Já fazia alguns dias que Thousand Sunny estava fora dos mares que rodeiam Wano, o que significava que o povo do país já se encontrava livre e os Mugiwaras à procura de uma nova aventura.
E finalmente chegou o momento que todos estavam esperando: As novas recompensas do bando!
Os pássaros brancos e com um bicos gigantes voaram sobre o navio dos chapéus de palha e deixaram cair um jornal junto com todas as recompensas ali.
Luffy e Nami, que viram os albatroz passar, chamaram o resto do bando e todos eles vieram correndo ver.
— Droga! Pegaram o meu rosto de novo e… SUBIU MUITO!! Alguém me ajude~ — Usopp se jogou no chão, triste e feliz ao mesmo tempo.
— Ara! É mais do que eu esperava. — Comentou Robin olhando para seu próprio cartaz.
— Onde está o meu, Nami-san? Espero que não seja um desenho ridículo de novo, ou pelo menos tiraram aquele sobrenome estúpido.
— Deixa eu ver… Sanji-kun, Sanji-kun… Aqui!
Ao olhar para o cartaz, Nami paralisou e ficou um silêncio estranho ali.
— Nami-san?
— S-S-Sa-San-Sanji-k-kun… Você… vo-você…. — Ela gagueja enquanto sua pele começa a tomar uma cor avermelhada.
— Aí, desembucha, Nami! — Pede Usopp, sem paciência.
— S-Sanji-kun… O s-seu cartaz… B-bem… — E virou o papel para o cozinheiro ver…
Roronoa Zoro estava despreocupado.
Desde que saiu do país de Wano, não se importava com outra coisa além de beber e dormir, afinal ele merecia, e muito!
O espadachim estava deitado em uma das beliches no quarto dos meninos, dormindo profundamente e provavelmente sonhando consigo mesmo nadando em um rio de saquê.
Foi quando um loiro extremamente escandaloso invadiu o cômodo gritando e o chamando por todos os nomes ruins que conhecia.
— ZORO!! Acorda seu marimo cachaceiro, filho da puta, arrombado, idiota, imbecil!!
Zoro acordou imediatamente achando que era algum inimigo.
E realmente era. O inimigo do seu sono!
— Ãh?! Ah, é só você, Cook. O que foi? Não fui eu quem bebeu a última garrafa de saquê, tá? Já tava vazia quando eu peguei.
— NÃO É ISSO, CABEÇA-DE-MATO SEM NENHUM NEURÔNIO!!
— Ah, então me deixa dormir, ô da sobrancelha!
— Roronoa Zoro!! Olha isso!! Nossas recompensas chegaram e…!
O cozinheiro levantou seu cartaz e o de Zoro para que o espadachim compreendesse.
— EEEEEEEEHHHHHHH??!!!!!!
— Exatamente, idiota!! Eu disse pra você não vir de gracinha naquela hora!!
— Ãh?! Tá jogando a culpa pra cima de mim?! Eu não vi você reclamar na hora!!
O problema daqueles cartazes? Bom, a foto de ambos era os dois idiotas se beijando de uma maneira… quente, por assim dizer.
Ninguém mandou ser descuidado.
— Ishishishishi!! O fotógrafo realmente pegou vocês, hein!
— CALA BOCA! — o casal gritou junto.
Agora, todos estavam reunidos no aquário do Sunny, afim de conversar com os companheiros que foram pegos no flagra.
— Eita, quando que foi isso aqui? — Questiona Chopper segurando um dos cartazes na mão.
— Chopper, não fique olhando para isso, certo? — Robin arrancou o folheto de suas patinhas.
— Mas vocês, hein. Podiam pelo menos ter encontrado um lugar mais discreto, né? — Diz Usopp com os braços cruzados.
— Foi o que eu disse! MAS ESSE IDIOTA CABEÇUDO, não ligou!
— Eu tentei, mas UM CERTO ALGUÉM, ficou empolgado rápido demais e não dava pra sair mais dali!!
— Vocês estão sendo suuuper detalhistas!
— Ahahahaha! Vocês realmente são um bando divertido, hein! — Jinbe comentou em meio aos risos.
— Eu quem o diga, mal cheguei aqui e já descobri um segredo e tanto. — Yamato riu ao finalizar a frase.
— Queriam tanto esconder e agora o mundo todo sabe! Yohohohohohoho!!
Zoro e Sanji se arrepiam só de imaginar.
— Ah, meu Deus… O que o velhote vai pensar de mim? Que sou um sem vergonha?!
