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História Operação big hero 7 - Caveiras de fogo


Escrita por: Amora_735

Capítulo 3 - Caveiras de fogo


P.o.v. Hiro Hamada.


Dou passos preguiçosos com as mãos nos bolsos. Estava andando pela calçada, a poucos metros do café da Tia Cass. Suspirei com sono totalmente acabado, mas forcei minhas pernas para andar. O Noodle burger boy estava tentando roubar a loja de gibis do Richard Verruga enquanto seus irmãos atacavam outros lugares; eles estão ficando cada vez mais loucos,acham que isso é diversão. Fred e eu nos dividimos para conseguir derrota-los, mas eles são muito rápidos. Por sorte, quando o horário de trabalho acabou, meus amigos apareceram para nos ajudar.  Peguei a chave de dentro do meu bolso, e abri a porta lateral, apenas a Cass tem a chave da porta de cafeteria. Abri a porta fazendo sinal para baymax entrar logo, ele estava com a bateria baixa.

— Vamos brincar de sapinho? — Ele perguntou com sua voz que aparenta ser de um bêbado, logo após ele fez o som de um Sapo. Suspirei esfregando a mão na testa. Enquanto ele dançava quase sem conseguir andar resolvi puxar seu braço pra dentro. — Ei! Não seja ranzinza, vamos brincar!!!.— Ele grita tão alto que tenho que solta-lo e tampar meus ouvidos. Ele solta uma espécie de risada robótica encarando a minha cara. — Você parece um bobão. — Fechei a cara pegando o braço dele novamente e puxando ele para dentro. Fechei a porta logo após isso.

— Cuidado para não fazer barulho, a tia Cass já deve estar dormindo.  — Fiz sinal de silêncio e ele copia o meu movimento. Para o meu grande alívio, os meus amigos disseram que não vou precisar fazer a patrulha com eles, eu e Baymax podemos finalmente descansar. Subi as escadas ajudando Baymax em cada degrau.

— VAMOS DANÇAR! BATATA FRITA! — Me assustei tampando a saída de som do grande robô branco, mas pouco adianta.

—Não, tá na hora de dormir agora. — Disse num tom de sussurro.  Ele pisca como se me julga-se. Respirei fundo segurando o corpo pesado do robô, subindo mais as outras escadas em direção ao meu quarto.

— Mas  dormir é Chato! Peludinho! PELUDINHO! CONVERSA COM O BOBÃO!!!  — Dessa vez não consigo tampar meus ouvidos por estar com as mãos ocupadas carregando ele. Subo os ultimos degraus com cuidado, e faço com que Baymax se sente no chão. Mochi logo pula em seu colo. — Peludinho. — Rio ao ver a cena, esticando minhas costas aliviado por não estar mais carregando o Baymax. Caminhei até o meu abajur e liguei a lâmpada, dando de cara com a imagem séria da minha tia. Ela estava com os cabelos bagunçados e estava com olheiras. Ela não tem dormido bem últimamente. Dei um pulo para trás caíndo no puff vermelho do meu quarto.

— Ti- Tia Cass? Que susto! O que está fazendo aqui a essa hora? — Perguntei caminhando para o lado de Baymax, o ajudando a se levantar.  O mochi pulou do colo dele e correu para Cass. Ela acariciou o gato como uma vilã em filmes clichês. Confesso que isso me assustou um pouco. Cass franzio a testa e apertou a boca; ela esta irritada.

— Sabe que horas são? — Perguntou enquanto alisava o pelo do gato. Ela começou a bater o pé no chão em um ritmo impaciente, o gato chegou a estranhar mas não queria se afastar da dona. Suspiro pesado. Eu achei que ela tinha parado com essa história sobre chegar tarde em casa. Respirei fundo ajudando Baymax a subir em sua caixa. É incrível que o pé dele nunca pisa dentro da caixa. Bufo com isso.

— Sendo sincero não...Mas em minha defesa...— Antes que eu pudesse usar uma das minhas mentiras para escapar da bonca, Cass fez um sinal com a mão poderoso o suficiente para me calar. Ela pegou o celular e ligou sua tela.

— São oito horas e vinte e três minutos... — Disse após conferir no celular.

