Eu escrevo esta carta como uma lembrança deste dia tenebroso que por mais eu queira esquecer certas coisas, a memória de meus colegas e seus feitos quero gravar para sempre.
Já faz algum tempo, na verdade, eu não sei exatamente quantos dias e quantas noites se passaram aqui, pois não vejo luz e tudo que é aparentemente tecnológico não funciona neste lugar onde o sol fica eternamente encoberto por uma camada de noite eterna com as estrelas e a lua, para falar a verdade eu estou bem confusa. Até eu, que sou conhecida como a intocável, começo a deduzir que meus poderes possa falhar.
Tudo começou quando um evento estranho começou a acontecer em Kentucky, nos Estados Unidos da América. Eu recebi uma carta umbra, que é um envelope negro com um eclipse em seu centro, de minha chefe da organização na Europa Rosemary enquanto tomava um café em uma lanchonete na cidade do Vaticano, quando fui ao seu encontro soube que era para uma missão na América do Norte, mas os três agentes daquela região estavam nos rastros de um chupa-cabras e mais um bando de seres que não recordo o nome, droga. Também disse com aquela voz séria e rígida que uma família conseguiu escapar e chegou na cidade dizendo que um domo negro tomou sua vila e sua rainha enlouqueceu e começou a praticar bruxaria e rituais blasfemos com seu povo. Também foi me dito que minha parceira de equipe Sueli também iria, e eu acho que já estava no avião indo para lá.
Era uma sexta-feira de 1952 estávamos ao pé dos planaltos Apalaches, eram tempos difíceis, pois o mundo estava em guerra novamente e infelizmente nós não podíamos intervir nas coisas que acontece nele, mesmo que seja direcionado a isso, é um maldito acordo. Tomara que Deus tenha misericórdia.
Eu me encontrei com Sueli já com seu uniforme negro que assim como o meu era um conjunto de um vestido colado semelhante a couro que ia até o quadril e uma calça do mesmo tecido, porém estávamos cobertas por uma capa que ia até lá pés. Ela estava com duas pessoas ao seu lado. Às vezes tenho a sensação que cheguei com ela, enfim. Ela apresentou o rapaz que estava com ela, eu diria uma criança, pois parecia ter apenas 15 anos. Seus cabelos e olhos eram negros e sua pele é tão branca que o véu do céu estrelado parecia a fazer ter o tom puxado para o azul, suas veias, sim, eram azuis bem claro, isso me lembro bem. Ele parecia um pouco tímido e seu nome era Clarion, o local que fugiu com a família, mas ele nem é da mesma família dos forasteiros. Sueli logo me apresentou uma mulher de aparência turca ou árabe, latina talvez, sua pele é queimada de sol, seus olhos eram verdes esmeralda e cabelos ruivos, vestia-se como uma Cigana, é uma cigana, povo pagão. Rezei em meus pensamentos para que Deus tenha misericórdia dela.
Agachei de frente para o menino e pedi para me explicar o que ele sabia e pelo que entendi estas são suas palavras:
“ Minha irmã era considerada uma princesa de seu povo que veio procurar aqui neste lugar coisas novas e recomeçar, então troquei meu país por ela e fugir durante a noite. Mas no caminho da montanha nós recebemos talhado em uma pedra vindo do espaço, um símbolo de um olho e uma forma que não sei o que é e de um de nossos camponeses que passou a sonhar e falar coisas fora de nossa realidade. Aos poucos ele foi escurecendo e ficando totalmente negro. Isso no começo me deu medo, mas as coisas que ele ia falando e fazendo, trazendo a promessa de dias gloriosos, fartura e felicidade plena, foi seduzindo cada um e minha maninha foi a peça principal, pois quando escolhemos a montanha negra tiramos e talhamos em uma pedra específica a imagem que tínhamos recebido e em volta dela construímos nossas casas e começamos a cultuar aquela pedra. Há dois anos ele disse que seria o momento ideal para a vinda do devorador de tristeza, o senhor da fartura. Aquilo me apavorou, mas não ao nosso povo. E aos poucos os dias foi se encurtando até que virou um eterno entardecer, até semana passada onde a escuridão se formou, minha irmã de uma forma inexplicável abriu um portal onde algo saiu, e disse que agora todos seriam felizes para sempre, pois suas tristezas iam embora. Nós íamos dormir, mas algo tirou meu sono e fui falar com um criado nosso, mas ele estava sendo atacado por algo que não tive tempo de ver, e sair correndo para pedir ajuda foi quando eu achei um moço fugindo com sua família e fui junto”.
