1. Spirit Fanfics >
  2. On The Tent >
  3. Capítulo Único

História On The Tent - Capítulo Único


Escrita por: Choco_cookie

Notas do Autor


Olha eu de novo ai!!!! skdkfgklg
Lembram da minha fanfic "Muito Hot Pra Pouca Fanfic"? Então, ela foi excluída por violar a regra 1.7 que diz que uma história não pode ter vários caps aleatórios e paralelos, sendo que têm várias fanfics assim aqui no Social Sprit (Não gosto nem de pensar nisso se não fico cm raiva!) Enfim, vou continuar postando minhas hots, mas em fanfics separadas, até porque, eu não ia parar de escrever putaria e nem jogar todo o meu trabalho no Tártaro!

Capítulo 1 - Capítulo Único


O céu era uma linda explosão de diamantes, com suas estrelas cintilando naturalmente ao redor da lua, que iluminava a campina com seu brilho prateado. O ar frio da noite era bem-acolhido por Reyna, tal como o sono que a embargava pouco a pouco.

Ela girava seu anel de prata no dedo lentamente, envolta em seus pensamentos, refletindo o que aconteceria caso a batalha contra os gigantes na acrópole de Atenas tivesse sido perdida, ou se ela mesma – com Nico e o treinador Hedge – não tivessem conseguido chegar a tempo com a Atena Partenos e os gregos e romanos já terem matado uma parte significante um dos outros.

Não era bom ficar remoendo aquilo, Reyna sabia. Mas era inevitável para a garota. Ela tinha a impressão de ter sido puxada no exato instante em que ia cair de um precipício. O alívio que sentia após tudo ter dado certo no final da guerra era indescritível. Agora, vendo os chalés do acampamento Meio-Sangue mais á frente, com o arsenal e as forjas, e a Atena Partenos, majestosamente no alto da colina atrás de si, Reyna pensava que nem parecia que tinha sido ontem que o destino daquele lugar, e do mundo, estava em jogo. Nem parecia que um dia antes Gaia teria destruído tudo.

Reyna relaxou os ombros e soltou um grande suspiro, encarando, ainda muito pensativa, os chalés iluminados por tochas, e as poucas harpias da patrulha que rondavam aquela parte do acampamento. Elas notavelmente não tinham coragem de ir além do alojamento que os romanos ergueram para passar a noite, o que Reyna compreendia muito bem. Era de se esperar que as vovós-galinhas não fossem tolas ao ponto de arriscarem atiçar algum legionário bem-armado só porque ele estava fora da cama. Reyna imaginou que suas tendas roxas – além de serem bem simples – eram também muito intimidantes aos olhos das harpias, e sorriu com o pensamento. Vendo-as voando mais á frente, a pretora refletia que ela e suas legiões eram os estrangeiros, e que naturalmente, as harpias do acampamento Meio-Sangue sabiam disso, motivo do qual não ousavam importuná-los. Reyna agradeceu aos céus por isso; do contrário, teria de ficar deitada em sua tenda, olhando para o nada e tentando inutilmente dormir, se não quisesse ser destroçada por alguma harpia por estar ali fora.

Reyna fechou os olhos e inspirou o aroma de maresia e dos campos de morango. Era um cheiro bom, aquele. Ela tentou guardá-lo na mente, para ter mais uma lembrança agradável do acampamento dos gregos. Foi quando ela ouviu passos. Imaginou que fosse algum legionário desperto fora da tenda, e ao se virar na direção do ruído, se surpreendeu ao ver uma cabeleira loura e uma camiseta laranja andando por ali. O garoto caminhava com as mãos no bolso da bermuda jeans, e olhava para as tendas ao seu redor com tamanha estranheza e curiosidade. Não estava armado. Carregava apenas uma mochila azul pequena jogada por cima do ombro. Parecia tão coberto em seus próprios pensamentos que mal notava uma garota sentada preguiçosamente em frente a uma das tendas no final. Ele tinha a postura meio largada, e desleixada. Reyna pensou que fosse algum filho de Hermes. Eles tinham fama de serem sorrateiros e ardilosos. Perguntou-se seguidamente, como ele passara pelas harpias da patrulha e o que estaria procurando nas tendas dos romanos.

- Está perdido? – Ouviu-se perguntar, meio ríspida, e logo se censurou por ter feito a pergunta alto demais. Podia acordar alguém, contudo, ela sentia que o grego estava invadindo demais o seu espaço.

O garoto estivera claramente distraído, pois tinha se sobressaltado ao som da voz de Reyna.

- Hãn... – Reyna viu que ele apertou a alça de sua mochila, num gesto de nervosismo.

Só pode ser um filho de Hermes mesmo. A pretora pensou.

Ela imaginou que o que ele carregava era alguma bombinha ou algo do tipo para soltar ali, no meio das tendas dos romanos. Aquilo explicava sua mochila, porém, sua estatura negava a conclusão feita por Reyna. O garoto não tinha feições élficas, por mais que fosse meio esguio, e não tinha um sorriso torto e idiota. Não parecia um filho de Hermes. Seus olhos eram tão cinzentos quanto os de Annabeth...

Ele caminhou decididamente em sua direção. De repente, Reyna sentiu a vergonha tomar-lhe de conta. Ela não estava vestida apropriadamente para ficar frente á frente com alguém, ainda mais quando mal conhecia este alguém. Reyna não estava usando sua armadura no momento, muito menos sua camiseta roxa do acampamento Júpiter. Portava apenas umas roupas leves que Piper lhe emprestara de tarde para que Reyna pudesse passar aquela noite no acampamento Meio-Sangue. Consistia em uns shorts meio curtos de camisola, e uma camisa de alça da Hello Kitty que era um pouco apertada. Seu cabelo preto e longo estava solto, e caía por sobre os ombros nus, desgrenhado. Pelo menos eles tampavam o vale de seus seios e o quanto marcavam na camisa. Quando Reyna saiu de sua tenda naquela madrugada, não pensou em trocar de roupa. Não imaginava que encontraria um garoto por ali de passagem.

- Oi. – Disse ele, ao se aproximar. – Eu só estava dando uma olhada. Alojamento legal. – E sorriu.

Reyna retribuiu o sorriso, um pouco encabulada.

- Eu me chamo Malcolm Pace. Sou do chalé de Atena. – Se apresentou, e a garota apertou sua mão estendida.

- Sou Reyna...

Ele arqueou as sobrancelhas, notavelmente surpreso.

- ... pretora, é?

- Sim. – Malcolm deu uma olhada na tatuagem de seu antebraço, e afastou sua mão da dela.

- Ah. Legal. Você está... Diferente. Parece mais á vontade – Ela arqueou as sobrancelhas conforme notava o nervosismo do garoto se aflorando cada vez mais. Sob a luz natural das estrelas, Reyna pôde ver que ele corara - Eu... Posso?

Malcolm apontou para o seu lado.

- Claro. – Disse Reyna, e o garoto sentou-se com ela, pousando a mochila em seu colo.

Ele abriu o zíper dela e ofereceu a Reyna uma latinha de coca-cola bem gelada, e umas barras de chocolate. Ela só aceitou o refrigerante.

- Obrigada... Como conseguiu tudo isso?

Malcolm sorriu maliciosamente.

- Pedindo a pessoa certa do chalé de Hermes.

Reyna o observou. Ele piscou amigavelmente em sua direção, dando rápidos olhares á garota, estes carregados de respeito e admiração. A pretora então sentiu um pequeno sorriso brincalhão pintar seus lábios. Ao terminar de abrir sua latinha, Malcolm a ergueu, dizendo cordialmente:

- Quero propor um brinde.

Já com um grande sorriso, Reyna abriu seu refrigerante e o ergueu a altura do de Malcolm.

- Ao fim da rivalidade. – Disse ele.

Ela riu um pouco.

- Ao fim da rivalidade.

Eles bateram com suas cocas e a beberam, olhando nos olhos um do outro. Malcolm deu um sorriso imenso á Reyna ao afastar sua latinha. Ele tinha um sorriso bonito que fez com que ela sentisse um aperto no estômago. A garota conhecia aquela sensação muito bem. As palavras de Afrodite retornaram em sua mente: Você não vai encontrar amor onde deseja ou espera. Nenhum semideus vai curar seu coração. Mas as de Piper falaram mais alto: Tem alguém aí fora para você. Talvez não seja um semideus. Talvez seja um mortal.

Reyna então afastou aqueles pensamentos. Não podia se apegar ou se apaixonar por qualquer garoto com que conversava. Aquilo era ridículo! Ela fixou os olhos nos próprios pés descalços, esmagando a grama com os dedos conforme sentia um gosto meio ruim do refrigerante que antes parecia tão convidativo.

- Então, filho de Atena... – Disse ela, endireitando-se. Suas palavras soaram meio zombeteiras. Ela tinha um sorrisinho no rosto enquanto que tentava encontrar mais alguma semelhança, fora os olhos e os cabelos, entre ele e Annabeth. – Como conseguiu passar pelas harpias?

