O programa entediante que passa na televisão definitivamente não ameniza os pensamentos safados que estou tendo com Jisung desde que voltamos para o dormitório.
Hoje foi mais um daqueles dias comuns de ensaio intenso e cansativo para uma nova coreografia, mas eu soube que tudo daria errado no instante em que vi Jisung escolhendo uma camisa com uma gola grande demais como a peça do dia — diferente das duas camisas que vinha usando nos últimos dias.
Foi fatal para a minha sanidade mental, mas não é como se eu precisasse de muito para ficar excitado por causa dele.
É complicado. Somos amigos e companheiros de grupo a muito tempo e nunca tivemos qualquer “contato a mais”. Todas as vezes que toco nele escondido ou na frente das câmeras é por causa de uma necessidade que não consigo controlar, mas ele não parece perceber, já que apenas sorri ou faz uma caretinha emburrada.
A questão é tem ficado cada vez mais difícil. Deve ser por causa dos hormônios, eu não sei, mas o que antes eram apenas tremores e frio na barriga virou ereções bem doloridas no meio das pernas. Porra, meu pau fica duro pra caralho! E o que eu deveria fazer? Bater uma pensando no meu amigo o qual divido o dormitório? Às vezes acontece...
Eu sou um pervertido de merda... Mas a culpa não é só minha! Jisung também tem culpa por ser gostoso demais!
No ensaio de horas atrás, aconteceu justamente o que eu temia: Jisung pulando para lá e para cá e sua tatuagem acima do peito aparecendo. Tentei me concentrar, juro que tentei, mas parecia que quanto mais eu tentava fugir dele, mais ele surgia na minha frente, suado, com o rosto vermelho, e a tatuagem nova escapando para fora da blusa.
Todos nós apoiamos quando ele disse querer fazer essa modificação em seu corpo e rimos quando soubemos o escândalo que ele fez no estúdio por causa da dor, mas foi injusto quando ele disse que não nos deixaria ver de perto por um bom tempo — só para nos torturar. Parecia haver algo mais por causa de sua carinha sapeca, mas aparentemente só eu percebi isso, mesmo que não faça ideia do que seja.
E talvez tenha sido por causa desse vislumbre mais visível de sua tatuagem que fiquei duro de novo, no meio do ensaio. Tive que dar uma desculpa qualquer e ficar no banheiro um bom tempo, apenas tentando me acalmar. Eu não ia bater uma punheta no banheiro da empresa. Ouvi quando alguns dos meninos ou staffs vieram me procurar, mas permaneci calado. Fiquei aliviado quando finalmente pudemos voltar para os dormitórios.
E agora estou aqui, sem camisa, com os pés gelados apoiados sobre o centro da sala, ouvindo o som baixo da televisão e olhando para o teto. Ouço o chuveiro sendo desligado e algumas portas abrindo e fechando. Jisung aparece minutos depois, vestido em seu pijama azul de seda e com os cabelos úmidos um pouco longos caindo ao redor do rosto.
Meu coração acelera, mas permaneço tranquilo. Já acostumei a me sentir assim por ele.
— O que está assistindo, hyung? — Jisung pergunta. Ele se joga ao meu lado no sofá, balançando o móvel inteiro.
A lateral de seu braço coberto toca o meu descoberto, roçando o tecido macio em minha pele. Me afasto discretamente, com medo de sentir alguma coisa, mas ele não percebe. Jisung coloca os pés sobre o estofado e se aconchega perto de mim, tremendo um pouquinho. Ele também cobre as mãos com as mangas da camisa e trás ambas para junto do peito.
Fofo do caralho!
— Nada demais. Quer assistir um filme? — pergunto. Han deita a cabeça em meu ombro e balança a cabeça em afirmativa, fazendo com que eu sinta o cheiro de seu corpo e cabelo ainda mais forte — Anda usando as minhas coisas de novo?
— São cheirosas, hyung... — ele forma um biquinho nos lábios — Desculpa...
Eu já o repreendi outras vezes por usar meus perfumes e itens de banho — ele diz que tenho bom gosto para cheiros. Sei que ele fica um pouco chateado, mas simplesmente não posso dizer que fico maluco de tesão quando ele está com o meu cheiro, porque parece que ele ficou assim depois de eu abraçar, agarrar, beijar, morder e bater em seu corpo... Ah, porra...
O que deu em mim hoje?!
