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História Obsoleto e em desuso. - Capitulo 1


Escrita por: MarianaMMacie

Notas do Autor


Então é isso, espero que gostem. Não sei se de fato alguém vai ler. Mas mesmo assim, obrigada.

Capítulo 1 - Capitulo 1


Era para ser só papeis, era para ser uma simples coisa. Mas ele não queria fazer isso, ele não tinha que fazer isso, foram 10 anos de casamento, foram 10 anos com a mesma pessoa, foram 10 anos os mesmos beijos e as mesmas transas e talvez toda essa mesmice fosse o propulsor dessa situação. O maior problema disso tudo era como a sua insanidade mental iria lidar com isso. E lá estava ele, Harry Potter, sentado de frente para a pessoa que ele pensava ser o amor da sua vida, Gina Weasley. Os últimos anos de fato haviam sido difíceis, problemas com o casamento, problema com dividas, mas o moreno não imaginava que a ruiva chegaria a esse ponto, divórcio. Era tudo tão estranho, tão anormal que chegava a ser incompreendido, porem chegar de frente para um juiz e ver que de fato não era coisa da sua cabeça, o seu casamento perfeito estava acabando, ou melhor o seu casamento arruinando estava acabado.

- Sr. Potter, está ciente dessa situação?

Harry não estava ciente nem que dois mais dois são quatro nessa linda e ensolarada tarde de Agosto. Muito menos estava ciente do que o juiz estava decretando para ele naquele exato momento.

- Me desculpe, mas eu não ouvi.

- A Srta. Weasley sugeriu de ficar com a guarda das crianças. Já que no momento o senhor não tem trabalho fixo, o que é uma situação inapropriada para se manter duas crianças.

O olhar do castanho estava vazio, o que fez Gina se sentir mal, aquelas íris verdes nunca foram tão apagadas. Mas isso não iria fazer a ruiva se deixar levar e entregar seus filhos para Harry, James e Albus são as únicas coisas que ela não se arrepende em seu casamento.

- Três...

- Perdão, porem eu não entendi Sr. Potter.

- Ela está gravida, gravida mais uma vez e esse filho é meu.

A exaltação foi inevitável. Quem aquele advogado era pra querer separar Harry de seus filhos. Porem ninguém sabia dessa nova criança, nem o próprio Harry deveria saber, mas ele descobriu. Descobriu quando chegou em casa e viu Gina dentro do banheiro chorando e foi naquele momento, aqueles segundos de desespero que ela saiu de casa, que no dias seguintes ela pediu o divorcio e que agora eles estavam ali.

- Eles também vão ficar comigo, tenho os mesmos direitos que ela. E quanto ao trabalho eu vou dar um jeito.

Harry estava enfurecido. Ele amava seus filhos, não os queria longe de forma alguma. Albus tinha dois anos e James tinha três, ele não tinha muito jeito com crianças, mas nada o iria impedir de lutar pelos dois e se ele pudesse, iria lutar pelo seu filho que ainda não teve oportunidade de conhecer.

Após algumas horas de discussão entre Harry, Gina e seus respectivos advogados, enfim puderam sair daquela saleta apertada e sufocante. O juiz havia de fato decretado, sem emprego sem direito da guarda compartilhada e aquilo seria a pedra no sapato da vida de Harry Potter.

- Sr. Potter, posso falar com o senhor?
Sr. Collins era o homem de  meia idade, com um bigode branco e uma barriga redonda. Segurando sua maleta e usando um terno de cor verde musgo, o velho barrigudo era o ´´ advogado``, já que ele não estava lhe sendo de muita ajuda porem Harry já sabia o que esperar do Sr. Collins. Dinheiro.

- Eu prometo, que se for dinheiro que o senhor quer eu vou lhe pagar. Eu só preciso de mais um mês.

- O senhor já me pediu isso mês passado, Sr. Potter.

- Eu prometo.

- Entenda- continuou Sr. Collins após ajeitar sua gravata borboleta. - Estou lhe ajudando, pois eu era muito amigo do seu pai. Só que eu não sou casa de caridade. Ou seja, você tem trinta dias para pagar o que me deve, ou pode contratar outro advogado.

