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História Queda - Anjinho ou diabinho?


Escrita por: An_illustrator

Notas do Autor


Desculpa a demora, era para eu ter postado esse capítulo ontem.

Espero que gostem :)

E, Dare, feliz aniversário um dia atrasado :)

Capítulo 4 - Anjinho ou diabinho?


Fanfic / Fanfiction Queda - Anjinho ou diabinho?

Na semana seguinte…

 

— FRIEDRICH!!! — Gritou Müller furioso ao chegar ao Laboratório de Ciências No 5 e ver um pandemônio no local em vez da aula tranquila de biologia que deveria estar ocorrendo ali, onde a professora e os alunos deveriam estar dissecando sapos, em vez de estar correndo e gritando desesperados, encharcados de tinta verde. Alguém tinha, deliberadamente, substituído os sapos, por cópias mecânicas, idênticas a sapos reais (pulavam, coaxavam e tudo) e que explodiam tinta verde ao menor contato com objetos cortantes… Acho que depois dessa descrição, não preciso mais nem detalhar o que aconteceu assim que a aula começou…

— Friedrich? — Perguntou a professora parando de entrar em pânico e olhando para o diretor, como se estivesse olhando para um lunático. — Por que está gritando o nome do menino? Ele nem apareceu para a aula hoje…

— Exatamente por isso — Respondeu Müller irritado. — Ele sumiu a manhã inteira e agora acontece isso — resmungou o diretor apontando para a sala toda pintada. — O que dá para se pensar?

— Sei lá — disse a professora se irritando. Ela, com certeza, não gostava que falassem mal de seu melhor aluno. — Mas com certeza não foi culpa do Gauss. Aquela criança é um modelo de estudante. Só tem dez anos e já está no oitavo ano! E ainda é o melhor aluno da sala! E o mais comportado e educado. Deveria ter orgulho se seu filho! E não ficar o acusando o tempo todo.

 — Ah não, outra não… — Resmungou baixinho o diretor vendo que a professora de biologia  do oitavo ano também sofria o mesmo mal de 99.9% dos professores do colégio, a “Síndrome de achar que o pestinha do Friedrich é um anjinho”. 

Era incrível, desde a época que Müller teve que, basicamente, forçar o menino a se matricular coisas estranhas aconteciam no colégio como bebedouros explodindo ou rôbos-zeladores pirando e tentando limpar os alunos e professores em vez da escola, por exemplo, mas, mesmo assim nenhum professor (além de Lorelei Schmidt e ele próprio) conseguiam associar essas pegadinhas ao garoto. E o pior era que quando o diretor tentava mostrar o óbvio, os professores se irritavam, pois nenhum deles queria acreditar que seu aluno mais aplicado e educado fosse a fonte do caos que reinava no colégio de vez em quando. 

— Sim, ele é meu filho (adotivo) e justamente por ser meu filho posso dizer com clareza que o conheço melhor que você e posso garantir que isso foi coisa dele! — Falou o diretor para a professora. — Mas ele vai ver quando chegar em casa! Ô se vai…

— Não vai nada! — Cortou a professora indignada. — E tem mais. Se por acaso eu ver algum hematoma, machucado ou algum outro tipo de marca estranha no corpo do menino amanhã vou te denunciar para a polícia! O menino Gauss é um anjo! Ele jamais faria nada de mau!

 

 

————————————— ✈ —————————————

 

Enquanto isso em um lago não muito distante da escola de heróis do Müller…

 

— Vamos, meus amiguinhos saltadores — diz um garoto de cabelos loiros ondulados (praticamente cacheados) tirando um monte de sapos vivos de uma caixa e os colocando delicadamente no lago. — Vão embora! Vão! Vocês estão livres agora!

E os sapos não precisaram ouvir a ordem duas vezes para seguir rumo à liberdade…

— Ora, ora… O que é que temos aqui? — Diz uma voz feminina bastante familiar atrás do garoto.