— Tic tac, tic tac, tic tac... — Baymax começou a cantarolar de uma forma irritante. Tento não perder a paciência enquanto ainda tento por o pé de Baymax dentro da caixa. Já cheguei bem mais tarde do que isso e ela não me deu bronca.

— Mas...nem é tão tarde assim. — Me defendi. Cass bufou revirando os olhos, colocando mochi em cima da minha cama. Ela estava sentada na minha cadeira giratória em frente ao meu computador. Ela cruzou os braços e as pernas de forma ainda estrassada.

— Hiro, se é isso que está pensando saiba que se enganou. — Disse séria. Ouvir Cass falando assim me fez desistir de tentar colocar Baymax na caixa. Suspirei vendo que ele continuou cantarolando. — Já estou acostumada a te ver chegando e saíndo a hora que bem entendi. — Me comtrolei engolindo cada palavra sem reclamar. Meu corpo queria correr e pegar a minha armadura. Queria mostrar para ela o motivo de estar sempre chegando tarde, queria mostrar que não sou um moleque folgado como ela pensa. Mas infelizmente não posso. Contar que sou o líder da Operação Big Hero 6 seria por a vida dela em risco, e deixá-la preocupada todos os dias. A vida dela já está em perigo mesmo sem saber a minha identidade, preciso garantir que isso não fique pior.

— MENINO MAU! MAU! MAU!  — Diz Baymax me deixando ainda mais sem graça.

— Tia Cass, eu... — Ela se levantou me interrompendo. Ela caminhou parando na minha frente com os braços cruzados.

— O que eu quero saber é: Onde está a Alana? — Estranhei um pouco. Como vou saber onde ela está? Não sou babá dela.

— BOBÃO! VOCÊ ESQUECEU A BAIXINHA! MENINO MAU! MAU! MAU! — Meus olhos quase pulam para fora. Eu tinha prometido que ia leva-la para casa. Como eu fui tão idiota assim?! Eu esqueci totalmente dela! Minha tia arregalou seus olhos com as mãos na cabeça.

— Hiro! Eu não acredito nisso! A garota acabou de se mudar! — Diz andando de um lado para o outro. Empurro Baymax para caixa e finalmente cosigo fazer com que ele entre. Vejo seu corpo mucho começar a se encher de ar.

— Calma Cass, não precisa ficar assim, eu... — Ela me encara como se eu tivesse chamado ela de vaca. Me assusto.

— "Não precisa"? "NÃO PRECISA"?!! — Dou alguns passos para trás encostando na  parede. Nunca vi Cass tão brava assim, e isso me deixa assustado. — Hiro, a Alana é riquinha! Ela não está acostumada a andar sozinha sem um guarda costas com ela! Imgagina ela assim num país estranho, ainda mais de noite! Você sabe que San Fransokyo é perigosa!. — Corri descendo as escadas.

— Chegaremos em alguns minutos! Não se preocupe! — Gritei finalmente chegando a porta. Só espero que a garota esteja bem.

— Juízo! — Escutei. Respirei fundo indo para a garagem. Olhei ao redor vendo o pano branco no canto da garagem. Puxei ele sentindo o pó levantar e acabo espirrando, mas pude ver a moto vermelha que pertencia a Tadashi antigamente. Novamente o maldito tremor começa,  mas não posso me dar o luxo de ficar parado. Coloquei a moto para fora e fechei a garagem. Logo subi na mesma e a liguei  partindo rápido.  Normalmente eu a deixo guardada. Ela pertencia a ele, e quero que fique em perfeito estado. Tadashi amava essa moto, ele dizia que era a grande parceira dele. Balanço a cabeça afastando meus pensamentos, no momento devo pensar em Alana, a tal "riquinha " como disse a tia Cass. Parei a moto em frente a escada, olhei para todos os lados e nada da Alana.  Subi as escada pegando meu cartão. Tentei usa-ló para abrir, mas não abriu.

— Já é tarde, e não é mais permitido usar o laboratório durante a noite... — Pensei em voz alta. — Talvez ela esteja do outro lado.  — Pensei novamente. Caminhei com pressa ao redor da S.F.I.T.  Passei com pressa pelas várias árvores que existem ao redor da faculdade. — Alana! — Gritei. Infelizmente nenhuma resposta. Continuei caminhando e gritando seu nome, mas não a encontrei.

