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História QSMP: Entre Laços Inesperados - A Experiência da Gravidez - Águas mais profundas


Escrita por: Mikusaky

Capítulo 25 - Águas mais profundas


Fanfic / Fanfiction QSMP: Entre Laços Inesperados - A Experiência da Gravidez - Águas mais profundas

As profundezas do mar revelaram um espetáculo deslumbrante diante dos olhos de Foolish e Leonarda. Um recife enorme de corais, que parecia formar uma cidade abandonada, estendia-se diante deles. A luz do sol filtrava-se através da água, criando um espetáculo de cores vivas que dançavam sobre os corais. À medida que mergulhavam mais fundo, uma enorme estátua emergiu à vista, sua presença majestosa indicando a grandiosidade do lugar subaquático.

Na frente da estátua, como se guardando um tesouro há muito esquecido, um baú reluzia misteriosamente. A promessa de um tesouro aguçou a curiosidade de Leonarda, seus olhos brilhando com a emoção da descoberta. Ela observou o ambiente submarino com fascínio, tentando absorver cada detalhe da cidade subaquática.

Contudo, à medida que se aproximavam do tesouro, algo começou a mudar nas águas ao redor. O mar parecia ganhar vida própria, tornando-se denso e quase palpável, como se tentasse envolvê-los e afogá-los. A pressão aumentou, e a água parecia mais viva, como se tivesse uma vontade própria. No entanto, mesmo diante desse desafio, tanto Foolish quanto Leonarda mantiveram a calma, guiados por uma confiança intrínseca.

Enquanto Leonarda estava cheia de curiosidade, Foolish sentiu uma estranha sensação de familiaridade, como se estivesse revisitando um lugar que conhecia muito bem, talvez de tempos passados. O ambiente subaquático, embora imponente e misterioso, não despertia medo em Foolish, mas sim uma conexão profunda com o oceano e suas maravilhas.

Ao se aproximar da estátua, Foolish sentiu uma pressão intensa em seu peito, como se o próprio oceano estivesse comprimindo sua garganta. A visão diante dele provocou uma enxurrada de memórias antigas e sentimentos há muito enterrados. A estátua representava seu "Deus", seu mundo, e ele percebeu que fora ele quem a havia esculpido há muito tempo.

As emoções eram avassaladoras para Foolish, uma mistura de reverência, saudade e um toque de temor. Era como se seu passado e presente se entrelaçassem de uma maneira que ele nunca imaginara. A estátua, silenciosa e imponente, era uma recordação viva de um tempo distante, evocando lembranças que ele talvez tivesse tentado esquecer.

Enquanto Foolish mergulhava em suas próprias reflexões, Leonarda, alheia aos conflitos internos de seu pai, rolou para fora da bolha e se dirigiu animadamente ao baú do tesouro. Seus olhos brilhavam com a excitação da descoberta, e ela estava completamente inconsciente do turbilhão de emoções que afligia Foolish.

Foolish, porém, sentia a necessidade de confrontar seu passado de alguma forma. Ele se aproximou da estátua com reverência e respeito, seus olhos fixos na figura que ele próprio esculpira. Era um encontro improvável, uma reunião com uma parte de si mesmo que havia se perdido ao longo do tempo.

A estátua, silenciosa como as profundezas do oceano, guardava segredos e mistérios que apenas o tempo poderia revelar.

As palavras de Leonarda escritas na placa roxa ecoaram nas profundezas do mar, trazendo consigo uma revelação surpreendente. 

Leonarda:[ Pai, tem várias coisas aqui, parecem ser para mim e para você. Tem até dois totens da imortalidade]_ Ela anunciou com entusiasmo, sem perceber completamente a profundidade do que estava diante deles.

Foolish, ao ouvir sobre os totens, sentiu uma onda de emoções assaltando seu coração. Ele parou por alguns segundos, seus olhos fixos na estátua que continha segredos e memórias. Quando finalmente desviou o olhar para Leonarda, seus olhos estavam arregalados de surpresa.

Foolish: Dois totens?_  Ele repetiu, como se a realidade da descoberta ainda estivesse se desdobrando diante dele. Ao pegar um dos totens, seus olhos se encheram de lágrimas e sua voz vacilou quando pronunciou o nome gravado nele, _ Foolish Jr.  _ Pegando o segundo, ele leu o nome com carinho, _ Finley.  _ Um sorriso nostálgico e emocionado se formou em seus lábios.

Os totens eram mais do que meros objetos; eram laços entre gerações, vínculos que transcenderam o tempo e o oceano.

Foolish: Meus bebês, hahaha... pensei que nunca mais os veria_  Ele disse, rindo um pouco, mas as lágrimas traíam a alegria genuína que ele sentia ao reunir-se com os totens que representavam seus entes queridos.

Leonarda, inicialmente confusa, observou seu pai com curiosidade. Quando ele revelou os totens, mostrando os nomes gravados neles, a compreensão se espalhou pelo rosto da pequena ovinho. 

Ao compartilhar a história por trás dos totens, os olhos de Foolish brilhavam com uma mistura de alegria e melancolia. 

Foolish: Eu que criei eles usando meu sangue, Foolish Jr e Finley são meio que seus irmãozinhos, mas veja, eles só têm alma, não podem falar nem se mexer. Então, mesmo sendo meus filhos, eles meio que estão presos dentro dos totens.

A revelação trouxe uma nuance mais profunda à conexão entre Foolish e os totens. Eram mais do que simples lembranças ou artefatos; eram uma expressão única de seu vínculo com o oceano e sua habilidade de moldar a própria vida. A magia que permeava esses totens era palpável, uma manifestação da conexão entre a família e o mar.

Leonarda, ao ouvir a explicação, olhou os totens com um novo entendimento. Embora não pudessem falar ou se mover, a presença de Foolish Jr e Finley dentro dos totens era um testemunho tangível do poder e dos mistérios que o oceano e seu pai guardavam.

A expressão de surpresa nos olhos de Leonarda era evidente quando ela escreveu na placa, expressando a descoberta que a envolveu: 

Leonarda: [Papai, eles estão vivos!! Eles têm outro papai?]_ A pergunta revelava a curiosidade da pequena ovinho diante do mistério que parecia envolver os totens.

Foolish refletiu por um momento, suas memórias parecendo flutuar como sombras na penumbra. Ele compartilhou a verdade com sua filha: 

Foolish: Bem, eu tinha um marido antes, mas ele não era exatamente um pai biológico. Se fosse falar, eu sou o único pai deles, já que usei somente meu sangue para dar vida a eles._ A resposta de Foolish parecia satisfazer Leonarda, que balançou sua casca feliz com a revelação. 

A compreensão sobre a origem dos totens e sua ligação única com Foolish trouxe uma sensação de segurança e pertencimento a Leonarda. No entanto, as palavras de Foolish também evocavam sombras de um passado complicado, mencionando um marido anterior e sugerindo relações complicadas que, de alguma forma, ecoavam na história do oceano.

Foolish, consciente das complexidades de seu passado, olhou para a estátua e os totens, uma expressão nostálgica pairando em seus olhos. 

Os pensamentos de Leonarda, mesmo enquanto explorava as maravilhas subaquáticas ao lado de Foolish, voltavam-se para seu outro pai, Vegetta, e as complexidades de suas relações familiares.

 Ela ponderava sobre os problemas de confiança que Vegetta enfrentava, especialmente em relação ao passado.

Ele teve um temor de como Vegetta reagiria à descoberta de irmãos que eram fruto do relacionamento de Foolish com outro homem pairava sobre a mente de Leonarda. Ela sabia que as emoções de Vegetta eram delicadas, e a lembrança do passado complicado adicionava uma camada de preocupação.

Contudo, uma ponta de alívio surgiu nos pensamentos de Leonarda ao perceber que, pelo menos, seus irmãozinhos eram apenas filhos do papai Foolish. Essa clareza na paternidade poderia trazer algum conforto a Vegetta, removendo uma potencial fonte de insegurança e conflito.

Dentro do baú do tesouro, Foolish encontrou duas armaduras extraordinárias, cada uma delas projetada com cuidado e detalhes requintados, refletindo as características únicas de seus futuros usuários.

A primeira armadura, em tons de ouro e jade branca, era majestosa e imponente. Cada peça era esculpida com padrões intrincados que lembravam a suavidade das ondas do oceano. As placas de ouro reluziam sob a luz, e detalhes em jade branca, elegantemente entrelaçados, criavam uma sensação de graça e poder. A armadura parecia ter sido feita sob medida para um verdadeiro senhor dos mares, revelando-se a perfeita vestimenta para um tubarão imponente como Foolish. Os desenhos nas placas de ouro representavam imagens do oceano, estrelas do mar e corais, envolvendo-o em uma aura de realeza marinha.

A segunda armadura, em tons de ouro roxo e adornada com flores de ameixeira, tinha uma beleza singular. Cada peça era delicadamente moldada, formando uma armadura elegante que parecia feita para a própria Leonarda. O ouro roxo refletia os matizes misteriosos de um céu estrelado profundo, enquanto as flores de ameixeira, meticulosamente esculpidas, adicionavam um toque de delicadeza e graciosidade. A armadura parecia ter sido concebida para um ovo de dragão em seu esplendor, simbolizando a força e a beleza que repousavam em sua casca. Os detalhes florais e os tons dourados proporcionavam uma harmonia única, como se a natureza e a magia se unissem para criar uma obra de arte viva.

Ao contemplar essas armadura,Foolish e Leonarda sentiram a presença do oceano e de suas maravilhas entrelaçadas em cada peça.Dentro do baú do tesouro, ao lado das deslumbrantes armaduras, Foolish descobriu dois tridentes, cada um com sua própria história e aura única.

O primeiro tridente, com um design imponente e robusto, era seu antigo companheiro, Sharknado. Suas pontas afiadas e curvadas lembravam as mandíbulas de um tubarão, e as curvas graciosas do cabo se assemelhavam às ondas do oceano. Sharknado havia sido uma leal extensão do próprio Foolish durante muitas aventuras marinhas. Marcas de batalhas passadas decoravam as lâminas, testemunhas silenciosas das inúmeras jornadas que pai e tridente compartilharam.

Ao lado do Sharknado, um tridente menor, uma versão em miniatura dele. Apesar de seu tamanho reduzido, este tridente emanava uma energia vibrante e vital. Cada detalhe replicava o design majestoso de Sharknado, mas adaptado para se adequar à escala menor. Era uma versão encantadora, uma representação simbólica do legado que Foolish deixaria para Leonarda, proporcionando uma conexão simbólica com seu próprio companheiro marítimo

 Dentro do baú, além dos tridentes familiares, Foolish encontrou uma arma que emanava uma beleza e uma energia peculiar. Era uma lâmina dourada com aspectos egípcios, adornada com detalhes refinados que evocavam a majestade do antigo Egito. Esta arma única tinha o nome de Mandjet, um machado imbuido do poder do leal falcão da deusa do sol.

