----------4 meses e meio depois----------
HANNA
-Kelebh levanta da porra dessa cama!- gritei
-Já levantei, olha- ficou de pé, mais ainda de olhos fechados
-Amor, eu estou preocupada com você- o abracei- Você não larga esse notebook, não para de trabalhar um minuto, estamos de férias e você continua-
-Desculpa amor, não vou mais fazer isso, pode quebrar esse notebook, eu deixo- beijou meus cabelos
-Eu sei que você vai fazer de novo- suspirei e sentei na cama- Você ficou acordado depois que fizemos amor ontem, não foi?- o encarei
-Fiquei...mais foi só até ás 02:30, eu juro- se ajoelhou na minha frente- Vem, vamos tomar banho- me pegou no colo
Entramos no meu banheiro de azulejos rosa, como eu já estava pelada entrei primeiro no Box, liguei o chuveiro e em seguida ele entrou me abraçando por trás, começou a dar beijinhos no meu pescoço enquanto eu começava a chorar.
Hoje é véspera de natal, agora são umas sete da manhã e aqui em casa acordamos cedo para os preparativos da ceia, e amanhã abriremos os presentes, são simples mais sempre presenteamos uns aos outros. Lembro-me de uma vez que meu anjo me presenteou com um pote de brigadeiro que ela fez com a ajuda da minha mãe, confesso que chorei esse dia.
Estamos em Sorocaba faz 4 dias, viemos na quinta e hoje é domingo, esses últimos meses o Kelebh anda trabalhando muito e eu estou morta de preocupação, o tempo todo ele está no computador resolvendo algo e isso me parte o coração, porque eu o amo e só quero o bem dele, já discutimos várias vezes por conta disso, algumas das brigas ficamos uma semana sem nos falar, chegamos até a pensar em termino.
Depois do último dia que estive na casa dele, não pisei mais lá, Alice só vai para lá porque o Kelebh está praticamente morando comigo, levou roupas, produtos de higiene, até outra cômoda ele comprou para colocar as coisas dele. Às vezes é estressante ficar praticamente morando com ele, pois eu pensei que ele fosse organizado, mas eu saio pra trabalhar e quando chego está tudo do avesso, andamos brigando por isso também, mas essas brigas são bestas, porque o idiota vem rapidinho me pedir desculpas.
Jonatas e Sarah andam numa melação só, é muito bom ver a felicidade do Jhonny, ele conseguiu um emprego na empresa do Maicon, está na parte de administração junto com rama. Eric conseguiu o emprego dele na revista e rimos muito lendo as colunas dele, e depois que eu não quis mais pisar meus pés na casa do Kelebh, ele também não quis, vive no apartamento com Aldo que também parece que se mudou.
Estamos todos em Sorocaba, menos os pais do Kelebh que estão no rio de janeiro, iremos passar o ano novo com eles, mesmo eu não querendo, todos insistiram para eu ir então eu vou. O Tomás veio com a gente, mas a Ângela anda irritada porque o pai não a deixa brincar muito com os meninos. Mas eu consegui que o velhinho deixasse os meus irmãos passarem as férias comigo lá em São Paulo, ou seja, um mês com meus bebês!
Hoje a noite, faremos a ceia cada um em suas casas, mas todo ano minha mãe junta a dela com a da minha tia e fazemos uma grande mesa no quintal, e este ano o pai da Alice e do Eric viram também, e claro o pai do Jhonny que está namorando com a minha tia, estão até pensando em morar junto, e ela quer ser mãe do Junior legalmente, o pai da Alice já está vendo os papéis.
Mesmo eu feliz com várias coisas que aconteceram esses últimos meses, fico triste pelo Kelebh está se matando desse jeito. Todos os dias ele fala que está só organizado as coisa e que rapidinho tudo vai se ajeitar, mas esse dia nunca chega.
-Amor não chora por favor- me virou para ele, mas eu não conseguia olhar nos olhos dele
Ele estava com olheiras, emagreceu mais, eu tento todos os dias enfiar comida na boca dele, mas é difícil. Muitas vezes a Lilian foi lá pro apartamento quando a gente brigava pra me pedir paciência com ele, me ajudava a fazer comidas saudáveis para ele, estávamos praticamente cuidando de uma criança!
-Ei! Olha pra mim amor- suspirei e o abracei com força- Hanna se você quiser, eu saio do trabalho, mas não vamos brigar de novo-
-Eu não quero que você pare de trabalhar, só que....precisa aprender a separar as coisas, Kelebh, você já se olhou no espelho, está magro, pálido, com olheiras- o encarei e ele chorava também- Amor por favor, você precisa se alimentar, hora de trabalhar é quando você está na empresa, se não conseguir fazer tudo lá, me pedi ajuda, mas não se mata por isso-
Ele me abraçou mais forte e assim ficamos por vários minutos. Peguei o sabonete e comecei a passar no seu corpo, agora um pouco magro, depois ele passou em mim e nos desensaboamos. Saímos do Box num silêncio e nos enxugamos, ele saiu do banheiro e eu fiquei, como minha roupa já estava lá a vesti,uma calcinha lilás, camisa dele e um short jeans. Penteei meu cabelo e deixei solto, sai do banheiro e ele estava deitado na cama só de cueca.
Caminhei até a cama e sentei do seu lado, ele estava de olhos fechados e com lágrimas nos olhos, limpei-as com o polegar e passei a mão pelo seu cabelo molhado.
-Amor, vamos tomar café- chamei
Ele abriu os olhos que estavam meio avermelhados, o castanho no seu olhar não tinha mais brilho. Me deitei ao seu lado e o beijei, ele me agarrou como se eu fosse embora em algum momento, chupava meus lábios com precisão enquanto nossas lágrimas se juntavam uma nas outras.
-Eu te amo- sussurrou ele partindo os beijos pro meu pescoço
Enquanto dava chupões no meu pescoço, sua mão invadiu minha blusa apertando meus seios e mamilos, soltei alguns gemidos baixos agarrando seu cabelo. Ele levantou minha blusa e começou a chupar meus seios, sua língua estava tão gostosa brincando com meus mamilos sensíveis, mas eu não queria fazer amor agora, até porque estamos tristes e a ponto de mais uma briga.
-Kelebh para, eu não quero- tirei sua cabeça dos meus seios
-Porque não?- perguntou com os lábios vermelhos- Você quer terminar? Não agüenta tudo isso que está acontecendo, não é?- seus olhos marejaram
-Kelebh...- ele me calou com um selinho
-Não me deixa amor, prometo que vou melhorar, eu vou....pegar mais leve no trabalho e volta a comer direitinho, vou até entrar pra academia e vou dormir mais- ele chorava
-Não chora, eu te amo, não vou terminar com você- o abracei- Me promete que vai fazer tudo isso que falou- pedi
-Prometo amor- limpou as lágrimas- Vamos tomar café- sentou na cama
-Dorme mais um pouco, é cedo, umas nove horas eu venho te chamar- ele assentiu e tirou minha blusa- Porque fez isso?-
-Pra dormir no quentinho- chupou cada um dos meus mamilos e deitou em cima dos meus seios
Ri dele e fiquei acariciando seus fios de cabelo, aos poucos ele foi se entregando ao sono, sua respiração foi ficando calma, seu corpo relaxado, e seu rosto sereno. Tirei-o de cima dos meus seios, e ouvi seus resmungos, ele anda resmungão ultimamente, rio com isso e o cubro, ligo o ventilador e saio do quarto.
Enquanto descia as escadas ouvia os soluços da Ângela, assim que cheguei na sala ela estava no sofá com o rosto todo vermelhinho, chorando encolhida no sofá, ela me olhou e esticou os bracinhos pra mim, fui até ela e a abracei, ela chorou ainda mais e meu pai entrou na sala, ela logo correu pro meu colo.
-Pare de chorar Ângela! Ainda mais sem motivos- esbravejou o velhinho e ela soluçava ainda mais
-Pai...para com isso, ta assustando ela- abracei ela mais forte
Ele a analisou e ficou a encarando por um tempo, ela tremia de medo no meu colo, acha que ele é capaz de batê-la, mas tenho certeza que não. Por fim ele veio até o sofá e tentou tocá-la, mas ela se agarrou ainda mais em mim.
-Ângela...porque está fugindo de mim?- perguntou agora triste
-Não me bate pa-papai- soluçou- E-eu juro q-que não brin-brinco mais com me-meninos- falava entre soluços
-Filha eu não vou te bater- tentou tocá-la novamente mais ela não deixava
-Viu só pai- o encarei brava- Vem meu anjinho- ela se grudou no meu corpo
Levantei e fomos para a cozinha, ao chegar lá minha mãe estava separando uns ingredientes enquanto conversava com o Tiago, ao ver o estado da Ângela os dois a encararam confusos, sentei no banquinho da cozinha com ela ainda no meu colo.
-Filha o que foi?- minha mãe agachou ao lado do banquinho
-O papai, e-ele vai me ba-bater- voltou a chorar e soluçar mais ainda- Mamãe e-eu juro que não fi-fiz por mau- se escondeu no meu pescoço
-Calma meu anjo- beijei os cabelos dela e meu pai entrou na cozinha
-O que você disse a ela Antony?- minha mãe indagou com a mão na cintura
-Eu só...- ela estendeu a mão fazendo sinal para ele parar
-Fala você filha, o que o idiota do seu pai falou?- Ângela me olhou como se me perguntasse se poderia dizer e eu assentir- Não tenha medo meu amor, qualquer coisa eu taco a chinela nele- o encarou furiosa
-Eu só fui brincar com os me-meninos- suspirou tentando controlar os soluços- O pai não gostou, mas eu não tenho ninguém para brincar mamãe, o Tomás veio por mim, ele me prometeu, somos melhores amigos- limpou as lágrimas
-Arruma sua mochila, eu liguei pro pai do Junior e deixei você tomar banho de piscina com eles lá, a tarde você vem com sua tia- ela olhou pro pai com medo- Não olhe pro seu pai, pode ir meu amor- ela desceu do meu colo
-Obrigado mamãe- olhou para ela com um mini sorriso e saiu correndo
-Marta ela não vai!- meu pai gritou
-Ela vai sim! Deixa a menina, Antony pelo amor de Deus, ela é criança precisa brincar, se divertir, você por um acaso já viu a Ângela com alguma amiga?- ele ficou em silêncio- Pois é, não! É difícil para ela fazer amigos, as meninas a acham estranha, não vê sua própria filha dizer, não adianta prender ela, um dia ela vai beijar alguém, namorar, é natural, mas não machuca ela- sentou cansada
-Pai...- chamei e ele me olhou- Você faz isso por medo que ela seja igual a mim?- perguntei
-Filha...é só que...eu sinto que não te dei a devida atenção e...aconteceu aquilo- tirou o seu chapéu- Mas...eu me orgulho de você, olha como está agora- sorriu
-Pai, assim como eu a Ângela vai aprender as coisas no tempo dela, não a prive de tudo, ela me implorou pra morar comigo da última vez que foi a São Paulo- ele franziu a testa
-Porque? Aconteceu algo?-
-Eu não posso falar, coisa de irmãs, mas ela está com muito medo que você bata nela- ele se assustou
-Eu? Mas eu nunca faria isso, é minha menininha- passou a mão pelos cabelos
-Viu só Antony- minha mãe cruzou os braços
-Amor não fica brava comigo, eu vou mudar!- foi até minha mãe
-Acho bom- levantou e foi pros armários
Eu e o Tiago caímos na risada, a Ângela voltou correndo com sua mochila nas costas animada e vestida num biquíni azul de babadinho, assim que olhou pro pai ficou acanhada e veio pro meu lado.
-Me ajuda com o vestido, qual eu escolho?- me mostrou dois
Um era vermelho com moranguinhos e o outro lilás com bolinhas, ambos de alcinha, apontei pro vermelho e ela vestiu, guardando o outro na mochila em seguida.
-Filha vem aqui- meu pai chamou e ela foi insegura- Eu nunca vou te bater ta bem? Nunca!- ela assentiu- Está linda, pode ir se divertir, sabe como nadar não é? O papai te ensinou- ela sorriu
-Sei sim, sou a melhor nadadora!- pulou de alegria
-Tenho certeza- pegou ela no colo que gargalhou alto
-Antony leva ela lá na casa do Junior- minha mãe pediu
-Vou aproveitar e comprar umas coisas que faltam para hoje, deixei dinheiro em cima da raque pra você compra coisas para decorar aí fora- colocou o chapéu de volta
-Vou sair daqui a pouco- avisou ela
Meu pai saiu e eu arrastei meu banquinho para a mesa, peguei um prato e cortei um pedaço de bolo, passei manteiga em um pão e me coloquei um pouco de suco de acerola no copo. Comecei a comer, e o Tiago que já comia ao meu lado me olhava.
-Porque está com essa cara de quem chorou?- perguntou e minha mãe se virou para me olha
-Brigou de novo com o Kelebh?- ela perguntou e eu fiz careta
-Não foi bem uma briga, discutimos um pouquinho, acabamos chorando- comi um pedaço de bolo
-Discutiram porque?- minha mãe sentou ao meu lado
-O de sempre, trabalho demais!- larguei o bolo sentindo meus olhos arderem- Mãe, você acha que estou exagerando? Me preocupando demais, pedindo pra ele parar com o trabalho em excesso?-
-Hanna minha filha, o nome disso é amor, você o ama por isso está tão preocupada, porque você não quer vê-lo doente ou magrinho como ele está ficando- ela enxuga uma lágrima que caiu- Ele vai ficar bem ta, estou fazendo uma carne de panela bem gostosa!- sorriu e voltou para as verduras que lavava
-Porque ele não vem tomar café?- Tiago perguntou
-Deixei ele dormir mais um pouco, já que ele ficou no computador outra vez até tarde- dei de ombros e voltei pro meu bolo
-Não só no computador, não é dona Hanna!- minha mãe me encarou e o Tiago começou a rir
-Mãe!- gritei quase me engasgo
-Eu não sou surda, deu pra ouvir- começou a rir junto ao boco do meu irmão
-Não tem graça, para!- pedi, devia estar vermelha de vergonha
-Não tenha vergonha filha, mas depois quero conversar com você- colocou as verduras numa vasilha
-Sobre o que?- a olhei confusa
-Sobre você e seu namorado, eu preciso saber como....vocês andam- ela falou, mas eu não entendi nada
-Mãe eu te conto tudo, sempre estou te ligando, não tem o que te falar mais, eu estou a quatro dias falando feito um papagaio da minha vida, não restou nada!- bebi meu suco
-Depois conversamos, agora me ajuda a cortar as verduras, e depois as mandiocas- colocou tudo em cima da mesa
-Vou ligar pro Eric e pra Alice, e pedir pra eles virem me ajudar- peguei meu celular
-Deixa de preguiça Hanna!- me deu um tapinha na mão
Procurei o contato do Eric e o liguei, chamou umas duas vezes e ele atendeu.
E- Hanna por Deus! São 07:30 da manhã
H- Para de reclamar, tenho uma tarefa para você
E- Lá vem, espero que seja algo bom de fazer
H- Cortar mandioca!
E- Só vou porque é mandioca e eu adorooo~ rimos
H- Não precisa ser agora, pode dormir, vou ser boazinha, venha umas nove horas
E- Ok, até as nove então beijos gata!
H- Beijos gato!
Desliguei o celular rindo, e liguei pra vaca amarela.
A-Vaca amarela falando
H- Vaca amarela quero você aqui ás nove para cortar mandioca junto com o Eric!
A-Ás nove em ponto estarei ai vaca marrom
H- Até daqui a pouco vaquinha!
A-Até vaquinha
Desliguei e minha mãe fazia algo na pia, enquanto o Tiago comia me encarando.
-Que foi?- perguntei
-Porque vocês se chamam de vaca? É bem estranho- eu ri e ele acabou rindo também
-Coisa de amigas!- peguei uma batata para cortar
-Mãe eu vou trazer uma pessoa para a senhora conhecer hoje, posso?- meu irmão perguntou de cabeça baixa
-Que pessoa?- ela o olhou e ele fechou os olhos- Tiago o que foi?-
-Eu....estou namorando com uma menina daqui da rua- confessou meio sem jeito e eu minha mãe sorrimos
-Quem é ela? Conhecemos?- perguntei empolgada
A primeira namoradinha dele! Sempre esperei esse momento, sou uma irmã muito protetora, sempre estou atenta se meus irmãos precisam de mim, mesmo de longe estou sempre ligando e querendo saber como estão.
-É a...Bruna!- minha mãe arregalou os olhos
-A filha da Meire?- ele assentiu- Por isso que eu via vocês de conversinha, a quanto tempo estão juntos?-
-Faz dois meses amanhã- nos encarou todo vermelho
-Pode trazê-la sim, fiquei ansiosa agora!- bateu palminha e pegou um pedaço de cenoura
-Porque não nos contou antes?- perguntei enquanto cortava minha batata
-Eu iria contar para você primeiro, mas sei lá....fiquei com vergonha.....E também andamos brigando muito esse mês-
-Porque?- minha mãe indagou
-Umas coisas ai! Eu vou subir- levantou com uma cara estranha
Lavou seu prato na pia e saiu cabisbaixo, eu e minha mãe nos olhamos.
-Aí tem!- ela falou
Vou deixar ele um pouco sozinho, mas depois vamos conversar, não gosto de ver ele e a Ângela triste. Quando você passa por coisas ruins faz de tudo para a que as de pessoas que você gosta não seja também, no caso, eu passei por algo ruim e não quero que meus irmãos passem por coisa parecida ou qualquer outra que os deixe triste.
Volto a cortar minhas batatas, e fico esperando dar o horário de acordar o Kelebh e dos meus amigos virem cortar mandioca.
ALICE
Acordo ás 08:00 da manhã depois de receber uma ligação da Hanna, tateio a cama atrás da minha gostosa parede de músculos, logo a acho e me agarro a ele. Sinto o se mexer e vira em minha direção, me abraça mais forte e beija meu pescoço.
-Bom dia gostosa!- apertou minha bunda
-Bom dia gostoso!- sou mais ousada e aperto seu pau que ostenta dureza
-Hummm...assim eu gosto, continua vai- mordeu meu pescoço
Ele colocou sua mão por cima da minha me auxiliando, faço movimentos de sobe e desce no seu pau e ele geme todo roquinho no meu pescoço. Tira sua mão de cima da minha e leva até minha intimidade já molhadinha, começa a me acariciar e agora nós dois gememos.
-Quero que me foda- peço ofegante
-É pra já- abri meus olhos e vi seu sorriso sacana
Tirou minha mão do seu pau e subiu em cima de mim, enfiando seu pau em seguida, arqueio meu corpo e começamos a nos beijar, suas investidas como sempre são rápidas e selvagens, ele belisca os meus mamilos e começa a chupá-los, puxo seus cabelos e começo a gemer, tudo se torna ainda mais intenso quando seus dedos começam a brincar com meu clitóris, gemo ainda mais alto.
-Loira, mais baixinho- pedi, mas isso é gostoso demais
-Não consigo, oohh- jogo a cabeça para trás quando o sinto crescer dentro de mim- Já amor?- pergunto
-Você me deixa louco, mais ainda não- deu uma estocada com força- Grita gostosa!-
Soltei um grito quando ele penetrou meu ânus com um dedo, começou com movimento devagar mais logo aumentou colocando mais um dedo, comecei a sentir meu orgasmo perto e agarrei as costas dele, me sentia preenchida de todas as maneiras.
-Goza vai loira, goza pra mim!- falou rouco
Isso foi o meu estrago, cheguei ao meu ápice gozando junto com ele, logo em seguida ele retirou os dedos do meu ânus e o pau da minha intimidade, me fazendo sentir um vazio esquisito. Nunca chegamos a fazer sexo anal, ele tem medo de me machucar muito, então prefere ficar só nos dedinhos, ele ficou um pouco traumatizado com o sangue da minha primeira vez.
