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História O Príncipe de Daegu - A Última Noite de Liberdade


Escrita por: gothigyu

Notas do Autor


Resolvi aproveitar meu último feriado antes que precise voltar a focar totalmente na minha tese para fazer uma atualização dupla de oneshots que estavam guardadas há tempos no meu drive. Infelizmente, vou ficar sumida novamente, mas, como sempre, prometo voltar na próxima folga.

Capítulo 1 - A Última Noite de Liberdade


— Sua Alteza me chamou? — A voz de Kang Taehyun soou baixinha. Ele se perguntou se o príncipe podia ouvi-lo do outro lado do quarto, mas Beomgyu assentiu.

Logo, o guarda costas percebeu que não havia um único criado no imenso cômodo, o que era incomum. Sua mente sabia que aquilo não podia significar boa coisa.

Choi Beomgyu, o príncipe herdeiro de Daegu e noivo da filha primogênita do nobre Shin. Aquela era a noite anterior ao casamento real. Toda a burocracia da qual Taehyun não pertencia agora o envolvia. Ele era o guarda-costas do príncipe.

E… seu amante.

Não se orgulhava disso, apenas aconteceu. Sujou sua espada juramentada, sujou seus princípios. Por causa de um homem. Porque o amava. Como um dongsaeng quando admira mais que o permitido seu hyung, apesar de não poder chamá-lo assim.

Percebeu que o príncipe usava suas vestes de dormir, em vez da imponente roupa azul profundo de seda do dia a dia. Era diferente dos costumes. Por mais que trocassem beijos e palavras açucaradas, Beomgyu ainda era tremendamente orgulhoso, sempre usando seu traje oficial. Eram pouquíssimas as vezes que Taehyun podia vê-lo assim.

— Chamei. — Beomgyu respondeu, ainda de costas para o guarda. — Eu só não queria dormir sozinho esta noite.

— Sozin… mas você quem expulsou todos os criados do quarto.

— Dormir com eles me vigiando é o mesmo que dormir sozinho. Eu quero… — Finalmente, Beomgyu se virou para encará-lo. Seu rosto estava repleto de mistério, parecia algo entre a raiva, medo… ou luxúria? — …dormir com você.

— Alteza…

Antes que os protestos previsíveis viessem, Beomgyu se aproximou rapidamente do guerreiro, e selou seus lábios ferozmente. Taehyun respondeu imediatamente, segurando a cintura do príncipe, que pulara sem cuidado em cima de si, num reflexo de proteção. Sua boca permanecia entreaberta sentindo o beijo molhado e a língua invadi-lo com necessidade, contudo, sem conseguir corresponder, por conta do peso na consciência.

Desde o anúncio do casamento, tentara ignorar seus sentimentos. Casamento é sagrado, ele não deveria fazer aquilo. Seus erros deveriam se encerrar ali. No entanto, era difícil, era difícil como um tormento negar os beijos de Beomgyu.

O herdeiro puxava seus cabelos com os dedos, segurando firmemente em busca de contato e de inebriar os sentidos do guarda, tentando beijá-lo com toda a força do sentimento que nutria por ele, explorando cada parte da boca, massageando a língua adormecida com sua própria, entretanto, sentindo um gosto de fracasso pela falta de correspondência.

— Taehyun, me beija de volta! — Ele sussurrou entre a confusão de lábios. — Eu quero que você me beije, é uma ordem!

Instantaneamente, o príncipe sentiu suas costas serem abraçadas com mais voracidade e uma trava se desprendeu. Foi então que a língua tímida do soldado finalmente se entrelaçou com a sua, produzindo um choque de prazer cativante que percorreu sua espinha, indicando que vencera. Já fazia  uma semana que Taehyun tentava ignorá-lo por conta do casamento, mas agora, havia vencido.

Lentamente, Beomgyu puxou os corpos abraçados, em direção a sua tenda.

— Alteza… — Taehyun tentou protestar entre o ósculo quente.

— Shhh. — Sua Alteza o silenciou, juntando mais uma vez os lábios que por um segundo haviam se separado.

Ao adentrar a tenda, Beomgyu automaticamente se jogou no colchão, trazendo o guarda costas consigo, fazendo-o deitar por cima do corpo frondoso do príncipe.

— Não, sua Alteza precisa se guardar para a noite de núpcias com a… — Taehyun disse, partindo o beijo e tentando se levantar.

— Eu não quero! Quero você, só você! — Beomgyu lambeu os lábios de Taehyun, e então se enterrou no pescoço exposto, distribuindo selares na pele que por um momento enfraqueceram o guerreiro. — Me toca, Taehyun, me toca!

Desesperado, ele impulsionou seu quadril para cima, a fim de entrar em contato com a ereção do outro. E assim foi feito. Taehyun despencou de uma vez ao sentir que Beomgyu estava duro, e se permitiu cair, amassando o corpo esguio com seu peso, deixando que o príncipe se esfregasse o quanto quisesse no seu pau recém acordado, enquanto lambia e beijava seu pescoço.

Aquilo o deixava sem saber como reagir. Era um guerreiro e o guarda costas real do príncipe herdeiro, deveria estar pronto e alerta para qualquer situação, por mais inesperada que possa ser. No entanto, definitivamente, ter o príncipe friccionando o próprio volume em si enquanto o lambia e gemia seu nome, era uma situação além do inesperado. O corpo de Taehyun começou a dar sinais de excitação também, afinal, Beomgyu era extremamente atraente, tê-lo tão próximo e íntimo de si o fez ficar duro como uma pedra rapidamente.

