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História Operação Papai Noel - Operação papai noel: sucesso.


Escrita por: megkuna

Notas do Autor


— 🎄🧨 fanfic de natal fresquinha direto do forno!!! juro pra vocês, essa fanfic se tornou o meu xodó junto de "bebê reborn" duas fanfics que amo demais e sinto orgulho, principalmente essa daqui. não conto como atrasada pois foi apenas algumas horinhas de atraso então ainda tá valendo como fanfic de Natal

e agora uma das minhas partes preferidas, a capa e a betagem!!! (estão perfeitas demais aaaa) ambas foram feitas pela maior stan de blue lock desse app inteiro: @hadou te amo demais amg <3

olhem como a capa está linda nhonhnho tô admirando ela até agora. enfim, espero que se divirtam lendo assim como eu me diverti escrevendo.

boa leitura;)

Capítulo 1 - Operação papai noel: sucesso.


Fanfic / Fanfiction Operação Papai Noel - Operação papai noel: sucesso.

— Ele existe!

— Ele não existe! Não deixe essas fantasias estúpidas na sua cabeça, Takemitchy!

Takemichi cruzou os braços e fechou a cara, um biquinho se delineando em seus lábios. 

— O papai noel existe, sim! Você provavelmente assusta ele e por isso ele não te visita! — Takemichi apontou para a cara de manjiro, olhos negros focando no menino que o desafiava à sua frente. — Papai Noel sempre me visitou e me deu os presentes que eu queria! 

— Ah, é? Takeomi me contou que os pais fingem ser esse homem estranho e compram os presentes. — Mikey sorriu como se tivesse ganhado a discussão.

— Não! Você está errado! — Lágrimas gordas começaram a rolar pela face de Takemichi, seu lábio inferior tremendo. — Você está mentindo! 

— Então, como você explica o Papai Noel saber de cor o que as crianças querem? Somente os pais sabem disso, tá na cara que ele não existe! 

Takemichi, um fã nato do Natal — dos presentes, especificamente — estava tendo uma discussão séria com seu melhor amigo, tudo exclusivamente porque Mikey não queria a verdade que Papai Noel existia. Havia tantas provas concretas que o bom velhinho existia e mesmo assim ele se recusava a ver, hum!

— Apenas aceite que o papai noel é só um velho caloteiro que invade a casa das pessoas.

Takemichi deu um soquinho em Mikey, que desviou facilmente. O ser de olhinhos azuis brilhantes soluçou baixinho.

— Ei, Takemitchy, não p-precisa chorar. — Mikey tentou consolar o amigo, pois por algum motivo toda a sua pequena arrogância e divertimento sumia quando Takemichi começava a chorar.

— Não! Não quero mais falar com você! — Takemichi então saiu correndo do parquinho, sua visão embaçada por conta das lágrimas. Mikey não ficou para trás; correu atrás de Takemichi até o ponto dele sumir dentro de sua casa, batendo a porta com uma força que Mikey nunca viu do bebê chorão.

Ofegante, ele bateu na porta da casa de Takemichi.

Seu azar, no entanto, foi quem o atendeu: Wakasa Imaushi, a paixão de seu irmão, Shinichiro, e o irmão mais velho de Takemichi, que era conhecido por ser uma fera com aqueles que machucavam seu irmãozinho.

O de olhos púrpura estreitou as orbes, olhando de canto para Manjiro.

— Você pode me explicar o porquê do meu irmãozinho estar chorando, hein, Sano Manjiro?

Mikey estava ferrado. A única conclusão era isso.

— Então você contou para o Mitchy que o papai noel simplesmente não existe? — Wakasa proferiu, balançando o cigarro em sua mão.

— Foi…

— Não era pra você ter feito isso. 

— Eu sei. — Manjiro resmungou baixo. Levar broncas de adultos o deixava desconfortável. Wakasa então cruzou os braços e encarou o pequeno Sano, que retribuía o olhar com a mesma intensidade. Ambos não estavam preparados para ceder de qualquer jeito, e se dependesse de Wakasa ou Mikey, a troca de olhares perpetuaria por toda a eternidade.

