Já eram quase 01h e eu insistia em me manter acordada. Provavelmente já havia tomado umas quatro xícaras de café nas últimas três horas, mas o sono insistia em vir. Eu estava de frente ao notebook, tentando terminar de digitar um extenso trabalho da faculdade, mas a cada vez que meu celular vibrava, toda a minha concentração se voltava para as bobagens que Jackson estava me mandando desde o início da tarde.
Eu e ele nunca conversávamos muito, de acordo com ele por puro charme meu, mas na verdade era porque eu não achava uma boa ideia ficar conversando com o ex namorado da minha melhor amiga. Ok, já faziam cerca de três meses que eles haviam terminado, mas eu ainda era amiga dela e seria muita covardia da minha parte demonstrar tanta intimidade com alguém que ela manteve um relacionamento por mais de um ano.
“Eu não gosto quando demora para me responder. Aish, está conversando com outro garoto?” -Jackson
Ele era visivelmente ciumento, mas de uma forma charmosa.
“Hum, talvez eu esteja, rs” -Eu
“Está mentindo, não é? :/” -Jackson
“Não. É sério. Você deveria saber que não é o único homem com quem eu converso” -Eu
“Está blefando, eu sei. Mas se estiver falando sério, eu irei dar uma lição nesse insolente que ousa tentar te roubar de mim” -Jackson
Um frio percorreu a minha espinha, me fazendo sorrir. Isso é tão errado...
“Eu não pertenço à você, :P” -Eu
Ele demorou um pouco para responder, então deduzi que pudesse ter cochilado. Voltei a minha atenção para o meu trabalho, deixando Jackson para lá. Momentos depois o celular vibrou novamente.
“Claro que pertence. Não consegue ficar sem falar comigo um só dia ;)” -Jackson
Que garoto abusado. Não pude deixar de sorrir.
“Ah, claro. Você é irresistível (cofcof) :P” -Eu
“Está rindo de mim, ______?” -Jackson
“Jamais! Tenho medo de você me incendiar com seu poder de fogo, rs :P” -Eu
Semanas atrás, eu havia encontrado na internet um dorama* em que Jackson participava, e seu papel era o de um cavaleiro com poder de aquecer as coisas com fogo. Desde então, sempre que eu tinha chance, eu zombava dele.
“Aish, você nunca vai esquecer isso, não é? :P” -Jackson
“Não mesmo, rs” -Eu
“Está ocupada?” -Jackson
Observei a tela do meu notebook, e verifiquei as horas. Meu Deus, estava tão tarde, eu precisava terminar aquilo, e precisava dormir...
“Não, estou sem fazer nada. Porque?” -Eu
Ele novamente demorou à responder, e meus olhos começaram a pesar ainda mais. Fui até o banheiro, retirei o short e fiquei apenas de camiseta e calcinha, a fim de me refrescar já que a noite estava abafada. Lavei o rosto para espantar o sono e logo retornei para cama.
“Eu poderia deixar as coisas mais quentes... ;)” -Jackson
Devem ter se passado apenas alguns minutos, mas para mim foram horas. Meus dedos estremeceram, o frio na minha espinha pareceu congelar todos os meus órgãos, e um formigamento subiu pelas minhas pernas, chegando direto até a minha intimidade, deixando-a dolorida.
Aquilo parecia tão errado, provavelmente minha consciência me mataria depois por estar permitindo que aquilo tudo ocorresse, mas era o Jackson...
Desde quando ele namorava a minha amiga eu o observava discretamente, mesmo ficando brava e com muita vergonha de mim mesma por fazer isso. Os lábios dele faziam uma curva perfeita, seu maxilar era firme e evidente, combinando com o seu corpo bem definido. Jackson era o tipo de homem que você duvida encontrar duas vezes na vida, o tipo de deus grego que provavelmente só entrava em sua vida para te causar problemas e te deixar desejando-o ardentemente.
“Porque está demorando? Será que está com medo do que eu posso fazer com você? ;)” -Jackson
Eu sorri suavemente, mordiscando meu lábio inferior. Que mal poderia haver em saber até onde ele iria com aquela provocação?
“Na verdade, eu estava aqui pensando em como seria beijar o seu pescoço... Você sempre me pareceu tão cheiroso. Ainda usa aquele perfume amadeirado?” -Eu
Ele novamente demorou à responder, e eu reprimi um sorriso ao imaginar a expressão dele lendo aquilo.
“Ah, então você quer brincar comigo, não é? Tudo bem. Mas depois não reclame quando a brincadeira se tornar perigosa.” -Jackson
“E sim, eu ainda uso o perfume amadeirado.” -Jackson
Ele havia adquirido um tom ligeiramente sério, e aquilo me fez temer pelo meu psicológico.