Malcolm sorriu de novo.

- Ah... - Ele pousou sua latinha ao seu lado, e se apoiou desmazeladamente nos cotovelos. – Eu tenho meus truques.

É claro que tem.

Ele a olhou de esguelha e riu. Reyna questionou-se – mirando de novo a mochila de Malcolm – se semideuses fora de suas camas sem que as harpias notassem era comum por ali.

Ela desviou seu olhar que provavelmente tinha uma leve incredulidade. Encarou novamente os chalés. Esmagou outra vez a grama dos dedos dos pés e das mãos, repentinamente constrangida.

Não sabia por que, mas as memórias dos tempos em que passou com Barba-Negra e seus piratas voltaram á tona. Lembrou-se de Winnie. Fazia muito não pensava nele.

Talvez fosse porque estava na companhia de um garoto. Sem sua espada e armadura, Reyna sentia-se vulnerável, mesmo sabendo que poderia lutar sem armas e até imobilizá-lo caso ele tentasse fazer algo para machucá-la. Reyna calculava cada movimento preguiçoso e aparentemente inofensivo de Malcolm, desde coçar o nariz ou arrancar tufos de grama, á levar sua latinha aos lábios. Odiava sentir-se assim, desamparada e indefesa, por mais que de fato, não estivesse. Reyna não gostava de ficar sozinha, daquele jeito todo desleixado e exposto, com garotos, sejam eles no nível de Dakota ou Jason.

Mas aquilo era insensato de se pensar. Mesmo assim, Reyna deu um olhar enviesado á Malcolm, carregado de dúvida.

Que besteira. Pare de pensar nisso, Reyna. Ele é amigo.

Ela, novamente endireitou-se. Questionou-se se seu cabelo estava devidamente tampando seus seios muito fartos, e em seguida, pensou se suas pernas não estavam expostas demais sob o luar.

Que menininha mais linda. Havia dito Winnie, quando encontrara Reyna escondida no armário de poções do Salão Comunal do Spa. Parece até uma bonequinha. Ela será minha. Vou chamá-la de Pimpolha.

Os dias de Reyna como Pimpolha á bordo do navio de Barba-Negra foram os mais difíceis de sua vida. Por causa daqueles piratas imundos, a garota tinha dificuldade em se relacionar intimamente com garotos.

Ela olhou novamente para Malcolm, que estava dando um longo gole em seu refrigerante. Ele devolveu o olhar, este cheio de simpatia, e ergueu-se, já não mais apoiado nos cotovelos.

Reyna sorriu um pouco, e bebeu de sua latinha, tentando não corar. Não o fazia desde os doze anos.

- Ei, eu não vou te morder. – Disse Malcolm.

Reyna riu pelo nariz.

- Eu sei.

- Isso é uma característica de garotas bonitas? – Perguntou.

- O que? – Reyna levantou uma sobrancelha em sua direção. Ele estava flertando mesmo com ela?

Ele deu de ombros fingindo indiferença.

- Ah, de desconfiar de tudo. De achar que não vou conseguir me segurar. De pensar que vou te agarrar a qualquer momento ou algo do tipo. – E deu outro gole.

Reyna relaxou os músculos, que mal tinha percebido que estavam rígidos até então.

Ela o observou outra vez. Malcolm Pace tinha a aparência muito largada para um filho de Atena. Sua camiseta estava surrada, os cabelos louros bagunçados, (o que era de se esperar já que ele tinha acabado de sair da cama) sem contar o ar de despreocupado que emanava dele. Até então, Reyna imaginava que todos os filhos de Atena fossem demasiados calculistas e maníacos por sublimidade. Mas aquele ali não parecia ter nada daquelas características, entretanto, era notável sua inteligência através das palavras bem escolhidas e dos olhos que observavam Reyna com cautela, como se estivessem decifrando o que a garota estava pensando. A pretora notou que Malcolm sabia ler expressões muito bem.

- Então, - Ela resolveu mudar de assunto. Apontou para a mochila de Malcolm ao seu lado. – Tinha resolvido dar um passeio, é?

Ele assentiu, com um sorrisinho.

- Por mais que eu goste muito de meus irmãos, é bom ter um pouco de privacidade, sabe? Já tinha notado que as harpias da patrulha não se aproximavam de suas tendas roxas, então peguei algumas coisas, pus numa mochila e vim pra cá.

- Você parecia bem curioso aqui. – Comentou Reyna. – Nunca tinha visto tendas antes?

Ele riu.

- É que eu estava pensando... – Seu sorriso sumiu. Sua expressão tornou-se embaraçada. – Em como vocês, romanos, são fascinantes. Quer dizer, vocês construíram essas tendas em um segundo para se acomodarem. E eu soube que há até uma cidade no acampamento de vocês!

Reyna, sorrindo, fingiu cutucar sua unha para não olhá-lo.

- Sei.

Ela sabia que Malcolm a observava.

- Você parece estar bem orgulhosa de ouvir isso.

- E não deveria? – Reyna ergueu os olhos, que brilhavam com sagacidade.

Ela decidiu então encarar Malcolm, que a encarava de volta, aparentando realmente estar deslumbrado com a pretora.

- Claro que deveria. – Falou ele e abriu mais um de seus lindos sorrisos.

Reyna também sorriu.

Malcolm a olhou de cima embaixo, e a garota tentou não corar. Os olhos dele ficavam mais cinzas e atraentes sob o luar e as estrelas.

- Então... – Ela resolveu desviar a atenção dele de seu corpo. - Imagino que você, como filho de Atena, queira muito saber mais dos detalhes sobre a arquitetura de Nova Roma.

Malcolm riu com deboche, o que chamou a atenção de Reyna.

- Não gosto de arquitetura, nem engenharia... Nem matemática.

Reyna levantou uma sobrancelha. Malcolm imitou o gesto.

- O que? Pensava que todos os filhos de Atena são loucos por números, projetos exatos e essas coisas? – Ele balançou a cabeça, sorrindo. – Não.

Reyna também abriu um sorriso

- Do que você gosta, então, seu rebelde? – Perguntou.

Malcolm a observou outra vez. Demorou-se em sua boca, mas logo seus olhos claros se fixaram nos escuros de Reyna.

- Gosto de escrever.

- Ah, é? Sobre o que?

- Histórias sobre qualquer gênero; jornais, revistas, textos dissertativo-argumentativos. Gosto de descrever pessoas, lugares, sensações, coisas que vivencio no dia-a-dia...

- Sei.

Reyna assentiu.

- Eu trouxe um caderninho comigo. – Falou ele, remexendo em sua mochila. – Eu anoto nele algumas observações que faço. Quer dar uma olhada?

- Claro.

O caderninho era muito simples. Tinha uma capa preta pontilhada de estrelas com a seguinte frase: “Um livro é um portal mágico para outra dimensão.” Ela o folheou, leu alguns trechos e parágrafos sobre o acampamento Meio-Sangue e até sobre o chalé de Atena. Era impressionante a riqueza de detalhes e descrições. Ao ler sobre as concepções e visões de Malcolm em relação aos romanos, e a ela mesma, Reyna mal pôde esconder seu fascínio. A cada palavra que lia sobre a batalha na colina Meio-Sangue, a garota tinha sensações espantosas e maravilhosas, como se estivesse lendo sobre em algum livro.

Ela fechou o caderninho com cuidado. Sabia que Malcolm estivera observando-a todo aquele tempo.

- Nossa... Para um semideus disléxico, você até que leva jeito. Bem legal o seu diário.

Ele sorriu e pegou seu caderninho de volta.

- Não é um diário. E eu não sou disléxico. Não tenho déficit de atenção também... Só imperatividade.

- Ah.

Foi-se alguns instantes em silêncio, até que Reyna resolveu quebrá-lo ao comentar:

- Então, você... Me admira. – E gesticulou para o caderninho em sua mão, meio tímida.

- Qualquer cara em sua plena consciência a admiraria, pretora. – Disse, sorrindo, e guardou seu caderninho na mochila. - Todos nós tivemos papéis importantes na guerra. Mas você... caramba, eu nem consigo imaginar em todas as provações horríveis que você deve ter passado com Nico di Angelo e o Hedge cruzando metade do mundo com a Atena Partenos. – Ele deu uma olhada na estátua na colina atrás de si. – E quando você chegou, toda poderosa naquele pégaso, com seu manto roxo brilhando e tudo o mais... Parecia até uma deusa romana. Eu fiquei tipo: Aquela é a pretora do acampamento Júpiter? Ninguém me respondeu e eu fiquei encarando você feito bobo. Então os gregos e romanos passaram a lutar lado a lado e foi demais! Enfim, obrigado por trazer a estátua da minha mãe.

Eles sorriram um para o outro. Reyna sentiu um súbito frio na barriga quando ele pegou em seu pulso e virou seu braço delicadamente para que visse sua tatuagem.

- Esse símbolo...

- ... É de Belona. – Reyna assumiu seu típico ar sério, ficando rígida. Teve de se conter para não puxar seu braço com brutalidade.

