Ao final da tarde Miguel estava pensativo enquanto arrumava as malas, não sabia o que faria.
Ele e Natasha já haviam levado Loli para o para o aeroporto em um táxi.
A moça ficou triste por não ter conseguido ver a sobrinha antes de ir viajar, mas teria outras oportunidades.
Então ela vai para a Espanha, Natasha tinha algumas coisas para resolver, e então Miguel volta para o apartamento e então começa a pensar no que iria fazer enquanto fazia suas malas.
Não havia se resolvido com a Mia, precisava sair da cidade e Natasha queria mais uma vez voltar com ele.
Ele para por alguns instantes de colocar as roupas nas malas.
Miguel: eu vou tentar uma última vez com a Mia. Pelo menos uma vez antes de ir embora. - ele se levanta - seja o que Deus quiser.
Ele chama um motorista por aplicativo de celular, pede um carro com vidros escuros que pudesse entrar no estacionamento do prédio onde ele morava, não queria correr risco de sair por aí e alguém da gangue do TIG ver ele.
Então ele chega até a casa do Franco, o segurança deixa ele entrar, então ele vai até a casa, acaba encontrando Franco, Alma e marina sentados no sofá.
Miguel: olá.
Franco: Miguel, Olá rapaz.
Miguel: como está, Franco?
Franco: me sinto ótimo. Forte como um touro.
Miguel: haha dá pra ver na sua expressão.
Alma: ele melhorou muito desde aquele dia.
Franco: parece até que eu ganhei uma vida nova haha.
Miguel: fico muito feliz por você, que bom que está bem.
Franco se levanta.
Franco: eu tenho que te agradecer. Você fez demais pela minha filha, você salvou ela. Sempre salva ela. Salvou ela, salvou minha neta, meu Deus, eu sinto como se devesse minha vida.
Miguel: não me deve nada. Eu amo as duas, e eu faria qualquer coisa por elas.
Franco: fico feliz em ter você como genro.
Marina: ex genro por enquanto. Mas logo eles voltam eu acredito.
Miguel: sim.
Marina: veio ver a Mia?
Miguel: sim, Eu vim. Ela está?
Marina: está no píer com a Mel.
Miguel: bom, eu.. eu vou até lá.
Franco: fique a vontade rapaz.
Miguel: obrigado.
Então ele sai da casa, e vai em direção ao píer, quando ele estava se aproximando, podia ouvir Mia cantarolando para Mel a música
"Algun dia" da RBD.
Mel estava dormindo nos braços de Mia, enquanto elas estavam sentadas no banco do píer, estava um lindo por do sol sendo refletido no lago.
[ Músic on RBD - salvame ]
Miguel chega até lá, e vai até o corrimão do píer.
Miguel: o por do sol aqui é lindo não é?
Mia olha para ele.
Mia: sim, se tornou um dos meus lugares favoritos, quase todo dia eu venho para cá olhar o por do sol. A Mel adora também.
Miguel então se vira, encostando as costas no corrimão do píer, ficando de frente para Mia com os braços cruzados.
Eles se olham por alguns instantes em silêncio.
Miguel: está mais calma?
Mia: calma? Porque estaria nervosa?
Miguel: pelo que viu mais cedo.
Mia: eu não tenho nada a ver com a sua vida. Você faz o que você quiser, fica com o que você quiser.
Miguel: tem sim. Você é a mulher que eu amo.
Mia: ama duas mulheres?
Miguel: eu amo você apenas.
Mia sorri com sarcasmo, olhando o lago.
Mia: não é pra ser. - ela pra ele - eu e você. Não podemos ficar juntos, tudo sempre da errado pra gente.
Miguel: esquece essa história. Não tem mais nada que nos impeça de ficar juntos, é tudo acaso, é tudo simples acaso.
Mia: ontem, eu iria conversar com você. Poucas horas depois recebi a notícia do que aconteceu com você. Eu fiquei com você, você e eu quase morremos por causa do Antônio.
Miguel: de novo essa história.
Mia: e eu vou repetir ela quantas vezes for preciso.
Miguel: é alguma desculpa sua? Você não quer ficar comigo por algum outro motivo?
Mia: não. Eu não quero ver você morto, nem mais alguém.
Miguel: não está parecendo. Parece mais alguma "desculpa", parece que está inventando alguma mentira pra gente não ficar junto.
Mia: está me chamando de mentirosa?
Miguel: olha o que você está dizendo, um argumento fajuto, como "o destino não nós quer juntos".
Mia: pense o que quiser então.
Miguel: você o viu morrendo na sua frente. É por causa dele?
Mia: não tem nada a ver com ele, eu já disse.
Miguel: está parecendo que sim.
Mia: haha ah sim, claro. Mas engraçado que, hoje de manhã eu cheguei no nosso apartamento e você estava sem camiseta com a sua ex namorada no quarto.
Miguel: ela foi apenas me visitar.