Balanço a cabeça para os lados, tentando afastar o pensamento, mesmo que não seja muito eficiente. Pego o controle da televisão ao meu lado e entrego a Jisung, que logo parece esquecer da sua chateação. Ele apoia a mão com o objeto na minha coxa — sobre minha calça moletom preta — e procura concentradamente um filme na Netflix. Os singelos movimentos que ele faz, causam cócegas em minha perna.
Após escolher o filme e colocá-lo para iniciar, Jisung se afasta de mim. Penso que finalmente posso curtir o filme com ele em paz, longe de ereções e pensamentos safados, mas o que ele faz é esticar as pernas ao longo do sofá e deitar a cabeça em minhas pernas.
Engulo em seco.
Retiro os pés do centro e os coloco no chão, para deixa-lo mais confortável — mesmo que eu não queira exatamente ele aqui. Normalmente eu levaria a mão até seus cabelos e faria carinho, mas estou tenso demais para isso. Decido prestar atenção no filme o máximo que posso.
Os primeiros minutos do filme são lentos, e é visível como Jisung fica inquieto. Ele vira o rosto para cima, me olhando. Finjo que não vejo, mas sinto o rosto esquentando.
— Não está com frio? — ele pergunta.
Não tenho tempo de responder, porque sua mão fria toca minha barriga, subindo os dedos lentamente até meu peito, até finalmente parar depois de traçar linhas aleatórias por meu braço direito, deixando um rastro gelado por toda minha pele.
Minha barriga se contrai e os pelinhos finos da minha derme ficam eriçados. É óbvio que ele percebe, mas não sei qual interpretação ele tira disso.
— Não... — seguro sua mão com delicadeza e a coloco sobre sua barriga, a afastando de mim — O hyung está com calor... — sorrio sem graça. Definitivamente essa frase carrega mais de um sentido.
— Mas eu estou com frio.
— Quer que eu vá buscar um cobertor? — pergunto, já fazendo menção de me levantar.
— Não! — Jisung balança a cabeça para os lados com pressa, fazendo pressão com ela para que eu permaneça sentado — Se eu ficar mais tempo com você eu vou ficar quentinho, hyung — sorri, me encarando de baixo com as orbes brilhantes.
Sorrio de volta, sem muita animação. Se eu negar algo como isso, Jisung vai me perguntar o motivo de eu estar tão estranho — já que é óbvio que ele vai perceber —, e definitivamente responder que estou com tesão por causa dele está fora de cogitação.
Engulo em seco, e, com mãos tremulas, faço aquilo que sempre faço quando ele diz sentir frio. Coloco a palma esquerda sobre seu ombro, subindo e descendo, num afagar lento e desajeitado.
Ele gosta que eu acaricie sua pele até que meu calor passe para seu corpo. Jisung costuma dizer que sou naturalmente quente e que sou como um cobertor ambulante, reconfortante e morno.
— Aí não, hyung — Han chama minha atenção, com um biquinho nos lábios. Ele agarra minha mão e a direciona para sua coxa — Você sabe como eu gosto, então faça direito, por favor. Eu realmente estou com frio...
Engulo em seco e mais uma vez dou um sorriso sem graça em confirmação. Quando o mais novo volta a olhar para a televisão, dou um longo suspiro, dizendo para mim mesmo que preciso de concentração agora mais do que nunca.
Subo e desço meus dedos desde seu joelho levemente dobrado até o início do quadril, com menos pressão do que o habitual. Sinto o tecido fino da calça do pijama afagar minha pele, mas permaneço assim, fazendo o que ele quer.
Finalmente algo parece fazer sentido no filme e Jisung volta a prestar atenção. Inconscientemente minha mão aperta sua coxa, sentindo a maciez e a firmeza. Suspiro tão profundamente que quase solto um gemido. Preciso balançar a cabeça para os lados novamente para voltar ao foco.
Afago suas duas pernas por um tempo que parece uma eternidade, e quando ambas parecem emanar um calor ameno através do tecido, passo para seu tronco. Toco seu braço, mas assim que traço uma linha ali, Jisung vira o rostinho emburrado para mim, se tremendo inteiro.
— Hyuuuuuung... — diz manhoso.
— Tá bem, tá bem, eu paro.
Ele é incrivelmente sensível nos braços, e depois que descobri isso, se tornou imensamente divertido provocá-lo. Quando estamos em shows ou em frente as câmeras, ele fica ainda mais irritadinho, o que só o deixa mais fofo.
Com a palma aberta, acaricio seus braços e logo passo para a barriga. Sinto seu umbigo e os ossos delineados das costelas. Não passo disso — mesmo que eu queira muito sentir em meus dedos o contorno de seus mamilos. Ele fica mais inquieto, se arrepiando com os toques, mas aceita de bom grado.
