OS CAVALEIROS DO ZODÍACO
Retribuição
聖闘士星矢 リターン
CAPÍTULO 1 – PRÓLOGO DO CÉU
Fazia um ano desde a queda dos cavaleiros de Bronze, Apollo esmagou o matador de Deuses Seiya, e os cavaleiros de Bronze foram presos um a um em diferentes partes do mundo; uma prisão tão poderosa que nem mesmo uma gota de cosmo poderia ser emanada de dentro da prisão, nem mesmo Apollo poderia fazer algo sobre a prisão criada especialmente pelo pai dos Deuses, para aquele que matara seu irmão. Seiya mal conseguia ficar de pé dentro da cela, era uma sala pequena em forma de círculo, havia apenas uma escadaria central que dava até a porta da saída, a menos que a mesma estivesse aberta era impossível enxergar a escada ou qualquer coisa que estivesse na sala. Seiya não sabia nem mesmo onde estava, a última cena da qual se lembrava era a de seu ataque deferido contra Apollo. A porta se abriu e uma pessoa descia lentamente as escadas até Seiya.
- Seiya, Seiya... Pode me ouvir? Eu lhe trouxe comida – disse a pessoa coberta por um manto, sem mostrar seu rosto.
- Essa voz... É você Esmeralda? – reconheceu Seiya.
- Sim, sou eu... Seiya, você tem que comer algo! – A jovem garota tirou seu capuz e mostrou o belo rosto que tinha, além dos cabelos verdes e olhos esmeralda, talvez por causa disso tivesse aquele nome.
- Onde está Athena? Eu quero ver Athena! – quis saber Seiya, se arrastando até a grade, ficando de frente com Esmeralda.
- Eu já disse Seiya, eu não sei onde está Athena... Acredito que ela nem esteja mais entre nós... Mesmo depois de tanto tempo Zeus ainda está muito irritado com tudo o que aconteceu – contou Esmeralda.
- Eu não ligo para o que Zeus pensa, eu só quero a Saori! – disse Seiya com dificuldade.
- Seiya... Por favor, você tem que parar, o golpe que Apollo te deu não vai sarar enquanto Zeus não quiser. E você não conseguirá sair dessa prisão, mas ainda acredito que ele possa deixar seu corpo se curar, mas se continuar com essa atitude ele jamais ira te perdoar – disse Esmeralda aflita.
- Esmeralda, eu preciso saber o que aconteceu... – pediu Seiya.
Esmeralda ficou observando Seiya por alguns minutos, então se levantou e partiu. Ao sair pelas escadarias, logo ao passar pela porta, era como se tele transportasse para outro lugar; para um corredor dentro de um palácio enorme, local esse que nenhum ser humano conseguiria alcançar, o templo de Apollo. Um dos maiores monumentos presentes no monte Olímpio, junto dos templos de cada deus. Esmeralda foi andando pelos corredores até chegar a uma sala aberta, no centro havia uma cadeira e na mesma estava o próprio deus do Sol, Apollo.
- Lorde Apollo... – disse Esmeralda, fazendo uma reverência.
- Vejo que gosta de fazer companhia ao nosso preso... Não é mesmo, Esmeralda? – sugeriu Apollo calmamente.
- Senhor, porque o mantem aqui? Porque não o mata logo de uma vez... – quis saber Esmeralda.
- Esmeralda... Sabes que não deve julgar a decisão de nossos superiores. Então por que continua a questionar minha decisão... – indagou Apollo.
- Mas lorde, por que tanto apego por Pégaso? O senhor pediu pessoalmente para que Zeus o prendesse aqui, por quê? – insistiu Esmeralda eufórica.
- Aquele desgraçado! Ele ousou matar um deus, ele ousou machucar meu rosto... Ele irá chorar por perdão. E então aí eu o matarei pessoalmente. – Pensou alto Apollo inundado de raiva e vingança.
- E quanto a Athena senhor, o que aconteceu com ela? – continuou a perguntar Esmeralda, que estava de cabeça baixa.
- Você é mesmo muito tola. Athena está presa nas ruínas de seu lar. No santuário. Ela teve muita sorte de Zeus não a ter matado – contou Apollo. Logo ele se levantou e sem explicações se retirou do local.
Esmeralda se retirou para seu quarto, onde ficou por horas pensando seriamente em tudo o que acontecera na terra, que originalmente era seu lar; o lar do qual Apollo a retirou ainda pequena. Se Apollo ou Ártemis assumisse a terra coisas terríveis aconteceriam aos humanos que ainda viviam lá. Nesse momento veio em sua mente uma possível resposta do porquê Apollo se interessava tanto por Seiya, talvez ele pudesse ser uma ameaça aos planos de Apollo. Esmeralda saiu de seu quarto às pressas e foi para onde Seiya estava, colocou-se de frente para a cela, com um simples recitar de palavras a cela se abriu.