FLASHBACK
Depois de passar por uma dor enjoada, o prazer tomou conta do meu corpo.
Sei que fui um pouco maluca de entregar minha pureza a um quase desconhecido, mas eu me senti tão bem quando o clima começou a esquentar que não quis parar, ele mesmo antes de saber que sou virgem estava carinhoso e atencioso ainda com seu jeito safado.
Comecei a sentir um formigamento estranho e meu corpo esquentar ainda mais, meus gemidos ficaram ainda mais altos, me agarrei a ele e liberei meu orgasmo. Respirei fundo quando senti algo quente dentro de mim, era ele gozando também. Caímos exaustos na cama, nunca pensei que sexo cansava. O olhei um pouco envergonhada e ele sorriu acariciando meu rosto.
-Você é linda!- me deu um selinho- Foi maravilhoso, você gostou?-
-Gostei muito, foi...maravilhoso para mim também- sorri envergonhada
-Eu te machuquei em algum momento?- me analisava preocupado
-Não, foi...perfeito- colei meu corpo ao seu- Foi melhor do que eu imaginava ser, na verdade, superou toda minha imaginação- confessei
-Como imaginava?- indagou curioso
-Acho que a maioria das adolescentes sonham como eu, um quarto cheio de pétalas de rosas, a cama toda decorada e linda....e o mais importante...seu príncipe encantado te esperando- me escondi no seu peito- É meio idiota, eu sei- ri
-Não é não, se me dissesse antes, talvez eu realizasse- o encarei e ele sorria- Está dolorida?- mudou o rumo da conversa
-Um pouquinho, não se preocupa- olhei pro meu corpo
Ele seguiu meu olhar e me analisou também, olhei para o corpo dele e foi ai que percebemos um pouco de sangue no seu membro e ao olhar pro lençol lá estava a mancha pequena, mas que para ele foi um estrago.
-Alice!- levantou assustado
Virei meu corpo e fiquei deitada na cama, ele me analisou por completo e ao chegar na minha intimidade seus olhos cresceram.
-E-eu te machuquei! Me desculpa Alice- sentou na cama me olhando- Você está sangrando! Eu sou um idiota!- passou a mão pelos cabelos
-Rama eu....- ele nem me deixou completar
-Não devíamos ter feito isso! Eu não devia ter feito isso com você, olha o que eu fiz- apontou e seus olhos marejaram- Está doendo muito? É melhor ir pro hospital- levantou andando pelo quarto e eu sentei na cama
-Rama isso é normal- gritei pra ele para de andar
-Claro! É super normal eu te machucar!- falou irônico
-Acontece isso com a maioria das meninas na primeira vez, é normal sim- ele parou o que estava fazendo- Estou falando sério, você não me machucou-
Ele voltou até mim e limpou as pequenas lágrimas no rosto, olhou novamente pro meu corpo inteiro e depois para o dele.
-Tem certeza?- fez careta e eu assenti- Me espera aqui- pediu e foi para o banheiro
Encarei a pequena mancha, queria contar pra minha mãe que já não sou mais virgem! Suspirei e sorri para a bagunça do quarto, tinha até esperma na cama, ri ao ver isso. Escutei barulhos no banheiro, depois um som de água e fiquei aguardando.
Não demorou muito ele voltou, pegou-me no colo levando até o banheiro, onde tinha uma banheira cheia de espumas e pétalas de rosas, o cheiro era maravilhoso.
-Não pude decorar o quarto, mas acho que isso compensa- me deu um selinho
Entramos na banheira e ficamos abraçadinhos, trocamos carícias, beijos, abraços, e eu gozei mais uma vez aquela noite em seus dedos. Tomamos um banho quente e ele arrumou a bagunça na cama, nos deitamos e meus olhos já fechavam, mas antes de cair no sono achei que escutei algo.
-Você é linda, parece uma princesa de filme- alisava meu cabelo- Essa foi uma noite muito especial para mim, nunca gozei tanto, nunca fui tão carinhoso e atencioso como sou com você, nunca sorri tanto....nunca amei tanto- falou bem baixinho a última parte- Eu te amo Alice Miller!- foi a última coisa que ouvi
Nunca perguntei se foi verdade, ou coisa da minha cabeça....
-Gostosa? No que pensa tanto?- voltei a realidade olhando para ele
-Na nossa primeira vez- sentei na cama- Você ficou surtando por causa do sangue- ri e ele sentou me abraçando
-A idéia de ter te machucado... Me deixa maluco- me apertou- Nunca vou fazer isso, eu te amo- beijou minha testa
-Eu sei amor- sorri para ele- Loiro, no dia da nossa primeira vez, você disse que me amava?- ele se assustou
-Você escutou tudo que eu disse?- assenti e ele corou- Aquela noite foi mais que especial pra mim Alice, eu nunca me senti tão bem, queria te pedir em namoro no dia seguinte, mas eu era mulherengo demais, você não me merecia, mas não conseguia me distanciar de você-
-Fofinho- apertei o nariz dele- Vamos tomar banho- fiquei de joelhos na cama
O olhar do faminto do meu namorado foi para minha intimidade, ele deitou abaixo das minhas pernas e começou a me chupar, peguei o pau dele com a mão e me debrucei por cima dele colocando na boca, e começamos um gostoso 69...
.~.~.~.~.~.
-Amor desculpa! Vem aqui- meu namorado me puxou para perto dele- É melhor pegarmos mais leve da próxima vez, mais amor e menos selvageria- agarrou minha cintura e eu ri
-Senhor protetor, para com isso! Você não machucou amor, só que quando você me dá cupões é óbvio que irá ficar marcado- olhei pro meu corpo molhado pós banho
-Tudo bem agora vamos comer, a senhorita tem que ficar forte- terminou de vestir a calça
Ri dele e fui pro quarto pegar uma roupa, depois daquilo na casa do rama, ele ficou muito preocupado com a minha alimentação, foi numa nutricionista e mandou fazer um cardápio para mim, tem até print no celular pra não esquecer.
Visto uma calcinha Pink e um vestido leve branco, penteio meus cabelos e deixo-os secar naturalmente, passo um hidratante labial, creme de pele e desodorante. Assim que termino encontro meu namorado olhando pra mim sentado na cama, morro de vergonha quando ele me admira demais, percebendo isso ele vem até mim pega minha mão e saímos do quarto.
Atravessamos o corredor e ao chegar na sala escuto as fungadas do meu pai, olho pro sofá e o encontro sentado chorando olhando uma foto da mamãe. Corro até ele e o abraço.
-Pai, o que foi?- o encaro já com os olhos marejados
-Só saudade dela- encarava a foto- Você é a cara dela sabia? Os mesmos olhos, nariz, boca, até o jeito de ser- me abraçou
-Pai aconteceu alguma coisa?- tem dois anos que ele não fica assim
-Você acha que sua mãe ficaria triste se eu...encontrasse outra pessoa?- perguntou receoso
-Claro que não pai, lembra o que ela disse no hospital?- ele assentiu- Para que você fosse feliz, que se apaixonasse de novo porque você merece, foi o melhor homem da vida dela, companheiro, que largou tudo pra cuidar da gente - eu já estava chorando e até meu namorado estava emocionado- Você encontrou alguém?- ele limpou as lágrimas e assentiu- Eu conheço?- negou
-Não, eu a defendi em um julgamento há dois anos atrás, foi o segundo depois que me formei- pigarreou- Ela era casada com um cara que a agredia, ela nunca o denunciou, até o dia em que ele a espancou e ainda quis bater na filhinha deles- arregalei os olhos e ele suspirou- Ela o denunciou, eles se separaram, mas o filho da mãe não foi preso e quis a guarda da menina, é aí que eu entro, fui contratado como advogado dela e ganhei a audiência- sorrimos
-E depois vocês mantiveram contato?- perguntei interessada
-Ah, não! Nos reencontramos a uns meses atrás e eu a chamei pra sair, foi meio embaraçoso, não sei mais como faz isso, mas acabou que ela aceitou e começamos a sair- falou tímido
-Vocês estão...namorando?- ele assentiu- Á quanto tempo?-
-2 meses, desculpa não ter te dito antes- eu sorri
-Não precisa se desculpar, está feliz?-
-Muito, só que...ás vezes penso que estou fazendo errado com você e a sua mãe- olhou para a foto
-Mas não está, tenho certeza que ela está feliz por nós- o apertei- Quando vou conhecer a sua namorada?-
-Eu pensei em trazê-la hoje no jantar na casa da Hanna, se vocês não se importarem claro!- me olhou
-Tudo bem pode trazê-la sim, e qual o nome dela?-
-Marcela, tenho uma foto aqui, quer ver?- assenti
Ele pegou o celular e procurou a foto, demorou alguns minutos, mas achou. A mulher era um pouco alta, cabelos cor de chocolate no ombro bem liso, o corpo bem magrinho e os olhos cor chocolate, ao lado dela devia ser a filha que aparentava ter uns 8 anos, era a cara dela, só o cabelo que era mais longo e ondulado, meu pai estava ao lado delas com a menina no colo todos sorrindo.
-Quantos anos elas tem?- perguntei enquanto analisava a foto
-Marcela tem 35, e a Manuela 8- falou com um sorriso no rosto
-A Manuela te chama de pai?- me bateu um ciúme de leve e rama riu
-Uma vez ela chamou sem querer, só que a Marcela não acha bom porque ela já tem pai- ele suspirou- A Marcela é bem ingênua, não quer o mal de ninguém, nem mesmo do filho da mãe que a espancou- falou com raiva
-Bom, a noite então eu as conhecerei, mas agora estou com fome- passei a mão pela barriga
-Tudo bem Ramiro?- meu pai perguntou
-Tudo ótimo sogrão!- sentou-se no sofá sorridente
-Dormiu muito tarde ontem Alice! E fez barulho demais- meu pai cruzou os braços e cerrou os olhos para o meu namorado
-Pai!- coloquei as mãos no rosto
-Não fica com vergonha agora, não adianta mais- se emburrou- Eu espero que você esteja cuidando bem da minha menininha...-
-Eu sempre cuidei bem dela- rama começou a se irritar- A Alice não é mais nenhuma menininha, e não é só porque eu tirei a virgindade dela que vou maltratá-la, ou sei lá o que você pensa de mim- cruzou os braços
-Amor, o meu pai só está preocupado, não precisa se irritar- fui pro lado dele
-Ramiro me desculpe, mas é que...não consigo pensar na Alice como mulher, é difícil pra mim, continua sendo a bebê que eu troquei fraldas, ensinei a andar, falar...- seus olhos marejaram
-Eu acho que te entendo, mas eu juro que não vou fazer nenhum mal a ela, de vez em quando eu dou umas pisadas de bola, mas é que ela é minha primeira namorada, estou aprendendo com ela, mas Alice sabe que pra mim é como se ela fosse de vidro e fosse quebrar a qualquer instante- eu ri
-Pois é, ele vivi sendo o Sr protetor, sempre cuidando demais de mim- rimos
-Nós até estamos conversando sobre casamento, pretendemos nos casar, e num futuro próximo construímos nossa família, que pelo jeito vai ser enorme, cheio de crianças- meu namorado sorriu
-Já? Casamento e filhos?- meu pai se assustou
-Pai não é agora, estamos pensando ainda quando, mas queremos- expliquei
-Aaaaaaaaaaaaa- rama deu um grito e levantou os pés do chão
-Amor o que foi?- perguntei assustada e já levantei meus pés também, vai que é um bicho
-Um negócio peludo tocou minhas pernas- olhamos para baixo, mas não tinha nada
-Não tem nada aqui- meu pai falou
-Aaaaiiiiiiiii- gritou de novo- mordeu meu braço! Amor tem um bicho no seu sofá- levantamos assustados
-Olha ali- meu pai apontou pra um montinho debaixo da capa de sofá
-Deixa que eu pego- meu namorado foi até o sofá
-Amor cuidado- abracei meu pai
Ele levantou a capa do sofá e colocou a mão, o montinho se mexeu e nos assustamos, rama continuou tentando pegar a coisa, mas ficava se mexendo demais. Uns 4 minutos depois ele agarrou o bicho e puxou para fora.
-Oh meu Deus!- ele riu- Vem com o papai- abraçou o bicho,mas como estava de costas não dava pra vem, deve ser bem pequeno
-Amor o que é?- tentei olhar
-Olha que fofo- virou-se com um gatinho branco bem pequenino no colo
-Que bonitinho- fui pro lado deles e alisei o gatinho
-Nem inventa de ficar com esse gato, vai encher a casa de pelo- meu pai foi pra cozinha
-Qual é sogrão? Amolece esse coração ai, olha que coisa mais linda do papai- abraçou o gato e eu ri- Loira, como eu vou saber se é fêmea ou macho?- balançou o gato no ar
-Me dá aqui- peguei o gatinho cheio de pelos e virei pra ver- Acho que é fêmea- ele pegou de volta
-Minha bebezinha, tem que pôr um nome- pensou- Dulce Maria!- sorriu
-Ramiro! Vai ser o nome da nossa filha, não bota no gato!- bati nele
-Que filha? Você está grávida Alice?- meu pai se assustou
-Não pai, é que se quando eu ficar grávida for menina será Dulce Maria, e menino será Alejandro, nós já escolhemos- ele assentiu fazendo careta- Escolhe outro nome loiro- mandei
-Bolota! Olha como ela é peludinha e gostosa- alisava a gata que já dormia no seu colo
-E manhosa- alisei ela também
Ficamos a alisando e ela dormia no colo do rama que estava todo babão pela gata, olhei pra ele que sorriu e lhe dei um beijo, foi quando a Bolota miou pela primeira vez.
-Amor ela é ciumenta- nós rimos- E está toda suja, papai vai dar banho no meu bebê- deu ela pra mim- Amor onde tem um pet shop? Vou compra a ração e outras coisinhas pra ela- levantou animado
-Indo direto aí na rua, quebra pra esquerda, lá na ponta tem um pet shop- meu pai falou
-Valeu sogrão! Vou pegar a carteira- sumiu no corredor
-Esse seu namorado é maluco- meu pai falou
Fiquei alisando a gatinha que voltou a dormir, meu namorado voltou me deu um selinho, um beijinho na gata e acenou pro meu pai saindo em seguida, me levantei com minha mais nova pimpolhinha no colo e sentei na bancada da cozinha.
-Alice! Vai comer com a gata no colo?- me olhou bravo
-Pai ela está dormindo, olha que fofa- acariciei ela- Enquanto ela descansa no meu colo eu ataco a comida- peguei um pão com queijo e presunto que ele havia colocado
-Ai ai, dona Alice- continuou a comer
-Me fala mais da Marcela, senhor André- cerrei os olhos pra ele que riu, chamo ele assim quando estou brava
-O que quer que eu fale? É só perguntar- apoiou os cotovelos na bancada
-Ela...já disse que te ama?- ele corou- Que fofo, você está todo vermelhinho- ri dele
-Já dissemos um pro outro- bebeu um pouco do suco
-Quando?- tomei o meu também
-Mês passado quando comemoramos 2 meses de namoro, vamos completar três dia 31, ou seja, no ano novo- sorriu
-É bom te ver feliz, senhor André- rimos- Ela já dormiu aqui em casa?- ele arregalou os olhos
-J-já ju-junto com a Manuela- gaguejou um pouco e eu prendi o riso
-E sem a Manuela?- sua cara de espanto me fez explodir numa gargalhada
-Alice!- bebeu seu suco desesperado
-Fala logo pai! Já transou com ela?- fui direto ao ponto
-Alice, eu sou seu pai, não devia perguntar essas coisa- levantou irritado
-Deixa de coisa pai, estou só preocupada com meu velhinho- ele cerrou os olhos pra mim, odeia quando o chamo de velhinho- É sua primeira namorada depois da mamãe, e só temos um ao outro pai, eu cuido de você e você cuida de mim- ele acabou sorrindo
-Ainda não...fizemos isso- confessou me deixando surpresa
-Não? Porque não?- mordi meu pão
-Eu tenho receio, por conta da sua mãe, eu não sei Alice, ás vezes penso que estou traindo ela- passou a mão nos fios de cabelo quase grisalhos- A Marcela quer, mas disse que tudo bem esperar até eu me sentir confortável- assenti
Deixei esse assunto pra lá, porque ele ficou envergonhado e todo vermelho, então foi a vez dele de perguntar sobre o meu relacionamento, e disse que iria tentar pegar leve com meu loirinho. Continuamos a conversar sobre várias coisas e nos distraímos facilmente enquanto Bolota dormia.
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Bolota se mexia um pouco no meu colo, quando a olhei ela miou.
-Será que é fome?- perguntei ao meu pai
-Deve ser- veio ao meu lado e a analisou- Ela está imunda- rimos
-Papai chegou!- meu loirinho entrou cheio de sacolas e eu me espantei
Bolota logo se levantou do meu colo e ficou miando pra ele que largou as sacolas no sofá e veio pegar ela de mim, gata traíra já estava se esfregando nele toda mimada.
-Sentiu saudades do papai bolotinha?- ele perguntava e ela miava
-Loiro, o que tem naquele tanto de sacola?- indaguei e meu pai riu
-Coisas pra minha Bolotinha- balançou ela no ar- Segura ela- me deu e foi pra sala
-Vem ver amor- me chamou todo empolado
Sentei no sofá com Bolota no meu colo e meu pai do meu lado, rama abriu a primeira sacola e tirou uma caminha vermelha com o colchãozinho de listras brancas, na outra sacola tinha os pratinhos de água e de ração, a caixinha de areia, e a areia. A próxima sacola tinha dois sacos médios de ração, e a última um arranhador pequeno, duas roupinhas, uma coleira, shampoo e condicionador, perfume e mais alguns brinquedos. A safada da Bolota pulou no colo dele e miou.
-Gostou Bolotinha?- ela miou- Papai também-
-Eu quero a nota fiscal Ramiro!- cerrei os olhos pra ele que me olhou assustado- Agora!- gritei e a gata abaixou as orelhas e o rabo enquanto meu pai ria
-A mamãe é brava- me entregou a nota
R$ 195,65
Abri a boca e encarei o idiota que brincava com a gata traíra e interesseira.
-Diz pra mim que você não gastou tudo isso num gato!- esbravejei
-Gastei amor, não fica irritada, foi baratinho- deu de ombros- Agora papai vai dar banho na minha Bolotinha- levantou com a interesseira no colo- Me ajuda amor- pediu ao pegar duas das sacolas
Peguei a outra sacola, e a da ração pedi pro meu pai colocar na cozinha, entramos no corredor e fomos pro meu quarto, colocamos as sacolas na cama e começamos a arrumar tudo no lugar, enquanto Bolota nos encarava curiosa com tudo, rama ainda me fez por as coisas de higiene dela junto as minhas. Minutos depois ele começou a tirar a roupa pra tomar banho com a gata.
-Vai ficar pelado?- perguntei alisando a bolinha de pelo
-Claro! Vou praticamente tomar outro banho- levantou para tirar a cueca
-E se ela arranhar seu pau, gatos não gostam de banho- ele sorriu- Tira a cueca, mais bota um calção de banho- mandei
Ele foi até a mala e pegou o calção vestindo no lugar da cueca, pegou bolota da cama e fomos pro banheiro, assim que ele ligou o chuveiro ela começou a miar e arranhar ele que dizia que não doía. Pra ficar melhor fui até a área de serviço e peguei uma bacia um pouco grande que tinha lá, rama sentou no chão do Box e encheu a banheira colocando ela dentro, pra não ficar muito gelada misturando com a água quente e ficou morninha, a safada começou a gostar do banho.