O primeiro botão de seu pijama está aberto, e sempre que movimento minha palma o tecido se move e revela mais de sua clavícula e início do peito. É assim que tenho o vislumbre do pedacinho da tinta preta que agora pinta sua pele.
No começo, parecia não ser nada demais, mas essa tatuagem tem me atormentado desde que soube dela. E agora que quase nada me impede de vê-la, tenho a impressão de que vou enlouquecer.
— Ji...? — chamo.
— Sim? — ele vira o rosto para cima para me encarar.
— Por que não nos deixa ver a sua tatuagem?
— Oh... Não é por nada — ele dá um risinho sapeca e desvia o olhar rapidamente, com as bochechas vermelhas, parecendo haver algo a mais — Só que ver vocês tão curiosos é engraçado...
— Você deixaria o hyung ver?
Os olhos bonitos se arregalam um pouquinho, surpresos. Ele forma um bico nos lábios vermelhos, parecendo pensar no que fazer ou falar.
— O que foi? Está com vergonha? — franzo o cenho quando ele balança a cabeça em afirmativa — De que? Você sabe que gosto de tatuagens, só não faria uma. Eu te apoiei quando fez a sua e-
— Não é isso... — ele me interrompe, levantando-se depressa e ficando sentado de lado no sofá. Me inclino para o lado para ficar da mesma forma que ele — Eu fiz outra coisa... Não sei se o hyung vai gostar...
Jisung abaixa um pouco o rosto avermelhado. Os cabelos um pouco longos caem sobre os olhos, mas ele me encara mesmo assim. Quando seus dedos abrem o segundo botão do pijama, entro em desespero, com o coração batendo como um louco.
Jisung vai ficar pelado? É isso?!
Penso em pedir para ele parar por aí mesmo, mas não consigo. A vontade de ver sua tatuagem é muito maior, mesmo que isso signifique que com certeza vou ficar com mais tesão do que já estou e que definitivamente ele vai perceber isso.
Jisung abre o restante da blusa vagarosamente, ficando ainda mais corado no rosto e início do pescoço. Seus dedos trêmulos agarram cada lado do pijama e o tecido macio desliza até estar totalmente fora de seu corpo. Meus olhos se prendem em seu tronco.
Do lado direito em seu peito está o desenho cicatrizado de uma bússola acompanhada de uma frase em inglês embaixo, do outro lado, na costela, algumas letras grandes e em estilo old school, logo abaixo, um desenho quase totalmente preto no quadril, quase em cima do ossinho saliente, e... Um piercing prata no mamilo direito.
— Porra... — um sussurro escapa por minha boca.
Minhas írises se movem de um lado para o outro, tentando capturar todos os detalhes possíveis das tatuagens bem-feitas, mas o que me deixa louco mesmo é a joia simples e reluzente adornando o mamilo eriçado.
Todo o autocontrole que estava lutando para manter, vai embora de uma vez quando sinto uma fisgada violenta em meu pau já desperto. A parte racional — aquela que diz que Jisung pode ficar chateado ou assustado com qualquer atitude que eu vá tomar —, se cala dentro da minha cabeça.
— O que foi? Você não gostou, não é? — os olhinhos se arregalam novamente, tomando imediatamente um brilho triste, acompanhado da boca um pouco curvada — Eu sabia... Não deveria ter feito isso...
Han agarra com pressa a parte de cima de seu pijama, tentando vesti-la atrapalhadamente, o que me dá tempo de agarrar seu pulso e impedi-lo de se vestir novamente. Ele desvia o olhar do meu, totalmente envergonhado.
— Eu não gostei? — movo seu pulso vagarosamente até o meio de minhas pernas, pousando sua mão sobre a minha ereção — Isso aqui é não gostar, Ji?
Talvez um tanto desesperado, ele me aperta entre seus dedos, e eu deixo que ele escute meu gemido baixo e arrastado, seguido de um sorriso de lado. Mas, os olhos brilhantes dobrando de tamanho dizem que não era bem essa a sua intenção.
— H-Hyung... M-Mas... O que... — Jisung leva suas mãos para junto do corpo, gaguejando e sendo atingido por um intenso calor no rosto.
— Bom, eu tentei esconder de você... — Minho diz, um tanto envergonhado. Ele acha que sua atitude foi totalmente equivocada — Fiquei assim o dia todo... Mas meio que agora não tem volta, não tem como você não ter visto isso aqui...
