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História Os Amores de Apolo - Prólogo


Escrita por: JMish

Notas do Autor


Olá Pessoal! Essa é minha primeira fic no universo PJO/HOO e eu realmente espero que vocês gostem. Tenho trabalhado nessa estória há alguns dias e finalmente me senti confortável em publicar... Qualquer sugestão, ideia ou crítica será mais do que bem-vinda. Bom, esse capítulo vai servir para situar um pouco vocês de como as coisas funcionarão. Em síntese, iremos acompanhar o início da jornada amorosa de Apolo.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Os Amores de Apolo - Prólogo


Apolo é meu nome
Afrodite é vingativa
Quem precisa amar?

Parte Única – Apolo POV

Meu nome é Apolo. E mais uma vez, eu sou um deus.

Sim, agora que eu estou de volta em meu legítimo lugar, eu decidi contar algumas histórias minhas a você jovem mortal ou semideus (vai saber se você ainda não foi reclamado por seu pai divino), afinal quem não adora falar de mim? Eu vou te dar o privilégio que nenhum outro mortal jamais teve, você vai ter o prazer de escutar algumas das minhas mais frustradas tentativas de obter o tão sonhado amor… Talvez eu tenha conversado com Percy Jackson e esse tenha me instigado a ser mais relevante, fazer algo que nenhum outro deus jamais havia feito… Contar as suas piores histórias.

Os mortais gostam de dizer que minha vida amorosa foi escrita por um poeta ultrarromântico, viciado em em finais trágicos e repletos de dor. Já meu grande amigo Platão sempre me dizia que o amor verdadeiro residia no “Mundo das  Ideias” e que era inalcançável para todos, até mesmo para mim, o grande Apolo. Plat, como eu o chamava, adorava me usar de exemplo em suas aulas, o deus que mais deixou o amor escapar entre seus dedos… Acho que se ele não fosse tão divertido, eu o teria o reduzido às cinzas.

Para todos aqueles que acompanharam durante minha fase mortal, vocês sabem que eu atraia toda ou qualquer caçamba de lixo que aparecesse em meu caminho e por isso, já está familiarizado com todos os atos de maldade que minha “amada” família divina tem execrado sobre mim… Mas deves saber que todos eles têm inveja da minha incrível beleza, da minha versatilidade e da minha graciosa voz.

Uma coisa é certa, e não importa se você já sabe disso, mas eu nunca tive sorte com o amor… Nunca mesmo. E acho é mais do necessário explicar o porquê disso.

Eu nasci exatamente quatro mil seiscentos e treze anos atrás, na pequena e perfeita ilha de Delos. Delos é considerada até hoje um lugar de peregrinação para todos os meus adoradores e os de minha querida irmãzinha Ártemis também. Isso acontece pois esse é   lugar onde a luz se espalhou pelo mundo… Nomes podem ser poderosos (e meus amigos egípcios podem confirmar isso, se você quiser posso pedir que Hórus converse com você), mas lugares carregam ainda mais poder… Eles podem representar as civilizações e até mesmo os próprios deuses. E Delos, bom, a ilha representa o melhor de mim…

Pouco depois que nasci, minha mãe, Leto, me deu como primeiro alimento o néctar dos deuses, me transformando no que eu sou até hoje… O mais belo de todos os deuses do Olimpo e de todos os panteões também. Mas com esse repentino envelhecimento, eu não tive uma infância nem uma adolescência e talvez por isso, eu tenha cometido um erro com Afrodite, a deusa do amor, da beleza, da sexualidade e de tudo que é bom na curta e frenética vida dos mortais… Falo isso por experiência própria, depois de ter tido três vidas mortais, acho que me tornei uma autoridade no assunto.

Bom, em meu primeiro dia guiando a carruagem do Sol, eu não sabia nem por onde começar. As pessoas haviam me escolhido para ser o novo responsável pelas esfera brilhante e maciça de chamas e meu predecessor, o bom e velho tio Hélio não teve nem a consideração nem de me deixar um bilhete explicando como as coisas funcionavam… E por culpa de Hélio (e não minha), aquele fatídico dia tenha durado muito menos do que ele deveria e isso estragou os planos de muitos deuses.

Mas todos perdoaram o erro de um  deus iniciante. Afinal, todos os nós temos um péssimo primeiro dia de trabalho, você deveria ter visto o primeiro dia de Dionísio… O vinho tinha um gosto extremamente desagradável… Era como se eu estivesse bebendo chorume puro, mas ninguém comentou nada daquilo com o jovem herói, que havia alcançado a imortalidade e se tornado um deus. Ainda no meu primeiro dia, mais precisamente no final dele, eu avistei uma jovem e bela humana. Ela tinha cabelos castanhos e cacheados, usava uma tradicional túnica grega branca e admirava uma falésia de um estreito grego qualquer. Eu nunca soube seu nome, mas eu posso garantir que aquela garota foi a primeira pessoa que teve o meu amor, mesmo que ele fosse um amor platônico e incorrespondido.