— Zoe! — Grita o garoto imediatamente abraçando a jovem cientista.

— O que é que meu diabinho está aprontando agora? — Pergunta Zoe retribuindo o abraço.

— Nada de mais… Só estou salvando uns pobres sapos inocentes de serem dissecados.

— Do jeito normal ou do “Jeito Fritz”?

— Tente adivinhar — respondeu o garoto com um sorriso sapeca.

— Eita! Estou vendo que alguém vai ficar de castigo hoje… De novo.

— Com certeza. Mas valeu cada minuto! Programei até as câmeras do colégio pra gravar tudo e enviar o vídeo pro meu email depois — falou o menino animado. — Estou doido para ver! Quer assistir comigo depois? 

— Claro — diz a jovem mulher, com nenhum pingo de remorso por estar incentivando uma criança a fazer pequenas maldades. — Leve o video pra casa nesse final de semana e eu preparo a pipoca.

— Legal! Com certeza vou escapar nesse final de semana! Não importa como — diz o menino animado. — Afinal eu mereço um pouco de diversão depois de ter projetado vinte tipos diferentes de escudo-protetores para heróis idiotas nesses dois meses a mando do idiota do Müller em vez de aproveitar minha folga pra brincar e descansar (e fazer meus próprios projetos)…

E com isso o sorriso sumiu do rosto de Zoe. Ela simplesmente odiava como o diretor de seu antigo colégio explorava o garoto, obrigando-o a fazer trabalhos de cientistas e engenheiros experientes fora do horário de aula, chegando até mesmo a tratar o garoto como um mini-adulto. Por conta disso, a jovem cientista já tinha tentado diversas vezes tomar a guarda do garoto na justiça, mas todas as tentativas eram em vão. Parecia que ser um dos homens mais ricos e com um dos poderes mais raros e destrutíveis do país ajudava a evitar problemas no judiciário afinal…

— Mas o que você está fazendo aqui? — Perguntou o garoto, curioso, tirando Zoe de seus pensamentos. — Seu trabalho não é um pouco longe daqui?

— Bem, eu vim te ver! E perguntar se você queria gasear um pouco a aula indo ver o vôo de teste do novo protótipo que criei na GermanFlight Labs — confessou a cientista sorrindo ao ver os olhos do menino brilharem ao ouvir sobre o teste de um novo modelo de avião. — Mas parece que você já está gaseando de qualquer form…

— Sim! Sim, sim, sim, SIM!!! — Respondeu o garoto super empolgado. — Quero! Quero sim! Vamos agora! Nunca te pedi nada! Por favor! Quero muito! Vamos agora, por favor! Siiiiim? 

— Ei, ei, não precisa desse desespero — disse Zoe rindo. — É claro que vamos agora. Meu carro está estacionado aqui perto. Venha.

— Legal! — Gritou o garoto animado, seguindo a cientista.

— Aí você pode aproveitar e tocar um pouco de flauta pra mim no camin…

— Não dá — falou o garoto ficando triste.

— Por que? — Perguntou Zoe estranhando pois normalmente Friedrich amava tocar flauta (e tocava muito bem).

— Müller confiscou minha flauta três dias atrás como castigo por eu ter invadido todos os computadores da escola pra substituir por “Müller fede” depois que ele me fez ir pra entrevista idiota dele naquele programa duplamente idiota chamado “Famílias fantásticas da Alemanha” ficar fingindo que sou um “filho adorável e orgulho de papai” em vez de me levar para ver a exibição de aviões que ele havia me prometido depois de eu passar mais de um ano direto indo do colégio para o laboratório pra projetar aqueles equipamentos idiotas para heróis e do laboratório para a casa dele (apenas pra dormir já que a gente sempre chega tarde da noite quando nós vamos para lá) — diz o garoto esquecendo de dizer que ele também tinha substituído o shampoo do diretor por um shampoo que ele tinha inventado que pintava o cabelo de rosa sem manchar a toalha ou a pele na semana anterior pelo mesmo motivo, o que tinha levado ao castigo da semana anterior.