O mais velho olha para o meio das próprias pernas, vendo que a tenda formada em sua calça moletom ainda está ali, não dando o mero sinal de que irá abaixar. O garoto segue o movimento involuntariamente, engolindo em seco ao ver o volume formado. É bem... Hm... Evidente.
— O-O dia todo? — ele dá uma risadinha sem graça, ainda com os olhos vidrados.
Minho tenta dizer para si mesmo que o mais novo só está espantado — e de fato está —, mas não consegue ignorar o fato de que ter seus olhos tão atentamente sobre seu membro duro o deixa ainda mais excitado.
A coisa que mais deixa Lee Minho feliz é olhar para Jisung, seus olhos são devotos a ele, mas, receber a mesma ação de volta, mesmo que minimamente, também o deixa animado.
— É, Ji... Você é mais distraído que o normal e não percebe o quanto te olho, o quanto quero te tocar, o quanto te quero... — o homem também devolve a risada sem graça, totalmente acanhado por estar confessando algo que estava se esforçando para esconder a tempos.
Minho vê Jisung se afastar no sofá, repousando as costas nuas no braço do sofá. Ele definitivamente gostaria de ter um pensamento mais sério e racional — já que existem chances reais dele estar chateado com suas recentes atitudes —, mas não consegue, não quando o afastamento do garoto o dá uma visão ainda melhor da pele branca pintada de preto e do piercing metálico.
O Lee suspira profundamente, percebendo que filmes ou conversas casuais não vão fazer seu tesão ir embora hoje. Fica decidido a pedir desculpas, dizer que está com dor de cabeça e ir deitar. Ficar longe de Jisung será o melhor a fazer no momento.
— E o que você quer que eu faça? — a voz envergonhada e baixa o assusta. Ele esquece o que estava pensando segundos atrás.
— O que? — o mais velho franze o cenho.
— É minha culpa, não é? — Jisung olha para o outro através da franja crescida em sua testa — Então eu deveria te ajudar...
A boca de Minho abre e fecha várias vezes. Ele passou a visão que justamente estava evitando esse tempo todo.
— Não, Ji, não é isso! — ele nega com a cabeça várias vezes, um tanto desesperado — Eu não quis diz-
— Hyung... — o garoto o interrompe, com bochechas coradas e ainda em tom baixo — Eu quero saber como é ser tocado...
— Jisung, não-
— Quando você falou em me tocar... — as mãos de Jisung se apertam em suas pernas, nervosas. Ele desvia o olhar, totalmente sem jeito — É daquele jeito, não é?
— Sim, mas-
— Quero saber como é ser tocado por você, hyung.
Minho se sente agoniado por não conseguir terminar seu raciocínio, mas a última frase proferida pelos lábios rosados deixa sua mente em branco.
— O-O q-que quer dizer? — ele gagueja, nervoso.
Isso é bem mais do que ele vinha sonhando e desejando, por isso custa a acreditar que seja realmente verdade.
A atitude espantada do outro deixa Jisung ainda mais tímido, mas agora não pode mais voltar atrás, e nem quer. Ele pensa que exagerou um pouco em suas reações — mesmo que realmente tenha ficado chocado —, por isso tanto receio da parte de Minho. Agora, ele torce para que suas palavras sejam levadas a sério, porque é apenas isso que sua coragem lhe permite. Jamais tomaria o primeiro passo, nem mesmo saberia o que fazer!
— Você pode me tocar. Eu quero, hyung.
Minho fica repetindo cada palavra várias vezes na cabeça por bons minutos, o suficiente para que Jisung pense em correr de volta para seu quarto de tanta vergonha e arrependimento, mas o outro é mais rápido.
— Posso? Posso mesmo, Ji? — pergunta, quase desesperado.
Com o manear em confirmação, o maior rapidamente agarra a panturrilha esquerda coberta pela calça do pijama e puxa em sua direção, trazendo o corpo de Jisung para bem perto e colocando os pés pequenos por cima de suas pernas dobradas. O garoto desvia as orbes imediatamente, mas logo seu queixo é agarrado e os olhos obrigados a voltar a fita-lo.
— Eu quero tanto te beijar — Minho aproxima o rosto, tocando o nariz do garoto com o seu, e sussurrando baixinho, como uma suplica — Em todo lugar...
— Você pode, hyung... — o garoto sente vergonha de estar encarando os olhos escuros tão de perto assim, mas consegue dizer, num fio de voz.