HIRO! SEU IDIOTA!

Só consigo gritar comigo mesmo nos meus pensamentos. Eu a deixei sozinha, ela pode ter tentado voltar pra casa e se perdeu. Mas acho que não, Alana tem a Lola, e dificilmente ela iria se perder se fosse guiada por ela. E se pegaram ela? Meu coração doí só de pensar na ideia, a culpa iria ser toda minha. Corri para minha moto novamente. Se pelo menos eu tivesse o número da Alana...mas infelizmente não tenho. Subi na moto novamente voltando para casa.

Abri a garagem com pressa e coloquei a moto para dentro deseperado, ela acabou caindo, mas minha mente estava focada em um assunto mais importante. Subi as escadas tropeçando em meu próprios pés, mas me recuso a cair agora. Acabo me deparando com a imagem de Baymax segurando uma xícara de chá e entregando para Cass, que está sentada com uma das mãos na testa. Provavelmente ela ficou tão estressada que Baymax teve que fazer alguma coisa. Quando finalmente alcanço a sala, me apoio nos meus joelhos tentando recuperar meu ar. Minha tia se assusta ao me ver.

— Cass! Liga para o chefe cruz! Baymax, vem comigo.  — O Robô concordou com um pequeno movimento de sua cabeça.  Já minha tia colocou a xícara na mesinha a sua frente. Ela pegou o celular e veio correndo em nossa direção.

— Eu vou junto!

— Não,  fica. Se ela conseguir chegar em casa, vai precisar de alguém para atender a porta. — Ela concordou. Desci as escadas praticamente arrastando o Baymax para a garagem. — Baymax, liga para os outros, rápido!

P.o.v. Alana Jackson.


Minha cabeça estava estranha, e meu corpo mole. Abri meus olhos tentando enxergar algo, mas estava tudo escuro.  Tentei me por de pé, mas acabei percebendo que minha mãos estavam presas por algum tipo de algema. Meus pé estavam livres, mas do que adianta tentar me levantar se nem consigo enxergar.  Escutei um som de rangido agudo, e vejo um fresta de luz, que aos poucos foi ficando maior.  Consegui ver o um corpo se aproximando de mim. Me empurrei com as pernas, mas logo sou impedida pela parede gelada do lugar. Meu coração bate mais forte, e sinto quase como se o ar estivesse faltando.

— Me deixa em paz! Socorro! — Eu nunca senti tanta falta de um segurança. Normalmente eu não gosto, mas pelo menos eles estavam me protegendo. Senti uma mão quente e nada macia puxar o meu braço. Fechei os olhos como a menininha covarde que sou, e sem me controlar senti as lágrimas começarem a descer pelo meu rosto. 

FRACA!

Eu odeio me sentir fraca, mas infelizmente não sei me defender.  Fico esperando pelo o pior, mas eu tenho que fazer alguma coisa. Tento escapar da mão estranha e começo a jogar meu corpo para longe. De repente as luzes se acendem,  e sou capaz de ver olhos cinzas e curiosos me observando. É um garoto. Ele parece ser jovem, mais ou menos a minha idade. Escutei passos vindo do lado da porta pela qual ele entrou, e duas  pessoas aparecem.

— Consegui arrumar  as luzes... — Diz um garoto mais velho. Ele é mais forte e tem os cabelos pretos cortados de maneira bem curta. Ao lado dele tem uma garota mais baixa, também mais velha. Seus olhos verdes e mistériosos nos observam por um único segundo. Logo ela se aproxima puxando o garoto.

— O que você fez com ela?! — Ela diz de forma brava. Me assutei tentando me afastar. Mas tudo que posso fazer é observar do meu canto. O garoto de cabelo ruivo se assustou.

— Nada! Eu juro! — Ela cruzou os braços séria. Parece que ela é quem manda.

— Então por que ela está chorando? — Por alguns segundo eu me esqueci de que estava chorando.

— Eu só segurei o braço dela e ela começou a chorar! — Ele Resmungou.  O outro garoto atrás dela colocou sua mão sobre o ombro dela e ela se acalmou. — Não pode me culpar, essa ideia estúpida de sequestrar ela foi sua!