Eu me mantive em silêncio até ele terminar e apoiei minha mão em seu ombro o confortando e me levantei não querendo acreditar naquilo.
Estávamos prestes a entrar na floresta quando algo parecida descer contra a lua cheia. Como uma silhueta de morcego ao longe, mas de acordo com sua aproximação uma pequena ave, um corvo veio exatamente de companhia, seu tamanho ia se passando dos 1,80 de altura e seu rosto tinha mais traço humanoide do que animal, semelhante suas patas grossas Com pelos ao contrário de seu copo liso de pele marrom, uma camada de pelo grosso nascia de seu umbigo e subia até seus ombros e tomando o dorso, suas costas entre as asas e a nuca, já vi coisas mais feias. Todos preparavam para atacá-lo, mas o mesmo deixou cair outra carta Umbra. Com certeza é um enviado de Tereza, ainda mais que veio com um corvo junto, não é à toa que tenha a alcunha de o olho de Deus, ela e seu gosto de cuidar de monstros. A pele irrigada de seu rosto movia como uma pequena onda devido a sua tentativa de fala conforme dizia como um troglodita que se chamava Robert Kirk (...) Aquele homem morcego ou morcego humano é um aliado e infelizmente por isso não posso matá-lo, talvez nessa missão ele morra, não importa estás aberrações não são da criação então não devem existir. Não sei se mencionei que ele tinha cheiro de urina.
Clarion seria nosso guia até lá, e fomos mata adentro.
Acho que durou algumas horas em meio a floresta de grandes pinheiros e álamo para perceber que ia ficando cada vez mais escuro ali, e aos poucos as estrelas iam desaparecendo e aos poucos a lua que adornava a azul profundo foi de um tom vívido a um opaco. E a opressão que ainda me atingi começou tomar aquele lugar na qual muito mal eu poderia ver um palmo de mão em minha frente e claro a ausência de som do ambiente incomodava cada vez mais. Olhei para esquerda e direita e não ouvia o som dos pássaros, nem os uivos dos lobos e muito menos as cigarras, se não fosse Sueli com seus poderes divinos de luz, que com um rápido gestos de mão criou quatro esferas para cada um do tamanho de uma bolinha de ping pong que se tornou por um momento nosso pequeno sol que não nos queimava me deixando um pouco aliviada. O garoto mostrava os caminhos que... Mal percebi que éramos três, a cigana e Sueli. Cintia disse que seus poderes da ordem a provinha de sorte. Graças aos dois braceletes e duas tornozeleiras De ouro, passada de geração de seu povo que a faz gerar coisas milagrosa e graças a uma madame Nimue Que também se diz uma das duas testemunhas do apocalipse. Ela descobriu que eles vieram antes mesmo da grande inundação. Sei que é mentira, impossível, essas coisas do demônio, embora parece ser fascinante, é mentira. Não há nada divino nisso e muito menos testemunha. Que sua boca seja costurada por esta blasfêmia. Tá amarrado, eu olhei com assustada e até com raiva disso. Ela me olhou de uma forma que se pudesse reviraria os olhos. Eu, sim, sou abençoada pelos meus poderes, sou a intocável, nenhuma maldição, feitiço, bruxaria ou doença pode me atingir, eu posso curar remover todo tipo de coisa maligna sem usar artimanha sobrenatural do demônio.