Harry Potter sentiu muita vontade de dar na cara daquele velho bigodudo, infelizmente tentativa de homicídio não o iria ajudar em nada nesse momento. Sua única opção era sair dali, porem ele tinha alguns pequenos problemas a serem resolvidos, 1- Precisava conseguir um emprego, qualquer coisa. Qualquer coisa não, sabia que tudo tinha limites, jamais iria trabalhar em um pet shop por exemplo, era alérgico a gatos. Isso seria tentativa de suicídio. 2- Precisava pegar o resto de suas coisas na sua antiga casa. Porem com isso ele iria ter mais um problema. Teria que voltar a ver Gina, ele ainda a amava mas não iria ficar se remoendo vendo ela muito bem e muito feliz, muito bem, muito feliz e bem longe dele.
3- Precisava de algum lugar para comer, era 3 dá tarde e a única coisa em seu estômago era uma xícara de café que o mesmo havia tomado pela manhã.
Uma lembrança, uma solução. Ele iria pedir ajuda, essa ajuda se chamava Hermione Granger. A amiga não morava muito longe dali e sabia que ele sempre seria bem vindo no apartamento dá garota. Começou a andar na esperança de pegar o metrô e chegar lá o mais rápido possível. Em meio as ruas movimentadas, grandes prédios e o vento gostoso do verão, Harry se prendia em admirar a paisagem da cidade. Londres sempre fora o seu lar, mesmo não vivendo na cidade a sua vida toda, era lá que ele iria permanecer por um bom tempo, pra ele era como se tudo fosse magico. Apos 10 minutos de caminhada e pensamentos tortuosos de como a sua vida estava de ponta cabeça , percebeu que o metro estava próximo foi assim que ele se prendeu por uma imagem curiosa, um cabelo platinado mais a frente. Aquele cabelo lhe trazia um misto de nostalgia e curiosidade, porem para ele, o rosto era imperceptível mas aquela voz, por deus, ele sabia que aquele homem estava com muita raiva de algo pelo tom que ele falava, no entanto os sons que saiam de sua boca eram algo tão curioso para Harry que ele se viu em meio ao metro de Londres, fixado em um só som.
- Eu já falei várias vezes. Ou vocês resolvem isso ou eu juro que eu mesmo resolvo sozinho e eu não sou nada simpático quando eu fico impaciente. Nunca mande um coelho matar uma raposa. Bando de vermes incompetentes.
Harry não conseguiu ver com clareza o rosto do homem, mas aquele cabelo platinado ficou marcado em sua memória como se fizessem uma tatuagem do seu cabelo em seu cérebro. E isso o intrigava de uma forma estranha. Estranha até de mais se me permite dizer.
Era sua parada e seu estômago roncava tão forte que sentia as pessoas lhe encarando pelo barulho ocasionado. E o que parecia ser um caminho breve, subir 2 quarteirões depois do metrô, estava se tornando uma eternidade e o pior, Hermione morava no quarto andar de um prédio sem elevador. Uma grande bosta, vale ressaltar. E após subir as escadarias barulhentas e quase infinitas, seu objetivo estava ali, o apartamento 407-c, uma porta preta com a madeira novinha e um vaso de plantas ao lado da porta com girassóis enormes e amarelos, porém um empecilho, a maldita porta estava trancada. Mas o moreno sabia que tinha uma chave extra de baixo do vaso de planta e era com isso que ele estava contando. Por sorte, Hermione não era de tirar as coisas do lugar e isso fez com o que Harry chegasse ao maldito apartamento.
- Hermione sou eu. Será que aquele convite de almoçar aqui na sua casa, que você me fez mês passado ainda está de pé?
Porém não houve resposta, apenas um ruído.
- Hermione?
Mais uma vez sem resposta. Ele andou em direção ao corredor que ele sabia que era o quarto dá mulher. Bateu na porta e mais uma vez sem resposta, ou melhor não havia respostas concretas mas ao abrir a porta, o moreno se arrependeu de ter ido até ali. O encontro não foi só entre Harry e Hermione, um ruivo tentando vestir sua cueca e tombou no lençol que a castanha estava usando para cobrir a nudez exposta fazendo os dois cair ao chão.
- Eu acho melhor voltar outra hora.
- Não Harry, espera.
Hermione se levantou ainda se cobrindo com o lençol e empurrou Harry para fora do quarto fechando a porta com Rony dentro do quarto.
- Então como foi hoje?
Ao olhar para a situação dá amiga, descabelada, nua, enrolada em um lençol rosa e provavelmente em meio a uma tarde de sexo livre do trabalho.
- Não sabia que Rony e você tinham voltado.
Hermione corou com a observação, porem era de fato verdade. Outro relacionamento que parecia perfeito. Hermione e Rony estava juntos a tento tempo quanto Harry, porem nunca se casaram, viviam juntos, passavam as férias juntos, iam ao supermercado juntos, porem nunca viram a necessidade de um casamento. Mas havia uma coisa que a castanha queria muito dentro desse relacionamento, algo que Harry e Gina tinham de sobra, filhos. Foi em meio a brigas causadas por Hermione, que queria aumentar a família e Rony rebatendo que os dois eram muito novos, que de uma forma simples, os dois se afastaram.
- Acho melhor você ir se vestir e depois a gente conversa.
E após os momentos embaraçosos Harry, Rony e Hermione estavam sentados no balcão dá cozinha de Hermione enquanto Harry devorava um prato de peixe frito com batatas.
A situação era um tão quanto constrangedora para os três, Rony e Hermione haviam terminado o namoro fazia uma semana e meia e pelo visto haviam voltado após o que os dois diziam ser definitivo. Harry estava se divorciando dá irmã mais nova do seu melhor amigo, Rony e pouco minutos antes, o moreno tinha encontrado seus melhores amigos dá época de colégio numa hora bem desnecessária.
- Então Harry, sei que o assunto é muito delicado, mas como foi com a Gina hoje.- Hermione sabia que o amigo estava mal, foi para o seu apartamento de paredes amarelas que ele foi quando Gina o expulsou de casa e disse que não queria mais aquele casamento.
