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História Perfeito Insano - Lascivo


Escrita por: Laveau

Notas do Autor


A LAVEAU NÃO MORREU! ESTÁ VIVA E APRESENTANDO A VOCÊS O CAPÍTULO NOVO.

E Naruto Shippuden acabou.
Inhai!

Dessa vez eu não consegui demorar, pois me empolguei escrevendo tudo isso! Pesquisei um monte de coisas fodas que aconteceu nos anos 70 pra escrever na fic, que deu até uma vontade de entrar nessa linha do tempo. Ai ai.

Enfim, hoje o negócio ficou +18. Tem lemon explícito ali. Quem gosta, leia, não gosta, pula a parte é leia o resto do capítulo :)

Infelizmente, não é a pessoa que vocês acharam que fosse para narrar o capítulo dá vez. Claro, haverá outras narrações! Veremos por aí.


Enfim, boa leitura!

Capítulo 6 - Lascivo



Izuna

Minhas pálpebras se recusavam a fechar, apesar da claridade que batia em meus olhos. Acordei mais cedo que o normal, sabendo que demoraria uma hora para eu começar a me arrumar para a aula, que na verdade não tenho nenhum interesse em comparecer. 

Confesso, estou ansioso para visitar meu irmão e não poderia fazer isso pós a aula, pois meu pai jamais permitiria. Tajima Uchiha trata seu próprio primogênito como um peso morto, larga-lo lá sem saber das notícias suas foi a melhor forma de se fazer, mas não contava com a fortuna que gastará todo mês para mantê-lo no hospital. Pelo contrário, quero saber como meu irmão está, porque me importo com ele e o amo, meu pai nem ligaria se ele morresse um dia ou até ajudaria a matar. 

Madara sabe muito bem que sonho em morar em outro lugar, ter meu próprio dinheiro e meu emprego. Quero minha vida longe do meu pai, tão longe que ele nunca me verá na vida. Mesmo que ele esteja idoso no futuro, não pretendo cuidar de si, porque até a nossa paternidade ele só reconheceu no período da adolescência de meu irmão, já estávamos educados pela nossa mãe. Ele nos evita quando mais precisamos, assim será na terceira idade. 

Como estou prestes a me formar no colegial e completar meus dezoito anos em outubro, meu inferno acabará.

Retiro o cobertor de meu corpo, sentando na cama. Esfrego os olhos, retirando qualquer sujeira que se encontra nele. Ponho os pés descalços no chão, espreguiçando-me acompanhado com um bocejo. Olho para o espelho em meu armário, reclamando baixo do meu cabelo desgrenhado. Essa hora da manhã, me pergunto se o Uchiha mais velho estaria em casa, pois anda se encontrando mais de um mês com uma pessoa na madrugada e volta ao meio dia. Não faço a menor ideia quem seja essa pessoa, mas aposto que ele está aliviando suas frustrações com uma prostituta. 

Levanto-me e caminho até seu quarto, apenas observando a cama desarrumada. É, ele saiu novamente e me deixa sozinho. Que bom. 

Direciono até o banheiro, retirando minhas roupas e ligo a torneira. Enquanto a banheira enchia, sento ao lado do vaso para esperar. Acordando nesse horário, tenho a vantagem de demorar quanto eu quero no banho e eu desejo isto. Mesmo estando no verão, a água quente ainda é mais tranquilizante que a fria, nessa análise fico pensando em Madara durante os banhos. Ele detesta água fria. 

Um alto ruído da janela me tirou a atenção na água jorrando na banheira. Obviamente, durante a madrugada, as janelas permanecem fechadas e só algum ladrão para conseguir abri-las. Impressionante, mas este bairro não é perigoso. 

Deixo o banheiro,enrolando a toalha branca na minha cintura.Caminho lentamente até a janela da minha sala, tentando ser o mais sorrateiro possível. Seria mais fácil se eu tivesse alguma arma para me proteger, mas papai guarda o próprio calibre 38 em lugares improváveis, com medo de suas crias resolverem o assassinar. Essa proteção toda foi por culpa do distúrbio de Madara. 