Tomamos uma trilha já que não víamos o menino e começamos a procurá-lo, pois este lugar é conhecido pelos espíritos, criaturas e aparentemente anomalia espacial, pois ele estava em nossa frente. Aliás, cadê aquela besta também? Não é para nós separarmos, tomara que o garoto esteja bem. Vimos um dos habitantes lá, ele parecia conversar ao pé de um pinheiro retorcido. Mas sua aparência estava envelhecida e uma probóscide que parecia mais uma minhoca gigante coberta por uma gosma saia do buraco seco da árvore que estava nutrindo aqueles delírios e de felicidade, pois parecia óbvio que nenhum ser consciente deixaria por vontade própria um horror destes acontecer a não ser se for por influência, isso só pode ser magia. Notei a expressão de susto das duas ali, não nego que também fiquei horrorizada. Quando nos aproximamos dele, cigana tentava se comunicar, porém, se tornou em vão por que a única coisa que saia de sua boca que em nenhum momento tirava o sorriso são as coisas felizes que ele estava vivenciando, enquanto me assustei com um olho de aparência inocente naquele breu oco na madeira e aquele baixo som semelhante a cochichos de irghmultin e o que vi depois disso, não quero ir para outra missão deste tipo, pois passei até duvidar da minha fé. Me perdoe, meu criador.
O desconforto que tomou conta de mim veio com uma forte tontura que me fez falhar e agachei vomitando logo em seguida e o peso veio em meus ombros e a escuridão se fez em min e tudo que vi pela última vez foi Sueli iluminando todo aquele local que, em cada pé de arvoe havia uma pessoa e uma criatura daquela fugindo da luz como o diabo da cruz.
Cega, eu só pude ouvir dali pessoas começando a gritar e questionar em desespero o porquê aquilo tinha acabado, a dor da lamúria cortava-me com fio de navalha, penetrando a carne e os órgãos. E um som alto indecifrável atravessou meu corpo em uma melodia infernal, arrepiando meus braços e nuca, e tudo que me veio na cabeça foi o grito de socorro, e gritei e gritei na histeria até eu perder a consciência.
Agora que escrevo, não são minhas palavras e sim de Sueli.
Aquelas pessoas nos cercaram, não pareciam mais pessoas, pois a diferença entre elas e um animal estava somente na aparência. A bela moça ruiva estava aparando o enlouquecido senhor que parecia ter aproximadamente uns 50 anos. A agarrou pelo pescoço e, num frenesi de ódio e lamentação, tentou matá-la por tirar a felicidade que ele nunca teria alcançado. Outros vinham logo em seguida e eu estatizada com a terrível visão e barulho que me assolou, mas por sorte, talvez, milagre os gritos de ajuda de Cassia me fizeram voltar e abandonar por um momento aqueles pensamentos e sentimentos, que espero esquecer um dia, mas o que vi depois tive a certeza que se não existir céu ou inferno, essa coisa só pode ser algo que nem mesmo o nosso cosmo pode criar. Fiquei dividida em quem ajudar no momento, mas a Cigana ficou intangível e todos ali passaram por ela. Meus olhos arregalaram surpresas, e suas joias reluziam em dourado. Essas então são as coisas que os artefatos podem fazer. Incrível, ainda bem que Cássia não está vendo isso, pois não aceitaria isso numa boa. Corri até minha colega de missão. Que estava ainda em um estado crítico, agredindo-me mesmo, dizendo várias e várias vezes que sou eu e que eu estava ali para ajudar.
Virei para a moça e, vindo em minha direção correndo, colocou sua canhota na boca dela, silenciando praticamente no mesmo instante. Ela me dizia que tínhamos que sair dali, pois a sorte que ela tem só afeta a ela.
Tive que pensar rápido como a mais velha ali, deixei cássia com ela, que a amparou a levantando ainda calada, tomei a frente e abrir meus braços e um clarão saiu de meu peito era tão forte que tudo ali parecia dia e eles com as mãos e braços no rosto iam se afastando enquanto passávamos deixando uma cópia de luz que durariam alguns segundos que seria o suficiente para sair daquela estrada.