— Sabe que não é bem assim. — Diz o mais alto. Eles tem traços em comum, parecem irmãos. A garota apenas revirou os olhos e se aproximou de mim.

— Sai de perto! — Gritei. Ela me ignorou e me colocou em seu ombro. Não pude esconder a minha surpresa quando percebi que ela é muito forte. Comecei a bater pernas e braços como uma criança mimada. — Me solta! Me solta! Me solta! — Comecei a gritar com todas as minha forças. A cada passo bruto que ela dava meu corpo balançava. Os garotos estavam me obeservando enquanto acompanhavam a loira que me carregava. Por onde passavamos, novos rostos nos observavam, a maioria era jovem. Escuto uma porta se abrindo, a garota se virou me deixando de costas para os garotos.

— Fiquem aqui. A conversa não é entre vocês. — Ela girou novamente me deixando tonta. Ela entrou em uma sala e sem se virar ela fechou a porta. Ela se agachou me pondo no chão.

— Quem são vocês?! O que querem comigo?! Nem pensem que meu pai vai pagar alguma coisa para vocês! — Gritei tentando me afastar, mas a garota é mais forte estava segurando meus ombros. Óbvio que estava mentindo, meu pai derrubaria qualquer um com as próprias mãos para me manter segura. Observei uma mesa de madeira, como a de um escritório. Nela tinha umas folhas e anotações e umas fotos também. Por trás da mesa vejo uma cadeira giratória se virando para frente, e o que vejo faz meu coração congelar de susto.

— Nós duas sabemos que ele mesmo viria te buscar. — Diz a mulher de cabelos grisalhos e curtos. A minha antiga babá, que sempre me protegia e mimava. Althea. Eu senti tanta falta dela.

— Althea! — Não consegui impedir um sorriso. Ela riu com minha ação.

—Não,  a rainha Elizabeth. — Disse meio grossa como sempre. Ela se levantou contornando a mesa e se direcionando a mim. Ela está bem como eu me lembrava, elegante e sempre arrumada. Senti seu abraço forte, mas não pude corresponder, graças as algemas. — Senti sua falta, formiguinha. — Formiguinha. Era assim que ela me chamava. Apesar de está feliz em vela, tenho que me consentrar.

O QUE RAIOS ESTÁ ACONTECENDO?!

— Por que me troxeram para cá? O que está acontecendo aqui? — Althea pega algo de seu bolso e entrega nas mãos da garota atrás de mim.

— O que está fazendo em San Fransokyo? — Como resposta ela me fez outra pergunta. Respirei fundo controlado uma pontada de raiva. Senti as algemas sendo retiradas e senti um grande alívio.

— Vim estudar na S.F.I.T. — Ela me olhou surpresa tão supresa, que esqueceu a boca aberta.

— Seu pai permitu que você fosse para a faculdade pessoalmente? Achei que você ficaria estudando online. — A surpresa em sua voz é realmente algo que da para notar. Ela bufou se apoiando na mesa com uma das mãos em seu rosto. — Ai formiguinha, você atrapalhou meus planos para está noite...

— Althea,  vá direto ao assunto. O que estou fazendo aqui?! Que lugar é esse?! E quem são aquelas pessoas lá fora?! — Apontei para a porta fechada. Eu pude ver umas sombras por debixo de porta. Provavelmente tem alguem nos ouvindo. Althea respirou fundo voltando a sua cadeira. Senti a garota mais velha me cutucar e me entregar um cadeira. Eu agradeci meio tímida e me sentei na cadeira.

— Alana, preciso que me escute com atenção. — Sebti meu corpo todo se arrepiar de uma forma ruim. Quando Althea me chama pelo nome, significa que o assunto é sério... segurei minhas mãos firmemente não querendo mostra que estou com medo. — Você nunca ouviu falar...mas somos os Caveiras de fogo. — Naturalmente minha sobrancelha se levantou em sinal de duvida.

— Caveiras de fogo? — Repeti o nome em tom de duvida e ela confirmou com a cabeça. Althea cruzou os dedos das mãos uns nos outros, e apoiou o queixo sobre isso.