Muito bom invadirem minha casa enquanto estou de toalha. Por conta disso, senti a onda de preocupação e o suor frio escorrer. Qualquer coisa, estarei assaltado ou morto.

Olho de canto para a sala, a origem do ruído, encostado na parede do corredor. Observo alguém de costas, encarando o enorme quadro presente na minha sala, o sujeito – um homem adulto – trajava uma jaqueta de couro cor de madeira, tanto como sua bota, e seu jeans claro largo da canela até os pés, como um membro do movimento estudantil. Seu porte é atlético e bem mais alto que eu. Se algo ocorresse, claramente eu seria o primeiro a apanhar, contudo ele é familiar. 

Um alívio percorreu pelo meu corpo quando observei melhor sua imagem.

A face do rapaz entrou no meu campo de visão, quando o mesmo se virou de frente. Sorri, ele é a pessoa que eu estava esperando. O verdadeiro motivo de eu não comparecer na escola hoje, além da visita ao Madara. Ao invés de retribuir meu sorriso, ele apenas me olhou com malícia de cima a baixo, como se estivesse prestes a retirar a toalha do meu corpo e deixar-me inteiramente desnudo. Reviro os olhos em seguida. 

– Bom dia, Izuna – sua voz rouca ecoou, sensual para os meus ouvidos – Está tão belo hoje. Não sabia que está acordado.

– Pare de me olhar desse jeito! – reclamo – Estava prestes a tomar banho e você interrompeu! Ainda morri de medo pensando ser um ladrão! Poderia ter entrado na porta da frente. 

Sua risada simples ecoou no local, massageando seus fios platinados e alinhando-os para trás da forma que eu amo. Mordo meu lábio inferior, aproximando-me dele, enquanto o mesmo acompanhava. O clima de graça morreu quando seu olhar se mostrava sério. Sei o que ele quer dizer nesse momento e há muita coisa que precisar explicar. 

– Fez o que pedi? – pergunta. Um sorriso de canto brota em meu rosto como uma afirmação. 

– Você deveria ter visto ontem! – interpreto um jovem desesperado, com a voz chorosa e soluços – "O cara que eu gosto foi preso. Irmão, estou desesperado!" 

– Você contou que eu fui preso? – diz, impressionado – Vai ter que encenar tudo novamente quando encontrar Madara!

– Sem problema algum – jogo meu cabelo para trás, com um quê de orgulho – Sou o melhor do meu curso de teatro, esse problema é o de menos. 

Adoraria contar a verdade para meu irmão, mas está tão complicado. Ele nunca aceitaria, tanto quanto meu pai, meu relacionamento às escondidas com um homem. Eu já havia confessado que estava apaixonado para Madara alguns meses antes, porém nunca o especifiquei "quem" era. 

Meu irmão pareceu não ligar, mas eu tive total informação sobre seu ano vivendo ao lado de um cara. Por o mesmo homem ser um pouco perseguidor e possessivo, Madara se separou dele – por motivos desconhecidos, que o mesmo se recusou a dizer – e sua saúde mental ficou ainda mais debilitada. Este homem chegou a procura-lo intensamente, sabendo que ele tem a mim como família, tentando uma amizade comigo para conseguir a confiança dele novamente, acabou que seus planos saíram totalmente do rumo.

Eu acabei me apaixonando por ele, mas não tenho certeza se ele me ama, ou apenas me usa como objeto sexual. Este homem é uma incógnita que nem Madara pôde  decifrar.Agora está tudo tão estranho. Suas ações estão ilógicas.

Eu o avisei sobre Madara e que eu estava apaixonado, suas ideias deram um giro de cento e oitenta com isso. Pediu para que eu mentisse, contasse que o meu amado havia sido preso e estava infeliz, tudo para meu irmão jamais descobrir quem anda junto comigo. Isso que fiz, agora terei que parecer entristecido durante sua visita. As olheiras são o de menos, com o tão cedo que acordo recentemente, seu aparecimento estava gritante. 