-Ta gostando da água Bolota?- ela miava e eu ria deles- Papai também, chama a mamãe pra entrar- apontou pra mim e ela me olhou miando
-Essa gata é bem inteligente, mas eu não vou tomar outro banho- ele riu
-A mamãe é porca, vem aqui Bolota- pegou ela colocando no colo
Começou a passar condicionador, meu namorado cantava canções de criança, como se realmente ele estivesse cuidando de uma, e isso me fez pensar em quando tivermos os nossos, será que ele vai ser assim também? Ou ainda mais babão? Fiquei perdida em meus pensamentos que quando vi a safada tinha fechado os olhos pra dormir.
-Amor ela vai dormir- avisei
-Ei Bolotinha, não é pra dormir, olha pro papai- ela miou e se esfregou nele
-Acho que ela está com sono- me agachei perto deles- Papai está demorando não é meu amor?- ela miou
-Ta bom, papai vai adiantar agora- pegou ela e colocou de volta na bacia
Ele começou a fazer palhaçadas com ela na água pra não dormir, a safada é mimada mesmo, não agüentei com os dois e comecei a gravar pra mandar pras meninas.
-Olha pro papai Bolotinha, não dorme- ela miava alto- Já está acabando, Bolota- passava a mão pra tirar o condicionador dela- Pronta, olha que linda do papai- balançou ela no ar- Agora vamos te secar, passar um perfume pra ficar cheirosinha e coloca seu vestidinho de natal que o papai comprou- ela miou se aconchegando- E claro você tem que comer, depois eu deixo você dormir, tudo bem?- ela miou e nós rimos
Parei de gravar e fomos pro quarto, assim que liguei o secador ela ficou com medo e se escondeu, rama pegou ela e segurou pra secá-la logo, aos poucos ela pareceu se acostumar e já dormia de novo no colo dele. Terminamos de secar ela e ele colocou o vestidinho, ficou tão linda! Peguei o prato de comida dela e fui lá embaixo encher de ração, quando voltei, ela devorou totalmente o prato, meu namorado arrumou a caminha dela e assim que terminou de comer colocamos ela lá que dormiu rapidamente. Rama foi pro banheiro para tomar um banho de verdade e eu fiquei o esperando deitada na cama.
-Achou fácil ou difícil?- perguntou meu namorado, ao sair do banho
-Meio a meio, ela é muito manhosa- encarei Bolota dormindo
-Quando tivermos nossos filhos, como você acha que será?- pegou sua roupa em cima da cama
-Não sei loiro, no começo acho que pode ser difícil, mas com o tempo vamos pegando as manhas, assim como com Bolota- ele vestiu a cueca e veio deitar do meu lado
-Você tem razão- me beijou- Já imaginou você de barrigão? Porque eu já, irá ser a grávida mais linda desse mundo- sorria igual bobo
-Você falando assim vou chorar daqui a pouco, é tão fofo- beijei o rosto dele todo
-Filha!- meu pai chamou e olhamos para a porta- Eu estou saindo, vou encontrar a Marcela- falou um pouco tímido
-Tá bem, se chegar e eu não estiver aqui, estou na casa da Hanna, vou cortar mandioca- ele riu
-Cadê a Bolota?- perguntou e apontamos pro cantinho onde tinha a caminha dela- Até que é bonitinha!- rimos dele- Vou indo, juízo em!- olhou principalmente pro meu namorado que assentiu
Ele saiu e voltamos a nos fitar e ficarmos abraçadinhos, rama dava beijinhos no meu pescoço e rosto, escutei o barulho do carro do meu pai ir embora, senti a mãos do meu namorado irem pros meus seios.
-Controla as mãos bobas Ramiro- avisei e ele sorriu
-Quer fazer amor?- perguntou um pouco vermelho e eu assenti- Te amo- começou a me beijar
E começamos tudo de novo....
ERIC
Não sei pra que porra a Hanna me ligou tão cedo, não consigo mais dormir!
-Querido- balancei Aldo- Acorda, tô de pau duro- ele sorriu ainda de olhos fechados
-Você não presta querido, safadeza a essa hora da manhã?- riu me abraçando- Bom dia- beijou meu pescoço
-Bom dia, agora vamos transar- fiquei por cima dele
-Querido, calma!- ele riu e abriu os olhos- O que te deu hoje?-
-Vontade, igual todos os dias- ele riu mais ainda- Vai amor- pedi com carinho, ele ama quando o chamo de amor
-Eric! Aquieta o fogo, não bastou ontem a noite?- me jogou pro lado e sentou na cama revelando seu pau, duro também!
Ontem fomos dormir umas 3 da manhã transando, e a melhor parte é que como ficamos exaustos dormimos pelados, o que facilita nesse momento.
-Não! Olha pra você também- apontei pro seu enorme e delicioso pau- Libera vai!- fiz bico
-O que eu faço com você?- me beijou
-Me dá essa sua bunda- dei um tapa na mesma e ele riu
-Agora não ta, estou cansado por ontem, mais tarde- me deu um selinho
Não me agüentei e cai de boca naquele pau grande, grosso e gostoso, comecei chupando só a cabecinha, mas como eu não me agüento logo cai de boca, o encarei e ele sorria, aos poucos fui engolindo tudo fazendo-o gemer alto. Dei várias investidas de garganta profunda o fazendo delirar, o gemido rouco dele só me deixava com mais vontade, massageei suas coxas e acariciei suas bolas.
-Eric...para vai- agarrou meu cabelo
Tirei a boca do seu pau e desci pra suas bolas chupando e sugando, ele arqueou o corpo e gemeu, enquanto chupava o punhetava, ele já estava delirando, o sentia crescer em minhas mãos. Na cabecinha do seu pau já se avistava o liquido pré-gozo, voltei a chupá-lo e o penetrei com um dedo, ele arqueou as costas e gemeu mais ainda, coloquei mais um e comecei a investi naquela bunda gostosa. Mais alguns minutos e ele não agüentou gozando em minha mão e na própria barriga, lambi tudo e levantei da cama sorrindo vitorioso.
-Um dia você ainda vai me matar- deitou
-Só se for de tesão- rimos- Vem vamos tomar banho, daqui a pouco meu pai vem encher o saco a essa hora da manhã- entrei no banheiro- Quando é pra acordar cedo pra trabalhar ninguém levanta, mais ai chega as férias todo mundo levanta com os galos de manhã- liguei o chuveiro- Aldo! Levanta e vem logo!- gritei
Odeio acordar cedo! Ultimamente tenho acordado cedo pra ir trabalhar, e quando penso que vou descansar nas férias, meu pai vem bater todo dia às 08:00 da manhã na minha porta, e hoje foi a Hanna, que saco, esse povo não tem o que fazer!
Meu pai assumiu que está namorando com a Lidia, eu quase tive um treco no telefone. E pior foi no primeiro dia aqui em casa, escutar os dois transando, esse dia meu pau não subia de jeito nenhum! No outro dia eles ficaram morrendo de vergonha quando eu comentei, outra chatice desse povo, tudo tímido, por isso que eu faço questão de gritar em alto e bom som, TODO MUNDO TRANSA! E sempre recebo tapas e risos.
Esses quatro meses pra mim foram bastante proveitosos, consegui me restabelecer financeiramente sem precisar de mesada do meu pai, Aldo está quase morando comigo, porque depois do que aconteceu com a Hanna é óbvio que eu não voltaria pra lá, e estou muito feliz do meu namorado está quase morando no meu apê, é bem divertido!
Mas enquanto eu estou feliz o namoro da minha amiga não vai bem, todos estão preocupados com a Hanna e o Kelebh, nunca os vi brigar tanto, e vê-la chorar por não saber o que fazer é de partir o coração, o Kelebh anda parecendo uma criança ultimamente, mas estamos tentando ajudar, espero que esteja tudo bem com eles.
-Querido, você viu minha pantufa- Aldo entrou no banheiro pelado
-Porque quer pantufa se vai tomar banho?- eu ri- Vem logo- chamei
Ele veio relutante e entrou no Box me abraçando, trocamos uns beijinhos e ele sorriu safado.
-Quer que eu retribua?- perguntou e eu assenti
E lá vamos nós pra um oral gostoso no banheiro...
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-Bom dia pai, bom dia mãe!- os dois sorriem para mim
Me acostumei a chamar a Lidia de mãe!
-Bom dia filho!- falaram juntos
-Bom dia sogrinho e sogrinha- meu namorado sentou na mesa
-Bom dia Aldo- sorriram pra ele que retribuiu- Eric você fez muito barulho ontem, quer dizer, vocês dois- meu pai nos olhou
-Vamos falar de novo sobre esse assunto, que saco!- sentei irritado- Todo mundo aqui transa ta legal, até vocês, eu não me esqueci da segunda-feira- os relembrei
-Cícero o Eric tem razão, não adianta brigar com ele- Lidia me defendeu
-Já disse que te amo hoje mãe?- sorri pra ela, logo seus olhos marejaram
-Acho que vou me emocionar todas as vezes que você me chamar de mãe- caiu umas lágrimas no seu rosto
-Não chora mãe- me levantei indo até ela na cozinha- Te amo mãe- a abracei deixando um beijo na sua testa- Agora sai dessa cozinha e vem pra mesa- puxei ela
-Eu vivo falando isso pra ela, mas sempre apanho- meu pai reclamou e rimos
Sentamos todos a mesa e começamos a tomar café da manhã, Aldo não parava de conversar sobre contabilidade com o meu pai, enquanto eu falava de fofocas com a minha mãe. Minha mãe! A Lidia me criou desde que nasci, minha mãe biológica nunca ligou muito para mim, já a Lidia me amava e me tratava como se eu realmente fosse filho dela.
-Mãe, vai comprar os presentes hoje ou já comprou?- perguntei animado
-Já comprei, o de todos- olhou para todos a mesa
-Eu também, estou louco pra entregar o seu- me animei
-Filho, não precisava me dar nada, meu maior presente já é você, sabe disso- e voltou a chorar- Eu nunca pude ter filhos e você só chegou pra alegrar os meus dias desde bebê- meu pai a observava com carinho
-Não chora, assim eu choro também- a abracei de lado- Posso fazer uma pergunta pra vocês?- perguntei me referindo aos meus pais
-Claro filho- meu pai sorriu
-Eu sei que vocês só me disseram a três meses que estão juntos, mas também sei que não é verdade- eles se entreolharam- A quanto tempo vocês estão enrolados?- pergunto por fim
-Desde que me divorciei da Ana -segurou a mão da Lidia- Depois que você nasceu a Ana mudou completamente e contratou a babá, assim que a Lidia chegou não tirei os olhos dela- sorriram
-Você traiu a jararaca?- indaguei perplexo
-Não! Eu nunca faria isso, mesmo tendo sentimentos claros pela Lidia, eu respeitava a Ana e o nosso relacionamento, mas aí quando você tinha 6 anos tudo começou a desmoronar, tentamos manter as aparências pra você não se traumatizar, mas descobri que a Ana me traia, foi quando conversamos e pedi o divorcio, enquanto os papéis não saiam comecei a me relacionar com a Lidia, e desde então estamos aqui, só que não sabíamos como você reagiria-
-Reagiria muito bem, melhor coisa é ter a Lidia como mãe- beijei o rosto dela
Escutamos palmas vindas da sala e quando olhamos, lá estava a jararaca, a mulher que largou o filho de sete anos com o pai e a babá e não voltou mais.
-Era só o que me faltava, olha a jararaca ai gente- a encarei com cara e deboche
Ela caminhou batendo seus saltos no chão até onde estávamos e encarou a todos, meu pai e a Lidia estavam de mãos dadas apertando um ao outro, e Aldo me encarava como se perguntasse se estava tudo bem.
-Não sabia que tinha filho Lidia- me olhou dando um meio sorriso- E você deve ser o Eric, pintou o cabelo de ruivo?- foi pro lado do meu namorado
-Na verdade eu sou...- Aldo começou
-Ele é meu namorado, isso só prova o quanto você me conhece- a encarei irritado e ela arregalou os olhos- Fala logo o que quer, não vê que estamos tomando café em família- levantei
-Vo-você é o Eric? E gay?- arregalou os olhos
-Sou eu sim, e gay, algum problema?- ergui a sobrancelha
-Eric! Ela é sua mãe- meu pai me repreendeu
-Mãe? Essa aqui é minha mãe?- ri ironicamente- Mãe é quem cuida e quem ama, e a única pessoa que representou esse papel foi a Lidia, ela sim é minha mãe- Lidia levantou e me abraçou
-Só esperou eu sair pra tomar meu lugar, não é Lidia?- a jararaca falou
-Ela não tomou lugar de ninguém Ana, você é que foi embora largando tudo, até o seu próprio filho- meu pai levantou irritado- Fala logo o que você quer e vai embora!-
-Eu soube que o Eric estava aqui, só vim ver ele- me olhou
-Já viu, agora cai fora- os olhos dela marejaram- Minha querida isso aqui não é novela não, vai fazer o que para sentirmos pena? Chorar que nem a Carminha, e dizer que está arrependida, que me amava?- eu ri- Vai logo embora, seu maridinho está te esperando, não foi por ele que você me trocou?-
Ela suspirou e mexeu na bolsa, tirou um envelope de lá e uma carta, encarou os dois e estendeu o braço pra me entregar, peguei meio receoso e ela fechou a bolsa dando meia volta pra ir embora.
-O que é isso?- perguntei
-Abra que irá saber, e me desculpe por tudo- virou o rosto cheio de lágrimas- E você tem mesmo razão, a Lidia sempre foi sua mãe, eu não soube fazer o papel- caminhou pra ir embora
Vendo-a caminhar comecei a me sentir mal, sei que ela me abandonou, mas..... Droga de coração mole!
-Espera!- chamei- Senta aí- apontei pro sofá
Ela me olhou meio receosa, mas acabou sentando, caminhei até a sala e me sentei num sofá à frente do dela, olhei o envelope e a carta em minhas mãos e a encarei.
-Qual eu abro primeiro?- perguntei
-Pode ser o envelope- apontou e limpou as lágrimas
Coloquei a carta do meu lado e abri o envelope, olhei para dentro e vi várias fotos, tirei a primeira e era eu bebê, a segunda eu e ela no meu aniversário de cinco anos, outra de nós dois na casa da vovó, minhas apresentações de dia das mães na escola, cartinhas que eu a entreguei, até as que mandei depois que ela foi embora. Involuntariamente comecei a chorar, e a última coisa que peguei foi minhas colunas na revista, olhei para ela que chorava também.
-Porque tem tudo isso? Até minhas colunas na revista, sendo que nem sabia quem eu era?- suspirei e Aldo veio sentar do meu lado me abraçando
-Minha filha comprou essa revista e quando vi seu nome, eu guardei e passei a compra todas depois disso- tentou limpar as lágrimas que insistiam em cair- E ás outras coisas eu guardei porque nunca foi minha intenção te abandonar, pensei que em algum momento eu poderia te visitar, mas não consegui-
-Porque não conseguiu?-
-Eu te odiava, não queria ficar grávida naquela época... - eu ri
-Era só usar camisinha- falei em tom óbvio
-Eric!- meus pais gritaram
-Bom é...eu não queria ter o bebê, mas o Cícero não deixou eu tirar, ai veio você, no começo vendo a felicidade dele, eu fiquei feliz também, mas depois começou a dar muito trabalho, mesmo com a babá eu tinha que te dar leite toda hora, era um pesadelo ver você chorar, sentia que era minha culpa- lágrimas insistiam em cair- Você foi crescendo e ficava fazendo perguntas de crianças que pra mim era idiotice, eu não tinha paciência, aquilo tudo, a pressão em cima de mim desgastou meu casamento com o Cícero, foi quando conheci o Rogério e me apaixonei, eu já sabia dos olhares do seu pai na babá, não era cega, então conseguimos o divorcio e eu fui embora, mas comecei a sentir falta da sua chatice, queria voltar, pra te ver, mais na minha cabeça eu não conseguia tinha um bloqueio-
Ficamos num silêncio esquisito, todos olhando pro chão, olhei pra Aldo que me encarava e dei um selinho nele o abraçando. Lembrei-me da carta e a peguei, abri e comecei a ler.
“Oi filho, não sei se lembra de mim, eu sou a Ana sua mãe, sei que tem dois anos que não nos vemos mais eu estou com saudades, se você quiser pode vir me visitar, eu estarei te esperando. Só quero te desejar feliz aniversário, está quase se tornando um homenzinho! Vou colocar meu telefone aqui embaixo é só me ligar, vou amar ouvir sua voz.”
Te amo, da mamãe!
-Era isso que iria me mandar de presente?- ela assentiu chorando- Eu iria rasgar- Aldo riu
-Eu comprei um ursinho também, tinha seu nome nele, mas como eu disse, não conseguia vir até aqui- abaixou a cabeça
-Você citou uma filha, como conseguiu ficar grávida de novo?- perguntei
-Não! Ela é filha do Rogério, ele tinha dois filhos, uma menina e em menino, tem a mesma idade que você- começou a chorar- Só que eles moravam com a mãe biológica, você sentiu minha falta?- eu apenas assenti
Claro que senti, quem não sentiria a falta da mãe se ela fosse embora? Ela podia até não gosta de mim, mas eu a amava, era legal irritar ela! Pelo que lembro!
-Desculpa Eric, eu acho que tenho problemas psicológicos, estou indo no psicólogo agora, contei sobre você e eles me ajudaram a me sentir bem pra vir te ver, não sei o que aconteceu comigo- chorava mais ainda- É melhor eu ir embora, vocês estão felizes agora, parabéns pelo namoro de todos vocês e feliz natal- levantou
Mesmo que ela tenha me abandonado, eu a amo, e nesse exato momento ela parece está falando a verdade, não custa nada dar uma chance, e com esse meu coração de açúcar é fácil perdoar alguém.
-Mãe!- chamei e ela chorou mais ainda- Não vai embora, eu posso te ajudar- a abracei
-Obrigado filho, posso te chamar assim?- assenti
-Eu posso te acompanhar no psicólogo se quiser, podemos fazer isso juntos, eu só tenho um pouco de ódio por você ter me trocado por uma rola nova-
-Eric!- meus pais e meu namorado gritaram
-Vocês amam meu nome- ri e soltei minha mãe biológica- Quer tomar café com a gente?- convidei, quem sabe não conseguimos conversar mais
-Não dá, o Rogério está me esperando ai fora, mas se você quiser pode almoçar na minha casa- eu assenti e ela sorriu- Eu te paço o endereço, vou te mostrar os ursos que comprei pra você e também comprei um presente de natal, não sei se você vai gostar, é que não sei muito dos seus gostos... - ela falava animada enquanto anotava seu endereço num papel- Ta aqui, podem ir todos vocês, minha casa é bem vazia, vai ser bom ter ela cheia pelo menos uma vez- me encarou- Te amo, filho, e desculpa mesmo por tudo-
-Ainda não consigo dizer te amo, mas eu gosto de você, e te desculpo- a abracei de novo
-Lidia, muito obrigado por cuidar dele, e desculpa pelo que disse você foi mesmo a melhor mãe que ele poderia ter- sorriram uma para outra- E Cícero, obrigado por ter cuidado bem dele no meu lugar- eles se abraçaram- Bom tenho que ir espero você pro almoço-
Ela foi caminhando pra ir embora, mas voltou pra me dar mais um abraço demorado, deixou um beijo na minha testa disse que me amava e então foi embora. Me joguei no sofá e meu pai veio pro meu lado me abraçar, a Lidia e meu namorado fizeram o mesmo.
