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História Os Filhos do Olimpo - A Espada dos Deuses - A captura de Hades


Escrita por: ricktheu

Capítulo 3 - A captura de Hades


CAPÍTULO II

 

A captura de Hades

 

O homem encapuzado olhava para um espelho friamente e com ímpeto, como se aguardasse algo. Três pessoas sentadas numa longa mesa olhavam para ele. O ambiente era maligno e mal iluminado. Uma lareira crepitava chamas alaranjadas e pouca luz penetrava por buracos nas paredes ou por frestas nas cortinas cinza. Todos estavam apreensivos, mas o senhor de pé que observava o espelho de prata na parede, logo acima da lareira estava muito mais. Era como se sua vida fosse depender do resultado daquela situação. Ele temia. Algo estranho, pois aquele era Phobos – a palavra fobia deriva de seu nome – o deus do Medo.

Sua pele era fosca e sem vida. Seu rosto era magro e sem nenhum pelo. Os olhos eram totalmente negros e as narinas eram ofídicas e malignas. A boca era fina e maliciosa. Os dedos longos e magros tinham unhas pontudas e desenhos e sigilos adornavam o abdômen do deus.

- Milorde – disse um homem sentado. Era um homem forte, de idade um pouco avançado. Devia ser um antigo general, pois seu corpo era musculoso e havia várias cicatrizes de batalhas. Vestia uma armadura cinza com desenhos e uma faca estava em sua cintura.

- Calado Teseu! – bradou Phobos – Lorde Cronos está tentando entrar em contato. – e se virou para o espelho. – Lorde Cronos!

Um rosto tremeluziu na prata. O fogo mudou de laranja para verde e o ambiente ficou mais lento e pesado.

- Quem me chama das profundezas do Tártaro? – rosnou o rosto.

- Temos noticias Milorde. – encurvou-se mostrando reverência.

- Diga Lorde do Medo! – murmurou Cronos.

- A Espada foi encontrada e está a caminho. Graças a sua espiã, conseguimos achar o esconderijo da Espada. Com algumas revelações dela, demos muitos avanços.

- Hum, ótimo! – disse Lorde Cronos com um sorriso malicioso. Um sorriso de vingança e esperança. Esperança de reaver o lugar de Soberano do Universo, usurpado por seu filho, o Senhor Zeus, aliado a seus irmãos Hades e Poseidon. Algo que ele próprio, Cronos, havia feito. Quando o Senhor dos Titãs era jovem, ficou trancado numa cela no ventre de sua mãe Gaia por seu pai, Lorde Urano, o Céu. Mas num dia sublime na vida dele, sua mãe fez uma foice de aço e cortou o próprio ventre e entregou ao filho varão mais corajoso. Apenas Cronos teve coragem de sair e ir confrontar o pai. Pegando a lâmina maldita, ele chega até o lugar fatídico, ele castra seu pai como ato de vingar sua mãe e corta a garganta dele como sinal de destronamento. E assim ele se tornou o Rei dos Titãs e senhor do mundo.

- As tropas de centauros estão se reunindo em Delos. A Quinta Corte está em Corintos. O que devo fazer com as outras tropas e com a minha Corte? – perguntou Phobos ansioso para receber a ordem de liberar seus lacaios para destruir o Olimpo.

- Coloquem todas as tropas espalhadas por toda Grécia. Quero uma unidade em cada cidade, um servo em cada vilarejo. Desta vez, Zeus cairá e nunca mais retornará. O Tártaro será seu descanso final – indagou Cronos com sua voz retumbante. -E quanto a Primeira Corte, ela não te pertence. Eu sou o Senhor de Tudo e Todos. Eu coloquei você para gerir pelo tempo em que eu não retornar. – ele fez o deus do medo urinar nas calças – Culpa de sua gestão pífia.

- Mas Milorde! Estamos muito adiantados. As oferendas já estão com as Irmãs. A Prisão será arrombada e destruída e muitos servos sairão. E agora com a Espada, seu retorno será concreto.

- Mas não conseguiram meu Campeão. Eu quero um filho do Olimpo! Ele será meu general, meu braço direito e comandará meus exércitos. Onde está o garoto da profecia?

- Estamos procurando senhor, mas o rapaz que libertou você do sono pode ser ele. Ele descende dos deuses e é forte.