“Ow, que garotinho malvado. Não tenho medo de brincadeiras perigosas, o máximo que você faria seria me bater, mas eu sei como revidar ;)” -Eu
“Você não sabe o quão forte eu posso bater ;)” -Jackson
“Então porque não me mostra?” -Eu
Dei uma risada suave e bloqueei a tela do celular. Provavelmente aquela conversa iria adquirir um tom mais quente, então era melhor eu parar por ali. Não queria exagerar, muito menos dar motivos para ele pensar que eu estava realmente excitada com aquilo tudo, por mais que minha calcinha já estivesse me traindo.
“Não diga isso... Você está me provocando...” -Jackson
Ele está tão vulnerável agora...
“Se lembra daquele dia na piscina? Quando você pulou na água com roupa e tudo, e depois saiu todo encharcado. Deu pra ver a sua barriga definida, seu cabelo estava colado na sua testa, e você chacoalhou para afastá-lo. Deu até para notar o volume na sua calça ;)” -Eu
Depois dessa, Jackson Wang estava com certeza morto e enterrado. Eu sorri.
“Eu vi você me observando. Também não deixei de notar como os seus seios estavam bonitos naquele biquíni. Eu fiquei com vontade de lambê-los... Suas pernas estavam bonitas também. Você é tão branquinha...” -Jackson
Minha intimidade voltou a latejar, e eu tive que me contorcer para aliviar a sensação. Alguém precisava ensinar o significado da palavra limite para ele.
“Fiquei pensando na sensação dos seus lábios em mim. Uma pena você estar tão longe de mim, estou precisando da sua ajuda ;)” -Eu
“Ah... Você é tão atraente” -Jackson
“Hora de dormir. Melhor você ir também. Beijos!” -Eu
“Você não pode simplesmente ir embora e me deixar aqui!” -Jackson
“É claro que posso. Infelizmente você está longe demais, então talvez eu tenha que fazer isso sozinha...” -Eu
Ele demorou uns 10min para me responder, e eu comecei a achar que ele havia ficado chateado.
“Ei, Jackson...” -Eu
“Abre a porta.” -Jackson
Naquele instante, meu coração pareceu que ia explodir de tão rápido que estava palpitando. Não era possível que ele estivesse aqui, há essa hora ainda por cima! Eu hesitei alguns momentos e decidi ir até a sala.
“Onde você está?” -Eu
“Na sua porta. Vem cá, abre pra mim...” -Jackson
Minha intimidade novamente doeu. Não pode ser verdade. Caminhei até a porta da frente e olhei através do olho mágico, e quase tombei quando o vi ali, parado, iluminado apenas pela visor do celular. No mesmo instante, meu celular vibrou.
“Vem, abre pra mim... Quero te ajudar.” -Jackson.
Sem hesitar, abri a porta, e lá estava ele. Seus olhos encontraram os meus instantaneamente, mas logo desceram pelo meu corpo, e eu senti vergonha por estar apenas de camiseta e calcinha.
Ele estava vestido com uma camiseta regata branca e um casaco preto de couro, e dava para notar sua barriga definida sob o tecido fino da camiseta. Sua calça era folgada abaixo dos joelhos, mas a parte de cima era apertada, me permitindo admirar suas pernas também definidas e o volume do seu membro. Eu devo ter ficado boquiaberta observando-o, pois Jackson sorriu e deu um passo para frente, capturando a minha atenção.
- Gosta do que vê? -perguntou ele
- Você não deveria estar aqui. Está tarde, e você é ex da...
- Shhh, para de falar. Você fica bem melhor usando a boca para outras coisas -ele deu mais um passo em minha direção, e logo me vi beijando-o ardentemente.
Seu cheiro amadeirado invadiu meu olfato, trazendo consigo uma sensação de calor e bem estar. Suas mão estavam nas minhas costas, acariciando vorazmente. Eu senti seus dedos indo até minha nuca e segurando firme o meu cabelo. Num movimento ágil, ele fechou a porta e me pôs no colo, com as pernas em volta da sua cintura, e me carregou até o sofá da sala. Ele me sentou cuidadosamente, e ficou de joelhos no tapete em frente à mim, sem nunca deixar de me beijar. Seu beijo estava cada vez mais quente, mais faminto.
Eu senti uma das mãos dele irem até a minha intimidade, e um dos seus dedos adentrou a calcinha, me massageando lentamente.
- Oh, está tão molhada... Eu vou te ajudar, baby.
Rapidamente, Jackson retirou a jaqueta e a camiseta regata, expondo seus músculos definidos. Sua expressão era divertida, provavelmente porque eu estava babando pelo seu corpo escultural e ao mesmo tempo coberta de tesão. Ele ficou de pé e retirou o cinto, abriu o botão da calça e o zíper, de forma que deu para ver que ele usava uma cueca de cor preta. Eu estava me sentindo incomodada por não conseguir disfarçar que estava observando-o.
