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História Obsessive Passion - My Hero?


Escrita por: belierbrs

Notas do Autor


leitores fantasmas aparecendo <33333333
capítulo grande pra vocês haha
comentem!!!!

Capítulo 10 - My Hero?


Fanfic / Fanfiction Obsessive Passion - My Hero?

- Isso tudo para um jantar? –observei Sophie calçar seus saltos tentando se equilibrar como se segura-se no ar enquanto eu escovava meus dentes na porta do banheiro-

- Você deveria estar pronta já –ela saiu apressada esbarrando em mim para entrar no banheiro-

- Eu só vou colocar minhas roupas –eu estava apenas de calcinha e sutiã-

Sophie vestia uma blusa branca rendada e caída de mangas bem coladinha e uma saia rosa pink mas não chamativa, seu salto dava um tom mais meigo ao seu traje. Voltei para a pia e lavei minha boca, Soph começou a se maquiar ali mesmo, no meu quarto, no meu banheiro. Resolvi pegar minhas roupas e me vestir no quarto, eu nunca havia usado aquele conjunto que comprei a alguns meses atrás e pra não mofar acabei vestindo ele e calçando minhas sapatilhas.

- Sem sapatilhas mocinha –Sophie passou por mim passando blush em suas maçãs e saiu do quarto-

Revirei os olhos tirando meus pares de sapatilhas floridas e calcei uma plataforma preta com detalhes bege no salto. Passei um pouco a mais de maquiagem do que de costumes, deixei meus olhos contornados com o delineador e lápis, passei um batom rosinha claro um pouco de pó e blush com um acabamento com o rímel.

- Nossa, você deveria se vestir mais assim –Sophie parou ao meu lado me olhando dos pés a cabeça enquanto dava os últimos ajustes em minha roupa de frente ao espelho-

- Você está tão linda –falei também lhe analisando- eu nem deveria ir, vou segurar vela para os dois.

- Tem razão, Ryan não deveria ter lhe convidado –ela lamentou fingindo estar decepcionada-

- Ei, eu ouvi isso –lhe dei um tapinha de leve-

- Você é minha cola Maya, pra onde eu for você tem que ir até se for pra segurar vela –peguei meu perfume e espirrei em mim-

- É para isso que as melhores amigas servem?

- Garota esperta –ela sorriu piscando para mim-

- Quero saber como vamos sair do campus sem que nus vejam, você sabe que não podemos sair de segunda a quinta a não ser que justifique ao diretor –coloquei o perfume no lugar e coloquei meus brincos-

- Eu já tenho tudo planejado May, então vamos?

Sophie passou a tarde toda me convencendo para ir a esse jantar que Ryan proporcionou, era arriscado sair da universidade escondido e ainda mais pela noite isso poderia causar expulsão na hora e eu não queria nem imaginar essa condição por pretextos de Sophie. Descemos silenciosas pela escadas para não chamar muita atenção, a única vantagem que tínhamos era que o lugar não havia câmeras a não ser na entrada do campus. Sophie se posicionou na frente e tiramos nossos saltos para correr para trás de uma árvore do outro lado, tivemos que atravessar a pequena pista e correr sobre o gramado para alcançar o muro.

- E agora o que vamos fazer? –falei um pouco afobada me encostando de lado na árvore-
- Agora nós vamos pular o muro –é paranoia na certa-

- Você ta ficando maluca Sophie Mccoy? –quando eu lhe chamava pelo nome e sobrenome era por que a coisa era muito séria- olha o tamanho desse muro –apontei para enorme parede de concreto ao nosso lado-

- Por isso que temos essa escada –ela apontou para escada logo atrás de mim- acha que não pensei em tudo?

Sophie foi a primeira a subir e quando me olhou de cima me incentivando criei coragem e segurei firme minha plataforma e comecei a subir os degraus, Sophie sentou em cima do muro e me esperou para que eu sentasse ao seu lado, quando sentei ela empurrou a escada para não deixar nenhuma pista.

- Sua doida e quando voltarmos? –cochichei brava apontando para a mesma largada na grama-

- Ai é outra história –falou segurando minha mão- vamos pular no três ok?

Alto demais Maya, aquilo deveria ter quase três metros de altura até o chão e do jeito que sou desengonçada poderia cair de cara no chão.

- Isso é muito alto –olhei para cima choramingando e balançando as pernas-

- Não dar para desistir, vamos logo com isso –ela apertou minha mão-

- 1...2...pula –peguei impulso e pulamos-

Acabei caindo de pé e viva e Soph também, um farol de carro vinha em nossa direção e não foi difícil de reconhecer o carro depois que ela acenou sorrindo.