-Você fez o correto meu filho, eu desconfiei que sua mãe tivesse problema com crianças assim que você nasceu, e tudo se confirmou agora, no almoço eu vou conversar com o marido dela, pois acho que sei porque ela tem esse bloqueio-
-Me conta?- pedi
-Os pais da Ana a odiavam, a tratavam muito mal, ela ficou traumatizada, acho que quando você nasceu ela se viu desesperada, eu fiquei com ela nos primeiros dias, mas depois tive que trabalhar, foi quando ela começou a ficar estranha, chorando pelos cantos- suspirou- Ela mesma falou que quando via você chorar achava que a culpa era dela, ela tinha medo de fazer o mesmo que os pais, acho que o psicólogo irá fazer bem para ela- assenti
-Bom vamos voltar a comer?- Aldo perguntou e rimos- É comida gente, não podemos desperdiçar-
Eles foram pra cozinha e eu peguei as fotos e a cartinha que minha mãe fez pra guardar, coloquei as fotos de volta no envelope e fechei a carta, levei tudo pro meu quarto e voltei pra cozinha vendo minha família rir de Aldo que comia desesperado, sentei- me junto a eles e começamos a conversar.
-Querido que horas são?- perguntei, pois larguei meu celular no quarto
-08:18, porque?-
-Vou descascar mandioca ás nove lá na casa da Hanna, ou seja, temos 42 minutos pra terminar o café da manhã e transar, ta me devendo- pisquei pra ele
-Você não cansa não?- neguei e ele riu- Por isso que eu te amo- nós dois riram
-Vocês dois...- meu pai resmungou
-Seu Cícero acordou chato hoje, mãe vocês transaram ontem à noite?- ela ficou vermelha de vergonha
-Eric! Isso é pergunta que se faça?- me olhou bravo
-Já vi que não- ri- Mãe não precisa ficar vermelha, lembra sempre do que eu digo, todo mundo transa!- ela riu
-Ai ai Eric- olhou pro meu pai e depois pra mim- Nós transamos sim, mas foi só uma vez- sussurrou e eu ri
-É por isso que ele ta chato, da próxima vez, vê se o velho agüenta mais- nós rimos
Meu pai não é tão velho assim, está com seus 37 anos, o corpo tá legal já que ele faz academia há alguns anos, o cabelo dele é igual ao meu, bem escuro e comprido, e os olhos verdes bem fortes. Já a Lidia está com seus 31 anos, ela é bem nova, tem um corpo bonito, cabelo num tom marrom escuro bem curtinho, quase na nuca, olhos pretos e bem brilhantes, resumindo minha família é linda!
Terminamos de tomar café e fomos pra sala assistir um filme, mesmo eu querendo transar, gosto de passar um tempo com minha família, mas como eu puxei ao meu pai, já estamos ambos atacando nossas companhias, enquanto ele beija a minha mãe, eu beijo meu namorado gostoso, estou louco pra que meu pai suba e eu possa transar em paz. Mas ao contrário disso ele ganha um tapa.
-Se comporta Cícero- rimos dele
-Querido vamos pro quarto!- pedi fazendo bico- Por favor- pisquei os olhos
-O que você me pedi que eu não faço- me deu um selinho e se levantou
Me levantei logo atrás dele e fomo a caminho da escada, meu pai nos olhou e negou com a cabeça enquanto a minha mãe prestava atenção no filme. Ao chegar no quarto, tranquei a porta e joguei meu namorado gostoso na cama.
-Eric, por favor...não quero- fez bico
-Tudo bem- me joguei ao lado dele e encaramos o teto
-Quando voltarmos da casa da sua mãe, talvez eu esteja melhor pra transarmos- falou envergonhado
-O que está sentindo? Te machuquei?- me virei rapidamente pra ele
-O que você queria, que eu transasse umas cinco vezes e não ficasse com dor na minha bunda!- quase gritou
-Porque não me mandou parar?- ergui as sobrancelhas
-Porque estava gostoso, pensei que você me daria folga hoje, mas já acordou ligado nos 220 de safadeza!-deu um tapa na minha bunda
-Quer namorar um pouquinho?- fiz carinha de cachorro- Não vou passar dos limites, é só você manter as mãos acima do meu peito- ele riu
-Querido! Assim não tem graça- começou a me beijar
E como eu já adivinhava os beijinhos foram para mãos bobas, e de mãos bobas...sabemos o que acontece!
KELEBH
-Mãe, fala com o papai agora, ele está no escritório- pedi
-Claro meu amor, espera aqui- deu um beijo em minha testa
Mesmo ela tendo me mandado esperar na sala não consegui, corri pra porta do escritório pra escutar a conversa deles. Colei minha orelha na madeira gelada e esperei minha mãe começar a falar.
-Amor, tem uns minutinho?-
-Estou ocupado, mas pode falar- ouvi barulho de papéis
-Amanhã vai ser o primeiro jogo que o Kelebh vai participar, ele está super contente, você vem com a gente?- sorri ansiando a resposta
-Não!- meu sorriso se desmanchou
-Mas Maicon...é seu filho, o primeiro jogo dele...ele está...-
-É só um jogo bobo Sofia, eu tenho coisas mais importantes pra resolver no trabalho, não vê? Estou cheio de papeis pra revisar, e você vem me atrapalha com besteira de criança- bateu em algum lugar- Se retire, e faça melhor seu papel de mãe, porque essa cena aqui foi patética!-
Minha mãe saiu da sala e me encontrou chorando no canto, me abraçou pegando-me no colo e me levou pra sala, sentou no sofá comigo e alisou meu cabelo. Aos pouco meus soluços foram indo embora, e não tinha mais lágrimas pra chorar.
-Não fica triste, a mamãe vai está lá junto com seus irmãos, o Joe e a Lilian também, tenho certeza que vai fazer muitos gols- limpei as lágrimas
-Você acha?- sorri
-Eu tenho certeza, é o melhor jogador de futebol do mundo- me abraço forte
-Então eu vou treinar mais, te amo mãe- levantei do seu colo
-Também te amo filho!-
E eu treinei bastante aquela tarde, e no dia seguinte consegui fazer um gol, e sai numa revista de fofocas do México “Filho de Maicon Garland tem tendência a ser jogador de futebol. Saiba mais na página 5”, qualquer coisa que fazíamos virava notícia. Aquela dia foi quase perfeito, todos estavam lá....menos o meu pai...
LEMBRANÇA OFF
Acordo chorando, a primeira coisa que me veio na cabeça depois de recordar esse dia, foi a Hanna! Parece que eu estava vivendo numa escuridão esses últimos meses, e tudo se aclarou agora, com essa lembrança.
Eu estou me tornando igual ao Maicon!
Essa frase ecoava em minha cabeça, me vi desesperado, o que eu fiz esses últimos meses? Fiquei cego pelo trabalho e deixei minha vida inteira de lado, me distanciei dos meus amigos, tratei mal minha namorada, a mulher que amo e que prometi fazer feliz. Eu sou mesmo um idiota, ela tem total razão em terminar comigo, até eu terminaria comigo mesmo!
Suspirei e limpei as lágrimas do rosto, meu celular começou a tocar, peguei e vi que era o Nick.
K- Fala Nickminaj!
N- Idiota! Eu te enviei um email com mais algumas informações pra você confirmar
K- Mais? Nick, você sabe que tenho brigado muito com a Hanna, hoje quase terminamos, eu estou com medo disso, quero me distanciar ao máximo do trabalho, por isso parei de mexer no notebook e não dá pra ver seus emails pelo celular!
N- Faz uma forcinha ai, é por ela! Depois você conta porque ficou até tarde no computador ontem, diz que foi comigo, a Letícia vai confirmar, até porque eu também recebi um monte de tapa depois que acabamos ontem, juro que a surpresa da Hanna está quase toda pronta, só preciso que você confirme esses últimos detalhes
K- Ta legal, vou olhar agora e te comunico
N- Valeu mano, feliz natal ai!
K- Pra você também!
Desliguei o celular e com muito medo peguei o notebook no criado mudo, coloquei em meu colo e liguei, uns segundos depois minha foto com minha bravinha apareceu, sorri e cliquei na pasta “Surpresa da Hanna” na área de trabalho, deixei aberta e entrei em meu email.
Fiquei alguns minutos quebrando a cabeça com aquilo e trocando mensagens com o Nick, assim que fechei o último detalhe sorri contente, estou há dois meses nesse projeto, tem haver com minhas noites mal dormidas também, além do trabalho na empresa e na faculdade, tenho urgentemente que parar com isso se quiser minha vida de volta!
Esse projeto que estou realizando com a ajuda do Nick e da Débora é o presente de natal da Hanna, a Débora concordou em ficar calada e não falar pro Mike, assim como o Nick em relação a Letícia, pra não termos problemas, nos encontrávamos muito a noite pra resolver as coisas, e eles me ajudaram muito em relação ao meu relacionamento, mas eu acabava pisando na bola.
Como estou praticamente morando com a Hanna, é ainda mais difícil, brigamos e ficamos sentados no mesmo ambiente, e as vezes que dormimos brigados não conseguia dormir enquanto ela chorava do meu lado, a abraçava mas ela não parava era torturante, esses períodos eu parava um pouco com o trabalho, mas o meu vicio me deixou cego. As piores brigas sempre terminavam comigo na minha casa chorando feito um idiota por ter feito burrice, meus amigos me viraram as costas, pois eu estava errado e não admitia, como eu fui burro esse tempo todo!
Prometi que nunca seria igual o Maicon, e olha em o que me tornei, um viciado em trabalho assim como ele. Quando voltar pra São Paulo tenho que resolver isso, acho que vou começar a ir em um psicólogo, não sei, preciso da ajuda da Hanna pra isso. Vou conversar com o meu pai e diminuir meus dias no trabalho, está me afetando demais, e vou me dedicar mais aos estudos, amigos, família e a Hanna, minha futura família.
Salvo os arquivos que o Nick me enviou na pasta e assim que estou prestes a desligar, Hanna entra sorridente com uma bandeja de café da manhã, mas ao me ver com o notebook fecha a cara. Desligo e o coloco de volta no criado mudo.
-Amor eu juro por tudo nesse mundo que eu não estava trabalhando- ela fechou a porta- Acredita em mim, por favor-
Ela apenas colocou a bandeja em cima da cama e sentou do meu lado me encarando com os olhos marejados, suspirou e pegou minhas mãos.
-Eu acredito em você, mas preciso que me diga o que estava fazendo, se não vou acreditar no que vi nos últimos meses, você trabalhando- falou calma
-Amor, eu não posso falar, mas...o Nick está me ajudando com isso que eu estava fazendo, ele acabou de me ligar pra eu ler um email que ele me mandou, e não dava pra ler no celular, por isso peguei o notebook- peguei meu celular e abri em últimas chamadas- Aqui, olha não estou mentindo eu juro- mostrei o número do Nick
-Eu vou confiar em você, espero que não esteja mentindo- Limpou uma lágrima que caia
-Vem aqui- puxei ela pro meu lado- Te amo gostosa- beijei seu pescoço e ela riu
-Também te amo- me deu um selinho- Eu trouxe seu café da manhã, tem frutas, suco, bolo, mingau de morango...-
-Mingau de morango?- a encarei confuso
-É da Ângela, come primeiro pra não esfriar, é gostoso!- sorriu
Peguei o prato com mingau cor de rosa e coloquei no colo, coloquei a primeira colher na boca, era bem gostosinho, a Hanna começou a rir quando eu coloquei a segunda e a terceira colhe uma atrás da outra, é viciante esse mingau.
-É bom, a Ângela sabe escolher bem!- falei e ela riu
-Faltou seu misto quente, vou fazer, quer um ou dois?- levantou da cama
-Um- coloquei mais uma colher na boca
-Dois? Que bom, já trago- saiu correndo e eu ri
Continuei a comer aquele mingau de morango, me encostei mais na cama e vi uma sombra na porta, levantei a cabeça mais não vi ninguém, coloquei mais duas colheres na boca e a sombra ficava passando, escolhi imaginar que era o vento passando em alguma cortina, mas a sombra parou e percebi ser uma pessoa.
-Amor?- chamei alto
-Sou eu Kelebh!- Tiago entrou cabisbaixo
-Me assustou!- ele riu- Aconteceu alguma coisa?- perguntei comendo meu mingau
-Cadê a Hanna?- olhou pros lados
-Foi na cozinha preparam misto quente- ele assentiu- Senta aí- apontei pra minha frente
-Eu posso conversar com você?- assenti- Sobre...mulheres e sexo- abaixou a cabeça envergonhado- Não quero falar disso com a Hanna, e o pai vai ficar me enchendo o saco se eu conversar com ele também-
-Pode falar- sorri pra ele
-Eu estou namorando uma menina aqui da rua, o nome dela é Bruna, vai fazer dois meses amanhã, só que estamos brigando muito, porque...ela não é mais virgem e quer.......você sabe- olhou pro lado envergonhado
-E você não quer, é isso?- perguntei colocando mais uma colher de mingau na boca
-É, mas ela não entende- suspirou- Já cheguei a tentar, só que...não sobe!- falou rápido a última parte
-Tiago isso é normal, acontece com vários homens-
-Mas...é só com ela!-
-Então com as outras meninas isso não acontece?- o encarei confuso
-Não tem outras meninas, eu sou virgem ainda- corou
-E porque disse que isso só acontece com a sua namorada?-
-Você é homem, já deve ter...assistido algum daqueles...vídeos- me olhou, mas logo desviou
-Não vou mentir, já sim, não conta pra Hanna- ele riu
-Não conta pra mim o que Kelebh?- entrou brava- Você estava mentindo pra mim sobre o notebook, não é?- colocou o prato em cima da cama e me encarou
-Não amor, é outra coisa, eu estou conversando com o Tiago- apontei pro irmão dela
-Conversando sobre o que?- olhou pro irmão
-Nada, valeu Kelebh!- levantou apressado
-Espera cara, volta aqui, ainda não terminamos- o chamei, e ele apontou discretamente pra Hanna- Amor da minha vida, por favor, dá pra sair um pouquinho, queria conversar com o Tiago- sorri e comi mais mingau pra ver se ela fica feliz em me ver comer
-Tiago porque não conversa comigo também? Eu sou sua irmã- olhou pra ele triste
-Não fica triste, é só que...não queria conversar isso com você porque é mulher- foi pro lado dela
-É sobre sua namorada?- ele assentiu- Tem medo que eu concorde com ela só porque sou mulher?- assentiu novamente- Não vou fazer isso, agora me conta, eu posso ajudar também- pediu
Ele olhou pra mim e eu assenti, é legal ter irmãos para conversar, rama já me escutou muito nessa vida, lembrei-me até de uma vez onde ele estava caindo de sono e teve que tomar quatro copos de café pra me escutar falar da primeira menina que eu fiquei afim.
Thiago voltou a sentar à minha frente e a Hanna ao meu lado, ela tomou meu prato de mingau e começou a me dar na boca, o que fez Tiago rir.
-Amor isso é vergonhoso!- fiz careta
-Fica quieto e come! Tiago começa a contar o que contou pra esse idiota- me deu mais uma colher
Ele começou a explicar sobre a Bruna, e pela cara brava da Hanna ela não gostou da menina, ao chegar na parte que a menina queria transar e o Tiago não, o prato de mingau quase voa na minha cara.
-Como é que é? Tiago traz essa menina aqui!- levantou toda vermelha de raiva
-Hanna se acalma, se for pra você ficar assim eu vou para de contar-
-Tá legal, termina de contar- sentou ao meu lado de novo
-É isso, ela quer mais eu não!- suspirou
-E o que era que vocês estavam falando quando eu cheguei?- perguntou me olhando
-Era isso que eu acabei de te falar-
-E porque esse idiota mandou você não me contar?- me deu um tapa
-Era outra coisa Hanna, eu não preciso te contar tudo- se irritou e ela ficou triste- Não faz essa cara, por favor, sabe que eu não gosto de te ver triste-
-Eu só quero que você confie em mim pra contar qualquer coisa- deitou a cabeça em meu braço
-Eu confio, eu só estava falando com o Kelebh que...eu já tentei...transar com ela- corou de novo
-Tiago! Você só fez isso por ela?- ele assentiu- Não devia, ela tem que te entender- começou a ficar brava de novo
-Não se preocupa Hanna, eu não funciono com ela- suspirou cabisbaixo
-Como assim não funciona? Vão terminar?- o encarou confusa
-Não é isso, é que.....- ele me olhou procurando ajuda
-Amor, não sobe- sussurrei pra ela que arregalou os olhos
-Tiago, i-isso não quer dizer que você não funcione- bateu na cama irritada- Já pensou que pode não ser a hora de você perder a virgindade?-
-Porque só eu? Eu fiz quinze anos, meus amigos não são mais, e adivinha com quem a Bruna perdeu a virgindade? Com o idiota do Bernardo!- começou a chorar
-Tiago se acalma, você não precisa fazer as coisas porque todo mundo fez, talvez a Hanna tenha razão, não está na hora ainda, segue meu conselho cara, espera, quando estiver pronto vai acontecer-
-Você perdeu a virgindade com quantos anos?- me perguntou e a Hanna ficou envergonhada do meu lado
-Com 16, mas não considero porque estava bêbado, a minha ex me usou- olhei pra Hanna- Então eu perdi com 18 anos com a mulher mais linda do mundo, eu esperei, e foi a minha melhor escolha- minha namorada escondeu o rosto no meu peito
-Foi com a Hanna?- eu assenti- Foi a sua primeira vez também não é Hanna?- ela assentiu
-Conversa com a sua namorada Tiago, se ela não te compreender, acaba com isso, não quero que se machuque- ele assentiu e se levantou
-Eu vou jogar vídeo-game na casa do Bernardo- o encaramos confusos- Ele tirou a virgindade dela, mas foi antes de namorarmos, e ele é meu melhor amigo- assentimos- Vou indo, não quebrem a casa- rimos
Ele saiu e eu olhei pra Hanna, ela sorriu e me deu o misto-quente e o copo de suco, bebi um pouco e vi que era de laranja.
-Amor não vou agüentar comer isso tudo- avisei
-Eu te ajudo- pegou o outro misto
Começamos a comer num silêncio, ouvimos quando o Tiago saiu, ela me falou que os pais haviam saído e a Ângela estava na casa do Junior, estávamos sozinhos! Não por muito tempo, pelo que ela disse daqui a pouco, Alice e Eric estariam aqui para cortar mandioca e ajuda ela e a minha sogrinha a preparar umas comidas pra ceia a noite.
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Acabei de tomar café da manhã com a Hanna, ela foi colocar tudo lá na cozinha, enquanto isso eu só espero, não falamos quase nada enquanto comíamos, acho que ela ficou pensando no Tiago. Levantei da cama e só então me dei conta que estou de cueca, e de pau duro!
Segurei minha ereção por cima da cueca e suspirei, “Hoje não amigão” sussurrei, hoje eu vou me dedicar a minha namorada, ela sofreu muito com meu eu idiota. Falando nela, entrou no quarto sorrindo pra mim, linda! Mas ao olhar onde estava minha mão ficou envergonhada, tirei imediatamente a mão dali e fui até ela.
-Quer conversar?- ela assentiu
Fechou a porta e sentou na cama, sentei ao lado dela e a trouxe pro meu colo lhe dando um beijo, as mãozinhas dela seguraram meu rosto aprofundando o beijo, puxei seu cabelo e deixando uma mordida de leve nos seus lábios, parti pro pescoço deixando o chupão de cada lado, parei com as caricias e ela me encarou esperando mais.
-Você disse que queria conversar- ela ficou envergonhada e eu ri
-É mesmo, bom...eu só queria saber, como a gente vai ficar?- perguntou e eu fiquei confuso
-Como assim, como a gente vai ficar? Você que terminar?- quase gritei- Amor, não faz isso eu ju....- ela me deu um selinho
-Não vou terminar com você idiota, quero saber como iremos ficar quando voltarmos para São Paulo, você vai voltar a se atolar em trabalho e....- minha vez de calar ela com um selinho
-Eu já decidi tudo amor, mas preciso da sua ajuda pra uma coisa- sorri satisfeito
-Que coisa?- se ajeitou no meu colo ficando de frente para mim, curiosa!
