenhado e seu uniforme um pouco aberto. Ele fazia uma cara sacana, ao ver como o corpo dela era bem definido mesmo, sem aquele monte de panos. Os seios dela eram perfeitos para ele. Grandes e arredondados, durinhos e em pé. Ele conseguia ver os mamilos duros dela através do fino pijama de seda que ela vestia.
- Hinata, você está linda.
- O que você quer Naruto? – ela sussurrou assustada, parte dela não queria falar nada, ele estava bêbado? Ele nunca havia feito nada parecido antes – Pode sair do meu quarto, amanhã conversamos.
- Não. – ele a puxou para seus braços e a abraçou – Eu quero ficar aqui com você Hina – ele acabara de usar o apelido de infância que ele deu para ela. Puxou a para o chão e ficaram um tempo abraçados.
- Naruto?
- Oi?
- Pode ir agora? – ela não o entendia. Ele queria que ela fosse dele, mas ele era ignorado.
- Não. – ele beijou o pescoço dela. E seus beijos iam até a boca dela. Ela apenas se arrepiava. Ela queria senti-lo novamente, depois de dois anos. Então, não o impediu quando a língua dele pediu passagem. Na verdade, ela se agarrou a ele. Ela estava faminta por ele. Não entendia o porquê, mas ela o queria. Ela o queria mais que qualquer um. Mais que Sasuke ou ate mesmo, sua mãe.
Os toques dele passaram a ficar mais intensos, quando percebeu que ela o desejava. Ele desabotoou quatros botões do pijama dela, botões o suficiente para poder sentir os grandes seios. Primeiro os massageou com os dedos. Depois os apertava levemente, enchia suas mãos com eles. Sentia-se em outro mundo. Ela que estava entre as pernas dele sentia o grande membro dele pulsando. Ele roçava em sua intimidade protegida pela calcinha e pelo pano do pijama, que já havia sido retirado da parte inteira de cima. Naruto queria sentir o gosto dos seios de sua jovem dama. Portanto, abocanhou o seio direito e começou a chupa-lo. Ele mordiscava os mamilos da garota que gemia de prazer. Os toques a fazia arrepiar e gemer, suas pernas ficaram sem forças, apenas o prazer a dominava. Naruto queria senti-la mais profundamente, a deitou no chão, e por de baixo do pijama, começava a massageava com ardor. Com desejo. Ele sentiu o quanto sua garotinha estava molhada. Estava pronta para ele penetra-la. Mas queria fazê-la sentir mais prazer. Ele tirou a calcinha dela, sem que ela protestasse, ela estava extasiada com os toques anteriores. Ele a fitava com fome, com desejo.
O rosto dela estava vermelho, as mãos estavam apertando a própria bochecha, e os olhos estavam fechados. Ele percebeu o quão tímida e sedente pelos toques dele ela estava. Partiu, então, para a vagina dela. Segurou firmemente nas coxas da garota, as apertando com vontade, abrindo largamente as pernas dela. Ele lambia a parte sensível dela com fome. Sua língua circulava o clitóris dela, e depois o chupava. Depois começou a lambê-la. Hinata gemia de prazer. Nunca havia se sentido assim. Na verdade, era uma grande mistura de prazeres. Ela acabou tendo o primeiro orgasmo da vida na boca de seu... Talvez amado? No momento era, e ela desejava cada vez mais por ele.
- Naru-to... – ela gemia – Meu Deus! – ela gemia alto.
Naruto ficou em cima dela de quatro e a beijou com a boca toda melada.
- Sinta, mia signorina, sinta teu gosto – ele se beijaram intensamente.
Ele começou a tirar a calça e depois a cueca. Hinata o observada pasma, com o tamanho e maneira que o membro de seu amado estava. Ela nunca imaginou que fosse assim... Ela estava embriagada com ele.