- Belo salto meninas –ele falou enquanto eu passava para o banco de trás e Soph se sentava a frente, já começava a sofrer de vela por ali-

- Me lembre de matar ela no fim da noite –me reencostei no estofado tentando relaxar-
Só calcei meus saltos quando chegamos de frente ao restaurante, ele era aquele tipo sofisticado mas não a ponto de só servir pessoas de auto nível, o lugar era confortável com lustres e mesas simples, soava uma música de fundo de Beethoven uma sinfonia esplêndida para meus ouvidos, o aroma do lugar deixava tudo mais confortável por mais que aquilo não se encaixasse em meus gostos. O garçom nus guiou para uma mesa no centro do salão, não era nada marcada ou reservado era apenas para quem chega-se ficava com o lugar.
- Querem alguma bebida para entrada antes de escolher o que comer? – o garçom com sua toalha pendurada no braço perguntou simpático-

- Aceitam champagne meninas? –Ryan perguntou segurando o menu-

- Por mim tudo bem –Sophie disse olhando para o menu-

- Quero apenas uma água sem gás–sorri para o moço que se despediu com um “licença”-

- A mais certinha –Ryan brincou olhando para mim-

- Só espero que ninguém aqui pretenda se embebedar –meu olhos caíram para Soph e ela me olhou toda inocente-

- Que foi? –ela olhava para mim e Ryan fingindo não entender-

As bebidas chegaram e claro, minha água também. Fizemos nossos pedidos para o mesmo rapaz ele saiu com sua bandeja, começamos a conversar sobre o passado e o que pretendíamos no futuro, gostos e costumes e até algumas piadas. Ryan sorria a cada babaquice que Sophie falava, ele parecia até estar hipnotizado por ela, seus olhos brilhavam a cada palavra que ela dizia das boas as ruins, a expressão dele foi mudando quando olhava firme para trás de mim, ele foi colocando lentamente a taça de champagne na mesa e olhava com um misto de surpresa e espanto para frente que no meu caso era minhas costas.

- Eu não acredito nisso –ele falou sério e pude ver ele ficar estático-

Sophie olhou primeiro e seu sorriso se desmanchou também lhe deixando com uma expressão séria, eu ainda sorria do que Sophie havia falado quando fui me virando para trás mas meu sorriso foi cronometrado por segundos depois de ficar séria também.
O que ele estava fazendo aqui? Eu não acredito que Ryan havia lhe convidado ele disse que ele não viria por isso que eu tinha aceitado numa boa em vir jantar, mas ainda não estava completo por que havia alguém ao seu lado uma moça de cabelos curtos e pretos vestindo um vestido que deixava a metade de sua bunda de fora e seus seios quase pulando para fora daquele pequeno pano.

- Nossa, mas que coincidência não? –Justin abriu os braços todo sorridente vindo até nós com a mulher que abraçava em seu braço-

Me virei ficando de costas para ele e bufando irritada olhando para Ryan.

- Isso não me parece coincidência –Sophie fuzilou ele sorrindo forçado-

- Mas foi total –ele deu de ombros- podemos nus juntar a vocês?

Ah mas de jeito algum.

Sem chances.

Nenhuma probabilidade disso acontecer.

- Mas é claro que n...-ele não deixou que Sophie terminasse de falar e foi logo puxando uma cadeira para se sentar-

- Então, já fizeram os pedidos? –ele agia naturalmente como se fosse extremamente bem vindo ali-

- Se vocês me dão licença –joguei o guardanapo das minhas pernas na mesa e sai dali para ir ao banheiro-

*Ryan Butler*

- Fala sério cara –disse quando vi Sophie indo atrás da Maya no banheiro-

- O que foi? –ele passou os braços por cima dos ombros da prostituta-

- Pagou uma mulher só pra vim infernizar? –peguei a taça de bebida e virei o resto-

- Brianna ia pra boate ensaiar, o que você queria? Que eu viesse só? –ele acenou para o garçom do fundo do restaurante- já escolheu o que quer?

- Eu não entendo nada desse cardápio –a vadia ainda por cima era aquela de esquina que nunca frequentou lugares feito esses em programas-

- Ainda por cima foi uma qualquer –ela não se atingia com as palavras afinal ela estava sendo paga-

- Duas lagostas –Justin pediu para o garçom- que bebida você pediu? –ele olhou para mim ignorando meu comentário-

Suspirei irritado e lhe olhei seriamente.