A lâmina reluzia com um brilho dourado, refletindo a luz do sol que penetrava nas profundezas do oceano. Os detalhes egípcios esculpidos na lâmina contavam uma história de devoção e poder divino, como se a própria deusa do sol tivesse abençoado aquela arma.

Ao lado da Mandjet, uma varinha intrigante capturou a atenção de Leonarda. A varinha tinha um cabo feito de um material semelhante ao bronze, mas com uma textura única e diferente. O restante do cabo era uma obra-prima trançada, apresentando tons de azul, lilás e verde que se entrelaçavam harmoniosamente. Três cristais adornavam a extremidade da varinha, cada um de uma cor diferente: verde, lilás e azul. A energia mágica que emanava da varinha era palpável, sugerindo uma conexão especial com os elementos e a magia do oceano.

Escrito na varinha estava o nome "Hand-Wand", uma alusão à sua função de ser uma extensão da mão, guiando e moldando a magia de quem a empunhava. Leonarda, ao parecer encantada com a varinha, recebeu-a com um sorriso radiante.Foolish, por sua vez, ficou com a Mandjet, sentindo a peso da história e do poder que ela carregava. 

Ao chegarem ao final do baú do tesouro, Foolish e Leonarda depararam-se com uma surpresa intrigante: um bilhete que dizia simplesmente "Um desejo" e uma garrafa contendo um líquido vermelho, reminiscente de sangue. Observando o conteúdo com curiosidade, ambos deram de ombros, incertos sobre como utilizar aquela peculiar oferta.

O bilhete, misterioso em sua simplicidade, pairava como um convite para a possibilidade de um desejo a ser realizado. A garrafa com o líquido vermelho, por sua vez, permanecia enigmática, aguardando ser desvendada.

Outro achado notável entre os tesouros era a escritura da cidade, e para surpresa de Foolish, o nome do dono estava registrado como o seu próprio. A revelação fez com que pai e filha trocassem olhares, refletindo sobre as implicações dessa descoberta. Ser o dono da cidade subaquática abria portas para novas responsabilidades e possibilidades.

 A animação de Leonarda era palpável ao pensar na possibilidade de reconstruir uma cidade aquática. Ela expressou sua empolgação escrevendo em sua plaquinha: 

Leonarda: [Pai!! Temos agora uma cidade, podemos reconstruir uma cidade aquática.]_  O entusiasmo de Leonarda refletia a promessa de um novo começo, uma oportunidade de criar algo único embaixo das ondas.

Foolish sorriu para sua filhinha, compartilhando a empolgação dela. Ao empunhar o tridente, a energia mágica começou a fluir, envolvendo todo o local em uma aura celestial. O ambiente brilhou como se estivesse imerso em um mar de estrelas, e uma cúpula começou a se formar sobre eles.

A surpresa de Leonarda aumentou quando a bolha que a envolvia estourou, revelando que o local agora era possível de ser caminhado, mesmo estando sob a água. A cúpula que se formava transformou a água ao redor, criando um ambiente onde eles podiam se movimentar sem se molhar. A água dentro da cúpula parecia diferente da do mar, possuindo propriedades mágicas que permitiam essa nova forma de locomoção.

A cidade aquática, agora sob a proteção da cúpula mágica, aguardava para ser reconstruída e habitada.A curiosidade de Leonarda se manifestou em sua plaquinha enquanto ela questionava: 

Leornarda: [O que é isso, Pai?]_ Foolish respondeu com um sorriso e um gesto carinhoso, esfregando a cabeça dela. 

Foolish: É uma habilidade minha. Essa água se chama Iris, é uma água totalmente feita de mana. Diferente da água normal, ela é absorvida por todos os seres e nutre seus corpos, é quase como o ar. Contudo, pode sentir que tem a mesma pressão e sensação do mar, em poucas palavras._ Empolgado para demonstrar, Foolish deu um salto gracioso e começou a nadar naquela água especial. Leornada, maravilhada, o observou com olhos brilhantes._  Você pode nadar,_  ele exclamou, rindo com a expressão surpresa e alegre da sua filha.

Enquanto isso em Stronks City

Guaxinim caminhava de um lado para o outro com expressão preocupada, seus passos eram rápidos e seus olhos refletiam ansiedade. As mãos inquietas buscavam algo para segurar, enquanto ele murmurava consigo mesmo, perdido em seus pensamentos. A tensão era evidente em sua postura, e suas sobrancelhas franzidas denunciavam a inquietação que tomava conta dele naquele momento.

Enquanto Guaxinim estava imerso em suas preocupações, Apuh, do outro lado, mantinha uma conversa intensa com Brunim. Seus gestos eram expressivos, enfatizando pontos importantes da conversa. O rosto de Apuh refletia determinação misturada com uma ponta de ansiedade, pois ele estava tentando convencer Brunim a tomar uma decisão sensata.

Apuh exclamou, mostrando compreensão pelos sentimentos de Brunim: 

Apuh: Eu sei, eu sei, mas cara, ele é um amigo meu, eu precisava ajudar..._ Ele se esforçava para ser persuasivo, seus olhos fixos na tela do telefone enquanto tentava manter a calma diante da situação complicada.

Entretanto, a tensão aumentou quando Apuh ouviu algo surpreendente do outro lado da linha. Seus olhos se arregalaram, e sua expressão de compreensão transformou-se em confusão. 

Apuh: Como assim?... Ei, cara, espera, explica direito isso..._  Apuh tentava entender a situação, suas mãos agora gesticulavam em desespero, enquanto ele aguardava explicações adicionais.

De repente, a ligação foi encerrada abruptamente. Apuh olhou incrédulo para o telefone, frustração evidente em seu semblante. 

Apuh: Brunim?! Ei!!_ Apuh tentou chamar de volta, mas era tarde demais. O silêncio do outro lado da linha era desconcertante.

Guaxinim, que observava a cena, percebeu a mudança de expressão de Apuh e se aproximou ansioso. 

Apuh: Droga, seu idiota, espero que não faça nenhuma loucura_ Apuh resmungou, frustrado. Sua preocupação era evidente, as palavras carregadas de apreensão ecoavam no ar, enquanto ele imaginava as possíveis consequências da conversa interrompida.

A atmosfera ficou carregada de incerteza e tensão, com Guaxinim e Apuh compartilhando um momento de preocupação e nervosismo diante do desconhecido. 

Guaxinim, ao ver a expressão preocupada de Apuh, suspirou profundamente e decidiu se recolher, sentando-se no sofá. Seu semblante denotava cansaço e inquietação, como se as preocupações estivessem pesando sobre seus ombros. Com movimentos precisos, ele retirou uma garrafa de cristal contendo um líquido verde escuro. Era evidente que aquela bebida era mais do que apenas uma distração; tinha um propósito reconfortante diante das tribulações.

Ele desenroscou a tampa da garrafa com um gesto lento, revelando o aroma peculiar que emanava do conteúdo. Guaxinim levou a garrafa aos lábios e tomou um gole do líquido, permitindo que a sensação reconfortante se espalhasse por seu corpo. O olhar de Apuh o acompanhava atentamente, como se estivesse ciente do significado subjacente àquele gesto.

Ao terminar o gole, Guaxinim se dirigiu a Apuh com um olhar sério. 

Guaxinim: Apuh, vou precisar voltar. Estou tendo problemas para me manter aqui._ A seriedade em sua voz indicava a urgência da situação, enquanto sua expressão revelava uma mistura de determinação e preocupação. Era como se o peso do que estava acontecendo estivesse forçando Guaxinim a reconsiderar sua presença naquele lugar.

Apuh assentiu compreensivamente. 

Apuh: Tudo bem, eu entendo,o ....._ começou a dizer, mas foi interrompido por Guaxinim, que mencionou um nome que parecia carregar consigo um peso sobrenatural. 

Guaxinim: Herobrine? Porque você acha que o Tazecraft está sumido?_ Guaxinim lançou a pergunta no ar, seus olhos buscando nos de Apuh alguma confirmação ou compreensão sobre a relação entre os acontecimentos recentes e a misteriosa entidade chamada Herobrine.

Apuh, por sua vez, encarou Guaxinim por um momento, antes de suspirar profundamente. Parecia que ambos estavam envolvidos em algo muito maior e mais complexo do que poderiam ter imaginado inicialmente

Guaxinim, com urgência estampada em seu rosto, retirou uma esfera de cor cinza de um bolso. O objeto parecia carregar consigo um significado especial. Com mãos hábeis, ele a segurou e começou a balançá-la, um movimento ritualístico que transformou gradativamente a esfera em um tom dourado brilhante. Era como se a própria essência da esfera estivesse sendo invocada, revelando uma magia que escapava ao entendimento comum.

Guaxinim: Eu tenho que ir, meu tempo está acabando e minhas poções também,_ Declarou Guaxinim com um tom de urgência na voz. A esfera dourada nas mãos dele parecia ser uma espécie de amuleto ou chave . Apuh, ainda sentado no sofá, acenou compreensivamente com a cabeça, exibindo um sorriso cansado, como se estivesse familiarizado com os desafios que Guaxinim enfrentava.

Apuh: Até logo, meu velho amigo_  disse Apuh, despedindo-se de Guaxinim. O cansaço em seu sorriso indicava não apenas o peso do momento, mas também uma longa jornada compartilhada entre os dois amigos. O tempo e as adversidades moldaram essa relação, deixando marcas visíveis em ambos.

Guaxinim bufou, uma mistura de determinação e preocupação em seu olhar, enquanto dirigia seu olhar para a porta. 

Guaxinim: Espero que seja um até logo mesmo,_ Murmurou ele, como se estivesse consciente dos desafios que o aguardavam fora daquele espaço.

Então, de repente, Guaxinim desapareceu diante dos olhos de Apuh, envolto numa fumaça dourada que se dissipou rapidamente. A sala, por um momento, pareceu mais vazia, como se a presença mágica de Guaxinim tivesse deixado uma marca efêmera no ambiente. Apuh permaneceu ali, refletindo sobre a partida do amigo e os desafios que o aguardavam no mundo além daquelas paredes. 

Apuh, ainda absorvendo o impacto da partida de Guaxinim, esfregou a cabeça em gesto de frustração e olhou para o teto, como se buscasse respostas nas sombras do desconhecido. A preocupação era evidente em seu rosto, e as palavras que seguiam eram carregadas de uma incerteza palpável.

Apuh: Jazz, Tazercraft e Forever estão sumidos... O que está acontecendo?_ murmurou Apuh para si mesmo, como se as paredes da sala pudessem oferecer alguma explicação para o mistério que envolvia seus amigos.

Apuh virou-se para a porta, como se tivesse percebido a presença de alguém do outro lado. 

Apuh: Entre, sei que está aí..._ disse ele, revelando uma mistura de resignação e determinação em sua voz. A porta se abriu, revelando a figura de um jovem vestindo um pijama peculiar de nuvens. Apuh não pôde deixar de expressar sua surpresa, comentando com um toque de humor_ Você poderia ter vestido algo mais normal, não?