- Deusa romana da guerra, não é?

- Sim.

- E imagino que essas linhas representem seus quatro anos de serviço á legião.

- Sim.

Malcolm passou os dedos pela tatuagem, e sorriu para Reyna. Ela sentiu a mão dele escorregando levemente até que chegasse á sua palma. A garota entendia que aquele gesto aparentemente inocente carregava segundas intenções, mas mesmo assim tentou relaxar e não estragar tudo. Malcolm Pace era de fato, um semideus bem bonito, (E cheio de audácia, ao que aparentava) com seus cabelos louros e cacheados e olhos cinzentos que brilhavam divertidos. Reyna quis de repente, que rolasse mais carícias, ou algo ainda mais memorável para levar ao acampamento Júpiter. Como um beijo, por exemplo. Ela merecia, sim. Depois de tudo.

- Então, pretora. Qual é a sua história?

Reyna o observou com cautela. Ele tinha toda a atenção fixa nos chalés mais á frente.

- Quer os detalhes para escrever sobre?

Malcolm riu. Seus dedos entrelaçaram nos de Reyna.

- É só... curiosidade.

- Sei.

- Passado difícil, é? Também não gosto muito de falar sobre isso assim tão abertamente com pessoas que mal conheço.

- Então por que perguntou?

- Eu sou um bom ouvinte. – E deu de ombros.

- Hum.

Malcolm contou á Reyna um pouco de sua história. Não entrou em muitos detalhes. Só disse que seu pai havia morrido num acidente de carro e que ele era criado pela sua tia louca, que trabalhava como professora de latim de uma escola em Boston. Além de escrever, ele gostava de ler, assistir á documentários e filmes com referências históricas, e jogar futebol. Tinha a mesma idade de Reyna, dezesseis anos, e já passara em três concursos públicos que fizera apenas para testar seus conhecimentos. Ele falou que lutou na Batalha do Labirinto e na de Manhattan, insinuação da qual Malcolm aproveitou e contou á Reyna sobre os dias horríveis que se seguiram conforme toda a ilha tinha sido posta para dormir por Morfeu; falou sobre a explosão na ponte, a destruição do Monte Olimpo, a hospedagem “gratuita” no Hotel Plaza, o exército de Hades na Quinta Avenida... Ele também contou á ela sobre o dia em que matara seu primeiro monstro. Fora uma empousa. Malcolm tinha treze anos quando beijara uma garota pela primeira vez, que nem gente era. Sua sorte era que ele já sabia que tinha um lado divino, e coincidentemente, sua espada era de ouro imperial, da qual ele usou para matar a empousa. Então, com a ajuda de sua mãe através de sonhos e visões, Malcolm conseguiu achar o acampamento Meio-Sangue.

Reyna, por sua vez, contou ao garoto sobre o acampamento Júpiter. Descreveu o fórum, o coliseu, a Colina dos Templos, os alojamentos, a Via Praetoria, a cidade de Nova Roma... Malcolm era, de fato, um bom ouvinte. Ficou encantado com o relato da romana. De vez em quando, Reyna via que seus olhos se voltavam várias vezes para sua boca, e a garota se arrepiava toda ao imaginar seus lábios se tocando. Ela narrou também um pouco das viagens nas sombras que fez com Nico e o treinador Hedge, deixando de fora o fato de que estivera sempre emprestando sua força para o filho de Hades, e contou sobre os monstros que enfrentaram. Falou que tinha uma irmã que era Rainha das Amazonas, e percebeu que Malcolm sorrira nervosamente. Reyna compreendia seu leve desconforto. Ela, como pretora, já era intimidante demais para qualquer garoto com quem conversava. A ideia de ela ter ainda uma irmã guerreira que parecia odiar praticamente todos os homens era assustadora demais para ser verdade!

Eles trocaram histórias. Falaram de seus gostos. Malcolm; café e livros. Reyna; café e sossego... Talvez um bom livro também. Malcolm lhe indicou alguns: Onde as Árvores Cantam, Guerra dos Tronos, Coração de Tinta, O Diário de Anne Frank, A Revolução dos Bichos, dentre outros. Reyna o convidou para passar um tempo com ela em Nova Roma. Disse, animada, que lá servia um café maravilhoso, e Malcolm sorriu, parecendo entusiasmado com a ideia. Falou que adorava comer, especialmente coisas doces e salgadas misturadas. Reyna fizera uma careta e ele rira.

Ao passo que conversavam baixinho, para não acordar os outros nas tendas, Reyna sentia os dedos dele se entrelaçarem cada vez mais nos seus, e ela nem se importou. Logo Reyna foi tomada por um súbito desejo que conhecia muito bem. A primeira vez que se sentira assim foi com Percy Jackson, antes de ele ir para a missão dada por Marte, com Frank e Hazel. Reyna o havia convidado para a Principia a fim de esclarecer algumas coisas relacionadas á sua perda de memória e a missão. Estavam sozinhos, a não ser por Aurum e Argentum. Reyna estivera muito excitada, por mais que estivesse também preocupada com o futuro do acampamento e outras questões. Ela imaginava que depois de tudo o que passara, desde os terríveis dias com Barba-Negra até os com Lupa, ela merecia um pouco de prazer, nem que fosse por rápidos minutos. Nem que fosse com alguém que ainda estava conhecendo. Sua animação se esvaiu quando, após lhe fazer um convite silencioso, Percy recusara alegando que tinha namorada. Reyna terminara de dizer o que tinha de dizer, e indiretamente finalizou a audiência com Percy Jackson. Teve de fazê-lo, afinal, estava começando a perder a pose de comandante confiante. Quando ele foi embora, ela tinha sido atingida por uma tristeza avassaladora.

Agora, Reyna sentia novamente aquele desejo repentino de dar. Não era como se ela já tivesse o feito alguma vez, veja bem.

A pretora cruzou as pernas, sentindo a região entre elas umedecer. Eles estavam em silêncio, apenas aproveitando o momento juntos. O vento frio arrepiou todo o corpo de Reyna, e ela quis que Malcolm se aproximasse mais. Até agora, estavam perto o suficiente para que seus ombros quase se tocassem.

Ele olhou na direção dos chalés e se retesou todo, de repente alarmado.

- Há poucas harpias.

- Devem estar perambulando por aí, sentindo falta de algum campista fora da cama. – Disse Reyna e afastou sua mão da de Malcolm gentilmente.

Ele, dessa vez, não sorriu. Olhou para o alto, mas não encontrou nenhuma harpia da patrulha voando por ali, em seguida, passou os olhos ao seu redor, como se estivesse procurando alguma audaciosa rondando por ali.

- É sua tenda? – Ele apontou ás suas costas, já não mais desassossegado.

- Sim.

E sorriu.

- Acho que não vou poder voltar para o meu chalé nem tão cedo. – E apontou na direção do 6, onde havia duas harpias agora voando por ali. - Não vai me convidar para entrar?

Reyna se arrepiou. Ela lhe mandou um olhar coberto de advertência. Malcolm, obviamente, havia notado, pois seu sorriso brincalhão foi sumindo aos poucos. Seu rosto ficou vermelho.

- Desculpe por isso... Eu só estava brincando.

Não estrague tudo, Reyna.

- Tudo bem. – Ela desviou o olhar para os chalés, meio envergonhada.

Ali estava uma chance de Reyna ter sua primeira vez, e ela não podia simplesmente deixar-se levar pelo seu receio de acontecimento desagradável. Malcolm Pace emitia certa confiança, e maturidade. Era atraente e esperto; calmo, sereno, engraçado... E fácil de se relacionar. Era perfeito. Então, por que Reyna sentia-se tão apreensiva e nervosa? Não havia motivos para isso. Ela já lutara contra piratas, matara monstros, liderara legiões, pôs-se á prova diversas vezes e enfrentara seus piores medos em incontáveis infortúnios. O que poderia vim á ter com Malcolm Pace aquela noite só seria mais uma de suas aventuras. A diferença era que esta seria mais prazerosa.

Antes que perdesse a coragem, ela perguntou baixinho:

- Quer entrar?

Malcolm virou-se para ela, e riu. Reyna o olhou de esguelha. Sabia que estava com um aspecto severo e fechado, mas levemente ansioso e animado. O filho de Atena deu uma rápida olhada na direção da tenda de Reyna e disse:

- Claro. – Estava sorrindo.

Os dois se levantaram, (Reyna, rápido demais.) e cataram as latinhas de coca-cola já vazias. Malcolm as jogou em sua mochila.

A pretora continuava toda arrepiada. Sentia as borboletas voando á toda em seu estômago. As palmas de suas mãos começaram a suar, apesar do frio da noite. Ela respirou fundo; e foi até sua tenda, esperando que Malcolm a seguisse.