-Eu estou pensando em marcar uma consulta no psicólogo, e quem sabe fazer um acompanhamento- suspirei ao recordar da lembrança que tive hoje- Hoje, quando acordei nesse instante, tive uma lembrança que abriu meus olhos- ela prestava atenção- Era uma tarde, eu tinha uns 8 anos na época, teria um jogo de futebol no dia seguinte, todos confirmaram presença menos o meu pai, pedi pra minha mãe conversar com ele e fiquei escutando atrás da porta, e a resposta dele foi não, que tinha muito trabalho pra fazer e não iria perder tempo com besteira de criança- comecei a chorar- Eu percebi que estou fazendo a mesma coisa que ele, colocando o trabalho na frente de tudo, e eu não quero ser assim amor- ela me abraçou
-Você não é assim, e nem vai ser- deu beijinhos no meu rosto- Eu vou te ajudar no psicólogo, posso até ir com você, vou está ao seu lado o tempo todo, tudo bem?- assenti limpando as lágrimas- E o que mais você decidiu?-
-Vou pedir ao meu pai para diminuir meus dias no trabalho, como os seus sabe?- ela assentiu- Ele me colocou no lugar dele por está de férias, mas acho que não vai voltar tão cedo, está gostando do tempo com a minha mãe, e eu gosto de trabalhar, então acho que se diminuir ficará ótimo, vou me dedicar mais aos meus estudos, amigos e minha família- sorri, mas ela não pareceu contente
-Só amigos e família?- perguntou receosa e eu assenti- E eu?- sussurrou quase inaudível
-Você já é a minha família amor, minha futura família, estamos construindo aos pouquinhos- lhe dei um selinho- Daqui há alguns meses comemoraremos um ano de namoro, e no terceiro...-
-Você me pede em casamento!- sorriu, acho que ela está se animando com a idéia
-Vai ser perfeito amor, até porque quando fizermos três anos de namoro, estaremos no último ano da faculdade, e assim que sairmos podemos planejar o casamento, e pela idade que estaremos acho que já podemos pensar em filhos!- me animei
-Calma! Filhos são muita responsabilidade, não esquece!- riu- Quantos quer ter?-
-O que acha de três?- ela arregalou os olhos
-Não acha muito? Dois está bom!- rimos- O Eric e a Alice estão demorando, não quero cortar mandioca sozinha- fez bico
-Eu posso te ajudar- rocei meus lábios no dela- Não deve ser difícil cortar mandioca!- ela sorriu
-Eu espero que não seja!- o inconveniente do Eric entrou no quarto- Levantem queridos, eu cheguei!- ergueu os braços pra cima sorrindo
-Você nem se acha Eric- Hanna levantou e foi pro lado do Eric- Amor você vem?- me perguntou
Levantei da cama e o Eric começou a rir.
-Atrapalhei alguma coisa?- perguntou o idiota
-Não!- falamos juntos
Peguei minha calça moletom em cima da mala e vesti, coloquei o celular no bolso e descemos as escadas, na sala estava rama e Alice se agarrando e Aldo dormindo no outro sofá. A Hanna foi a pra cozinha com o Eric e eu sentei ao lado do meu irmão.
-Aldo, acorda porra!- balancei ele
-To morto de sono, o Eric me cansou todo- abriu os olhos avermelhados
-Te cansou como?- Rama soltou a boca da namorada
-Arrombando com a minha bunda!- choramingou e a Alice riu
-Eric!- rama gritou
No mesmo instante ele apareceu junto com a Hanna, ambos segurando uma bacia com mandiocas e facas dentro, colocaram no chão e se sentaram, Eric encarou Rama que estava vermelho de raiva.
-Você machucou o meu irmão, eu vou te matar!- ia pra cima dele, mas eu segurei
-Rama para com isso, eu quis ta, conseqüência minha- Aldo deu um tapa no braço dele
-Tem faca pra todo mundo e o que não falta é mandioca pra descascar e cortar, dona Marta quer tudo prontinho quando ela voltar- Alice riu
-Vamos começar logo!- Eric pediu- Querido vai pra casa, eu falei pra você dormir um pouco-
-Se quiser pode usar o meu quarto- minha namorada sugeriu
-Vem, eu te levo- Eric o pegou no colo
-Eu acho que estou dopado de sono, querido você me cansa...Vai ter mais a noite?- os dois riram
Olhei pra cara de Rama que estava vermelho de raiva, ri dele que brigou comigo. Depois de alguns segundos Eric desceu e as meninas ensinaram a mim e a Rama a como descascar mandioca, e eu quase arranco os meus dedos, com o tempo fomos tomando jeito e até que estávamos cortando bem, fazer essas coisas de cozinha é horrível, mas é preciso aprender, minha avó sempre diz que “Marido bom é aquele que cozinha!”
-Eu e a Alice viramos papai e mamãe!- Rama falou todo contente
-Que?- os encaramos boquiabertos
-Calma! A Alice ainda não está grávida, somos pais da Bolotinha- pegou o celular e mostrou a foto de uma gata branca e bem peluda- Olha que linda!-
-Que fofa!- minha namorada admirava a gata
-É a gatinha do papai!- meu irmão parecia uma criança
-Eu mandei um vídeo no whats Hanna, depois você olha, é esse idiota dando banho na Bolotinha- rimos dele
-Papai comprou um vestido lindo de natal pra ela, a noite vocês irão ver minha princesinha- continuou a descascar a mandioca
-Mudando de assunto, eu perdoei a minha mãe- Eric falou rápido e as meninas ficaram confusas
-Brigou com a Lidia?- Alice perguntou
-Não, eu estou falando da jararaca, eu a perdoei- eu e meu irmão rimos- Não tem graça idiotas!-
-Você perdoa sua mãe e chama ela de jararaca?- perguntei e ele deu de ombros
-Me apeguei ao apelido- rimos
Ele contou como foi a manhã conturbada com a sua mãe biológica e que iria almoçar com ela, depois Rama todo feliz começou a contar sobre a Bolota, parecia até que era um pai de verdade. Minha namorada, por sua vez, começou a contar o que aconteceu hoje pela manhã e todos ficaram com raiva de mim, mas eu logo tratei de me explicar, estou tentando mudar pela minha bravinha linda.
Continuamos a cortar mandiocas e minha namorada foi buscar algumas verduras para cortar, disse que a mãe dela irá fazer uma carne de panela deliciosa especialmente pra mim, por que estou magro demais, coisa que não acho. Um tempo depois meu celular começou a tocar, olhei na tela e era o desgraçado do Nick!
-Não é possível!- falei estressado
Atendi o celular.
K- Que porra você quer agora?
N- Então...grande amigo...deu um probleminha na obra!
K- Que? Que problema? Nick eu devia te matar!
N- Se você quiser morrer com a bravinha eu deixo o problema lá!
K- Fala logo o que é
N- Foi na parte da frente, a mais importante, lembra aquele buraco que te falei? Pode derrapar e cair tudo!
K- Da pra fazer alguma coisa?
N- Eu fiz uns três modelos, mandei por email, você precisa revisar e me mandar agora, porque eu preciso mandar pra Débora ajeitar a parte dela e então finalmente vai está pronto, prometo!
K- Nick depois que essa porra acabar, eu vou te enforcar!
N- Também te amo pão de mel, olha logo aí
Desligou o celular e eu me irritei, deu uma vontade imensa de acertar um soco na cara do Nick agora, a Hanna vai me matar se me ver com o notebook de novo.
-Que foi amor?- me perguntou
-Vou precisar usar o notebook, mas é rapidinho prometo, o Nick está precisando de ajuda e me mandou uns....-
-Pode usar amor, mais rapidinho- sorriu pra mim
Lhe dei um selinho e subi pro quarto, sentei na cama devagar pra não acorda Aldo, e liguei o notebook rapidamente, meu email já estava aberto e foi só entrar, abri os três modelos e estava difícil de decidir, logo meu celular tocou e era o Nick, começamos a conversar e decidimos fazer uma vídeo chamada -baixa por conta do meu irmão dormindo- pra podermos conversar melhor, já que tinha que ser rápido isso, as obra retornariam em março, já que tem natal, ano novo, carnaval, resolvemos melhor que três meses não atrasaria tudo, até porque não é para agora.
É um projeto futuro....
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-Prontinho amor, eu demorei um pouquinho porque o Nick é um arrombado!- sentei no sofá e a Hanna me devolveu a mandioca e a faca
-O que vocês estavam fazendo?- Eric perguntou
-É coisa do Nick, só estou ajudando!- falei rápido e comecei a cortar a mandioca
-Bom, continuando...como você não quis fazer compras comigo semana retrasada pra comprar os biquínis, eu tomei liberdade e comprei para nós duas!!- Alice vibrou no sofá
-E eu ajudei a escolher!- Eric sorriu
-O que vocês aprontaram hein?- minha namorada cerrou os olhos para eles
-Nada!- falaram juntos- Comprei 3 para você amiga, um laranja, um amarelo e outro mais simples preto, adivinha como eles são!- os dois riram- Fio dental!- gritaram
-Alice, nem pense em dá isso pra Hanna, ela não vai usar!- falei alto e eles me encararam- Deixa pra você usar isso, seu namorado não se importa- cruzei os braços
-Quem disse que eu não importo? Loira biquíni fio dental é pra quando estamos em casa, na piscina, como vamos pra praia compra aqueles macacão de surfista que está ótimo- rimos dele
-Usaremos o que quisermos, calem a boca de vocês!- minha namorada esbravejou- E você nem vem opinar na minha roupa, visto o que eu quiser!- asseverou
-Mas amor, esses biqui...- meu celular começou a tocar- Se for o Nick eu mato!- esbravejei
Peguei o celular no bolso e olhei no visor “Morena”, sorri e atendi.
K- Oi morena!
D- O Nick acabou de me mandar por email, o que aconteceu, mudei um pouco da planta, mas não foi muita coisa e como ficou mais espaçoso deu pra colocar aquela mini escadaria de plantas que você queria e o balanço!
K- Sério! Morena quando nos encontrarmos vou te encher de beijos!
D- Você está merecendo uns tapas pelo que está fazendo com minha amiga, mas é um fofo por fazer tudo isso por ela
K- Estou tentando me redimir, prometo que daqui pra frente eu vou mudar
D- Assim espero, tchau pão de mel, te mandei uma foto da planta final, qualquer coisa me liga se quiser mudar algo, e pra imprimir é bom numa gráfica
K- Te amo morena, valeu!
D- Também te amo senhor “vou me redimir”, tchau e feliz natal!
K- Feliz natal morena!
Desligo o celular sorrindo, agora finalmente está tudo pronto! Olhei pra minha namorada que me encarava brava, enquanto os outros estavam confusos.
-Que foi?- perguntei voltando pra minha mandioca
-Quem porra é morena Kelebh?!- gritou e seus olhos se encheram de lágrimas- Se você estiver me traindo eu juro que te mato, seu imbecil- começou a me bater
-Amor para! Morena é a Débora, é só um apelido- segurei os braços dela- Não estou mentindo, pode pegar meu celular e olhar- entreguei
Ela me olhou receosa, ligou o celular e começou a conferir, por fora eu estava sério, mas por dentro eu estava com uma mistura de medo e um pouco feliz por saber que ela sente ciúmes de mim, a Hanna nunca demonstrou muito, o que confirma a confiança dela em mim, mas saber que ela sente ciúmes igual a mim me fez ter vontade de rir.
-Idiota!- me entregou o celular e voltou a cortar as mandiocas
-Não fica brava!- tirei a faca e a mandioca das mãos dela, a puxando pro meu colo- Te amo- comecei a dar beijinhos no seu pescoço
-Que projeto é esse que você e o Nick estão fazendo? A Débora está envolvida também?- batei no meu braço
-Amor eu não posso falar é coisa do Nick, a Débora está participando, mas só estamos ajudando ele- abracei ela- Não quero brigar- sussurrei
-Não vou brigar, e termina logo isso!- saiu do meu colo e foi sentar ao lado do Eric no outro sofá
A carinha dela de brava estava engraçada, mas daqui a pouco passa, e começamos a curtir a viagem, está valendo a pena mentir, pois amanhã irei contar a verdade e tenho certeza que ela ficará muito feliz, assim como eu estou.
Continuamos os nossos afazeres, e uns minutos depois minha sogrinha chegou e chamou as meninas pra ajudar ela na cozinha enquanto cortávamos as mandiocas e as verduras. Pra ajudar minha namorada foi chamar o casal açúcar que estava dormindo ainda, a ruivinha chegou aqui toda amassada! E o Jonatas sorrindo igual idiota falando da ruivinha.
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-Kelebh nem inventa- tirou minhas mãos da sua cintura e foi pro outro lado do Box
Ao contrario do que pensei a Hanna ainda está brava comigo, disse que eu estou mentindo demais pra ela, que fica triste com isso, tentei ficar numa boa, ma ela está com muita raiva.
-Amor, por favor não fica brava- comecei a dar selinhos nela- Te amo bravinha linda- agarrei sua cintura
-Kelebh é que....tem horas que é difícil pensar que estamos bem hoje, já que não estávamos bem até hoje pela manhã- fungou o nariz- Até ontem a noite eu estava me sentindo uma boneca usada, você me queria quando estava afim e era só pra transar, eu sedia por saudades, mas logo ao acordar a realidade caia ao te ver com os olhos vidrados naquele notebook- me abraçou- Kelebh eu juro que estou tentando, mas vê que você está mentindo sobre algo me deixa insegurança, e se quando voltarmos para São Paulo você voltar a ser o que era?-
-Hanna, escuta bem o que vou te dizer agora- ela assentiu- Eu não vou mais ser aquele idiota desses últimos meses, vou voltar a ser o seu namorado insistente e chato que te ama, e agora mil vezes melhor, passamos por uma fase ruim, mas isso está servindo de aprendizagem para mim amor- limpei ás lágrimas dos olhinhos dela- Eu quero um futuro para nós dois, mas como combinamos desde o começo, tudo no nosso tempo- sorrimos- Te amo bravinha linda- a beijei
-Também te amo meu amor- falou entre o beijo
O beijo começou a ficar intenso, mas ela nos separou e voltou pra água, ri com isso e voltei também a agarrando pela cintura, tirei a espuma do seu corpo e ela fez o mesmo comigo, desliguei o chuveiro e ela saiu na frente, enrolei a toalha na cintura. Ao chegar no quarto ela estava sentada olhando pras mãos, ergui a sobrancelha e fui até ela.
-Que foi amor? Tá sentindo alguma coisa?- acariciei sua bochecha
-Não, vou falar de uma vez ta!- me olhou receosa e eu assenti- Eu liguei pro Nick e ele disse que o projeto era da Débora, liguei pra Débora e ela disse que era do Nick, mandei a Letícia perguntar e o Nick disse que é seu, mandei o Mike pergunta e a Débora dizia que era seu- suspirou- Kelebh Garland Sanchez, de quem porra é esse projeto?- perguntou calma mais com raiva
Ela nunca pronuncia meu nome completo, fiquei assustado! Seu rosto estava vermelho de raiva e seus olhos marejados, se a menstruação dela não tivesse passado semana retrasada, diria que ela estava de TPM.
-O projeto é meu!- falei de uma vez e fechei os olhos esperando um tapa
-De que é isso? Do seu trabalho?- acariciou meu rosto
-Não, é seu presente de natal- é melhor falar logo, só não vou dizer o que é
-Amor, que presente é esse? E há quanto tempo está fazendo isso? Estou achando que é minha culpa você ficar tanto tempo no notebook- começou a chorar
-Ei meu amor!- sentei na cama e a puxei pro meu colo- Não é culpa sua, estou trabalhando a dois meses no projeto, mas não posso dizer o que é, se não vai estragar a surpresa- ela me analisava
-Kelebh, seja lá o que estiver fazendo, não precisa de tudo isso, você ficou dormindo tarde por minha culpa, eu já te disse que não precisa dá presentes grandes- limpou ás lágrimas- Por favor, promete pra mim que não vai ser igual o presente de 7 meses de namoro!- fez bico
Comecei a rir lembrando-me desse dia, ela estava brava comigo por conta do trabalho, claro! Eu queria me redimir então paguei todas as parcelas que restavam pro apartamento ser dela, pois é, ela não precisa mais se preocupar em pagar o apartamento, mas em compensação eu ganhei vários tapas, gritos, mais tapas, e mais gritos. Depois de acalmá-la, ela me fez prometer que nunca mais iria dá um presente caro pra ela, nesse mês de outubro estávamos até melhores, mais ai entrou novembro e junto vários trabalhos novos de fim de ano.
-Não posso prometer isso- fechei os olhos novamente esperando tapas
Não poderia prometer, pois foi caro e muito caro, pra ela, porque pra mim não custou tanto assim, foi como...comprar dois carros novos....talvez um pouco mais! Não me importei em nenhum momento em ter gastado.
-Amor! Porque? Kelebh quanto você gastou?- abri os olhos e ela parecia preocupada- Não vou te bater idiota, olha pra mim e fala!- cruzou os braços
-Amor, por favor, não fica brava...eu gastei...um pouco muito- sorri nervoso e ela ficou séria
-Passou de 8 mil?- o preço total das prestações que paguei, assenti e ela arregalou os olhos
-Meu pai do céu!- gritou
-Amor calma, espero que você goste do presente, porque sua cara não está nada boa- a avaliei
-Mesmo que o presente seja feio, é óbvio que vou dizer que gostei, deve ter custado o olho da cara isso, meu pai!- falou alto
-Amor não, você tem que ser sincera- beijei o pescoço dela
-Fiquei com medo agora, vou ficar o tempo todo pensando que presente é esse- riu e afastou minha cabeça do seu pescoço cheiroso
-Quer fazer um amor gostosinho rapidinho?- sugeri e ela riu
-Não existe isso- me deu um selinho
-Eu faço existir- joguei ela na cama- Essa toalha branca é tão sem graça- olhei pro seu corpo enrolado pelo tecido branco
-Por debaixo dela tem....- nem esperei e tirei a toalha- Surpresa!- sorriu safada
As mãos dela foram pra minha toalha e a tirou do meu corpo, meu pau já estava totalmente duro, ela riu e me puxou para um beijo. Levei minhas mãos até suas pernas e as abri, me posicionei no meio pronto pra penetrar, mas ela se levantou rápido.
-Depois sou eu que esqueço sempre, pega a camisinha idiota- apontou pro criando mundo ao lado da cama
-Vamos fazer sem, só hoje!- fiz bico- Você trouxe anticoncepcional?- ela negou- Eu compro!-
-Não, pega logo se quiser fazer amor gostosinho rapidinho- ri dela e estiquei a mão pegando a camisinha
Ela pegou da minha mão e rasgou, enquanto colocava comecei a acariciar sua intimidade que se encontrava molhadinha, em meio a gemidos ela conseguiu colocar a camisinha, deitou na cama e fico me olhando, sorri pra ela e belisquei seu mamilo esquerdo com a outra mão.
-Amor anda vai!- pediu se contorcendo
Posicionei meu pau na sua entrada e coloquei de uma vez, ela arqueou as costas e gemeu baixinho, no mesmo momento escutamos a música alta lá em baixo. Passei a estocar mais rápido, já que era “amor gostosinho rapidinho”, como sempre, minha namorada pegou minha mão e levou ao seu clitóris inchadinho, comecei a fazer movimentos com os dedos ali a vendo se contorcer gritando meu nome-já que a música estava alta- enquanto apertava os seios.