Voltei a observar o homem, ou melhor, Tobirama Senju. 

Meu amante "preso". 

– Então...Por que apareceu tão cedo dessa vez? – cruzo os braços, o analisando com um falso ar de desconfiança. 

Aproximou-se, envolvendo suas mãos entre a minha cintura e puxando-me de forma possessiva. Minha postura foi completamente perdida quando quando depositou um beijo em meus lábios, como um selinho e logo mordeu meu lábio inferior levemente. Nesse ato, meu rosto assumiu um tom rubro, apesar de já ter me entregado para ele, Tobirama ainda me traz essas sensações. 

Pus minha mão na altura de seu tórax o afastando, com as bochechas ardentes. Ele sorriu, com a face mais safada possível, me puxando contra o seu corpo novamente. Eu amo sua pegada, mas é necessário que eu me separe. Eu tinha um banho para tomar, uma roupa para vestir e um irmão para visitar, mas não faria muito mal um pouco de sexo pela manhã. Só espero que ele não acabe com a minha disposição como sempre faz.
 

– Tobirama... – sussurro entre os beijos, afastando-lhe pelos ombros – Espere! 

– O que houve? – encara a minha face com um quê de incômodo. Entendo perfeitamente sua parte, deve estar tão necessitado com a minha falta. 

– Você veio tão cedo, nem tinha certeza que eu estaria acordado – digo, assumindo um tom de preocupação – Onde você estava essa madrugada? Pensei que viria mais tarde hoje. 

Tobirama franziu o cenho e essa atitude me deixou confuso. Ele é extremamente misterioso, falava pouco sobre si. Por esse motivo, nunca soube detalhadamente sobre seu antigo envolvimento com o Madara e jura não nutrir os mesmos sentimentos que tinha por ele. Jamais ouvi da sua boca que me amava, apesar das inúmeras declarações vindas da minha parte, tenho receio dele ainda amar o meu irmão. A única vez que ele falou de sua vida, foi quando afirmou ter dois irmãos mais novos e um mais velho; me atrevi a perguntar onde eles estão a esta hora, porém o mesmo deixou a minha companhia às pressas. Depois desse episódio, somente o albino sabe sobre minha vida. 

Tanto sabe que já planejou um assassinato ao meu pai, mas eu o impedi.

Suas atitudes são sempre severas, como me encontrar se estivesse fugindo de algo. Ele sempre anda desconfiado e, algumas vezes, com um revólver nos bolsos. Isso me traz maior curiosidade sobre si. Por esses motivos que fui obrigado a mentir ao meu irmão, para proteger a identificação de Tobirama.

Estaria me relacionando com um criminoso? Um agente disfarçado? Essas perguntas não me interessavam agora, havia minha pergunta a ser respondida. 

– Eu estava ocupado. Só isto... – saiu do meu campo de visão, andando pela sala enquanto estou de costas – Você não entenderia. 

– Não! – revido, o olhando de ombros – Você que não permite que eu o conheça!

– Chega! 

Sua voz saiu grave e autoritária, mesmo um tanto distante de mim. Viro-o para si e reparo sua face, rubra pela ira repentina, seus lábios contraídos e seus olhos puxados, vermelhos como rubi, com as escleras assumindo um tom avermelhado. Já vi essa reação antes, essa mudança de humor, com meu irmão, mas dele eu jamais esperaria. Tobirama costuma ser calmo em certos assuntos e a personificação da raiva em outros, principalmente quando o foco é ele mesmo. 

– Não vamos falar disso por hoje – deu sua última ordem, indo em direção ao banheiro, que deu para ouvir o som da água caindo. Logo ne recordei do banho que eu deveria tomar. 

Apesar de tudo, fico pensando no que fizeram com o Senju durante sua infância e adolescência. Ele possui a idade de um universitário, mas não está em nenhuma delas e é um intelectual nato. O que o tornou assim? 

Seria melhor que eu esquecesse esse assunto por hoje. 