- Vinho branco –falei-

- O melhor vinho tinto desse restaurante –o garçom anotou e saiu- vinho branco é a pior coisa inventada 7000 anos a.c, você tem péssimo gosto para bebidas meu caro –ele deu dois tapas em minhas costas sorrindo-

*Sophie Mccoy*

- Olha aqui garota você vai se sentar naquela merda de mesa junto comigo e vai fingir que aquele idiota é uma estátua –falei abrindo a porta do banheiro com tudo sem se importa se havia mais alguém ali, e havia uma mulher mais uma garotinha pequena ela pegou a mão dela e saiu do banheiro assutada com a criança-

- Não dar Sophie, eu não quero estar no mesmo lugar que ele –ela falou se encostando na pia olhando para o seu reflexo-

- Dar sim, se esforce por mim Maya eu quero impressionar Ryan, quero mostrar a ele que sou legal e que não sou uma palhaça –aquilo saiu quase como uma súplica e me arrependi depois por aquilo-

- Você não está se esforçando para isso –ela me encarava pelo espelho-

Ryan era um cara o qual eu queria que ele notasse a Sophie que havia dentro de mim, não a garota abobalhada e palhaça que eu era, queria ser um pouco como Maya, meia tímida e doce e falava as palavras certas para um impressionar um cara.

- Você não é a única a odiar aquele ser oxigenado sentado com aquela dona de esquina –acabei fazendo ela sorrir de lado- eu não quero que isso...eu não quero que isso passe apenas de uma noite qualquer –sorri amarelo olhando para o chão- ninguém nunca me chamou para um jantar como este Maya, Ryan é o garoto mais incrível que já conheci nessa minha vida maluca e tem algo...e tem algo mexendo dentro de mim toda vez que falo com ele ou vejo o sorriso dele –eu estava morrendo de vergonha de Maya, eu nunca havia usado essas palavras em toda minha vida-

- Ai meu Deus –ela se virou olhando para mim incrédula-

- O que foi? –me assustei com sua reação-

- Você está apaixonada...-um sorriso largo apareceu do nada de sua boca-

- Claro que não, está pegando minhas maluquices agora? –não sei por que me senti nervosa depois de ouvir Maya dizer aquilo- eu só conheço ele há...um..dois...quatro dias sua idiota.

- Acho que esses quatros dias foi o suficiente para você –ela esticou o braço e pegou em minha mão-

- Só faça um pequeno esforço até o fim desse jantar, por favor faça por mim –fiz beicinho para ela e inclinei a cabeça para o lado-

- Chantagem emocional, você é ótima nisso –ela sorriu me abraçando- se eu não enfiar um garfo nos olhos daquele idiota até o fim do jantar acho que isso pode por alguma hipótese dar meio certo, claro se vier da minha parte.

- Por isso que eu vou pedir apenas colheres para o garçom –abracei mais forte ela e depois a soltei- já te falei que você é a melhor amiga do mundo?

*Maya Blanc*

“Tudo por sua melhor amiga Maya, vamos lá isso não pode ser tão difícil”

Eu tentava me convencer enquanto voltávamos para a mesa novamente, eu apenas iria ignora-lo como Sophie me pediu eu teria que criar uma barreira mentalmente naquela mesa que me impedisse de trocar olhares fulminantes com aquele...aquele.

- Voltamos –Sophie se pronunciou sorrindo quando chegamos a mesa, não olhei para outro canto a não ser para o meu acento e depois de acomodada para Sophie.

Como se já não fosse o suficiente os dois começaram a se agarrar ali mesmo, eram beijos estralados e agoniantes para quem estava ao redor aquilo poderia até causar ânsia para os outros clientes.

- Hum...-Ryan pigarreou para chamar a atenção do amigo mas não adiantou- então Justin –ele bateu no ombro do amigo e por fim ele largou a mulher com raiva e impaciente- quando vai ser a próxima luta?

- Você não é que agenda essas porra Ryan, por que está me perguntando? –disse sendo ríspido com as palavras-

Ryan ficou calado e os dois novamente começaram a se pegar até nossos pratos chegarem, o jantar a partir daquele momento foi em um completo silêncio, Soph trocava alguns olhares para mim vendo se eu estava bem com aquilo que não me dava a mínima importância.
Quando terminamos Ryan foi rápido em chamar o garçom para pedir a conta ele também não se sentia muito confortável com as seninhas do amigo ao lado, parecia estar incomodado tanto quanto eu em certas partes da noite.