— Vá pedir desculpas pra ele, é a melhor forma. — Não era uma dica e nem parecia, mas sim uma ordem.

Mikey lançou um "idiota" bem baixinho para o tão temível leopardo branco não escutar, pulando do sofá logo em seguida para o quarto de Takemichi. Ele não hesitou em bater na porta do quarto, afinal, está meio que desesperado para ver seu amigo de novo, e ele detesta ficar em péssimas condições com Takemichi.

Olhos lacrimejantes o espiavam quando a porta foi aberta numa pequena flecha. O Coração de Mikey se aperta em angústia. Ele não gosta de ver Takemichi chorar, e ainda mais por sua culpa. Antes de conseguir fechar a porta na cara do Sano, porém, este colocou o pé, o impedindo.

Sem nem mesmo uma pitada de dor em seu rosto, Mikey segura a porta como se não sentisse nenhum efeito.

— Mitchy! E-eu quero me desculpar pelo o que eu disse.

— Não! Eu não quero mais saber de você nunca mais! 

— Mitchy, por favor, eu faço o que você quiser! 

Isso atraiu a atenção de Takemichi, que abriu completamente a porta. Seus olhos estavam cintilando.

— Me traga o Papai Noel.

Mikey parou tudo que iria fazer, seus olhos se arregalaram e sua boca abrindo em um "O".

— Como que eu vou fazer isso?! Ele não ex-

Mas foi apenas a visão dos olhos lacrimejantes que fez Mikey parar.

— Se ele realmente existir, você vai ter que me provar, se não eu… eu vou te odiar pra sempre!

Então o bebê chorão fechou a porta e em seguida a trancou, deixando um Sano estático pensando em como se meteu naquilo.


— Então é isso? — Izana comentou sem qualquer tipo de empolgação, como se a situação fosse usual para ele, largando o celular e olhando para Manjiro. 

— Sim, agora eu tenho que, de algum jeito, arranjar um papai noel antes do Natal.

— É fácil, no shopping daqui tem um papai noel a cada loja que você vira. É só pegar um e mostrar para ele, simples.

— E como eu deveria pegar um papai noel, hein, izana?

— Dá teu jeito, você não conseguiu comprar dorayaki mesmo quando todas as lojas estavam fechadas por conta da infestação?

— Isso foi um caso especial, eu não sei se irei conseguir de novo! 

Mikey se debruçou no sofá. Pela primeira vez estava encurralado em um beco sem saída, onde ficaria para sempre sofrendo. Ele havia prometido algo impossível para Takemichi, e estava pagando o preço por isso. O Sano mais novo então se enterrou nas almofadas e ficou lá, não querendo mais saber do mundo exterior e nada envolvendo a praga que havia trazido sua queda e desgraça.

— Se eu não conseguir isso, eu vou ficar sem o meu Takemitchy. 

Izana revirou os olhos. Mikey ficar sem o irmão de Imaushi equivalia a ficar sem taiyaki por um mês completo.

— Arranje um jeito. — O outro voltou a mexer no aparelho, ignorando a existência do irmão. Os olhos de Mikey brilharam quando uma ideia tomou conta de sua mente, olhando para Izana em seguida, com certeza não iria deixá-lo fugir de forma tão simples assim.

— Você vai me ajudar. — Mikey ordenou com um sorriso enquanto se levantava do sofá e ficava de pé, sua atenção focada em izana. — Caso contrário, eu conto pro Shinichiro quando você saiu escondido no meio da noite!

— Seu pirralho… — Izana trincou os dentes. — E como minha ajuda iria funcionar?

— Você vai me ajudar a raptar um papai noel.

Izana, naquele momento, não soube dizer se Manjiro havia cedido de vez à loucura. Quer dizer, seu irmão sempre teve uma quedinha pelo lado mais problemático da sociedade, se envolvendo com delinquência numa tenra idade — claro, ele foi o mesmo caso, mas era outra história — e agora a palavra sequestro se encaixava no seu múltiplo vocabulário.

— Vamos, Izana — Mikey então olhou para a janela da casa, os flocos de neve caindo para se encontrar com o chão branquinho. — Temos um papai noel para achar.

"As coisas que eu faço por amor", Mikey mentalizou, determinado a fazer isso.