Tobirama encostou na porta do banheiro, fiscalizando dentro do cômodo. Pelo tempo que houve nossa conversa, a água deveria estar transbordando, pois uma poça se formava em volta do azulejo. Volto para o local, passando diretamente pelo albino, fechando a torneira da banheira. Suspiro pesado, sabendo que sobraria pra Chiyo – nossa empregada doméstica, uma senhora de mais de sessenta anos, tentando se sustentar, pois o filho morreu e seu neto está internado em algum lugar – ,pois o patriarca Uchiha não aceita seus filhos homens fazendo tarefas domésticas, com a desculpa que isso é um trabalho exclusivamente feminino. 

Acho que um piso molhado não faria tanto mal. 

Ignoro esse fato, retirando a toalha de minha cintura e colocando por cima da pia. Eu sabia perfeitamente que Tobirama desejava cada canto do meu corpo ao lado de fora e seu sorriso, carregado de malícia, desenhou em seus lábios. Finalmente faremos o que realmente ele queria, o que eu também estava esperando que acontecesse. 

– Não vai querer tomar banho comigo? – viro de frente para si, chamando-o com um gesto nas mãos. 

Não precisou nem de sua resposta. O Senju logo se adiantou a retirar sua jaqueta e sua blusa, deixando-os por cima da pia, enquanto meus olhos vagavam pelo seu peitoral definido. Mordi o lábio inferior, controlando a minha vontade de tocá-lo de uma vez. 
O resto de sua vestimenta foi retirado de forma paciente e sensual, como um show erótico em minha vista. Essa visão agradável me traz um calor interno, meu ventre já começava a dar sinais de uma ereção e o albino acompanhava minhas sensações detalhadamente. Somente por me observar desnudo, seu membro dava o grande volume entre suas pernas, durante sua retirada da própria cueca e jogada em qualquer canto. 

Finalmente, ele viria ao meu encontro. 

Tão rápido quanto eu pude imaginar, senti seu corpo colado ao meu e o fria da parede tocando as minhas costas, como minhas mãos pressionadas no alto da minha cabeça pela mão do mesmo. Seus lábios roçaram com os meus, para alimentar a nossa necessidade de um beijo. Meu membro ficava ainda mais endurecido, quando enlaço as pernas em volta do seu quadril, em busca de maior contato físico com a sua intimidade e com isso, o albino soltou um gemido rouco. 
Aprofundo nosso beijo, de forma lasciva e desesperada. Sua língua calorosa entrava em contato com a minha, em um perfeita dança, diante dos seus toques impetuosos pelo meu corpo, avermelhando cada local que sua mão havia passado. Quando nossas bocas ganharam distância, uma leve mordida foi depositada no meu lábio inferior, enquanto o som do meu gemido baixo escapou das minhas cordas vocais. Meu calor aumentou com a língua de Tobirama percorrendo meu pescoço em volúpia, distribuindo mordidas e chupões no local, ou melhor, meu ponto fraco. 
Como eu amava tanto esse homem! 

Enquanto sua boca trabalhava em meu pescoço, minha mão veio em sua ereção, fazendo movimentos de vai e vem. Seu membro é um tanto avantajado e grosso, tanto que sempre estou ciente que irá doer na primeira penetração, apesar de já termos feito sexo umas duas vezes. Continuo a movimentar aquele pedaço de carne pulsante e esse ato o fez morder meu pescoço com um pouco de força, permitindo meus gemidos cada vez mais audíveis. 

Ele se afastou, acariciando meu cabelo escuro, enquanto a outra mão pousa em minha coxa, apalpando possessivo. Seus dedos entrelaçados em meus fios, fizeram meu rosto ir ao seu encontro, iniciando um novo beijo carregado de prazer. Nisso tudo, meu corpo não aguentava mais receber esses toques leves e retirei minha mão das suas partes baixas, para remexer os quadris por cima daquele pênis. Essa ação o fez sorrir malicioso, sussurrando próximo ao meu ouvido.

– Você está apressado, Izuna... – sua voz rouca me fez estremecer e um arrepio percorreu em minha pele com a mordida no lóbulo de minha orelha – Desse jeito, vai acabar se machucando. 