- Ela não queria que eu ficasse com as crianças. - Respondeu limpando os dedos no guardanapo que estava em cima da mesa.- Segundo ela e o advogado dela, sem um emprego eu não posso ficar com eles.
- Mas ele também são seus filhos.- A resposta de Ron foi surpreendente. - Eu entendo que ela é minha irmã, mas se eu estivesse na mesma situação eu ia querer meus filhos perto de mim.
- Agora você quer falar de filhos Ronald?
Agora Harry se lembrava, melhor dá noite em que ele e Hermione ficaram bêbados e a garota reclamou que Ron era um babaca insensível que não entendia o valor de ter filhos.
- Hermione, eu não vou discutir com você tudo isso de novo. Nós já não chegamos em um acordo
A castanha sorriu e concordou com uma aceno de cabeça.
- Hermione foi exatamente isso que eu vim falar com você. - disse Harry. - Eu preciso de um emprego, eu preciso ter meus filhos junto a mim. Você deve ter alguma coisa pra mim.
Hermione Granger era uma das maiores engenheiras do Reino Unido e sua competência não era questionada em nenhum parâmetro. O problema era, como ela iria conseguir um emprego para Harry Potter, um fotógrafo amador que nunca terminou uma faculdade, nunca fez nada que não fosse trabalhar como garçom ou vendedor de loja. Mas Hermione entendia o desespero do amigo, todos os anos de convivência a fazem entender.
- Harry, eu quero muito poder te ajudar, mas eu não faço ideia de como.- A castanha percebeu o olhar tristonho do moreno. Isso era tortuoso.- Mas eu vou tentar conseguir algo, mas eu não prometo nada.
Era isso que Harry precisava, de esperança. E com isso ele se manteve no apartamento da castanha por mais meia hora, ele tinha a consciência de que estava atrapalhando um momento de reconciliação entre seus amigos e provavelmente o sexo necessitado dos dois. Ele sabia como era estar nessa situação e quando Harry percebeu, lá estava ele, naquele buraco que ele chamava de casa quando era adolescente, um minúsculo apartamento de paredes mofadas, ele chamou aqueles pequenos metro quadrados próximo ao centro de Londres de lar quando saiu da casa de seus tios, foi ali que ele criou suas primeiras experiências e suas primeiras memórias da vida adulta e ele agradeceu mais do que nunca por ninguém querer ter alugado aquele apartamento. Foi até o seu quarto e viu que ainda tinha um pouco do antigo Harry lá dentro, a cama velha e o colchão que ele lembrava ser tão duro quanto dormir no próprio chão, a estante que ficava em cima de sua cama, que ainda tinha uma garrafa velha e vazia de cerveja ali e um livro sobre finanças que ele nunca leu. O moreno deitou no colchão e viu que o teto ainda tinha a infiltração que vinha do andar de cima e que o papel de parede listrado continuava descascando e foi vendo aquele cubículo mofado e velho que ele teve o mesmo pensamento de ano atrás, ´´ Essas é a minha casa, esse vai ser o meu lar, o meu novo lar. Sozinho.`` Olhando para cima ele encarou mais uma vez a velha garrafa de cerveja, Harry nunca foi de beber muito, mas ele sentia falta das festas que ele ia antigamente, das varias calouradas que ele participou mesmo nunca tendo se formado em uma faculdade ou das vezes que ele encheu a cara junto com Ron nesse apartamento quando os dois fugiam das responsabilidades corriqueiras da vida de adulto. Mas era isso que ele precisava, fugir das responsabilidades da vida de adulto. Pegou sua carteira que estava no bolso direito da sua calça e viu que não tinha muito dinheiro, mas que isso não o iria impedir de se aventurar um pouco nessa noite. Noite, já estava começando a ficar tarde e ele precisava sair logo antes que não tivesse mais coragem para sair. Foi até o banheiro onde se olhou no espelho, os mesmos óculos redondos, os cabelos rebeldes e as mesmas vestes que ele estava usando desde manhã e que ele esperava ainda estarem cheirosas já que ele não teria como ir na sua ´´casa`` pegar outras, pelo menos não por enquanto então ele teria que permanecer com aquela blusa social branca, a calça e os sapatos pretos. Lavou o rosto e olhando com mais profundidade para o seu rosto de 27 anos, havia algumas manchas, uma cicatriz em forma de raio na testa, um mistério para Potter mesmo ele tendo essa cicatriz desde sempre, havia também um pouco de insegurança, aflição e uma pergunta constante, ´´Isso é mesmo o correto?``.  Pegou a chave do apartamento e deu uma ultima olhada no lugar, respirou fundo, saiu e trancou a porta. Desceu as escadas correndo e ao chegar na rua, o vendo gelado da noite o fez sorrir, sabia que a noite seria diferente e era isso que lhe fazia andar sem rumo, Harry sabia que deveria ter pubs e casas de show no centro, porem como mal frequentador de festas que ele era não sabia em qual ele iria entrar mas antes mesmo de chegar ao centro viu uma placa azul brilhante do outro lado da avenida ´´LUMOS``, pelas luzes que vinham de dentro e a música alta a noite ali seria animada. Atravessou a rua e entrou na boate, o ambiente era escuro e barulhento, com luzes azuis pelo local e varias pessoas, algumas dançavam no meio da boate, outras se beijavam nos cantos ou estavam tão bêbadas que não sabiam ao certo o que estavam fazendo e era ali que Harry iria se encontrar em algumas horas, enchendo a cara de bebidas no bar que ficava um pouco depois da entrada. Ao sentar em um dos bancos do bar chamou o barman lhe pedindo uma cerveja, era um cara jovem, não deveria ter 20 anos, com vários piercings na orelha e tatuagem coloridas pelos braços musculosos de uma pessoa que dedicavas horas na academia.