- Está gostando do que esta vendo, la mia signorina ? – Naruto dizia sedutoramente, como não obteve resposta continuou – Vou penetrá-la. Então, pode me arranhar, me bater, me mandar ir mais de vagar que vou obedecer. Quero que você aprecie.
- Cer-t-to...
As pernas delas permaneciam abertas, e como havia prometido, ele a penetrou devagar, segurando a cintura fina da donzela. Devagar, foi a preenchendo. Como ela era apertada. Ela gemia de dor. Sua primeira vez, era normal sentir essa dor enorme. Porém, pouco tempo depois, e com a leveza e amor nos toques de Naruto, ela começara a sentir prazer ao senti-lo dentro dela. Ela já estava toda suada e arfada. Naruto a beijou, para diminuir a altura dos gemidos da garota, e começou a fazer movimentos. Seu pênis era forçado a entrar cada vez mais fundo, depois saia. Entrava e saia. Apenas realizava o movimento. Com tais movimentos, a garota arranhava toda as costas dele, ela estava perdida entre dor e prazer. Ela estava amando tudo aquilo. Todos esses sentidos novos. O corpo do Naruto por cima do dela, e mesmo sem força, ela começou a movimentar o quadril. Ele sentiu que ela queria que ele estocasse mais rapidamente, e ele começou a se movimentar rápido. Em poucos minutos com ele dentro, ela já dava sinais de ter mais um orgasmo. E assim se deu. E ele também. Preenchendo cada canto dela com o líquido dele. Sem fôlego, e com as costas ardendo, ele saiu de dentro dela. Ao se sentar, viu um pouco de sangue escorrer da entrada dela.
Sentiu-se culpado na hora. Mas ela o olhou, e o abraçou, sem forças e arfando. Ela não conseguiu dizer muitas coisas. Apenas beijou-lhe carinhosamente o rosto, e desmaiou em um sono profundo, para carregar todas as energias que acabaram de gastar.
Depois da noite intensa, os dois voltaram a se tratar normalmente, apenas a garota ficava corada. Durante duas semanas Hinata fora obrigada pelo pai a fazer passeios matinais com seu noivo. Poderiam ser passeios divertidos e românticos, mas desde sua noite com o mordomo loiro tudo estava diferente. Sua visão estava diferente, ela queria o loiro, finalmente percebera o significado dos vários sorrisos e olhares que trocaram ao longo de sua adolescência. Por outro lado, o loiro estava se culpando. Ele não deveria ter feito aquilo com uma dama tão pura. Tão inocente. Ele era um traste! E se a pobre garota engravidasse de um mordomo? O pai dela não iria perdoa-lo, mesmo que ele fosse como um filho para o homem.
Numa noite qualquer Naruto havia preparado o chá favorito de Hinata. Ele a serviu como sempre fez. Estavam apenas os dois sozinhos no quarto dela. Ela estava sentada na cama de pijama pronta para dormir, e ele a servia. A garota já estava cansada de fingir que nada aconteceu e perguntou.
- Você quer mesmo continuar fingindo que nada aconteceu? – ele guardou o bule de água quente e a fitou, e permaneceu quieto – Quer fingir que não sentiu nada? Que não teve sentimentos?
- La mia signorina, – ele ficou triste – Eu fui um idiota prepotente... A senhorita não devia se apaixonar por alguém como eu... O que seu pai vai dizer?
- A vida é minha idiota! – ela chorava, e dessa vez não era por sua mãe – Você acha que não eu escolhi o que fiz?
- La mia signorina... – ele secou uma lágrima da garota com o dedo envolvido pela luva branca – Não chore. Eu odeio a ver assim.
- Então vamos falar com meu pai! – ela queria arranjar uma saída – Ele te adora! Ele vai entender! E então, eu cancelo meu casamento com o Uchiha!
- Não tem como ele permitir... Eu sou seu mordomo, apenas o empregado – ele se virou e foi a porta, antes de abri-la disse – Boa noite, la mia signora.
