História Os Under Undergrounds (3 temporada) - A família Villa-Lobos

Layla

A casa do Heitor, achei bem bonitinha, apesar de ser -bem- diferente com as casa do Underground. Ela é feita de madeira, tem uma garagem com um carro verde dentro, em volta um jardim com uma pequena árvore que, dava uma vontade de pisar na grama e tomar um "Sol"(acho que é assim que se fala, durante o caminho, o Heitor responde tudo que eu perguntava sobre o mundo dele), e por fim, a casa era cercada por uma cerca de metal, na frente, e 3 muros que separava das casa vizinhas. A gente estava em frente á porta que ficava encima de um degrauzinho. Apesar de estar um pouco nervosa estou ansiosa de conhecer os meu sogros, além do mais estamos namorando a 4 meses(juntando o tempo até a gente terminar e quando voltamos) já está hora. Mas Heitor não parecia muito animado.

- Olha Layla, acho melhor você ficar no lado direito da casa para eu te chamar, porque os meus pais não sabem que os under existem e eles são um pouco curiosos, até demais.

- Não, tudo bem eu entendo, depois que lidamos com aquela família- falei rindo um pouco com um sorriso amarelo, é meio chato mas é assim mesmo

-Ei, não se preocupa amor, eu vou mostrar pra eles que você é incrível- disse gentilmente segurando a minha mão

Sério, como ele consegue ser um idiota, mas fofo ao mesmo tempo?

Eu vou até o lado direito da casa e fico so espionando. Ele respira fundo e toca a campainha. Quando abre a porta aparece uma pré-adolescente de 12 anos, tem um cabelo castanho quase preto repicado que é muito lindo, usava um top de listras amarelas que é segurada por duas auças amarelas, um short verde claro, um tênis preto do mesma marca do Heitor e uma flor rosa que segurava o cabelo. Os dois são estranhamente parecidos principalmente das orelhas grandes. Será que é a irmã dele? Ele nunca me contou que tinha um irmã. Pela expressão parecia bem surpresa com a presença dele:

- Eai Rebs, voltei maninha!- exclama o meu namorado com um sorriso de orelha a orelha e com os braços abertos

-Totor, você voltou!!!- disse a menina abraçando forte o irmão

- O que esta acontecendo, Rebeca?- perguntou duas vozes de um homem e de uma mulher

  Deve ser os pais, e quando vieram, a mãe tinha um cabelo castanho claro e abraçava e beijava o filho com muito saudade, e o pai abraçava a família toda. O pai era, literalmente, identico ao Heitor, com o mesmo cabelo espetado e a cor de pele, a única diferença é que o senhor Villa-Lobos usava óculos. Eles pareciam muito felizes com a chegada do filho, e ele parecia mais feliz ainda, me lembrou dos meus pais, e ficou muito feliz por ele, até que a mãe faz uma pergunta que não esperava:

- Como foi a viagem, filho?

- Oi? Que viagem?

- Ué, a viagem que você foi para os Estados Unidos

- Que você tinha ficado com um uma família de lá - acrecenta o pai

- Bem... na verdade eu...

Eu coloquei minha cabeça uma pouco mais para frente, pra escutar melhor que história era essa. Mas aconteceu o que eu menos queria que acontece-se. A Rebeca acabou me vendo e ficou com os olhos esbugalhados e rápidamente tiro a cabeça e me escondo, e eu consigo so ouvir a conversar:

- Estranho, eu juro que acabei de ver uma alien atrás de casa

" Fudeu"

- Que alien, Rebeca? Tá louca?- pergunta a mãe, meu coração ta quase saindo pela boca

- Mas eu juro que vi alguma coisa humanoide ali agora pouco

- Está bem, pai, mãe, eu tenho que falar a verdadeira verdade - ouço a voz do Heitor - eu não viajei para outro país, mas sim, para outro mundo. Vocês com certeza estão achando que estou louco agora, mas eu trouxe uma pessoa, e por favor não se assustem ou fiquem bravos. Pode vir aqui agora, Layla.

Ouço ele me chamando, eu não sei se eu vou ou não, mas acabo indo. Quando vou saindo dá casa vejo a família me encarando com o queixo caído, como se fosse inacreditavel que eu estive na casa deles, e vou até parar no lado do Heitor:

- Oi, tudo bem? - falo uma pouco baixo do meu tom de voz, meio envergonhada

Então ele pega a minha mão

- Mãe, pai, conheçam a Layla, minha namorada

Todo mundo acaba ficando chocado, até eu fiquei chocada com o que ele disse, porque eu não pensei que ia falar mesmo de cara. E os pais acabaram desmainhando

 -É, esses são os meus pais

Depois de terem acordado do desmaio, estavamos na sala de estar, como tinha dois sofáres, eu e o Heitor ficamos sentados num sofá e o restante da família no outro. Ficamos num grande silêncio constrangedor, até que Rebeca quebra o silêncio:

- Então, deixo ver se eu entendi a situação, você é uma teraquia, veio de outro mundo, e namora com o meu irmão?