No dia seguinte, eu tentei fazer a minha rotação com exatidão. Não me atrasar nem um instante, para não ter que enfrentar a ira dos demais deuses. E eu posso dizer que fui magnífico em minhas obrigações (dando início a minha era da perfeição solar). Porém, iludido com o amor, eu terminei o dia na mesma falésia da noite anterior, esperando uma garota que nunca apareceu. E por causa desse amor vazio, eu passei a noite em claro, observando as servas de Ártemis trabalharem incansavelmente.

Já em meu terceiro dia de trabalho, eu não havia descansado nem um instante da noite anterior e por isso, decidi sair mais cedo. Foi muito interessante espantar a escuridão da noite e ver as trevas se recolherem antes da hora. Aquilo me deu esperança de encontrar a garota mais uma vez. Quanta ilusão de um jovem deus apaixonado. A única coisa que encontrei fora do comum foi Afrodite. E Ares. Fazendo o que eles mais adoram fazer as escondidas. Sim, eles estavam fazendo sexo selvagem no meio da floresta (acho que essa ideia poderia virar um Haicai). E minha carruagem do Sol os iluminou, permitindo que todos os Olimpianos pudessem ver o que eles faziam. E foi assim que todos ficaram sabendo do adultério mais conhecido na história grega.

Eu passei anos tentando me esconder de Afrodite, mas como dizem, o rancor é um espinho cravado no coração e o coração é apenas um eufemismo criado por vocês, humanos, para se referir ao trabalho da maligna deusa do amor. Esse tal rancor é um sentimento que envolve uma raiva um tanto significativa, constante e indissipável, pelo menos até que a sede de vingança seja saciada. E eu posso garantir que a Afrodite nunca está satisfeita, ela sempre quer mais. Por esse motivo, a deusa do amor me perseguiu por dois séculos, destruindo toda e qualquer chance de amar e ser amado que eu já tive. Até que um dia eu cansei de me esconder e resolvi aceitar o que a maldita deusa do amor impusesse a mim. Mal eu sabia que o que ela havia planejado.

Quando eu a encarei, sob a luz e a proteção da Lua… de minha irmãzinha, Afrodite tinha um olhar sádico em sua constantemente metamorfoseada face. Seus olhos, cabelos, lábios e até mesmo a pele mudavam constantemente, sempre buscando se adaptar ao conceito de belo de quem a observava. Mas mesmo ali, apenas diante de mim, Afrodite não assumia uma forma única. Talvez ela estivesse tentando me tentar, assim como ela fazia com todo e qualquer deus ou mortal em seu caminho.

- Apolo, meu querido Sol - disse a deusa do amor, claramente tentando ser irônica - Você acabou com meu único refúgio. Agora eu não posso fugir do meu tonto e horrendo marido.

- Como você deve saber foi um acidente - eu tentei me explicar - Não precisava me perseguir por dois séculos.

- Não me importa Apolo, eu sou a deusa mais antiga do Olimpo e meu poder transcende os demais por vir direto de Urano - disse ela, fixando seus olhos multicolorido nos meus - E é por isso que você vai me pagar.

- Eu tenho algumas dracmas por aqui, se você quiser - falei, tentando zombar daquela ameaçadora e antiga deusa - Mas nada que ajude muito.

- Você não leva nada a sério, garoto - resmungou Afrodite - É por isso que vou tornar a sua vida amorosa interessante… Interessante para mim, é claro.

A deusa em minha frente disparou risadas ininterruptas, fazendo com que eu me estremecesse inteiramente diante dela.

- O que você considera interessante? - perguntei, inocentemente.

- Você verá - respondeu Afrodite, desaparecendo da minha frente como um passe de mágica… Literalmente magia, coisa que eu só aprenderia depois de algumas eras de trabalho divino.

Tendo aquele obstáculo sido superado, meu jogo de perseguição ao tão sonhado amor começou. E eu joguei esse jogo tantas vezes, que inspirei a criação do famoso jogo de tabuleiro, e é claro que perdi todas as vezes que joguei. Meus amores quase sempre eram sempre arrancados de mim, como se fossem nada. Mas às vezes eles me abandonavam ou recusavam estar diante da minha presença, como se eu não significasse mais nada. Uma coisa posso garantir, eu nunca tive alguém que esteve ao meu lado por muito tempo, nunca tive uma esposa imortal, nunca tive um amor verdadeiro, duradouro e recíproco…

Talvez eu tenha tido grandes paixões, mas todas elas terminaram em tragédias… E é isso que eu estou me dispondo a contar a você… Espero que seja do seu agrado, mas caso não seja, os cavalos solares sempre precisam de um lanchinho noturno, para recuperar as energias gastas durante a desgastante rotina do Sol.

Bom, isso é tudo, por hoje. Até a próxima, jovem mortal. 


Notas Finais


Obs: Meus Haicai's são terríveis, eu sei... Mas estou tentando melhorar.

Espero que tenham gostado desse capítulo. E caso, comentem, tentarei responder o mais rápido possível.

O próximo capítulo já está escrito e pretendo lançá-lo no próximo sábado. Ele focará no primeiro grande amor de Apolo, Dafne.

Acho que irei esperar por vocês no próximo...


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