Andando pelo shopping, Izana tentava ao máximo se afastar de Manjiro, que andava com o passo pesado e atraía olhares duvidosos e indiferentes das pessoas. Olhando para as vitrines da loja, Izana pensava no melhor presente para comprar para Shinichiro. Enquanto isso, Mikey olhava cada papai noel à esquina.

"Esse parece um rato que foi envenenado."

"Esse é podre, consigo ver daqui ele olhando pras mulheres que tão passando."

"Parece que pegaram o primeiro viciado em crack que viram e trouxeram ele."

"Esse não é o professor do Mitchy que foi demitido?"

Suspirando em derrota, o jovem Sano se debruçou nas amadeiradas e acolchoadas cadeiras do shopping, sua bile subindo e descendo com o repentino cheiro de outro doce extremamente enjoativo, e a causa estava bem ao seu lado: Izana tomava outro sorvete cheio de conservantes e sabor artificial. Resmungando, mikey abraçou o presente que havia comprado para o irmão, todavia, desejava mesmo jogá-lo na cara dele. 

— Uhg, se afaste de mim com esse cheiro! — Mikey tampou o nariz e a boca juntos, embora não estivesse tão enjoado ao ponto de golfar. — É enjoativo demais.

— Estamos numa época natalina, Manjiro. Se acostume com bengalas doces e chocolates dos mais puros diabéticos. 

— Ainda não mudou, esses doces são terrivelmente enjoativos.

Antes que Izana pudesse contestar o irmão, Mikey pegou o pacote e lançou nele, os olhos arroxeados arregalados com a ação.

— O que é isso?

— Um presente, comprei pra você.

— Sério? Vindo de você, eu jurava que iria me dar ratos de presente.

— Não acredito que você tenha essa visão de mim. Agora, abre logo! Foi difícil pra cacete achar isso.

Revirando os olhos, Izana abriu o pacote, revelando ser um celular em boas condições — praticamente novo — e não aparentava ser pirateado. Mikey sorriu pra ele, um sorriso que normalmente dava para seus amigos, já que o seu sorriso máximo era guardado para Takemichi. 

— Você comprou um celular novo? O meu não está tão acabado assim pra você comprar! 

— Não é isso, seu idiota, liga ele! Você vai ver. 

Uma parte de Izana sussurrou que era uma tremenda cilada, e ele ouvia essa parte. Mas sua curiosidade falou mais alto, então o Kurokawa ligou o aparelho e um vídeo começou para a felicidade de Mikey e o horror de seu irmão. Era uma foto de Izana e Kakucho quando ambos decidiram dar uma volta no parque, suas mãos se encontrando e compartilhando um ósculo singelo.

— S-seu! — Izana exclamou sem se importar com os olhares da pessoa, o celular logo em seguida estilhaçado na parede ao passo do moreno segurar no pulso do irmão. — Mas que merda você tem na cabeça?! 

Mikey mostrou a língua para o irmão, uma pequena vingança de quando ele o dedurou para Shinichiro e, por conta disso, Mikey ficou em castigo por três semanas, por ter entrado em uma briga de gangues sem ser "chamado".

— Isso foi criativo, você tem que admitir. 

— Ora, seu…!

— Izana, olha! — Mikey agarrou a mão do irmão e apontou para um dos portões de entrada onde havia uma pequena multidão de pessoas tirando fotos. Arrastando Izana, Mikey sentiu a adrenalina passar quando notou o centro das atenções:

O papai noel perfeito.

Era exatamente como nos filmes: a barriga rechonchuda e cabelo grisalho e uma barba longa, os óculos pequenos e os olhos acinzentados, junto da famosa roupa vermelha, botas pretas, calça vermelha e um enorme pacote carmesim atrás de si, provavelmente cheio de presentes.

— É ele.

(Enquanto isso, na casa dos Sano, Emma ligava para a ambulância, pois Shinichiro estava com problemas no banheiro. Talvez a ideia de Mikey de colocar veneno de rato no leite e nos biscoitos deram certo.)

— E como vamos fazer isso?

— Simples, você distrai ele e eu desmaio ele. 