— Ah, cala boca! Imagina o que o Mihawk vai pensar de mim! Ou as crianças do Dojo… AAAAHH!! Eu vou matar um certo fotógrafo!
O loiro suspira.
— Olha, eu cansei de falar nisso. Tenho que fazer o jantar. — O loiro acende um cigarro e caminha para fora do cômodo em silêncio.
Zoro, por outro lado, estala a língua e vira o rosto, sem ter muito o que fazer.
Cozinhar naquele dia estava sendo um inferno!
Pegou alguns tomates e uma faca, cortando-os em uma tábua de madeira, crente de que poderia esquecer o ocorrido de mais cedo caso enfiasse sua cara em suas tarefas do navio.
Porém, naquele momento, só tinha a vontade de enfiar sua cara dentro de uma panela com água fervente e nunca mais precisar tocar naquele assunto de novo!
Agora todos sabiam do segredinho de Sanji. E tudo por culpa daquele idiota!
Claro, os dois já haviam conversado de contar para o bando sobre o “relacionamento” deles, mas não desse jeito. Ah, com certeza não!
Sanji pegou um pepino e pensou por alguns segundos olhando para ele… era grande, grosso e fazia lembrar de algo que não queria naquele momento.
E então meteu a faca naquele maldito legume!
— A-ai! Isso foi pra mim? — Questiona Zoro ao entrar na cozinha.
— Oh, como adivinhou, Marimo?! — Sanji pergunta de volta, com uma veia pulsando para fora da testa.
— Sei lá, só senti…
Sanji revirou os olhos e voltou a fazer o que estava fazendo, ignorando a presença do outro atrás de si.
Zoro, como o espadachim sem vergonha que é, caminhou em passos lentos até o loiro e colocou seus braços em volta de sua cintura, dando-lhe um abraço.
— Tsk! O que você quer, filho da puta?! Não vê que você é o culpado disso tudo?! — Sanji tenta afastá-lo com uma cotovelada, mas não dá certo.
— Hm, mas que porra! Até parece que foi só eu, você deixou!
— Eu não deixei, você que veio sem perguntar! — Desistiu de empurrar o espadachim e continuou cortando os legumes.
— Até parece! Eu não ia fazer nada com você sem o seu consentimento. Sua boca nega, mas seu corpo entrega tudo.
Sanji sentiu o rosto explodir em vergonha.
— N-nã-não diga besteiras, imbecil! Eu avisei que alguém podia estar olhando!
Zoro soltou um suspiro pesado e colocou seu queixo sobre o ombro alheio.
— É tão ruim assim saberem sobre a gente?
Oh, essa frase acertou em cheio o cozinheiro.
— Não é isso, idiota… Só não estava preparado ainda, você sabe. A gente tava planejando contar pro bando faz um tempo, né? Mas só pra eles, não pro mundo inteiro!
— E qual o problema do mundo inteiro saber? Por mim, o universo todo deveria saber que você é meu.
Silêncio~...
— D-desde quando você sabe dizer essas coisas bonitas, Marimo?! — Berrou empurrando Zoro para trás de novo, desta vez, mais envergonhado ainda.
O esverdeado riu.
— Sei lá. Mas eae… — Fez o loiro deixar a faca ali e colocou as mãos em sua cintura para virá-lo de frente para si. — O que a gente faz agora? — Deu um selinho nele.
— Zoro, agora não, eu tenho que fazer o jantar.
— O-o que? Eu tô falando dessa situação, besta. Olha só, depois fala que sou eu!
— A-ah, certo… Bom, a única coisa que podemos fazer é seguir nossas vidas, matar o fotógrafo não vai apagar aquela imagem da cabeça das pessoas.
— Pois é, infelizmente. Então, só vamos confirmar pra todo mundo e acabo?
— É o que nos resta. — Sanji riu e sorriu, colocando seus braços em volta do outro e o puxando para um beijo.
Zoro retribuiu o ato rapidamente, levantando o cozinheiro e ficando no meio de suas pernas enquanto o beijo esquentava.
Alguns segundos depois, um flash iluminou a cozinha e o casal olhou para a pequena janela redonda da porra, assustados.
— Ishishishishi! Ficou boa! — Luffy disse lá de fora.
— Fufufufufu, quanto será que a marinha paga por essa nova foto? — Nami questiona retórico, com o seu famoso olhar psicopata por dinheiro.
— Hihihi, acho que bastante, viu! — Usopp afirmou com um sorriso tão diabólico quanto.
Zoro larga Sanji na cozinha e saca uma de suas espadas.
— ORA, EU VOU MATAR ESSES DESGRAÇADOS!!
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