O jovem, aparentemente chamado Lggj, olhou para baixo, notando pela primeira vez sua escolha de vestuário. Ele deu de ombros e respondeu com despreocupação: 

Lggj: Você está realmente falando de roupa comigo?_ Apuh arqueou a sobrancelha, como se questionasse a lógica por trás da escolha de Lggj.

Apuh, mantendo seu tom sério, questionou: 

Apuh: O que está tentando insinuar, Lggj?

O jovem ergueu os braços em um gesto defensivo e rapidamente respondeu: 

Lggj: Não estou insinuando nada... Ouvi você falar do Jazz, e a Cherry estava procurando por ele._ As palavras de Lggj adicionaram mais uma peça ao quebra-cabeça da situação, criando um ar de mistério e preocupação que pairava sobre a conversa. 

Apuh se ergueu da cadeira com um suspiro pesado, denunciando a carga emocional que carregava. Na mão, ele segurava um papel amassado e, com um gesto decidido, jogou-o no lixo. A ação revelava a frustração e a impotência que ele sentia diante da situação. O conteúdo do papel permanecia um mistério, talvez mensagens não ditas ou pensamentos não compartilhados.

Apuh: Diga pra ela se ela o encontrar, avise... Estou procurando também,_ Declarou Apuh, seu tom de voz carregado de determinação. O desejo de encontrar Jazz, Tazercraft e Forever era evidente em suas palavras, refletindo a lealdade e a preocupação que ele tinha por seus amigos desaparecidos. 

A expressão séria em seu rosto mostrava que essa busca não seria apenas uma missão.

Ao passar por Lggj, Apuh bateu de ombro no ombro com ele. Era um gesto que, apesar de parecer casual, carregava consigo a tensão da relação complicada entre os dois. A rivalidade causada por Jazz estava sempre presente, tornando cada interação entre Apuh e Lggj um campo minado de emoções reprimidas.

Apuh: Sinto muito, mas tenho coisas para resolver agora. Se me der licença,_ Disse Apuh, afastando-se da casa. Sua postura era firme e decidida, como se estivesse determinado a enfrentar o desconhecido, mesmo que isso significasse confrontar seus próprios demônios internos.

Lggj observou Apuh se afastando, seus olhos seguindo o caminho do outro. Ele suspirou e, com um movimento casual, limpou o ombro onde Apuh o havia tocado. Era um gesto sutil, mas refletia a tensão não dita entre eles. O silêncio prevaleceu por um momento enquanto Lggj processava a partida de Apuh.

Lggj: Me pergunto se iremos continuar assim..._ Murmurou Lggj consigo mesmo. Seus olhos, agora fixados no lixo, notaram a foto do coelho dourado que Apuh havia descartado. Uma expressão de amargura cruzou seu rosto enquanto ele encarava a imagem. _ Eu te odeio, Jazz,_ Sussurrou Lggj, revelando a profundidade do rancor que persistia em sua alma, alimentado pelas mudanças irreversíveis que o coelho dourado trouxera para suas vidas e amizade outrora sólida.

Enquanto isso numa universidade...

Na agitada universidade, os corredores fervilhavam com estudantes apressados, mas nenhum era tão único quanto a garota de cabelos azuis que deslizava pelo campus em sua bicicleta azulada. Seu nome? Mistério. Seu objetivo? Desconhecido. 

Mas uma coisa era certa: ela estava determinada a chegar ao seu destino, custasse o que custasse.

Com um capacete extravagante adornado com adesivos brilhantes, ela pedalava com velocidade impressionante, desviando de colegas desprevenidos com a graça de um esquiador de slalom. Seus cabelos azuis esvoaçavam como uma bandeira de conquista enquanto ela gritava em alta velocidade: 

Azul: Sai da frente!!! Sai da frente!!!.

Atrás dela, um segurança decidido montava sua própria bicicleta, equipada com nada menos que um par de ferozes companheiros caninos, um Boxer e um Rottweiler, que pareciam mais do que dispostos a manter a ordem no campus.

A garota de cabelos azuis, percebendo que estava sendo perseguida, lançou um olhar para trás e provocou: 

Azul: Eiii, você não tinha tantos upgrades no Subway Surfers!_ Sua bicicleta azul, agora mais rápida do que nunca, era um espetáculo de destemor e estilo.

Enquanto ela se aproximava de um grupo de estudantes, avistou um garoto de camisa militar saboreando uma casquinha mista. Com uma destreza incrível, ela gritou em sua direção: 

Azul: Jotinhaa! Ajuda aqui!

O garoto viu entre risadas e gritos, a garota de cabelos azuis ziguezagueava pelos corredores, deixando para trás uma trilha de surpresa e diversão. Em meio à confusão, suas emoções eram uma mistura de excitação e determinação, como se cada pedalada fosse uma aventura única e cada grito fosse uma declaração de independência contra a monotonia universitária.

No meio do caos da universidade, Jvnq, tranquilo e despretensioso, estava aproveitando sua casquinha mista quando de repente avistou sua amiga Moonkase vindo em sua direção em uma bicicleta, claramente em meio a alguma confusão.

Jvnq, curioso, esticou a cabeça para olhar atrás dela e deparou-se com o segurança com os imponentes cães. Sem perder o bom humor, ele simplesmente lambeu o sorvete, tentando passar despercebido, como se a situação não fosse com ele.

No entanto, Moonkase, com seu espírito destemido, não deixou barato. Pedalando rapidamente em direção a Jvnq, ela agarrou a gola de sua camisa e, com um olhar desafiador, esbravejou

Moonkase: Ah não, tu não vai me deixar assim, seu cara de bunda!

Jvnq, pego de surpresa, fez o que qualquer homem astuto faria em uma situação dessas: soltou um grito agudo e dramático. 

Jvnq: Ahhhhh!! Me solta, sua louca!!_ Ele agitou os braços como se estivesse sendo atacado por um enxame de abelhas, enquanto tentava escapar da firme pegada de Moonkase.

Enquanto isso, ao fundo, o segurança e seus fiéis companheiros caninos assistiam à cena com uma expressão de perplexidade, sem ter certeza se deveriam intervir na situação ou apenas observar o desenrolar desse improvável episódio universitário.

Na desenfreada corrida na direção da ponte, Jvnq sendo arrastado por Moonkase, a ansiedade no ar era palpável. Os dois amigos chegaram à ponte com uma combinação de risos nervosos e emoção. Foi então que Jvnq, com um olhar travesso nos olhos, viu a oportunidade perfeita.

Com um impulso surpreendente, ele tentou empurrar ambos para o lago abaixo. Moonkase, percebendo a artimanha, soltou uma gargalhada misturada com uma exclamação surpresa. A força do movimento foi tanta que até mesmo os cães de guarda e o segurança, em sua busca frenética, foram atraídos pela inércia, todos rumando na direção do lago.

No entanto, antes que a água pudesse reivindicar suas vítimas, Jvnq, em um ato de pura genialidade, agarrou seu guarda-chuva que estava convenientemente à mão. Com habilidade rápida, ele prendeu o guarda-chuva em uma madeira da ponte, transformando o iminente mergulho em um espetáculo digno de circo.

O guarda-chuva agiu como uma espécie de guincho improvisado, fazendo com que Jvnq e Moonkase virassem no ar, flutuando como se estivessem em um balé aéreo. Moonkase, notando os movimentos ágeis de Jvnq, sorriu de maneira cúmplice, pronta para colaborar na acrobacia.

Com uma coordenação impressionante, Jvnq e Moonkase, agora pendurados no guarda-chuva, ajudaram-se mutuamente a ajustar a trajetória. Moonkase, com uma pedalada mais vigorosa, colaborou para desafiar a gravidade, e ambos retornaram ao nível da ponte com uma suavidade surpreendente.

Enquanto isso, o segurança e os cães, alheios ao espetáculo aéreo, continuaram sua trajetória descontrolada e acabaram mergulhando na água do lago com um estrondo espetacular

Com os ânimos acalmados e a divertida escapada da ponte ainda fresca em suas mentes, Jvnq e Moonkase bateram os punhos em um gesto de cumplicidade, como se estivessem celebrando uma conquista conjunta. Moonkase, então, montou novamente em sua bicicleta, e desta vez, com uma energia renovada, começou a pedalar com Jvnq na parte de trás.

Enquanto avançavam pelo campus, Moonkase provocou: 

Moonkase: Você iria mesmo me deixar ser pega pelo segurança.

Jvnq, sentado de costas para ela, balançou os pés descontraidamente e respondeu com um riso leve: 

Jvnq: Heheheh, você sabe lidar com ele bem, nem precisava da minha ajuda... Está me devendo uma casquinha.

Moonkase suspirou teatralmente e fez um beicinho: 

Moonkase: Okay, eu pago pra você. Que recheada?

Jvnq: Só você gosta com aqueles recheios, eu sou mais da minha tradicional._ Jvnq balançou a cabeça negativamente, sinalizando suas preferências:

Moonkase: Parece um velho, hahaha_ Moonkase respondeu, provocando:

Jvnq deu uma leve cotovelada nela com um sorriso travesso e retrucou: 

Jvnq: Então você é uma idosa. 

Os dois amigos seguiram pedalando pela universidade, trocando brincadeiras e risadas, deixando para trás uma trilha de momentos inesquecíveis em um dia repleto de surpresas.

Enquanto Jvnq e Moonkase se afastavam, mergulhados em suas brincadeiras e risadas, um guaxinim curioso no topo de uma árvore observava a cena. Segurando a casquinha que Jvnq inadvertidamente deixara cair, o pequeno aventureiro peludo aproveitou a oportunidade e começou a lamber o restante do sorvete, desfrutando de um sabor doce e inesperado.

Os olhos do guaxinim brilhavam com uma expressão de contentamento enquanto observava os dois amigos distantes. Então, com uma agilidade surpreendente, o guaxinim, agora satisfeito, desapareceu em um portal mágico que apareceu na árvore. Enquanto atravessava o portal, pensou consigo mesmo: 

Guaxinim: "Que bom que está feliz, Jv."

Enquanto isso num apartamento 

O quarto de Celeste era verdadeiramente encantador, uma visão que parecia ter sido extraída diretamente de um conto de fadas. Ao entrar, Joui ficou fascinado com a atmosfera mágica que permeava o ambiente. O destaque do quarto era a estrutura da cama, que lembrava um castelo de contos de fadas. Era adornada com detalhes delicados, como torres esculpidas e pequenas janelas, e possuía um escorrega que adicionava um toque lúdico e divertido.

A cama principal, repleta de travesseiros e pelúcias, era um convite irresistível para momentos de conforto e descanso. A outra cama, mais lisa, proporcionava uma alternativa mais simples, mas igualmente acolhedora. A predominância da cor branca no quarto criava uma sensação de pureza e tranquilidade, enquanto o ambiente permanecia impecavelmente limpo.

O tapete macio e branco cobria o chão, proporcionando uma sensação suave sob os pés. Os móveis, desde as mesinhas até as cadeiras, mantinham a mesma tonalidade, contribuindo para a estética geral de pureza e serenidade. Uma janela ampla estava adornada com enormes cortinas que permitiam a entrada suave da luz do dia, criando uma atmosfera etérea no quarto.