— Taehyun… — Ele se esfregou de maneira mais lenta, tentando se comunicar. — …eu quero que você me pe-penetre! — uma súbita onda de vergonha o fez gaguejar, porque sugerir sexo ainda era algo estranho para um virgem.

Eles ainda não haviam feito aquilo. Aquilo era demais, um passo grande demais. Por meses, trocaram beijos e carícias inocentes, lotadas de sentimento e urgência de corações transbordando. Todavia, apenas aquilo.

— Merda! — Deixou o palavrão escapar. — Onde foi que sua Alteza aprendeu essas coisas?

Ele não deveria saber nada sobre sexo homoafetivo, a vida toda foi podado de qualquer liberdade.

— Eu pedi para Soobin trazer um livro sobre relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo para que eu aprendesse como funciona… porque… eu quero fazer isso com você! Taehyun-ah, me fode, por favor! — Porra! Como ele ficou tão sujo de repente?

E até mesmo Soobin, o assistente pessoal do príncipe, estava envolvido nisso? Taehyun precisava colocar o cérebro no lugar. Aquilo era errado. Beomgyu logo seria um homem casado! Por mais que fosse um casamento arranjado, uma relação ainda não consumada e sem sentimento algum, era extremamente errado!

— Não posso, Beomgyu, isso é errado!

Ele se sentou no colchão, deixando um Beomgyu descabelado e confuso para trás. Respirou fundo. Queria fazer aquilo, queria muito. Porém, não podia manchar a honra do príncipe.

Realmente o amava. Por isso, sabia que estava na hora de parar.

— Mas… — Subitamente, a voz chorosa de Beomgyu ressoou em seus tímpanos. Taehyun se preocupou, virando-se para encará-lo. Seu coração quase se partiu ao ver lágrimas se acumulando no canto dos seus olhos. — …é minha última noite livre. A partir de amanhã vou viver preso a uma mulher que não amo. Eu queria passar minha última noite com o homem que eu, verdadeiramente, amo. Só hoje. Eu… eu quero me conectar a você, profundamente, da maneira mais plena possível, antes de ser tomado por toda essa burocracia.

— Beomgyu… 

— Me dê só isso, só uma noite!

— Você sabe que, se fizermos isso, vai ser mais difícil parar. Não vai ser uma só vez. Você sabe que… — Beomgyu juntos as testas, ficando perigosamente próximo. Taehyun engoliu em seco — …eu vou querer mais.

— Deixe as consequências para depois. Só me conceda esse desejo. Antes que me aprisionem.

Os olhos de Taehyun escureceram. Doía vê-lo assim. Como tudo aquilo havia começado? Não se lembrava de quando começou a nutrir sentimentos pelo herdeiro de toda a terra que pisava, o futuro detentor de tudo o que o sol tocava no horizonte que assistia todos os dias. Ele era um homem poderoso, impiedoso, imponente, um tanto arrogante. Ainda sim, belo, doce e apaixonante.

O primeiro beijo ainda era vívido na memória, no entanto. Um selar tímido e casto enquanto contemplavam o lago do palácio, no fim da tarde. Selares inocentes que se transformaram em pura luxúria com o passar do tempo, beijos ferozes, línguas impacientes e mãos sorrateiras.

Taehyun tinha que conceder aquele desejo. Era a sua última noite como amante. Queria marcá-lo com sua presença eternamente, no pescoço alvo, na tez branca, em todo o corpo. Para que sempre fosse lembrado.

Beomgyu, impaciente e com medo de que o guarda fugisse, esgueirou-se para o colo de Taehyun, que finalmente foi arrancado de seus devaneios ao sentir o peso delicado do príncipe sobre si, e seu rosto esculpido tão próximo, com lágrimas e tristeza aparentes. Seus cabelos longos estavam soltos, o que era raro. Os de Taehyun, como sempre, envolvidos num coque frouxo e bagunçado de soldado.

— Esta noite seremos um. Pelo menos esta noite. — Taehyun sussurrou, finalmente correspondendo.

Beomgyu soube de imediato que ele havia cedido. Suas lágrimas cessaram, agora transformadas em excitação e nervosismo pelo que viria. Taehyun passeou os dedos de leve pela gola da roupa de dormir do príncipe, camadas finas de seda, tão delicadas quanto o próprio corpo macio que a vestia. Puxou calmamente o tecido para expôr a clavícula e o ombro, deleitando-se com a visão. Ele era realmente alguém da realeza, bonito demais para ser verdade. Taehyun depositou um beijo na pele do ombro, logo pondo-se a trilhar um caminho de ósculos molhados por toda a parte exposta, relaxando Beomgyu, que pôde sentir o amor entre toda aquela tensão. Perguntava-se se doeria, ou se seria capaz de agradar Taehyun. Era sua primeira vez, afinal, a tensão era inevitável.

— Você já fez isso antes? — O príncipe perguntou. Estava preso àquele palácio desde seu primeiro dia de vida, porém, soldados geralmente têm liberdade de sair para a cidade e se acabarem em bebida e prostitutas.

— Os outros soldados já me levaram quase que à força para bordéis. Eu… tentei algumas vezes. — A expressão de Beomgyu ficou adoravelmente óbvia, a pitada de ciúmes podia escorrer pelo seu rosto. — Mas nunca foi realmente prazeroso. Só os beijos de sua Alteza são mais excitantes que qualquer toque despudorado de uma prostituta. Você é mais bonito que qualquer donzela. 