Izana sabia que contestar Manjiro não levava a nada, pelo contrário, contrariar o menor só iria causar mais problemas para o seu lado. Embora gostasse de provocar o irmão, uma briga no meio de um espaço público só resultaria em discórdia e Shinichiro o proibindo mais uma vez de sair de casa.

— Tá. — Izana revirou os olhos ametistas — Vamos logo.

Os irmãos andaram até onde se encontrava o famoso velho, Mikey mordendo e roendo as unhas simétricas — e sendo repreendido por Izana, que dava um tapa de leve na cabeça do irmão mais novo. 

— Maldito Noel, sempre com esses sinos balançando, vai me causar uma bendita dor de cabeça. — Olhou de soslaio para o Noel. Izana cruzou os braços, aguardando qualquer mínima brecha para distrair o velhote e mikey nocauteá-lo. 

— Se acalme, Izana. — Mikey virou a esquina e lá estava o Noel, com sua barba grisalha o dando um aspecto de algum homem de filme de pirata que ele não recordava o nome. — Não vou deixar esse plano dar errado por conta da sua impaciência.

— Agora, Izana! 

Com a mesma rapidez, o moreno se apresentou em frente ao Noel, seus olhinhos se arregalando de susto, mas sumiu na mesma hora e sua barba se mexeu — sorrindo, talvez.

— Ho, ho, ho! Feliz Natal, meu jovem. O que você deseja para esse dia tão especial?

— Então, Papai Noel… — Izana sibilou, uma veia de irritação em sua testa. — O que você acha sobre dar presentes até mesmo para as crianças levadas esse ano?

Mikey deu um joinha e continuou com sua caminhada. Ele não causaria um machucado grave no Papai Noel, pois era provável que Takemichi optasse pelo velhote vivo e ileso. Suspirando, Mikey se agachou e encostou no chão engatinhando, olhos ônix focados nas costas do bom velhinho. 

Essa é pra você, Takemitchy!

Com um chute, Mikey se levantou e chutou a canela do Noel, que soltou um grito de dor e caiu no chão.

— Mikey, seu idiota, só vai atrair atenção você chutando o Noel assim! — Izana vociferou, ajudando Mikey a carregar o pobre desacordado. — Se isso der polícia, só vai piorar pro nosso lado.

— Tá, tá, tá. — Ambos carregaram o corpo para fora do Shopping até o carro, Izana abrindo o porta-malas do veículo e pegando uma fita e cordas.

Antes de amarrar e prender o velhote de vez no porta-malas, Izana encarou o Noel assustado, falhando em lhes apontar o dedo do meio, e então disse:

— Não é nada pessoal, mas eu sempre tive ranço de você e desse seus sinos.

Assim, Izana se deliciou com a expressão do velhote, fechando e trancando de vez. 

— Vamos logo! — Mikey se sentou no banco do passageiro, olhos brilhando de animação — Finalmente eu tenho o presente de natal perfeito para Takemitchy.


Na oficina de motos de Shinichiro, Izana e Mikey se encontravam ao passo de esperar o velhote acordar. Izana mexia no celular, vasculhando qualquer notícia na internet sobre o roubo de um Papai Noel. Já Mikey degustava um taiyaki — depois de forçar Izana dar uma parada e ir comprar — e cutucava incessantemente o velhinho. 

— Izana, parando pra pensar, o Papai Noel é algo bem bizarro, né?

— Onde você quer chegar com isso?

— Tipo assim, ele entra nas casas das pessoas, toma um leite que deve ser batizado com algo pra ele sair de lá ainda com energias e ainda come biscoitos que ele não sabe a procedência? Pra mim isso é a descrição de um homem drogado e maníaco.

Izana deu de ombros.

— Durante a minha época no orfanato eu ficava esperando ele aparecer durante cada Natal, mas logo eu me toquei que ele simplesmente não apareceria. Foi meio triste, visto que eu achava que ele iria tirar eu e o Kakucho daquele lugar. Qualquer pessoa serviria, mas ninguém veio.

Mikey encostou a cabeça no ombro do irmão.

— Então você odeia ele por conta de um trauma de infância?

— Você é s-

— Ah… onde eu estou?