No canto da janela, um sofá convidativo oferecia um local perfeito para relaxar e apreciar a vista. Pássaros tinham à disposição uma área dedicada com comedouros e bebedouros, proporcionando uma atmosfera serena e harmoniosa. Uma gaiola no mesmo espaço abrigava um corvo branco, um toque peculiar que adicionava uma nota de mistério ao ambiente.

Cristopher estava imerso na arte culinária, uma expressão de alegria estampada em seu rosto enquanto preparava uma refeição deliciosa. Kaiser, curioso e disposto a ajudar, observava atentamente os movimentos habilidosos do homem, hesitando em interferir quando viu Cristopher cortando a carne com destreza.

A cozinha estava impregnada com aromas deliciosos, e a frigideira chiava enquanto Cristopher mexia os ingredientes com maestria. Kaiser percebeu que o homem parecia totalmente à vontade na cozinha, mesmo realizando tarefas aparentemente simples, como cortar a carne. A faca deslizava pela bisteca e pelo lombo de porco com precisão, revelando sua habilidade e experiência.

Enquanto trabalhava, Cristopher compartilhava suas experiências culinárias com Kaiser, explicando com carinho os detalhes do prato que estava preparando. Ele mencionou o tonkatsu, uma especialidade da culinária oriental que envolvia empanar a carne, dando-lhe uma crosta dourada e crocante.

Cristopher, o pai de Celeste, irradiava uma alegria contagiante. Seus movimentos eram fluidos e cheios de vivacidade, e sua risada alegre ecoava pela cozinha. Ele se assemelhava ao pai de Kaiser, tanto em aparência quanto em atitude, criando uma sensação de proximidade entre os dois.

Kaiser, por sua vez, sentia-se atraído pela familiaridade que Cristopher emanava, mas ainda não fazia a conexão entre o homem diante dele e seu próprio pai. A juventude aparente de Cristopher tornava difícil para Kaiser perceber a verdadeira relação entre eles. Enquanto o aroma apetitoso enchia o ar, Cristopher continuava a cozinhar com entusiasmo, compartilhando não apenas a comida, mas também sua alegria e calor com Kaiser.

Cristopher, com sua expressão alegre e habilidades culinárias evidentes, perguntou a Kaiser se ele já havia experimentado o prato antes. Kaiser observava seus movimentos habilidosos com uma mistura de curiosidade e admiração. A habilidade de Cristopher na cozinha era evidente, e a fragrância envolvente das iguarias que ele preparava preenchia o ambiente, provocando o apetite de Kaiser. Ao ver o leve balançar de cabeça de Kaiser, Cristopher soltou uma risada calorosa e brincalhona.

Cristopher: Hahahaha! Bem, então vou preparar algo especial para você, meu jovem! Você precisa se alimentar mais, especialmente de carne. Vou até fazer meu molho especial e um pouco de kimchi para abrir o apetite. Talvez uma farofa também_ Anunciou Cristopher, demonstrando um entusiasmo contagiante por criar algo delicioso.

Kaiser, tocando sua barriga de maneira teatral, brincou com Cristopher: 

Kaiser: Cris, acho que você está tentando me deixar gordo para me servir como um porco depois._ As palavras de Kaiser foram recebidas com uma risada profunda e sincera de Cristopher.

A interação entre Kaiser e Cristopher era animada, mas havia uma sombra de melancolia nos olhos de Kaiser, uma ressonância das lembranças do pai que ele havia perdido. A brincadeira sobre se tornar "gordo como um porco" trouxe uma faísca de humor ao diálogo, mas também evocou uma sensação de vulnerabilidade e autoconsciência em Kaiser.

Cristopher: Hahahaha! Não seja bobo, garoto! Sua carne não seria tão saborosa. Muita fumaça,_ Respondeu Cristopher, descartando a sugestão de Kaiser de uma forma descontraída.

A revelação de Cristopher sobre notar o hábito de fumar de Kaiser adicionou um elemento de surpresa e, talvez, uma pitada de constrangimento ao jovem. E surpreso, Kaiser questionou: 

Kaiser: Como você sabia que eu fumo?

 Cristopher, apontando para o bolso de Kaiser, respondeu com um sorriso: 

Cristopher: Sou um bom observador, e só para te falar, essa sua marca é péssima._ Kaiser não pôde deixar de soltar uma leve risada, concordando com a observação.

Kaiser: Bem, minha carne já deveria estar defumada,_ acrescentou Kaiser, aceitando a brincadeira com bom humor. A interação entre os dois refletia não apenas a conexão na cozinha, mas também a camaradagem e o carinho entre o alegre Cristopher e o mais reservado Kaiser. Enquanto os aromas deliciosos preenchiam o ambiente, as emoções variadas de Kaiser iam desde a surpresa inicial até a aceitação descontraída da brincadeira, 

Celeste entusiasmadamente compartilhava sua coleção de fotos com Joui, revelando momentos divertidos e afetuosos que ela havia capturado ao lado de seu pai, o senhor Cristopher. Entre risadas, Joui notou algumas imagens tiradas em uma floresta que, inexplicavelmente, parecia familiar para ele. Curioso, ele perguntou: 

Joui: Que lugar é esse?

A jovem examinou a foto com um sorriso cativante. 

Celeste: Ah, foi o dia em que encontrei meu papai!!!_ respondeu Celeste, irradiando felicidade. 

Intrigado, Joui, confuso com a declaração, indagou: 

Joui: Como assim encontrou?

Os olhos brilhantes de Celeste, mais intensos do que o comum, fixaram-se nos de Joui. Em um momento de revelação, ela compartilhou: 

Celeste: Papai estava perdido, eu o encontrei no bar.

Joui suspirou, compreendendo que o pai de Celeste talvez tivesse seus demônios relacionados ao álcool.

Joui: Que bom que você o encontrou,_ Disse Joui, escolhendo palavras cuidadosas para expressar seu alívio. A troca de olhares entre eles transmitiu uma compreensão mútua, e Joui, mesmo sem conhecer totalmente a situação, sentiu a importância do momento para Celeste. A atmosfera na sala tornou-se um misto de alegria pelas fotos divertidas e de compaixão pelas circunstâncias por trás delas.

Cristopher observava com satisfação enquanto Kaiser organizava a mesa, um sorriso caloroso iluminando seu rosto amigável. 

Cristopher: Você é um bom garoto, é raro ver jovens ajudando em casa hoje em dia,_ Elogiou, reconhecendo a dedicação de Kaiser.

Kaiser interrompeu por um momento seus movimentos, seu olhar distante revelando um toque de melancolia. 

Kaiser: É que não tive tantas oportunidades de fazer isso para meus pais, então meio que gosto,_ Explicou ele, compartilhando um vislumbre de sua história passada.

Cristopher, demonstrando empatia, pegou uma taça de vinho e a estendeu para Kaiser. 

Cristopher: Eles estariam orgulhosos, eu sei que eu estou,_ Disse, suas palavras carregadas de um reconhecimento sincero. Kaiser aceitou a taça, sorriu e deu um gole, sentindo um aroma distinto que povoou seus sentidos.

Kaiser: Do que é feito o vinho?_ Questionou Kaiser, curioso, enquanto tentava identificar os matizes do sabor. 

Cristopher:Cerejas, uvas e ameixas. O cheiro que está sentindo é uma mistura das flores de cerejeira com flores de ameixeiras. Foi feito pela Celeste, ela gosta de aprender coisas novas._ Explicou com entusiasmo e orgulho

Kaiser, ao provar o vinho único, expressou sua apreciação. 

Kaiser: Uma menina de ouro,_ Comentou, elogiando a habilidade de Celeste. 

Cristopher, observando Kaiser por alguns instantes, respondeu de forma enigmática: 

Cristopher: Ela não é a única,_ Deixando uma sensação de mistério no ar. 

Kaiser franziu a testa ao ouvir a declaração enigmática de Cristopher, questionando-se sobre o significado por trás das palavras. Antes que pudesse formular uma pergunta, a entrada triunfal de Joui com Celeste nos ombros desviou sua atenção.Ambos estavam cobertos por pelúcias extravagantes com capas, dando-lhes uma aparência absurda. A cena era tão peculiar que Kaiser sentiu o impulso de se esconder do constrangimento iminente.

Joui e Celeste, entretanto, não pareciam notar o olhar desconcertado de Kaiser. Com entusiasmo palpável, eles começaram a fingir que estavam voando, suas capas esvoaçando no ar imaginário. A atitude desinibida da dupla contrastava fortemente com a perplexidade de Kaiser e a quase-histeria de Cristopher, que estava prestes a desatar em risadas.De repente, como se saídos de uma história em quadrinhos, Joui e Celeste interromperam sua "viagem aérea" e proclamaram em uníssono: 

Joui e Celeste: Alto lá, cidadão! Aqui é a dupla dinâmica!

 Kaiser não pôde deixar de se sentir ainda mais envergonhado.

Celeste, empolgada, colocou as mãos na cintura, incorporando sua personagem com vigor. 

Celeste: Eu sou Bunny, a coelha da lua!!_ anunciou, irradiando alegria. 

Joui, não ficando atrás, prosseguiu: 

JouiEu sou Lux, o guepardo das neves.

A vergonha de Kaiser atingiu seu ápice quando ele bateu na testa enquanto esfregava os olhos, lamentando a situação peculiar em que se encontrava. No entanto, a comédia da situação não passou despercebida por Cristopher, que mal conseguia conter as gargalhadas. Numa tentativa de redirecionar a situação, Kaiser ergueu um controle remoto e, olhando para a TV, começou a transmitir Pokémon. Uma estratégia que, surpreendentemente, cativou tanto Celeste quanto Joui, desviando temporariamente o foco de suas personas fantasiosas para as criaturas animadas na tela.

Joui: Ah!! Eu adoro Pokémon!!_Joui, com os olhos brilhando de entusiasmo, exclamou:

 Celeste, por sua vez, virou a cabeça confusa, olhando para Joui embaixo dela, e perguntou com curiosidade inocente: 

Celeste: Ahn? O que é Pokémon?

A expressão de Kaiser se transformou em surpresa, e ele se virou para Cristopher, indagando: 

Kaiser: Ela nunca assistiu Pokémon?"

Cristopher Bem, onde morávamos não tinha muita tecnologia, então, tirando livros, ela não teve muito contato com outras coisas. E posso parecer novo, mas sou bem mais velho do que pareço._ Ele explicou a lacuna no conhecimento de Celeste.

Joui dirigiu seu olhar para Celeste, recordando o que ela havia compartilhado no quarto. Ele ponderou por um momento e afirmou: 

Joui: É importante ter outras diversões, tanto para Celeste como para você._ Seu olhar desconfiado então se voltou para Cristopher, e ele murmurou, observando o copo de vinho_ Muito álcool não é bom, sabia?