-Amoorrr- jogou a cabeça pra trás
Curvei meu corpo e comecei a beijar seu pescoço fazendo caminho até a sua boca, começamos a nos beijar e aumentei ainda mais as estocadas, senti as paredes internas dela apertando meu pau e sabia que ela estava perto.
-Goza pra mim meu amor- pedi entre um gemido
Como se minha voz fosse um comando, gozamos juntos e nos abraçamos, sai de dentro dela que arfou e lhe dei um selinho, peguei-a no colo e nos levei ao banheiro. A coloquei sentada na pia e tirei a camisinha jogando no lixo, peguei a de novo e tomamos outro banho, dessa vez mais rápido. Assim que saímos do Box, ela pegou a roupa separada em cima da cômoda e voltou para o banheiro, enquanto eu me vestia no quarto.
Coloquei uma calça preta com alguns rasgos, uma camisa vermelha e um tênis branco, sequei meu cabelo com o secador, e joguei pro lado dando uma bagunçada, por último passei o perfume que a Hanna gosta e coloquei um relógio no pulso. Sentei na cama esperando minha namorada, que tenho certeza que está arrumando o cabelo, abri meu instagram e tirei uma foto, iria postar, mas quero esperar a Hanna pra tirarmos juntos. Não tenho muitas fotos com ela no meu instagram e o dela é privado, por conta dos meus seguidores que na primeira foto que ela postou comigo foram várias pessoas felicitar e outra falar mal, ela não gostou e privou a conta.
Como não tinha nada pra fazer, fiz uns gifs e coloquei no insta, depois comecei a fazer stories.
-Hola mis amores, lo que están haciendo ahora?/ Oi meus amores, o que estão fazendo agora?- gravei e mandei
Rapidamente apareceu várias fãs minhas, até brasileira, falando o que faziam neste exato momento, umas puxavam meu saco dizendo que estavam admirando minhas fotos, outra diziam que estavam esperando o dia em que eu voltaria para o México. Uma vez eu e meus irmãos fizemos um evento para encontrar nossas fãs e foi super legal, fizemos uma arrecadação de dinheiro para doar a um orfanato, e todas elas colaboraram.
-Com quem está falando?- minha namorada saiu do banheiro
Estava linda num vestido vermelho um pouco colado, sandálias de salto pequeno, seus cabelos cacheados estavam quase na bunda, vi uma leve maquiagem no seu rosto, e o colar que eu te dei.
Minha namorada é linda!
-Que foi? Eu estou feia? É essa maquiagem não é? Não sei porque fiz, nem sei fazer isso- voltou pro banheiro
Corri até ela e a puxei pela cintura colando nossos corpos, lhe dei um selinho e sorri.
-Você está linda, meu amor- ela sorriu e seus olhos brilhavam
-Sério?- assenti- Eu não sei fazer maquiagem, mas comprei umas coisinhas e tentei, comprei também esse vestido e esse salto, não é muito alto porque não conseguiria me equilibrar- seus olhos marejaram
-Amor, você está linda, não chora- a abracei
-É que eu mudei muito esse ano, obrigado por tudo, se não fosse você, minha família e amigos...nem sei como eu estaria hoje- soluçava em meu peito
-Eu também preciso te agradecer, por me ajudar a amadurecer, por me ajudar em vários momentos, e por me agüentar esses últimos meses- beijei sua testa e a olhei- Prometo que daqui pra frente vai ser diferente- ela assentiu- Posso te beijar ou vai borrar o batom?- ela riu
Me puxou pela camisa e na ponta dos pés me deu o melhor beijo do mundo, a abracei fortemente e secamos o beijo com selinhos. Ficamos no olhando e acabamos rindo.
-Com quem estava falando?- voltou a perguntar
-Minhas fãs!- peguei meu celular na cama- Vem aqui- a puxei e colei junto a mim
-O que vai fazer?- encarou o celular
-Gravar um stories, e nem foge, vai aparecer também- ela riu
Coloquei meu celular pra gravar, mas não parávamos de rir, tive que desligar e pra rirmos um pouco mais, sentamos na cama mais era olhar um pro outro e voltávamos a rir. Peguei o celular novamente e comecei a gravar.
- Porque estamos riendo tanto, en mi amor?/ Porque estamos rindo tanto, em meu amor?- encarei a Hanna e ela ria se escondendo em meu peito, encerrei o vídeo
-Acho que não vamos para de rir- respirou fundo- O que queria gravar?- reprimiu o riso
-Fiz uma pergunta para os meus fãs, perguntando o que eles estavam fazendo, e iria gravar um mostrando o que eu estava fazendo- ela assentiu
-E o que você está fazendo?- pegou meu celular e começou a gravar
-Antes eu estava fazendo amor gostosinho rapidinho com minha namorada....- ela desligou na hora e me deu um tapa
-Kelebh! Isso não!- ficou brava
Puxei ela pro meu colo e voltei a gravar.
- Yo necesito de La ayuda de todos ustedes, van en la fotografia que voy a postar e comenten com varios corazones para mi novia linda/ Preciso de ajuda de todos vocês, entrem na foto que vou postar e comentem com vários corações para minha linda namorada - dei um selinho na Hanna e desliguei
-Kelebh! Eu não sou sua noiva- cruzou os braços e eu ri
-Novia significa namorada- ela riu envergonhada- Vem precisamos tirar uma foto pra postar- levantei da cama e abri a porta
Saímos do quarto e quando íamos descer as escadas minha namorada me puxou de volta, caminhou até o quarto do Tiago e ouvimos vozes.
-Bruna tenta me entender, poxa- era o Tiago
-Entender o que? Que você é um broxa?- a menina falou irritada
Tive que segurar a Hanna pra não invadir o quarto, um silêncio ficou no quarto e ouvimos o choro do Tiago.
-Porque está chorando Ti?-
-Pra mim já deu Bruna, acabou aqui- falou alto
-Que? Tiago pára com isso!- gritou
-Parar com o que? O problema todo é você, só pensa em transar o tempo todo, eu não estou afim e não quero! Se você não entende isso, vai atrás de outra pessoa-
-Mais eu amo você- sua voz estava parecendo que ia chorar
-Eu também estou começando a te amar, só que...não dá Bruna, é melhor você procurar outra pessoa que queira o mesmo que você, eu não sou essa pessoa- fungou o nariz
-Ti, por favor, vamos tentar só mais uma vez, não termina comigo, eu vou mudar por nós dois- começou a chorar- Me desculpa- parece que eles se beijaram
-Última vez Bruna, se não der certo, terminamos- suspirou- Veste sua roupa e me deixa sozinho um pouco- pediu
Escutamos barulho de zíper e sapatos.
-Desculpa, te amo- ouvimos passos
Corremos pro quarto da Hanna e deixamos um pouco da porta aberta, vimos uma menina loira do tamanho do Tiago passar, ela usava um vestido azul e saltos altos.
-Não gostei dela- asseverou minha namorada- Vem!- me puxou
Entramos no quarto do Tiago e ele chorava encolhido na cama só de cueca. A Hanna foi até ele e sentou na ponta da cama o abraçando.
-Porque não terminou com ela?- perguntei
-Vocês estavam escutando?- assentimos- Tudo?- sentou na cama assustado
-Não, por quê?- minha namorada perguntou
-É que...estávamos tentando transar antes- ficou envergonhado e abaixou a cabeça
-Tiago! O que vocês fizeram?- Hanna perguntou irritada
-Não vou falar isso!- virou o rosto
-Vai sim! Fala agora!- gritou
-Para Hanna!- começou a chorar
-Eu me preocupo com você Tiago, o que aquela menina fez você fazer? Me fala!- começou a chorar também
-Amor, calma!- acariciei seu rosto
-Tiago fala!- pediu chorando
-Hanna você sabe o que fiz, a mesma coisa que você faz- ela ficou envergonhada e abaixou a cabeça triste- Desculpa, não fica assim- abraçou ela
-Ela...ficou pelada na sua frente?- perguntou e ele riu
-É claro Hanna, você transa de roupa?- a encarou confuso e eu ri
-Tiago!- riu
-Nós vamos tentar só mais uma vez, se não der certo eu termino, prometo- a assegurou
-Vou logo avisando, eu não gostei dela- cruzou os braços
-Meu pai do céu, que irmã mais ciumenta que eu tenho!- abraço ela- É pra eu ter ciúmes do Kelebh também?- nós rimos
-Achei!- uma montanha de cabelo adentrou o quarto- Hanna eu estou te procurando a um tempão, onde você estava? Eu preciso de ajuda- enquanto ela falava prendíamos o riso, pois não dava pra ver o rosto dela
-Quer ajuda com o cabelo?- minha namorada perguntou
-Também, a mãe separou umas roupas lá na cama pra mim, só que eu preciso de você pra escolher, queria me vestir igual você, me ajuda!- tirou os cabelos do rosto e fez biquinho
-Vem boneca- a pegou no colo- Já volto homens da minha vida- saiu com a Ângela no colo
-Veste uma roupa cara, fica assim não- bati no ombro do Tiago
Ele levantou pegou sua calça em cima da cama e vestiu, depois a blusa e o sapato, arrumou o cabelo que estava um pouco bagunçado e sentou do meu lado.
-Eu acho que...passar um tempo com a Hanna vai me fazer bem, esquecer um pouco tudo isso- falou e enxugou as lágrimas que insistiam em cair
-E eu acho que você não está nem um pouco apaixonado por essa menina, mas...faz o que achar melhor- ele assentiu
-Eu tinha...- levantou e pegou uma caixinha na cômoda- Comprando esse anel pra ela, comecei a trabalhar pra tia Silvia como entregador e consegui o dinheiro, mas acho melhor não entregar- guardou na mala de viagem que já estava pronta
-Thiago, não fica assim, eu sei que a primeira namorada é importante, eu tive uma namorada antes da Hanna, pensava que amava ela, mas eu nunca soube o que é amar de verdade, e com sua irmã eu aprendi, quer dizer, ainda estou aprendendo- sorri- Você vai encontrar uma garota legal, pode não ser essa, mas você ainda irá conhecer várias pessoas e dentre elas pode está sua futura namorada- me levantei e coloquei as mãos no bolso da calça- Você é quem sabe cara- ele me abraçou
-Valeu Kelebh!- fizemos um toque com a mão
-Ti, eu já estou indo- a namorada dele entrou no quarto e se assustou ao me ver- Desculpe!-
-Porque vai embora?- ele foi até ela
-Acho que sua mãe não gostou de mim, e eu acabei de esbarrar com as suas irmãs e elas me olharam feio, então...acho que não sou bem-vinda- se encostou na parede
-Você é sim, deve ser porque não te apresentei a elas ainda, vem comigo- pegou na mão dela que hesitou
-Tem certeza?- perguntou e ele assentiu
-Kelebh essa é minha namorada Bruna, gatinha esse é meu cunhado- a cumprimentei- Eu vou descer, nos vemos lá embaixo- acenou e saiu com a Bruna
Sai logo em seguida e fui até o quarto da Ângela, que falava do dia dela na casa do Junior, entrei no quarto e vi a princesinha num vestido vermelho um pouco rodado parecido com o da Hanna e saltinhos parecidos também, minha namorada estava terminando o cabelo dela. Esperei alguns minutos até ela ficar pronta, era a versão da Hanna pequena e branquinha.
-Estou bonita tio Kelebh!- deu uma voltinha
-Está linda princesa!- peguei ela no colo- Amor vamos tirar uma foto lá fora, nós três!- beijei a bochecha da Ângela
-Vamos Hanna!- a princesinha se animou
Saímos do quarto e descemos as escadas, na sala encontramos rama e Alice aos beijos enquanto um bolinho branco estava no seu colo. Rimos dos dois e eles se separaram.
-Olha o titio e a titia bolotinha- apontou para nós e a gata nos olhou- Ela não é linda, o papai que comprou a roupinha- levantou e veio nos mostrar a Bolota
A Ângela já foi logo pegando no colo e alisando os pelos da gata, enquanto isso minha namorada falava com a Alice. Eric e Aldo saíram da cozinha se agarrando, ao mesmo tempo o casal açúcar entrou na sala, começamos a conversar e rir bastante.
-Alguém tira uma foto minha e das minhas princesas?- perguntei e Alice se levantou
Fomos para o lado de fora e ficamos em frente a casa, coloquei a Ângela no chão e seguramos a mãozinha dela um de cada lado, sorrimos e Alice tirou a foto. Assim que peguei o celular em mãos e observei a foto, parecíamos uma família, sorri e postei a foto com a legenda “Feliz Navidad-1” ao decorrer da noite pretendo postar mais fotos.
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São quase meia-noite, visitamos a casa da Alice, do Eric e da mãe dele, do Nick e do Mike- já que são primos- a dos avós da Hanna, do pai do Jonatas, a da namorada do Tiago, e voltamos pra minha casa. Minha namorada desse que nos dias de ceia aqui na casa comem depois da meia noite, mas tem petiscos enquanto não chega a hora. Agora estamos sentados na sala esperando minha sogra colocar a comida na mesa lá de fora.
-Eric conta agora o que aconteceu no jantar com sua mãe- Sarah pediu
-Nada de mais, conversamos muito, como eu disse hoje ela está indo ao psicólogo, meu pai falou algumas coisas pro Rogério sobre o passado da minha mãe, e eu conhecei meus irmãos, que na verdade são filhos somente do Rogério, a menina se chama Ágata e é um pouco chatinha, falei que ela tem cara de puta- arregalamos os olhos- E meu irmão, o Vinny, foi uma surpresa, eu já havia transado com ele na época do colégio, só que ninguém sabia que ele era gay, até hoje, ajudei ele a contar, foi emocionante até o meu pai chorou, ele aproveitou a deixa e apresentou seu namorado, que era o vizinho- sorriu
-Que almoço em!- rama riu
-Vocês iam ficar que nem eu lá, perdidinho!- Aldo falou- O Eric deixou todos envergonhados-
-Eu trabalho com verdades, vocês que não gostam- cruzou os braços e rimos- Falando em verdades, Hanna aquela menina loirinha é namorada do Tiago?-
-É sim- fez cara de desânimo
-Cara de puta!- Eric falou
-Eric!- gritamos com ele que riu
-O que? Eu nunca falho no que digo, tenho certeza que aquela ali não presta, tem cara de diabinha; sabe aquelas meninas chata de colégio? É ela- cruzou os braços
-Não fala isso na frente do Tiago, ele está confuso em relação a ela, deixa os dois se resolverem- Hanna avisou
-Mudando de assunto, amanhã de manhã eu e o Jhonny vamos naquela capelinha, estamos empolgados sabe! E ele disse que tem um rio ali perto, podemos tomar um banho lá- Sarah sugeriu
-Ah, eu gostava de ir lá, na época de escola- Alice sorriu- Era bem legal, podemos levar uns lanches e tomar café lá mesmo-
-Vai ser legal estamos mesmo precisando relaxar- minha namorada falou
-Kelebh é burro mesmo, existem maneiras mais deliciosas de relaxar- Aldo falou e os idiotas riram
-Idiota!- joguei uma almofada nele
-Vamos comer gente- Ângela chegou na sala de mãos dadas com o Tomás
Levantamos todos e fomos pro quintal, a mesa estava toda decorada e cheia de variedades de comidas, as plantas e árvores tinham pisca-piscas, a árvore de natal estava numa área coberta, mas estava linda, sentamos todos ao redor da mesa e começamos a comer.
-Ângela onde colocou a Bolota?- rama perguntou
-Lá no meu quarto tio gostosão, ela está dormindo- sorriu pra ele
-Tio gostosão?- meu pai a encarou bravo
-Ele que mandou papai!- apontou pra rama
-E ela que repetiu tio- apontou pra Ângela
-Duas crianças- meu sogro resmungou e rimos
Começamos a nos servir e rama quase mata a todos com seu desespero, a comida da minha sogra é uma delícia mesmo! A conversa fluiu entre todos, sobre vários assuntos, ás vezes nos dividíamos em grupos para discutir coisas em comum. A namorada de Tiago ficava sempre ao lado dele olhando para todos, já as crianças foram brincar de bola um pouco afastado.
Algumas horas depois, nossos amigos foram indo pouco a pouco para casa, até sobrar eu e minha namorada linda, subimos para o quarto que mais parecia um furacão, e eu sou culpado, demorei uma hora procurando uma roupa para vestir e baguncei todo o quarto. Hanna passou por mim e foi pro banheiro, a segui e a vi limpar a maquiagem, tranquei a porta do quarto e comecei a tentar arrumar minha bagunça.
Minutos se passaram e eu não consegui, me irritei e juntei tudo num canto da mala, minha namorada saiu do banheiro pelada e riu da minha cara, me chamou pra tomar banho e fomos, trocamos caricias e alguns beijos, percebi que ela estava cansada, por isso terminou o banho primeiro, fiquei mais um tempo e meus pensamentos foram para o presente de natal da Hanna amanhã.
HANNA
Procuro em minha mala uma lingerie que preste, mas a maioria é fio dental, e eu tenho culpa, depois que usei aquela passei a encher meu guarda-roupa. Pego uma cor rosa bebê e visto, por cima coloco uma camisa do Kelebh preta, prendo meu cabelo e ajeito a cama, olho pro canto e começo a rir da montanha de roupa na mala do meu namorado.
-Hanna!- minha mãe bate na porta
Vou até lá e destranco a vendo junto com o meu pai, com outras roupas, porém arrumados e bem perfumados.
-Filha vamos na casa do Jonatas, o pai do Jhonny, a Silvia nos chamou para comemorar mais um pouco e beber um pouquinho- os dois riram
-Tá bom, cadê a Ângela e o Tiago , eu posso assistir um filme com eles- sugeri sorrindo, um tempinho com meus irmãos!
-O Tiago foi dormir na casa da Bruna- fechei a cara- E a Ângela vai com a gente para brincar com os garotos, o Kelebh autorizou que o Tomás dormisse lá, vão fazer uma festa do pijama-
-Amor, você viu minha cueca- olhei para trás e rapidamente fechei um pouco da porta
-Kelebh! Cadê a toalha? Se cobre idiota!- esbravejei e ele continuou a procurar a bendita cueca
-Amor, eu não estou achando me ajuda!- começou a jogar as roupas pelo quarto
-Espera um pouquinho- olhei pros meus pais, enquanto minha mãe ria, meu pai estava bravo
Fechei a porta, entrei no quarto e ajudei o idiota a procurar a cueca, achei o samba-canção de corações que dei de presente, e ele pegou dizendo que ia dormir sem cueca, voltou pro banheiro e eu pra porta.
-Que horas vocês voltam?- perguntei aos meus pais- Eu posso deixar a porta encostada-
-Não vai precisar, vamos dormir lá filha- meu pai falou- Juízo viu!- deu um beijo na minha testa
Acenei pra ele e entrei no quarto, tranquei a porta e ouvi o Kelebh cantando no banheiro alguma música em espanhol, deitei na cama de bruços e fiquei pensando no projeto do Kelebh, o que será que ele irá me dá? Tentei juntar as peças, mas nada entrava na minha cabeça, senti a mão gelada dele na minha bunda e olhei para trás vendo sua carinha de safado.
-Nem me olha assim- ri
-Vamos fazer...amor gostosinho sem camisinha!- sugeriu
-Hanna! Que porra é essa?- meu pai gritou
Demos um pulo da cama, ouvi os risos da minha mãe, e depois ela falar algo pro meu pai.
-É pra usar a porra da camisinha Hanna!- gritou
-Eu sei pai!- gritei de volta envergonhada
-Foi mal sogrão- meu namorado segurava o riso
-Se eu souber que vocês não usaram, eu te mato garoto!-
-Tchau crianças, divirtam-se- minha mãe gritou e meu pai a advertiu- Antony! Já fomos adolescentes e você era igualzinho, louco pra não usar camisinha- os dois riram
Ficamos em silêncio por um tempo, e quando escutamos um barulho de carro saindo nos encaramos e rimos. Voltei a deitar na cama na mesma posição de antes, Kelebh voltou a passar a mão na minha bunda e eu o olhava prendendo o riso.