- Até que fim –disse quando estava de pé ao lado de Sophie-

- Está vendo, estamos todos vivos –ela sorriu agarrando meu braço-

- Até agora –completei-

aquilo estava bom demais pra ser verdade, nada de piadinha, brigas nada além de pessoas comuns jantando em um restaurante.

- Vamos? –Ryan se aproximou guardando sua carteira no bolso-

Sophie foi surpreendida quando Ryan passou o braço por sua cintura e pela primeira e única vez pelo visto vi minha amiga corar e ficar tímida, andei um pouco mais a frente e fui a primeira sair do restaurante.

- Não posso Ryan...-ouvi a voz de Sophie soar baixo atrás de mim quando estávamos ao lado de fora-

- Tudo bem –ele suspirou sorrindo triste-

- Aconteceu alguma coisa? –os casalzinho passaram pela porta todo sorridente depois de beberem quase duas garrafas-

- Não é nada –ela falou sem graça negando-

- Você tinha outro plano Ryan? –por que aquele idiota não entrava no carro e se mandava? Tinha que ficar fazendo gracinhas ali na calçada devorando aquele projeto de puta-

- Na verdade...sim, mas temos que levar você então é melhor deixar para um outro dia.

- Posso muito bem pegar um táxi.

- Não vou deixar você voltar só –Sophie falou óbvia negando-

- Sou bem crescidinha, sei pegar um táxi só –falei indo até eles e dando um abraço em cada um-

- May, podemos te levar se quiser –Sophie insistiu preocupada comigo-

- Ae galera to vazando –o único que deu tchau foi Ryan, eu e Sophie ignoramos eles-

- Vão se divertir, mas não esqueça que amanhã temos aula –me afastei deles e fui caminhando até um ponto mais próximo ali-

Já era cerca de onze da noite, não havia muitos carros rodando por ali por aquela hora e também por ser uma segunda-feira. Abracei meus braços sentindo uma corrente fria tocar em minhas partes descobertas e pra completar não havia ninguém naquele ponto a não ser eu, aquilo me dava um certo pressentimento ruim por estar sozinha em outra parte da cidade, queria estar me sentindo segura quando vi alguém de longe se aproximar de cabeça baixa e encapuzado, coisa boa aquilo não seria. Minhas pernas travaram ali e eu não conseguia me mexer como da última vez no dia do racha, fechei meus olhos pedindo a Deus que aquele indivíduo passasse reto de mim ou de alguma forma impossível não me visse parada no meio fio.

- Eu não sabia que era o meu dia de sorte –a voz cheia de malícia soou atrás de mim me fazendo me virar para encarar-

Pele nera com seus 1,80 de altura o que me deixava do tamanho de uma formiga, engoli em seco vendo ele se aproximar de mim sorrindo, seus dentes da frente eram todos estragados e seu hálito de álcool dava para se sentir de longe o cheiro forte de bebida barata.

- Sa..sai de perto...perto de mim –gaguejei dando alguns passos para trás-

- Mas eu só quero te provar delicinha –quanto mais eu andava para trás ele vinha em minha direção-

- O que você quer, dinheiro? Meu celular? Minhas jóias? Eu te dou esses brincos eles são de ouros –nervosa tentava tirar os brincos de minha orelha-

- Sabe o que eu realmente quero? –ele parou e ficou sério me analisando- foder você todinha –ele deu passos rápidos e me agarrou pela cintura-

- Por favor me solte –senti meus olhos marejarem de medos e minhas pernas enfraquecerem na hora-

- Eu vou me divertir com você –tentei empurrar ele mas ele me apertou mais ainda contra seu corpo- não tente fugir de mim gracinha-

- Socorro! –gritei na esperança que alguém que estivesse passando longe me ouvisse- alguém me ajude.

- Cala a boca sua cadelinha mimada –ele segurou forte minhas bochechas e senti algumas lágrimas escorrerem por elas até chegar aos dedos dele-
Eu não havia escutado nada nem mesmo o som do carro se aproximando mas pude ouvir quando ele freou bruscamente ao meu lado e de lá sair uma pessoa em plena fúria.