Cristopher: É só um vinho, tem pouco teor alcoólico_  Erguendo a taça em resposta, tranquilizando

 Kaiser, revirando os olhos de forma expressiva, comentou com Joui: 

Kaiser: Você não é o melhor exemplo para falar disso, sabia, Joui.

Enquanto isso na praia de Quesadillha

Foolish e Leonarda aproveitaram a tranquilidade da praia, deitados na areia e observando as nuvens que flutuavam pelo céu. A atmosfera descontraída permitia que pai e filha compartilhassem momentos leves e divertidos. 

Foolish: Eii, aquela parece com você, Leo, até tem um boné!_Foolish quebrou o silêncio ao apontar para uma nuvem e brincar com a sua filha.

 Leonarda acenou animada, reconhecendo a figura imaginária na nuvem. Em resposta, ela escreveu em sua plaquinha e mostrou para o pai: 

Leonarda: [Pai, tem uma que parece um avião!! Como quando os franceses vieram, eu nunca vi um avião na minha vida!]

Foolish riu da empolgação de sua filha e olhou para o céu. 

Foolish: Posso construir um avião. Bem, ele não vai funcionar, mas pelo menos vai ser legal de ter, pode até ser um presente pros franceses.

Leonarda: [Podemos pedir pra voarmos baixo, como se fosse só na ilha... eu queria voar uma vez.]_ Ela é sempre curiosa e ansiosa por aventuras, olhou para o pai e expressou seu desejo através da plaquinha: 

Foolish sorriu para a filha e acariciou sua cabeça, ajustando também o boné dela. 

Foolish: Então vamos pedir pro Cucurucho.

 A decisão de aproveitar a brisa do céu e voar baixo, mesmo que fosse apenas em sonhos e imaginação, pintava um quadro de cumplicidade e alegria entre pai e filha. A cena na praia continuou com os dois, deitados, agora sonhando com aventuras nos céus enquanto observavam as nuvens que se transformavam em histórias e possibilidades. 

A empolgação de Leonarda era evidente ao escrever rapidamente em sua plaquinha: 

Leonarda [Quando eu me tornar um dragão, vou levar você e papai para voar nas minhas costas.]_ O entusiasmo dela pela ideia de voar, agora como um dragão imaginário, adicionava uma camada de alegria à atmosfera na praia.

Antes que Foolish pudesse responder, ambos foram surpreendidos por uma voz inesperada, a voz do Google. 

Cucurucho: Me chamaram?_ A figura de Cucurucho, o urso branco, apareceu segurando dois envelopes. 

Rápido como um relâmpago, Foolish colocou Leonarda atrás dele, assumindo uma postura protetora. 

Foolish: Senhor Cucurucho, hahaha, quanto tempo_ Cumprimentou Foolish, meio tenso.

Cucurucho olhou para Foolish e perguntou

Cucurucho: Gostou do presente?

As palavras ecoaram na mente de Foolish, evocando lembranças dolorosas. A expressão de felicidade em seu rosto desvaneceu gradualmente. Ele olhou para Leonarda, perplexo, enquanto a sombra do medo se insinuava em sua alma.A mente de Foolish foi envolvida por um redemoinho de emoções contrastantes quando ouviu as palavras de Cucurucho. Seus olhos se arregalaram com uma mistura de surpresa e perplexidade, enquanto a semelhança das palavras ecoava em sua mente como um eco do passado. As lembranças, agora despertadas, transformaram o sorriso otimista de Foolish em uma expressão mais sombria e introspectiva.

A perplexidade tomou conta de seus pensamentos. Ele olhou para Leonarda, sua filha, como se buscasse uma âncora na realidade. O medo começou a se insinuar lentamente, uma sensação que ele não entendia completamente. A lembrança associada às palavras de Cucurucho parecia conter um poder desconhecido, uma conexão com um passado que ele preferiria esquecer.

O sorriso desapareceu gradualmente de seu rosto, substituído por uma expressão de preocupação e vulnerabilidade. Foolish sentiu uma sensação de desconforto, uma inquietação que ele não conseguia explicar completamente. O medo do desconhecido, o eco de memórias que ele tentara enterrar, pairava sobre ele como uma sombra iminente.

Foolish, ao perceber a preocupação em Leonarda e sentindo a necessidade de explicar, olhou para baixo e murmurou, 

Foolish : Desculpa, eu lembrei._ A lembrança associada às palavras de Cucurucho era claramente uma ferida antiga que havia sido reaberta.Ele foi tocado pelo peso das lembranças, olhou para baixo e, em um sussurro, pediu desculpas.

Cucurucho, tocando suavemente o rosto de Foolish, começou a falar com a voz familiar do Google: 

Cucurucho: Não é pecado lembrar. Você é livre e perfeito aqui, Foolish._ Suas palavras carregavam uma promessa de aceitação e compreensão, mas também uma carga de mistério e complexidade.

Leonarda, sentindo a tensão no ar e preocupada com seu pai, agarrou a espada como instinto protetor. Antes que ela pudesse fazer qualquer movimento, a voz de Cucurucho novamente ressoou: 

Cucurucho: Seu pai precisa de você, querida. Você tem muito amor. Não faça algo que vai se arrepender._ As palavras penetraram o coração de Leonarda, instigando uma pausa em seus movimentos.

Foolish, observando Cucurucho com uma expressão mais séria, questionou: 

Foolish: O que está..._ Antes que pudesse concluir sua pergunta, Cucurucho entregou a ele dois envelopes e continuou: 

Cucurucho: Vocês têm um bilhete de desejo, o que desejam?

Foolish examinou os envelopes em suas mãos, um dourado e o outro roxo escuro, percebendo que eram convites especiais. Decidindo envolver Leonarda na decisão, ele entregou o bilhete de desejo para sua filha e perguntou: 

Foolish: Deseja o que, Leonarda?

Leonarda, curiosa e cheia de imaginação, olhou para seu pai e depois para Cucurucho. Ela escreveu em sua plaquinha: 

Leornarda :[Aqui não fala de restrições, então posso desejar qualquer coisa?]

 A sagacidade da pequena não passou despercebida, e Cucurucho respondeu com uma risada mecânica de Google: 

Cucurucho: Esperta, mas pro seu azar, assim que destruir o bilhete vai aparecer uma tela com todas as regras.

A reação de Leornada foi imediata. Ficou brava e bufou, liberando uma leve fumaça roxa de sua casca. Cucurucho, imperturbável, virou-se para Foolish e anunciou: 

Cucurucho: Sobre o avião, podem fazer, mas somente mais na frente. Logo avisarei outras coisas importantes sobre a ilha.

Foolish sentiu como se estivesse imerso em um turbilhão de lembranças, suas emoções oscilando entre a névoa entorpecente do passado e a aguda realidade do presente. As lembranças, por vezes dolorosas, flutuavam em sua mente como fragmentos de um quebra-cabeça desordenado, formando uma paisagem nebulosa de eventos passados. No entanto, a voz de Cucurucho trouxe-o de volta à consciência, obrigando-o a erguer a cabeça e confrontar o momento presente.

Ao encontrar o olhar de Cucurucho, Foolish notou uma familiaridade surpreendente. Os olhos do outro eram portadores de uma profundidade que ecoava com a essência de alguém que ele conhecia, mas não conseguia identificar imediatamente. Uma corrente invisível de conexão os unia, e, de repente, ele se viu refletido naqueles olhos misteriosos.

Quando Cucurucho estendeu o frasco de substância magenta, o brilho vibrante da cor parecia pulsar com uma energia própria, como se carregasse consigo segredos e possibilidades desconhecidas. As palavras de Cucurucho ecoaram na mente de Foolish, cada sílaba carregada de mistério e significado. 

Cucurucho: Acho importante você ficar com ele, depois da apresentação quero saber sua escolha.

Foolish contemplou o frasco em suas mãos, sentindo o peso simbólico do objeto. Uma mistura de curiosidade, incerteza e uma pitada de medo dançava em seus olhos, refletindo as complexidades de sua alma. Em meio à confusão, uma voz sutil ecoou em sua mente, uma voz que ele reconheceu como sendo a de Dream. A familiaridade daquela presença fez seu coração palpitar, trazendo à tona emoções enterradas.

Com um suspiro profundo, Foolish tentou decifrar as camadas de sentimentos que se entrelaçavam dentro dele. A escolha que se aproximava era mais do que simplesmente decidir sobre o frasco diante dele; era uma encruzilhada entre o passado e o futuro, entre a cautela e a ousadia. 

Foolish, ao fitar o frasco de substância magenta, sentiu uma inexplicável transição em sua percepção. 

No lugar de Cucurucho, a figura de Dream emergiu diante dele, imponente e envolto em uma aura de comando.

 A presença de Dream invocou memórias profundas, remanescentes de lealdade e respeito que ecoavam em sua mente como um eco distante.

A voz de Dream ecoou, não mais como uma lembrança, mas como uma ordem presente. Seus olhos, agora fixados na figura familiar, captaram a intensidade do olhar de seu líder, e uma sensação de dever ressurgiu em seu interior. O frasco de substância magenta tornou-se um símbolo não apenas de escolha pessoal, mas de uma lealdade inquebrável.

Foolish cerrou os punhos, decidido a seguir as ordens de Dream. A dualidade de emoções dentro dele — a confusão do passado e a clareza do presente — se fundiu em um único propósito. Com resolução, ele respondeu em um tom firme, a aura de Dream pairava ao seu redor, impondo uma sensação de dever e propósito. Foolish sentiu-se conectado não apenas ao frasco em suas mãos, mas a um destino que se desdobrava diante dele.

Seu líder...

Seu Deus...

Enquanto isso voltando para o Brasil

Gabriel encontrava-se imerso em uma sessão de fotos dedicada às últimas tendências em moda masculina. Seu corpo esculpido era meticulosamente realçado pelos flashes intensos que iluminavam o estúdio, delineando cada curva e contorno com precisão. O ambiente estava repleto de murmúrios abafados, sussurros de aprovação que ecoavam enquanto as lentes capturavam sua presença magnética.

O ambiente, familiar para Gabriel, não era novidade, mas ele tinha se adaptado a essa vida agitada há muito tempo. O cenário requintado e a atenção incansável da equipe não eram apenas um reflexo de sua beleza exterior, mas também testemunhavam a confiança que ele emanava com cada movimento.

Cada pose era cuidadosamente elaborada, cada olhar direcionado com uma confiança inabalável. Seus olhos, profundos e expressivos, refletiam uma mistura de determinação e familiaridade com as câmeras. A roupa que vestia transformava-se em uma extensão de sua personalidade, destacando sua presença carismática diante das lentes.

Enquanto os flashes dançavam ao seu redor, Gabriel transmitia uma calma inabalável, como se o caos ao seu redor fosse apenas um pano de fundo para sua própria elegância. Cada clique da câmera capturava não apenas o estilo da moda, mas também a intensidade de suas emoções, revelando a história por trás do olhar confiante e do sorriso sutil.