- Não é ele! EU QUERO O MAIS FORTE FILHO DO OLIMPO. – sua ira emanava – A sua missão agora é ir até as Irmãs e descubra quem é o garoto e encontre-o. E traga-o sem ferimentos para mim. Reúna a Primeira Corte e leve os melhores presentes. Quanto as tropas, mande um terço para Atenas, um terço para Micenas e deixe uma parte aqui, protegendo o meu lugar de renascer. E tu, irás para Delfos. E barganhará com elas.

E saiu, deixando as coisas como estavam. O tempo fluía normalmente, o fogo crepitava em sua cor natural.

- Ouviram? – rosnou Phobos para as três pessoas sentadas. – Mexam-se. Teseu, reúna as harpias e sátiros e vão para Micenas, depois volte e proteja o lugar. Hécate vá para Micenas e conversa com Morfeus. Deixe-o a par da situação. E você, minha cara Nêmesis, ficará aqui com Teseu e com os criados protegendo aqui até que o Templo esteja pronto.

- O que? Eu não vou ficar com esse mortal imundo! Você não manda em mim, Phobos. Acha que tenho medo de você? – disse uma mulher audaciosa de cabelos cinza e vestida toda de armadura de ferro negro. Ela portava uma espada longa na cintura. Sua expressão era séria e vingativa. Como convinha à deusa da Vingança.

Phobos a encarou e lançou um olhar penetrante. Seus olhos ficaram totalmente vermelhos e imagens aterrorizantes penetraram na mente da deusa, urrou reclamando.

- Devia ter. Agora obedeça! Eu mando aqui enquanto Milorde não retorna. – ele andou até a porta e encarou.  – Vamos, tenho que achar essa criança para Cronos ou todos morreremos.

 

Sem saber desse complô e desses eventos sinistros, Zeus marchava com sua horda celestial no Inferno, indo confrontar seu irmão tirano, Lorde Hades.

As tropas de sentinelas Olimpianas andavam em sincronia e Zeus ia a frente com sua biga dourada levava por dois corcéis brancos de crinas amareladas. Seus filhos deuses Ares, Apolo e suas filhas Ártemis e Atena iam ao seu lado, cada qual com seu exército próprio, sendo que o Exército da Justiça – comandados por Lady Atena era o mais numeroso.

- Pai, vamos conversar com Hades. – pediu Atena à Zeus. Ela era uma mulher elegante e bela. Tinha um rosto severo e olhos cinzentos. Seus cabelos longos e castanhos estavam escorridos até a cintura. Vestia uma armadura dourada perfeitamente ajustada ao seu porte físico atlético. Duas espadas cruzadas estavam presas em sua cintura e uma aljava de flechas em suas costas.

- Não Atena! Ele é o culpado. – rosnou Zeus insanamente. – Sua madrasta disse que sentiu uma energia do Mundo Inferior na Câmara. Foi Hades. Só eu, Poseidon e ele sabiam onde ela estava guardada.

- Mas pai, nenhum deus pode entrar no Olimpo sem que o senhor saiba. E a sua lei é clara. Não se pode roubar símbolos de poder de outros deuses. – tentou apaziguar – Neste caso, a Espada é propriedade do Olimpo, sendo assim, sua propriedade.

- É claro que ela é minha! Eu sou o Senhor do Olimpo. – brandiu Zeus esporeando seus cavalos. – Eu a criei na Grande Guerra. EU.

- Com ajuda de Hades e Poseidon. – lembrou Atena. Aquela era a única deusa que tinha certa ousadia e intimidade para falar e contradizer Zeus. Talvez por ser a mais sábia ou por ser a filha favorita de Zeus. Afinal, ela nasceu exclusivamente de Zeus, saindo de uma ferida no crânio do Pai dos Céus. Ela era cria dos pensamentos e do conhecimento dos deuses. Era a deusa da Sabedoria e da Justiça. Da Guerra e do Conhecimento. – E também amado pai – ela usava as palavras com cuidado para acalmar Zeus – se Hades a pegou, deve ter algum motivo que não podia contar com a ajuda dos Olimpianos. É por isso que peço, reconsidere este ataque. Convoque Hades para um Conselho Olímpico. Assim todos nós conversaremos e saberemos o que fazer agora sem a Espada e como vamos recuperá-la.