- Acho que eu vou precisar da sua ajuda também -disse ele, mordendo o lábio inferior.
- Eu nunca fiz isso...
- Shhh, só venha até aqui. Não se preocupe, você é boa. Me prove -disse ele, com duplo sentido.
Ele se aproximou mais de mim e eu passei a mão pela sua barriga. Jackson olhava para mim, com os lábios entreabertos, e uma das mãos no meu cabelo. Como se já tivesse feito aquilo antes, eu abaixei sua calça e sua cueca, expondo seu membro ereto. Ele fez um aceno positivo para mim e pôs cuidadosamente ambas as mãos na minha cabeça, aproximando-se mais de mim, então eu o chupei.
Eu me sentia estimulada a cada vez que o aperto dele no meu cabelo aumentava. Eu fui cada vez mais rápido, até ele acariciar meu pescoço, me pedindo para parar.
- Ei, não vamos acabar com a brincadeira por aqui -disse ele, sorridente, mas estava claramente à beira de ter um orgasmo.
Minhas mãos estavam tremulas. Cada palavra que ele direcionava a mim, cada olhar, para carinho, chegava em mim como se fosse uma onda de calor e meu corpo todo ardia em chamas. Ele tornou a se abaixar, mas dessa vez me pegou no colo novamente, perguntando onde ficava o quarto. Eu o guiei até lá, e ele me pôs na cama, mas não tão carinhosamente.
Vi os seus olhos se estreitarem enquanto observava o cômodo, logo em seguida pousando o olhar sobre mim, que estava sentada no centro da cama, tentando pensar no que eu não gostava naquele garoto ou pelo menos me lembrar do meu nome.
- Então era aqui que você estava quando resolveu me mandar mensagens, me torturando, não é?
- Não queria te torturar... -eu sorri
- Se eu fosse você não ficaria aí sorridente. Você não sabe o quão forte eu bato.
Nós trocamos olhares por alguns momentos, e parecia que todo o oxigênio do ambiente havia adquirido características elétricas. Ele caminhou até a cama e subiu lentamente por cima de mim. Eu podia sentir a sua respiração rente à minha pele, e seus dedos delineando cada curva do meu corpo.
- Me mostre -falei.
Jackson sorriu e passou uma das mãos pelo cabelo antes de, velozmente, rasgar minha calcinha e abrir as minhas pernas.
- Tão branquinha... -disse ele
Senti seus dedos fazendo movimentos circulares na minha intimidade, mas logo ele resolveu que seria mais divertido penetrá-los. Enquanto me masturbava, ele investiu diversos beijos e chupões no meu pescoço e na linha do meu maxilar, justamente no meu ponto fraco. Eu sentia seus dedos entrando e saindo de mim, sua respiração se tornando ofegante, os meus gemidos aumentarem gradativamente e meu corpo começar à ceder àquele estímulo.
Jackson parou o que estava fazendo e se pôs entre as minhas pernas.
- Vire-se, baby -disse ele, segurando no meu quadril para que eu ficasse de quatro na cama.
Ele me penetrou, lentamente, com as mãos na minha cintura e o peito colado nas minhas costas.
- Você está tão molhada, tão... Quente... Ah...
Suas investidas se tornaram mais violentas, assim como os meus gemidos. Ele acariciava minhas costas suavemente, mantendo firme o aperto no meu quadril. Eu já havia chegado ao meu orgasmo, mas ele não parou, queria mais, muito mais. Meus gemidos se tornaram quase gritos, e minhas pernas estavam começando a vacilar.
Jackson bateu de leve em mim, me fazendo arquear os ombros pelo impacto. Ele repetiu o ato, não tão forte, mas o suficiente para deixar uma ardência boa no local. Meu segundo orgasmo veio tão rápido quando o primeiro, seguido pelo dele.
Meus joelhos cederam contra a cama, e eu me arrastei até o travesseiro, puxando as cobertas comigo. Jackson me seguiu, enrolando-se junto à mim, ambos com a respiração falhando e o corpo completamente exausto.
- Está na hora de você ir embora -falei
- Eu não vou a lugar algum -respondeu ele, com o rosto próximo ao meu, a voz rouca e melodiosa aos meus ouvidos.
- E o que vai fazer? -perguntei
- Vou esperar você tomar fôlego de novo.
Eu o observei, incrédula, e ele riu. Sua risada era como uma canção de ninar.
- Durma, baby. -disse ele.
Eu fechei os olhos e caí no sono em poucos minutos. A última coisa que me lembro era da voz do Jackson me dizendo que cuidaria de mim até que eu resolvesse que não precisava mais dele.
Mas essa era a questão: eu sempre iria precisar dele.
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