Ela não queria que ele partisse. Ela queria ficar com ele. Então, antes que ele abrisse a porta, ela o abraçou. Suas mãos o prendia na cintura. E ele as segurou. Como odiava vê-la daquele jeito.
- Naruto! Não faça isso! Eu sei que você me ama também! Não devemos obedecer meu papa! – ela pensou um momento – Vamos fugir... Vamos para a Cidade Luz! Vamos viver nossas vidas diferente, sem essa riqueza! Sem ser elegante!
- Hinata... Não pode... Não deve fazer isso por mim. – ele se libertou dela e saiu pela porta.
Ela ficou parada pensando em suas palavras por um bom tempo. Depois se jogou na cama, ela olhava para o teto pensando que ele a poderia salvar. Mas não poderia. Apenas o loiro poderia. O loiro dos olhos azuis, que a tocava gentilmente. Que a tocava com desejo. Voracidade. Luxúria. Os olhos azuis, que a fazia se perder no oceano. O oceano que a deixava molhada, suas ondas vinham com fúria. Quando percebeu Hinata já estava tocando sua intimidade. Ela se sentia úmida. Apenas pensar naquele homem lhe dava vontade de ter ele. Dava-lhe desejo. Pela primeira vez na sua vida, ela resolveu dar-se prazer. Pensava apenas em seu amado, e nos toques que ele lhe fazia naquela noite. Pensava nos desejos mais obscuros que tinha dele. Suas próprias mãos era a do loiro, ele a massageava. Ele sentia que estava sedenta. Ele enfiava seus dedos e os tirava. E ela apenas sentia. Ela se controlava, não queria gemer. Imagina se alguém entrasse no quarto? O que seria da reputação dela? Ela já estava arfando, quando sentiu uma onda molhada saindo de si. Ela havia gozado, apenas com seus pensamentos dele. Ela realmente o queria. Não apenas emocionalmente, mas seu corpo respondia por aquilo.
Depois de perceber que Naruto ignorava todas as tentativas de fuga e queria esquecer que se amavam Hinata resolveu achar o pai, e ter uma conversa séria com ele. Toda aquela história de ter que casar com o Sasuke iria acabar. Então, ela entrou no escritório do pai e perguntou.
- Quanto o Sasuke está pagando por sua filha? – ela falou tão decidida, que o pai resolveu contar. Ela ficou impressionada com o valor e logo prosseguiu – E se um outro homem pagar mais?
- Não importa o dinheiro, ele te ama. Não vai te trair. Vai ser ele.
- E se eu quiser me comprar?
- Se comprar querida? – ele se divertia com aquilo, o que sempre ensinou sua filha foi a tomar atitude.
- Sim! Eu não quero casar com o Uchiha!
- E?
- O senhor, papa, sempre foi bom para mim! E agora, quando eu quero escolher o caminho da felicidade, o senhor faz isso? Que injusto!
- A vida é injusta querida.
- Porém, o senhor me disse que, como Hyuga, tenho que lutar pelas minhas vontades. E no momento, não amo Sasuke Uchiha! E tenho certeza que serei infeliz com ele!
- Com o tempo você vai começar a amá-lo... Não existe isso de amor à primeira vista, é sempre com o tempo.
- Eu sei pai, e justamente por isso, muitas pessoas se dão mal por não perceber o verdadeiro amor. – a garota o fitava com perseverança, ela não ia desistir do Naruto – Papa, descobri que estou apaixonada! Não, eu amo um homem! E não é Sasuke Uchiha!
- Quem é? Posso aprovar essa união sabia? – o pai sorria, ele queria que ela fosse feliz – Se for um homem honesto, gentil e cordial como o Sasuke, posso pensar nisso.