Com essas palavras, Minho afasta todas as pequenas preocupações que ainda tinha.
O maior apenas move o rosto um pouco para frente, sentindo a maciez dos outros lábios nos seus. É apenas um simples encostar, mas faz Minho tremer dos pés à cabeça, ansiando por tudo quando ainda teve tão pouco. Ele move os lábios, mas percebe como Jisung fica sem ação, mostrando com clareza que não tem experiência, o que só o deixa mais instigado em saber que será o primeiro.
Minho é um pouco mais incisivo, mostrando como um beijo deve ser sem que precise usar palavras. O mais novo é rápido em entender todos os recados, e logo passa a perceber porque beijos na boca são tão apreciados pela maioria das pessoas.
A língua do mais velho se estica para dentro da cavidade quente, assustando um pouco o outro com mais uma sensação que nunca havia provado antes. Jisung continua se esforçando para acompanhar os movimentos do jeito que pode, já que Minho parece um tanto afoito.
É incrivelmente gostoso, e quando ambos aprendem a sincronia um do outro, fica ainda melhor. A carne macia dos lábios se esmagam uma na outra, se deslizando molhadas e escorregadias. As mãos de Jisung tremem, temendo tomar alguma atitude, mas ele não aguenta e acaba pousando-as na nuca de cabelos mais curtos. Inconscientemente, ele arranha de leve e puxa o mais velho mais contra si.
As palmas de Minho tremem sobre os pés de Jisung quando ele sente os dedos em sua pele. Ele quebra o beijo com um gemido surpreso e vergonhosamente manhoso. O garoto abre os olhos e forma um biquinho surpreso nos lábios vermelhos, novamente, ele mira o volume escondido pela calça do mais velho e volta a ficar desacreditado, com o rosto bastante rubro, ainda se perguntando se isso é realmente por causa dele.
— Porra... — Minho geme outra vez, só de olhar para o outro — Eu não quero parar de te beijar...
O Lee é quem puxa a nuca de Jisung dessa vez, infiltrando os dedos nos cabelos mais longos, chocando as bocas com pressa e empurrando a língua contra a outra sem demora. As cabeças mudam de lado rapidamente, deixando que os sons estalados reverberem pelo dormitório silencioso. As mãos do garoto permanecem na nuca do mais velho — sem saber muito bem o que fazer com elas —, e as dele agarram os pés macios para fazerem uma espécie de massagem. Gostaria de estar tocando a cintura fina, mas a posição não é favorável.
Minho termina o beijo puxando levemente entre os dentes o outro lábio inferior, mas logo os desce para o pescoço cheiroso, dando selares demorados e estalados.
Jisung pensa que algo estranho e desconhecido está acontecendo com seu corpo, mas quando o Lee estica a língua para fora e lambe longamente a pele de seu pescoço, ele raciocina melhor — ou pior, dependendo do ponto de vista. É a mesma sensação de quando fica duro com algo extremamente vergonhoso — geralmente quando algum dos membros o toca com mais firmeza que de costume — e bate uma punheta mais vergonhosa ainda. São as únicas sensações que ele sabe sobre o próprio corpo: o tesão, a masturbação escondida e o constrangimento de pensar que talvez seja um grande pervertido.
Mas não é tão vergonhoso como as suas punhetas culposas. É bom, é gostoso estar assim com Minho. Ele está excitado.
A posição é desfavorável para ambos, por isso, após Minho morder com força a pele do pescoço do outro um última vez, é quando decide trocar de lugar. Ele desliza pelo estofado, fica de joelhos no chão duro e puxa as pernas de Jisung para que se descruzem e fiquem para fora do sofá, numa pose simples.
Entre as pernas do garoto, o Lee se inclina e se debruça sobre seu tronco, agarrando a cinturinha e enfiando o rosto nos peitos estufados, inalando o cheiro gostoso e beijando imediatamente toda a pele por ali. Ele lambe e morde, e quando se afasta e vê os vergões avermelhados, fisga ainda mais no meio das pernas.
Os olhos atentos de Minho se fixam nos mamilos eriçados de Jisung, principalmente naquele que é atravessado pelo piercing prata.
— Já cicatrizou? — pergunta, se referindo a joia. Ele paira os dedos ali, mas sem encostar de fato.
— Q-Quase... Ainda está um pouco dolorido... — o garoto responde em um sussurro. Ele treme, quase podendo sentir o calor da mão do mais velho tocando o lugar.