- Tecnicamente, sim - respondo com um sorriso meio sem graça

-  E por causo, veio só você ou veio alguém com vocês? - pergunta a minha sogra

- Na verdade, vieram mais 3 amigos nossos, mas não com a gente 

- E vocês da sua "espécie", comem nós, humanos? - pergunta o pai. Eu me senti ofendida com o jeito que falou, da "minha espécie"

- Pai! - exclama o Heitor me protejendo, como sempre - se ela comeria humanos, acha que estaria aqui?

-  Não sei, vai se você conseguiu encantar, ou convenser para não te devorarem - quando falou isso, eu tive vontade de rir, mas não era a hora, então continuei séria. Até o jeito de falar do pai, é igualzinho a do filho.

- Raul, acho que em vez de ficar perguntado, que tal ela se apresentar para nós sobre ela, para entendermos mais essa situação complicada - diz a esposa com a mão no ombro do marido, e todos ficam com atenção em mim e começo a falar

- Certo, o meu nome é Layla Bach, e eu sou uma under. Vim de uma mundo chamado Underground, que fica em baixo de vocês, a Terra. Eu e o filho de vocês fazemos parte de uma banda chamada Os Under Undergrounds, e sou a líder da banda, e nós dois somos os vocalistas. Temos também o baterista, o baixista, o guitarrista solo e uma fotografa/produtora, que são os nossos amigos e fizemos vários shows. Mas, infelizmente, a fotografa acabou desaparecendo e não sabemos onde esta está, o resto da banda vieram de outro jeito para o mundo humano, mas não sabemos onde foram parar também. E meio que lá não é um lugar seguro para gente(suspiro) bem acho que é isso.

- Entendi, mas porque não é um lugar seguro mais? - pergunta o pai com os cotovelos no joelho e com os dois dedos encostando na boca

- É que é uma história meio longa, e um pouco complicada de entender, mas acho melhor a Rebs ficar uma pouco fora disso - dessa vez é o orelhudo quem fala

- Aaaahhh, mas porquê? Tava ficando tão legal essa história, parece até uma série da Disney

- Vai até o seu quarto agora, mocinha! - ordena a mãe apontando a mão para a escada

- Aff, ta bom - disse revirando os olhos e subindo as escadas

- Pronto, agora explica essa hsitória ai, enquanto preparo uns pães de queijo e um café

Ficamos horas explicando tudo, falando sobre a Agência, o Kurt, os nossos amigos, o nosso relacionamento e até a profêcia, sobre professor, o nosso termino - prefiro esquecer que isso aconteceu - e o perigo que estamos enfrentando. O casal ficava aprestando cada palavra que diziamos e fiquei comendo os pães de queijo, quem diria que fosse tão gostoso uma comida dessas? Quando terminamos os pais começam a cochichar entre si e vou tão para a gente:

- Olha meu amor, seu pai e eu conversamos, e entendemos que vocês se amam muito, mas achamos que era melhor vocês não ficarem mais juntos, porque não queremos que os dois nem seus amigos fiquem em perigo com essa Agência.

- Além do mais, ainda não confiamos muito na Layla e dos outros integrantes, eles são muito estranhos. E mesmo que essa "profêcia" pode unir os dois mundo, não queremos que fiquem encrencados.

Ouvir essas palavras me machucaram muito, muito mesmo. Primeiro, disseram que não confiam em mim nem nos integrante, por não sermos humanos. Segundo, por não acreditarem na gente, e por último o que mais me machuca, me separar do Heitor novamente, eu não posso perder-lo de novo, eu o amo muito e foi um pesadelo não ficar com ele e depois de saber que se separou , só para salvar a minha vida, foi simplesmente incrível. Mas meu namorado me olhou, e foi rebater o pais sério e determinado:

- Olha, eu sei que parece estranho saber que existi um outro mundo com pessoas totalmente diferentes e que é estranho ver um humano e uma under namorarem, mas conhecer a banda foi como uma segunda família para mim, e conhecer a Layla... - disse me olhando  com brilhos nos olhos e sorrindo - foi a melhor coisa que já aconteceu comigo, e mesmo que pode ser arriscado, vai ser muito bom que os dois mundos se conhecessem e poderia ter paz, apesar de nem sermos tão diferentes. E o que eu mais quero, é que nós dois ficarmos em paz e fiquemos juntos - ele disse segurando as minahs mãos. Com olhos marejados, sem acreditar ouvir essas palavras saindo da sua boca - podem pelo menos, dar uma chance a gente?