Ao terminar sua tarefa, Gabriel olhou para cima e avistou sua mãe se aproximando ao lado de seu pai. Seus rostos irradiavam felicidade, criando uma cena encantadora de um casal unido. Sua mãe segurava uma lancheira repleta de opções saudáveis e uma garrafa de água. Ao estender o presente para Gabriel, ela expressava um sorriso caloroso e carinhoso.

Victoria: Aqui, querido. Depois, você deveria ir para a universidade. Ouvi dizer que estão fazendo um trabalho hoje. Está tudo preparado?_ Perguntou ela, revelando preocupação materna em suas palavras. Gabriel aceitou a garrafa de água, sentindo a conexão afetuosa entre eles.

Gabriel, ao beber a água e pegar uma das tortilhas de leite condensado da lancheira, compartilhou a notícia sobre a mudança de planos: 

Gabriel: Esqueci de avisar, não preciso fazer o trabalho. Publiquei alguns artigos e obtive nota suficiente. Além disso, como a faculdade terá um torneio de futebol, disseram que posso ir apenas nos treinos e entregar os deveres de casa._ Em sua expressão e movimentos, Gabriel transmitia uma sensação de alívio e satisfação ao compartilhar suas conquistas acadêmicas. 

Seu gesto ao beber a água refletia um momento de tranquilidade e preparação para compartilhar a notícia com seus pais. A escolha da tortilha de leite condensado sugeriu um toque de doçura e descontração, ressaltando a atmosfera alegre da família.

A mãe, ao entregar os lanches e fazer a pergunta, demonstrava um interesse genuíno na vida acadêmica de Gabriel, enquanto o pai, ao lado dela, contribuía com uma presença solidária. A cena transbordava de emoções positivas, destacando a harmonia e apoio dentro da família.

O ambiente pulsava com vozes elogiosas enquanto muitos reconheciam e admiravam a família Opspor. O filho, Gabriel, era considerado um prodígio acadêmico, a mãe destacava-se como uma dona de casa bem-sucedida e empreendedora, e o pai era reverenciado como um homem de negócios famoso, especialmente após superar uma crise.

No entanto, um contraste notável surgia na figura de Barbara, uma mulher cujo olhar para Victoria Opspor estava impregnado de desprezo e raiva. Barbara, embora guardasse uma semelhança marcante com Victoria Opspor, era visivelmente mais jovem. Ela permanecia à margem, observando a celebração da família com uma expressão carregada de ressentimento.

Barbara, uma atriz coadjuvante que havia iniciado sua carreira com promessas e expectativas, agora se encontrava em um lugar sombrio. No início, seu talento a colocou em destaque, mas rapidamente foi esquecida, especialmente quando seu ex-amante, Giovanni Opspor, simplesmente interrompeu seu patrocínio e a deixou de lado. Esse abandono ocorreu no exato dia em que ele anunciou sua decisão de se divorciar e se separar de sua esposa, Victoria.

O olhar de Barbara para Victoria era carregado de um misto de inveja e amargura. Ela carregava consigo as cicatrizes de um relacionamento desfeito e de promessas quebradas. Enquanto a multidão exaltava a família Opspor, Barbara permanecia como uma sombra, sua presença marcada por sentimentos conflitantes e uma nostalgia amarga pelos dias em que ela também era parte do mundo que agora celebrava a família Opspor.

As palavras incisivas de sua agente ainda ecoavam na mente de Barbara, como uma ferida aberta. "Eu te falei, só porque você está grávida, ele não deixaria a mulher. Agora veja o que fez com sua carreira. Vai se destruir, e ninguém vai apoiar você e seu bebê." A raiva fez com que Barbara mordesse os lábios, a injustiça da situação pesando sobre ela. Ela havia dedicado tanto esforço à sua carreira, apenas para vê-la desmoronar.

A dor tornou-se ainda mais intensa ao lembrar-se de que seu bebê não havia sobrevivido. A expectativa de pelo menos ter um amparo financeiro foi despedaçada, deixando-a em um estado de vulnerabilidade ainda maior. Com um suspiro pesado, Barbara virou-se para sair, a tristeza e a frustração pesando em seus ombros.

Foi então que uma voz animada, inesperada, alcançou seus ouvidos, saindo de trás dela. Intrigada, Barbara virou-se para ver quem era e foi recebida por uma presença que parecia contrastar com a sombra que pairava sobre sua vida naquele momento difícil.

O coração de Barbara apertou ao ouvir a voz de Victoria, seguida pela aparição do casal deslumbrante. Victoria exibia uma beleza atemporal e uma juventude que parecia desafiar os anos, enquanto Giovanni, segurando a cintura dela, emanava uma presença dominante. O sorriso radiante de Victoria contrastava com a nuvem de emoções pesadas que pairava sobre Barbara.

Victoria: Ah, querida Barbara, estava procurando você_  Iniciou Victoria, sua voz suave e melódica, mas a expressão nos olhos de Barbara denunciava uma tensão profunda. O casal, com uma intimidade que fazia Barbara cerrar os punhos, continuou a abordar a questão financeira que pairava entre eles._ Você está com uma dívida conosco, querida. Desapareceu por muito tempo. Não esqueça seu trabalho, por favor. Soube do aborto e por isso deixei você ficar bem, mas faz alguns anos_ , disse Victoria, como se a benevolência fosse um gesto gracioso de sua parte.

Barbara sentiu o peso da humilhação. Odiava a família Opspor, lembrando claramente como foi oferecida a Giovanni pela sua agente, apenas porque se assemelhava à esposa dele, que na época passava por um período de luto. Contudo, para sua amargura, eles acabaram adotando um filho, e a vida parecia sorrir para eles.

O fechar dos punhos de Barbara refletia a raiva e a indignação que fervilhavam dentro dela. O encontro com a família Opspor, neste momento delicado de sua vida, trouxe à tona não apenas as cicatrizes emocionais do passado, mas também a realidade cruel de sua dependência profissional deles.

Barbara engoliu seu orgulho e, em um gesto de submissão, se curvou diante de Victoria, pronunciando com uma voz controlada, 

Barbara: Desculpe, senhora Opspor..._ Seu pedido de desculpas carregava uma mistura de ressentimento e aceitação forçada da situação em que se encontrava.

A voz de Victoria permeou novamente o espaço, cortando o silêncio tenso que se estabelecera. 

Vicotira: Você gostou da carne que eu enviei?

 Barbara, inicialmente confusa diante dessa pergunta, começou a conectar os pontos. Recordou o dia do aborto, quando recebeu um delicioso jantar preparado por um chef cinco estrelas. Naquela época, ela ainda acreditava que Giovanni a amava e, erroneamente, presumiu que o presente era dele. Agora, confrontada com a verdade, percebeu que era um gesto da esposa de Giovanni.

Barbara: Estava deliciosa..._ Murmurou Barbara, sua resposta misturando uma ponta de sarcasmo com a amargura da lembrança. Enquanto pronunciava essas palavras, sua mente revisitava a traição, a ilusão e a amargura que experimentara naquele momento específico de sua vida. 

O sorriso de Victoria persistia enquanto ela falava sobre a origem da carne, mantendo um tom casual e quase divertido. 

Victoria: Era Vitela... você sabe como é produzida ela?_  A confusão nos olhos de Barbara aumentou, parecia divertir Victoria, mas antes que pudesse expressar sua perplexidade, Victoria tocou gentilmente o rosto de Barbara._ O processo é lento, se estende por quatro ou seis meses, mas a carne é saborosa_ Explicou Victoria, com uma expressão que começava a fechar, sinalizando que algo mais estava por vir. O rosto de Barbara refletia confusão e inquietação.

Victoria, com um toque de crueldade, continuou, observando a reação de Barbara. 

Victoria: Seis meses fica delicioso_ disse, enquanto o semblante de Barbara se transformava em uma expressão de puro horror. Os olhos arregalados, ela começou a perceber o que Victoria estava insinuando.

Victoria, sem dar espaço para Barbara escapar da cruel revelação, tocou suavemente o rosto de Barbara, agora molhado pelas lágrimas. 

Victoria: Ele é mantido em um local confinado, tendo a movimentação reduzida, é para deixá-lo tenro e macio._  As palavras afundaram como facas afiadas na consciência de Barbara, enquanto a verdade cruel se desenrolava diante dela.

Barbara, olhando para Victoria como se buscasse desesperadamente uma negação, viu sua última esperança desmoronar quando Giovanni riu e beijou o pescoço de Victoria, confirmando de forma dolorosa a verdade por trás das palavras de sua agente e das manipulações cruéis da família Opspor.

Barbara, atormentada pela revelação cruel, sentiu a náusea se intensificar até que não conseguiu mais conter. Vomitou diante de Victoria, sujando os sapatos da mulher que acabara de revelar uma verdade tão brutal. Victoria olhou com um certo nojo e, mantendo sua compostura, acenou para os seguranças enquanto expressava uma falsa preocupação: 

Victoria: Querida, deve ir a um hospital quando está assim.

Barbara, debilitada e humilhada, partiu, deixando para trás a família Opspor e a terrível verdade que havia descoberto. Enquanto ela se afastava, Gabriel chegou, observando Barbara de canto de olho. Curioso, ele perguntou a Victoria: 

Grabriel: Você fez realmente o que falou?

A resposta de Victoria trouxe uma estranha mistura de seriedade e indiferença.

Victoria: Sou um monstro, mas não tão cruel assim. Só causei o aborto. Essas ações brutais eu não gosto muito de presenciar_ Confessou Victoria com um olhar que revelava um certo orgulho em sua malevolência calculada.

 Gabriel, parecendo compreender a natureza sombria de sua mãe, sorriu e mudou o foco da conversa: 

Gabriel: Mãe, tem informações sobre Agatha?_ Sua expressão tornou-se mais séria enquanto pegava sua mochila.

A menção de Agatha trouxe uma aura de vingança ao ambiente.

A voz de Victoria, calma e com uma pitada de veneno, ecoou enquanto ela informava a Gabriel sobre as providências tomadas em relação a Agatha. 

Victoria: Oh, querido, não se preocupe. Eu mandei uns velhos amigos dela encontrarem algo._ O sorriso de Victoria, carregado de malícia, contrastava com a tranquilidade aparente de suas palavras. Ela se ocupou ajustando a gravata de Giovanni e organizando sua gola._ Falando em velhos amigos, seus amigos estão te esperando lá fora. Melhor irem na frente. Não vão querer se atrasar para a aula_ sugeriu Victoria, sinalizando para que Gabriel e seus amigos partissem. 

Gabriel, pronto para se juntar aos seus companheiros, acenou e dirigiu-se à porta.

Ao abrir a porta, Gabriel se deparou com Jvnq e Moonkase, ambos esperando por ele, compartilhando uma bicicleta. O contraste entre a atmosfera tensa dentro da casa dos Opspor e a cena descontraída do encontro com os amigos ressaltava a dualidade existente na vida de Gabriel, que se movia entre os desafios da família e a normalidade de suas amizades. 

Gabriel arqueou uma sobrancelha com expressão intrigada ao ouvir a afirmação de Moonkase. 