– Eu quero mais – digo, entre gemidos. 

– Você terá mais. 

Sua cabeça ficou da altura dos meus mamilos róseos e enrijecidos, levando um deles até a boca com devassidão. Soltou o meu cabelo e tocou em meu membro pulsante, acariciando com leveza, enquanto apalpava minha nádega. Eu já estava totalmente à mercê de Tobirama, comportando-me desvergonhado demais, que nem meu pai ou meu irmão possam imaginar. 

Eu estou louco por isso. 

Após lubrificar os meus mamilos, seus lábios roçam em uma trilha pela minha barriga até a minha ereção. Minha sensação naquele momento é indescritível, minha boca formou um perfeito "o" no momento em que o albino abocanhou meu membro, arrepiando-me novamente ao sentir a quentura de sua língua em toques com o meu órgão sexual. Segurei seus fios platinados, enquanto o mesmo empurra sua cabeça contra meu membro, com o intuito de chegar até a sua garganta e iniciei movimentos leves em busca de maior contato. 

Sua mão que pousava em minhas nádegas subiu até a minha boca e entendi bem o recado. Assim como ele chupava meu pênis, eu chupei seus dedos, lubrificando-os o suficiente. Abaixo, Tobirama fitava satisfeito, forçando-os ainda mais na minha garganta, enquanto minha língua trabalhava no toque de sua pele. Entre seus dedos, saíam meus gemidos. 

Quando mais ele aumentava seus movimentos, mais eu chupava seus dedos. Nessa altura, eu já estava quase chegando ao meu ápice e não conseguia me livrar de seu corpo tão próximo ao meu. Uma onda de calafrios percorreu minha pele, ao sentir o meu pré-gozo jorrar, no mesmo instante, o albino retirou meu membro de sua boca, masturbando-o com rapidez suficiente para que eu gozasse de uma vez. Todas aquelas sensações luxuriantes das preliminares foram liberadas com o meu esperma e meu longo gemido, que o mesmo foi engolido por Tobirama. 

Eu estava um pouco cansado, mas com a condição que nos encontrávamos, eu permanecia excitado. Antes que eu pudesse me recuperar, o albino me arrastou para a banheira, entrando imediatamente e arrastando-me para o seu colo, colocando minhas pernas em volta do seu quadril, encaixando perfeitamente em seu membro enrijecido. Voltou a atacar meu pescoço, com mais intensidade que antes, mordendo e chupando sem dó aquele lugar. 

Não esperava fazer sexo dentro da banheira, nunca fiz isso. Eu o chamei com segundas intenções, mas planejava ali na pia do banheiro, enquanto ele me penetrava de quatro. 

Vamos experimentar essa coisa nova. 

Sem delongas, os dedos de Tobirama foram ao encontro da minha cavidade anal, penetrando dois dedos. Por estar com a metade do corpo dentro da água, não seria difícil a penetração, nem dolorida, dando o melhor acesso à minha intimidade. Após a invasão, soltei um alto gemido, empinando meus quadris o máximo que eu pude, me contorcendo de puro prazer. O Senju aproximou-se de meu ouvido, em voz rouca, sussurrou: 

– Você é delicioso, Uchiha – aumentou a penetração com os dedos, fazendo movimentos de tesoura. Mordi os lábios no ato, controlando os sons que teimavam em sair – Gosta disso, Izuna? 

Rebolei em seus dedos como uma afirmação, mas esta resposta não o satisfez o suficiente. Aplicando uma demasiada força, apalpou minha bunda e forçou os dedos na minha entrada. Eu havia amado aquilo e minha boca não resistiu em gemer em bom som o nome do meu amante. Ele sorriu, ficando com o rosto de frente para o meu, encarando meu rosto tão vermelho quanto seus orbes e meus olhos entreabertos, com um ar de dominador. 

– Fale, Izuna – ordenou, autoritário. 

– Eu... – sou interrompido com a minha própria demonstração de prazer – amo...isso! 