Mia: e aí vocês foram matar a saudade no quarto com você sem camiseta? Me poupe, Miguel.
Miguel: ela está fazendo o que você deveria estar fazendo, seu papel. Porque eu me machuquei você nem se importou, não foi me ver, não foi cuidar de mim. Eu quase morri tentando te salvar, tentando salvar nossa filha.
Mia: é mesmo? Eu tomei um tiro por você. Então estamos iguais.
Miguel: pois é, e eu te agradeço muito por isso, mas eu fui te visitar, preocupado com você e o que você fez? Me tratou como se eu fosse um nada. Como se não sentisse nada por mim.
Os olhos delas começam se encher de lágrimas.
Mia: eu sinto, sinto tanto que estou deixando você ir. Simplesmente porque tenho medo de perder você de uma vez.
Miguel: você está perdendo agora.
Mia: eu só não quero te ver morrer.
Miguel: eu não vou morrer.
Mia: eu jamais suportaria ver você morrer.
Miguel: eu já disse, não vai me acontecer nada.
Mia: quem garante que não? Eu achava que iria ficar tudo bem depois que o Antônio foi preso.
Aliás, há poucos meses, eu achava que estava tudo bem, que eu era feliz. Eu cheguei aqui, te encontrei, e tudo começou a virar de cabeça para baixo.
Miguel: está me culpando por isso?
Mia: não! Eu te encontrei aqui, eu conheci o monstro que era meu marido, alguém que estava escondido, minha filha quase morreu, você à salvou. O pai da minha filha salvou ela quando nunca soube que era pai dela, meu ex marido ficou louco, brigou com você, e você foi embora. Eu achei que nunca mais o veria. E quando penso que não, lá estava eu brigando com você porque você queria tomar a minha filha de mim, e depois disso eu quase morri nas mãos do Antônio. Quando eu pensei que estava tudo acabado, você aparece lá e me salva.
Miguel olha para ela com os olhos cheios de lágrimas.
Miguel: eu sempre te salvo, eu sempre cuido de você.
Mia: sim, sempre. Mas até quando? Porque eu achei que estava tudo bem de novo. Já estavamos juntos e... Aconteceu o que aconteceu. Você quase morreu eu quase morro, meu pai quase morreu. Antonio morreu e... Não vê? Você não pode controlar o que está acontecendo. Quando pensamos que não, tudo vira de cabeça para baixo.
Eles ficam em silêncio se olhando.
Miguel: eu vou embora.
Mia: pode ir.
Miguel: não. Eu vou embora pra Los Angeles.
Mia olha para ele e escorre uma lágrima.
Mia: por causa daquela gangue?
Miguel balança a cabeça que sim.
Mia: viu só? Não é para ficarmos juntos.
Miguel: você ouviu o que eu disse?
Mia: sim.
Miguel: eu tô indo embora. Você não vai fazer nada?
Mia desvia o olhar dele.
Miguel então se aproxima dela, olha nos olhos de Mia, respira fundo.
Miguel: como você quiser.
Ele se abaixa da um beijo na Mel e começa a caminhar. Então ele para e sem virar para trás diz.
Miguel: resolve a questão da guarda compartilhada, eu quero que a minha filha vá para Los Angeles me ver quando puder.
Então ele sai.
Miguel não havia visto, mas Mia estava chorando, lhe doía deixar ele ir embora. Mas ela sentia tanto medo, que simplesmente o deixou ir.
Mia: eu te amo... Só quero que você fique bem.
Miguel então sai pelo portão da casa do Franco, ele sabia que Mia para ele e Mia não havia mais jeito, pelo menos não pelo lado dela, dificilmente ela iria mudar de ideia.
ele pega o celular e manda mensagem para Natasha.
Miguel: vou tentar pegar o mesmo vôo que você para Los Angeles amanhã. Ok?
Lupi: QUE? Mia, você ficou louca?
Mia: é como eu disse, ninguém vai me entender.
Roberta: aí, Mia. Por um tempo eu achei que tinham crescido mais neurônios nessa sua cabecinha. Mas tô vendo que não. Meu Deus!
As garotas haviam ido até a casa do Franco para ver como eles estavam, Santos e Diego estavam na sala conversando com Franco enquanto Mel e Pabllo estavam brincando. E Marina e Alma também estavam com as garotas sentadas do lado de fora da casa, na área das piscinas onde haviam cadeiras e mesas de Sol para ficarem.
Marina: Mia, mas se você o ama, você deveria ficar com ele.
Mia: eu não posso. Simplesmente não posso.
Marina: não é assim que as coisas se resolvem.
Alma: não mesmo. Você vai deixar o homem que ama, o pai da sua filha ir embora assim?
Lupi: não o deixe ir embora, Mia.
Mia: ele não pode ficar mais na cidade.
Roberta: aiii, mas que história louca. Vai embora com ele então.