Os ficavam se olhando e parecia surpresos pelo o que o filho deles tinha falando. Mais uma vez, ficaram entre os sussuros e depois de um tempo, acabam mostrando um sorriso no rosto e o pai começou:

- Poderiamos dar uma chance a vocês, filho, parece que você realmente ama essa menina. E Layla, confiaremos em você e ficamos felizes de estar com o orelhudo, além do mais, já estava mais do que da hora desse ai começar a namorar, parece que meu filhão acho alguém que gosta de orelhudos - todo mundo riu, exceto Heitor, claro

Concordamos que eu ficaria aqui, até encontrarmos o restante da banda, espero que estajão bem. Vou dormir no quarto do Heitor, mas, infelizmente, em camas separadas. O quarto dele é bem bagunçado, tem vários posters de bandas da Terra que são parecidas do Underground, e descobri que ele desenha muito bem! No mural, tinha um desenho do James, do Lud e do Bob, uma do Zach todo rabiscado (era assustador mas muito engraçado) e uma minha com vários corações e estrelas e tem um que esta escrito "H+L", achei muito fofo, claro ficou com vergonha achando que era dramatico, mas eu peguei o desenho para mim mesma.

O Heitor estava no banheiro tomando banho, eu já tinha tomado enquanto isso mexia o celular pra ver se encontrava os meninos, so que o sinal é muito ruim. Ouvi os passos dele chegando e quando abriu a porta, quase babei vendo ele. Nós decidimos que ainda não estamos preparados para fazer aquilo, e que faremos quando os dois estiverem prontos e se já estiver na hora(provavelmente aos 18 ou depois), mas já demos uma pegadas de leve escondido. Apesar de ser orelhudo, é muito bonito com o cabelo caindo na sua cara e o abdomen bem definido. Mas acho que olhei por muito tempo

- Tá terminando de olhar, ou eu já posso me trocar - perguntou com uma cara maliciosa. Quando volto para realidade sinto meu rosto ficar muito quente

-Ah, não, não, não, não, não, pode se trocar eu não vou olhar- rio meio constrangida e me viro para a parede e espero se trocar

Depois que ele se troca, escovamos nossos dentes e fomos para a cama, eu dormi na cama debaixo e a mãe fez questão que a gente não dormisse na mesma cama. Quando apagou as luzes e foi embora, sussurei para o Heitor se estava acordado, precisava conversar. Respondeu  que sim, subi na cama dele e acendeu a luz do abajur:

- Eai, o que você quer falar?

- Eu queria dizer que, foi muito lindo você ter falado tudo aqui para os seus pais

- Tive que falar a verdade, você realmente é muito especial para mim e eu quero muito ter uma vida com você - para um segundo e fica com os olhos esbugalhados e um pouco corado- exagerei?

- Nem um pouco - falei sincera com um sorriso no rosto - eu também quero ter esse futuro - beijo sua bochecha

Ele ri e me da um selinho

- Mas eu fiquei super surpresa que você não falou quase nada pra mim sobre os seus pais, e principalmente a sua irmã! Nem irmã eu sabia que você tinha! - disse com os braços cruzados

- É que eu não sou muito de falar da minha família. Bom, mas agora que você conhece, o que você achou deles?

- Achei eles muito legais, apesar de me assustarem as vezes, e sua irmã é uma fofa, e preciso saber o que ela passa no cabelo dela que é mais bonito que o meu

Rimos baixo para não suspeitarem dá gente, so que tinha uma coisa que tinha por para fora:

- Mas amor, eu preciso falar um coisa que preocupa. Eu meio que estou com medo de nós separarmos de novo, apesar da profêcia, vai ser muito perigo com a Agência, quase fomos pegos pelo o Diretor e os agentes, e como você tinha dito, da um grande medo de a banda, os nossos amigos, as nossas famílias, você e até eu sermos pegos e pesos, ou até o pior de...de...de...- eu gaguejava

Não consegui completar a frase com lágrimas nos olhos, e estava falando muito rápido. Eu caio nos seus braços e ele me abraça forte deixando eu chorar no peito dele:

- Eu também estou com medo, preocupado com os nossos amigos, e a profêcia, mas vamos conseguir, não sei como, mas sei que vamos fazer isso juntos

Eu me afasto e olho nos seus olhos ainda, ainda com lágrimas. Coloca a sua mão no meu rosto e o seguro com força para não soltar mais:

- Promete que nunca vai me abandonar?

- Eu prometo com a minha vida, não importa o que a Agência faça, vou sempre ser seu e você sempre vai ser mim, ok?

-Ok

Estavamos sorrindo com brilho nos olhos, então me aproximei e beijei ele, com um beijo demorado cheio de esperança e amor, quando se afastamos por falta de ar, perguntei se poderia dormir com ele, e deixou, ficamos de conchinha bem proxímos um do outro. Pela primeira vez, depois de muito tempo, estava segura em volta dele:

- Boa noite Heitor

- Boa noite Layla