– Muito bem... – respondeu com satisfação. 

Seus dedos deixaram minha entrada e sua glande roçou no local. Portando cuidado e brandura, introduziu seu membro para dentro da minha cavidade e a mesma tentava se acostumar com a grossura e o tamanho do albino. Meu primeiro gemido foi de dor, pela ardência que eu sentia nas partes traseiras e isso fez que Tobirama me beijasse para distrair o incômodo. Apesar de sua investida leve, ainda não consegui me adaptar ao invasor, me ajustando desajeitado em seu colo, em busca de conforto. 

– Izuna... – depositou mais um beijo rápido em meus lábios, logo fitando-me no fundo dos olhos – Relaxe. 

Seguro em seus ombros, com força, marcando a sua pele alva com as minhas unhas. Tobirama começou a estocar, com paciência, sabendo que não poderia ficar aguardando a dor melhorar sem se mover. Apesar do ritmo lento, já trazia boas sensações no lugar da dor e eu já estava começando a gostar. Após uns minutos naquela velocidade, meu corpo começou a dar sinais que eu desejava mais, permitindo que subisse e descesse no colo do albino, arrancando um gemido alto do mesmo. Sorri em malícia, sabendo que estava o agradando como ele me agradava. 

– Continue... – ordenou, fechando os olhos no imediato que eu cavalguei em seu ventre com mais força. 

Esse ato ocorre como se meu interior estivesse aguardando que tocasse meu principal ponto de prazer como passivo. A intensidade foi se elevando com a necessidade de ambos corpos estarem unidos como um só. O albino conduziu as mãos até meu quadril, para intensificar as estocadas e permitir sua ação em acertar o órgão que me levaria ao orgasmo na certa. Já me sentia nas nuvens, a visão turva do meu amado, devido aos meus olhos entreabertos, também me satisfaz como o sexo, pois suas feições de prazer são as melhores que ninguém jamais poderia imaginar. 

Pela primeira vez na vida, estou invejando meu irmão por tê-lo assim, tão vulnerável nas suas mãos primeiro. 

Após suas firmes investidas, conseguiu acertar a minha próstata. Nessa altura, mesmo estando dentro da água e a mesma encharcando o piso do banheiro pela união dos corpos, eu já estava suado e a quentura do líquido favorecia isso. Meus gemidos não tinham controle, assim como os do Senju e nosso cabelo pingava de puro suor. Tobirama arranhava meu quadril, como estímulo de acertar aquele meu ponto de prazer mais uma vez. Contorci meu tronco, gemendo altamente. 

– Isso... – murmuro, fazendo o albino mostrar o sorriso mais sacana que tinha no rosto. 

Para a minha surpresa, Tobirama me tirou de seu colo bem antes do orgasmo, virando-me de quatro na banheira, com o traseiro empinado. Rio, lascivo, não segurando meu alto som ao sentir seu tapa forte em minha nádega, logo penetrando-me com força. Nessa posição, ele não media seus movimentos, estocando com a brutalidade que sempre faz e eu amava essa ação dele em certos momentos na hora do sexo. Seu objetivo é que chegássemos ao orgasmo mais rápido, com o melhor acesso à minha próstata. 

Com a junção dos órgãos sexuais em tremenda força, a água pingava nos lados de fora da banheira. Presumo que não esteja tão cheia quanto começamos. 

Meu ápice estava prestes a chegar, quando esse albino sexy deu a devida atenção ao meu pênis, masturbação como sua penetração. Essa parte foi tudo tão rápido e bruto que me fez desejar mais. Seus tapas na minha bunda continuaram, aplicando maior pressão nas mãos. Agarro as bordas, mordendo meu lábio inferior com mais precisão.Eu não aguentava mais. 

Como uma explosão, todo o meu sêmen jorrou na água e nas mãos de Tobirama, que o mesmo pegou-o e lambeu com gosto. Eu já estava exausto, mas o albino continuava estocando com força, percebendo que não duraria muito tempo, pois as paredes da minha cavidade prendiam seu membro e o faria gozar. Em poucos minutos, o maior ejacula dentro de minha entrada, gemendo rouco em meu pescoço, para sentir seu hálito quente em minha pele. 