Seiya ficou olhando-a atentamente, talvez tivesse chegado sua hora, e Esmeralda veio levá-lo, porém nesse momento Seiya percebeu que poderia emanar seu cosmo, já que a barreira mágica da cela foi rompida.
- Não emane cosmo, Seiya... Ou Apollo nos achará – aconselhou a jovem.
- Então você não veio para me matar? – perguntou Seya confuso.
- Não, eu vim para lhe libertar Seiya – esclareceu Esmeralda.
- Por que está fazendo isso Esmeralda? – Ainda sem entender os motivos da jovem, Seiya pensou ser algum tipo de armadilha.
- Eu odeio Apollo, ele me tirou da minha família e agora ele quer destruir minha antiga terra... – contou Esmeralda aflita. - Seiya, os deuses estão agindo de maneira incompreensível nos últimos anos, você precisa encontrar Athena e impedi-los.
Seiya olhou bem nos olhos de Esmeralda e então segurou sua mão.
- Esmeralda obrigado! Eu irei achar Athena e pôr um fim em tudo isso, mas como sairemos daqui?
- Existem dois planos, o mundo dos Deuses e o dos mortais. Em ambas existem passagens que atravessam este plano, tem uma dentro deste templo, porém não sei onde ela irá dar – explicou Esmeralda.
- Se eu estiver na terra acharei um meio, mas como chegamos até essa passagem? – disse Seya pedindo mais explicações.
Esmeralda pegou o braço de Seiya e saiu correndo pelos corredores do templo de Apollo, começaram a descer escadas e passar por mais corredores. Até chegarem ao ponto mais fundo do Templo. Chegando a uma sala, tudo que havia no local eram pilares e uma porta fechada.
- Está é a passagem Seiya, espero que tenha sorte. Por favor, não morra... E lembre-se: a terra não é mais a mesma que você um dia conheceu – avisou Esmeralda.
- Eu prometo Esmeralda, eu te libertarei desse monstro. - Seiya colocou a mão na maçaneta da porta e então, antes mesmo que a pudesse a abrir das sombras vários guerreiros escuros como sombra apareceram. Eles não usavam armaduras, mas sim uma roupa de combate. Havia oito guerreiros na sala, estavam quietos e imóveis. Ouviam-se passos vindos da escadaria, logo mais uma pessoa adentra a sala; um cavaleiro com uma armadura laranja e preta que usava uma máscara branca. Esmeralda arregalou seus olhos, e caiu de joelhos lamentando.
- Raziel... – disse Esmeralda chorando.
- O que foi que aconteceu Esmeralda? – perguntou Seiya olhando para Raziel.
Em um piscar de olhos Raziel estava atrás de Seiya, estavam de costas um para o outro. Rapidamente Seiya girou seu corpo para tentar acertar Raziel, que bloqueou seu golpe, seus braços se chocaram criando uma onda de poder que estremeceu o local onde estavam. Seiya se afastou de seu inimigo.
- Eu sou Raziel, líder do exército das sombras de Apollo. Não deixarei que fuja Seiya. – disse o Cavaleiro Mascarado.
- Como você soube que eu iria libertar Seiya? – perguntou Esmeralda atônita.
- Você subjuga a inteligência de nosso deus Apollo, desde que Seiya veio a este plano, ele desconfia de suas intenções Esmeralda. Por isso mandou as sombras te seguirem onde quer que você fosse – revelou Raziel.
- Não vou deixar que fique no meu caminho – falou Seiya partindo em direção à Raziel.
Nesse momento as sombras atacaram Seiya, que desviou de alguns golpes, mas ainda sim eram muitos inimigos. Seiya tentava bloquear os golpes o quanto podia e deferia vários ataques que pareciam não fazer efeito em seus inimigos; Seiya lutava corpo a corpo com os adversários e com uma sequência de três golpes rápidos ele conseguiu derrubar uma das sombras. Mas antes mesmo que pudesse deferir mais algum Seiya foi completamente espancado pelas outras sombras. Raziel olhava quietamente o confronto.
- Seiyaaaa! – gritou Esmeralda. Nesse momento Raziel fez um sinal para que as sombras parassem o ataque e olhou atentamente o corpo de Seiya no chão sangrando.
- Por que... Por que se preocupa tanto com um reles mortal, Esmeralda? Acredita mesmo que ele vale mais que sua vida? – perguntou Raziel olhando para Esmeralda.
- Ele tem mais honra que qualquer um de vocês deuses, semideus ou qualquer um que seja – respondeu Esmeralda enquanto caminhava para perto do corpo de Seiya. – Vamos Seiya, reaja! Você disse que não iria morrer, você precisa achar a Saori, você precisa impedir tudo isso.
Seiya começou a se esforçar para levantar, até se colocar de joelhos. Esmeralda estava ganhando tempo, na tentativa de achar alguma maneira de ajudá-lo.
- Seiya, preste atenção! Você não terá muito tempo, conseguirei uma brecha para você passar – informou Esmeralda em um sussurro. Pôs-se de pé e então correu em direção a Raziel; em um piscar de olhos ela o agarrou com todas as suas forças. – Agora Seiyaa, fuja! – gritou Esmeralda segurando Raziel.