- Solta ela seu filha da puta –Justin vinha em passos rápidos em nossa direção-

- Ae playboy some daqui –o cara não me largava por nada-

Justin correu até nós e lhe acertou um soco em cheio no rosto do cara e eu acabei caindo sentada no chão depois que ele me largou com tudo, eu tentava limpar algumas lágrimas que caía mas quando eu secava uma já escorria outra logo em seguida, eu nunca passei por uma situação feito essa, nunca me imaginei desse jeito vendo o piro passar a minha frente, eu não queria mais imaginar o que poderia ter acontecido.

- Pega mulheres indefesas seu merda –ele golpeava o cara sem pena- agora não vai mais –Justin amontou em cima do cara e distribuiu uma série de socos como da última vez no ringue, ele não parava e o rosto deformado do cara não lhe comovia, o homem já estava desacordado e ele não parava de soca-lo e parecia que ele não iria mais parar, a face dele já estava desfigurada e o sangue escorria pela calçada.

- Justin para! –ele ignorou minha voz embargada e continuou a soca-lo- Justin você vai mata-lo –ele não estava nem ai-

Me levantei desajeitada e fui até a ele, seu maxilar estava travado e seus olhos estavam dilatados sem nenhum sentimento espairecido ali, o suor pingava em sua testa e seus lábios já estavam sem cor. Toquei no ombro dele e segurei um de seus braços e foi então como um choque para realidade ou até como se ele estivesse voltando novamente a terra, seus olhos pararam nos meus e eu sentia sua respiração afobada bater contra meu rosto pela nossa proximidade, engoli em seco fungando o nariz. Depois de ficarmos nus encarando por alguns segundos ele se levantou dali e saiu de volta para o seu carro, eu observava todos os passos que ele dava já de pé e quando ia abrir a porta ele parou e me olhou como se me esperasse, comecei a andar até o carro em passos rápidos e me sentei no banco do passageiro ao lado dele.

- Ele te machucou? –foi a única palavra dita por ele, seus olhos estavam presos no voltante do carro e eu não consegui responder sua pergunta- eu perguntei se ele te machucou porra –ele gritou me fazendo me encolher no banco e levar um susto e sem querer mais uma lágrima escorreu dos meus olhos agora era uma lágrima assustada, eu estava vulnerável e sensível- toma –sua voz sou mansa quando ele me estendeu sua jaqueta de couro, eu estava com frio e ainda por cima o ar do carro estava ligado então não tive opções em recusar-

Justin arrancou seu carro com tudo e pelo o retrovisor pude ver o corpo imóvel estirado no chão se afastando aos pouco, eu já não tinha tanta certeza se ele ainda estava vivo. Nada foi dito até o caminho do campus, quando chegamos no portão ele desceu e foi até a guarita onde ficava o segurança, depois de uns cinco minutos ele voltou e o portão foi aberto. Eu não entendi como ele conseguiu aquilo mas conseguimos passar numa boa para dentro do campus.

Justin parou o carro de frente ao prédio e eu desci me cobrindo mais com a jaqueta que estava nas minhas costas, ele desceu e começou a me seguir para dentro do prédio, eu não estava em estado para protestar ou reclamar sobre aqui, os degraus pareciam infinitos até o terceiro andar e pude me sentir melhor quando me abaixei e pegue da plantinha ao lado as chaves do apartamento e pude entrar. Eu só fiz tirar meus saltos e jogar as chaves no sofá e fui logo direto para o banheiro tomar um banho, depois que aquele cara havia me tocado daquela forma eu sentia nojo de mim e só queria eliminar todo rastro daquela noite em leves gotas de água. Sai do banheiro de pijama que no caso era um moletom e uma calça e fui até a sala, observei ele encostada na parede sem que me visse, ele mexia em alguns canais da TV entediado, suas mãos já estavam limpas e não havia mais rastro de sangue nelas decidir não pronunciar nada e voltei para o quarto me deitando sobre a cama e me encolhendo agarrando meu travesseiro eu não estava com sono e não sabia se se teria pela aquela noite.

- Eu vou embora –a voz vinha da porta e eu podia ver ele pelo reflexo do espelho encostado na lateral dela, apenas acenti que sim e vi ele suspirar cansado- não precisa algo? –neguei e vi ele se mexer para sair-

- Espera! –ele parou de imediato voltando a olhar para mim que estava deitada debruçada de costas para ele- só não conte nada a Sophie –lhe pedi, minha voz saiu abafada por causa do travesseiro-

- Por mim –ele deu de ombros e saiu-

Minha cabeça parecia que ia estourar de uma só vez e não havia chances de ir para escola amanhã, não estava com cabeça para as aulas de filosofia, inglês e física, não depois dessa noite.

Notas Finais




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