— Sim. Alana, bem antes de você me conhecer, eu vivia aqui. San Fransokyo.  A cidade não era tão perigosa quanto hoje, mas estava cheia de crimes. Foi então que surgimos. — Prestei atenção curiosa. — Um grupo de Heróis,  trabalhando juntos contra os vilões. Chefe esplêndido era um deles. O dinheiro dele foi essencial para crescer. Com o tempo, as coisas evoluíram, e quando vi, tinhamos bases em vários pontos estratégicos de San Fransokyo. Nós trabalhavamos diante de todos, claro, até aonde a lei nos permitiu. — Super Herois? A Althea era como a Operação big Hero? — Mas infelizmente, em um amargo dia... algo ruim aconteceu... — Vi sua mão se fechar, e com um soco acertou a mesa. Ela usou tanta força que a xícara de café pulou.

— Resumindo...— A garota loira atrás de mim resolveu terminar, percebeu que minha antiga babá estava brava demais para dizer alguma coisa. — Na época, ela descobriu que tinha um traidor entre os antigos caveira de fogo. Ele enganou todos, e criou uma armadilha. Um dia, por causa de uma denúncia anônima, policiais foram conferir cada uma das bases dos caveiras de fogo. E no subsolo, encontraram drogas, armas, e o pior...— arqueei a sobrancelha.

— E o pior...? — Repeti na intensão de faze-la terminar.

— Corpos... — Arregalei meus olhos. Quem completou foi Althea. — De pessoas importantes para ser específica...estavam desaparecidos. Chefe cruz. O policial que eu recebi para que ele pudesse ver a base, resolveu prender todos, mas nós conseguimos fungir. Na verdade alguns conseguiram, nem todos tiveram nossa sorte. —Então Althea é vista como uma criminosa... isso é estranho. Não consigo imaginar uma coisa dessas da pessoa que me colocava para dormir contando histórias, ou que limpava meus machucado e dava um nome a cada um deles para se despedir quando eles sumirem.

— Então, vocês estão vivendo escondidos agora? E era pra cá que você vinha nas suas férias? — Perguntei.

— Sim, estamos vivendo as escondidas, e sim, era para cá que eu vinha. Preciva manter tudo em ordem, e ao mesmo tempo garantir que você ficasse bem. — suspirei.

— O que vocês fazem aqui? Só se escondem? — Perguntei. Observei a sala. Não parece ser muito confortável, e é meio escura.

— Nós continuamos ajudando as pessoas... do jeito que dá.  — Diz a loira. — Aliás, me chamo Alice,  sou neta da Althea. 

NETA?!

Eu nem sabia que a Althea tinha filha. Althea se levantou pondo a mão no ombro da garota.

— Ela era muito jovem quando tudo aconteceu, e você era apenas uma bebêzinha. Por isso, os mais jovens que continuam o trabalho. Eles chamam pouco a atenção da polícia, e isso garanti que todos aqui fiquem seguros. — ela sorri com orgulho. — O único problema é precisamos roubar  nossas roupas e comidas, e alguns aparelhos eletrônicos, para ajudar nas missões. — Missões. Os caveira de fogo ainda se preocupam em proteger as pessoas mesmo estando no chão. Mas todas essas informações estão me deixando desconfiada. Eu sei que é a Althea, minha antiga babá.  Mas não a vejo a muito tempo, e não sei se tudo o que saiu de sua boca é verdade.

— Minha vó falou  muito de você... disse que você vive com no mínimo dois guarda costas, e só anda de carro e sempre com uma babá. — fico vermelha pelo "babá". É meio vergonhoso pra mim isso. Meus pais queria contratar uma pra vir comigo, por sorte não fizeram isso. — Por que estava sozinha na porta da S.F.I.T. tão tarde da noite? — Perguntou.

— Bom, quando meus pais finalmente concordaram em me deixar estudar aqui, eles queriam pagar um lugar para mim, e pare dois guarda costas e uma...babá. — senti minhas bochechas pegarem fogo. Odeio o fato dos meus pais pensarem que eu preciso de uma. Althea virou o rosto, estava rindo do meu rosto. — Eu pedi ajuda da minha tia, e ela conveceu eles de que seria perigoso. Eu poderia acabar chamando muito atenção com isso ,o que atrairia os olhos de muitas pessoas indesejadas, me pondo em risco.