— Então não tem problema que eu te chupe bem gostosinho aqui? — ele avança mais com os dedos, quase tocando de verdade, e quando o mais novo dá um espasmo grande pelo corpo, ele sorri grande, maldoso.
— A-Acho que n-não... — gagueja, quase desesperado.
Jisung gostaria de empurrar a cabeça de Minho contra si de uma vez, mas gosta que Minho tenha o controle de quando irá fazer.
Ele sempre foi sensível nos mamilos, mas após o piercing em um deles, a coisa ficou mais intensa. Sequer conseguia vestir uma camiseta sem dar um gemidinho dolorido e estranhamente satisfeito. Seria ideal ficar sem blusa o maior tempo possível, mas ainda fazia mistério com as tatuagens e não havia contado sobre o piercing para os meninos. A melhor opção foi começar a vestir duas camisetas, uma mais apertada por baixo e uma folgada — as que mais fazem parte de seu guarda-roupa — por cima para evitar tanto atrito. Hoje foi o dia que ele decidiu parar com essa estratégia, já que as tatuagens e o piercing estão quase totalmente cicatrizados.
Mas, ah... Se Minho realmente pretende colocá-lo na boca, ele definitivamente vai enlouquecer.
O mais velho se sente salivar, mas pensa em torturar o outro e a si mesmo mais um pouquinho. Ele desce os selares pelo meio de seu peito, ignorando totalmente a parte principal. Seus beijos são pressionados com força e as mordidas chegam a levantar e esticar um pouquinho da pele. Ele lambe demoradamente a região abaixo do umbigo, sentindo o pau duro do garoto encostar em seu pescoço.
Minho gostaria de colocar Jisung inteirinho dentro da boca.
Seus olhos analisam a tatuagem da lateral do quadril escondida parcialmente pela calça do pijama. Ele adentra o início dos dedos na calça de seda e da boxer, descendo o tecido apenas o suficiente para ver por completo o desenho preto, que se arrasta pela virilha e chega até o comecinho da coxa.
Minho precisa inspirar profundamente para ter algum tipo de controle. Como Jisung faz uma tatuagem tão ousada assim?
— É bonita, hyung? — Jisung pergunta, mordendo o lábio e cheio de expectativa — É a mais recente...
Está cicatrizada, mas fica visível como a pele ainda está fina e sensível, por isso, Minho dá leves beijinhos por toda extensão, chegando perto demais da região da virilha e se divertindo com os arfares pesados do garoto. Ele deixa o elástico da boxer e da calça baterem contra sua pele antes de coloca-los de volta no lugar.
— É tão linda quanto você, meu amor — Minho elogia, mas apesar do apelido carinhoso, o tom de malícia ainda é mais forte.
Jisung volta a corar violentamente, afastando momentaneamente o olhar do homem sem camisa abaixo de si, no chão. O elogio o deixou desconcertado e fisgando ainda mais dentro das roupas.
As outras tatuagens têm mais dias de cicatrizadas, então, Minho segue os mesmos movimentos em cada uma. Com carinho e atenção, beija cada linha e preenchimento, deixando um rastro da língua molhada e mordendo levemente para não prejudicar o desenho. Seus olhos observam cada detalhe, fazendo uma nota mental de que depois deve perguntar a Jisung o significado de cada uma.
Finalmente, Minho leva sua atenção para onde mais queria, para os mamilos eriçados. Ele não se aguenta e coloca o biquinho sem perfuração na boca, chupando com força para dentro da cavidade quente e movendo a língua por ali. Ele também morde e chupa ao redor, deixando ainda mais marcas na pele branca.
Vagarosamente, sua cabeça se move para o lado, pairando sobre o outro mamilo. Ele olha para Jisung acima de si, agarra sua cintura com ambas as mãos e sorri antes de colocar na boca o piercing metálico.
Han arqueia o corpo com força, desgrudando as costas do estofado por um momento e gemendo manhoso. É uma sensação diferente e intensa. A perfuração ainda dói, e a língua de Minho, ao mesmo tempo que parece aumentar a dor, também parece diminui-la. O metal dança de um lado para o outro, fazendo com que o atrito seja ainda mais dolorido e gostoso. Ele geme alto quando o mais alto o chupa com mais força, quase arrancando um pedaço de si.
— Caralho... — Minho fala baixinho, sussurrado. Ele olha para o que fez e fica hipnotizado com a joia brilhando com sua saliva — Você não sabe o quão duro estou enquanto faço isso...
O mais velho leva a destra para o próprio caralho duro, apalpando com gosto para ter algum tipo de alívio. Curioso, Jisung se inclina para olhar para o mesmo lugar e morde o lábio ao ver a cena.