Taehyun disse, enquanto alternava as palavras com chupões quentes, deixando marcas avermelhadas e roxas no colo do príncipe, provocando espasmos de prazer em ambos. Beomgyu enlouquecia com os beijos e as mãos singelas do guarda, que até então apertavam sua cintura, apenas para no segundo seguinte inconsequentemente resolverem se arriscar na bunda farta, agarrando-a com força, fazendo seus olhos revirarem de prazer. Precisava de mais contato, sua parte inferior frontal queimava como se estivesse com febre, por isso, passou a rebolar, sentindo um alívio quando as ereções tesas se esfregavam por debaixo de todas as camadas de pano. Taehyun grunhiu, não se aguentando de tesão, e abriu todo o robe real do príncipe, fazendo as camadas de tecido caírem na altura do quadril, expondo o tronco magro.

Taehyun praticamente o comeu com os olhos. Nunca foi permitido ver o príncipe despido, nem mesmo um centímetro de pele a mais se revelava, ele sempre mantinha a veste em perfeitas condições. Mas agora, podia sentir até mesmo cada centímetro daquele pau ainda intocado roçando contra seu abdômen, e cada pedaço de tez brilhante como porcelana. Estava levando o príncipe para um mau caminho.

— E com um homem? — Beomgyu voltou a perguntar, com o rosto ruborizado por estar se revelando pela primeira vez para alguém que não fosse seus criados fiéis que o conheciam desde que era um bebê.

— Você é o primeiro. — Taehyun sorriu, percebendo a insegurança e vergonha no semblante perfeito. — E o único que eu quero!

Sem ter tempo de reagir apropriadamente, Beomgyu foi tomado por uma onda intensa de prazer quando Taehyun se esparramou em seu peito, aprisionando o botão pequeno com a boca, derramando saliva por todo o peitoral morno. O príncipe pendeu a cabeça para trás, tomado por todos os pensamentos devassos que o atormentavam, aquilo era bom, ainda mais quando a mão forte dele apertava sua bunda, forçando-a a permanecer colado ao corpo alheio. Taehyun lambia o broto com devoção, percorrendo a auréola, prendendo o mamilo entre os dentes e trocando os lados quando o outro botão parecia implorar pelo mesmo tratamento. Gemeu dramaticamente, deixando claro o que os toques faziam com sua cabeça.

A hipersensibilidade no local era absurda, Beomgyu começou a sentir toda a saliva secar e uma umidade se acumular dentro da sua roupa íntima, era vergonhoso e, ao mesmo tempo, excitante. Precisava beijá-lo, despi-lo, tê-lo para si. Puxou Taehyun para mais um beijo afoito, ao passo em que as mãos agitadas do guerreiro puxavam o resto dos panos para fora de seu corpo, ele o levantou ainda com os lábios colados aos seus apenas para se livrar totalmente do robe real. 

O ar faltou quando Beomgyu se deu conta de estar apenas com uma peça de roupa íntima, exageradamente molhado, sentindo com precisão o volume de Taehyun crescendo contra sua bunda. Partiu o beijo para respirar, tornando-se extremamente vermelho, e o guerreiro apenas sorriu, deliciando-se com a visão do príncipe bagunçado.

— V-você está em vantagem! — Disse, referindo-se à quantidade de roupas que havia perdido enquanto Taehyun continuava intacto. Sua coragem e ousadia repentinamente se esvaíram, dando lugar ao nervosismo. 

— E estou apreciando bastante a visão! — Ele respondeu com um sorriso perverso, seus olhos agora devoravam as pernas bem desenhadas, passeando a ponta dos dedos na coxa torneada.

— Eu quero… — Beomgyu reuniu mais uma vez sua coragem, empurrando Taehyun sobre a colcha. — …o controle. Eu sou seu príncipe, lembra?

— Como sua Alteza desejar. — Sorriu, divertindo-se com aquela sensualidade inocente.

Os olhos do príncipe tornaram-se lâminas, focados em seu objetivo. Calmamente, desamarrou cada parte da roupa do guerreiro. Primeiro, retirou as meias, seguindo para o robe externo. A armadura pesada não estava ali, mas isso não tornava o trabalho mais fácil. Taehyun o observava com calma, auxiliando na retirada de cada pedaço de pano e sentindo seu pau doer mais a cada parte de pele exposta.

Agora, ambos vestiam apenas a roupa íntima. Beomgyu encarava com curiosidade o volume marcado, ele parecia tão grande, fazia seu coração bater freneticamente em expectativa. Respirou fundo, levando a mão para a barra da peça, finalmente a baixando e revelando o pilar duro e pulsante, com um tom avermelhado pela excitação. Era a primeira vez que Beomgyu via outro pau que não fosse o seu, engoliu em seco, sentindo uma guinada de tesão viajar para o falo.

Taehyun repentinamente levou a ponta dos dedos para a barra da roupa íntima de Beomgyu também. O príncipe pareceu dar a permissão, e o soldado a abaixou com urgência, expondo um pênis grosso e encharcado. Beomgyu gemeu com a fricção do tecido contra si.

— Tão lindo. — Taehyun sussurrou.