Quando uma voz rouca e em frangalhos soou, Izana e Mikey olharam para a fonte: o velhote, que tentava se espreguiçar, contudo, era praticamente inútil devido às cordas. Izana resmungou algo como "não deveria ter arrancado a fita da boca dele" e andou até o Noel, encarando-o profundamente em seus olhos castanhos. 

— Você ficará quieto, nenhum piu, ou eu arranco ela.

— Izana, você não precisa amedrontar ele. Quando a gente soltar o velho, tem a possibilidade dele poder denunciar a gente.

— Não no meu turno. Agora, Papai Noel, eu vou dizer exatamente o que você deve fazer.

                                      [..]

— Waka-nii, você acha que ele vai gostar? — Takemichi inquiriu, os dedinhos apertando o laço vermelho sangue do presente, que nada mais era do que dorayaki caseiro embrulhado de forma fofa com um coração no topo. 

— Eu tenho certeza. Se tem uma coisa que aquele garoto ama, é taiyaki — Wakasa deu um tapinha nos cachos de Takemichi. — E se ele não gostar, o que é impossível, eu resolvo isso.

— O que eu falei sobre ameaças? Se continuar desse jeito, você não vai ganhar o seu presente! — Takemichi mostrou a língua como forma de zombaria. — E ainda: você não vai pra festa.

— Isso é muito cruel da sua parte, Mitchy. — Wakasa ficou com a mão no peito, caindo no sofá atrás de si. — Não sabia que você tinha esse lado maléfico.

— Eu posso ser muito cruel quando eu quero. — Colocando o presente em cima da estante da sala, o ondulado se sentou no sofá ao lado do irmão. A casa inteira estava enfeitada por conta da data comemorativa que, diga-se de passagem, Takemichi amava demasiadamente.

Ver filmes natalinos, assar biscoitos, o clima fresco e a neve! Tudo era tão esplendoroso na sua visão, além do principal: o Papai Noel. Agora, veja bem, por que Takemichi ainda possui uma leve crença que esse ser sobrenatural exista? Grande parte disso vem por conta de seu irmão, que em cada Natal fez questão de se vestir como o Noel e deixar os presentes.

— Ah, eu espero que o Mikey-kun não esteja dando tudo de si para o que eu pedi, eu falei por falar! — E, num piscar de olhos, uma avalanche de lágrimas começou, descendo como uma cascata. — O que eu fiz, Waka-nii?

— Ah, pequeno… — o bicolor puxou o irmão para um abraço. — Você falou isso num momento de raiva, não era intencional.

— M-mas e se ele não quiser mais falar comigo?

— Então ele terá que ter uma conversinha comigo.

— Você é o melhor, Waka-nii! Agora para de me abraçar, eu tenho que fazer o resto dos dorayakis, Emma adorou eles quando eu fiz.

— Só vai não queimar a cozinha igual você fez naquele dia.

— Foi um acidente! — Takemichi bufou, as bochechas infladas e rosinhas. 

O bicolor não resistiu e deu mais um abraço no moreno. Takemichi sorriu e se aconchegou mais no aperto quente e confortável dele, suas pálpebras começando a ficar pesadas.

— Mitchy? Mitchy? — Wakasa sacudiu o menor de forma lenta, notando apressadamente o sono que o mesmo tinha caído. Ele suspirou e deu uma risadinha. — Eu te falei que ver receitas até tarde te causaria sono mais tarde.

Os dedos de Takemichi estavam com bandagens da cor de sua pele, tentando mascarar os arranhões e cortes que obteve enquanto cozinhava os dorayaki. Em seus sonhos, Takemichi era salvo pelo famoso príncipe Manjiro Sano que o libertava das garras do malvado Dorayaki.

Dia da ceia de Natal.

O tão estimado dia havia chegado para todos — principalmente para Izana e Manjiro, que tiveram que alimentar um Papai Noel roubado para que ele não caísse duro no chão. Agora, estes dois residiam na sala de estar na casa de Takemichi. O cômodo era grande, mais do que o suficiente, e Wakasa possuía uma grana gorda, afinal.