— E-Eu também, hyung... —confessa. Ele olha para baixo, para as marcas bem mais fortes que adornam seus mamilos e os chupões mais leves próximos as suas tatuagens, suspirando profundamente após sentir mais fisgadas em seu membro — Isso dói...
— O hyung pode te ajudar — Minho sorri cínico, levando a mão ao rosto bonito para fazer um carinho rápido na bochecha.
— Como?
— Eu te mostro — o maior se levanta e senta ao lado do garoto no sofá — Vem cá, senta no meu colo, de costas pra mim — diz, suave e cheio de malícia, dando tapinhas rápidos na própria perna.
Jisung olha para Minho meio receoso, mas logo levanta minimamente e se senta sobre ele do jeito que foi mandado. Sua cintura é abraçada, suas costas se colam ao tronco quente e a cabeça deita no ombro do outro.
— Seu corpo é tão quente, hyung... — Han diz manhoso, esfregando a cabeça contra o pescoço do mais velho como um gatinho — Eu não sinto mais frio...
— É? — o mais velho sorri, arrastando os lábios pela orelha alheia — Então me desculpe se eu te fizer ficar com muito calor. Sei que não gosta de ficar suado...
Jisung ia perguntar o que isso significa, mas se cala quando sente as mãos do outro se movendo sobre si.
Minho olha para baixo, vendo Jisung por outra perspectiva. Assim, ele sente que tem mais poder sobre o corpo menor, diferente de antes, que estava literalmente de joelhos por Jisung. Ele desce as palmas pela barriga contraída e passa direto, indo para as coxas, massageando-as e apertando com força a carne por cima do tecido macio.
— Eu adoro suas pernas, sabia, Ji?
— Não... — o garoto responde, tímido.
— Eu deveria dizer mais vezes o tanto que te acho lindo — Minho beija a bochecha macia, acariciando o par de pernas com ainda mais força — E o quanto quero te foder sempre que te vejo... — fala ao longo da orelha do garoto, lambendo o lóbulo logo em seguida.
— Hyung! — Jisung o repreende, mesmo que sinta um arrepio intenso ao ouvir e precise se remexer sobre seu colo, sentindo a excitação do maior abaixo de si.
— Caralho... — o Lee geme arrastado, sentindo a bunda do menor se arrastar por seu pau — Sente o quanto estou duro?
— S-Sim... Eu também estou...
— Eu sei, meu amor, vou dar um jeito nisso.
Minho beija o ombro nu de Jisung e finalmente agarra o tecido da calça de pijama e boxer, descendo-os vagarosamente e observando se ele faz alguma expressão de desconforto, mas, tudo o que vê é a vermelhidão tomando mais fortemente o pescoço e o rosto bonito.
Cada centímetro de pele revelada, um suspiro é depositado no ouvido do mais novo, que o faz pensar que é como se Minho estivesse fora de si. Quando os tecidos se acumulam em seus joelhos, ele move as pernas para se ver livre das últimas peças de roupas.
Minho sente o calor emanar do corpo nu acima do seu e se sente ainda mais excitado. Sonhou por muito tempo com isso, e agora que está assim, nem consegue acreditar. Ele vê o caralho duro no meio das pernas tortinhas e sente vontade de toma-lo na boca de uma vez, mas apenas agarra-o na mão, ouvindo mais um gemido melodioso, só que bem mais alto dessa vez.
Gostaria de provocar o garoto um pouco mais, mas nem ele se aguenta. Começa a mover a palma para cima e para baixo, sendo ajudado pela lubrificação que escorre da cabecinha vermelha.
O garoto se remexe, afoito, arrastando a bunda inconscientemente pela ereção de Minho, que treme inteiro por causa da fricção gostosa. Seus dedos sobem vagarosamente pela extensão, esfregando o polegar sobre a glande inchada, em seguida agarrando-a com força e fazendo o corpo menor se desgrudar quase inteiro do seu, num grande espasmo.
— Shh... — o mais velho sopra contra o ouvido de Jisung, agarrando sua cintura para fazê-lo ficar no lugar — Fique quietinho...
Minho é habilidoso com as mãos e a mente de Jisung vagueia pelas possibilidades do que mais elas podem fazer, ficando com ainda mais tesão e vontade de gozar.
— M-Mas... Mas eu estou quase... — Han fala entre um gemido e outro, enquanto novamente move a cabeça contra a de Minho, esfregando sua bochecha na dele.