- Aqui é sempre lotado assim? - Perguntou Harry para o barman após receber a cerveja.

- Geralmente é bem mais nos finais de semana, mas para uma quinta-feira está bem movimentada. Eu me chamo John e você? Parece está tendo um dia meio cheio.

Fato, Harry teve um dia bastante cheio na verdade, porem ele não estava afim de transparecer todas as merdas da sua vida para um completo estranho que acabara de conhecer.

- Só alguns problemas no trabalho.- Mentira, era mais fácil mentir, John não era nenhum vidente para saber que não existia nenhum trabalho.

- Entendo, eu tenho que atender outras pessoas se precisar de mais alguma bebida é só chamar.

Sorrindo o barman se dirigiu ao outro lado do bar servindo mais bebidas. Harry ficaria feliz em trabalhar até mesmo como um garçom novamente, seria um emprego de todo modo. Pegou o copo de cerveja e tomou todo o liquido dourado de uma vez. A bebida era um pouco amarga mas isso não lhe impediu de querer mais e após mais três canecas bem cheias de cerveja, Harry já tinha um sorriso bobo no rosto e não conseguia ver muito bem o que estava na sua frente, mas isso era pelo fato dele ter jogado o seu óculos dentro da sua cerveja, no entanto, com o alto nível de álcool no sangue a unica coisa que ele de fato conseguia fazer era rir de toda essa situação extremamente normal dentro da sua cabeça bêbada. E em meio as varias vozes dentro do local, a musica alta e muito álcool, Harry Potter escutou uma voz familiar adentrando no recinto, mas o que lhe fez focar a visão não foi a voz, foi o cabelo platinado que ele havia visto de manhã no metrô, agora os cabelos platinados estavam melhor acompanhados, porem a miopia estava complicando a curiosidade do moreno de tentar enxergar o dono dos cabelos platinados, porem, pela sorte de Harry, o dono dos cabelos intrigantes sentou ao seu lado no bar.