Gabriel: É para eu perguntar?_ Sua postura denotava uma mistura de curiosidade e humor, sugerindo uma familiaridade descontraída com seus amigos.

Moonkase respondeu com uma risada, exibindo a bicicleta com um gesto amplo da mão. 

Moonkase: Companheiro, tenho que dizer, esta bicicleta foi feita para mim._ Seu tom estava impregnado de orgulho, como se a bicicleta fosse uma extensão personalizada de sua personalidade.

Gabriel, parecendo levar na esportiva, jogou a mochila despreocupadamente em um carro próximo. 

Gabriel: Então, não deve querer minha carona_ Provocou, mantendo o clima descontraído e amigável.

Jvnq, com uma expressão engraçada, levantou a mão e interveio na conversa. 

Jvnq: Se ela não quiser, eu quero. Minha bunda já está doendo._  Sua fala, repleta de humor e autenticidade, adicionava um toque leve à cena, revelando a intimidade entre os amigos e a disposição para compartilhar desconfortos com bom humor.

Moonkase, ao ouvir a explicação de Gabriel, revirou os olhos de forma teatral e comentou com sarcasmo:

Moonkase: Pensei que iria com o Matheus e o Gustavo, vocês vivem grudados._ Seu tom de voz denotava uma pitada de zombaria, como se estivesse brincando com a proximidade constante entre os amigos.

Gabriel respondeu com um leve riso e esclareceu

Gabriel: Matheus está ocupado hoje... Gustavo quebrou o braço esses dias e precisou ficar em casa._ Enquanto Gabriel apresentava a explicação, uma falsa preocupação era transmitida em sua voz. No entanto, nas entrelinhas, algo mais parecia se esconder. Sua expressão facial e tom de voz sugeriam uma indiferença, talvez até mesmo uma relutância em revelar completamente o que estava por trás da situação.

---Imagem sobre o ocorrido----

A cena desenrolava-se em um ambiente escuro, onde a única iluminação provinha de uma luz tênue e difusa. O som da cera elétrica cortando o ar era agudo, ecoando pela sala enquanto Matheus, com mãos trêmulas, cortava o braço de Gustavo. A cera estava cega, e a escuridão circundante só intensificava a sensação de agonia e desespero.

Os rostos dos dois amigos estavam cobertos por uma mistura de suor, lágrimas e expressões de dor. Gustavo, com os olhos apertados devido à intensidade da dor, não conseguia conter as lágrimas que escapavam desesperadamente. Seu corpo tenso, contorcendo-se involuntariamente, revelava o sofrimento físico e emocional que ele enfrentava.

Matheus, por sua vez, estava tomado por uma angústia palpável. Seus olhos transbordavam com lágrimas que, desta vez, eram resultado da angústia e da culpa. Cada corte era acompanhado por murmúrios de desculpas desesperadas que escapavam de seus lábios. O contraste entre as lágrimas e a cera elétrica cega, juntamente com a escuridão opressiva, criava uma atmosfera sufocante de tristeza e desespero.

O ambiente escuro parecia amplificar as emoções cruéis que permeavam a cena, criando uma imagem sombria e impactante da dor compartilhada entre os amigos. 

-----Fim de imagem------

A animação tomou conta do grupo quando a notícia de que poderiam contar com o luxuoso transporte de Gabriel foi recebida. Jvnq, exaltado, expressou sua surpresa e empolgação, exclamando, 

Jvnq: Espera, então quer dizer que vamos poder ficar esses dias sendo levados pelo modelo mais rico da cidade? Que incrível!

Moonkase: Oh, idiota! Que tal pensar duas vezes antes de falar._  Ela demonstrando impaciência, deu um tapa na cabeça de Jvnq e o repreendeu

 Gabriel: Não se preocupem, eu gosto mais de andar com vocês. _Gabriel rindo descontraidamente, acalmou a situação ao afirmar, ""

Jvnq, convencido, respondeu:

Jvnq: Viu? Ele sabe qual é a melhor companhia, mesmo que talvez você pudesse ficar só comigo. Moonkase é meio esquentada._ Ele colocou sua mochila no carro e entrou, chamando os outros para se apressarem.

Gabriel: Pode botar sua bicicleta dentro do meu porta-malas._ Gabriel cortês, se curvou para Moonkase e sugeriu com gentileza

  O olhar de Moonkase encontrou os olhos de Gabriel, percebendo a aura misteriosa que ele sempre parecia carregar. Apesar disso, ela concordou, colocando a bicicleta no carro enquanto afirmava: 

Moonkase: Alguém tem que ficar de olho no Jotinha.

Enquanto isso voltando ao apartamento

Seu olhar, intensamente cinza, parecia absorver a essência do momento, refletindo uma compreensão profunda que transcendia o visível. As rugas discretas ao redor de seus olhos atestavam a passagem do tempo, mas também contavam histórias de sabedoria acumulada ao longo dos anos.

Os dois jovens adultos, estendidos no sofá, pareciam adormecidos em um repouso pacífico. Seus corpos repousavam em posições relaxadas, e uma aura de calma envolvia-os como um manto. Os cabelos bagunçados e as feições tranquilas sugeriam sonhos serenos, como se estivessem imersos em um reino de paz interior.

Enquanto Celeste observava a cena, uma voz suave e melódica escapou de seus lábios, tão tranquila quanto um sino de vento em um gramado de flores. O pai, ocupado em sua tarefa de limpar um conjunto de facas, pausou por um momento, absorvendo a serenidade que emanava da figura de Celeste. Seus gestos tornaram-se mais lentos, como se ele também estivesse sendo envolvido pela atmosfera de quietude que permeava o ambiente.

Celeste: Pai... eles são da ordem, não são?_ perguntou Celeste, sua voz carregada de uma sabedoria que ultrapassava sua idade.

 Cristopher baixou as facas que estava limpando, deixando-as temporariamente de lado, enquanto seu olhar se encontrava com o da filha. Um peso invisível pairava no ar, e a expressão em seu rosto revelava uma mistura de resignação e tristeza profunda. O ambiente tranquilo parecia ter sido invadido por uma sombra momentânea.

Os olhos de Cristopher encontraram os da filha, e por um breve instante, um silêncio carregado de emoção preencheu o espaço entre eles. Naquele olhar compartilhado, palavras não ditas comunicavam um entendimento mútuo da difícil decisão que se desenhava no horizonte.

Com uma voz embargada, Cristopher finalmente quebrou o silêncio, confirmando o inevitável com a mesma tristeza que refletia nos olhos da filha. Era como se o peso da decisão a ser tomada recaísse sobre cada palavra proferida.

Suas palavras carregadas de pesar. O eco das sílabas pairava no ambiente, como se o próprio som se recusasse a ser pronunciado completamente. A tristeza pairava como uma sombra sobre a sala, e a atmosfera serena agora se tornara densa com a gravidade da decisão iminente.

Critopher: Sim... Infelizmente.

A jovem envolveu-se no casaco que Kaiser gentilmente estendeu, buscando consolo na sensação de calor que emanava do tecido. Seus dedos se afundaram nas dobras do tecido, como se quisessem capturar a segurança que o gesto do rapaz proporcionava.

Ao dirigir um olhar triste para Kaiser, seus olhos revelavam uma mistura de gratidão e pesar. A expressão da jovem traduzia um reconhecimento silencioso da gentileza do rapaz, mas também carregava a tristeza de circunstâncias difíceis que os envolviam. Era como se aquele simples ato de oferecer um casaco fosse mais do que uma proteção contra o frio; era um gesto de apoio, um elo que os unia em meio às adversidades.

 Celeste: Eu gostei deles..._ Admitiu ela, revelando uma ternura genuína em seu coração.

Cristopher, com um suspiro, olhou para a pia onde a louça do almoço ainda permanecia. 

Cristopher: Eu também gostei deles, mas..._ Começou a dizer, sua voz carregada de uma inevitável melancolia. 

Celeste apertou ainda mais o casaco, compreendendo as complexidades do que estava por vir. 

Celeste: Eu sei..._ Sussurrou sua voz, suave como uma brisa.

Cada palavra, envolta em um tom tranquilo, parecia carregar consigo uma promessa de conforto, como se as sílabas fossem feitas de suspiros suaves que acalmavam a atmosfera ao seu redor.

O sussurro parecia uma melodia, um segredo compartilhado apenas entre aqueles presentes no instante íntimo. A suavidade da voz criava ondas de serenidade, envolvendo quem a ouvia como se estivesse sendo acariciado por algo etéreo e reconfortante.

Diante da cena, Cristopher sugeriu: 

Cristopher: Posso fazer isso sozinho, não precisa ver isso.

 Celeste desviou o olhar para a TV, onde o desenho animado ainda preenchia a tela com cores vibrantes e personagens animados. Uma tentativa sutil de afastar a atmosfera pesada que começava a se formar na cozinha.

Celeste: Eu... eu gostei desse desenho que botaram_ Murmurou ela, suas palavras carregadas de uma leveza destinada a dissipar a tensão que pairava no ar. O tom da sua voz, embora suave, carregava consigo um toque de vulnerabilidade, como se ela estivesse buscando refúgio na inocência e simplicidade da animação.

A TV, agora um ponto focal na sala, projetava imagens coloridas que contrastavam com a seriedade do momento. O comentário de Celeste era uma pequena fuga, uma maneira de desviar a atenção das emoções mais pesadas que permeavam o ambiente. Era como se ela estivesse tentando trazer um pouco de leveza para o momento, transformando o desenho animado em uma espécie de refúgio temporário.

Cristopher sorriu ao ouvir o comentário de Celeste, como se a menção ao desenho animado tivesse injetado um sopro de leveza naquele momento carregado. 

Cristopher: É igual ao gosto do seu irmão, ele chama isso de anime..._ Revelou ele, compartilhando um pouco da intimidade da família e transformando a conversa em uma troca descontraída.

O sorriso de Cristopher, embora talvez um pouco melancólico, carregava consigo um calor afetuoso, como se as memórias da relação com o irmão tornassem o ambiente menos pesado. A menção ao termo "anime" adicionava um toque contemporâneo à conversa, mostrando como as preferências e interesses individuais se entrelaçavam no tecido das relações familiares.

Celeste, com lágrimas nos olhos, desviou o olhar para o conjunto de facas, cada lâmina parecendo brilhar como runas de um destino que se desenhava diante dela. A intensidade da luz refletida em seus olhos mostrava a clareza da angústia que a envolvia, evidenciando o peso do processo que se anunciava como demorado e doloroso.

Então, com a voz embargada, ela quebrou o silêncio pesado na cozinha. 

Celeste: Eu... Pai, e se tiver outro jeito?_ A pergunta, carregada de esperança e desespero, flutuou no ar, pairando como uma súplica por uma alternativa menos dolorosa. O olhar dela, alternando entre as facas e os jovens adormecidos, buscava uma solução menos drástica para a situação que se desdobrava diante deles.