Estava muito escuro lá dentro. Reyna, que já estava descalça antes, engatinhou até um espaço cheio de travesseiros e cobertores, onde estivera deitada á alguns minutos atrás. Viu, pela pouca claridade da luz, Malcolm entrar, e fechar a tenda. O som do zíper raspando a barraca fez com que Reyna mordesse seu lábio inferior. Ela afastou seu pesado cabelo dos ombros, já não vendo mais necessidade de esconder seus seios sobre a camisa muito fina naquela escuridão, e esperou, ouvindo os ruídos leves e excitantes de Malcolm largando os chinelos de dedo e sentando-se um pouco longe á sua frente, remexendo em sua mochila.

A luz forte que vinha da lanterna do garoto quase cegou Reyna. Ela piscou e tampou o rosto com os dedos.

- Desculpe. – O sorriso de Malcolm ficava sinistramente encantador á claridade potente.

Ele baixou a lanterna cautelosamente. Reyna sentiu seu corpo ser iluminado. Não conseguia ver Malcolm, mas imaginava que ele estava dando uma olhada em seus seios com os bicos já muito durinhos e rígidos de frio.

- Sempre gostei de Hello Kitty. – Ele comentou, num sussurro. Talvez esperasse encontrar mais um olhar ultrajado de Reyna, porém tudo o que viu ao erguer a lanterna para o rosto dela, foi um sorriso tímido e nervoso. – Camisola legal. – E sorriu também.

- Você veio preparado, não é? – Disse a pretora, olhando para a luz da lanterna.

Ele riu.

- É, vim sim.

Malcolm iluminou ao seu redor, checando a tenda por dentro; os travesseiros, e cobertores, e uma mochila roxa num canto que imaginou ser da pretora. Contudo, a luz da lanterna focava mais em Reyna. Ela, no que lhe diz respeito, parecia respirar com dificuldade. Estava sendo assaltada pela tensão, ansiedade, e excitação. Estava sentindo-se muito exposta, mas não de um jeito ruim. De um jeito bom. Malcolm com certeza conseguia vê-la, entretanto, tudo o que ela via era a luz forte da lanterna mirada nela. Reyna sabia que ele deveria estar babando em seus peitos, muito cheios e convidativos naquela camisetinha de alças da Hello Kitty, e em suas pernas cruzadas, que eram bem torneadas e pálidas. Pela primeira vez, não se sentiu irritada e oprimida com aquele tipo de atenção.

- Você deveria desligar isso. – Disse ela. – A claridade pode chamar a atenção de alguém no alojamento... Até das harpias.

- É, eu sei. Uma pena. – Falou, e desligou a lanterna. – Eu queria ver você. – Sua voz estava sensualmente rouca e tímida, e despertou uma agitação na garota.

A tenda foi engolida pela escuridão e o silêncio novamente.

Reyna se remexeu em seu lugar. Sentia sua intimidade muito úmida. Mordeu de novo o seu lábio inferior e apertou nos dedos as barras de seus shorts de dormir.

- Então... – Começou Malcolm, que soava meio sem graça. – Você costuma levar muitos garotos para o seu alojamento no acampamento Júpiter?

Reyna sorriu.

- Eu não fico nos alojamentos. Tenho minha própria casa em Nova Roma.

- Caramba. Legal... É para lá que você leva os garotos, então?

- Não. – Respondeu, divertida. A tensão estava diminuindo enquanto que o tesão só aumentava.

- Tem um lugar específico que você...?

- Não costumo ficar com muitos garotos.

- Sei. – Ele soou descrente.

Reyna o ouviu suspirar. Ela resolveu lhe sussurrar uma pergunta:

- E você?

- Ah. – Ele riu pelo nariz. – Sem contar aquela empousa desgraçada, eu só beijei umas duas garotas na vida. A primeira nunca quis passar disso. Havíamos chegado perto, só que ela não quis e eu não insisti. A outra... Bom, nosso relacionamento não estava indo muito bem porque não conseguíamos passar cinco minutos sozinhos sem... Você sabe.

Reyna sabia.

- E você? – Malcolm havia perguntado. – Nunca...?

- Não.

- Nenhuma vez?

- Nenhuma vez.

- Hum. Foi para isso que você me trouxe aqui? Para eu te ajudar a se livrar de sua pureza?

Reyna riu um pouco, timidamente assanhada.

- Você se auto-convidou.

- Tem razão.

Eles riram, então, Malcolm perguntou:

- Você não tem medo de... Hãn, se relacionar com um completo estranho?

- Você não é um estranho.

- Mas acabamos de nos conhecer.

- Tenho certeza de que nós dois merecemos isso depois de tudo.

- Ah... – Ele deu uma risadinha. – Com certeza.

E riram.

Foi-se mais um momento de silêncio logo cortado por Malcom.

- Eu queria muito te ver... Espera, tive uma ideia.

Reyna sentiu uma pontada de euforia.

Ela semicerrou os olhos quando Malcom ligou a lanterna novamente, todavia ele não a iluminou de vez. Puxou uma coberta em seu canto e se cobriu com ela.

- Vem. – Disse.

A pretora, sorrindo e sem resistir á tentação, foi.

Malcom baixou um pouco a claridade da lanterna, e ambos se ajeitaram naquele pequeno espaço deixado da coberta. Estavam sentados, de frente um para o outro. Suas pernas se tocavam, e a lanterna iluminava de baixo para cima de tal forma que os dois podiam se vê. Reyna imaginava que seus peitos aparentariam estarem bem atraentes, pois Malcolm os olhava a cada três segundos. Ela acabou por enrusbescer.

- Tem certeza de que não chamaremos muita atenção assim? – Sussurrou Reyna, de repente insegura.

- Sim. A luz não está assim tão forte, e estamos debaixo do cobertor... – Ele franziu a testa. – Você não vai arrumar problemas com isso porque é pretora e tudo o mais?

Ela deu um sorrisinho.

- Talvez... Mais que você, imagino.

Ele sorriu.

- Sei... Que bom que estou tendo o privilégio de conhecer esse seu outro lado.

Ficaram se encarando, sorrindo um pouco. O ambiente estava perfeito para fazer algo proibido e instigante. Os olhos de Malcolm ficavam ainda mais incríveis sob a luz da lanterna; os cachos louros caíam em sua testa, e os lábios eram naturalmente rosados e muito provocantes. Sua pele era curtida pelo sol, e os músculos das pernas e dos braços eram bem firmes, o que Reyna imaginou ser por conta dos treinos de futebol.

Era nítido que ele a desejava também.

- Ficou calor, não é? – Comentou Malcolm, dando uma risadinha envergonhada.

Ela sorriu.

O pequeno gesto de Reyna de morder os lábios despertou a atenção de Malcom para sua boca. Ele então a olhou nos olhos, parecendo fazer uma pergunta silenciosa... Aproximou-se um pouco.

Reyna, já muito excitada e extremamente ansiosa, deixou-se levar pelo impulso. Surpreendeu Malcolm ao pegar em sua mão e a guiar ligeiramente até a sua coxa, com ele ainda observando seus movimentos, surpreso. Sua mão era quente e rígida, e apertou levemente a região da perna de Reyna. A calcinha dela já estava toda encharcada. Ele pareceu de repente nervoso. Levantou uma sobrancelha em sua direção, mas a pretora apenas lhe deu um sorrisinho:

- Vá em frente.

Malcolm a encarou com seu rosto vermelho, incrédulo. Parecia não acreditar no que acabara de ouvir. Reyna achou graça. Ele deu outra olhada em seus peitos, e hesitou. Umedeceu os lábios, e ao criar coragem, subiu suas mãos para a cintura de Reyna, os dedos se atrasando um pouco nos shorts. Ela não desgrudava os olhos dele, com sua expressão muito divertida e maliciosa. Malcolm se aproximou dela com certa dificuldade, já que Reyna nem se mexia para fechar o espaço entre eles. Foi quando entendeu que ela queria que tomasse iniciativa. Malcolm aparentou estar meio desconcertado com isso. Ele afastou um pouco a luz da lanterna, criando sombras em seus corpos conforme sua mão passava pelos braços nus e arrepiados da pretora, pousando em seus ombros.

- Eu... Posso? – Ele sussurrou, sem jeito, fixando seu olhar no dela.

Reyna assentiu devagar. Naquele momento, ela só queria sentir o gosto de sua boca na dele.

- Não precisa da minha permissão. Acho que está claro demais as minhas intenções.

- Com certeza. – Concordou ele. – Eu só não quero levar um soco.

Ela sorriu, pensando que ele finalmente a beijaria, e que ela teria mais um motivo para voltar ao acampamento Meio-Sangue. Contudo, ainda corado, Malcolm voltou a encarar seus seios. Não parecia interessado em beijá-la naquele momento. Reyna enrijeceu ao sentir seus dedos afastando as alças de sua camisetinha, e logo soube o que ele pretendia, para sua excitação. Malcolm a olhou, preocupado em levar um soco, e ao ver que Reyna não estava irritada, voltou sua atenção ao que almejava fazer. Ela tentou respirar fundo, gesto do qual fez com que ele desse mais uma olhada em seus peitos se inflando. Malcolm tentou puxar a camisa de Reyna para baixo, mas titubeou outra vez. Aparentou pensar melhor; correu suas mãos de volta para a cintura da pretora, e de lá elas tomaram partida dentro da camisa de Reyna. Ela se arrepiou de novo quando sentiu os dedos firmes de Malcolm fechando-se contra seus seios, os bicos muito durinhos roçando em suas palmas. Até ofegou de surpresa, pois fora tudo muito rápido. Malcolm sorriu, mesmo corado. Reyna então sentiu seu rosto queimar, e deixou que ficasse vermelha mais uma vez.