Todos estavam conversando ou torcendo para que caíssem embaixo do visco, o que era o caso de Sano Emma, que tentava empurrar Draken e ela para debaixo das folhas em questão. Mikey torcia para que o plano de Emma desse certo, tava na cara que os dois pombinhos se gostavam, todo mundo via isso, menos eles!

Shinichiro animadamente conversava com Wakasa, um papo sobre alguma aventura em um hotel caindo aos pedaços, cujo qual Mikey não estava interessado em ouvir: o que ele queria mesmo era um ser dos olhos mais azuis que já tinha visto e cabelo preto ondulado.

Izana — sussurrou bem baixinho — Tudo organizado?

O moreno tossiu com um disfarçado "sim" antes de voltar a conversar com Kakucho.

— Takemitchy, onde você está? — Mikey batia o pé sem parar no chão, com braços cruzados e uma carranca no rosto.

Como se os deuses tivessem tido piedade se sua alma, lá estava Takemichi na sua maior glória: um chapéu natalino que normalmente Mikey consideraria feio — mas Takemichi era sua única exceção —, e a roupa combinando, vermelha e verde, além do estranho pequeno pacote em suas mãos, um lacinho em formato de coração no topo. Um presente para alguém? O coração de Mikey errou umas batidas com a menção de ser para ele.

— Mikey-kun — Cantarolando, Takemichi se aproximou em passos lentos. — Eu tenho algo pra você.

— Pare! Antes de você me dar o que quer que seja, eu te darei o meu presente primeiro. Izana, agora! — Ignorando o rosto surpresa do menor, Mikey assobiou como confirmação, e Izana assentiu batendo na porta. De repente, um estalo saiu e todos os olhares se focaram na nova pessoa da sala: o Papai Noel, só que com amarras nos pés, tentando fugir e com uma expressão assustada em sua face. 

— MANJIRO! O Q-QUÊ? — Shin berrou.

— Izana! Eu não te falei pra desamarrar ele?! 

— Como que eu iria saber, sua praga! Eu tava ocupado amarrando ele!

Em questão de minutos, a festa se tornou um caos: Shinichiro e Wakasa tentavam impedir que o velhote não derrubasse a mesa de jantar, Emma e Draken se empenhavam em impedir que Baji — que acabara de chegar — avançasse contra o Noel, Mitsuya estava parado na porta com os presentes na mão, Pah-chin ao lado mastigando alguma comida natalina… 

— Mikey-kun, o que é tudo isso? — Takemichi disse num sussurro.

— Você me pediu pra trazer o Papai Noel pra você, né? Mas acredito que sequestrar nem sempre é a opção. — Virando o rosto, Mikey tentava esconder as bochechas enrubescidas, se abanando com ambas as mãos à medida em que observava Shinichiro receber um mata leão do bom velhinho. 

— Você sequestrou um Papai Noel por mim…?

— Sim... — Ditou Mikey, ficando austero — Tudo por você.

— Mikey-kun, seu bobo. Eu já teria me contentado com você. — Takemichi deu um leve selar na bochecha de Mikey, deixando o garoto estático e de olhos arregalados. — Nenhum Papai Noel se compara a você. 

O pacote nas mãos de Takemichi foi entregue a Mikey, que o pegou com muito prazer, o doce cheiro do dorayaki caseiro ativando seus sentidos. Sua boca chegava a salivar.

Enlaçando uma das mãos, Takemichi desferiu outro selar, dessa vez mais próximo da boca de Mikey, enquanto este colocava cuidadosamente o presente no chão, enlaçando sua outra mão com a de Takemichi conforme apreciava o contato.

Takemichi riu internamente. Talvez tivesse sido ruim da parte dele fingir interesse no Noel quando ele já sabia que não passava de um mito — e de seu irmão vestido como tal —, mas se isso significou que Mikey havia raptado alguém por ele, fez seu estômago explodir de borboletas.

Realmente, aquele era o melhor que podia pedir.


Notas Finais


como foi a ceia de vocês? a minha foi comendo strogonoff enquanto eu assistia hora de aventura.

beatriz, lembra que eu te prometi uma fanfic de wakatake brothers, então, aqui pra você amg ❤️❤️ te amo demais minha cara-metade.


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