- Não minha cara. O Conselho acontecerá, mas sem Hades. E eu não pretendo matá-lo. Não agora. – disse Zeus com furor. Sua barba estava cinzenta e trovões cortavam os ares. Seu Raio-Mestre estava faiscando e sua cólera estava potente. – Vou levá-lo e obrigá-lo a revelar quem ele usou para pegar a Espada. E quando ele revelar, a sentença será dada. E a lâmina da salvação retornará e o ladrão e Hades terão suas punições. O Conselho será com outra finalidade. – uma expressão fria se formou no rosto de Zeus ao olhar para o Castelo de Hades e ver seu irmão na sacada, vestido com seu manto negro e seu Elmo das Trevas e outra arma divina recebida na Grande Guerra.

Atena olhou para o pai e calou-se. Viu que nada mudaria a decisão de Zeus. Mas algo a inquietava. A sentença que cairia sob Hades. O que Zeus pretendia para o irmão? E qual seria o motivo do Conselho se não sobre o roubo da Espada dos Deuses?

Os deuses, heróis e monstros iam marchando velozmente, deixando para trás os Campos do Elísio – o lugar para onde os justos e bons iam após a morte. Era um lugar paradisíaco com três ilhotas onde os justos viviam a eternidade com prazer e alegria – passando pelos Campos de Asfódelos – para onde iam os que nem foram justos, nem ímpios. Para aqueles que não tinham honra, mas não eram desonrados. Lá vagavam eternamente num campo de trigo sem saber o que eram e o que faziam. Perdiam toda essência e eram espíritos a vagar.

- Hades! Hoje você vai pagar por todos seus pecados, meu tio. – berrou Ares, o deus da Guerra e da Carnificina. Aquele era um homem bruto e valente, de cabelos ruivos brilhantes que pareciam estar em chamas, olhos vermelhos e pele cor de cimento. Era musculoso e imponente e colocava medo em qualquer soldado grego – exceto os espartanos com você verá no decorrer deste relato. Ele segurava uma lança dourada manchado de sangue. Sua armadura era hibrida, com parte de ferro e outras de couro.

Ele era um deus insano e sádico. Não que fosse o único. Mas ele tinha prazer em matar e torturar. Fazia guerra e rixas com outros deuses por nada e apreciava mulheres submissas e belas, e isso levou a cama de várias deusas como Hécate, Deméter, mas a principal foi Afrodite, a deusa luxuriosa e sensual era a maior amante do Guerreiro do Olimpo.

Os carros de guerra pararam no portão negro do Palácio. Sentinelas infernais guardavam o Lar de Hades. Mortos-vivos e legionários amaldiçoados estavam de prontidão para proteger o Senhor das Almas. Mas isso não era páreo para Ares e Apolo, dois deuses Olimpianos.

Com uma flecha de luz e um golpe de lança, os dois irmãos destroçaram a defesa de Hades.

Zeus arrombou o portão e entrou no palácio acompanhado por Ares, Apolo, Ártemis e Atena, além de alguns heróis que carregavam grilhões de ouro olímpico – capaz de segurar um deus.

Tapeçarias e quadros adornavam o corredor do palácio. Desenhos de Hades, de sua esposa Perséfone e de seu reino, o Inferno. O chão era de bronze polido e as paredes de veludo vermelho. Tochas iluminavam e davam uma impressão de lugar infernal. Plantas mortas e aves decompostas e outras coisas cadavéricas estavam em moveis do Senhor do Inferno.

- Hades! Apareça. – ordenou Apolo, o deus do Sol, da luz e das profecias. Aquele era um belo homem orgulhoso e audacioso, de cabelos cor de ouro, olhos amarelos e pele clara. Ele irradiava luz naquele lugar sombrio. Vestia uma túnica branca com armadura de ouro com desenhos de sois. Uma aljava com flechas flamejantes, banhadas no Fogo do Olimpo – fogo original que envolve a Carruagem de Hélios, mais conhecido com Sol, e que foi roubado pelo Titã Prometeu.

- Quem te deu esta autoridade para falar assim comigo, sobrinho? – retumbou a voz de Hades pelo ambiente. As tochas tremeluziram fraquejando. – E como ousam entrar em meu reino sem minha autorização?

- Eu tenho autorização, meu irmão! – retrucou Zeus fortemente entrando na Sala do Trono de Hades. O Lorde das Almas estava sentado em seu trono imponente, segurando seu Garfo das Sombras em uma mão e a mão de sua esposa Perséfone na outra. A rainha do Mundo Inferior era bela como a primavera. Tinha os cabelos cor de mel e a pele cor de chocolate. Seus olhos eram verdes e vestia um vestido vermelho sensual e curto. Jóias de prata a enfeitavam, deixando-a como uma das mais belas deusas Olimpianas.