Ela baixou os olhos para a leve protuberância que as mãos de Malcolm faziam em sua camisa, sentindo com precisão seus movimentos, que apertavam, seguravam e pressionavam seus peitos de forma sensual. Nenhum homem jamais tocara nela daquele jeito. Reyna nunca deixara... Até aquela noite.

Ela não deveria ter autorizado aqueles toques e carícias, veja bem. Não deveria permitir-se tal intimidade, porém a vontade súbita e o anseio tremendo de dar foi maior que seu bom-senso, e agora lá estavam os dois na tenda de Reyna, debaixo da coberta, prestes á fazer sacanagem. A pretora estava adorando. Com as mãos de Malcolm dentro de sua camisa, e seus olhares famintos sobre seu corpo, Reyna sentia-se a garota mais linda e realizada do mundo. Aquilo despertava nela sensações prazerosas e únicas. Reyna já estava até ansiosa com o que viria á seguir.

Malcolm reuniu suas mãos ainda segurando seus seios com firmeza, e os afastou com movimentos leves e precisos. Repetiu o processo mais algumas vezes antes de murmurar, meio tímido:

- Eu posso vê-los?

Reyna, que estava de olhos fechados, os abriu como se tivesse saído de um transe. Ela o analisou com cuidado, sentindo as faces muito quentes. Não havia ira em seu olhar, apenas o deleite. Ele já tinha parado com os movimentos, e só segurava seus peitos, esperando a resposta ansiosamente conforme a encarava com aqueles lindos e brilhantes olhos cinzentos.

Reyna suspirou e começou a puxar a barra da camisa, com dificuldade falsa para demorar-se. Malcolm afastou suas mãos, pousando-as ao lado de seu corpo, e observando enquanto que a pretora tirava a peça de roupa cautelosamente. Reyna imaginava que seu rosto deveria estar muito vermelho.

Sob a luz fraca da lanterna iluminando os dois debaixo do quentinho cobertor, ela viu que Malcolm estava admirando seus seios. Reyna não os achava assim tão bonitos, pensava que eles eram muito vulgares, até, pois eram grandes, cheios, e estimulavam homens desagradáveis. Mas naquela noite... Reyna amava seus seios mais que tudo.

Malcolm, que não tirava os olhos da pretora, mordeu o lábio inferior. Ela repetiu o gesto.

- Vem aqui. – Pediu, com a voz rouca.

Foi como se tivessem injetado metanfetamina em Reyna.

Ela foi, e como que por impulso, passou as pernas ao lado do corpo de Malcom e se sentou devagar em seu colo, olhos nos dele enquanto que sentia sua região íntima umedecer ainda mais ao entrar em contato com o seu membro muito duro.

Eles sorriram um para o outro durante um bom tempo. Malcolm apertou sua cintura ao passo que Reyna tinha suas mãos pousadas em seus ombros.

- Ah. – Ele fez, como se lembrasse de algo. Em seguida, tirou a camisa, também com dificuldade naquele espaço apertado. – Assim está melhor. – E sorriu.

Reyna riu um pouco, examinado seu peito pálido e magro, mas bem atlético. Sentiu seu membro pulsar embaixo de si, e franziu os lábios para ele, cheia de desejo. Rebolou um pouco em seu sexo fingindo estar procurando uma posição confortável, e Malcolm apertou sua cintura com mais força.

- Quer botar sua mãozinha aqui? – Ele sorria.

Pegou na mão de Reyna e a guiou até seu peitoral. Instintivamente, ela correu seus dedos para sua barriga, ainda analisando-o.

Seus olhos se encontraram, e ao mesmo tempo, eles voltaram a encarar a boca um do outro. O ar ficou mais quente. Malcolm a agarrou, trazendo-a mais para perto de si com as mãos em suas costas nuas, e ela sentiu seus seios contra o corpo do garoto e seu membro pulsando de novo. Malcolm passou a depositar beijinhos em seu pescoço conforme ela passava as mãos em seus ombros e braços. Reyna se curvou um pouco para trás com os olhos já fechados, estremecendo sob o contato provocante de Malcolm, conforme sentia pitadas pequenas de prazer.

Eles apertavam e passavam a mão no corpo um do outro, e a boca de Malcom subiu pelo pescoço de Reyna, que o inclinava para facilitar os beijos. Não tardou para que seus lábios finalmente se encontrassem numa dança sensual; suas línguas travavam uma batalha perdida para os dois, que já estavam entregues ao desejo e a tentação havia muito. Puxavam um ao outro mais para perto, ansiando pelo calor de seus corpos, querendo mais que tudo vencer aquele duelo que só podia ser idealizado por dois filhos das deusas da guerra.

Reyna rebolou novamente no colo de Malcom, sentindo sua língua na dele, e seus lábios muito molhados e quentes pressionando os seus. Foi, com certeza, o melhor primeiro beijo de todos! Reyna nunca imaginaria que o faria seminua, e nem que seria com alguém que não fosse Jason, todavia, Malcom era perfeito. Inteligente, bonito, confiável... Reyna estava totalmente entregue a ele, e a pretora realmente não se importava se o que faziam naquela noite poderia vim á trazer resultados catastróficos. Não se importava com mais nada. A não ser continuar com a sacanagem.

Eles se afastaram, olhando um nos olhos do outro, e sorriram. Apenas um fio curto de saliva os separava, logo este desaparecendo em instantes. Malcom cheirava á sabonete, tinha um hálito quente, e sua respiração pesada e entrecortada deixava Reyna cheia de tesão.

A pretora questionou-se por alguns segundos se não teria problema em transar com o meio-irmão de sua amiga. Acabou imaginando que Annabeth não ligaria.

Reyna sentiu suas mãos erguerem-na um pouco e a deitarem carinhosamente naquele pequeno espaço, com Malcolm caindo pausadamente por cima dela. Ele era pesado, mas logo se elevou sobre ela; os dedos puxando seus shorts de dormir numa lentidão torturante. Reyna levantou as pernas, com os mesmos gestos demorados, conforme ele tirava sua peça de roupa, e as abaixou devagar, com o coração dando polichinelos em seu peito.

Ela soltou sua respiração ao notar que estivera prendendo-a até então quando Malcolm jogou seus shorts num canto fora da manta, e observou á sombra da luz agora fraca da lanterna sob as pontas do cobertor, Malcolm passar suas mãos não mais tímidas em suas pernas, parando-as no cós de sua calcinha, dando uma débil puxadinha nela – como se fosse arrancá-la – para provocar Reyna.

A pretora sentiu outro arrepio percorrer pelo seu corpo arqueado um pouco enquanto retribuía o sorriso malicioso de Malcolm. Seus pés, e boa parte de suas pernas esticadas e abertas, para que ele se encaixasse entre elas, estavam para fora da coberta, tal como as de Malcolm. O espaço pequeno, quente, e erótico já não estava mais muito iluminado. A lanterna acabara de se perder sobre as camadas do cobertor, e só dava para visualizar as silhuetas de seus corpos muito próximos naquele breu.

Malcolm passou novamente suas mãos pelas pernas da pretora, forçando-a com carinho para que as abrisse um pouquinho mais.

- O que vai acontecer aqui, é para ficar aqui, certo? – Ela se impressionou ao ele dizer aquilo no auge da situação. Até havia se esquecido daquele detalhe, tamanha confiança que Malcolm exalava.

- Eu não espalharia para ninguém. – Se surpreendeu ainda mais ao ouvir sua voz rouca.

Malcolm riu baixinho e sussurrou. 

- Eu sei... Só queria te garantir que também não vou espalhar.

E apertou sua intimidade, fazendo Reyna se retesar todinha em notável surpresa.

Ela viu sua sombra balançar numa doce risadinha.

- Está bem animadinha, hein, pretora? – Disse sensualmente.

O jeito com que ele dissera aquilo... Havia mexido com Reyna, feito com que ela tivesse vontade de soltar um gemido, sorrir, se arquear; tudo ao mesmo tempo! Mas não o fez, por conta de seu toque e palavras inesperadas que a deixaram levemente incrédula. Ele tinha pronunciado a palavra “Pretora” com tanta luxúria e maldade... Como se a tivesse chamado de puta. Ela adorou aquilo.

Reyna fechou os olhos por um instante ao sentir seus dedos tocarem lá embaixo e se afastarem, deixando ainda a sensação calorosa em sua calcinha muito molhada. Mais uma vez, Malcolm moveu suas mãos pelas pernas da filha de Belona, passando antes em sua virilha.