Foi uma das melhores transas que já tivemos. 

Ofegante e pingando suor, deitei na banheira. A água não estava tão quente agora, mas eu precisava do morno pra esfriar um pouco o calor interno. Minha cavidade incomodava, mesmo não sendo algo tão doloroso, mas atrapalhava quando eu fosse me encostar em algum lugar. Encaro o Senju, que deitou-se entre minhas pernas, encostando a cabeça no meu peito.

– Quanto mais nos encontramos, mais isso fica melhor... – afirma, entre sua respiração pesada, relaxando-se sobre meu peito. 

– Tenho que concordar. – respondo – Queria que você viesse mais vezes. 

– Queria que eu tivesse mais tempo para encontrá-lo. – suspirou pesado – Infelizmente, muita coisa pode atrapalhar e eu detesto sua família e seu sobrenome. 

– Você não parecia detestar o Madara quando me encontrou a primeira vez. – retruco, logo pensativo – Pergunto-me se você se atraiu por mim apenas pela semelhança com o meu irmão. 

– Você não tem nada com o seu irmão! – os orbes carmesim me fitaram profundamente –É muito mais gracioso e belo que ele. 

– Por favor, não me compare ao Madara. – corto-o, incomodado com o rumo que esse assunto pode ir. 

Uma verdade é certa: Tobirama jamais gostou da família Uchiha, sem que seja eu e Madara – por um tempo, aliás, ele foi obcecado por ele. Uma vez, meu primo mais novo Shisui, o mais honesto e justiceiro da família, arranjou uma briga com o Senju pelo estado mental de Madara e outros motivos inexplicáveis, apesar de ter uma desvantagem devido a idade e o porte físico na época, além de ter sofrido um acidente bem antes disso ocorrer. Esse conflito foi secreto, onde só eu e meu irmão estávamos cientes, mas interpretamos como uma frustração adolescente do meu primo, devido a morte recente do seu pai, Kagami. 

Meu pai já encontrou com ele uma vez, implicando com o fato dele ter nascido no Alasca e portar o albinismo. Foi a primeira vez que o vi na vida, quando Madara o apresentou como um amigo seu no jantar​ de Ação de Graças. Ninguém imaginaria que o envolvimento dos dois era amoroso. 

– Você fará dezoito esse ano e tudo irá melhorar – consola, alisando meu cabelo escuro – Nós iremos fugir do estado, vamos sair de São Francisco e levarei você comigo de volta ao Alasca. Que tal?

– É uma boa proposta, mas preciso entrar para uma universidade. Meu irmão não está bem e não ficará se descobrir que fugi – respondo – Não podemos esperar? 

– Izuna, eu corro um risco muito grande para esperar uma coisa dessas. – resmungando, virou o rosto, mostrando sua típica carranca de sempre. 

– E você nunca diz quais riscos são! Se for um criminoso, tenho medo de ser preso junto consigo! – elevo a voz, vendo a face de Tobirama se enfurecer. 

– Eu não sou um criminoso... Só um fugitivo. – levantou-se dá banheira no imediato, recolhendo as roupas largadas na pia. Ele não iria me responder, sinto isso. 

Acompanho atenciosamente o Senju voltar a se vestir, enquanto me abandonou na banheira com um olhar indignado. Por que ele esconde as coisas de mim? O que vai acontecer se eu descobrir tudo? A pergunta mais importante: Por que ele foge de mim, desesperado e entristecido, quando começo a me questionar? Bufei em irritação, cruzando os braços. 

– Não fique com essa cara, tudo vai se esclarecer – aproximou-se, já vestido, tentando me beijar, mas acabou virando o rosto em implicância – Ou quase tudo. 

– Se não quiser me responder como sempre faz, melhor ir embora, Tobirama. 