— Stéfany, ela sempre arruma um jeito. — Diz a mulher de cabelos grisalhos rindo por isso. Não aguentei e ri junto. Ela passou meses no ouvido do meu pai, até ela conseguir convencer ele. Esses pensamentos vão embora, e logo me lembro do mais importante.

— Por que vocês me apagaram, me sequestraram e me algemaram? — Perguntei séria cruzando os braços na péssima tentativa de intimida-las.

— Estavamos prestes a realizar uma nova missão. Eu vi quando você se sentou na escada, e ficou ali por horas. Eu fiquei desconfiada e mandei pegaram você. — Admitiu Alice.

— O que foi uma grande irresponsabilidade — Repreendeu Althea. Ela desviou o olhar para os pés envergonhada pelo o que fez. — Peço desculpas por isso, Alana. — Afirmei com a cabeça. — Pelo menos nos encontramos novamente, e agora podemos nos ver mais vezes. Sinto falta da minha formiguinha — Disse ela se aproximando e abraçando meus ombro. — Então, a vida está boa em um apartamento de luxo? — Perguntou e acabei rindo e neguei.

— Estou morando na casa de uma amiga da Tia Stefy, o sobrinho dela também estuda na S.F.I.T. Você provavelmente se lembra de uma vez que comentei dele...

— Hiro Hamada... o irmão gênio do seu professor, o Tadashi. — Diz Ela se lembrando. — Quando você começou as aulas online não parava de falar deles. — provavelmente estou vermelha com esse comentário. — Vem, deixa eu te mostrar o lugar.  — Ela disse me puxando em direção a porta. Mas antes que ela pudesse abrir, a porta se abriu  e o garoto mais velho abriu a porta com pressa. Me escondi atrás de Althea com o susto.

— Temos um problema! — ele diz quase sem ar.

— Que susto, Bryan! — Repreendeu Althea com uma das mãos sobre o peito com a respiração agitada.

— A polícia está atrás dela! — Diz apontando para mim. Me assustei. Como assim?

— Que Crime você cometeu? — Perguntou o garoto ruivinho rindo.

Hiro...

Caramba, ele deve ter ido atrás de mim e não me encontrou. Eles devem estar preocupados.

— Eu tenho que ir pra casa. Me esqueci completamente! — Digo desesperada. — Onde estão as minhas coisas? E a Lola?!

— Bryan, vá buscar as coisas dela, eu vou leva-lá para casa. — Diz Alice.

— Mas Alice,  se a polícia te ver... — Ela interrompeu o garoto.

— Relaxa, eu sei me cuidar. — Ele afirmou indo buscar minhas coisas. Alice pegou minha mão e me puxou para fora da sala.

— Até mais, formiguinha.  — Diz Althea. Sorri com isso, mas senti um desânimo logo após. Quando vamos nos encontrar outra vez? Talvez daqui a muito tempo. Puxei minha mão e corri dando um abraço bem apertado nela,e ela riu com isso. Eu me sentia segura nesse abraço, mas não posso ficar para sempre.

— Até mais... — Disse me forçando a solta-la. Quando me virei, o tal de Bryan estava segurando minha mochila e meu relógio. Agradeci com um movimento de cabeça. Coloquei meu relógio no braço e minha mochila nas costas. Estava pesada ,significa que Lola ainda está aqui. Alice torna a pegar minha mão e me puxou pelo corredor. Vejo uma porta vermelha de ferro, quando Alice abriu a porta soltou um barulho bem alto. — Se é perigoso pra você, você não precisa me levar...— Expliquei. — Sabe, eu tenho esse relógio e...

— Sabemos, Althea disse que você mesma programou. Mas acontece que não estamos em um lugar seguro. Se virem você com ela, vão querer te pegar. — Informou. Fiz de tudo para fingir que não estou com medo mas acho que não adiantou.

— Mas como vai saber onde eu moro? — Perguntei. Ela riu levantando a blusa, por dentro da calça tinha um celular.

— Enquanto vocês estavam conversando, eu pesquisei sobre esse tal Hiro Hamada. O endereço da cafeteria da tia dele apareceu. É onde você está morando,certo? — Afirmei com a cabeça. Ela fez sinal com a cabeça, e então sai. Ela fechou a porta com brutalidade me assustando. — Vamos.

Continua...




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