Realmente, Beomgyu era fraco para elogios. Criou forças para subir no colo dele novamente, melando a barriga alheia com seu pré gozo. Taehyun amou aquilo, principalmente porque seu próprio pau roçava naquela entrada apertada e ainda virgem. Ele estava fazendo aquilo de propósito, Taehyun teve certeza. O príncipe debruçou sobre seu corpo, capturando os lábios do guerreiro em mais um de seus beijos vorazes, não se contentando com pouco, desavergonhadamente subindo e descendo seu corpo num esfrega esfrega maligno contra Taehyun, que, sem poder controlar suas mãos necessitadas, agarrou com vontade as bandas da bunda alva, separando-a e encaixando seu pênis ali, imaginando como seria enlouquecedor fodê-lo. Beomgyu quebrou o ósculo para atacar seu tronco, lascivamente lambendo a clavícula, o colo, o pescoço, agora esmagando o pau com seu traseiro glorioso.

— Mas que putinha desavergonhada! — Taehyun deixou escapar. Automaticamente, Beomgyu gemeu em aprovação, nunca haviam lhe dirigido a palavra daquela maneira tão depreciativa. Não sabia que iria gostar tanto! — Está praticamente implorando para ser fodido rebolando essa bunda pecaminosa no meu pau. — Continuou, deixando que seu lado selvagem o dominasse. A língua do príncipe era certeira em todos os seus lugares mais sensíveis.

Recebendo um boost de confiança pelas palavras sujas, Beomgyu iniciou um trilha com o músculo úmido, beijando, lambendo e mordendo o tronco alheio, imitando tudo o que Taehyun já havia feito consigo e o que o livro que lera havia dito que traria prazer ao parceiro. Queria satisfazê-lo. Era um monarca louco para agradar e receber aprovação de um súdito, que irônico. Lambeu o mamilo amarronzado, prendendo o broto de leve entre os dentes, rapidamente, antes de seguir seu caminho libidinoso. A pele do guerreiro era mais bronzeada e áspera que a sua, ele trabalhava arduamente no sol, aguentando roupas pesadas diariamente. Até aquilo era excitante.

Quando seus lábios encostaram no baixo ventre, sentiu como ele estava mais quente ali. Era tão próximo. Abriu os olhos, querendo vê-lo. Sim, aquele pênis grande, na distância de um palmo de sua boca. Num impulso maluco de coragem, findou o espaço, encostando a língua no comprimento molhado, derramando saliva e paixão. Também havia lido que aquilo era extremamente prazeroso.

— Aaah, Beomgyu…

Quando Taehyun o chamava pelo primeiro nome era como viajar aos céus.

Roçou a língua por toda a extensão até chegar na glande, tendo consciência de que era a parte mais sensível. Chupou a área com devoção, provocando mais gemidos agressivos da parte do guerreiro. Seu pau já estava doendo de tanto tesão, esquecido.

— Porra, você é tão bom! — Taehyun grunhiu. — Mas não, não posso deixar que isso aconteça!

Subitamente, o pênis lhe foi negado. Beomgyu estava para reclamar quando Taehyun o agarrou violentamente, invertendo as posições, tomando o controle de volta.

— Você é meu príncipe, é meu dever agradá-lo.

— Tae… — Sussurrou em súplica.

Taehyun selou os lábios rapidamente, em seguida indo direto para a região mais quente, sem cerimônia. Beijou o comprimento do príncipe, recebendo gemidos manhosos pelo ato. Ele era tão quente e suculento. Sua mão direita segurou a base, estimulando o pênis com volúpia, vendo o pré gozo se derramar da glande com agilidade quando sentiu a masturbação repentina. Ele já estava tão excitado por sua causa, era um reforço para seu orgulho.

Taehyun se deleitou, abocanhando a ereção por inteira. Também tinha aprendido alguns truques com livros eróticos, afinal. Beomgyu arqueou as costas instantaneamente, abrindo a boca em "o". Que sensação fodidamente boa, estar dentro daquela boca molhada. Choramingou quando sentiu o guerreiro começar movimentos de vai e vem, engolindo toda a extensão e depois a retirando repetidamente.

— Mmmmmh, Taehyun-ah! 

Suas mãos migraram para os cabelos negros envolvidos no coque, puxando os fios sem saber bem demonstrar o que queria. No entanto, Taehyun entendeu, aumentando a velocidade da felação com obediência. Poucas e pequenas lágrimas desataram de seu rosto, dessa vez, de prazer. Acariciou o couro cabeludo como recompensa pelo quão bem se sentiu com aquilo.

Todavia, quando Taehyun abandonou o comprimento, seu pau doeu, estava tão próximo, mas foi impedido de gozar. Choramingou alto, contudo, logo entendeu o que aquilo significava. Sem aviso prévio, Taehyun desceu ainda mais a estrada devassa, beijando molhadamente sua entrada. Isso era vergonhosamente bom.

— Taehyun-ah. — Chamou, querendo lhe dizer algo importante. — E-eu me limpei para você!

Taehyun sorriu, então aprofundando o beijo contra a pele. Tão atencioso. Ele realmente havia pesquisado bastante para aquela noite.

— Não se preocupe, meu amor, vou aproveitar muito bem seu esforço. 

Dito isso, virou o corpo pálido na colcha, deixando Beomgyu deliciosamente de quatro, instruindo-o a se apoiar nos joelhos e cotovelos. O príncipe se sentiu exageradamente exposto, porém, era ainda mais excitante assim.