Meu conselho foi claro. O albino deixou o cômodo, batendo os pés, enquanto continuei bufando de raiva. Parte de mim me culpava por tocar num assunto delicado desses, mas a minha curiosidade falava mais alto e a misteriosidade dele só atrapalha minhas respostas. Não sei quem tinha esse poder de estragar os melhores momentos: Eu ou ele. 

Afundo na banheira, após sua saída, abraçando minhas próprias pernas. Isso mesmo, eu estava chateado. Ele me deixou assim, eu me coloquei assim. 

Nós sempre damos errado no final dos encontros. 



Tempo depois, Hospital Psiquiátrico Konoha. 


Madara

Depois da conversa motivadora que tive com Hashirama, consegui dormir em paz, sem pesadelos. Infelizmente, tudo que é bom dura pouco, porque meu colega de quarto não cabia tanta empolgação para si. Tobi corria pelos cantos, cantarolando uma música animada em japonês. Como seu espírito é de criança, algo aconteceu para ficar tão animado desse jeito. 

Esfrego os olhos, sentando-me na cama, espreguiçando todos os meus músculos. O cara da máscara laranja veio ao meu encontro, pulando em meu colo, pondo suas mãos cobertas em meus ombros, como se estivesse ainda tentando me acordar.

– Madara-kun! – não faço a menor ideia do que seja "-kun", mas como ele me refere, parece ser algo bom ou gracioso – Bote uma roupa bonitinha! 

– Bom dia pra você também, Tobi. – digo, com a minha típica cara de nojo pela manhã – Saia do meu colo. 

– Deixa Tobi contar! –pelo seu tom de voz, presumo estar com um sorriso largo abaixo da máscara – Hoje é dia de visita! 

– Eu sei! – digo, ríspido e irritado. Estranhamente, ou normal depois de um tempo aturando minha condição mental, meu humor mudou repentinamente. 

A criança com o corpo do Obito se calou, encolhendo-se em pavor. Esses momentos dá vida que alguma coisa me deixa irritado, sem acontecer nada de errado comigo. De vez em quando isso ocorre, essa crise resolveu me atacar logo essa manhã. 

– Tobi só queria dizer que Orochimaru-chan permitiu que ocupem o pátio – diz, em medo – Tchau Madara-kun! – correu em direção da porta, como se estivesse fugindo de mim. 

Fico em dúvida sobre a fala do moreno, tanto que encosto na janela para ver alguma movimentação. Ouvi vozes de vários lá em baixo, significa que o Tobi estava certo. Olhei abaixo da árvore da minha janela, uma figura familiar e outra nem tanto. A minha sensação de irritação se tornou crescente com essa imagem, estou prestes a descer – com a cueca cinza que eu havia dormido – seminu e intervir os dois. 

Aquele único que eu sabia o nome era Hashirama, conversando animado sentado na sombra da árvore com uma mulher de fios tão vermelhos quanto o próprio sangue escorrendo pelas artérias de cada um de nós e face bem maquiada. Portava o famoso ar de boa moça, vindo com vestido florido e claro, junto com uma sapatilha de salto baixo bege. Não tinha alguma sensualidade, mas aquele olhar de moça apaixonada e inocente me frustrou. 

Não sei nem porquê eu estou incomodado com isso. 
Só queria atrapalha-los de alguma forma.
 


Notas Finais


Olha, tô mega feliz que vocês aturaram esse capítulo enorme e leram até aqui. Muito feliz mesmo!

Ah, fiquei​ pensando muito onde alguns personagens nasceram nos EUA, resolvi relacionar alguns que eu pensei ter a localização perfeita:

Madara, Izuna e Sasori - Seattle
Hashirama - Texas
Tobirama - Algum lugar que eu não pensei ainda no Alasca
Deidara - Dublin, Irlanda
Itachi, Minato, Kakashi - Boston
Obito/Tobi - Okinawa, Japão.
Hidan, Iruka, Konan, Nagato - Nova Orleans

É isso! Alguns ainda irei pensar.

Bom, espero que tenham gostado! Fico muito grata por ter lido, mesmo!

Kissus e até a próxima!


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