- PARE Esmeralda! Não faça isso, sabe que sou incapaz de te machucar! – vociferou Raziel. Nesse momento Seiya se colocou a correr com todas as suas forças em direção à porta da passagem. Todas as Sombras se colocaram a frente de Seiya, que sem outra alternativa, elevou seu cosmo ao máximo que era possível.
- Cometa de Pégaso! – gritou o Cavaleiro de bronze, deferindo um enorme golpe cósmico nas sombras a sua frente. Seiya rapidamente pula em direção à porta da passagem, derrubando-a, e antes mesmo que Raziel pudesse fazer algo ele deferiu outro golpe que derrubou as paredes da passagem atrás dele, fazendo com que fosse impossível segui-lo.
Agora Seiya estaria sozinho, não teria mais volta para o palácio de Apollo. Mas ao mesmo tempo era impossível saber aonde aquela passagem iria levá-lo, era uma escadaria enorme que somente descia. O cavaleiro de bronze a continuou por um tempo parecia não haver mais fim. Após algum tempo Seiya viu uma porta logo à frente, era o fim da escadaria, ele parou em frente à porta, e cuidadosamente ele a abriu. Dava em uma sala vazia e bem iluminada, havia quatro estátuas de Apollo na sala, talvez fosse um daqueles templos de adoração aos Deuses que havia na terra. Seiya entrou na sala e fechou a porta, e ao se virar ela já não estava mais lá, agora era definitivo, não haveria mais volta. Seiya se colocou para frente na tentativa de dar mais alguns passos até a porta, mas acabou desmaiando.
No templo de Apollo, Esmeralda foi capturada e levada a presença de seu Deus. As sombras ficaram nos cantos da sala central onde estava o trono, Esmeralda estava posta de joelhos e com as mãos presas por correntes. Ao lado dela em pé estava Raziel e em um simples piscar de olhos, lá estava Apollo sentado em seu trono. Olhava fixamente para Esmeralda, sem demonstrar nenhum tipo de emoção. Por um momento levou a mão a seu rosto e disse.
- Esmeralda! Em algum momento eu já esperava que você fosse me trair, só não esperava que conseguisse sucesso – falou Apollo, direcionando o olhar para Raziel, que ao perceber colocou-se imediatamente a se explicar.
- Senhor, tínhamos tudo sobre controle, nem mesmo eu esperava que Pégaso escapasse – explicou Raziel.
- Isto porque você é um tolo apaixonado, Raziel, se não fosse esta fraqueza que sente por Esmeralda teria a matado e depois a Pégaso – rebateu Apollo sem piedade.
- Mas senhor, Esmeralda é... – Antes mesmo que Raziel pudesse terminar, Apollo o interrompeu.
- CALADO RAZIEL! Mandarei você para o mundo dos humanos e não ouse regressar sem Pégaso – proferiu Apollo em tom de ameaça. Em seguida se levantou enfurecido direcionando seu olhar para Esmeralda. – Torça para que Pégaso demore a ser encontrado, pois você não morrerá a menos que seja na frente dele – disse Apollo. Raziel encarou para Esmeralda, que olhou fixamente para Apollo.
- Seiya irá te matar, Apollo, e você não pode fazer nada pra impedir isso – vociferou Esmeralda olhando fixamente para o deus. Apollo mudou completamente sua face, seu ódio deu lugar a um sorriso de escárnio. Ele esticou sua mão e com um feixe de luz transformou Esmeralda em pedra.
- Veremos quem irá morrer garota tola – falou Apollo enquanto se retirava da sala do trono.
Raziel imediatamente chamou um grupo de sombras e começaram os preparativos para partirem para o mundo dos humanos. E em algumas horas tudo já estava pronto, eles se reuniram novamente na sala do trono, Apollo abriu um portal que ligava os dois planos. Raziel e as sombras atravessaram e do outro lado estava o templo de Athena e em sua frente Ártemis, a deusa da Lua - que foi colocada na terra por seu irmão Apollo, enquanto decidiam de quem seria a terra.
- Senhora ... – disse Raziel, enquanto fazia a reverência.
- Achem Pégaso e levem-no de volta, se for necessário matem-no – ordenou Ártemis friamente. Nesse momento Raziel passou a ordem às sombras que desapareceram a procura de Pégaso.
- Sinto que Pégaso possa querer vir para o santuário, então esperarei por aqui, se a senhora não se importar – sugeriu Raziel. Ártemis virou as costas ignorando o cavaleiro, indo em direção a seus aposentos.
Ártemis se sentou na cadeira de seu aposento pensando se seria possível mesmo que Pégaso viesse até o santuário, este ato seria um suicídio. Ainda mais para um cavaleiro sem armadura como Seiya. Talvez fosse o melhor a acontecer, afinal eles poderiam matar Seiya e acabar logo com tudo isso.
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