Ela abriu seus olhos após alguns segundos, e viu de baixo, sua sombra agora brigar com o zíper de sua bermuda. Reyna abriu sua boca automaticamente, e passou sua língua pelo lábio inferior, notando que ele estava querendo terminar de tirar a roupa naquele espaço apertado e escuro. Sorrindo agora, toda ansiosa e soltinha, Reyna ficou entusiasmada com o barulhinho excitante do zíper cortando aquele silêncio genuíno. Ela viu sua sombra se livrar da bermuda, e sentiu Malcolm deitar-se sobre ela outra vez, com seu membro muito duro pressionando sua intimidade e fazendo-a arquejar.

Como era gostoso, aquilo! Ah se eles já estivessem nus, e Reyna pudesse senti-lo na carne...

Sua respiração ficou entrecortada quando os lábios dele roçaram nos seus levemente, logo se unindo em outro beijo cheio de obscenidade. Suas mãos passeavam pelo seu corpo; as costas largas, a cintura, o cós de sua cueca Box, a bagunça que eram seus cabelos louros. Ele, por sua vez, o fazia também em Reyna; seus dedos apertavam seu quadril meio largo, as curvas de seu corpo, sua barriga, seus seios, suas nádegas...

Malcolm afastou sua boca da dela. Beijou novamente o seu pescoço, e seus cabelos desalinhados, que estavam espalhados pelo chão daquela tenda quente. Malcolm agarrou os pulsos da garota, e os forçou a ficarem parados contra o chão, num gesto firme, autoritário, que deixou Reyna sentir-se submissa, de um jeito maravilhoso. Ela virou seu rosto para que ele continuasse a aventar seu cabelo e deixá-la arrepiada, e não tardou para que assistisse á sua sombra esgueirar-se até seus peitos e abocanhar o esquerdo. Reyna segurou um gemido, mas não pôde conter outro arquejo. Ela fechou os olhos, sentindo os dedos de Malcolm frouxos em seus pulsos, sentindo suas mãos percorrem seu corpo de novo ao passo que ele mesmo chupava, lambia, e mordiscava seus seios.

Reyna se arqueou de novo, a cabeça tombando para trás, a cintura rebolando instintivamente, querendo sentir aquele contato entre as pernas outra vez...

Malcolm apertou seu seio esquerdo, e seus lábios foram para o direito, mas não se demoraram lá, pois Reyna pediu deleitosa:

- Ande logo, Malcolm... – Sua voz estava toda manhosa, e o fez se afastar, com sua sombra encarando-a de cima. – Eu quero sentir você... – Dentro de mim. – Quis completar, mas ficou tímida demais de repente. Sentiu-se boba, então.  

Reyna o viu sorrir.

- Assim, é? – Seus dedos voltaram para sua calcinha, e pressionaram aquela região úmida com firmeza.

Reyna se encurvou um pouco, também sorrindo.

Assim. – Confirmou, sorrindo com malícia.

Malcolm passou a palma de sua mão quente ali, e puxou sua calcinha. Reyna o ajudou a tirá-la. Ela abriu suas pernas novamente conforme via a silhueta dele jogar sua peça íntima para algum canto fora do cobertor... E então...

Ah, pelos deuses do Olimpo...!

Com dois dedos, Malcolm estimulou seu clitóris lentamente... Reyna gemeu baixinho entre dentes. Ele agora usou três dedos, com os movimentos pequenos, mas muito estáveis, e a pretora rebolou em sua mão, de olhos fechados, com os pés encolhidos, e a os lábios se abrindo e fechando num estupor e prazer imensurável.

Oh... – Fez, arquejando, e soltando gemidinhos.

Era ainda melhor quando alguém – que não fosse ela mesma, é claro – a masturbava. Era ainda mais aprazível, e deixava-a obviamente muito satisfeita.

Reyna sentiu ser puxada para mais perto do corpo de Malcolm, novamente pesado em cima dela. Seus pulsos foram presos contra o chão de novo, enquanto que ela mesma rebolava no sexo dele, instigando o ar entre os dentes. Malcolm então gemeu; apertou sua mão, percorreu seus braços e caçou, naquela escuridão, alguma coisa.

- Onde está a lanterna? – Perguntou num sussurro ao pé de seu ouvido, parando com os movimentos aos poucos.

Reyna suspirou.

- Eu não sei.

Eles tatearam entre os cobertores, até que ela a encontrou.

Apertou os olhos na hora em que tirou a lanterna de debaixo do cobertor, iluminando a cara vermelha de Malcolm.

- Vire isso um pouco para lá. – Falou ele, fazendo uma careta.

Reyna soltou uma risadinha.

Ela pôs a lanterna de lado, de tal forma que ambos pudessem se observar.

Foi-se alguns segundos, até que ele comentou:

- Caramba, como eu tenho sorte de ter você essa noite só pra mim. – Seus olhos brilhavam, seus lábios rosados pareciam convidar Reyna para mais uma batalha perdida...

Ela sorriu, extasiada.

- Vamos fazer com que valha á pena, então.

- Vamos, sim. – E riu.

Como que sendo atraídos por uma espécie de ímã, eles se aproximaram e se beijaram outra vez; suas bocas numa perfeita sintonia, tal como suas línguas que dançavam sensualmente...

Malcolm beijava com a mesma facilidade e desenvoltura com que sorria. Sua boquinha era tão quente, molhada, e gostosa... Reyna sentia que derretia em seus braços!

Mas ele se afastou; os lábios molhados e ainda mais rosados.

- Você pode me iluminar rapidinho... Só em quanto eu pego uma camisinha na minha mochila?

Reyna ergueu uma sobrancelha, a desconfiança tomando conta de si. 

Foi quando ela se arrependeu amargamente... Não deveria ter deixado se levar. Filhos de Atena podiam ser demasiados frios e calculistas. Quantas parceiras será que ele já não tivera no acampamento? Ele provavelmente costumava sair muito no meio da noite para se encontrar com elas. Reyna era só mais uma.

Malcolm deveria ter interpretado algo em sua expressão severa, pois garantiu nitidamente nervoso.

- Eu não estava planejando nada disso... Só tenho algumas delas na minha mochila, você sabe, por acaso.

Reyna o observou por mais alguns segundos. Ele não aparentava estar mentindo. Não aparentava estar usando-a de alguma forma.

- Tudo bem.

Não estrague tudo, Reyna.

Ela se ergueu enquanto Malcolm fazia o mesmo. Sua intimidade piscava... A pretora estava doida para dar logo.

Pegou a lanterna, e o iluminou, que de cueca Box foi timidamente até sua mochila, e remexeu nela com pressa. Reyna viu quando ele tirou de lá um pacote de camisinha, e o abriu com os dentes. Engatinhou em sua direção rapidamente, e com o coração palpitando, a semideusa se deitou novamente, abrindo as pernas e o cobertor para que Malcolm pudesse se aconchegar ali entre ela. Ele havia puxado a coberta para cobri-los, e com Reyna iluminando-o de baixo, o filho de Atena foi tirando a cueca lentamente, dando rápidos olhares á pretora de cima. Parecia envergonhado, mas sorriu. Reyna também. Ela viu seu membro pular para fora da peça de roupa assim que a tirou; viu o quão era grande e grosso, com pelos pubianos muito claros e curtos.

Ah, meus deuses... Como isso vai caber em mim?

Não era como se Reyna estivesse com medo da dor, veja bem, ela só não via como aquilo iria entrar. Na verdade, nunca tinha visto um pênis antes. Havia corado na hora ao visualizar as poucas veias que ele tinha, e a cabeça gorda. Não imaginava que um pau seria assim... Tão esquisito. Então, a pretora pensou que iria se acostumar com aquela visão, sim. Nem as vaginas eram assim tão bonitas, por que um pênis seria? Sentiu-se boba de novo. Questionou-se se deveria cair de boca logo ali, tocá-lo, ou apenas esperar que ele a guiasse. Resolveu optar pela terceira alternativa.

Reyna observou, em silêncio, com os lábios entre abertos, Malcolm vestir a camisinha naquele cacete enorme; seus movimentos muito lentos, quase hipnotizantes.

Ela então se lembrou de fechar a boca quando ele deu dois tapinhas em seu joelho. Reyna então ergueu a lanterna devagar até seu rosto vermelho, e cheio de desejo, que tinha um sorriso maldoso. Malcolm riu.

- Gostou do que viu? – E puxou suas pernas, para que se apoiassem em seus ombros.

Ela estava, de repente, envergonhada demais para formular uma resposta sexy.

Reyna soube a posição que ele queria, e continuou a deixar que ele guiasse o ato. Ela escondeu logo a lanterna entre as camadas da manta, e mais uma vez a tenda quente foi engolida pela escuridão, deixando apenas as suas silhuetas debaixo do cobertor.

Reyna estremeceu ao sentir seu pau enorme roçando em sua entrada; Ela estivera toda aberta como um frango, e agora tinha as pernas apoiadas nos ombros de Malcolm que as mantinham firmemente ali.

A mente de Reyna foi invadida por besteiras cujas não teve coragem de dizer em voz alta, e ela gemeu,sentindo-o esfregando seu membro entre suas pernas...