Dessa vez, a língua o invadiu, forçando perniciosamente a entrada até que pudesse sentir as paredes internas se contraindo para alojar o músculo. Beomgyu gritou. Que som reconfortante e delicioso. Taehyun estapeou a pele da bunda, em busca de mais, indo cada vez mais fundo, sentindo o sabor alheio. O príncipe escondia o rosto nos travesseiros, não conseguindo prender um único gemido, cada movimento da língua dentro de si lhe fazia externalizar para todo o quarto o quanto amava ser tocado assim. O guerreiro falava sério, era um súdito devoto que faria de tudo para que Beomgyu se sentisse bem. E como se sentia bem!

Quando sentiu que ele estava lubrificado o suficiente, Taehyun partiu para o próximo passo, estava um tanto afobado, já que seu pau começava a implorar por Beomgyu. Retirou a língua do interior quente, e seu dedo indicador rodeou a entrada com delicadeza, até enfim começar a forçar.

Merda, tão apertado. Sinceramente, Taehyun nunca havia feito isso antes, por isso, tentava segurar seu desejo animalesco de se esgueirar para dentro daquela porta de entrada rosada e sensível com violência e fodê-lo até que suas pernas estivessem fracas. Felizmente, Beomgyu pareceu aguentar bem a dor, seus sons pareciam extremamente positivos e seu quadris se moviam de encontro ao dígito. Assim, Taehyun introduziu o segundo dedo.

— Aaah! — Beomgyu levantou as costas, sentindo a dor o invadir.

— Está doendo? 

— Um pouco. M-mas eu aguento, por favor, continue!

Seu rosto já estava suado, fios perdidos dos cabelos negros e sedosos grudavam em sua testa, deixando-o tão deliciosamente bagunçado. Não importava o que Beomgyu fizesse, ele continuava perfeitamente belo como uma pintura.

O par de dígitos começou a se mover, tentando abrir caminho por uma trilha difícil. Beomgyu espremeu ainda mais os olhos quando percebeu que quase tudo estava para dentro, tentando aguentar a dor. Queimava, sentia que suas paredes internas estavam queimando, tentando repelir o que não lhe pertencia.

Finalmente, Taehyun conseguiu encontrar seu ponto mais sensível, fazendo com que o príncipe  balançasse o quadril em desespero. O que era aquela sensação tão quente?

— Ah ah, está doendo, mas ao mesmo tempo…

— Quando eu toco aqui é bom, não é? — Taehyun respondeu, movendo os dedos um pouco para que estocassem bem de leve o canal e alcançassem a próstata novamente.

— Uhum! — Beomgyu assentiu, enfiando o rosto novamente no travesseiro, com vergonha. 

— Tão gostoso, meu príncipe, só com isso posso imaginar como vai ser te foder com meu pau, eu vou ficar louco! Você é um pecado, sabia?

— Own, Tae, está melhorando…

Foi apenas aquela inocente frase que bastou para que Taehyun aumentasse a velocidade, provocando gemidos surpresos por parte de Beomgyu. Ele tentou abrir um pouco os dedos dentro do amante, a fim de alargar o máximo que podia, e então, vendo que conseguia facilmente, inseriu o terceiro dígito, e Beomgyu já estava tão hipnotizado que apenas rebolou na mão que o invadia, achando a dor gostosa como o inferno.

— Tae…

Aquilo era uma súplica. Taehyun retirou os dígitos, praticamente explodindo de tesão. Se não o fodesse agora mesmo com certeza explodiria. Ajudou Beomgyu a se deitar novamente de barriga para cima. Imediatamente, o corpo ligeiramente menor de Taehyun o abraçou, dominando-o por completo. Eles se beijaram ardentemente, enquanto as ereções rígidas colidiam com desejo. Beomgyu cravou as unhas no couro cabeludo, com tanta saudade e sede, queria Taehyun, queria tanto.

O guerreiro facilmente o fez abrir as pernas, partindo o beijo para levar o olhar para aquela cena erótica. Seu príncipe estava todo aberto para si, clamando por seu pau.

— Eu vou entrar. — Avisou, com uma voz gentil. Beomgyu assentiu freneticamente.

Respirou fundo, estava tão suado e necessitado que mal se reconhecia. Era sempre assim quando estava com Taehyun, conhecia lados seus que jamais pensou que existissem. Lados que teria repudiado se o dissessem que um dia estaria assim. Observou aquele corpo forte levantar um pouco o tronco, segurando o próprio pau a fim de levá-lo para o destino final. Beomgyu estremeceu ao senti-lo, tão molhado por sua causa. Uma dor aguda o atingiu quando o guerreiro começou a forçar o caminho, foi instantâneo, não achou que doeria tanto desde o início.

Ele era muito maior e mais grosso que os dígitos de antes. O príncipe espremeu os olhos, em descrença, como aquilo caberia? Enquanto isso, Taehyun se perdia nas sensações intensas e malucas, tentava se controlar, mas mal conseguia prestar atenção em qualquer outra coisa que não fosse na pressão absurda que Beomgyu fazia sobre seu pênis e a visão gloriosa da extensão entrando com dificuldade. Apenas a cabecinha havia conseguido vencer as paredes internas intolerantes.

— Aaah, Taehyunnie… está doendo! — Beomgyu finalmente disse, sem aguentar mais aquilo. Era como estar sendo quebrado ao meio.

— Eu vou mais devagar, prometo, meu amor.