-John? John? - O rapaz se sentou e tentou chamar John, porem o mesmo não o estava dando atenção, já que a companhia de uma moça loira e de seios fartos estava chamando mais a atenção de John que atender os seus cliente. -JOHN!

Finalmente John o escutou e Harry provavelmente estava com a sua audição levemente alterada devido ao berro que o rapaz dera bem ao lado de seu ouvido.

- Qual é o seu problema Draco?

Draco? Pensou Harry, então esse era o nome do rapaz do cabelo platinado.

- Eu sou um cliente e exijo ser atendido- explicou Draco para John.- Não tenho culpa se você fica dando em cima da primeira pessoa bonita que você vê.

- Não é bem assim que funciona.

John estava levemente ofendido com o comentário de Draco, para o tatuado, era tudo uma questão de negócios e uma forma de ganhar alguns extras depois do trabalho.

- Pois vamos fazer assim. - disse Draco. - Você me traz a bebida mais forte que você tiver, eu te pago e você pode ir atrás de tentar comer quem você quiser.

John deu um sorriso e foi buscar a tal bebida que Draco tanto queria. Após observar o dialogo dos dois estranhos a sua frente, Harry prestou um pouco mais de atenção no loiro do metrô, ele vestia uma roupa social, assim como Harry e pela pasta que ele carregava em mãos deveria ter vindo do trabalho direto para o local, tinha um relógio caro no pulso, porem nenhum detalhe de suas roupas lhe chamou mais atenção que os olhos azuis acinzentados que o loiro possuía, eram profundos e estavam roseados por olheiras e uma pele alva e o efeito das cervejas estava tão forte que Harry não viu que Draco e John estavam o encarando.

- Ta tudo bem com você cara? - John perguntou.

- Eu vou dançar. - Essa foi a unica resposta que Potter conseguiu dar, não foi uma resposta tão satisfatória para os outros dois mas isso não impediu que o moreno se levantasse do banco, fosse até o meio da pista de dança, começasse a dançar de uma forma tão estranha que era uma vergonha chamar aquilo de dança. Esbarrando em uma ou duas pessoas Harry começou a cantar alto a música que tocava em uma língua que não podia ser chamada nem de árabe se me permite afirmar. John observava e ria da situação de longe.

-Esse cara ta muito bêbado. -Disse John para Draco. - Eu adoro o meu emprego.

- Isso tá me cheirando a merda. Esse cara vai acabar gerando uma confusão.

E como se os deuses escutassem o loiro, no meio da pista de dança, Harry começou a tirar sua roupa, primeiro foi a camisa, até ai tudo bem, recebeu olhares gulosos, outros debochados pelo corpo magrelo, alguns simplesmente riam do estado de alcoolismo do rapaz. O maior problema foi quando Harry estava apenas com uma cueca box preta e resolveu que não iria mais dançar sozinho que chamou para se juntar a ele um cara tão alto que o mais próximo que Potter chegou foi na bunda do homem, uma péssima ideia para um homem de 1,90 de altura, barrigudo e homofóbico.  

- Seu filho da puta, larga a minha bunda. - Com uma força proporcional para a sua altura, o barrigudo empurrou Harry para o outro lado da pista de dança fazendo com o que as pessoas ao redor parassem de dançar e observassem a briga que iria acontecer em poucos minutos.

- Mas eu só queria companhia para dançar. - Respondeu Harry tentando se levantar. - Você tem uma bela bunda.

- Ora seu veado do caralho. 

Nesse exato momento ele não mediu esforços, pegou o corpo magrelo de Harry, o arrastou até o bar e jogou ele para o outro lado do balcão e com isso Harry estava no chão, inconsciente, de cueca e com o corpo melado de bebidas que caíram no chão quando ele foi arremessado. E assim o caos foi tomado, pessoas socando umas as outras e John enfurecido pelo enorme prejuízo que ele vai ter para repor tanto de bebidas como das cadeiras e mesas que estavam sendo arremessadas. Em meio a esse demoniomania que se formava na Lumos, Draco se via agachado escondido do outro lado do balcão do bar esperando a primeira oportunidade de ir embora dali entretanto, ele tinha um pequeno problema que estava pesando na sua consciência, o cara semi-nu na sua frente que provavelmente seria morto se o deixasse ali, o cara barrigudo ainda estava atras de vingança por ter tido sua bunda assediada pelas mãos de Harry.