- É Naruto Uzumaki! – o pai ficou espantado, e possuía um olhar misterioso, Hinata não sabia se ele ia rir ou se aprovaria seu amor – Eu amo o Naruto! Meu amigo! Meu mordomo! Meu amor! E não tem nenhum outro que eu ame mais! O Uchiha é muito gentil, mas eu prefiro a gentileza do Naruto! O Uchiha é muito honesto, mas prefiro a honestidade do Naruto! O Uchiha é cordial, mas prefiro a leveza das conversas com Naruto! Ele pode ser pobre, pode ser meu mordomo, mas é ele quem eu amo!
- Que lindo seu discurso, Hinata – o velho batia palmas – Estou comovido! Sério, sem ironia... Mas, mesmo que eu aprovasse esse seu amor. A sociedade não pode saber dele. O que vão dizer?
- Não importa!
- Importa. Por isso seu casamento com Sasuke ainda está certo. – o velho abraçou a jovem filha e sussurrou em seu ouvido – Porém, existem meios de enganar a sociedade, querida, nunca se esqueça disso. Quem sabe você não consegue ficar com seu amado.
- Pa-papa... ? - ele se retirou da sala deixando a filha pensativa "enganar?".
A garota passou mais dois dias pensando no que o pai havia dito. O que ele queria dizer com aquilo? Será que ele queria que ela arranjasse uma solução sozinha? Será que ele gostava tanto do Naruto para querê-lo como genro? Ela caminhava a beira do lago de sua residência, quando avistou Sasuke sentado no seu banco favorito, onde se podia ver o mais belo por do sol de toda França. Então foi obrigada a sentar ao lado dele.
- Disseram-me que a senhorita aprecia a vista todo dia aos crepúsculos – ele fitava o horizonte – Agora entendo o porquê.
- Realmente, a vista é linda. – ela falava melancólica – O Sol preso na água da lagoa, me dá uma certa tristeza, mas é tão belo.
- Preso?
- Sim, olhe para a lagoa. O reflexo dele o prende na água. – ele tentou entender a observação da garota – É o único momento que o Sol prende-se a alguém.
- Nossa, que pensamentos! Hinata,você devia ser mais otimista! – ela o encarou, queria saber a visão dele da imagem – Eu acredito, que o Sol refletido existe apenas para aquecer ainda mais os corações.
- Pode até ser, mas ele é obrigado a aquecer corações, já que sua imagem está presa na lagoa!
- Eu acredito que ninguém é obrigado a aquecer ninguém contra a vontade! – ele segurou o rosto da garota com as duas mãos – Você se sente como o Sol, Hinata?
- Como... ?
- Como o Sol? – ele estava triste, mas tinha de saber – Você parece triste, em nossos encontros, antes de seu aniversário, você era mais radiante.
- Sasuke... – ela colocou as mãos por cima da dele – É difícil dizer... Eu... Eu... Eu queria escolher meu noivo, meu pai me surpreendeu... Vocês me surpreenderam!
- Podemos adiar a data do nosso casamento, e assim, poderíamos nos conhecer melhor, mi amor. – antes que ela dissesse qualquer coisa, ele a beijou.
Ela por sua vez não o impediu. Seu corpo precisava daquilo, mesmo sendo Sasuke, ela desejava o toque de um homem. Não. Ela queria o Naruto. Mesmo que Sasuke fosse doce e gentil, seu amor era Naruto. Antes que sua lucidez fosse perdida, ela o afastou. Aquilo não podia continuar, se continuasse ia se entregar.
- Não... Sasuke... Melhor você voltar para sua casa! Eu... – ela inventou uma desculpa – Estou passando mal. Não posso continuar.
- Desculpe- me. Pelo menos, deixe-me levá-la até seu quarto...
- No! Naruto está ali na porta, chame-o e ele me leva.
- Certo.
Depois de alguns minutos da saída de Sasuke, Naruto chega preocupado. Com receio? A garota fica intrigada.
- O que houve, la mia signorina? Está bem? Está passando mal? – ele segurou a mão dela para guiá-la.