- Com qual motivo, caro irmão? – sibilou maliciosamente. Hades sabia enfurecer Zeus. Ele era sádico, cruel e pervertido e louco. Aquele era Hades. Um sorriso se formou no rosto do deus.

Para ele, não importava que Zeus estivesse ali para acusá-lo de algo. Nem que estivesse acompanhado por outros deuses, sentinelas e monstros. Ele teria que provar o crime e ainda sim, Zeus criara um decreto que nenhum deus pode matar outro deus. Nem mesmo o Rei dos deuses podia violar a Lei do Olimpo. E caso Zeus tentasse descumpri-la, Hades poderia convocar um Conselho para trocar o Rei do Olimpo e banir Zeus por cem anos para o Tártaro. Era a sua chance de reivindicar seu lugar no Olimpo. Era o momento de sua glória. Mas ele sabia que não teria tantos votos a seu favor. Talvez os deuses menores o ajudassem, mas Atena ou Poseidon eram favoritos. Tinham o apoio de Zeus, e logo tinham apoio dos Olimpianos. Atena não cobiçava o trono, já seu irmão Poseidon...

- Não se faça de sonso, Hades. – disse Zeus atirando um raio em Hades, que o desviou com seu Garfo. – Você roubou a Espada.

Hades tirou seu Elmo e colocou no trono. Olhou para sua esposa e depois se virou para Zeus.

- Acha mesmo que eu a roubei? – disse ele andando para encarar Zeus. – Eu a criei, junto de Poseidon e você. Não tenho motivo para roubá-la. E com que provas você vem até meu reino e me acusa perante seus filhos?

- Foi encontrada magia do Mundo Inferior no local do crime, Bafo de Morte. – disse Ares, encarando Hades com seu olhar perverso. – Só você sabia onde a Espada estava.

- Meu pai. Vamos raciocinar. – implorou Atena – Essa não é a melhor opção para resolvermos este assunto. Vamos todos para o Olimpo e conversaremos.

- Não! Ele é o culpado. Ele enviou um ladrão e deu poderes das sombras à ele para que pudesse entrar sem ser percebido. – acusou Zeus lançando outro relâmpago destruidor em seu irmão. Desta vez, Hades não rebateu, caindo no chão dolorosamente.

- Você devia escutar sua filha, irmão. E eu não enviei nenhum ladrão para pegá-la. Eu desejo apenas ter paz e poder retornar ao Olimpo. Mas você me baniu pra cá. Seu próprio irmão! – rosnou Hades se levantando e lançando uma rajada de energia negra e almas malditas em cima do Rei dos Céus. Zeus se protegeu erguendo o braço.

- Cale-se Hades. – disse Zeus apontando para ele. – Prendam-no. Você será julgado no Olimpo e sua sentença será cem anos no Tártaro para você e uma eternidade na Prisão para seu ladrão.

Apolo e Ares partiram para o ataque junto dos servos dos deuses que carregavam os Grilhões Olímpicos, forjados por Hefesto, o deus do Fogo e Ferreiro do Olimpo.

- O que? Você não pode. – disse ele recuando e convocando almas e sombras para defendê-lo. Ele olhou para trás e viu sua esposa atrás do trono. – Fuja querida. Saia daqui.

- Vai pagar, tio. – disse Ares atacando. Sua lança penetrou a coxa de Hades, jorrando icor dourado – sangue dos deuses – cambaleando. – Não adianta fugir.

- Você é um tolo, Ares. Pensa que é forte, mas é um bosta. Um esterco perante aos meus poderes. – riu Hades cruelmente. Ele se pos de pé e atacou com seu Garfo. A lança de bronze de duas pontas tinha um poder obscuro. Ela tinha a capacidade de convocar almas e ceifá-las. Mas não se ceifa a alma de um deus tão facilmente.

Apolo lançou duas flechas mortais que fincaram no peito de Hades. Sua irmã Ártemis fez a mesma coisa, mas suas flechas eram de prata com brilho do luar. As setas da noite atingiram Hades no pescoço e no pé. O deus caiu no chão e as sentinelas olímpicas lançaram as correntes nos braços e pernas dele. Hades tentou se livrar, mas aquele ferro era capaz de segurar qualquer deus.