— Eu sei, amor... Eu vou te fazer gozar gostosinho — Minho vira o rosto para depositar um beijo estalado na bochecha fofa, e logo volta a olhar para baixo, para o que mais lhe interessa.
Essa é definitivamente uma situação constrangedora, estar com vontade gozar tão rápido assim, mas Jisung não liga, e muito menos Minho, que sente o mesmo, apenas vestido e com algumas esfregadas.
O Lee pausa a punheta por um momento para correr a destra pelas bolas e a parte interna das coxas, dando apertos firmes na pele macia e vendo-a tomar um tom bonito de vermelho vivo e depois ir amenizando e ficando bem mais suave. Ele fica tentado a correr os dedos até a entrada do garoto e ansioso apenas para vê-la, mas não quer assustar Jisung e a posição não é favorável para tal.
Minho volta com a mão para o falo duro, subindo, descendo e torcendo o pulso, sem enrolação e com rapidez. Jisung agarra o pulso do mais velho desesperado. Seu corpo convulsiona e rebola, estocando de um jeito errático sobre a palma quente e consequentemente se roçando no cacete duro do outro.
Os lábios levemente machucados de tantas mordidas se abrem grandemente com um grito mudo, enquanto jatos de porra espessa jorram na palma de Minho. O mais velho aperta a cabecinha para tirar até última gota e Jisung afasta sua mão dali com pressa, por estar sensível demais.
Minho beija o rostinho suado e vermelho, enquanto faz carinho na barriga com a mão limpa. Seu caralho fisga ainda mais, úmido, e é como se ele sentisse que só pudesse se saciar dando prazer exclusivamente a Jisung.
Depois da respiração parcialmente regularizada, Han sai do colo do mais velho e senta como minutos atrás, com as pernas cruzadas sobre o estofado e de frente para Minho. Sente vergonha pelo que fizeram, mas não consegue desviar os olhos do corpo forte do outro.
Assim, mais de longe, o maior consegue ver as marcas que seus dedos e boca fizeram, admirando cada pedacinho de pele reivindicado temporariamente, os olhos marejados e a boca num vermelho intenso.
— Você fica lindo depois de gozar... — Minho sorri grande. Ele estica a mão e faz carinho nas pernas dobradas do outro — Acho que ficaria ainda mais se eu te comesse bem forte e depois gozasse bem na sua boquinha...
— Hyung! — Jisung o repreende pela segunda vez no dia, mas ainda mexido com suas palavras safadas — Não diga essas coisas!
— Desculpa... Eu não consigo evitar, Ji.
Ainda com um sorriso cínico, o Lee puxa a própria calça e boxer um pouco para baixo, até o começo das coxas grossas, deixando que seu pau duro e melado finalmente fique livre do aperto dos panos. Sem pudor algum, ele lambe a palma cheia da porra de Jisung e a leva para a própria extensão.
— O que está fazendo? — Jisung pergunta, alarmado. Se antes não conseguia tirar os olhos de Minho, agora que vê seu membro duro, grande e veiúdo é que não consegue mesmo.
—Eu quero gozar também... Olhando pra você, Ji...
Minho se segura pela base, iniciando uma masturbação rápida e desesperada, olhando para Jisung sem roupas, assim, na sua frente, como o belo pervertido que é. Ele contorce os dedos dos pés e geme arrastado, só de se apertar mais e rodear a glande com a palma da mão.
Mais uma vez, o Lee mira com atenção as tatuagens e o piercing prata no mamilo de Jisung, e enfim goza.
— Porra... Caralho... Que gostoso, Ji... — geme rouco, tremendo dos pés à cabeça e com o coração acelerado.
Minho olha para a própria mão pouco suja, vendo que a maioria dos jatos atingiu as pernas e os pés de Jisung. Ele pega a panturrilha esquerda do garoto — descruzando suas pernas — e abaixa o tronco para lamber cada pedacinho da pele pintada com branco. Também repete o mesmo com a outra perna, porém, o pé do garoto também está sujo e ele comemora internamente. Ele lambe o peito do pé bonito e também a sola — mesmo que não esteja melada —, sentindo seu pau querendo voltar a vida novamente.
De qualquer forma, sempre achou os pés de Jisung estranhamente atraentes
— Você é estranho, Minho hyung — Jisung faz uma caretinha fofa
— Não sou estranho, sou apenas devoto ao seu corpo, meu Jisung — ele dá um beijinho no pé rosado — E quero adorá-lo com a minha boca e o meu pau. Só você.
| Fim |
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