- Eu não estou me sentindo muito bem... – ela resolveu continuar a farsa para entender o porquê do loiro estar daquele jeito.
- Enjoo, la mia signorina? – ele começara a soar frio, e ela percebera em sua testa – Tontura?
- Um pouco dos dois... – ela mentia.
- Há quanto tempo?
- Começou agora – ela viu a expressão um pouco aliviada dele e acrescentou – Porém, estou assim faz uns dia, Naruto.
Ele tremeu. Ele estava em pânico. Por que ele fez aquilo com sua signora? Não devia. Se ela estivesse grávida o seu casamento não seria realizado. Ela iria ficar sozinha. Nenhum homem da alta classe gostaria de casar com uma solteira com filhos.
- Hi... Hinata, precisar chamar um médico! – ele falava com seu sotaque.
- Por que Naruto? É um mal-estar comum... Certo.
- E se... Não, deixa quieto...
- E se o quê? – ela ficara brava – Fala logo.
- E se você estiver grávida?
Ela não havia pensado nessa possibilidade. Isso seria um problema. Se acontecesse ela precisaria saber logo, como enganar a sociedade.
- Preciso enganar a sociedade.
- O quê?
- Eu falei com meu pai. – Naruto ficou assustado – Ele te adora Naruto, mas disse que não posso casar com o mordomo, mas se conseguir enganar a sociedade, podemos ficar juntos.
- Enganar?
- Sim... Esse é o nosso problema.
- Nosso... ?
- Sim, mio amore – ela tentou imitar o sotaque italiano dele. Que não resistiu e beijou seus lábios.
Dessa vez ela não ficou pensando. Não quis comparar. Estava apenas embriagada por selar seus lábios com o de seu amado. Os macios lábios calorosos de Naruto a fazia se perder. O toque das grandes mãos em seus braços a fazia perder o equilíbrio. Como o loiro conseguia fazer isso? Suas línguas se entrelaçavam, ela queria que nunca se separassem. Mas, estava perdendo o ar. E teve que se afastar.
- Naruto mio amore, precisamos enganar logo a sociedade.
- Sì, sì la mia amore.
Passou mais uma semana. Naruto e Hinata haviam bolado um plano. Estavam com medo, mas não podiam fazer nada, apenas tentar de uma vez. Hinata, depois de bolar o plano, pediu para Sasuke adiar o casamento. Com o simples argumento "Contaram-me de seus casos, estou tão desiludida, tu acabou com meu coração". Claro, que seu pai havia odiado o truque, mas se o plano dos dois desse certo, ela poderia casar com o Sasuke.
O primeiro passo, foi o Naruto descobrir que a mãe de Hinata não era importante na sociedade. E o mais importante: Hiashi havia enganado toda a sociedade dizendo que ela era uma princesa de um país distante. E o motivo dela não estar na França era que traiu o marido, e Hanabi, a filha caçula, era uma criança fruto da traição. Entao, Hiashi pegou a filha mais velha para criá-la longe da luxúria. Longe de sua mãe. Ela ficou encabulada de inicio, mas logo deixou de lado, sua mãe era outro problema: e ela não queria mais problemas, ela queria ser egoísta.
O segundo passo foi de Hinata: ela foi a maior festa de toda a Europa acompanhada de Naruto. Ele por sua vez, não seria o mordomo, mas sim o filho de uma família de grandes proprietários de terra da Itália. Coisa que funcionaria muito bem, pois nenhum magnata do navegação ou do comércio saberia de tais terras da Ilha de Sardenha.
No castelo de Versalhes, na grande festa que comemorava a queda da bastilha, Naruto entrava com Hinata ao seu lado. Ele vestia o mais belo terno preto, do mais caro tecido que Hinata encontrara. Seus alfaiates, os mais consagrados da Europa que fizeram a tal roupa. Ela por sua vez, usava um vestido azul marinho, que acompanhava a fineza que o homem trazia e suas perolas terminavam de deixá-la mais luxuosa. Ao entrar no recinto todos os homens a fitavam, e todas as mulheres fitavam seu amado. Ele despertava o mais profundo desejo delas.