Do nada, ela queria ser xingada de puta, queria ser fodida com força, queria que Malcolm agarrasse seus pulsos, seus cabelos, queria que ele dissesse coisas safadas em seu ouvido...

Reyna rebolou sua cintura enquanto que ele agora mantinha suas duas pernas no ar, o cobertor já não mais sob eles, deixado amontoado num canto que só cobria partes de seus corpos nus. Malcolm perguntou num sussurro;

- Aguenta abrir mais as pernas? – E lá estavam suas mãos apertando suas coxas outra vez.

Reyna as abriu até onde dava.

- Boa, garota. – Falou ele. Pelo seu tom, com certeza, estava sorrindo. – Deixe-as abertas para mim, está bem? – E voltou a esfregar seu pênis nela. – Isso... Assim...

- Por favor. – Reyna ouviu-se dizer. – Continue falando besteiras, você está me deixando louca.

Malcolm riu, sem parar com os movimentos.

- Você gosta disso, não é, pretora?

Reyna gemeu em resposta.

- Eu já posso botar?

Mmmm...

- Você está tão molhadinha...

- Certo, mas  devagar.

Malcolm foi.

Reyna se retesou toda.

Argh.

Ela fez uma careta.

- Só a cabeçinha, princesa. – Assegurou. – Estou te machucando muito?

N-não...

“Puta.” Eu quero que me chame de “puta”, seu idiota.

Malcolm esfregou sua glande em toda a região da intimidade molhada de Reyna, que gemeu, em seguida, forçou sua entrada. Foi fazendo esses mesmos movimentos, deixando-a louca. Na quinta vez, ele botou toda a cabecinha.

Reyna enterrou suas unhas nos cobertores do chão, contraindo todo o seu corpo.

Malcolm então foi penetrando-a devagar... Ela foi tomada por uma dor angustiante; um calafrio percorreu pelo seu corpo já retesado, e Reyna soltou um gemido que daria aflição em qualquer um que ouvisse, a não ser é claro, se fosse quem estava comendo ela.

Malcolm... – Disse, com a voz lancinante. – Devagar... .

- Shiiuu...

Ele abriu mais as suas pernas, que Reyna nem tinha reparado que estava fechando-as lentamente.

- Está doendo muito?

Você não faz ideia...

- Quer parar?

Não...

- Não...

- Deixe-me botar tudo.

Reyna soltou um grunhido, sentindo Malcolm cair por cima dela outra vez, penetrando-a com mais intensidade. Seu corpo estava quente, e era muito mais prazeroso para Reyna, aquela posição, pois sentia que assim estava sendo muito mais estimulada do que com as pernas para o ar.

Pelos deuses, eu estou mesmo transando!

Com aquele pensamento idiota, Reyna sorriu apesar da dor e o leve prazer. Mas o desconforto que sentia não era nada comparado ao que já passara. Ia ficar gostoso, sim, ela sabia, por isso deixou que Malcolm fosse botando tudo... Reyna sentiu seu cacete arrombando-a com carinho, e tocando seu hímen devagar, como se pedisse permissão com aquele pequeno movimento, para passar mais adiante.

Reyna ouviu-se dizer.

- Vá logo, Malcolm. – Soara impaciente. Seus olhos umedeceram.

- Calma. – Ele murmurou e a apertou mais contra seu corpo. – Eu tenho de ir devagar para não machucar você.

Reyna então, esquecendo as boas maneiras, falou:

- Me fode logo, porra!

Malcolm hesitou, e ela viu que sua silhueta incrédula a encarava de cima, a cabeleira loura roçando em sua testa. Ele abriu um sorriso imenso.

- Então, você gosta de ser tratada assim, é? Como uma puta?

Reyna corou. Trincando os dentes, e pensando que já não podia mais voltar atrás no que dissera, forçou um sorriso que foi saindo com mais naturalidade ao passo que ela achava graça.

Malcolm agarrou seus pulsos de novo.

Isso...

- Eu vou te tratar como uma puta então.

Isso!

- Vou te foder muito, mas só se me obedecer.

Sem conseguir evitar, Reyna riu, suas lágrimas já rolando.

- Você até podia tentar me manter assim... Sabe que eu posso quebrar seu braço com um simples movimento, não é? – Sussurra teimosamente.

Malcolm riu pelo nariz, e com parte de seu membro dentro dela, rebolou.

- Você não vai fazer isso...

Reyna sorriu, e gemeu dolorosamente baixinho.

- ... Se não eu não te fodo do jeito que você merece. – E a masturbou, arrancando mais gemidos da pretora. – Você tem que ser uma menina boazinha para mim...

Por uma fração de segundos, Reyna se questionou se não estavam indo longe demais com aquela brincadeirinha. Lembrou-se de como se sentira oprimida á bordo do navio de Barba-Negra, então pensou: Ah, dane-se! Isso foi á quatro anos, eu já não sou uma menininha...

Afastando aquele pensamento, Reyna piscou para tentar conter as lágrimas... Acabou por reprimir outro gemido de dor.

Era estranho tê-lo ali dentro, senti-lo tão grande e grosso arrombando-a lentamente. Era estranho deixar um garoto fazer o que bem entendesse com ela, depois de tudo o que passara com Barba-Negra e seus piratas, porém ter Malcolm fodendo-a também era interessante, diferente; uma ideia bem atrativa que Reyna estava amando.

Ela até tinha ficado levemente impressionada com o fato de ter entrado, agora forçando passagem, roçando nas paredes de sua intimidade. Reyna ficou ainda mais úmida com o contínuo movimento de vai-e-vem de Malcolm. Pensou que já tivesse perdido seu hímen, mas ela não sentiu nenhuma pitada forte de dor até aquele momento, apenas aquela agonia chatinha.

Sua respiração estava entre cortada no pescoço de Malcolm, que tinha o corpo pegando fogo sob o dela. Seus lábios beijaram o lóbulo da orelha esquerda de Reyna, e o mordiscaram com carinho. Ele também respirava com certa dificuldade nos cabelos dela. Reyna sentiu sua cintura rebolar sensualmente, e ela resolveu entrar na dança, acompanhar seus movimentos conforme soltava gemidos, antes de dor, agora de prazer.

Estava ficando gostoso, ah, sim...

Ela sentia seu clitóris ser estimulado, tal como sentia ser penetrada cada vez mais, o que provocava de sua parte percepções delirantes; o mundo girando, sua mente dizendo-a o quão bonita era, os gemidos que escapavam de sua boca com mais facilidade, o seu corpo muito quente debaixo do de Malcolm, as pitadas de prazer mescladas com as de dor, e a aparente sensação de que ele a preenchia de alguma forma...

Reyna fechou seus olhos com força, trincando os dentes de novo.

Eles gemeram baixinho, em uníssono, e as mãos de Malcolm passaram novamente pelo seu corpo.

A pretora sentiu novamente aquela mesma dor irritante, e grunhiu. Malcolm saiu de dentro dela devagar, fazendo:

- Mmmmm... Tão macia. – E esfregou um pouco o seu membro na vagina de Reyna, segurando sua cintura, penetrando-a devagar em seguida. – O-ohh... Que boceta mais apertada, hein, pretora.

- Ai... – Temeu que tivesse o dito alto.

Shiu. Quer que eu vá mais devagar que isso?

Reyna fez que não.

- Mais fundo.

- Tem certeza?

- Já passei por coisas piores.

Ele soltou uma risadinha maliciosa, seguido de Reyna, e gemeu enquanto que penetrava mais fundo nela.

- A-aah... – Não pôde segurar. Já era a terceira vez que a semideusa sentia-se boba naquela noite.

Reyna virou o rosto, sentindo a respiração pesada de Malcolm em seu pescoço outra vez. Ela inspirou e expirou, tentando não se concentrar totalmente na dor, tentando apenas absorver o prazer que ele exercia nela. Mas é claro que, naturalmente, falhou.

Apertou os olhos ao passo que mais lágrimas rolavam, e franziu os lábios para conter qualquer outro gemido de dor desagradável que fosse dar, contudo então, não pôde o fazê-lo outra vez, pois Malcolm acabara de forçar sua entrada, e Reyna soltou um gritinho nada digno.

Shiiiu... Reyna! – Chiou.

Reyna teria continuado á gritar afinadamente, se Malcolm não tivesse tampado sua boca.

Quietinha...

- Mmmmm... – Ela urrou e Malcolm parou.

- Reyna? Tudo bem?

Mmmm...

- Q-quer continuar? – Disse roucamente, apreensivo.

Uhummm...

Pela tensão em seus músculos, Reyna notou que ele hesitara. Sentiu outra vez seu membro penetrá-la devagar, e gemeu deleitosa de novo ao sair lentamente de dentro dela, lhe provocando mais pontas de prazer.

- Tudo bem... Eu estou indo devagar, está bem? – Ele voltou a penetrá-la fazendo jus ao que dissera, sem tirar sua mão da boca dela. - Pronto... Assim está melhor?