- Eu vou me arrepender muito disso amanhã.

E com uma atitude repensada tantas vezes que Draco estava quase desistindo, puxou Harry e o jogou sobre o ombro como um saco de batatas velhas. Saiu dobar vendo que seu carro estava no final da esquina, quando ele chegou no estabelecimento mais cedo naquela noite, ficou feliz pela vaga perto, mas agora parecia que ele estava fazendo a travessia do mar vermelho e que mesmo pela noite, a rua estava cheia de pessoas, tanto que algumas pararam para tirar fotos de Draco carregando um bêbado só de cueca e finalmente, após um dos momentos mais constrangedores da sua vida, conseguiu chegar no seu carro, colocou Harry deitado no banco de trás e o encarou novamente, não conseguia entender o porque de estar fazendo isso, não o conhecia, sabia que ele provavelmente seria internado em um Centro de Terapia Intensiva de algum hospital se ele ainda estivesse jogado no chão do bar e o cara o encontrasse.

- Ei cara, onde você mora?

- Numa piscina de macarrão.

- Puta merda, você está muito bêbado.

- Eu quero transar numa piscina de macarrão.

Draco revirou o olhos, fechou a porta sabendo que não conseguiria nenhuma informação útil dele, ele nem sabia o nome do cara e já o estava salvando sua pele. Entrou no carro e começou a dirigir em direção a sua casa. Percorreu um caminho que ele já sabia decorado como a palma da sua mão, já que quase toda semana Draco estava na boate de John bebendo e tentando esquecer dos problemas do seu trabalho mas essa noite foi diferente, mesmo ele bebendo a mesma bebida e indo ao mesmo lugar que ele ia a anos, sua noite foi diferente. O cara bêbado jogado no seu banco do carro estava lá, mas para Draco ele já o tinha visto em algum lugar mas não lembrava exatamente de onde, era como uma lembrança antiga e agora o estava levando para sua casa, um completo estranho estava sendo levado para sua casa.

O caminho era um pouco longo já que sua casa era bem afastada dos grandes movimentos do centro londrino e em meio as grandes árvores, um grande portão de ferro aparecia. O portão de ferro que Draco viu todos os dias durante toda a sua vida. A mansão de seus pais e agora sua, era um casarão enorme com várias janelas, quartos e tudo de melhor, porem Draco vivia sozinho com os empregados da casa. Era uma vida ´´ simples``.

Os portões de ferro foram abertos e Draco estacionou o carro na garagem e levou Harry em seus braços para que os dois entrassem na mansão e viu que alguém abrira a porta.

- Boa noi.. Sr. Malfoy, o que houve e quem é este senhor.

- Me desculpe por lhe acordar Samantha, mas eu lhe respondo isso amanhã.

E como um basta para essa conversa, o loiro subiu as escadas e deixou Samantha conversando sozinha no andar de baixo. Samantha era a governanta da casa, trabalhava para os pais de Draco desde a época em que sua mãe estava gravida e a senhora de meia idade e cabelos negros foi a maior ajuda que os pais de primeira viagem poderiam ter. Ajudando na criação do garoto, a senhora foi a segunda mãe de Draco e nesse exato momento não saberia explicar muito bem para ela, até mesmo para o loiro isso era complicado e quando chegou no segundo foi para o corredor onde ficava alguns quartos pertos do seu, no corredor havia três portas, uma no final e as outras em cada lado, Draco encarou a porta da direita, definitivamente ali não era uma opção e muito menos a da esquerda e a sua única era a do quarto no final do corredor. O seu quarto. Com o moreno ainda em seus braços o iria colocar na poltrona que tinha ao lado da sua cama, põem o móvel não estava lá. Enfurecido, se lembraria novamente de brigar com a empresa de estofados que não devolveu a tempo sua poltrona. Naquele momento o loiro se via sem opções, teria que colocar Harry na sua cama e para ele, só uma pessoa era digna de deitar na sua cama e essa pessoa estava morta. 


Notas Finais


Eu acho que é isso e se você chegou até aqui espere terá mais, só não sei quando.
ps: Perdoem qualquer erro.


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