Passaram alguns minutos conversando, até que a Baronesa Temari detentora do monopólio de temperos orientais com sua indústria Sabaku, veio com seus irmãos Gaara e Kankuro dar as boas vindas aos jovens.
- Senhorita Hinata, tudo bom? - elas se cumprimentaram.
- Tudo, senhora Temari. Como vai o marido?
- Muito bem, e quem é esse lindo senhor que a acompanha?
- Este é o Barão Uzumaki, de Sardenha.
Naruto pegou a mão de Temari, que usava uma longa luva branca de seda, e a beijou.
- Piacere di conoscerti, signorina. – ele disse polidamente. Isso ele não precisou treinar com Hinata.
- Naruto, aqueles são Gaara e Kankuro. – eles se cumprimentaram – São da companhia de Temperos Orientais Sabaku.
- Oh, que honra conhecê-los, em minha terra são mui famosos!
- Obrigada, sr Uzumaki. – Temari dizia encantada com a polidez do jovem barão.
A maioria dos convidados ficara impressionada com a incrível educação de Naruto. Todos caíram facilmente na encenação, menos Ino Yamanaka, a menina que mais odiava Hinata e que mais a conhecia.
- Ora, ora... Hinata. – ela colocara uma mecha loira atrás da orelha – Não sabia que seu mordomo era um barão.
- Ino. – Hinata sorriu – Quero te apresentar o barão Uzumaki de Sardenha.
- Não me venha com palhaçada, querida! – ela apontou para o Naruto, fazendo um pequeno escândalo – Eu sempre o vi atrás de você, com aquele olhar protetor, e sempre disposto a fazer o que você desejava... Nunca que um filho de barão faria isso!
- Oh, que engano Ino. – Hinata colocou a mão na boca para aumentar o espanto – O sr. Uzumaki é protegido de meu papa. Por isso esteve sempre comigo, por isso pessoas como você pensam que ele é meu mordomo... Que bobagem.
Dessa maneira, os dois convenceram grande parte da alta sociedade, e a cada semana que passava aumentavam esse número. Hiashi já havia aprovado a união dos dois, e apenas Naruto ainda desconfiava, pois demorou um pouco para perceber que o simples plano havia funcionado, ele finalmente percebera que Hiashi nunca o havia tratado como um simples mordomo. Marcaram o casamento para depois de dois meses. A cada dia que passava os dois ficavam mais apaixonados.
- Ah, mia amore, – ele a beijava o pescoço – Eu te desejo tanto!
Ela o abraçava e arrepiava-se com o toque do homem em suas coxas. Ela estava sentada na cama, e ele estava entre suas pernas segurando as macias coxas da mulher, que estava seminua.
- Eu também, eu te amo.
- Ti amo. – ele sussurrava no ouvido da garota. Ele havia visto ela crescer, e seu amor também. Se sentia muito bem em tê-la nos braços, ou melhor, por poder. – Você não sabe como ti amo mio amore – ele passava as mãos por debaixo da larga blusa, que ela usava de pijama, sentindo todo o corpo dela. Passava pelas curvas até seus seios, e os massageava carinhosamente deixando-os duros. Ela se excitava com o toque dele, mas não se entregava apenas, ela passou a querer a proporcionar prazer para seu amado.
Suas pequenas mãos desabotoavam a camisa fina, e logo tirava a camisa social dele. A mão fria da garota causava arrepios ao tocar o corpo de seu amado, ele sentia muito desejo com os doces toques. Ela começou a tirar a calça dele, ele terminou de tirá-la e sua cueca também, e logo voltaram a se beijar. Ela estava nervosa, sentia o membro duro de seu amado tocando-lhe na parte interna da coxa e aquilo a excitava. Mas, em vez de pedir para penetrá-la como sempre fazia, pediu.