Reyna assentiu.

Malcolm prosseguiu com seus lentos movimentos, gemendo baixinho ao pé de seu ouvido, de tal forma que a deixava louca para prosseguir com a sacanagem.

Reyna então sentiu algo descer entre suas pernas. Á princípio, pensou que estivesse urinando, entretanto, raciocinou. Seu rosto esquentou ao imaginar o sangue sujando Malcolm, e ela se questionou se ele ficaria com nojo...

Não pense nisso, Reyna. Que ridículo; isso é completamente normal. Concentre-se no...

Hmmm...

- Shiiu... Por favor, não grite. Não queremos chamar atenção.

Reyna queria dizer que sabia daquilo.

Malcolm foi tirando sua mão da boca dela cautelosamente, dizendo:

- Quietinha...

O jeito que ele pronunciava aquela palavra... Pelos deuses, estava levando Reyna ás alturas!

Ela sorriu nas sombras, e com o rosto de Malcolm á centímetros do seu, a garota viu que ele também o fizera. Mas o sorriso safado da pretora foi desaparecendo aos poucos quando sentiu que ele aumentara um pouco a velocidade, trazendo de volta aquele desconforto. O ar ficou muito mais quente, e ela sentiu de novo dificuldade para respirar ou pensar com clareza.

Malcolm...

- Ainda dói? Vai passar, princesa.

E lá estavam suas mãos agarradas aos pulsos de Reyna outra vez. Malcolm foi aumentando as estocadas, agora mais firmes... A garota sentiu o prazer aflorando lá embaixo, e gemendo, ficou mais fácil de ignorar a dor.

- O-ohh...

Malcolm soltou sua mesma risadinha maliciosa.

- Agora, sim, hein?

Quantos minutos já teriam se passado conforme eles ainda continuavam com a sacanagem? Ela estava perdendo a noção do tempo.

Reyna tombou a cabeça para trás, arranhou delicadamente as costas nuas de Malcolm, e gemeu... Ah, como ela gemeu! Teve de tomar cuidado, é claro, para não o fazer muito alto, apenas o suficiente para que Malcolm pudesse ouvi-la. E para a satisfação da pretora, ele a acompanhava baixinho e dizia entre intervalos curtos de tempo:

- Que apertadinha... – Falava palavrões também. – Caralho, que gostoso... O-ooh, Reyna... Que isso, hein...? Tão linda... Aaaah, pretora...

E ela gemia de prazer e sorria como boba! Ah, como Reyna queria que ele lhe dissesse mais besteiras! Estava prestes á pedir que o fizesse quando ele atendeu seu pedido, para seu deleite.

- Está mais gostoso agora, não é?

- Aham... – Dissera baixinho.

E assim foi-se prosseguindo naquela mesma posição, com os mesmos movimentos – ora fracos e lentos, ora fortes e rápidos – que os filhos da guerra travavam ainda aquela batalha perdida, ambos insultando um ao outro com palavras agressivas e rudes que só os instigavam a lutar com ainda mais violência e brutalidade, causando assim, mais pontas de dor e enormes de prazer que os faziam gemer e continuar até que um saísse vitorioso dali.

Os dois, que já haviam se entregado á aquele súbito desejo; tinham, naquela noite, imergido na mais profunda ambição de atingir ao ápice, feito com sucesso após mais alguns minutos de foda, naquela colisão excitante de seus corpos.

Reyna havia sido a primeira á acordar na manhã seguinte, toda dolorida, logo atingida pelo constrangimento de encontrá-lo, ainda pelado e adormecido, a seu lado.

Os primeiros raios da alvorada perpassavam sua tenda, e iluminava a bagunça que era lá dentro de travesseiros e cobertores. Ela, nua, estava enrolada em sua manta. Os cabelos desalinhados, as pernas cobertas por pequenas marcas rosadas, o corpo rígido e ressentido, sua intimidada latejando um pouco, a virilha com alguma coisa seca impregnada nela... Ela se levantou com certa dificuldade até ficar sentada, tampando suas vergonhas com o cobertor, e fazendo uma pequena careta.

Ela olhou para Malcolm, dormindo, que nem parecia ter saído com muitos ferimentos de batalha, entretanto, seus cabelos louros estavam tão bagunçados quanto os dela. As bochechas estavam rosadas, os cílios muito claros e fechados, e a respiração morna e serena.

Tão lindo...

Reyna corou ao se lembrar em como ele a tinha xingado, apertado seus pulsos, mordido, e puxado seus cabelos, e em como ele havia chamado-a de “pretora”, “safada”, “gostosa”, tantas vezes... Seus toques firmes e carícias agradáveis estavam sendo o suficiente para fazer Reyna se apaixonar de novo. Contudo, não podia permitir-se. Não queria ter seu coração quebrado, não de novo, por isso, tomou a dura decisão de agir como se o encontro que tiveram na tenda fora apenas algo casual.  

Mas pelos deuses do Olimpo! Onde será que fora parar o bom-senso da pretora da Décima Segunda Legião Fulminata na noite passada? Questionava-se ela, divertida ao passo que censurava a si mesma também. Adorou a ideia de ter quebrado algumas regras. A sensação era ótima, apesar do constrangimento e tudo!

Reyna suspirou e esfregou suas têmporas, voltando á ficar envergonhada.

Ela tinha estado totalmente fora de si naquela noite; tinha agido como uma perfeita vadia, dito palavras de baixo-calão enquanto que deixava um garoto que mal conhecia fodê-la. Ah, mas havia valido á pena, sim. Ficou tão gostoso depois...

Reyna se levantou ainda meio grogue de sono. Ela girou sem sair do lugar, sentindo-se desnorteada. Sua cabeça doía. Ela correu os olhos pelo chão da tenda, vermelha, e encontrou seu lençol do lado em que dormira agora manchado de sangue. Reyna deu uma olhada entre as pernas então, encontrando mais dele seco na região. Trêmula e extasiada ao mesmo tempo, ela começou a procurar por suas roupas. Achou sua calcinha e a vestiu, o que quase a fez se desequilibrar por conta de estar bamba numa perna só.

Eu preciso de um banho. Pensou debilmente.

Foi quando notou a camisinha usada e cheia de porra jogada num canto. Reyna estremeceu ao se lembrar da sensação gostosa de ter Malcolm dentro de si, e quando eles gozaram em uníssono... Ah! Ela olhou para ele dormindo, ainda sem acreditar que realmente tinha perdido a virgindade com um graecus “desconhecido”. Chegava até á ser irônico que ele também fosse filho de uma deusa da guerra, sendo ela Atena, levando em conta tudo que Reyna passara conforme trazia a estátua de sua mãe até o acampamento Meio-Sangue. Ela sorriu com o pensamento, e vestiu suas roupas que encontrou apressadamente.  

Estava abotoando seu sutiã quando o ouviu dizer, todo manhoso num doce murmúrio:

- Bom dia, pretora.

Ela se virou subitamente. Estivera tão envolta em seus pensamentos...

Reyna agora vestia sua calça jeans e tinha sua camiseta roxa do acampamento Júpiter na mão esquerda. Malcolm, por sua vez, tinha o rosto num tom vermelho vivo, e estava todo aconchegado na manta da garota, parecendo um bebê incrivelmente friento e grande.

- Bom dia... – Ela sorriu timidamente. – Você tem de ir embora antes que alguém note que passou a noite aqui.

Ele também sorriu, e deu uma olhada nos primeiros raios solares que despontavam fora da tenda parcialmente escura.

- É, eu sei. Já estou indo. – Malcolm disse, afastando o cobertor e se espreguiçando.

Reyna baixou o olhar, muito envergonhada. Ela vestiu sua camiseta, agora demoradamente.

Malcolm se ergueu da cama. Ele já ia se levantar, nu, quando Reyna o jogou suas roupas. Ela se virou e fingiu estar penteando os cabelos com os dedos, como se estivesse prestes á fazer sua habitual trança de lado. Deu por terminar ao ouvir os passos leves de Malcolm indo á sua direção. Reyna sentiu um frio na barriga, assim como se sentiu nervosamente desamparada outra vez.

- Tudo bem entre a gente? – Sussurrou.

Reyna se virou, encontrando-o agora vestido. Ela estudou sua expressão corada e preocupada, e seus cabelos louros e despenteados. Os olhos cinzentos pareciam mais escuros na pouca claridade da tenda.

- Sim...

- Nós vamos nos ver de novo?

Reyna mordeu o lábio, o que fez com que Malcolm imitasse o pequeno gesto.

- Receio que sim.

Ele sorriu.

- Legal.

Ficaram se encarando, ambos constrangidos, durante um tempo.

- Você tem de ir, sabe. – Falou Reyna, dando um sorrisinho de lado.

- É. – Ele respirou fundo. Parecia querer dizer tantas coisas á ela... – Eu já vou. Então, obrigado... Hum, pela noite.

- Eu que agradeço. – Disse Reyna, toda boba.


Notas Finais


e ai curtiram?
ah
e sejam bem-vindos, leitores novos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...