Mia se levanta.
Mia: eu não posso fazer nada meninas. Sinto muito.
Então ela sai caminhando.
Lupi: Mia, fica aqui.
Roberta: ela é cabeça dura demais.
Marina: igual o pai.
Alma: realmente, o culote me faz passar cada raiva.
Roberta: é uma pena, da muito trabalho juntar esses dois.
Lupi: realmente. Mas e esse bebê na sua barriga Roberta? Haha aí eu estou tão feliz por você.
Roberta: eu também. - ela acaricia a barriga.
Alma: eu mal posso acreditar, que confusão vocês arrumam. Meu Deus.
Roberta: é tudo culpa da Paola.
Lupi: aí meu Deus, e se aquela louca aprontar de novo?
Roberta: ela não vai. O Leon conseguiu colocar ela no lugar dela.
Alma: aí, aquele homem me dá arrepios.
Lupi: pode até dar, mas ele ajudou a Roberta e o Diego a ficarem juntos.
Marina: e ainda ajudou a achar a Mia e a Mel.
Lupi olha para Marina.
Lupi: até que vocês dois fariam um casal bonito.
Marina: que? Está maluca!?
Roberta: hahahaha ficou louca, Lupi?
Alma: aí, não diga isso, pra que castigar a pobre da Marina assim?
Ela não merece. Se é pra arrumar alguém, eu tenho um amigo muito legal, e ele é bonitão.
Marina: vão querer arrumar namorado pra mim mesmo?
Lupi: porque não?
Marina: meu Deus. Eu vou embora daqui, vou ver como a Mia está.
Alma: aí, porque não? Você é nova, é bonita. Tem que ter alguém.
Marina: e quem disse que eu não tenho?
Roberta: uuuui, cheia de segredos.
Marina: a gente fica solteira mas nunca fica sozinha haha vou indo.
Roberta: boa haha.
Lupi: meu Deus, a gente pensa que a pessoa é quieta e fica na dela, mas não haha.
Marina então vai atrás de Mia, ela entra na casa e pergunta aos garotos onde onde Mia estava, eles avisam que ela subiu para o quarto.
Então Marina vai atrás dela.
Ao chegar no quarto vê Mia abraçada com o travesseiro em uma poltrona na sacada do quarto.
Marina se aproxima dela.
Marina: você deveria realmente ir atrás dele.
Mia: eu só queria que alguém tentasse me compreender. Eu queria muito estar com ele, mas eu tenho tanto medo.
Marina: medo de que?
Mia: tudo. Dele morrer, de alguma outra pessoa morrer, ou... Perder a Mel.
Marina: você tem que olhar se existem possibilidades disso acontecer ou não. Você está livre agora, ele também.
Mia: sim mas... Não sei. Ainda tenho medo.
Marina respira fundo.
Marina: acho que isso é culpa minha.
Mia: que? Você não tem nada a ver com isso.
Marina: claro que sim. Me responde, você cresceu fragilizada, sempre com medo das pessoas te abandonarem. Porque?
Mia fica calada, ela sabia que era porque tinha o trauma de quando sua mãe a deixou quando era criança, era o mesmo trauma pelo qual ela sofreu tantos anos, ela tinha medo de perder as pessoas.
Marina: você sabe muito bem. Isso tudo que você sente, é medo. um trauma de perder as pessoas.
Escorrem duas lágrimas dos olhos dela.
Marina: e você está deixando ele ir por causa disso. Está perdendo ele por causa disso. Não deixe que isso te domine, filha. - ela pega na mão de Mia - porque se você deixar isso acontecer, você nunca vai ser feliz. - Marina então lhe dá um beijo. - pense nisso, filha. Você merece toda felicidade do mundo agora.
Então Marina sai, enquanto Mia estava pensativa.
Começam a vir na cabeça dela lembranças dela e Miguel na época da escola, o tanto que eles sofreram pra ficar juntos, os tempos da banda quando saiam, os shows, todas as boas lembranças que tiveram nós últimos dias antes do Antônio aparecer.
Mia respira fundo, se levanta vai até a Mel, cobre ela bem e vai para sua cama. Ela se deita pensativa, estava um tanto triste.
Mia: eu não sei mais o que fazer... Eu sinto tanto medo. Espero que me perdoe, Miguel.
Após isso, ela fecha os olhos e adormece.
Miguel dormiu muito mal a noite toda, ele mal conseguia parar de pensar em Mia e Mel, as duas as qual ele deixaria no México.
E quando foi bem cedo, ele recebe um SMS de Natasha.
Nath: estou indo pra aí, de lá vamos pro aeroporto. Estou saindo daqui agora.
Miguel apenas lê mensagem e se levanta. E para Mia, a noite foi como um piscar de olhos, e quando ela abre os olhos e era manhã.
uma lágrima escorre de seus olhos.
Mia: Miguel...- seguindo de um suspiro.
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