- Deite-se, por favor... – ela estava vermelha.
Ele obedeceu, era difícil ela tomar a iniciativa, além do mais era a terceira vez dos dois. Quando deitou, ele não imaginou que ela iria fazer. Primeiro, ela ficou de quatro em cima dele, se abaixasse um pouco poderia sentir o membro dele na coxa dela, e começou a beijar a boca dele. Vagarosamente foi descendo sua boca para o pescoço, peitoral e barriga do loiro. Isso o deixava louco. Ele segurou a cabeça dela implorando.
- Hina... Hinata, deixe-me possuí-la, amore.
Ela o ignorou e deu seu grande triunfo, abocanhou o membro dele. Começou a chupá-lo delicadamente, não queria machucá-lo, ela não imaginava que aquilo o deixava mais excitado. Depois, começou a lamber o membro dele, ele não aguentava, gemia e falava juras de amor, enquanto segurava os cabelos da amada com força.
- Ah... Mio amore... Você me faz tão bem... Ah... Eu quase não aguento mais... – ele chegava em seu limite.
Ela passou a beijar a barriga do amado, enquanto cuidadosamente o masturbava com a mão. Ela movia o mão devagar para baixo, para cima. Ele por sua vez, ajudou a amada a fazer movimentos mais fortes, tirando a mão do cabelo da garota e as colocando por cima da mão dela. Em poucos minutos, o gozo dele espirrou bem nos seios da mulher. Ela sorriu. Tirou a mão do membro dele, passando o dedo indicador nos seios melados, e depois pousou em sua boca. Ela o desejava, e ele sabia.
- Acabou a brincadeira amore – ela obedeceu.
Segurou uma mão dele e vagarosamente, com a outra mão, posicionava o membro duro na sua entrada. Ela não havia se acostumado com a dor inicial, ela era tão apertadinha. O que o deixava mais sedento. Ele ouvia os gemidos dela como se fosse uma sinfonia de prazer. Ela estava sem forças. Com ele dentro dela, ele a ajeitou de costas na cama.
- É minha vez, amore. – e começou a se movimentar dentro dela.
Movimentos vorazes que a exigiam como refeição. Como ela estava toda molhada, os movimentos foram suaves. Porém, mesmo assim, ela arranhava as costas nuas do amado, e gemia. Quase gritava o nome do amado.
- Na... Naruto! – ela puxava o rosto dele para beijá-lo e conter os gemidos.
- Hinata, mi amore.
Os movimentos se intensificaram, ela começara a mexer o quadril desejando pelo orgasmo. E logo ele chegou, junto com o do amado. Eles me misturaram. Os dois arfavam, e suavam. Seus narizes se roçavam e ambas sentiam as respirações irregulares um do outro.
- Você está cada vez mais bela, mi amore. – ele beijou a testa suada dela. E continuou dentro dela, era tão aconchegante ficar ali.
Ela começou a beijá-lo novamente, e segurar os cabelos loiros. Ele voltou a se movimentar dentro dela, era irresistível. Ela gemia mais dessa vez. Ele beijou um seio dela, e a massagear o outro, e os gemidos apenas aumentavam. Em pouco tempo ela teve outro orgasmo. Depois de pouco tempo ele teve seu próprio orgasmo e não aguentou. Saiu de dentro dela, e se deitou ao lado da amada. Ela agarrou a mão dele e a abraçou entre os seios.
- Eu te amo muito Naruto – ela beijava a mão do amado – Não acredito que vamos realmente ficar juntos para sempre. Nossa família.
- Vamos, la mia signorina, vamos ficar juntos para sempre. – ele passou as mãos na barriga pouco elevada de sua mulher, que esperava seu filho.
Ele beijou testa dela, e dormiram juntos nessa, e em muitas outras, noites.
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