"Meu amor"! O coração do príncipe batucou desesperado com o apelido, geralmente, Taehyun não era tão amável assim. Entretanto, aquilo não relaxou a dor. Por mais que ele estivesse indo devagarzinho como se fosse parar, cada centímetro a mais o fazia sentir como se sangrasse por dentro.

— N-não, isso dói muito! — Choramingou.

— Eu prometo que só dói até eu conseguir colocar tudo, vai melhorar, certo? Beom?

Beomgyu assentiu com a cabeça, com os olhos brilhantes de lágrimas que se acumularam ali sem conseguirem cair.

— Eu quero aguentar! — Sim, ele tinha que parar de choramingar, era um príncipe. Devia ser forte. Queria satisfazê-lo também. Fungou o momento de fraqueza, tentando vencê-lo.

— Você vai, meu amor.

O príncipe puxou o tronco do guerreiro para mais um beijo. Talvez aquilo pudesse anestesiar a dor. Taehyun aceitou, envolvendo-o numa camada de amor puro, dominando seus lábios com carinho. Porra, era tão gostoso estar dentro dele, mais uma vez, segurou o instinto de afundar completamente. Quando o sentimento estava envolvido, com certeza era mais prazeroso. Beomgyu gemeu entre os lábios, como se indicasse que estava tudo bem continuar, e Taehyun acatou o sinal verde. Lentamente, a extensão desapareceu dentro do corpo pálido e perfeito. O príncipe parecia mais determinado, por mais que sua respiração estivesse descompassada e histérica, ele podia sentir no beijo, ele aguentava fortemente.

Estava completamente para dentro agora, o pênis parecia querer crescer ainda mais ali, como se fosse seu lugar de direito. Taehyun partiu o beijo, grunhindo de prazer.

— Pode se mover, Tae. — Beomgyu permitiu.

— Ainda está doendo? — Perguntou preocupado, não queria que ele fosse além de seus limites.

— Só um pouco, eu posso aguentar, eu juro!

Aquela voz tão manhosa e sedutora, Taehyun não conseguiu resistir, movendo-se de uma forma um tanto brusca, fazendo o príncipe gemer alto. Que porra mais deliciosa, o guerreiro sentiu todo o sangue do seu corpo ferver e passear atrapalhadamente pelas veias. Moveu-se novamente, indo um pouco mais fundo, finalmente, sentindo o ponto sensível de Beomgyu, tão escondido e apetitoso.

A dor realmente parecia mais branda agora, a cada segundo, um pouquinho de dor de transformava em prazer, inundando o corpo do herdeiro com lascívia. Quando sentiu aquele ponto ser estimulado mais uma vez, sentiu que podia aguentar ainda mais a dor até que ela fosse extinta de uma vez.

— Merda, isso é tão gostoso! — Taehyun praticamente rugiu, enterrando-se no pescoço do príncipe.

— Eu sou bom? — Beomgyu perguntou, ansiando por agradar seu amado. — É gostoso transar comigo?

— Pra caralho! Você é o melhor, você é o mais gostoso da porra do universo! — Aquelas palavras fizeram a ganância do príncipe transbordar, queria realmente ser o melhor, queria que Taehyun o olhasse com ainda mais desejo, que amasse seu corpo, que o fodesse com paixão.

— Então faz mais forte! Me fode do jeito que você quiser, Taehyunnie, eu aguento! 

— Porra… Beom…

Taehyun estocou, jogando o bom senso para fora dos confins do palácio. Beomgyu suspirou pesadamente, aquilo tinha sido realmente bom, apesar da ardência. Ele já estava perto o suficiente do céu, movendo seu quadril com firmeza, buscando alcançar o limite da trilha oferecida pelo príncipe, a fim de recompensá-lo com prazer ao tocar naquele ponto específico. 

Estava funcionando, Beomgyu agora parecia tão mergulhado no sexo delicioso que já não sentia mais nada além de puro prazer, fazendo questão de demonstrar com gemidos eróticos de aprovação. Suas unhas foram cravadas nas costas fortes do guerreiro, descontando toda violência com que era fodido em arranhões histéricos que só faziam Taehyun querer fodê-lo mais forte.

— Aaaaaah, Tae… isso é bom!

Levantou mais os joelhos, e aquilo foi definitivamente uma decisão acertada, a penetração parecia facilitada assim, sem querer, descobriu uma mina de ouro. Taehyun repentinamente levantou o tronco, o ato de Beomgyu o fez enlouquecer. Agarrou as coxas macias, forçando os joelhos a se levantarem mais e abrindo mais ainda as pernas, provocando uma visão tão eroticamente estimulante que sentiu que poderia gozar só com os olhos. Beomgyu estava tão aberto para si, seu peitoral maculado, seu pau teso, avermelhado e completamente molhado descansando e pulsando no abdômen, sua entrada sendo forçada pelo pau impiedoso dele, tudo aquilo era explicitamente apresentado aos olhos de Taehyun, como uma pintura que deveria ser apreciada.

Ou desonrada.

Sim, estava desonrando o príncipe herdeiro, mas não conseguia sentir culpa, porque ele parecia amar cada vez que seu pau o invadia. Fez com mais força, estocando agressivamente enquanto segurava aquelas coxas fartas. Beomgyu agarrou os lençóis, tentando se segurar, os movimentos de Taehyun o faziam subir e descer na colcha, fazendo até mesmo o madeiramento da tenda real ranger. O barulho dos corpos se chocando também sufocava o ambiente, o cheiro de sexo era forte e delicioso, era o amor deles explodindo para todos os lados.