— Ei! Isso não é justo!

— Também acho! 

— Mas não fica assim, não. Tem uma flauta novinha que comprei pra você no carro — diz Zoe fazendo cafuné no garoto para alegrá-lo.

— Oba! — Grita Fritz abraçando a cientista. — Você é a melhor!

— Não precisa agradecer — responde Zoe retribuindo o abraço. — Agora vamos logo, para não nos atrasarmos!

— Sim!

E os dois voltaram a caminhar em direção ao carro da cientista.

 

 

————————————— ✈ —————————————

 

 

Na mansão Black Hat…

 

— E foi assim que tive a ideia pra criar aquele escudo — diz o menino loiro na televisão sendo entrevistado pela apresentadora do programa “Famílias fantásticas da Alemanha”, fazendo o demônio de cartola assistindo à TV segurar com força o controle remoto, quase esmagando o equipamento de tanta raiva, pois aquele maldito escudo do qual estavam falando no programa de TV era a única coisa que o Raio da Morte vendido pela sua corporação não conseguia penetrar… E pensar que aquele obstáculo aos seus negócios tinha sido inventado por um garoto de dez anos! DEZ ANOS!!! Que raiva! Que humilhação! Que ódio Black Hat estava sentindo naquela hora!!!

E quanto mais raiva ele sentia mais ele olhava com ódio para uma cientista de cabelos loiros e grisalhos que estava ao seu lado, a mesma cientista que havia aprimorado o Raio da Morte (e a quinta a passar por aquele cargo somente naquele ano).

— É incrível como seu escudo é a única coisa que consegue bloquear o novo Raio da Morte que os vilões estão usando ultimamente — falou a entrevistadora animada e impressionada.

— Aquela porcaria? — Perguntou o garoto de forma arrogante. — Não sei como os vilões são burros o suficiente pra perder dinheiro comprando aquilo. Aposto que foi um bebê retardo de um ano que projetou aquela coisa.

— O QUE?!!! — Gritou Black Hat para a TV. — Faz ideia de empresa você está difamando, moleque arrogante?!

— C-calma, senhor — falou a cientista tremendo ao ver o patrão se descontrolar, o que fez com que o demônio olhasse ainda com mais raiva para ela.

— Sim, meu filho é cérebro por trás de todas as novidades da Müller Hero Lab Corporation — fala o diretor de um mais dos importantes colégios de heróis de Berlin. — Não é mesmo, filho?

E o garoto fez uma careta de milissegundos antes de responder com um sorriso encantador:

— Sim, papai. Mas nenhuma de minhas conquistas seria possível sem a sua orientação.

— Esse é meu garoto! — Falou o homem orgulhoso.

— Que linda demonstração de amor fraternal — fala a entrevistadora emocionada. — E com isso terminamos mais um “Famílias fantásticas da Alemanha”. Esperamos vocês na próxima semana!

E com isso Black Hat desligou a TV enojado e olhou para a mulher dizendo:

— Faça uma coisa de útil pelo menos uma vez na vida e ofereça dez por cento de desconto em todos os produtos para quem matar aquele moleque tagarela!

— Sim, senhor — diz a cientista tentando sair de perto demônio de cartola o mais rápido o possível.

— E mais uma coita — diz Black Hat quando a mulher já estava quase alcançando a porta da sala. — Se esse pirralho aparecer na TV debochando dos produtos da minha empresa de novo você vai ter o mesmo destino dos outros cientistas que vieram antes de você! 

Não preciso nem dizer que a cientista empalideceu e quase teve uma crise de pânico com essa ameaça.

Satisfeito com o resultado de suas palavras Black Hat completou a ameaça dizendo:

— E te garanto que o fim deles não foi nem um pouco agradável.

 

 

 



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