- Não. Não. – berrou ele desesperadamente. – Me soltem. Caronte!

- Cale a boca. – falou Ares dando um soco em Hades. O deus sangrava seu icor. Suas vestes estavam rasgadas e suas armas foram confiscadas.

Um homem encapuzado entrou no salão. Era apenas uma caveira flamejante portando um cajado velho. Ele flutuava pelo ar e ia lentamente até seu senhor. Os deuses não o impediam.

- Milorde. Por que todo esse alvoroço? –sua voz era esquelética e cadavérica. Hades puxou seu rosto para perto e sussurou palavras que somente o Barqueiro podia escutar. Mas durou pouco tempo a conversa entre eles, pois Apolo puxou as correntes, arrastando Hades.

- Vamos. – disse Zeus se virando indo de volta para sua biga para retornar ao Olimpo para o julgamento de Hades. E para um evento que mudaria a história do Olimpo.

Os gritos de Hades ecoavam no salão que agora estava ocupado apenas por Perséfone e Atena. Ambas as deusas se olhavam. A Guerreira do Olimpo encarou a Rainha dos Mortos, que tinha lágrimas nos olhos. Atena foi confortá-la.

- Não fique assim, irmã. – disse ela com sua voz melodiosa. – Conversarei com nosso pai. Ele fará o que é certo. Perceberá que está errado e que Hades é inocente.

- Mas e se ele não aceitar seus argumentos. Ele vai trucidar meu marido. – disse ela soluçando.

- Fique calma. Ele não vai fazer nada. A Lei não permite que um deus destrua outro. E eu ficarei protegendo Hades. Algo que nunca pensei que fosse fazer. Agora você – disse Atena erguendo o rosto da deusa e olhando em seus olhos – fique aqui e tome conta do Mundo Inferior. Sem Hades, você fica no comando. Se precisar de ajuda, chame os filhos dele. Rothem e Irlus podem te ajudar.

- Está bem, irmã. É bom saber que posso contar com você. – disse a deusa sorrindo indo para seu trono, ao lado do trono negro de Hades.

- Fique em paz, Perséfone. – abençoou Atena e se virou saindo retornando para o Hades pegar sua biga e seus exércitos para voltar para Atenas e para o Olimpo.

Perséfone se sentou no trono, segurou nos braços de pedra do trono, olhou o Salão ao redor e viu todo poder que tinha. Limpou as lágrimas, estalou o pescoço e deu um sorriso sinistro. Levantou-se e pegou uma bola de cristal no pilar. Era branca como neve, mas ao seu toque ficou negra como piche.

- Começou! – disse ela.

 

Caronte estava levando um punhado de almas no Barco dos Mortos, navegando pelo Rio Estige, observando as tropas ofensivas retornando para o Olimpo e seu senhor, Lorde Hades dentro de uma gaiola numa carroça levada por Zeus e suas sentinelas.

Ele tinha a chave para salvação de Hades. Quando o deus o chamara, dissera palavras desesperadas em seus ouvidos. Palavras de convocação e alerta.

- Quatro jovens guerreiros virão a minha procura. Diga a eles que eu fui capturado e que eles devem ir atrás do ladrão da Espada. Diga que foi Morfeus. Suspeito dele. Nos últimos Conselhos, ele não estava presente e meu filho Rothem me informou que ele tem mexido com coisas antigas. Coisas dos Titãs. Diga para irem para Micenas, lá encontrarão o esconderijo dele. E de a eles moedas e as Correntes do Tártaro. Use seu poder e dê a eles. De o prazo de cinco dias, que é o tempo do Conselho e do julgamento. Até lá, posso conseguir escapar ou Atena convença o pai da minha inocência.

- Sim milorde. Farei o que o senhor disse. E quem são esses jovens e quando virão?

- São filhos de deuses e eu não sei quando virão. Nem sei se virão.

- E como o senhor pretende se livrar desta acusação?

- Reze para que eles atendam ao chamado. Reze em meu nome, Caronte.

Ele aguardava os quatro jovens do qual seu mestre falara, para passar a mensagem. Mas não aquela mensagem. Ele iria dizer que era o verdadeiro ladrão. Ele acusaria o filho imortal de Hades, Rothem, o Guardião dos Portões do Érebo. O Herdeiro do Tártaro, Príncipe do Hades.



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