Não demorou muito até chegarmos no vilarejo. As casas eram, em suma, todas feitas de madeiras que não sei o nome e sua arquitetura do século passado, elas não tinham pinturas ou algo que as adornavam, aparentemente um povo coitado e simples. Passamos pelas primeiras casas e começamos a ver os corpos no chão com feições secas e felizes de todas as idades, também pude ver outros pela Janela escorados ou sentados em seus móveis velhos. Alguns ainda estavam sendo consumíveis como uma menina de 5 anos, virei meu rosto na hora, não quero ver mais aquilo, segurei o choro e lembrei de meu filho e minha incapacidade de salvá-lo desse desgraçado mundo, foi seduzido pelo crime e drogas, foi quando ironicamente depois disso que despertei essa tal centelha divina. Cássia, já por sua vez, nega, mas minha intuição diz que ela despertou quando pela primeira vez fez realmente algo que não prejudicava os outros sem pensar nela. Uma pessoa difícil. Vimos uma praça circular e a fonte daquele culto, um altar de pedra, madeira, palha e folhas secas. Na pedra havia uma imagem de um ser na qual não pude identificar a aparência devido à distância, mas notei que uma mulher vestida de linho com gestos que se assemelham a roupas sacerdotais. Ela dizia em um idioma no qual não entendia, mas poucas coisas inúteis consegui aparentemente entender como:
- ihimin tia hahab quet erum hahab quet lamanarat poro vez deru.
Percebi que uma forma tórrida negra espectral vinha do lado direito da praça, tinha uma característica humanoide e sua cor era como pedra de obsidiana recentemente esculpida pelas forças da natureza, assim como sua presença é tão incomodante quanto o vazio das frestas dos cômodos escuros na noite. Suas mãos tinham ao enviado de Tereza desmaiado e o jovem menino também. Olhei para Cintia e sua cabeça tremia em negação freneticamente enquanto largava Cassia, que estava já se recuperando.
— O que está acontecendo aqui vai destruir tudo.
— O que você está dizendo?
— Ela está tentando acordar o leviatã, mas Astaroth que reina aqui.
— Como assim?
Perguntei sem entender, mas fui ignorada, pois a correu em direção à mulher, fazendo com que fossemos percebidos por ambos. A lua cheia que antes estava opaca, transfigurava-se criando uma forma de um olho, semelhante a um sapo que vigiava todo o domo negro. Clarion e o homem morcego acordam e atacam aquela sombra viva. O menino parecia usar poderes mágicos. E gritava por sua irmã, foi quando me dei conta de que eles estavam fingindo ser capturados.
Então, uma batalha intensa começou naquele lugar de escuridão. Aquele espectro que era atendido por Obsidian, na verdade, parecia ser um homem em um manto de pura treva. Ele mudou sua forma de humano para uma grande serpente negra enquanto cigana é lançada pela mulher para longe por meio de uma força invisível, mas seus braceletes fizeram com que o morcego humano amortecesse a queda. Eu fechei meu punho e criei uma espada de pura luz e fui ao encontro daquele espectro que, só de perceber o brilho dela, voltou sua atenção para mim e sua sombra transformou-se em tentáculos no qual tentava me agarrar em vão. A besta voadora ia ao altar e, com a força que tinha, conseguia o derrubar. Os dois inimigos então o atacaram, imediatamente proferindo palavras profanas contra ele, perfurando-o com estacas sombrias e, como um lixo, foi jogado enquanto banhava o chão com seu chorume. Ele estava agonizando e eu clamava por socorro à Cassia, que tinha voltado a si.
Parte 2
Eu voltei a mim finalmente e estava olhando a grande batalha que corria ali, mas notei também o espiritual no local, notei uma grande forma na cúpula do domo, e seu grande olho que mirava em nossa direção. Escutei vozes vindas de todos os lados chamando pelo abismo o caos primordial, mas mesmo sem entender o que a coisa profanava, gritei para ela.
— Demônio, revele-se e saia deste lugar!