Taehyun encaixou as pernas de Beomgyu nos próprios ombros largos, deixando-o ainda mais aberto e vulnerável que antes, se é que era possível. Aquilo era tão vulgar, fazia com que o príncipe se sentisse um prostituto, mas era excitante, parecia que seu corpo engolia Taehyun melhor assim. Quando sua ereção foi segurada entre os dígitos do guerreiro, ficou inquieto, aceitando facilmente a masturbação dolorosa. Balançava as pernas no ritmo das estocadas, arqueava as costas e virava a cabeça de um lado para o outro, parecia estar perto.

Taehyun suspirava fundo, sentindo que também estava perigosamente perto, ainda mais com a agitação sensual de Beomgyu. Vê-lo era reconfortante, senti-lo era relaxante. Mesmo no momento mais agressivo e vulgar, seu coração estava aquecido, e não conseguia tirar os olhos do rosto angelical quase adormecido do príncipe e dos sons adoráveis que ele produzia por sua causa, mesmo que a visão mais para baixo de seu pau se enterrando na bunda deliciosa também fosse incrível. Era estranho, quanto mais perto do orgasmo, menos conseguia focar na cena explícita, e mais se perdia no rosto alheio estampando êxtase. Estava tão apaixonado que poderia morrer depois daquela noite, sua vida não tinha sentido longe de seu príncipe.

— Tae… alguma coisa está queimando dentro de mim! Eu quero gozar! — Beomgyu avisou, sentindo sua próstata esquentar, nunca havia sentido algo assim.

Taehyun apenas sorriu ladino, aumentando a velocidade e a violência, fazendo com que Beomgyu fechasse os olhos fortemente, sentindo que se despedaçaria a qualquer momento. Seu pau ainda era veementemente estimulado, sentia-se tão bem que não conseguia pensar direito. Estava ali, estava vindo! Arqueou as costas, derramando seu esperma no próprio abdômen e na mão do guarda costas, espesso e abundante, fazia muito tempo que nem ao menos se tocava, nunca era permitido ter tantos momentos sozinho assim. Taehyun espremeu a ereção até a última gota, adorando os espasmos de prazer que ele proporcionara. Beomgyu gemia manhoso, havia uma sensação de formigamento se alastrando por sua pele, aquilo tinha sido muito bom.

Sentiu um incômodo quando Taehyun voltou a se movimentar dentro de si, mas não protestou, também queria que ele chegasse lá, queria ser um bom príncipe para seu súdito. 

— D-dentro de mim, eu quero dentro de mim, Tae! — Beomgyu murmurou, cansado pela energia gasta. Estava virando um pervertido por causa da paixão maluca que sentia por aquele guerreiro.

— Você é um príncipe guloso demais para o seu próprio bem, quer se sentir cheio com meu esperma? Eu poderia encher não só essa bunda gostosa como também essa boquinha perversa! — Taehyun disse, agressivamente, fazendo o herdeiro suspirar com a própria imaginação.

Não demorou muito para que ele chegasse lá com um grunhido, realmente enchendo Beomgyu até a última gota. A sensação de ter seu leite preenchendo o canal enquanto ainda estava lá dentro era estupenda demais para ser descrita. Gemeu arrastado, ainda enterrado fundo na bunda deliciosamente farta e vermelha por conta da sua violência. Só quando os espasmos passaram que conseguiu reunir forças para sair com cuidado de dentro do príncipe. E droga, foi um pouco agressivo demais para uma primeira vez, Beomgyu sentiu uma dor absurdamente aguda quando Taehyun o abandonou. Estava ardendo e o sêmen dele queimava e produzia uma sensação estranha ao se derramar para fora de si, quase achou que estava sangrando.

— Eu te machuquei, meu amor? — Taehyun perguntou com um bocado de preocupação no rosto, abraçando o corpo do príncipe para confortá-lo como podia. — Devia ter ido mais devagar, era sua primeira vez, droga, eu me deixei levar!

— Está ardendo um pouco, mas está tudo bem, eu amei, sério! Eu só queria te dar prazer também, eu aguentaria ainda mais pra te satisfazer! Eu fui bem?

— Ora, Beomgyu! Claro que foi, você foi o melhor! Ninguém pode me enlouquecer como você! Você foi tão gostoso que eu acabei perdendo a linha e fazendo forte demais!

— Eu realmente queria te satisfazer!

— Qualquer coisa que você faz já me satisfaz. — Taehyun sorriu, deixando a tensão sair de seu corpo. O rosto do príncipe estava avermelhado, de olhos molhados e uma fina camada de suor sobre a pele. Ele realmente tinha gastado um bocado de energia.

Beomgyu se aninhou em seus braços, por mais que fosse um pouquinho mais alto, ele parecia pequeno perto do corpo forte e habilidoso do guerreiro. O silêncio reinou, porém, era reconfortante, eles apenas inspiravam o aroma um do outro, embriagados de amor. Ele roçava a ponta dos dedos no peitoral másculo de Taehyun, entretido.

— Não aguentei fazer muito por ser a primeira vez, mas… — Beomgyu disse, devagarinho, um pouco envergonhado. — … queria ter tentado de vários jeitos. Por trás, dizem que é gostoso assim. Por cima, de lado…

Ele suspirou profundamente.