-Agora que o sogrão foi embora, pensa melhor na minha proposta- pediu e eu ri
-Nem pensar, fica quieto!- fiquei de lado
Ele veio deitar de frente para mim e ficamos nos olhando, ele sorriu e chegou mais perto.
-Eu te amo, sabia?- roçou nossos lábios
-Também te amo- o abracei
Começamos a nos beijar, passei minhas mãos no seu rosto e ele sorriu, sei que gosta quando faço isso, suas mãos foram pra minha cintura apertando e acariciando.
-Eu quero fazer amor gostosinho, mas com camisinha- falei parando o beijo
-Tudo bem- sorriu e voltamos a nos beijar
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-É linda vida!- Sarah começou a chorar
-Ei ruivinha não chora- Jhonny a abraçou sorrindo- Imagina a gente aqui daqui a alguns anos-
-Acho que vai ficar bem bonito, vamos olhar a parte dos fundos que você falou- se animou- Venham madrinhas e padrinhos!- chamou
Estávamos quase todos aqui, faltou somente a Cindy e o Vitor que estão com suas famílias em são Paulo, Renato e David estavam na casa do lago do Nick, pelo que meu namorado me explicou as famílias de ambos não os aceitam, então vieram passar o natal entre amigos, mas ontem eles preferiram ficar sozinhos curtindo a casa.
Caminhamos até os fundos da capelinha onde tinha um espaço lindo, a Sarah e o Jonatas faziam planos, na verdade, não só eles como todos começaram a planejar seus casamentos, e o casal de loiros estava discutindo com o Nick e a Letícia sobre lua de mel. Procurei pelo Kelebh e o vi longe de todos, sentado num tronco debaixo de uma árvore, fui até ele e sentei ao seu lado.
-Porque está aqui sozinho amor?- o olhei e ele parecia um pouco triste
-Nada não, é só que todos estão conversando sobre casamento e eu não...to afim desse assusto- virou o rosto
Soltei um longo suspiro, sabia por que ele estava assim, pela conversa que tivemos sobre casamento a uns meses atrás, sei que ele fica receoso de falar sobre o assunto. Durante esses meses ele sempre tentava tocar no assunto, mas eu fugia, não que eu não queira me casar, mas....tenho medo de fazer planos e me iludir novamente, sei que se começarmos a falar eu vou começar a imaginar, por mais que por dentro eu tenha confiança no nosso relacionamento, ainda é difícil pra mim.
Olho pra ele que brinca com nosso anel de namoro, eu aprendi tanta coisa com ele, superei muito dos meus medos...acho que posso tentar superar este também. Suspiro fundo e tomo coragem.
-Como...imagina o nosso casamento?- perguntei rápido e ele se virou não acreditando- Não se esquece da promessa, daqui a três anos!- ele sorriu
-Amor, eu não estou chateado tá, não precisamos falar sobre isso- me abraçou de lado
-É bom falar um pouco, eu penso que, se superei muitas coisas com você, porque não esse medo também?- ele assentiu- Mas temos que ir devagar, lembra? Tudo no nosso tempo- lhe dei um selinho
-A única coisa que consigo pensar em nosso casamento, é nós dois lá e nossa lua de mel cheia de safadeza- riu e lhe dei um tapa
Sei que ele está brincando, ele pensa sim, mas não quer me falar pra não apressar tudo, ele é um pouco ansioso demais.
-Halebh vamos!- Alice chamou e a olhamos confusos- Estou shippando vocês, vem logo, vamos descer pro rio- foram todos andando
Meu namorado me colocou nas suas costas e correu pra perto do pessoal que ria de algo que Alice falou.
-Pronto está decidido o da Hanna e do Kelebh, Halebh- Eric bateu palmas
-Agora Ramiro e Alice...hum....- ela ficou pensando
-Ralice!- Letícia gritou e caímos na risada- Agora o meu e do meu amor- abraçou o Nick
-Nickticia- um pior que o outro, Aldo já estava chorando de rir- Agora o meu! Isso está ficando ótimo!- bateu palmas e pulou nas costas do Mike
-Deboke- Eric gritou e tivemos que parar pra rir- Gente do céu, isso só melhora, agora todos os casais que eu ver na rua vou fazer isso- se agarrou a Aldo- Agora o nosso-
-Erido, combina com vocês que se chamam de queridos- Jonatas falou e o Kelebh estava vermelho de rir- Agora o meu e o da ruivinha, tem que ser o mais bonito!- o vaiamos
-Eu invento- David levantou a mão- Hum....Sanatas!- Aldo se segurou num poste pra não cair de rir
Jonatas fechou a cara e paramos um pouco de descer a ladeira para respirar, o rio ficava logo abaixo, mas de tanto rimos estava demorando de chegar.
-Agora o nosso tesãozinho- abraçou o Renato
-Danato!- gritei empolgada e voltamos a rir
-Porque eles são...danatinhos- Eric jogou a piada e rimos ainda mais
Depois de respirarmos mais um pouco e parar de rir, voltamos a descer a ladeira e o Kelebh pegou o celular, vi ele entrar no instagram e olhar a foto que tiramos ontem.
-Olha amor te encheram de corações, e falaram que parecemos uma família- me mostrou, olhei o número de curtidas e quase tive um treco
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Ele ligou a câmera e começou a gravar ao redor, rama e Aldo começaram a gravar também, era bonitinho ver eles falando em espanhol e rindo de piadas.
-Ahora estamos yendo a um rio. Algunas de nuestras fãs habitan em Sorocaba? Veni a nos ver/ Agora vamos a um rio, alguns dos nossos fãs moram em Sorocaba, venham nos ver- encerrou o stories e postou
-Será que tem mesmo fãs nossa por aqui?- Aldo perguntou
-Se tiver viram nos ver daqui a pouco!- riram
Meu namorado segurou minha mão enquanto descíamos a ladeira, não gostei muito dessa idéia de fãs vindo aqui,não por ciúmes, mas sim porque quando postei uma foto nossa várias pessoas gostaram, mas outras começaram a xingar e ameaçar.
-Olha que lindo!- Débora falou
Olhei para frente vendo o lago, vim aqui umas duas vezes, uma com a Alice e o Jhonny, foi super divertido, e outra só eu e o Felipe. Lembro bem desse dia, fiquei com muita vergonha em me mostrar de biquíni, mas ele sempre falando o quanto eu sou linda e maravilhosa, e eu idiota acreditava.....esse dia foi quando ele começou com o papo sobre sexo, a todo momento ele iniciava uma mão boba, até o momento em que eu dei um basta vesti minha roupa e fui correndo para casa, nossa primeira briga.
-Amor?- sai dos meus pensamentos e olhei meu namorado- Tudo bem? Foi aquele papo de casamento, não é? Esquece isso- podia enxergar preocupação e medo no olhar dele
-Não é isso, é outra coisa, deixa pra lá- fui andando na frente
Olhei ao redor, tinham barracas feitas de madeira, banquinhos e mesas, são para as pessoas quando virem aqui. Havia uma época que esse rio lotava, aos sábados e domingos várias famílias vinham curtir o dia aqui, meus pais sempre me chamavam, mas depois daquele dia com o Felipe não tive mais vontade de vir.
Vejo meus amigos colocando as sacolas com lanche em uma das barracas, olho pra água e o Jhonny já está lá, ele sempre todo empolgado. Caminho até a barraca onde as meninas já tiravam a roupa, hoje pela manhã que vim descobrir que enquanto eu estava preocupada com o Kelebh em casa, minhas amigas saíram para comprar biquínis pra passar o ano novo no rio, e todas compraram biquínis fios dentais, que é o que estão usando agora.
-Hanna!- Letícia gritou- Onde estava?- elas riram
-Na terra dos pensamentos- respondi rindo
-Tira logo a roupa, queremos exibir os biquínis juntas para os garotos- Alice sorria- Olha pra eles- apontou
Olhei pro rio e os idiotas brincavam de jogar água um no outro, procurei o Kelebh e novamente ele estava sentado numa pedra sozinho e ainda vestido. Tirei meu vestido ficando só com um biquíni laranja fio dental, me senti um pouco estranha, quando estamos na piscina do Kelebh é diferente porque estamos entre amigos e ninguém vai aparecer de surpresa, mas aqui é público, qualquer um pode chegar quando quiser.
O biquíni que usei em salvador era cintura alta, cobria as cicatrizes do meu umbigo, mostravam só as da coxa que já desapareceram, quer dizer, não exatamente, ficam uns risquinhos que as pessoas só percebem se olhar de perto, e também eu contei e nas coxas só tem 10 risquinhos e são pequenos, tinha medo de cortar grande demais, já abaixo do meu umbigo....passa de 20, são vários de múltiplos tamanhos, ou seja é cheio de risquinhos! E mesmo se não olharem de perto dá para perceber.
-Terra chamando a bravinha- Débora estalava o dedo na minha frente- Que foi Hanna? Está estranha- elas me encararam
-Já sei o que é, Felipe!- Alice veio pra perto de mim- Hanna se não quisesse vir era só falar- me abraçou de lado
-Mas eu quis, é só que...várias pessoas podem vir aqui e....ficar olhando para esses risquinhos aqui- apontei
-Hanna para com isso, você é linda- Sarah falou- E se fosse assim, todas nós deveríamos ter vergonha desses risquinhos que se chamam estrias- apontou pra bunda dela
-Pois é Hanna, vamos logo- Letícia me puxou
Assim que saímos da barraca os namorados idiotas delas as encararam, eu ri, parece que nunca viram elas com biquínis tão minúsculos. Olhei pro meu namorado, mas ele nem me olhava, seu olhar estava num pé de jaca.
-Vocês brigaram?- Alice perguntou ao meu lado
-Não, acho que ele ficou assim porque enquanto vocês falavam de casamento, nós dois tentávamos, vocês sabem do meu receio quanto a isso- as encarei e vi o olhar da Débora ir em direção ao Kelebh
-Amiga, você não devia ter receio disso- a loira me abraçou
-Eu sei, por isso que eu conversei com ele hoje, disse que se eu superei muitas coisas com ele porque não esse medo bobo também- elas assentiram
-Vai lá falar com o lindinho- Sarah mandou
Enquanto elas iam em direção aos seus namorados, eu caminhava até o meu. Assim que cheguei perto dele o mesmo me encarou, sentei ao seu lado e ele me abraçou dando beijos no meu rosto.
-Porque está aqui sozinho?- baguncei seu cabelo
-Amor, fala a verdade, você ficou incomodada com aquele assunto?- nunca vi ele tão nervoso quanto agora
-Não amor, eu quero perder o medo de pensar na possibilidade, eu confio muito no nosso relacionamento, mas é que ás vezes fica difícil, eu só preciso de você do meu lado- o abracei
-Te amo muito, bravinha linda- beijou meu pescoço- Está linda nesse biquíni- olhou pro meu corpo
-Sério?- ele assentiu- É que eu estava um pouco insegura-
-Não devia, está linda e gostosa nesse biquíni- levantou e me pegou no colo
Ele foi até a barraca e me colocou no chão, tirou a camisa e depois a bermuda ficando de sunga vermelha, olhou pra minha cara e riu.
-Que foi?-
-Você me olhando, é engraçado- voltou a me pegar no colo- Eu fui ao mercado hoje pela manhã e passei na farmácia, tem três caixas de anticoncepcional lá na mala, vamos fazer muito amor gostosinho sem camisinha!- sorriu safado
-Amor!- lhe bati- O que te deu essa semana, está muito safado- ele riu- Não é pra rir idiota, se quiser fazer amor gostosinho vai ser com camisinha, e se protesta eu faço greve!- ele fechou a cara
-Já disse que te amo muito- me deu um selinho- Não vai ceder?- neguei- Então você ganhou- sorri e
Caminhou até a água e entrou comigo, fomos pra perto dos nossos amigos e começamos a conversar, o Kelebh estava grudento hoje, e eu estou gostando disso. Enquanto todos conversam e brincam na água, meu pensamento volta ao presente que irei ganhar do meu namorado, as únicas pistas que tenho é que, demorou 2 meses, e custou mais de 8 mil reais, o que me assusta.
-Amor, porque está fazendo essa cara de lua?- meu namorado riu
-Estou pensando no meu presente!- sorri animada, mas ele pareceu nervoso novamente
-Acho que você vai gostar- sorriu- Agora vem- me grudou nele
Ficamos trocando caricias dentro da água, assim como o resto que namorava, mas logo as caricias do idiota foram ficando safadas demais, comecei a bater nele e isso rendeu boas risadas. Sai de perto dele e fui conversar com as meninas, e o assunto era a viagem para o rio.
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-Vamos comer!- gritei pros garotos que continuavam na água
Eu e as meninas arrumamos a mesa, minha mãe, a tia Silvia, e a Lidia, prepararam diversos tipos de lanches para a gente, a mesa estava cheia de coisas, até algumas que sobrou da ceia de ontem, não podemos desperdiçar! Fui até a barraca pra pegar uma toalha pro meu namorado.
-Vocês tinham que passar as férias neste fim de mundo!- ouvi uma voz fina
Ao olhar para trás tomei um susto.
-Mia!- a encaramos incrédulos
-Não, Britney Spears- riu irônica- Eu estou desde ontem procurando vocês! Passei minha ceia comendo num restaurante, sozinha! Não tinha sinal na porra desse lugar- caminhou até a mesa vermelha de raiva- Da próxima vez, escolham um lugar melhor! Ibiza, Havaí, punta cana, sei lá, menos aqui- colocou sua bolsa em cima da mesa
-Como nos achou?- Aldo perguntou
-Perguntei onde ficava a casa da virgemzinha- me olhou- Você é bem conhecida por aqui, todos te conhecem- tirou o vestido mostrando seu biquíni minúsculo rosa Pink- Fui até sua casa e sua mãe falou que vocês estavam aqui, seu irmãos e a namorada me trouxeram- Tiago apareceu com a Bruna
-Porque não me disse que vinha para cá- falou sentando num banco com a Bruna
-Você não dormiu em casa- virei de costas
-Eu to com fome!-Mia gritou e começou a fazer um prato para ela
Abri a bolsa e peguei a toalha, entreguei ao Kelebh que se enxugou. Sentamos-nos à mesa e começamos a comer, estava tudo uma delícia! A Mia nos contou sua trajetória até aqui, e pra nossa surpresa ela veio com o Andrew, que ficou lá em casa dormindo, pela explicação dela os dois são amigos com benefícios.
O Kelebh não aquietava a mão, era uma na minha coxa, depois na barriga, beijos no meu pescoço e selinhos a todo o momento, hoje ele está carente, tenho certeza. O Tiago conversava com a Bruna que estava quieta e me olhando a cada minuto, tentei não dá importância, mas fico preocupada com o Tiago.
-Não dá bola- Eric falou
Pensei que ele estava se referindo a bruna, mas ao olhar pra entrada do rio, lá estava o Felipe com a Suelen, seus amigos, Celine e os amigos da mesma, agora percebi porque os achei estranhos, e de onde conhecia o tal do Fox. Ficamos todos surpresos, principalmente pela Celine está no meio deles, logo vi um sorrisinho aparecer nos lábios da Suelen e do Felipe, meu namorado apertou minha mão quando eles caminharam até nós. Olhei pro Tiago e ele me encarava preocupado, enquanto sua namorada parecia surpresa com o que estava vendo.
-Lá vêm as putas!- Mia gritou
Meu pai do céu, isso não vai prestar.
-O que foi Mia? Papai e mamãe não quiseram passar o natal com você?- Celine provocou, pensei que a Mia ficaria mal, mas ela riu
-E seus pais, não agüentaram mais a filha putinha dentro de casa?- riu- Ah lembre! Com essa sua fama pode manchar o nome da família, é melhor te manter longe- olhou para os amigos- Iai garotos, quem de vocês já provou da Celine?- perguntou e todos os meninos sorriram menos o Fox- Olha só, nunca muda-
-Vadia!- falou entre dentes
-Seu veneno não me atinge selminha- fez biquinho e os amigos dela riu- Pra quem não sabe esse era o apelidinho dela, Celine Selma – todos, até mesmo meus amigos começaram a rir
-Podemos sentar com vocês?- Suelen perguntou
-Fique a vontade, portanto que não incomode- Eric falou
-Quando vai voltar lá em casa cara?- Felipe fez um toque com o Eric
-Vou cair fora amanhã, quem sabe na próxima- respondeu- Vocês estão mesmo juntos?- perguntou olhando pra Suelen
-Algum problema? Ta afim do meu namorado?- a hiena perguntou
-Não, pode ficar pra você, o tamanho do pau dele não me agrada- riu
-Qual foi Eric?- Felipe riu e sentou ao lado da Suelen- Fala loirinha!- cumprimentou a Alice- Oi Hanna- me olhou
-Oi!- me limitei a dizer e voltei a terminar meu suco
-Foi mal aquele dia na festa, eu tinha bebido muito, não precisa ficar assim na minha presença- cruzou os braços, eu o olhei mais logo desviei- Desculpa vocês também ai mano, eu mandei apagar o vídeo lá, depois vim perceber que vocês são famosos, não queria queimar a fita- o encarei surpresa e ele me lançou um sorrisinho- E você, éééé...como é seu nome? É Keleber?- os irmãos do meu namorado riram
-Kelebh!- fechou a cara
-Eu não vou mais fazer mal a baixinha ai não, fica tranqüilo- esse era meu apelido, “baixinha”- Iai Bruninha!- sorriu pra namorada do meu irmão
-Oi Felipe- sorriu pra ele
-Puta!- Eric sussurrou
-Oi Sr.Garland- Fox cumprimentou e o encaramos confusos
-Fox, não precisa me chamar assim, eu tenho a mesma idade que você- os dois riram- Oi Valery- cumprimentou a menina ao lado deles
-Oi, Kelebh! - sorriu
-Amor esse é o Fox, ele trabalha lá na empresa e aquela é a namorada dele- apresentou
-Oi Hanna, aquele dia eu não quis te assustar- meu pai, isso está cada vez mais embaraçoso
-Eu não me lembrava de você, achei que fosse maluco- ele riu
-Oi gostosinha- aquele cara idiota do carro outra vez
-Respeita minha namorada porra!- Kelebh o encarou bravo
-Foi mal ai!- riu- Vem cá Celine- puxou ela pro colo dele e começaram a se beijar
-Da pra pararem com isso!- Felipe gritou- É em todo lugar esse grude do caralho- levantou- Vamos pra água, Su- a hiena se levantou e tirou a camisa que vestia revelando um maiô verde
Eles caminharam até lá e se jogaram, depois a Celine e o Gustavo( ela chamou o nome dele), Fox e Valery pareciam deslocados, e o Thiago com raiva, enquanto a namorada encarava o Felipe.
-Vamos pra água, amorzinho- Nick chamou a Letícia- Por favor- ela riu da cara dele
-Tá vamos- os dois saíram correndo
Na seqüência o afobado do Jonatas levou a Sarah e depois o Mike e a Débora, o Eric e a Alice não queriam me largar de jeito nenhum, mas falei que eles poderiam ir que eu estava bem. Eles foram e sobraram eu e meu namorado carente, e o Fox e a namorada.
-Quer ir embora?- ele perguntou
-Não!- sorri e ele me deu um selinho- Tiago!- gritei quando o vi levantar pra ir embora- Aonde vai?-
-Pra casa!- pegou a camisa em cima da mesa e saiu irritado
Bruna o olhou ir embora, uns segundos depois ela começou a tirar a roupa para entrar na água, me irritei e a encarei.
-Não vai atrás dele?- perguntei alto
-Porque eu iria?- o Eric tem razão, cara de.....sonsa!