O ar esfriou imediatamente e aquele som que rasgou o céu tentou tragar-me novamente, mas desta vez não em gritos e sim algo semelhante a um guincho proferido pela mulher mascarada vestida de linho. Sueli pedia a minha ajuda para curar aquele monstro, enquanto lutava com o menino contra uma forma negra e a pagã tentava investir contra a mulher que discursava e começava a mudar de forma. Eu corri enquanto minha colega de equipe continuava a pedir ajuda para o monstro. Eu não queria, no momento, eu poderia me vingar daquela entidade sem forma agora e deixá-lo afogar em seu próprio sangue.
Ela me disse mais uma vez, criando um prisma que defendia o ser de um ataque noturno. Eu corri até lá e me ajoelhei e coloquei a mão naquele corpo esguio e quente e fiquei olhando as feridas e sua feição de agonia que o deixava mais monstruoso e feio, e de certa forma eu senti em seu interior ele pedindo para não morrer e aquilo me fez ter pena desta criatura maldita. Seus olhos iam se fechando lentamente e suas feridas já não estavam mais ali. Me levantei e corri em direção àquela mulher que continuava falando.
— Eu sou a mãe-olho irghmultin, potestade desta cidade. Érebo cantou a lamentação para Nix que se apaixonou e com Eros e houve Aither e nós caímos para o abismo. Então venha O príncipe da nação do ocidente, a grande besta d...
Interrompi colocando a mão em sua testa. Cigana segurou Clarion que tentava impedir. Sueli, por sua vez, fez uma chuva de espada cair sobre o espectro, dissipando a forma, fazendo com que sua humana revelasse.
Forma humana que aquela mulher mascarada tinha começou a deixa-la, pois seu corpo foi inflando como um sapo em verrugas e useras sobre a pele que exalava a podridão de uma mistura de animais mortos com enxofre e um carbúnculo aparecia em sua testa quebrando a masca em pedaços e consequentemente cortando minha mão que entre o pus e sangue apertei ainda mais até que se formou uma espécie de olho de bode. Tentei fechar meus olhos ao ver aquela nojeira que ia se formando naquele suposto rosto e minha mão ia banhando em um purê de excrementos. Eu sabia que se eu fraquejar podia acontecer algo pior, então forcei mais e mais, gritando expurgos à coisa. Tomei confiança e sabia que somente eu podia livrar aquele lugar destas coisas malditas.
E por fim, quase que dobrada ao meio, sua cabeça negou-se tocar o chão. Eu, sem entender, continuei e continuei a tentar banir aquela presença, mas tudo que ela fazia era jogar mentiras com tais palavras:
Os meus olhos eram como serpentes e minha boca hora era como de cachorro e de raposa. A irá foi tomando conta de mim e minhas forças foram se esvaindo, mas a pagã colocou suas mãos sobre a minha e também começará a tentar banir este horror. Sueli estendeu sua mão para cima onde estava a lua e lançou seus raios de luz, o morcego humano de pé ia até ela e gritava e por fim Clarion tentando ajudar de uma forma tocou nos dois criando uma junção caótica da luz de Sueli com um grito sônico da fera potencializando o ataque e a lua que estava ali, tornou-se sol, e a noite não se fez mais morada naquelas terras e por fim com minha fé e todas as forças consegui tocar a cabeça dela no chão e como um raio aquilo saiu voltando para o lugar de onde nunca devia ter saído.
O homem morcego começava a se incomodar com os raios solares e, ofegante, minha parceira o cobriu com sua capa.
— Finalmente acabou.
Cigana sorrindo, dizia e desmaiando logo em seguida, o menino de pele pálida e azulada olhava ao redor e via todos ali mortos, sua irmã, os moradores e o homem tomado pelo espectro.
Ele caminhando lentamente em passos cambaleantes desabou em um grito agudo doloroso e suas lágrimas caíram sem parar por minutos se jogando no colo dela, Sueli também chorava absolvendo a melancolia deste pequeno anjo, e eu não sei o que fazer, talvez a única maneira de dar um consolo para ele será poder devolver seus corpos a terra até que ela os devore por completo. Ele irá para o Brasil com a cigana e conversará sobre o ocorrido e claro, vou me atualizar sobre o que aconteceu no mundo, pois se passaram 20 anos.
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