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História R.I.P. To My Youth - Not a 'good'bye


Escrita por: furwild

Notas do Autor


assim como em 'truth', crédito das imagens aos seus devidos autores.

♡ pra bater um papo comigo, é só me seguir no twitter, @jaehyunkitty

boa leitura ^^

Capítulo 1 - Not a 'good'bye


Fanfic / Fanfiction R.I.P. To My Youth - Not a 'good'bye

The Neighbourhood sempre foi uma das minhas bandas prediletas. Talvez nunca tenha ouvido falar, mas não se envergonhe pois isto é comum, e se este é seu caso, atenda o humilde pedido desta fã e ouça pelo menos Sweater Weather, porque sério, todo mundo conhece pelo menos essa.

As músicas deles são incrivelmente profundas e realmente são do tipo que eu tenho de ler a letra mais de uma vez para começar a compreender o significado por trás, mas que na primeira leitura já me toca a alma.

Talvez esteja se perguntando a relação entre eu estar divagando sobre minha adoração por The NBHD — um apelido carinhoso, já que "neighbourhood" é uma coisa bem cansativa de se escrever — com a morte de minha juventude, então tentarei ser breve.

The NBHD possui uma música chamada R.I.P. 2 My Youth. "Que descanse em paz minha juventude" seria uma tradução livre do título. Acho que devem imaginar que eu me identifiquei com a mensagem por trás da letra de tal canção, mas não é bem assim.

O título da música me fez pensar sobre minha situação atual. Uma jovem de vinte  e alguns poucos anos, ainda desempregada, vivendo debaixo das asas dos pais e na reta final da faculdade.

Eu deveria estar fazendo meu TCC, mas estou contemplando o fato de que minha juventude está morta.

Sinto falta da simplicidade da vida infantil, onde tudo era festa, não havia pressão e — quase — todos ainda eram bons e puros. Também sinto falta de quando professores eram só professores, e não loucos que sugam a energia dos alunos com mais e mais deveres e trabalhos, como se não tivéssemos uma vida exceto a acadêmica.

Daqui há alguns dias será meu aniversário de vinte e três anos, minha juventude oficialmente terá morrido. Podem chamar esta carta do funeral para a dita cuja.

A vida adulta chega para todos que conseguem sobreviver até chegar à maioridade, na verdade eu acho que em nossa pós-vida, deve — ou pelo menos deveria — aparecer algum ser místico entregando um prêmio para quem não se suicidou, porque é tudo realmente difícil.

Eu me vejo em uma situação desconcertante onde tenho de escolher entre o que me faz feliz e o que me dará um futuro digno, além de orgulhar meus pais.

Sempre deixei bem claro meus sinceros "foda-se" para entrar em qualquer faculdade da tríplice denominada SKY, mas quando se tem um QI de 132 e desde sempre se tem sido uma aluna exemplar, as pessoas acabam colocando muita fé e pressão nesta pessoa. Pessoa essa que, parando de usar a terceira pessoa e sendo direta, sou eu, Park Sooyoung.

Não queria chegar à esse ponto, mas não tenho escolha se não terminar essa maldita faculdade e tentar subir na vida que essa sociedade coreana de merda sempre disse que eu devia ter, porque eu sempre fui uma criança prodígio e prodígios não falham, certo?

Eu não suporto a Coreia do Sul e seus coreanos, para mim, tudo isso e merda são a mesma coisa. Quem eles acham que são para ditar quem e o que alguém deve ser? Quem são eles para olhar torto para o estrangeiro ou LGBT que passa por eles na rua? Quem são eles para julgar qualquer pessoa quando eles mesmos não vêem o quão tóxicos eles são?

Pai e mãe, se vocês acharem esse papel algum dia, perdido entre minhas coisas quando finalmente sair desta casa ou simplesmente quando forem fazer uma faxina enquanto estou fora — já que sou "muito irresponsável e preguiçosa" —, entendam que eu gosto sim de vocês. Apesar de vocês terem falhado em inúmeros pontos da minha criação, eu não nutro nenhum sentimento negativo por vocês, a menos que pena seja algo ruim.

Peço que não me odeiem pela minha sinceridade, mas acho que não deveriam se sentir tão orgulhosos assim de serem meus pais. Qual é, quem sentiria orgulho de ter uma filha depressiva, estressada, bipolar, ansiosa e que tem fobia social? Na verdade o pior não é nem eu ter todos esses problemas; o pior é eu ter tudo isso e vocês nunca terem percebido.

Os senhores sempre foram tão cegados pela ganância de ter tudo através de mim, que não perceberam que, quando criança, vocês me deram a chave, mas hoje trancaram todas as fechaduras e saídas com um cadeado diferente.

A cada dia eram mais coisas para fazer, mais pressão e mais humilhação. Para mim, apanhar seria muito melhor do que ouvir todas as coisas que já ouvi vocês dizerem a meu respeito, seja na minha cara ou não, e ter que lutar contra as lágrimas na frente de vocês, para depois desmoronar no chão frio do banheiro em meu quarto. É vergonhoso, para mim e para vocês, que eu odeie quando vocês tiram férias porque eu simplesmente me sinto muito mal perto de vocês justamente por não me sentir bem.

Como diria Jesse Rutherford na música anteriormente citada, peço que confortem minha irmã e não a deixem chorar. Talvez eu estarei em um lugar melhor, no Paraíso, mas diferente do que Rutherford canta, não estarei com nenhum pai, seja ele este pai morto e inexistente que tanto me julgam por não acreditar em ou o pai que me criou e descartou na primeira oportunidade. Peço também que quando eu parar de respirar, não chamem a ambulância, entendam isso como um último pedido.

Bom, a vida adulta chama. Já passam das quatro da manhã, e eu ainda tenho um TCC a terminar.

E que descanse em paz a minha juventude.

Sinceramente,

Park Sooyoung.

P.S.: Isto não é uma carta de suicídio, mas, um dia, pode vir a ser.


Notas Finais


eu não sei oq eu to fazendo da minha vida
vcs podem achar mais coisitas de minha autoria procurando pela tag 'furwild' ou entrando no meu perfil ♡
neptune xx


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