-Porque será não é Bruna?- levantei irritada
-Eu não fiz nada, o Tiago que é esquentado demais às vezes!- falou irritadinha
-Tomara que ele termine logo com você- falei e ela me olhou incrédula- Você nem se importa com ele, já ele sempre tentando te entender-
-Fala isso porque é seu irmão!- vestiu a roupa de volta- Eu vou, mas porque quero, e não por você- virou as costas e saiu
-Menina insuportável, da vontade de estrangular o pescoço- falei irritada e o Kelebh riu
-Quer um travesseiro?- lhe bati
-Amor, não tem graça- sentei de volta
-Igual ao Fox, tudo ele acha graça- Valery comentou
-São uns idiotas- cruzei os braços- Ser rir de novo, eu faço greve e você fica sem presente natal- ameacei
-Eu vou ganhar presente?- perguntou empolgado
-Claro idiota! Não foi tão caro quanto o seu, mas é de coração- ele começou a beijar meu pescoço- Vou aproveitar que o Fox trabalha lá na empresa e perguntar uma coisa- encarei o Fox- Como ele é no trabalho? Se comporta direitinho? Alguém da em cima dele?-
-Ele trabalha bem, se comporta direitinho, mas....algumas mulheres dão sim em cima dele- encarei meu namorado que fazia careta pro Fox
-Você disse que isso não acontecia idiota!- dei outro tapa
-Não é o tempo todo!- começou a me dar selinho- Eu só tenho olhos pra você, essa sua braveza me mata- colocou a mão no peito e rimos
-Vamos voltar pra água, vocês vem?- perguntei ao casal que assentiu
Levantamos e eles tiraram a roupa, assim que entramos na água o Eric nos chamou para brincar de vôlei na água, montamos os times e começamos. Só quem não jogou foi o Felipe e a hiena que estavam namorando numa pedra, e a Celine e o tal do Gustavo que estavam transando numa parte que tinha mato, escutavam- se os gemidos de onde estávamos, e a Mia aproveitou pra gravar.
Eu percebi alguns olhares para as minhas cicatrizes, principalmente do Felipe, no começo eu fiquei um pouco incomodada, mas o meu namorado idiota me fez esquecer isso com palavras linda e muitos beijinhos.
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-Amor para de se balançar- Kelebh pedi
Estou a uns minutos esperando ele se arrumar pra podermos descer e entregar os presentes, já estão todos lá em baixo. Os presentes dos meus amigos eu já levei até a casa deles, e já recebi também, do Nick e da Letícia ganhei um conjunto de cama, do Mike e da Débora uma caixa com vários objetos de decoração, do Renato e do David um moletom preto com três estrelas na frente, da Alice um vestido que ela mesma desenhou inspirado em mim, do rama um conjunto de lingerie, o Kelebh quase mata ele. A Sarah e o Jonatas passaram o natal com os pais do mesmo por isso já me deram o presente, o Jhonny uma caixa com vários tipos de chocolate e uma camiseta com um bombom na frente, já da Sarah ganhei um salto maravilhoso, não muito alto claro. Eric e Aldo me deram moletom também, dois, disseram que não é mais pra eu roubar do meu namorado, e separado o Eric me deu um vestido lindo para eu usar no ano novo, é um pouco extravagante, mas vou tentar experimentar.
-Estou ansiosa!- sorri
-Agora vamos- me deu um selinho e saímos do quarto
Assim que descemos as escadas encontramos todos na sala rindo, a árvore estava cheia de presentes ao redor, nunca a vi assim! Sentamos no sofá que estava espremido de pessoas, abracei o meu namorado que está nervoso desde o banho.
-Quem quer começar?- meu pai perguntou
-Eu!- Tomás levantou, pegou três caixinhas- Esse é seu tia Hanna- me entregou, abri e vi um par de brincos de coração
-Obrigada tom- beijei seus cabelos
-Tio esse é seu- entregou, assim que o Kelebh abriu começou a rir, uma camisa do toy store
-Valeu cara- o abraçou
-E esse é seu meu anjo- entregou o maior pacote a ela
Assim que abriu seus olhos brilharam, era um vestido longo branco bem estilo praiano, junto uma flor branca de prender no cabelo e uma colar de miçangas.
-Obrigado tom!- o abraçou- Agora minha vez!- foi até a árvore pegando um saco com vários pacotinhos pequenos
-Esse é da mãe e do pai- os entregou, assim que abriram eram dois chaveiros, cada um com metade de um coração- Eu não tinha muito dinheiro- sussurrou e eles riram
-Nós amamos filha- meus pais a abraçaram
-Esse é da Hanna- me entregou, ao abrir vi um colar com metade de um coração, escrito metade da frase “Best friends”- A outra metade está comigo- apontou pro pescoço dela, a abracei emocionada- E esse é do Tiago- entregou a ele, era um colar também com pingente de fones de ouvidos
-Valeu pirralha- a abraçou
-Esse é do Tom- o entregou, era uma camisa do superman, eles se abraçaram- Eu amo vocês- sorriu e sorrimos junto
-Agora eu!- Tiago levantou
Deu uma caneca pro pai e pra mãe, meias coloridas para mim, e um tênis pra Ângela, a carinha dela de felicidade foi maravilhosa. Depois veio a mãe e o pai, os presentes deles são juntos, pro Tiago deram a chuteira que ele queria, pra Ângela um tablet, e para mim coisas de casa, para o meu apartamento, eles queriam comprar assim que me mudei, mas o dinheiro ficou apertado. Pro Kelebh deram duas camisas e meu pai um saco com algumas camisinhas, o que me deixou morta de vergonha, e pro Tomás uma camisa também.
-Agora eu!- levantei animada e peguei meus presente embaixo da árvore- Esse é pra mãe!- entreguei a caixa era uma sanduicheira nova- Esse é do pai- umas roupas novas para ele, meu velhinho sempre pensa primeiro nos filhos e acaba sobrando
-Obrigado filha- me abraçou chorando- Estou muito orgulhoso de você- beijou minha testa
-Meu anjo- entreguei, era uma boneca da Barbie que ela queria
-Ah, obrigado Hanna- me abraçou- Vai se chamar Ana-
-Thiago!- o dele foi o melhor, um celular novo, deixei de comprar o meu, pois o dele era o meu antigo que já estava bem velhinho
-Hanna! Isso deve ter sido caro, nossa!- começou a chorar
-Você merece!- o abracei- Toma tom- entreguei ao Tomás era uma camisa do toy store também e uma do super man- Agora o seu amor!- o entreguei
Ele me olhou e começou a abrir, quando viu o que era começou a rir, 5 moletons de diversas cores, estavam na promoção, compre dois leve três, fiquei com um para mim e dei o restante para ele.
-Eu amei!- me deu um selinho
-Agora eu!- pegou três pacotes- Sogrinha o seu está lá na cozinha, é um microondas novo!- minha mãe abriu a boca em supresa, e o abraçou- Sogrão, o seu é uma inchada, a pá e o carinho de mão que estava precisando para fazer os seus serviços, está lá no fundo também- meu pai sentimental do jeito que é começou a chorar- Tiago cara, não sabia o que iria gostar, mas comprei uma bermudas e uma camisa- entregou o pacote
-Valeu mano!- fizeram um toque
-Toma princesa, entregou a Ângela- quando ela abriu era um chaveirinho de pompom
-É lindo tio- o abraçou
-Seu presente está lá fora, é uma bicicleta- que? Como ele trouxe isso e eu não vi
-Sério?- ele assentiu- Obrigado tio- o abraçou novamente
-Não vou poder te ensinar a andar agora, mas acho que seu pai vai ensinar melhor que eu- meu pai riu- Tomás, esse é seu- o entregou o último pacote
Assim que ele abriu eram capinhas de celular da liga da justiça e um boneco do toy store, Tomás pulou de felicidade e o agradeceu. Por último pegou uma caixa e me entregou, ansiosa comecei a abrir rapidamente o fazendo rir, assim que terminei dei um gritinho ao ver o sapato que eu tanto queria! E então liguei os pontos, deve ter demorado dois meses para chegar e ele ficou auxiliando a compra com o Nick e a Débora. Deve ser isso!
-Obrigado amor- o abracei- Eu queria muito esse- o soltei e só então me dei conta- Espera! Isso custou mais de 8 mil reais?- perguntei assustada
-Não, foi menos amor, calma- ele sorriu, e uma dúvida me veio
-Kelebh esse era mesmo o meu presente?- perguntei e ele negou- E qual era?- meus pais observavam
-Eu decidi não te dar, só hoje vim ver que iria cometer um erro, iria adiantar demais as coisas- olhou para as mãos- Você não ia gostar amor, tudo no nosso tempo, lembra?- assenti
-Você ia me pedir em casamento?- todos se assustaram, menos as crianças que conversavam sobre algo
-Não, fizemos uma promessa lembra?- assenti
-Eu quero o presente verdadeiro Kelebh! Agora!- gritei
-Hanna é sério, deixa isso pra lá, eu vou estragar com tudo- pediu chateado
-Para com isso, você nem sabe qual seria minha reação; vai buscar amor, por favor!- pedi
Ele levantou do sofá e subiu as escadas, meus pais me encararam, tentei explicar resumidamente sobre este bendito presente. Porque ele esconderia de mim? E porque estragaria o nosso relacionamento? Esperei pelas respostas e nada dele descer, quando iria atrás dele, o descer a escada com um pacote em formato de envelope, sentou ao meu lado e me encarou receoso.
-Se não gostar é só falar, pode me bater se quiser, gritar, qualquer coisa, só não termina comigo- entregou o pacote
Assim que peguei senti que era papel, abri o pacote e tirei de lá uma espécie de catálogo, a primeira folha tinha o nome “Hanna e Kelebh”, sorri e o encarei, ele estava nervoso me analisando, ri da sua cara e virei a página, na outra tinha várias fotos de ângulos diferentes do lugar dos pensamentos, fiquei confusa e o olhei.
-Lugar dos pensamentos?- ele assentiu e deu um meio sorriso
Abaixo de todas as fotos tinha a palavra “antes”, virei a segunda página e era plantas e fotos de decorações de uma casa, e essa casa ficava exatamente no lugar dos pensamentos, e um dos quartos da casa, tinha uma sacada enorme que é feita no barranco onde ficamos quando íamos lá, tem tempo que o Kelebh não me leva. Vi o nome depois abaixo das fotos, não entendia para que ele servia, virei a outra página e tinha um texto, sorri pensando finalmente ser uma cartinha.
“ Desde de adolescente eu vou ao ‘lugar dos pensamentos’, achei o lugar em um momento triste da minha vida, no meu termino com a Mia, sempre pensei nesse lugar como um refúgio de tudo e todos....Até eu encontrar você! Aquele dia em que fomos lá pela primeira vez, eu queria sim utilizar aquele lugar como refúgio, mas você fez com que aos poucos aquele lugar se tornasse algo só nosso e especial. Tão especial que quando comecei a pensar num futuro com você, pensava em como seria nós dois velhinhos indo lá novamente para fazer um piquenique ou observar as estrelas, e ao pensar nisso uma idéia surgiu na minha cabeça maluca....e porque não a tornar realidade? E foi com essa idéia que comecei o projeto Hanna e Kelebh. daqui a dois anos irei pedir a mulher da minha vida, a única que amei em casamento, iremos construir e conquistar muitas coisas e ter nossos filhos, mas precisamos de um lugar pra nos estabilizar, não acha?
Essa é nossa futura casa amor, esse é o nosso projeto para o futuro!”
Termino de ler e estou chorando, olho pro Kelebh e percebo seus olhos marejados, viro à última página e me deparo com as fotos da casa sendo construída, começo a soluçar, e no final da folha tem o nome atualmente. Agora tudo se encaixa, ele levou dois meses para planejar, óbvio que custou mais de 8 mil reais, e o Nick o ajudou como arquiteto e a Débora como designer de interiores.
-Amor!- subi no seu colo e abracei chorando- Eu amei, é o melhor presente do mundo- que a Ângela não escute isso!
-Não achou apressado demais?- se preocupou
-Eu não me importo mais se estamos indo rápido demais, só me ajuda a perder esse medo- o apertei- Te amo muito, muito, muito- beijei seu pescoço
-Também te amo meu amor- segurou meu rosto em suas mãos e me deu um selinho- Gostou mesmo?- assenti
-Muito, eu amei- sorri e limpei as lágrimas- Já está assim?- perguntei apontando para foto onde a casa estava em construção
-Sim, eu queria adiantar logo desculpa fazer isso sem você, pode conversar com a Débora depois, e mudar o que quiser- enquanto ele falava e eu só sabia chorar
-O que ganhou?- Thiago perguntou
-Uma casa!-falei sorrindo
-Casa?- todos gritaram
-Sim, olha!- entreguei o mini caderno para eles
Meus pais e meus irmãos começaram a ler e ficaram encantados, o Kelebh explicou tudo a eles e a mim, pois não sabia de nada. Para tranqüilizar meus pais e meu medo idiota, ele disse que como a casa é muito grande, tem muitos detalhes e é em cima de um barranco, ficará pronta somente daqui a um ano e meio, então não é como se fossemos nos mudar agora. Meus pais assentiram, e meu já adiantou e concede minha mão em casamento ao Kelebh, o que nos deixou felizes e ansiosos, mas o meu namorado me acalmou dizendo que mesmo eu pedindo para perder meu medo, ele quer ir devagar e se excedeu um pouco com essa idéia, mas eu reforcei que amei.
-Agora, vou pegar minha princesa- pegou a Ângela no colo- E vamos andar de bicicleta!- ela se animou
Fomos todos para a rua e ficamos olhando o Kelebh, meu pai e o Tomás ensinando minha irmã a andar de bicicleta, o que facilitou foram as rodinhas, ela estava super empolgada, coloquei meu colar que ganhei dela no pescoço e ao ver ela sorriu mais ainda.
-Esse garoto te ama muito minha filha- comentou minha mãe
-Eu também o amo muito- sorri o olhando brincar
-Eu vou a casa do Jonatas hoje novamente, vou levar a Ângela, e o Tiago vai dormir no Bernardo- avisou e me encarou- Aproveite a noite toda, eu não vou voltar- ela olhou pro meu pai, que guiava a Ângela e voltou a me encarar- Pode transar sem camisinha, não faz mau nenhum, vocês dois não tem nada, não é?-
-Fomos ao ginecologista, estamos limpos- falei envergonhada
-Então pronto, só não se esquece de tomar anticoncepcional, tenho certeza que não quer ficar grávida agora- rimos
-O idiota comprou- minha mãe riu mais ainda
-Igualzinho ao seu pai, ele sempre procurava um pretexto ou algo para me conseguir, foi assim que engravidei do Tiago e da Ângela- sorriu parecendo lembrar-se de algo- Siga o conselho da sua avó, transe muito que é gostoso- fiquei surpresa
-Mãe!- cobri meu rosto- Não seja igual à vovó- pedi
-Se ela ouve isso....Mas bem, lembra que eu queria conversar com você ontem?- assenti- Era sobre...sexo, como você está quanto a isso, se ainda sente algum trauma, ou ....-
-Mãe eu estou bem com isso, não tenho mais trauma nenhum, gosto de como o Kelebh me trata, do que fazemos....- expliquei
-Eu e sua avó estávamos muito preocupadas, se você quiser conselho sobre alguma coisa pode nos falar, estaremos sempre aqui- seus olhos marejaram- Você cresceu muito minha filha, está se tornando uma linda mulher, eu e seu pai temos muito orgulho de você- nos abraçamos
-E eu tenho muito orgulho de você também, meus velhinhos- rimos e nos soltamos
-Tiago!- minha mãe chamou, olhei para trás e ele vinha até nós- Onde estava?- ele saiu? Eu não vi
-Fui falar com a Bruna, nós brigamos hoje pela manhã, pedi um tempo- sentou ao nosso lado na calçada
-Porque não terminou?- minha mãe perguntou
-Eu vou passar as férias com a Hanna, então vou tirar esse tempo para pensar, e ver se realmente quero terminar com ela- abaixou a cabeça- Combinamos de não ficar com ninguém nesse tempo, até porque ainda estamos juntos- minha mãe abriu a boca pra falar, mas eu a intervir
-Tudo bem, faz o que achar melhor- apesar de eu estar com raiva dele não ter terminado com aquela....sonsa, preciso entender que ele tem que aprender sozinho, tomar as próprias decisões
Ficamos mais um tempo lá fora, até a tia Silvia ligar mandando minha mãe ir, todos foram se arrumar, e o Tiago pegou a mochila indo pra casa do Bernardo. Subi para o quarto com meu namorado e tomamos banho juntos, e ele sempre tentando iniciar uma mão boba, mas queria fazer uma surpresa para ele.
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KELEBH
Escuto o barulho do carro ir embora, a casa é só minha e as minha namorada linda. Estou muito feliz que ela gostou do presente, fiquei muito nervoso e esperando ela querer me matar, mas pelo contrario que pensei, recebi muitos beijos e abraços gostosos.
-Está pronto?- perguntou do banheiro
-Amor o que está aprontando?- perguntei receoso, faz 30 minutos que ela está lá dentro
-Só responde amor- pediu calma, mas tenho certeza que estava brava
-Estou pronto- falei por fim
-Lá vai, 1...2...3....surpresa!- gritou saindo do banheiro e eu quase morro
-Hanna que porra é essa?- a encarei de cima abaixo
-Gostou?- deu uma voltinha com um sorriso safado
Ela estava vestida de mamãe Noel sexy! E estava usando cinta liga por debaixo, é pra me matar de vez! Um top fino marcava bem os biquinhos dos seus seios, a saia curtinha mostrava bem sua calcinha fio dental toda enfiada naquela bunda gostosa, aquela cinta liga branca com lacinhos, e pra completar um gorrinho de natal.
-Diz que vamos fazer amor gostosinho sem camisinha- pedi fazendo bico
-Vamos fazer amor gostosinho a noite toda sem camisinha- veio andando a passos lentos até mim- Quer fazer algo diferente hoje?- perguntou sorrindo safada
-Não tenho nada em mente, e você?- ela negou- Então vem aqui- bati as mãos nas minhas pernas
Ela sentou com uma perna de cada lado, peguei na sua bunda e apertei, começamos a nos beijar e como sempre suas mãos seguraram meu rosto, enquanto isso eu apertava ainda mais sua bunda gostosa. Ela parou de me beijar e começou a dar chupões no meu pescoço, coloquei minhas mãos no velcro da saia e a joguei longe, dei um tapinha na bunda dela que se assustou e me olhou surpresa.
-Desculpa!- pedi, acho que ela não gostou
-Não doeu amor, pode fazer de novo?- assenti
Dei mais um tapinha e ela riu tirando o seu top revelando seus seios totalmente rígidos, levantou do meu colo e ficou de frente para mim, comecei a dar chupões na barriga dela que começou a gemer baixinho, passei os dedos na sua intimidade e ela se contorceu, sua calcinha estava junto a cinta liga e eu não queria retira-lá. Fiquei de pé e comecei a chupar seus seios, mordi seus mamilos e alternava de um para o outro.
-Amor- chamou e eu a olhei- Preciso de você agora- pediu agoniada
-Fica de quatro!- ela sorriu
Subiu em cima da cama e empinou sua bunda gostosa, dei um tapa de cada lado e ela riu, afastei sua calcinha para o lado e passei meus dedos pela sua intimidade, se encontrava do jeito que queria, molhadinha. Posicionei meu pau na sua entrada e coloquei de uma vez a fazendo gemer alto, comecei a estocar devagar, mas como sempre ela odeia calma.
-Amor, faz mais forte- pediu empinando ainda mais a bunda
Comecei a estocar com mais força, e foi assim que passamos a noite de natal....
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