— Uma vez não é suficiente, Tae. — disse com uma voz chorosa.

Ele sabia. Os dois sabiam. Claro que isso aconteceria.

— Eu disse. Eu vou querer mais. — Taehyun também suspirou melancolicamente.

Era o guerreiro menos honrado de todos. Havia queimado seus votos da maneira mais patética de todas. No entanto, ainda sim, não conseguia se arrepender.

— Eu não quero me casar. — Repentinamente, Beomgyu desatou em lágrimas, num desabafo doloroso.

— Meu príncipe… — Taehyun o apertou mais em seus braços, permitindo-o chorar o quanto quisesse em seu peito.

— Não! Eu não quero ser príncipe!

— Beomgyu, mas é seu dever!

— Eu não quero ser uma pessoa virtuosa que cumpre com todos os seus deveres se isso está literalmente me matando! Eu não quero me casar, eu não quero governar esse país, eu não quero produzir herdeiros, eu não quero todo esse poder que ao mesmo tempo me poda! A rainha mãe ainda pode ter filhos, se eu morresse, ela facilmente faria um novo herdeiro. Eu não sou tão importante assim, eu sou só uma peça de um tabuleiro de um jogo velho e chato.

— Gyu, não fale assim da sua mãe.

— Taehyunnie, rainhas mães são diferentes das mães comuns. Eu mal conheço aquela mulher. Mais do que ninguém neste reino ela desempenhou o papel dela perfeitamente.

— Eu… — não queria vê-lo tão raivoso, porém, sabia que não tinha moral alguma para repreendê-lo. — … eu sei que dever é difícil. Eu tenho menos deveres, e ainda sim não consegui cumpri-los. Porque eu me apaixonei por você.

— Eu te pus no mal caminho, não é?

— Não coloque as coisas dessa maneira. O que você fez comigo é muito mais delicado e mágico do que isso, você me fez amar. — Taehyun selou seus lábios no do príncipe rapidamente. — Eu te amo.

Aquilo fez as lágrimas de Beomgyu saírem ainda mais fortes, como uma cachoeira.

— É a primeira vez que você me diz isso, e é um dia antes do meu casamento! Taehyunnie, eu não quero ser um homem que cumpre seus deveres de maneira distorcida. Que se casa pelo dever mas tem amantes, que não sabe governar e deixa tudo nas costas dos nobres usurpadores. Não, isso é muito pior que desistir! Eu… eu quero fugir!

Parecia que um peso gigantesco, em ferro, estava amarrado no tornozelo do príncipe, levando-o para o fundo do poço. Entretanto, aquelas palavras o fizeram se reerguer. Cortou as amarras que o puxavam para o fundo do oceano, pulando em cima de Taehyun, com entusiasmo, roubando-lhe um beijo afoito e enérgico.

— Eu te amo tanto. — resmungou entre a confusão de lábios e línguas. — Eu quero fugir, Taehyun-ah, com você!

— Gyu…

Taehyun jamais pensou que aquela era uma opção.

Sempre que via Beomgyu, ele era imaculado, por mais que reclamasse dos afazeres reais, julgando-os injustos, ele era orgulhoso, disciplinado, perfeito. Sempre impecável.

Não parecia que "eu quero fugir" podia sair daqueles lábios.

Ele foi um tolo por pensar assim, pois uma vez também pensou que aquele mesmo príncipe jamais corresponderia à sua paixão ardente. Depois de anos, ainda negava a verdade, ainda fingia não conhecê-lo.

Taehyun era um camponês que gostava de caçar, nunca fora de uma família orgulhosa de guerreiros. A oportunidade de servir ao rei lhe caiu como uma folha no outono, e ele apenas a seguiu. Nunca foi seu sonho. Não faria falta deixar para lá também. Viver uma vida pobre, pacata e tranquila, com o homem que amava.

— Então vamos fugir! — O guerreiro enfim disse, assim que os lábios se separaram. Beomgyu abriu o maior sorriso de todos, sem conseguir conter toda a alegria que irradiava de seu peito. — Vou te ensinar a caçar, pescar e cortar a lenha. 

— Eu já sei caçar, ora!

— Você realmente acha que as caçadas reais valem de alguma coisa? Todo mundo faz os bichos irem até você, sabia?

— O quê? Não! — Beomgyu exclamou, incrédulo.

— Haha, você vai ter muito o que aprender para deixar de ser um almofadinha!

— Então vamos fugir o mais rápido possível, Taehyun-ah! Para que você me ensine! — Pernicioso, Beomgyu enlaçou os braços ao redor do pescoço dele, que desceu os dígitos pelas costas nuas do príncipe. De repente, não se sentia mais satisfeito. — Mas só depois que você me foder a noite toda!

Taehyun riu, ele havia aprendido todo tipo de coisa imprópria em apenas uma noite, que palavreado era aquele saindo da boca de um herdeiro do reino? Estavam sonhando alto no plano da fuga, sabia disso, não seria fácil. Contudo, naquele momento, tudo parecia ser possível. Suas mãos impacientes logo agarraram o ponto de desejo, apertando a bunda farta que agora tentava atiçar sua ereção recém acordada. Voltaram a se beijar fogosamente.

Precisavam aproveitar, se a fuga desse certo, provavelmente, a próxima transa não seria num colchão de seda como aquele.

Mas tudo bem, enquanto tivessem um ao outro, estava tudo bem.

 


Notas Finais




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