O pedido de Celeste trazia consigo a vulnerabilidade de quem anseia por uma saída mais suave, como se estivesse disposta a buscar qualquer alternativa que pudesse evitar o caminho doloroso que parecia inevitável

Cristopher desviou o olhar das facas, cada uma delas exibindo runas únicas, marcadas por propósitos distintos e significados profundos. As lâminas, agora iluminadas pela luz da cozinha, pareciam contar histórias antigas, cada inscrição narrando um destino entrelaçado com a complexidade da situação.

Seu olhar, carregado de ponderação e responsabilidade, transitou das facas para a filha. O coração de Cristopher parecia sentir o peso das decisões iminentes, e seus olhos encontraram os de Celeste com uma mistura de ternura e compaixão. Era como se a conexão entre eles transcendesse as palavras, uma comunicação silenciosa que expressava a profundidade do amor e da preocupação paterna. 

Cristopher: Eu gostaria, mas você sabe como é...

Celeste ergueu os pulsos, seus olhos fixados novamente em Kaiser e Joui. Com uma doçura que contrastava com a tensão no ar, ela pronunciou palavras que ecoaram como uma revelação surpreendente, seus olhos brilhando em um dourado intenso antes de retornarem à cor original.

Celeste: Não, se eles beberem o meu sangue _Disse ela, sua voz carregada de uma determinação serena. O tom suave e a expressão no rosto de Celeste sugeriam que ela havia encontrado uma alternativa, uma solução que poderia mudar o curso dos eventos de uma maneira inesperada.

O dourado em seus olhos parecia simbolizar uma conexão única e poderosa, algo que transcendia as circunstâncias comuns. O impacto das palavras de Celeste pairava no ar, transformando a atmosfera carregada da cozinha em um momento de revelação e esperança.

A revelação de Celeste deixou uma tensão no ar, agora impregnada com a promessa de uma virada inesperada nos acontecimentos. 

 Cristopher arregalou os olhos diante da revelação de Celeste, e então, um turbilhão de emoções invadiu seu ser. Ao olhar para os dois jovens, as lágrimas começaram a se formar em seus olhos, como se a compreensão da situação o atingisse de maneira profunda. A dor e a tristeza que ele carregava finalmente encontraram uma saída, e seu coração, por um momento, se abriu para liberar toda a carga emocional que estava contida.

Cristopher: Desculpe, minha pequena... me desculpe... _Cristopher murmurou, sua voz embargada pela tristeza e pelo arrependimento. 

Ele abaixou a cabeça, incapaz de encarar plenamente a situação. A confissão de Celeste não apenas revelou uma possível solução, mas também abriu feridas emocionais que estavam latentes dentro de Cristopher.

Cristopher: Eu não sei por que eu... eu não quero machucá-los,_ Continuou ele, suas palavras carregadas de uma sinceridade dolorosa.

 O peso da responsabilidade e a angústia de ter que tomar decisões difíceis pairavam sobre ele como uma sombra escura. A vulnerabilidade de Cristopher naquele momento transformou a cozinha em um espaço onde as emoções eram cruas e palpáveis.

 Celeste, em um gesto de compaixão e entendimento, envolveu seu pai em um abraço, e Cristopher, por sua vez, correspondeu ao gesto. O abraço entre pai e filha era mais do que um simples gesto físico; era um elo emocional que transcendia as palavras, uma demonstração de amor e aceitação diante das adversidades.

"Eu sei, papai. Eu entendo. Por isso somos uma família," murmurou Celeste, suas palavras carregadas de uma sabedoria que ultrapassava sua idade. Ela reconhecia a complexidade das decisões que a família enfrentava, mas, ao mesmo tempo, afirmava a importância do vínculo familiar na superação dos desafios.

Cristopher, emocionado, olhava para os dois jovens com uma tristeza que se misturava à esperança de uma possível solução. O choro dele era um reflexo da carga emocional que carregava, mas também podia ser interpretado como uma liberação de sentimentos há muito contidos.

Enquanto o abraço continuava a unir pai e filha, os olhares deles se dirigiam aos dois jovens inconscientes, que permaneciam alheios ao destino que aguardava por eles.

Enquanto isso em outra Ilha 

A paisagem desolada se estendia diante dos olhos furiosos de Dream, como um testemunho silencioso da destruição que varrera as várias vilas. Os destroços das casas, antes acolhedoras, agora jaziam em pedaços espalhados pelo chão, misturando-se à poeira e aos escombros. O silêncio pairava no ar, interrompido apenas pelo ocasional estalo de madeira quebrada ou pelo lamento distante do vento.

O olhar de Dream, normalmente impassível, estava agora carregado de indignação e frustração. Cada pedaço de ruína parecia acender a chama da sua raiva interior. Ele caminhava entre os destroços com passos pesados, sua figura escura destacando-se contra o cenário de desolação.

A enorme estátua de Dream feita por Foolish permanecia como uma sentinela solitária no meio da destruição. Seus olhos pareciam capturar a dor do momento, como se tivessem testemunhado a tragédia que se desenrolara. A expressão no rosto esculpido de Dream, que normalmente irradiava alegria e benevolência, agora carregava um peso sombrio.

As antigas construções de Foolish, que outrora abrigavam a vitalidade de uma comunidade, eram agora apenas sombras do passado. Paredes rachadas e telhados desabados eram testemunhas mudas da crueldade que havia assolado aquele lugar. Dream não conseguia conter a ira crescente dentro de si, pois a ausência de Foolish por tanto tempo só alimentava suas suspeitas sobre os responsáveis por essa ruína.

Dream: Tenho certeza que Badboyhalo e os outros são responsáveis por isso_ Murmurava Dream para si mesmo, os punhos cerrados de raiva. Ele recordava o tempo em que Foolish zelava por sua terra natal com paixão e dedicação, e a ideia de que seus próprios companheiros pudessem ser os arquitetos da destruição era quase insuportável.

Voz: Pense novamente, Dream. O Bad também está sumido_ A voz ecoou, carregando consigo um tom misterioso que adicionava um elemento de intriga ao encontro.

O súbito surgimento da voz fez Dream virar-se abruptamente, seus olhos encontrando a figura de Skeppy, mas uma versão vermelha e segurando nas mãos um coração de dragão. O contraste do vermelho vibrante com a paisagem de destruição criava uma cena surreal.

O sorriso irônico de Dream apareceu em seus lábios quando ele ouviu as palavras de Skeppy. 

A risada sarcástica de Dream ecoou pelo cenário desolado, misturando-se com os destroços silenciosos das vilas. Seu olhar penetrante permanecia fixo em Skeppy, o tom de desdém carregado em suas palavras revelando a intensidade de sua raiva e frustração.

Skeppy, com sua versão vermelha e o coração de dragão nas mãos, enfrentou o olhar desafiador de Dream. A atmosfera tornou-se ainda mais tensa, como se as palavras trocadas entre os dois fossem apenas o prelúdio de um confronto iminente.

A voz divina de Dream ressoava como trovões distantes, envolvendo a cena em um ar de autoridade indiscutível. Seus olhos faiscavam com determinação, e a estátua de Dream parecia ter se virado e parecia observar atentamente, como se contivesse uma sabedoria ancestral prestes a ser revelada.

O coração de dragão nas mãos de Skeppy pulsava com uma luminosidade intensa, simbolizando não apenas poder, mas talvez um vínculo mais profundo com a trama que se desdobrava. Enquanto a destruição ao redor permanecia como testemunha silenciosa, os destinos entrelaçados de Dream e Skeppy pareciam prestes a colidir em uma batalha de proporções épicas.

O coração de dragão nas mãos de Skeppy irradiava uma energia intensa, enquanto a paisagem destruída servia como pano de fundo para esse encontro peculiar.

Skeppy, com um gesto casual, jogou o coração de dragão para o lado de Dream, interrompendo momentaneamente o fluxo tenso da conversa. Sua voz, carregada com um tom meio sarcástico, quebrou o silêncio. 

Skeppy: Eu só mudei um pouco, e sobre a morte, bem, quem nunca precisou dela para poder passar por mudanças?_ As palavras de Skeppy pairaram no ar, deixando um rastro de ambiguidade e mistério.

A resposta de Dream não tardou, e ele, com um controle aparente, respondeu com uma risada fingida, tentando ocultar a raiva que fervilhava dentro dele. 

Dream: Um deus como eu não precisa passar por tais dificuldades_ Afirmou ele com confiança, suas palavras reverberando com uma autoridade inabalável.

O revirar de olhos de Skeppy foi acompanhado por um suspiro de impaciência diante da arrogância de Dream. 

Skeppy: E um mortal como eu não precisa aguentar sua arrogância,_ Disse Skeppy, cortando o ar com sinceridade. Em seguida, ele propôs uma aliança inesperada, surpreendendo até mesmo Dream._ Agora, falando sério, por que não nos ajudamos? Eu quero o Bad de volta, e você quer o seu... pet_ Acrescentou Skeppy, destacando a dualidade entre a situação séria e a leve ironia em suas palavras. A oferta de colaboração, apesar das diferenças, pairava no ar como uma possibilidade intrigante.

Dream bufou, cruzando os braços de maneira defensiva. 

Dream: Foolish não é um pet, _Protestou ele, defendendo a dignidade do amigo ausente. A tensão entre os dois personagens diminuiu um pouco, dando lugar a uma hesitação momentânea enquanto avaliavam a proposta de uma aliança temporária.

As palavras de Skeppy cortaram o ar, ressoando com uma assertividade surpreendente. 

Skeppy: E eu não sou seu aliado, então vamos fazer esse pacto. Quero ter o Bad logo comigo,_ Afirmou ele, deixando claro que sua motivação era mais pessoal do que uma aliança genuína com Dream.

O olhar de Dream fixou-se em Skeppy, uma mistura de desconfiança e reflexão. 

Dream: Você mudou muito, não é mais o mesmo Skeppy,_ comentou Dream, sua voz carregada de observação. A metamorfose de Skeppy não passara despercebida, e a dinâmica entre os dois personagens continuava a evoluir, criando uma teia complexa de emoções e intenções.

O sorriso de escanteio nos lábios de Skeppy revelava um misto de confiança e perspicácia diante da resposta de Dream. 

Skeppy: Eu amadureci. O Bad logo fará o mesmo. Ele precisa de uma lição e entender algumas coisas desse mundo,_ Afirmou Skeppy, indicando uma motivação que ia além da simples busca por seu amigo desaparecido.

Os olhos de Dream, contendo uma sabedoria que transcendia o tempo, encontraram os de Skeppy vermelho. 

Dream: Você pode ter esse seu demonizinho com você. Só quero meu Foolish longe dessas suas disputas bobas,_ disse Dream com uma serenidade que contrastava com a tensão circundante. A condição estava clara, e Skeppy pareceu considerar por um momento.

Skeppy respondeu ao olhar de Dream, e suas palavras selaram o acordo. 

Skeppy: Trato feito,_ disse ele, aceitando a condição imposta por Dream. A atmosfera, por um instante, ficou carregada com a assinatura de um pacto, enquanto os destinos de Badboyhalo, Foolish, Dream e Skeppy se entrelaçavam em uma trama complexa.

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Continua.....

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